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FICHAMENTO
RESENHA
1. FICHAMENTO
1.Objetivos
O fichamento é de grande utilidade nas pesquisas. Permite ao pesquisador ganhar
tempo futuro quando precisar escrever sobre determinado assunto. Atualmente, com o
advento da informática, as fichas podem ser feitas em arquivos próprios no computador.
2. Tamanho
Embora possamos utilizar folhas de papel A4 dobradas ao meio ou em quatro partes
iguais e recortadas para utilização como fichas, podemos também comprá-Ias, nas
papelarias, com os seguintes tamanhos:
3. Modelos
As fichas requerem cabeçalho, referências bibliográficas, espaço para o texto (corpo
da ficha) e local onde se acha a obra. As duas linhas iniciais são utilizadas para o cabeçalho
com o título genérico, na primeira linha, e específico, na segunda, que também contém duas
pequenas colunas à direita, para anotar o número do subitem (título específico) e das letras
maiúsculas indicativas das demais fichas. As linhas seguintes são destinadas ao texto (corpo
da ficha) e a última linha serve para a indicação do local onde se encontra a obra.
Exemplo:
O número 2
é referente
ao título
Cabeçalho Fichamento (título genérico) específico
Fichamento de leitura (título específico) 2 A
B,C,D,
Referência MEDEIROS, João Bosco. Redação científica:prática de fichamentos, Quando
bibliográfica trocar a
resumo e resenhas. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003. p.114. ficha,
muda a
letra.
Texto
Local onde
está a obra Biblioteca do Centro Universitário de Brasília - UniCEUB
Nas anotações em mais de uma ficha sobre o mesmo assunto deve constar
sempre o cabeçalho da primeira ficha.
As obras de métodos científicos de pesquisa apresentam exemplos de fichamento que
incluem as fichas encontradas em bibliotecas. Para o aluno universitário, a prática de
fichamento requer o conhecimento da estrutura e finalidades das seguintes fichas:
♦ Ficha de transcrição
As fichas de transcrição são utilizadas na citação de textos do autor da obra lida que
sejam considerados muito importantes. As frases transcritas devem ficar entre aspas. Se já
houver aspas em palavra ou expressão copiada, as mesmas devem ser transformadas em
aspas simples.
As reticências dentro de parênteses indicam expressões suprimidas na frase. Não é
permitida qualquer alteração do texto original citado. Se houver erro de informação,
ortográfico ou qualquer outra incorreção, deve-se colocar, à frente do trecho citado e entre
parênteses, a expressão (sic), que em latim significa "assim".
Não há necessidade de indicar omissão de texto quando a supressão ocorrer antes
ou após a frase iniciada por letra maiúscula e terminada por um ponto final. Assim, não se
deve usar: "(...) Leitura e escrita são práticas cotidianas de todo o bom escritor. (...)" Use:
"Leitura e escrita são práticas cotidianas de todo o bom escritor."
Atualmente também se usam parênteses com reticências para indicar, abaixo do
texto citado, que foi suprimido um ou mais parágrafos, conforme veremos nos exemplos de
fichas de transcrição a seguir.
♦ Ficha de transcrição com corte intermediário de palavra ou
expressões
Transcrição ÍNDICE
CAMPETTI SOBRINHO, Geraldo. Como produzir o livro jurídico:
preparação de originais, normalização técnica e acesso à
informação. Brasília: Projeto Editorial, 2003. p. 70.
"A maioria das obras técnicas (...) ainda não apresenta esse
importante e indispensável elemento facilitador da recuperação
informacional."
Transcrição ÍNDICE
♦ Ficha de resumo
Das vírgulas
Alguém já disse que se os teoremas da geometria contrariassem os interesses de algum
setor da sociedade, logo surgiriam legiões de matemáticos para refutá-Ios. Como a língua
portuguesa não é nem de longe tão rigorosa quanto a geometria, todos os interessados
acompanham atentamente os trabalhos da Comissão de Redação da Constituinte: às vezes
até por inadvertência dos redatores, um mero aperfeiçoamento de estilo, a supressão de uma
vírgula, que seja, pode ter conseqüências de monta na vida econômica, social ou política do
país.
A referência a uma vírgula não é mera força de expressão. Cito um caso, para
exemplificar: no capítulo tributário, existe um dispositivo que isenta de impostos sobre o
patrimônio e a renda as "entidades educacionais e assistenciais, sem fins lucrativos". Em
beneficio do estilo, e certamente na maior boa-fé, a assessoria da Comissão de Redação
sugeriu a supressão da vírgula após "assistenciais".
Só que, sem vírgula, pareceria que a ressalva "sem fins lucrativos" se aplica só às
entidades assistenciais, tomando qualquer entidade educacional, mesmo com fins lucrativos,
isenta de impostos.
O equívoco foi detectado a tempo e evitado. (...) (José Serra, Folha de S. Paulo, 29/9/88.
In: FARACCO; TEZZA, 2003, p. 105.)
2.1 Conceito
Segundo a NBR 6028/2003 da ABNT, a resenha é o mesmo que resumo
crítico ou recensão. Alguns autores incorretamente classificam-na como resenha
crítica, o que nos parece redundante em relação à norma citada.
Esses são os elementos que compõem uma resenha descritiva. É de salientar que,
normalmente, as resenhas publicadas em periódicos não apresentam apenas a característica
descritiva; elas manifestam apreciações e julgamentos sobre as idéias e pontos de vista
defendidos pelo autor. Exemplos de resenha descritiva:
1º Exemplo
Como o leitor pode perceber, o resenhista precisa ter conhecimentos na área: saber onde
pisa, quem são os autores que publicam sobre o assunto, estágio atual da pesquisa. Não se
pede a uma pessoa que não conheça crítica literária, por exemplo, para resenhar um ensaio
literário sobre Machado de Assis. Não obstante isso, o aluno de qualquer curso deve iniciar-se na
prática da resenha para, paulatinamente, adquirir habilidade para vir a escrever resenhas
sobre a área de sua especialidade. Deve dominar a estrutura da resenha; saber que resenha não
é resumo da obra, nem transcrição de trechos. Deve ter habilidade para argumentar e esquecer
tanto os elogios sem fundamento, como a crítica descabida. Deve ter bom-senso para ficar
eqüidistante dos posicionamentos rígidos, das mesquinharias que aviltam o trabalho alheio.
Um exemplo: com freqüência, podem ser encontradas nos jornais e revistas resenhas que
comentam sobre deslizes de traduções. Muitas vezes, são minúcias tão insignificantes ou um
número tão pequeno de problemas que se nota ausência de equilíbrio na crítica. Tanto o
elogio quanto a crítica devem ficar restritos à obra e jamais atingir o autor.
2º. Exemplo:
Ingedore G. Villaça Koch oferece a seu público leitor mais uma obra que
trata de texto e linguagem: Desvendando os segredos do texto, de 168 páginas,
publicado em 2002 pela Editora Cortez, de São Paulo. A obra é composta de duas
partes e 11 capítulos, assim distribuídos: Concepções de língua, sujeito, texto e
sentido; Texto e contexto; Aspectos sociocognitivos do processamento textual;
Os segredos do discurso; Texto e hipertexto; A referenciação; A progressão
referencial; A anáfora indireta; A concordância associativa; A progressão textual;
Os articuladores textuais. Finalmente, em epílogo, apresenta "Lingüística textual:
quo vadis?"
Em Desvendando os segredos do texto, a Profa. Ingedore baseia-se
em pesquisas recentes que desenvolve no Instituto de Estudos da Linguagem da
Unicamp.
O objeto da obra da Profa. Ingedore é a reflexão sobre a construção
textual dos sentidos. Ela que sempre se ocupou da Lingüística Textual, examina,
neste livro, as atividades de referenciação, as estratégias de progressão textual, os
processos inferenciais envolvidos no processamento dos diferentes tipos de
anáfora, os recursos de progressão e manutenção temática, de progressão e
continuidade tópica e o funcionamento dos articuladores textuais. Assim, ocupa-se
da articulação entre os dois grandes movimentos cognitivo-discursivos de
retroação e avanço contínuos que orientam a construção da trama textual.
Na resenha crítica, como já foi exposto, além dos elementos descritivos e narrativos, há os
dissertativos, a defesa de um ponto de vista, a apresentação de argumentos, provas. Tome-se,
por exemplo, a resenha de um CD de Cássia Eller, publicada na Veja, de 4 de dezembro de
2002. As apreciações ou juízos avaliativos são os seguintes:
"Quando morreu, em dezembro de 2001, Cássia Eller estava empenhada em realizar uma
metamorfose artística. Cansada do rótulo de roqueira barulhenta, ela queria consolidar a imagem
de excelente intérprete, o que de fato era."
"O CD póstumo 10 de Dezembro (o título é a data de aniversário da cantora), que chega às lojas na
semana que vem, é fiel ao desejo de Cássia."
Nova avaliação aparece quando afirma que o CD traz 11 faixas registradas pela artista
em diferentes fases, durante shows ou gravações informais:
"Transformar essas gravações precárias em material audível não foi tarefa das mais fáceis.
A versão de AlI Star, em que uma orquestra acompanha Cássia, é desde logo candidata a
hit"
E mais à frente: "Conseguiram bons resultados em várias faixas."
O conhecimento do resenhista da obra e da cantora aparece em outra parte do texto:
"Podem-se destacar ainda Get Back e Julia, duas covers dos Beatles -um grupo adorado
por Cássia, que tinha um caderno apenas para anotar as letras de suas músicas."
Esses pormenores da vida de um autor, cantor, pintor, dançarino, diretor de um
filme dão credibilidade ao resenhista; mostram que se trata de alguém que dispõe de
conhecimentos para discorrer sobre a obra de um artista ou autor. Em outra passagem da
resenha, afirma que o filho de Cássia Eller e Maria Eugênia Martins, companheira de Cássia
durante 14 anos, "não tiveram coragem de ouvir as músicas do novo disco". E avalia: "De certa
forma, continuam em luto. Para suportar a perda de Cássia e reestruturar-se como família,
estão freqüentando uma terapeuta.
Na resenha crítica, o leitor espera um posicionamento do resenhista; ela não pode
ser fria e distante, temerosa de comprometimento, sob pena de tornar-se um texto indigesto,
desinteressante. Todavia, os juízos avaliativos precisam apoiar-se em fatos, em provas, em
argumentos consistentes. Afirmações genéricas pouco acrescentam, ou revelam desinteresse
em aprofundamento da análise. Os juízos avaliativos também devem ser claros, para que o
leitor possa concluir sobre a validade da aquisição ou leitura da obra. Deve ficar claro para o
leitor se o resenhista adota corno positivo ou negativo os posicionamentos, os conceitos, as
idéias da obra resenhada.
A leitura e a redação de resenhas constituem exercícios que melhoram a qualidade da
leitura e da redação.
Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi, em Fundamentos de metodologia
científica (1995b, p. 245), apresentam modelo para a prática de resenhas científicas.
2.3 Estrutura
Escrever uma resenha não é difícil, porém requer atenção do aluno no exercício de
compreensão e critica. O hábito de leitura diária de jornais e revistas, além de bons livros, é
fundamental à criação de idéias. Inclusive porque alguns desses periódicos costumam
apresentar resenhas de obras literárias e outras, o que nos pode proporcionar uma boa noção
sobre esse trabalho técnico.
1. Referência bibliográfica:
- Autor.
- Título da obra.
- Elementos de imprensa (local da edição, editora, data).
- Número de páginas.
- Formato.
Exemplo:
GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 8.
ed. Rio de Janeiro: FGV, 1980. 522 p. 14 x 21 cm.
2.Credenciais do autor:
Informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, títulos, livro ou artigo
publicado.
3.. Resumo da obra (digesto):
Resumo das idéias principais da obra. De que trata o texto? Qual sua característica principal?
Exige algum conhecimento prévio para entendê-Ia? Descrição do conteúdo dos capítulos ou
partes da obra.
4.Conclusões da autoria:
Quais as conclusões a que o autor chegou?
5..Metodologia da autoria:
Que métodos utilizou? Dedutivo? Indutivo? Histórico? Comparativo? Estatístico?
Que técnicas utilizou? Entrevista? Questionários?
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
No modelo abaixo destacamos, apenas para efeitos didáticos, cada parte
componente da resenha. O autor de uma resenha não precisa identificar com títulos as partes
que a compõem.
Referência bibliográfica
FAULSTICH, Enilde Leite de Jesus. Como ler, entender e redigir um texto. 14. ed.
Petrópolis: Vozes, 2001. 120 p.
Credenciais da autora
Enilde é ex-membro da Comissão Permanente de Vestibular da UnB. Também escreveu o
livro Lexicografia: a linguagem do noticiário policial e outras publicações em equipe sobre o
sistema de vestibular da UnB. É Doutora em Filologia e Língua Portuguesa. Leciona Língua
Portuguesa para o curso básico dessa universidade, o que a motivou a escrever esta obra.
Resumo da obra
Informa que produzir texto é tarefa das mais complexas, não existindo, portanto, fórmula
infalível para escrever (assunto). Propõe-se a demonstrar que para a produção de bons textos
é necessário, em princípio, saber ler e saber entender. Somente então se estará preparado
para a recriação, transformando o "velho" no "novo". A escrita deve, pois, ser um ato
corriqueiro no qual se extrapola o conteúdo assimilado pela leitura e outras formas correntes
de informação, como diálogos, e-mails, programas de rádio e televisão.
O objetivo da obra é não somente informar, como também ensinar a entender e ser capaz de
extrapolar as idéias de um texto lido antes da elaboração segura de uma redação (objetivo).
Além de exigir arte, a redação requer, acima de tudo, técnica, ou seja, o conhecimento gradual
do processo de aquisição de idéias e sua transformação criativa no ato de escrever.
Indicações da obra
O texto é claro, simples e bastante elucidativo, sendo indicado para estudantes de modo geral
e, em especial, para candidatos a concursos diversos que exijam o domínio das capacidades
cognitivas na leitura e interpretação de textos. Também oferece excelentes subsídios para a
prática de redação e leitura críticas.
O texto é uma resenha crítica, pois nele a resenhadora apresenta um breve resumo
da obra, mas também faz uma apreciação do seu valor (exemplo, Iº período do Iº parágrafo,
3º parágrafo). Ao comentar a linguagem do livro (6º parágrafo), emite um juízo de valor
sobre ela, estabelecendo um paralelo entre os adolescentes da década de 40 e os de hoje
do ponto de vista da capacidade de se expressar por escrito. No último parágrafo comenta o
projeto gráfico da obra e faz uma apreciação a respeito dele.
No resumo da obra, a resenhadora faz uma indicação sucinta do conteúdo global da obra
(“registro amoroso e miúdo dos pequenos nadas que preencheram os dias de uma
adolescente em férias, no verão antigo de 41 para 42”), mostra o gênero utilizado pela
autora (diário) e, depois, relata os pontos essenciais do livro (um rol dos pequenos
acontecimentos da vida da adolescente em férias).
TAREFA 1
Identifique, no trabalho a seguir, os itens de uma resenha.
BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 2002. 95p. (Série
Princípios, 12).
Izidoro Blikstein é professor adjunto da Escola de Administração de Empresas de São
Paulo - FGVICAESP; consultor da FAPESP e professor titular de Lingüística e Semiótica da
USP. Publicou oito artigos completos em periódicos, dois livros e ainda orientou mais de dez
dissertações de Mestrado e teses de Doutorado.
Após relatar a história cheia de tropeços de comunicação entre um atrapalhado gerente e sua
sempre prestativa e atenta secretária, Blikstein revela os segredos da comunicação escrita.
Inicialmente, o autor mostra que uma das funções essenciais da comunicação escrita é
provocar uma reação ou resposta em quem recebe uma mensagem, e que escrever bem
implica necessariamente a obtenção de uma resposta correta, ou seja, significa obter a
resposta que corresponda à idéia que temos em mente e desejamos passar ao leitor. A
comunicação escrita deve ser agradável, suave, persuasiva e ainda deve ter como objetivo
tomar comum aos outros o nosso pensamento.
Entretanto, existem interferências que prejudicam a produção da resposta esperada; as quais
podem ser de natureza física (dificuldade visual, má grafia de palavras, cansaço, falta de
iluminação); cultural (palavras ou frases complicadas e ambíguas, diferenças de nível social)
e psicológica (agressividade, aspereza, antipatia), e também são trabalhadas pelo autor no
decorrer da obra.
O livro também aborda alguns aspectos estruturais e funcionais da comunicação definindo
alguns conceitos importantes. Mostra a autêntica estrutura da comunicação formada por
remetente, destinatário e mensagem. Ressalta a importância dos signos e dos códigos na
elaboração de uma mensagem, da codificação e decodificação, assim como o uso correto de
códigos fechados e códigos abertos com o objetivo de obter as
respostas esperadas. Ainda tratando da estrutura da comunicação, Blikstein mostra que a
decodificação (captação do significante e entendimento do significado) depende também do
repertório do indivíduo que recebe a mensagem, ou seja, de sua rede de referências, valores
e conhecimentos históricos, afetivos, culturais, religiosas profissionais etc., e que
desconhecer ou desconsiderar o repertório do destinatário é abrir as portas para os ruídos
que irão abalar a estrutura da comunicação.
O autor mostra ainda que para escrever bem não basta transmitir informações corretas e
claras, é necessário elaborar uma mensagem atraente e capaz de prender a atenção do
leitor. Ressalta a importância de não cansar o destinatário com mensagens repletas de
informações complicadas. Para tanto propõe diminuir um pouco a linearidade da mensagem
escrita evitando a prolixidade e a redundância através do uso de imagens, gráficos,
esquemas e tabelas. Fornece dicas de como planejar a disposição visual do texto para torná-
Io mais chamativo e comunicativo, além das dicas de como envolver psicologicamente
(emocionalmente) o destinatário da mensagem.
A proposta do livro - ensinar técnicas de comunicação escrita — é muito interessante e sem
dúvida alguma extremamente útil a todos que usam a escrita como meio de comunicação.
Ao usar uma história divertida como ponto de partida e exemplo para desenvolvimento do
livro, o autor atiça a curiosidade do leitor e prende sua atenção durante a exposição dos
conceitos fundamentais necessários à boa comunicação escrita, assim como sua
aplicabilidade na construção de mensagens realmente eficientes.
Embora o autor critique com muita propriedade textos redundantes e prolixos, acaba dando
a impressão de cometer essas falhas, ao repetir exaustivamente a história do gerente
atrapalhado e de dedicada secretária como eixo central para exemplificar e explicar a estrutura
de comunicação escrita e os erros comumente cometidos por quem escreve. Entretanto,
nesse caso, a redundância se toma interessante, uma vez que permite ao leitor construir sua
própria teia de comunicação usando os elementos necessários, mas ausentes na
mensagem do gerente.
Ao resumir todas as técnicas e dicas tratadas no livro em um capítulo simples visualmente
criativo, o autor fornece a "receita" para a eficácia da comunicação escrita e ainda brinda o
leitor com um vocabulário crítico de fundamental importância para a compreensão do texto.
O texto é lúdico, simples e bastante informativo, sendo indicado para estudantes do ensino
médio, pré-universitários e universitários que ainda não dominam as técnicas abordadas
nessa obra.
(Colaboração da professora Adrienne de Paiva Fernandes, do Centro Universitário de
Brasília.)
Abaixo apresentamos a você um esquema sobre RESENHA. Preste atenção.
RESENHA
Há 2 tipos de Resenha
Resenha Objetiva ou Descritiva
Resenha Crítica
RESENHA CRÍTICA
Como já é de seu conhecimento uma resenha pode fazer referência a referentes reais (sessões,
palestras) ou a referentes textuais (livros, filmes). Ela também pode ser objetiva(texto
puramente descritivo) ou crítica (presença de opinião/ponto de vista)
Abaixo apresentamos a você uma série de perguntas que visam detectar os aspectos mais
relevantes que devem estar presentes num texto denominado RESENHA. Este roteiro focaliza a
análise de um referente textual, especificamente um livro, portanto os elementos componentes
poderão sofrer algumas alterações, dependendo do objeto resenhado.
Quanto à estrutura
A resenha se compõe de duas partes: a primeira composta de informações sobre o texto, a
segunda do resumo propriamente da obra.
(1) O texto traz informações como nome do autor, título da obra, nome da editora, lugar e data de
publicação (ver relação completa na Apostila página 36/47)?
(2) Há indicação sucinta do assunto da obra e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva
teórica, gênero, método)?
(3) O texto apresenta o resumo da obra?
Se seu texto responder positivamente a 90% destas questões, então você está diante de um
RESENHA muito bem escrita e que obedece aos seus propósitos! Parabéns!
Mas.....se muitas destas perguntas não foram respondidas afirmativamente....CUIDADO, seu texto
deverá sofrer algumas alterações.
Até aqui estamos falando de uma resenha com características descritivas, mas se quiséssemos
torná-la crítica, bastaria selecionar alguns aspectos da obra para analisarmos e apresentarmos
nosso ponto de vista, ou seja, nossa crítica.
Visualmente teríamos um texto assim colocado:
1º parágrafo:
Informações sobre o texto (dados sobre a obra) + realce ao fato e/ou idéia principal de que trata
a obra.