Você está na página 1de 56

Legislação de Produtos

Perigosos
Básico
Aula 01
Introdução
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

O Regulamento para o
Transporte de Produtos Perigosos
O transporte rodoviário de produtos perigosos, por sua natureza, apresenta
uma série de riscos em seu manuseio e trânsito em vias públicas, exigindo um
grau maior de responsabilidade e conhecimento por parte dos colaboradores
de toda a cadeia produtiva, desde a logística até o transporte ao cliente final.
E esta responsabilidade e conhecimento específico exige uma legislação
especial, que orienta e disciplina esta cadeia produtiva. No Brasil, a legislação
específica é encontrada no Regulamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos instituído pelo Decreto 96044/1988 e atualizada pela
Resolução ANTT nº 5947/2021, suas instruções complementares e,
normatizações pela ABNT NBR 7500, 7501, 9735 e 14619.
Se faz mister por parte do colaborador o respeito às normas elencadas na
legislação, sob pena de pesadas multas e culminando com acidentes de
proporções desastrosas.
Está colaborador a chave para o sucesso do transporte de produtos perigosos.
Conhecer e se conscientizar dos riscos que cercam estas cargas é um questão
de profissionalismo e preservação da vida.

Aula 01 – Introdução
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Veículos
O Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos foi instituído pelo Decreto
96044/1988 e atualizada pela Resolução ANTT nº 5947/2021 e suas instruções
complementares e normatizações pela ABNT NBR 7500, 7501, 9735 e 14619.
O artigo 12 do capítulo II da Resolução ANTT nº 5947/2021 institui que para o transporte
de produtos perigosos deve ser realizado em veículos automotores ou elétricos
classificados como “de carga” ou “misto”, conforme definições e prescrições
específicas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
O §1º define que serão aceitos veículos automotores classificados como “ESPECIAL”
em função da atualização das carrocerias e transformações permitidas de acordo com o
Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, desde que sua transformação esteja
devidamente registrada.
O §2º determina que quando forem utilizados veículos classificados como “misto” ou
“especial” os produtos perigosos devem ser transportados em compartimento
estanque e próprio, segregado de forma física do condutor e auxiliares.

Aula 01 – Introdução
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Veículos
A Resolução ANTT 5947/2021 apresenta Instruções Complementares que
definem os tipos de veículo para o transporte de produtos perigosos:

Veículos de carga (simples e combinados); Veículos Tanque;

Veículos mistos; Unidade Móvel de Bombeamento (UMB); Automóvel, para o transporte de


produtos perigosos da Classe 7.

Aula 01 – Introdução
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Definições de Cargas de Produtos Perigosos


Nas Instruções Complementares da Res. ANTT 5947/2016 encontramos a definição de
carga a granel e carga fracionada/embalada:

HIDR HIDR HIDR HIDR HIDR ETA ETA ETA ETA ETA
ÓX I ÓX I ÓX I ÓX I ÓX I N OL N OL N OL N OL N OL

O
DO

O
DO

O
DO

O
DO

O
( ÁLC

O
( ÁLC

O
( ÁLC

O
DO ( ÁLC

O
( ÁLC
DE
S ÓDI
O
DE
S ÓDI
O
DE
S ÓDI
O
DE
S ÓDI
O
DE
S ÓDI
O
O
O OL
E T ÍLI
C O)
O OL
E T ÍLI
C O)
O OL
E T ÍLI
C O)
O OL
E T ÍLI
C O)
O OL
E T ÍLI
C O)

N
SOL

N
SOL

N
SOL

N
SOL

N N N N
SOL

N
U ÇÃ
O
U ÇÃ
O
U ÇÃ
O
U ÇÃ
O
U ÇÃ
O N
U U U U U U U U U U
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
8 8 8 8 8 1 1 1 1 1
2 2 2 2 2 7 7 7 7 7
4 4 4 4 4 0 0 0 0 0

Carga à Granel Carga Fracionada/Embalada


Quando o produto perigoso é transportado sem qualquer Quando o produto perigoso é transportado em
embalagem ou recipiente, sendo contido pelo próprio embalagens, IBCs, embalagens grandes, tanques
tanque instalado ao veículo ou em contêiner tanque. portáteis e Contentores de Múltiplos Elementos para Gás
(MEGCs) que não se enquadrem na definição de contêiner
da CSC.

Aula 01 – Introdução
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Deveres, Obrigações e Responsabilidades


No capítulo IV da Res. ANTT 5947/2019 define os Deveres,
Obrigações e Responsabilidades por parte dos Fabricante,
Refabricante, Recondicionador, Importador, Expedidor, Destinatário
e Transportador.
Na seção I em seu artigo 28, os fabricantes, refabricantes,
recondicionadores e importadores de veículos, equipamentos
e/ou embalagens destinados ao transporte de produtos
perigosos respondem penal e civilmente pela qualidade dos
produtos disponibilizados ao mercado, que deve ser compatível
com a finalidade a que se destinam.
O § único, os fabricantes, refabricantes, recondicionadores e
importadores de equipamentos e/ou embalagens devem atender,
também, aos requisitos estabelecidos nos regulamentos
técnicos do INMETRO.

Aula 01 – Introdução
Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 02
Deveres e Responsabilidades do
Fabricante, Refabricante, Recondicionador, Importador,
Expedidor, Destinatário e Transportador de produtos perigosos
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Deveres e Responsabilidades do Expedidor


Na seção II do Expedidor, do Contratante e do VII. entregar ao transportador os produtos nas
Destinatário, o artigo 29 O expedidor de embalagens permitidas, corretamente
produtos perigosos deve: identificadas e que portem comprovação de
adequação à programa de avaliação da
II. exigir do fabricante as informações acerca
conformidade da autoridade competente,
dos cuidados a serem tomados no
conforme o Art. 14 e o Art. 15 deste
acondicionamento, estiva, transporte e
Regulamento;
manuseio dos produtos;
VIII. exigir do transportador o uso de veículos
III. providenciar a limpeza ou
e equipamentos de transporte que atendam
descontaminação de resíduos de produtos
aos requisitos estabelecidos no Art. 7º deste
perigosos em seus equipamentos de
Regulamento, adequados para a carga a ser
transporte;
transportada, cabendo-lhe, antes de cada
IV. expedir produtos perigosos em veículos ou viagem, avaliar as condições de segurança;
equipamentos de transporte que não
IX. fornecer, juntamente com as devidas
apresentem contaminação de produtos
instruções para sua utilização, os conjuntos de
perigosos em seu exterior;
equipamentos para situações de emergência
VI. fornecer os elementos de identificação e os EPIs de que tratam, respectivamente, o
para sinalização do veículo e equipamento de Art. 8º e o Art. 9º deste Regulamento, caso o
transporte quando o transportador não os transportador não os possua;
possuir, e exigir o seu emprego conforme Art.
6º deste Regulamento;

Aula 02 – Deveres e Responsabilidades


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Deveres e Responsabilidades do Expedidor


X. exigir do transportador a documentação de No artigo 30, o expedidor é responsável pela
que trata o Art. 20 e o inciso I do Art. 23 deste adequação do acondicionamento e da estiva,
Regulamento, observado o Art. 34; MOPP e devendo observar as disposições previstas no
CIV/CIPP) Art. 16.
XI. fornecer ou disponibilizar ao transportador No artigo 31, o expedidor é responsável pela
os documentos obrigatórios para o transporte compatibilidade do carregamento, devendo
de produtos perigosos de que tratam os observar as disposições previstas no Art. 17 e
incisos II, III e IV do Art. 23 deste Regulamento, no Art. 18 deste Regulamento.
corretamente preenchidos e legíveis,
Parágrafo único. No caso de carregamento
assumindo a responsabilidade pelo que
contendo produtos de diversos expedidores,
declarar; e
os expedidores subsequentes deverão
XII. fornecer ou disponibilizar, sempre que observar o estabelecido no caput também em
solicitado, as informações de segurança do relação aos produtos já estivados.
produto transportado, bem como as
No artigo 32, no caso de importação, o
orientações sobre as medidas de proteção e
importador dos produtos perigosos assume,
ações em caso de emergência.
em território brasileiro, os deveres,
Parágrafo único. Quando a emissão do obrigações e responsabilidades do
documento de transporte de produto expedidor.
perigoso for realizada pelo transportador, o
expedidor será solidariamente responsável
pelas informações contidas no documento.

Aula 02 – Deveres e Responsabilidades


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

As operações de carga são de responsabilidade do


expedidor e as operações de descarga, do destinatário.
(artigo 33 do RTPP, Res ANTT 5947/2021)

Aula 02 – Deveres e Responsabilidades


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Deveres e Responsabilidades do Contratante


O contratante do transporte de produtos
perigosos, conforme o artigo 34 deve:
I. exigir do transportador o uso de veículo e
equipamento em boas condições
operacionais e adequados para a carga a ser
transportada, com o condutor aprovado em
curso específico, cabendo ao expedidor, antes
de cada viagem, avaliar as condições de
segurança;
II. exigir dos fabricantes, dos importadores e
dos expedidores que os produtos perigosos
apresentados para transporte estejam
adequadamente classificados, embalados e
identificados, de acordo com as Instruções
Complementares a este Regulamento; e
III. contratar transportador devidamente
cadastrado junto à ANTT, nos termos de
regulamentação específica da ANTT.

Aula 02 – Deveres e Responsabilidades


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Deveres e Responsabilidades do Transportador


I. assumir as responsabilidades atribuídas ao VII. utilizar corretamente, nos veículos e
expedidor, sempre que efetuar quaisquer equipamentos de transporte, os elementos de
alterações no carregamento de produtos identificação para sinalização adequados aos
perigosos, inclusive quando efetuar operações produtos transportados, observadas as
de redespacho; Instruções Complementares a este
Regulamento;
II. utilizar veículos e equipamentos de
transporte cujas características técnicas e VIII. portar no veículo o conjunto de
operacionais atendam ao previsto nas equipamentos para situações de emergência
Instruções Complementares a este e os EPIs, conforme estabelecido no Art. 8º e
Regulamento; no Art. 9º deste Regulamento,
respectivamente;
III. providenciar a limpeza ou
descontaminação em seus veículos e IX. exigir do expedidor o uso das embalagens
equipamentos de transporte, quando permitidas, conforme estabelecido no Art. 14;
aplicável;
X. transportar produtos perigosos em volumes
IV. utilizar veículos e equipamentos de corretamente identificados e que possuam
transporte que não apresentem comprovação de sua adequação à programa
contaminação de produtos perigosos em seu de avaliação da conformidade, conforme
exterior; estabelecido no Art. 15 deste Regulamento;

Aula 02 – Deveres e Responsabilidades


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Deveres e Responsabilidades do Transportador


XI. transportar produtos perigosos O parágrafo único estipula se o transportador
adequadamente acondicionados e estivados, receber a carga lacrada ou for impedido,
conforme estabelecido no Art. 16 deste pelo expedidor ou destinatário, de
Regulamento; acompanhar as operações de carga e
descarga, desde que devidamente
XII. utilizar condutor de veículo aprovado em
comprovado, fica desonerado da
curso especifico, conforme previsto no Art. 20
responsabilidade por acidente ou avaria
deste Regulamento;
decorrentes do mau acondicionamento da
XIII. exigir do expedidor os documentos de carga.
que tratam os incisos II, III e IV do Art. 23 deste
No artigo 36, impõe que o transportador é
Regulamento, observado o disposto no
solidariamente responsável com o
parágrafo único do Art. 29;
expedidor na hipótese de aceitar para
XIV. adotar os procedimentos, nos casos de transporte produtos cuja embalagem
emergência, conforme disposto no Art. 24 apresente sinais de violação, deterioração
deste Regulamento; e ou, mau estado de conservação, nos termos
do inciso VIII do Art. 17.
XV. Antes de mobilizar o veículo assegurar-se
de que esteja em condições adequadas ao
transporte para o qual é destinado conforme
requisitos estabelecidos no Art. 7º deste
Regulamento.

Aula 02 – Deveres e Responsabilidades


Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 03
Infrações do RTPP e
Documentos Obrigatórios
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Classificação das Infrações de Produtos Perigosos


Previsto do artigo 41 do RTPP (Res ANTT 5947/2021), as infrações relacionadas ao transporte e manuseio
de Produtos perigosos classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em 4 (quatro) grupos.

Primeiro Grupo Segundo Grupo Terceiro Grupo Quarto Grupo


Punidas com multa Punidas com multa Punidas com multa Punidas com multa
no valor de no valor de no valor de no valor de
R$ 5.000,00 R$ 1.400,00 R$ 1.000,00 R$ 600,00
(cinco mil reais) (mil e quatrocentos (mil reais) (seiscentos reais)
reais)

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

§ 1º Na reincidência de infrações com idêntica tipificação, no prazo de 12 (doze)


meses, a contar do trânsito em julgado da primeira infração cometida, a multa
deverá ser aplicada com acréscimo de 25% em relação aos valores
estabelecidos neste Artigo.

§ 2º Quando cometidas simultaneamente 2 (duas) ou mais infrações de


diferentes tipificações serão aplicadas as penalidades correspondentes a
cada uma delas.

O caput do artigo 42 do RTPP ainda prevê a imputação de


responsabilidade tanto para o Transportador, como para o Expedidor.
Podemos afirmar então que o RTPP prevê infrações solidárias onde
em uma mesma irregularidade, tanto o Transportador como o
expedidor podem ser autuados.

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
O expedidor de produtos perigosos deve fornecer ou disponibilizar ao
transportador os documentos obrigatórios para o transporte de
produtos perigosos de que tratam os incisos II, III e IV do Art. 23 deste
Regulamento, corretamente preenchidos e legíveis, assumindo a
responsabilidade pelo que declarar (artigo 29 XI da Res. ANTT
5947/2021 )

Documento para o Transporte de PP


O documento para o transporte de produtos perigosos deve conter
as informações relativas aos produtos transportados, podendo ser o
documento que caracteriza a operação de transporte ou outro
documento, como por exemplo o Documento Fiscal, desde que
estejam de acordo com as Instruções Complementares do RTPP
(Artigo 23 Inciso II do RTPP (Resolução ANTT 5947/2021)).

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Documento para o Transporte de PP

Documento para o transporte de produtos perigosos é qualquer documento (documento que


caracteriza a operação de transporte, declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de
transporte, manifesto de carga, documentos auxiliares de documentos eletrônicos, ou outro
documento que acompanhe a expedição) que contenha todas as informações exigidas nos itens
5.4.1.3 a 5.4.1.6 e as declarações exigidas no item 5.4.1.7.
Instruções Complementares da Resolução ANTT nº 5947/2021 item 5.4.1.2.1

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Documento para o Transporte de PP
O documento para o transporte de produtos perigosos deve conter as
informações relativas aos produtos transportados, podendo ser o
documento que caracteriza a operação de transporte ou outro
documento, como por exemplo o Documento Fiscal, desde que estejam
de acordo com as Instruções Complementares do RTPP (Artigo 23 Inciso
II do RTPP (Resolução ANTT 5947/2021)).

O Documento para o Transporte de produtos Perigosos deve constar o


nome, endereço, CNPJ/CPF do expedidor e do destinatário dos
produtos perigosos, assim como a data em que o documento foi
emitido ou entregue ao transportador (Resolução ANTT nº 5947/2021
item 5.4.1.2.5)

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Documento para o Transporte de PP

As informações da descrição dos produtos


perigosos devem ser apresentadas, sem outra
informação adicional interposta, na sequência
indicada no item 5.4.1.3.1, de (a) à (e), sendo que a
informação exigida na alínea (f) pode ser inserida
em campo próprio do documento fiscal, quando
houver, separada da demais informações da
descrição do produto, exceto se disposto em
contrário neste Regulamento.

Informações Complementares da
Resolução ANTT nº 5947/2021 item 5.4.1.4

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Declaração do Expedidor
O Documento Fiscal para o transporte de
produtos perigosos, emitido pelo expedidor, deve
também conter, ou ser acompanhado da
Declaração de que o produto está
adequadamente acondicionado e estivado para
suportar os riscos normais de uma expedição e
que atende à regulamentação em vigor.

Informações Complementares da
Resolução ANTT nº 5947/2021 item 5.4.1.7.1.

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Declaração do Expedidor

A Declaração deve ser assinada e datada


pelo expedidor, e deve conter informação
que possibilite a identificação do
responsável pela sua emissão (por exemplo,
número do RG, do CPF ou do CNPJ), exceto
quando apresentada impressa no
Documento Fiscal.

Informações Complementares da
Resolução ANTT nº 5947/2021 item 5.4.1.7.2.

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Declaração do Expedidor
A Declaração do expedidor pode ser
elaborada parte, assinada e datada pelo
expedidor

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Certificado de Inspeção Veicular
(CIV) ou Certificado de Transporte
de Produtos Perigosos (CTPP).
Para o transporte de Carga à GRANEL, Res.
ANTT 5947/2021 em seu artigo 35 constituem
deveres e obrigações do transportador:

V - utilizar veículos e equipamentos de


transporte a granel devidamente
certificados e/ou inspecionados, portando o
CIV (Certificado de Inspeção Veicular) e o
CIPP (Certificado de Inspeção de Produtos
Perigosos) ou, conforme aplicável, o CTPP
(Certificado de Transporte de Produtos
Perigosos).

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Outros Documentos
No transporte de produtos perigosos existem
outros órgãos que regulam certos produtos,
exigindo eventualmente documentos extras,
como por exemplo:

Polícia Civil - SP ou DPF


expedem um Alvará para Produtos Controlados, que são exigidos
para manuseios, armazenamento, expedição e transporte de tais
produtos conforme lista da Portaria nº 118 - COLOG, de 4 de Outubro
de 2019.

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Documentos Obrigatórios
Outros Documentos
LICENÇA ESPECIAL DE TRANSPORTES
DE PRODUTOS PERIGOSOS – LETPP
Dispõe sobre o transporte de Produtos Perigosos de qualquer
natureza por veículo de carga no município de São Paulo e dá outras
providências e o DECRETO Nº 50.446/09 que Regulamenta o
transporte de produtos perigosos por veículos de carga nas vias
públicas do Município de São Paulo, nos termos da legislação
específica, obrigatoriamente se exige essa licença, para os Grupos de
Produtos Perigosos onde há restrição de circulação de veículos
transportadores de Produtos Perigosos no município de São Paulo.

Aula 03 – Infrações e Documentos Obrigatórios


Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 04
Sinalização
Parte 1
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Introdução
A Res. ANTT 5947/2021 em seu artigo 6º No §2º nos diz que a sinalização deve ser
determina que durante as operações de mantida sempre que os veículos e
carga, transporte, descarga, transbordo, equipamentos de transporte, mesmo vazios,
limpeza e descontaminação, os veículos e apresentarem contaminação ou resíduo dos
equipamentos utilizados no transporte de produtos transportados.
produtos perigosos devem estar devidamente
E é proibido portar no veículo sinalização não
sinalizados, observadas eventuais dispensas,
relacionada aos produtos perigosos
conforme Instruções Complementares a este
transportados, salvo se estiver guardada de
Regulamento.
modo que não se espalhe em caso de
Especifica em seu §1º A sinalização deve ser acidente e não esteja visível durante o
retirada após o descarregamento, no caso de transporte, conforme §3º do artigo 6º.
carga embalada, quando veículos e
No transporte de produtos não classificados
equipamentos de transporte não
como perigosos fica proibido utilizar a
apresentarem contaminação ou resíduo dos
sinalização de que trata este Regulamento e
produtos transportados e também após as
suas Instruções Complementares. (§4º do
operações de limpeza e descontaminação,
artigo 6º).
observado o disposto nas Instruções
Complementares a este Regulamento.

Aula 04 – Sinalização – Parte 1


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Introdução
No art. 29 da mesmo resolução é dever do
expedidor de produtos perigosos em fornecer
os elementos de identificação para sinalização
do veículo e equipamento de transporte
quando o transportador não os possuir, e
exigir o seu emprego conforme Art. 6º.

Constituem deveres e obrigações do


transportador conforme o art. 35 em utilizar
corretamente, nos veículos e equipamentos
de transporte, os elementos de identificação
para sinalização adequados aos produtos
transportados, observadas as Instruções
Complementares a este Regulamento.

A ABNT NBR 7500 instrui sobre a identificação


para o transporte de produtos perigosos.

Aula 04 – Sinalização – Parte 1


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Painel de Segurança
De acordo com a Res ANTT 5947/2021, são
elementos utilizados nos veículos ou nos
equipamentos de transporte para informar
que a expedição é composta por produtos
perigosos e apresenta riscos.

Devem ser afixados à superfície externa dos


veículos ou dos equipamentos de transporte,
sua forma é retangular com medidas de
acordo com a legislação, cor alaranjada, com
borda de 10 MM em todo contorno, cor preta,
com numerais de acordo com a figura H2 e
gabarito de medidas da ABNT NBR 7500, na
cor preta

Aula 04 – Sinalização – Parte 1


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Painel de Segurança
Todos os painéis de segurança devem
apresentar o número de risco e o número
ONU da Relação Numérica de Produtos
Perigosos, correspondente ao produto
transportado com as seguintes exceções:

Veículos ou equipamentos transportando


produtos perigosos da Classe 1, que devem ser
identificadas por meio de PAINEL DE
SEGURANÇA contendo somente o número
ONU

Sua forma é retangular com medidas de acordo com a legislação,


cor alaranjada, com borda de 10 MM em todo contorno na cor preta,
com numerais de acordo com o gabarito de medidas da Norma
ABNT NBR 7500, cor preta.

Aula 04 – Sinalização – Parte 1


Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 05
Sinalização
Parte 2
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Rótulos de Risco
O RÓTULO DE RISCO é uma figura que identifica o risco principal ou
subsidiário do produto, através de símbolos, cores, números e textos
sendo este opcionais.

O Texto é obrigatório para os MATERIAIS RADIOATIVOS, no idioma


oficial do Brasil (Língua Portuguesa) para embalagens.

Como o Texto é opcional, exceto para os Materiais Radioativos, eles


podem ser apresentados em QUALQUER IDIOMA ou pode incluir na
metade inferior palavras descrevendo a Classe de Risco ou Número da
ONU.

Aula 05 – Sinalização – Parte 2


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Rótulos de Risco
30 ou 25

O Rótulo de Risco sobreposto a base Os rótulos de risco devem ser As dimensões do rótulo de risco para as embalagens será no mínimo 10 x 10
da mesma cor, devem ser afixados construídos em material cm. As embalagem/volume (inclusive IBC’s e embalagens grandes) de
sobre um fundo de cor contrastante impermeável, que sejam resistentes produto perigoso, respeitando as exceções previstas na legislação vigente,
ou, devem ser contornados em todo as intempéries, e devem permanecer deve portar o rótulo de risco principal e quando exigido o(s) rótulo(s) de
seu perímetro por uma linha externa, intactos durante o trajeto, risco(s) subsidiário(s), com dimensões mínimas de 100 mm por 100 mm.
pontilhada ou contínua, ou afixados preservando a função a que se Exceto no caso em que as embalagens/volumes tiverem dimensões que só
em porta-placas, desde que sejam de destinam, As dimensões do rótulo de comportem rótulos com dimensões menores.
cor contrastante. risco serão: 30 x 30 cm para unidades
de transportes 25 x 25 cm para No caso específico dos cilindros de gás da classe 2 conforme descrito no Item
veículos utilitários. 12.3. das Instruções Complementares do RTPP.

Aula 05 – Sinalização – Parte 2


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Símbolos Especiais
O Símbolo para o Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos em Quantidade Limitada,
conforme a ABNT NBR 7500, tem a forma de um
quadrado em ângulo de 45°, sendo que as partes
superiores e inferiores, assim como as linhas,
devem ser na cor preta, e a área central deve ser
na cor branca ou em cor contrastante, com as
seguintes dimensões mínimas:

a) 100 mm × 100 mm, com largura mínima da


linha externa de 2 mm; ou  b) 50 mm × 50 mm,
com largura mínima da linha externa de 2 mm,
para os casos em que a embalagem não
comporte a medida citada na alínea a) e desde
que o símbolo permaneça claramente visível.

Aula 05 – Sinalização – Parte 2


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Sinalização
Símbolos Especiais

O símbolo para o TRANSPORTE TERRESTRE O símbolo DE TEMPERATURA ELEVADA, Todo O símbolo de SUBSTÂNCIA PERIGOSA AO
DE PRODUTOS PERIGOSOS EM veículo transportando Substâncias a MEIO AMBIENTE para o Veículo
QUANTIDADE LIMITADA nas Temperatura Elevada (qualquer classe ou transportando produtos com nº ONU 3077
embalagens/volumes contendo produtos subclasse) em estado líquido igual ou superior e/ou ONU 3082, quando fracionados apenas
perigosos só deve ser exigido quando houver a 100º C, ou estado sólido igual ou superior a nos casos em que os carregamentos tenham
regulamentação da ANTT. Não há necessidade 240º C, mesmo na quantidade limitada, quantidade bruta de produtos perigosos
de retirar os símbolos de quantidade limitada deverão portar nas duas extremidades (frente superior a 1.000 kg, já no transporte a granel
adotada no transporte aéreo e marítimo, e traseira) e nos dois lados (ambas as laterais em qualquer situação, deverão portar nas
podendo ser usado no terrestre. da metade para a traseira). duas extremidades (frente e traseira) e nos
dois lados (ambas as laterais).

Aula 05 – Sinalização – Parte 2


Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 06
Embalagens
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Embalagens
Introdução
Os Produtos perigosos devem ser condições normais de transporte, por vibração Embalagens (incluindo IBCs e embalagens
acondicionados em embalagens (incluindo ou por variações de temperatura, umidade ou grandes) que contenham produtos perigosos
IBCs e embalagens grandes) de boa pressão (resultantes da altitude, por exemplo). importados, homologadas no exterior, que
qualidade e suficientemente resistentes para atendam às exigências estabelecidas no
Embalagens (incluindo IBCs e embalagens
suportar os choques e as operações de Código IMDG pela Organização Marítima
grandes) devem ser fechadas de acordo com
carregamento normalmente presentes Internacional (OMI) ou pelas Instruções
as instruções fornecidas pelos seus
durante o transporte, incluindo transbordo Técnicas da Organização da Aviação Civil
fabricantes.
entre veículos ou equipamentos de transporte Internacional (OACI) ou às exigências
e carregamento e descarregamento entre Durante o transporte, não pode haver baseadas nas Recomendações para o
veículos e equipamentos de transporte e nenhum sinal de resíduo perigoso aderente à Transporte de Produtos Perigosos das Nações
armazéns, assim como a remoção de um parte externa de embalagens ou volumes, Unidas, com a marcação legível, podem ser
palete ou sobreembalagem para subsequente IBCs e embalagens grandes. Estas disposições utilizadas no transporte terrestre de produtos
movimentação manual ou mecânica. aplicam-se tanto a embalagens novas, perigosos.
reutilizáveis, recondicionadas ou refabricadas,
As embalagens (incluindo IBCs e embalagens
quanto a IBCs novos, reutilizáveis,
grandes) devem ser construídas e fechadas de
refabricados, recondicionados, e a
modo que, quando preparadas para
embalagens grandes novas, reutilizáveis ou
transporte, evitem qualquer perda de
refabricadas.
conteúdo que pode ser provocada em

Aula 06 – Embalagens
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Embalagens
Especificações

As embalagens tem que estar em boa Serem submetidos a ensaio ao órgão Codificadas conforme legislação pertinente.
qualidade, sem amassamento ou competente.
deterioração.

Aula 06 – Embalagens
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Embalagens
Especificações
Setas de orientação
HIDRÓXIDO DE SÓDIO SOLUÇÃO
(Quando aplicável)

Nome Apropriado para Embarque; ONU 1824

Número ONU – precedido “UN”/”ONU” de

12 mm;

Rótulos de Risco;
As embalagens deverão estar identificadas
conforme normatização da Res ANTT Símbolos aplicáveis; e
Símbolo
5947/2021. Em uma das superfícies será Marcação (homologação). “EMPILHAMENTO”
necessário conter: (Quando aplicável)

Aula 06 – Embalagens
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Embalagens
Sobreembalagens
A Res ANTT 5947/2021 determina que toda
sobreembalagem deve ser marcada com a
palavra “SOBREEMBALAGEM”, com o nome
apropriado para embarque e o número ONU,
conforme exigido para os volumes no apítulo 5.2,
para cada produto perigoso contido na
sobreembalagem, a menos que a marcação e
rótulos representativos de todos os produtos
perigosos contidos na sobreembalagem estejam
visíveis, exceto conforme exigido no item 5.2.2.1.12.
As letras da palavra SOBREEMBALAGEM devem
ter, no mínimo, 12 mm de altura.
Nota: No caso de produtos perigosos importados
ou exportados, as palavras “OVERPACK” ou
“SOBREEMBALAJE” serão aceitas em substituição
à palavra “SOBREEMBALAGEM”.

Aula 06 – Embalagens
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Embalagens
Cofres de Carga
Conforme a Res ANTT 5947/2021, Cofres de carga
significam caixas de contenção com fecho a
serem utilizadas no transporte fracionado de
produtos perigosos incompatíveis ou de produtos
perigosos com outro tipo de mercadoria, tendo
como objetivo garantir a estanqueidade entre os
produtos nele acondicionados e o restante do
carregamento.

Os Cofres de cargas utilizados para o transporte


de produtos perigosos devem portar, em uma das
faces ou na tampa, painel de segurança idêntico
ao utilizado no veículo ou equipamento de
transporte.

Aula 06 – Embalagens
Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 07
Tabela de Incompatibilidade e
Equipamentos de Proteção Individual
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Tabela de Incompatibilidade
Incompatibilidade entre produtos perigosos
Na ABNT NBR 14619 define de mercadorias compatíveis, os
INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA como volumes com produtos perigosos
risco potencial entre dois ou mais devem ficar separados dos demais
produtos de ocorrer explosão, produtos e mercadorias do
desprendimento de chamas ou calor, carregamento, de modo a facilitar o
formação de gases, vapores, acesso a eles em casos de
compostos ou misturas perigosas, emergência.
devido à alteração das características
Para isso existe uma tabela na NBR
físicas ou químicas originadas de
sobre os riscos.
qualquer um dos produtos, se
colocados em contato entre si,
devido a vazamento, ruptura de
embalagem, ou outra causa
qualquer.

Se um mesmo carregamento
compreender produtos perigosos e
produtos não classificados como
perigosos ou ainda outras categorias

Aula 07 – Tabela de Incompatibilidade e EPIs


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Tabela de Incompatibilidade
Incompatibilidade entre produtos perigosos
Legenda:

x. Transporte compatível.

a. Transporte compatível com as substâncias e artigos da subclasse 1.4, grupo de compatibilidade S.

b. Transporte compatível entre as substâncias e artigos da classe 1 (explosivos) e os produtos da classe 9 com nº ONU 2990, nº ONU 3072 e nº ONU 3268.

c. Transporte compatível entre os infladores para bolsa de ar ou módulos para bolsa de ar ou pré-tensores para cinto de segurança da subclasse 1.4, grupo de
compatibilidade G (nº ONU 0503), e os infladores para bolsa de ar ou módulos para bolsa de ar ou pré-tensores para cinto de segurança da classe 9 (nº ONU
3268).

d. Transporte compatível entre os explosivos de demolição do tipo A (nº ONU 0081), tipo B (nº ONU 0082 e nº ONU 0331), tipo D (nº ONU 0084) e tipo E (nº ONU
0241 e nº ONU 0332), com exceção do tipo C (nº ONU 0083) e o nitrato de amônio (nº ONU 1942), nitrato de amônio, fertilizantes (nº ONU 2067) e os nitratos de
metais alcalinos e os nitratos de metais alcalinoterrosos, na condição de que o conjunto seja considerado explosivo de demolição da classe 1 para fins da
sinalização, da segregação e da estiva. Os nitratos de metais alcalinos incluem o nitrato de césio (nº ONU 1451), o nitrato de lítio (nº ONU 2722), o nitrato de
potássio (nº ONU 1486), nitrato de rubídio (nitratos inorgânicos, N.E. - nº ONU 1477) e nitrato de sódio (nº ONU 1498). Os nitratos de metais alcalino-terrosos
incluem o nitrato de bário (nº ONU 1446), o nitrato de berílio (nº ONU 2464), o nitrato de cálcio (nº ONU 1454), o nitrato de magnésio (nº ONU 1474) e o nitrato
de estrôncio (nº ONU 1507).

Todos os demais casos desta Tabela são considerados incompatíveis para o transporte.

NOTA 1 4.1 + 1 = Substâncias autorreagentes (Subclasse 4.1) que contêm o rótulo de risco subsidiário de explosivoNOTA 2 5.2 + 1 = Peróxidos orgânicos
(subclasse 5.2) que contêm o rótulo de risco subsidiário de explosivo.

Aula 07 – Tabela de Incompatibilidade e EPIs


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Equipamentos de Proteção Individual


Especificações
O conjunto de EPIs deve estar agrupado e
localizado na cabine do veículo. Os
Os veículos utilizados no transporte de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
produtos perigosos devem portar conjunto de estão subdivididos em 11 grupos, cuja
equipamentos para situações de emergência, eficiência está ligada às características de
adequado ao tipo de produto transportado e cada produto perigoso, conforme determina a
devidamente localizado (vide NBR ABNT NBR 9735 da ABNT – Associação Brasileira de
9735). Normas Técnicas.

Os veículos utilizados no transporte de Durante o transporte, o condutor do veículo e


produtos perigosos devem portar conjunto os auxiliares devem usar calça comprida,
mínimo de Equipamentos de Proteção camisa ou camiseta, com mangas curtas ou
Individual - EPIs para seus condutores e compridas, e calçados fechados e recomenda-
auxiliares, conforme o tipo de produto se o uso de vestimenta com material refletivo
transportado para o condutor e auxiliares (se houver)
envolvidos no transporte realizado no período
noturno (do pôr do sol ao amanhecer)

Aula 07 – Tabela de Incompatibilidade e EPIs


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Conjunto para Situações de Emergências


Especificações
Segundo o artigo 8º da Res 5947/2021 da ANTT (RTPP) os veículos utilizados no
transporte de produtos perigosos devem portar conjunto de equipamentos para
situações de emergência, adequado ao tipo de produto transportado e devidamente
localizado, conforme Instruções Complementares a este Regulamento.

O Conjunto para Situações de Emergência está listado na NBR 9735 da ABNT. Os


equipamentos do conjunto para situações de emergência devem estar em qualquer local
no veículo fora do compartimento de carga, podendo estar lacrados e/ou acondicionados
em locais com chave, cadeado ou outro dispositivo de trava, a fim de evitar roubo ou furto
dos equipamentos de emergência, com exceção dos extintores de incêndio.

Somente em veículos com peso bruto total até 3,5 t, o conjunto para situações de
emergência pode ser colocado no compartimento de carga, desde que esteja
localizado próximo a uma das portas ou tampa, não podendo ser obstruído pela carga.
(ABNT NBR 9735)

Aula 07 – Tabela de Incompatibilidade e EPIs


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Conjunto para Situações de Emergências


Itens listados

Calços Jogo de Cones para Extintores de


Ferramentas Sinalização Incêndio
Calços, com dimensões Jogo de ferramentas adequado Quatro cones para sinalização
mínimas de 150 mm x 200 mm para reparos em situações de da via, que atendam às Extintor(es) de incêndio
x 150 mm. No caso de produtos emergência durante a viagem, especificações da ABNT NBR para a carga.
cujo risco principal ou contendo no mínimo um alicate 15071 (flexibilidade,
subsidiário seja inflamável, os universal; uma chave de fenda durabilidade, aparência, forma
calços devem ser de material ou chave Philips (conforme a e dimensões)
antifaiscante. necessidade); uma chave
apropriada para a desconexão
do cabo da bateria.

Aula 07 – Tabela de Incompatibilidade e EPIs


Legislação de Produtos
Perigosos
Básico
Aula 08
Curso CETPP e Checklist do Caminhão
Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Curso CETPP
Especialização no Transporte de Produtos Perigosos

O Curso Especializado para Condutores de


Veículos de Transporte de Produtos Perigosos
é uma exigência prevista no artigo 20 do
RTPP e artigo 145 do CTB regulamentado na
Resolução CONTRAN nº 789/2020 e suas
alterações.

Possui carga horária de 50 (cinquenta) horas


aula e a estrutura curricular básica está Art. 20. O condutor de veículo utilizado no
prevista no Anexo II da Resolução CONTRAN transporte de produtos perigosos deve ter
nº 789/2020. sido aprovado em curso específico, conforme
regulamentado pelo Conselho Nacional de
Terá validade de 05 (cinco) anos, quando os Trânsito - CONTRAN, salvo se disposto em
condutores deverão realizar a atualização, contrário nas Instruções Complementares a
devendo coincidir com a validade do exame este Regulamento.
de Aptidão Física e Mental do condutor.
Res. ANTT 5947/2021

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Curso CETPP
Especialização no Transporte de Produtos Perigosos
Com as recentes alterações no CTB, Código de Trânsito Brasileiro, cursos como o TPP -
Transporte de Produtos Perigosos (Antigo MOPP - Movimentação de Produtos Perigosos),
deixaram de ser obrigatórios sua indicação no Campo Observações na CNH.

O artigo 2º da Resolução CONTRAN 848/21 do CONTRAN cita que o condutor deve ter em
mãos os documentos relacionados aos cursos até que a informação seja divulgada no
sistema do Renach:

Sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, o condutor deverá portar
sua comprovação até que essa informação seja registrada no RENACH, nos termos do § 4º
do art. 27 da Resolução do CONTRAN nº 789, de 18 de junho de 2020.

Ou seja, a partir de agora, apenas a informação que consta no Renach é válida, pois é
proibido a inserção dessas informações ligadas a cursos nas CNHs. A Res 850/21 do CONTRAN
cita pontos em relação a validade dos cursos especializados, levando em consideração os
condutores que possuem versões mais antigas da CNH:

Para fins de fiscalização, as informações constantes no RENACH prevalecerão sobre


eventual informação constante no campo “observações” da CNH;

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Curso CETPP
Especialização no Transporte de Produtos Perigosos
Resolução CONTRAN 789/2020
Anexo II, item 06, subitem VIII – Validade
VIII– DA VALIDADE

❖ Os Cursos especializados tem validade de cinco anos, quando os condutores deverão


realizar a atualização dos respectivos cursos, devendo os mesmos coincidirem com a validade
do exame de sanidade física e mental do condutor constantes de sua CNH;

❖ Na renovação do exame de sanidade física e mental, o condutor especializado deverá


apresentar comprovante de que realizou o curso de atualização no qual está habilitado,
registrando os dados no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal;

❖ O condutor que não apresentar comprovante de que realizou o curso de atualização no


qual está habilitado quando da renovação da CNH, terá automaticamente suprimida a
informação correspondente;

❖ Os Cursos de atualização terão uma carga horária de 16 horas-aula, sobre as disciplinas dos
Cursos especializados, abordando preferencialmente, as atualizações na legislação, a evolução
tecnológica e estudos de casos, dos módulos específicos de cada curso.

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Curso CETPP
Especialização no Transporte de Produtos Perigosos

Resolução CONTRAN 789/2020


Anexo II, item 06, subitem VII – Certificação

VII – CERTIFICAÇÃO

f) O modelo dos certificados será elaborado e


divulgado em portaria pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União.

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Curso CETPP
Especialização no Transporte de Produtos Perigosos
Portaria DENATRAN 26/2005

Art. 2º Cada certificado deverá ser confeccionado e preenchido pelos Órgãos ou Entidades
Executivos de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal ou por Empresas por ele credenciada para
aplicação dos cursos, contendo:

a) Nome completo do condutor

b) Número do registro RENACH e categoria de habilitação do condutor

c) Validade e data de conclusão do curso

d) Assinatura e carimbo do diretor da entidade ou instituição

OBS. A validação do certificado será feita pelos Órgãos ou Entidades Executivos de Trânsito do
Estado ou do Distrito Federal, a critério de cada Órgão ou Entidade.

Art. 3º O certificado deverá ser confeccionado em papel A4 (210X297), 180g/m2.

Art. 4º A numeração do certificado será fornecida pelos Órgãos ou Entidades Executivos de Trânsito
do Estado ou do Distrito Federal e terá a seguinte composição: 4 (quatro) dígitos iniciais que
identificam a empresa credenciada (Numeração dada pelo Detran ao credenciar a empresa) seguido
da UF do Estado onde o curso foi realizado, seguido de mais 9 (nove) dígitos. EX 0025SP000000001.

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Checklist do Caminhão e Carga


O que verificar!
A lista de verificação deve ficar à disposição
do expedidor, do contratante, do destinatário,
A ABNT NBR 15481 determina os requisitos a
do transportador e das autoridades, durante
ser aplicado para um checklist, embora não
três meses, salvo em caso de acidente,
seja um obrigatoriedade, porém em casos de
hipótese em que deve ser conservada por dois
acidentes pode ser documento de suma
anos.
importância para a empresa ou até mesmo
para os colaboradores. O transportador e o expedidor devem
preencher a sua respectiva lista de verificação
Existe Os itens mínimos a serem verificados
(podendo ser lista de verificação única,
estão listados nos anexos da NBR, porém esse
acordada entre as partes) e guardá-la durante
modelo da lista de verificação é opcional. As
o período citado anteriormente.
informações constantes no Anexo A da NBR
podem ser escritas de maneira resumida de O responsável pelo preenchimento da lista de
modo a facilitar a impressão, somente verificação deve ter treinamento, tomando
podendo ser suprimidos os itens que não se como base esta Norma.
aplicam ao transporte de produtos perigosos
da empresa.

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão


Legislação de Produtos Perigosos - Básico

Checklist do Caminhão e Carga


O que verificar!

No caso da empresa de transporte, deve haver um


responsável para o preenchimento da lista quando da saída
do veículo da sua base.

Quando o veículo não se encontrar na sua base, ou não for


agregado a alguma transportadora, o responsável pelo
preenchimento pode ser o motorista.

Aula 08 – Curso CETPP e Checklist do Caminhão

Você também pode gostar