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1.

Delimitação do tema

O presente trabalho fala de Corrupção e seus impactos económicos em


Moçambique

1.2. Justificativa

A escolha do tema deveu – se pelo facto de ser muito debatido nos dias de hoje, e por
ser muito importante para a nossa sociedade, que tem afectado o nosso país de todas
às formas e que é preocupação de toda a sociedade porque coloca toda a sociedade
em risco e aumenta o índice de pobreza no país.

1.2. Problematização

Qual é o impacto econômico da corrupção?


Quais são às medidas para o combate à corrupção?
Quais são os sectores afetados por essa prática?

1.3. Objetivo do trabalho

1.3.1. Objectivo Geral

 Falar sobre a corrupção em geral.

1.3.2. Objectivos Específicos

 Estabelecer conceitos de corrupção


 Mencionar os sectores os quais são afetados pela corrupção
 Mencionar os tipos e formas de corrupção
 Mencionar as Causas da corrupção
 Identificar Impactos económicos da corrupção em Moçambique
 Identificar às medidas de combate à corrupção

1.4. Metodologia

Este trabalho foi orientado por uma abordagem qualitativa em que utilizaram
pesquisas profundas feitas na internet e artigos baixadas na mesma, métodos estes
que permitiram melhor compreensão do tema.
Introdução

No presente trabalho serão abordados conceitos sobre à corrupção, um grande


problema que a nossa sociedade vêm enfrentando dia-a-dia e que afeta variados
sectores os quais serão exibidos alguns deles, serão mencionadas as consequências e
causa da corrupção que prejudicam a sociedade em Moçambique não só em
Moçambique mas em vários outros países porque à corrupção é abrangente e
aumenta a pobreza, não podendo deixar de falar das formas de corrupção, quais os
tipos como acontece a corrupção, o impacto que trás para Moçambique no que
concerne à economia e também como combater ou minimizar a corrupção através de
medidas preventivas, porque corrupção não é uma prática que possa acabar porque é
algo que para às pessoas minimiza a pobreza para acabar com à corrupção seria
preciso mudar a sociedade algo que não é impossível mas também não é fácil, o tema
é de extrema importância para a sociedade, uma prática ilícita que deve ser
minimizada porque impactua negativamente variados países sendo Moçambique um
deles e o nosso campo de abordagem.
2. Corrupção

“A corrupção é uma ameaça ao desenvolvimento, à democracia e à


estabilidade. Distorce os mercados, trava o crescimento econômico, desencoraja o
investimento estrangeiro, corrompe os serviços públicos e a contribuição para a
destruição do ambiente e põe em perigo a saúde pública.” (Barata, 2013)

A corrupção é uma prática universal que afeta todos os países, independentemente


das condições políticas, económicas e sociais que existam, não é possível enxergar a
corrupção como uma prática que apenas se encontra nos países de maior ou menor
desenvolvimento, a corrupção é abrangente.

Segundo Nye(1967) e Alberto Teixeira(2006), “ a palavra corrupção é


usada em diferentes sentidos. Pode significar para além dos bens públicos para
interesses privados: Suborno, extorsão, tráfico de influência, fraude, desvio de
fundos públicos entre outros.”

A corrupção é entendida como um fenômeno que não conhece fronteiras, corrompe


as forças do estado de direito, prejudica O crescimento econômico e o
Desenvolvimento sustentável e distorce a livre e Sã concorrência, também nos
mercados internacionais, acabando por enfraquecer as economias.

Actualmente, a corrupção é um fenómeno socio-económico universal que pode ser


observado nas mais diversas instituições. E os seus autores são indivíduos, pessoas
que se aliam por um determinado prazo para um determinado fim. Trata-se de um
fenómeno universal, com consequências graves que podem ser observadas tanto no
dia-a-dia dos cidadãos como nas instituições regionais ou nacionais de um país, bem
como nas instituições internacionais. A cultura de corromper e ser corrompido atinge
níveis bastante preocupantes, em especial, na administração pública (embora sem
excluir a privada), e muitos defendem que se trata de umas das maiores, senão a
maior causa da pobreza e de entrave ao desenvolvimento em muitos países do
mundo, sendo Moçambique um deles.

A corrupção é o maior obstáculo ao desenvolvimento econômico e social no mundo.


A cada ano, US$1 trilhão são gastos em subornos, enquanto que cerca de US2,6
trilhões são desviados pela corrupção – uma soma equivalente a mais de 5% do PIB
mundial. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento estima que nos
países em desenvolvimento a quantia de fundos desviados de seus destinos pela
corrupção é 10 vezes superior ao destinado a assistência oficial para o
desenvolvimento. Mas a corrupção não se restringe apenas a roubar fundos das áreas
em que eles são mais necessários; ela também leva a um governo fraco que pode, por
sua vez, estimular redes de crime organizado e promover crimes como o tráfico de
pessoas e de armas, subornos, o contrabando de migrantes, além da falsificação e do
comércio de espécies ameaçadas de extinção.

Todo mundo pode ser uma vítima da corrupção. Onde quer que ocorra, ela traz
impactos negativos, desastres, desestabilização.
2.1. Conceitos de Corrupção

Segundo Llaca (2005:48), foi filósofo Aristóteles o primeiro a utilizar a


palavra corrupção para designar a degeneração ocorrida nos governos
monárquico e democrático e as suas formas de corrupção eram
respectivamente a tirania, oligarquia e demagogia. Por sua vez, o Cícero, de
acordo com a realidade vivida em Roma, empregaria esta palavra para
descrever o suborno bem como o abandono dos bons costumes.

A palavra corrupção deriva do latim, corruptus que, literalmente, significa


quebrado em pedaços e em outra acepção: “apodrecido”, pútrido. Por
conseguinte, o verbo corromper significa tornar pútrido, podre. A palavra
corrupção pode significar a transformação do estado natural de uma coisa
ou substância, especialmente, por putrefacção ou decomposição. A palavra
serve também para qualificar o carácter degradado, infestado de mal,
depravado, pervertido, malicioso e maligno.

Segundo Stephen D. Morris (1991:2-4) que realizou um interessante estudo


sobre a corrupção no México, defende que: “A corrupção é o uso ilegítimo do poder
público em benefício privado. Todo o uso ilegal ou não ético das actividades
governamentais em função de interesses e benefícios pessoais ou políticos ou
simplesmente o uso arbitrário do poder”.

Segundo a definição do Andrade (2007:3) que afirma que: “ A corrupção é


um fenómeno social, através do qual um funcionário público é levado a actuar
contra as leis, normas e práticas implementadas, a fim de favorecer interesses
particulares”.

É necessário frisar que os actos de corrupção nem sempre se situam a nível do


benefício individual, podem aspirar beneficiar familiares e amigos, ou mesmo
movimentos sociais, políticos ou culturais. E é nesta lógica que o Llaca (2005:50),
considera que existem dois tipos de corrupção: a corrupção dita “egoísta” e que serve
apenas interesses individuais e a corrupção dita “solidária” que beneficia a interesses
individuais e colectivos. Esta distinção pode revelar-se ambígua, na medida em que o
egoísmo tanto pode ser grupal como individual.

reconhece-se que a corrupção é um fenômeno que advém de fatores econômicos,


institucionais, políticos, sociais e históricos e que possui manifestações diversas de
natureza privada, pública e social, razão pela qual tem sido estudada desde a
sociologia, a economia, a psicologia, a criminologia e a ética até o Direito. Isso vem a
enriquecer os conhecimentos sobre essa prática , mas também dificultar a elaboração
de um conceito unitário da corrupção.
Sob esta perspectiva multidisciplinar, os próprios cientistas sociais modernos
apontam diferentes definições para a corrupção, tal como Bezerra, que descreve três
tipos de definições consideradas as mais utilizadas pelos estudiosos: a definição
legalista, baseada no ofício público; a definição mercantilista, baseada nas
perspectivas do mercado; e a definição publicista, baseada na idéia do bem público.
Já Gibbons, como define Bezerra, insere um quarto tipo de definição baseada na
opinião pública, isso porque ele parte da idéia de que o conceito de corrupção tem
dimensões definíveis que são reconhecidas pelo público.

Segundo Norberto Bobbio, “a corrupção deve ser considerada em termos de


legalidade e ilegalidade, e não de moralidade e imoralidade, levando-se em conta
as diferenças existentes entre práticas sociais e normas legais e a diversidade de
avaliação dos comportamentos que se revela no setor privado e no setor público”.

Para o Programa Contra a Corrupção do Escritório sobre Drogas e Crime das Nações
Unidas – UNODC, o conceito de corrupção é amplo, e inclui as práticas de suborno,
propina, fraude, apropriação de bens de autoria privada ou qualquer desvio de
recursos por parte de um funcionário público; assim como envolve casos de extorsão,
tráfico de influência, utilização de informação privilegiada para fins pessoais e a
compra e venda de documentos falsificados, dentre diversas outras práticas.

Segundo a Transparência Internacional, a “corrupção é o abuso de poder


para obtenção de ganhos privados ilegítimos, e pode ocorrer tanto no setor público
quanto no privado”.

Com tudo isto percebe – se que à corrupção quanto a sua definição ou conceito não é
consensual, vários autores definiram – na em função do seu conhecimento.

São vários tipos de corrupções existentes, e é importante realça – los no que


concerne em falar da corrupção em geral.

Tipos de Corrupção

Corrupção ativa

Consiste em um dos tipos de corrupção mais comuns e danos demais para as


instituições, tendo uma responsabilidade direta. Ocorre quando uma pessoa oferece
uma vantagem para outra, em benefício próprio e indo contra alguma norma, moral,
ética ou legalidade. Ou seja, a iniciativa do ato é de seu beneficiário.

Apesar de ser mais relacionada à administração pública, também acontece no meio


empresarial, muitas vezes, de forma corriqueira. Um exemplo clássico é a negociação
com fornecedores com a oferta de benefícios além do que é estabelecido em contrato.
Ou mesmo quando se atrasa propositalmente a entrega de um documento ou são
omitidas informações, como no caso das obrigações fiscais e contábeis.

Corrupção passiva

Neste caso, o beneficiário do ato de corrupção não é o responsável direto por ele. Ou
seja, é oferecida uma vantagem para uma pessoa, que não é responsável pelo ato de
corrupção. Nas instituições , pode ocorrer, por exemplo, quando um funcionário é
convencido com a ação de outro, por também se beneficiar.

Na legislação, é comum que a corrupção passiva seja referida ao funcionalismo


público. No entanto, ela também pode ser descrita no meio empresarial, ainda que
seja mais difícil tipificá-la. Assim, é necessário fazer uma investigação completa para
entender a participação de todos os envolvidos.
Corrupção preditiva

A corrupção preditiva, por sua vez, costuma ser associada ao setor público quando
um agente ainda não está exercendo a sua função na posição que permita o
oferecimento de vantagens a outros. É o caso de políticos que ainda não foram eleitos
e fazem promessas antes de assumir o cargo, ou mesmo, no caso de servidores que
não foram nomeados.

Nas empresas, esse tipo de corrupção pode ser menos comum, mas pode ser
entendida como o envolvimento direto ou indireto nos casos do setor público, como
na promessa de participação em processos licitatórios futuros. Outro exemplo é o de
trocar favores diante de uma possível promoção.

Corrupção lateral

É o tipo de corrupção mais comum entre acionistas e a grande gestão. É


caracterizada pela defesa de interesses próprios dentro de um conselho
administrativo, priorizando as decisões que tragam benefícios pessoais.

Nesse caso, pode ocorrer tanto de forma ativa, quando a pessoa age em favor de si
mesmo, quanto de forma passiva, favorecendo um grupo de interesse. Em ambas as
situações, os países como um todo são exacerbadamente prejudicados.

A corrupção compreende actividades ilícitas como o suborno, desvio de fundos,


fraude, extorsão e nepotismo. E ela geralmente manifesta-se em
transacções/actividades ilícitas feitos por funcionários em benefício próprio,
extorsão ou roubo de elevadas somas de recursos públicos por funcionários e agentes
do Estado, tráfico de influências , formulação de políticas e de legislação feita por
forma a beneficiar interesses especiais, dos actores políticos e legisladores , e conluio
entre os actores privados e funcionários ou políticos para proveito mútuo ou privado.
Embora a corrupção varie de país para país e após a análise das preocupações e
problemas que afectam o sector público e a governação em geral foi possível
identificar algumas causas.

Formas de corrupção

A corrupção não se manifesta numa única forma. Ela geralmente manifesta -se em :

– transacções/actividades ilícitas isoladas feitas por funcionários públicos que


abusam da sua função (por exemplo, exigindo subornos, desviando os fundos
públicos ou dispensando favores) em proveito/benefício próprio;

– prática de fraude caracterizado por burla, vigarice, manipulação ou distorção de


informação, factos ou conhecimentos, contrabando, falsificação da moeda,
adjudicação de contractos a firmas em que os funcionários tem interesses;
tráfico de influência onde o servidor usando das prerrogativas e facilidades
resultantes de sua condição de funcionário público ou agente do estado patrocina,
como procurador ou intermediário, interesses alheios perante a administração ;
extorsão ou roubo de elevadas somas de recursos públicos por funcionários seniores
do Estado, geralmente membros de e/ou associados com a elite política ou
administrativa;
prática de nepotismo que consiste no favoritismo de certos funcionários aos seus
familiares e, ou partidos políticos ;
formulação de políticas e de legislação feita por forma a beneficiar interesses
especiais, os actores políticos e os legisladores ;
conluio entre os actores privados e funcionários públicos ou políticos para proveito
mútuo ou privado. Quando isto acontece, quer dizer que o sector privado “capturou”
o poder legislativo, executivo e judicial para os seus próprios interesses.

Sectores afetados pela corrupção

No Sector da educação : no sector da educação à corrupção actua de forma


prejudicial para toda a sociedade, isto é, nas escolas para um estudante passar há
falsificações de notas, troca de favores sexuais entre o estudantes e os professores, há
subornos, fraudes, pagamentos por parte até dos encarregados para seus filhos
transitarem, mas tudo isso só contribui para o aumento do índice da corrupção e
retardamento das mentes humanas, tudo isso contribui para a pobreza.

No sector da Saúde: No sector da saúde não há diferença à corrupção também


está lá, um doente em estado gravíssimo fica à espera à beira da morte, porque os
médicos estão com seus interesses “ à flor da pele”, eles priorizam àqueles que lhes
favorecerão, isto é, lhes oferecerão valores para o bom atendimento e rápido
atendimento, há também roubos de medicamentos por parte dos próprios
funcionários, isto é, a nossa sociedade está a ser corrompida dia após dia pela
corrupção, pelos desejos, pela satisfação privada, o que abala economicamente
Moçambique e aumenta o índice de corrupção, pobreza e criminalidade no país
Quando é para passar à frente na fila, as pessoas tendem a praticar à corrupção
porque não querem esperar e não tem paciência, ou porque tem outros afazeres
corrompendo assim um funcionário que faça parte do lugar onde se encontra na qual
pretende ser atendido de urgência, isso é um caso de benefício próprio, por parte do
corrupto, outro exemplo é alguém que vá para inspeção tratar a captação e suborna
algum funcionário da instituição para o ajudar a tratar com urgência.
Outro exemplo é dos policiais de trânsito, que são subornados para que não
confisquem cartas de condução, não passem multas, outro caso também é dos
polícias municipais que também quando trancam carro de um indivíduo que
infringiu a lei de estacionamento, ou paragem são subornados para não passarem
multa condizente com a infração, isto tudo mostra- nós que todos são praticantes da
corrupção, que até a própria lei faz parte dela, não tem como não haver à corrupção,
a cada dia que passa são variados tipos e casos de corrupção.
Causas da Corrupção

as causas principais e motoras da corrupção em Moçambique, podem ser agrupadas


em :

• Falta de aplicação das leis e regulamentos : a corrupção do sector público


desenvolve-se onde as leis e regulamentos não são aplicados, e onde o reforço da lei é
frequentemente usado como um instrumento para defender interesses privados do
que proteger o interesse público.

• Falta de prestação de contas das instituições : devido a inoperância e


fraqueza dos mecanismos e instituições de prestação de contas no sector público
assiste -se a tendência do abuso do poder público para fins pessoais.

• Fraqueza dos mecanismos de controle e supervisão : a insuficiente


capacidade das inspecções administrativa, financeira e técnica do sector público
incluindo as inspecções no sector da legalidade e justiça permite a sustentação
dos três factores básicos da corrupção: a oportunidade, a impunidade e o secretismo.

• Fraqueza do cometimento dos gestores da administração pública no


combate à corrupção : nem sempre se age de forma enérgica e oportuna em
relação às práticas corruptas o que pode resultar na prevalência e expansão da
corrupção no sector público .

• Prática do nepotismo, favoritismo e clientelismo : em que os detentores das


instituições públicas prestam serviços para grupos de clientes ligados a eles por laços
étnicos, geográficos, económicos ou outros. A linha entre o que é “público” e o que é
“privado” é ofuscada/obscura, e portanto, o abuso da função pública para ganhos
pessoais é uma ocorrência rotineira. Não se reconhece que o papel do Estado deve
estar a acima dos interesses privados para proteger o interesse público em geral.
Assim, a legitimidade do Estado como protector do interesse público é contestada
pelo s cidadãos.

• Degradação dos valores morais e éticos : verifica -se na maioria dos


funcionários públicos e agentes do estado (políticos, burocratas e funcionários de
empresas públicas) a falta de valores para um comportamento bom, correcto e justo.
Esta forma de se comportar do funcionário é reflexo da inexistência e , ou falta de
aplicação nas instituições públicas (e também privadas) da ética na cultura
organizacional, isto é, falta de valores e princípios de um código institucionalizado de
ética promovido e posto em vigor através de um programa definido.

• Fraqueza da participação da sociedade civil e das comunidades locais


no combate à corrupção : o cidadão com uma atitude ambígua em relação a
corrupção – uma atitude de incerteza composta por intolerância, indiferença ou
resignação, um sentimento de que a corrupção está espalhada e enraizada que nada
pode ser feito e que devemos também aprender a viver com ela - acaba contribuindo
para a prevalência e expansão da corrupção no país . O cidadão revela um nível de
confiança baixo no tocante à apresentação de denúncias contra actos e actores
corruptos. Também reflecte a falta de boas práticas/bons exemplos por parte das
elites políticas.
Impacto da corrupção para o desenvolvimento econômico de
Moçambique

Menos prosperidade: a corrupção freia o crescimento econômico, fere o Estado de


Direito e desperdiça talentos e recursos preciosos. Quando a corrupção predomina,
as empresas hesitam em investir face ao custo nitidamente mais elevado da atividade
econômica. Nos países corruptos com recursos naturais abundantes, a população
raramente se beneficia dessas riquezas. A corrupção fragiliza também as estruturas
de segurança, como os serviços de polícia. Enfim, ela impede que as populações, os
países e as empresas realizem seu potencial.
Menos respeito por direitos: a corrupção coloca em perigo a democracia, a
governança e os direitos humanos, enfraquecendo as instituições públicas sobre as
quais são fundadas sociedades justas e igualitárias. A compra de votos em período
eleitoral compromete o processo democrático e a noção de justiça é questionada
quando criminosos conseguem comprar sua tranquilidade através de subornos. Os
povos nativos e as mulheres ficam particularmente expostos à corrupção. Em razão
de sua exclusão geográfica e social, e da falta de acesso a meios de proteção jurídica
disponíveis para outros membros da sociedade, seus direitos econômicos, sociais e
culturais ficam ameaçados pela corrupção.
Menos serviços: a corrupção desvia fundos destinados a serviços essenciais,
principalmente cuidados de saúde, educação, acesso a água potável, ao saneamento e
à habitação. A corrupção de funcionários públicos constitui um grande obstáculo à
capacidade do governo de satisfazer as necessidades fundamentais dos cidadãos. Nos
países em que o auxílio internacional deveria melhorar a qualidade de vida, a
corrupção se torna uma barreira aos esforços da comunidade internacional e põe em
risco futuros financiamentos.
Menos empregos: quando a atribuição de funções não se dá por mérito e sim por
nepotismo, oportunidades são negadas. Para pobres, mulheres e minorias, a
corrupção se traduz frequentemente por um acesso ainda mais restrito ao emprego.
Por outro lado, tendo em vista que ela desencoraja os investimentos estrangeiros, ela
limita a criação de empregos.

Medidas Para o Combate à corrupção

Reforçar os órgãos de inspecção e desenvolvimento sistemático da acção inspectiva


sobre a actividade dos organismos públicos;
Implementar diplomas legais que compreendam medidas de prevenção e combate à
corrupção;
Desenvolver e aperfeiçoar a informação e prestação de contas entre o Governo, o
Tribunal Administrativo e a Assembleia da República, no que respeita a fiscalização
do processo de formulação, execução do Orçamento do Estado e do exame anual das
respectivas contas;
Criar as condições para o exame regular e atempado das contas do Estado no seu
conjunto e de cada instituição pública;
Reforçar e expandir a acção e os mecanismos de combate a corrupção;
Reforçar a capacidade dos órgãos responsáveis pela defesa da legalidade e de
protecção dos direitos dos cidadãos;
Reforçar o funcionamento dos canais de atendimento e resolução de petições
e reclamações dos cidadãos;
Remover as barreiras administrativas através da clarificação e simplificação
dos procedimentos administrativos e redução da burocracia;
Estabelecer planos concretos de acções de combate à corrupção ao nível dos sectores
e Governos provinciais e distritais, que tenham resultados de
impacto imediato;
Realizar a pesquisa regular e periódica sobre a acção governativa e corrupção
através de questionários específicos para as famílias, sector público e sector privado
com o objectivo de identificar os tipos/formas de corrupção, os respectivos
determinantes, dimensões e divulgação ampla dos seus resultados;
Rever o Estatuto Geral do Funcionários do Estado (EGFE), incorporando cláusulas
que identificam, tipificam e punem a corrupção;
Constituir e actualizar a base de dados sobre entidades públicas e privadas
envolvidas em esquemas de corrupção;
Elaborar um Código sobre Procedimentos Administrativos.
Recomendações

Depois de consultados pdf’s, alguns artigos da internet, é recomendado:

– Menor utilização dos recursos públicos nas campanhas políticas;


– Maior transparência no financiamento às campanhas e partidos políticos;
– Fortalecimento dos órgãos de controlo do estado;
– Aperfeiçoamento das medidas preventivas e repressivas contra a corrupção nos
sistemas de contratação pública;
– Criar mecanismos com vista à eliminação das deduções fiscais dos subornos;
– Estabelecimento de normas de ética e condutas dos órgãos do governo;
– Campanhas frequentes sobre a denunciar quem for a praticar à corrupção;
– Assegurar o cumprimento de todos esses mecanismos
Conclusão

A corrupção é um grave problema que afeta todos os países do mundo. Em níveis


elevados, pode prejudicar seriamente o crescimento econômico e impedir o
desenvolvimento das sociedades. Devido a tudo isto, diversas são as idéias para
combatê-la, inclusive a de que o aumento da educação poderia aumentar a
fiscalização e reduzi-la. No entanto, este trabalho mostrou que a corrupção é uma
prática ilícita que dia-a-dia só aumenta, porque todo mundo em troca de favores
pratica a corrupção, se torna corrupto por fazer coisas ilegais, imorais.
Por mais surpreendente que possa parecer, quanto mais não houver transparências,
inspeções, combates à corrupção, maior será o índice de corrupção, a tendência é que
elas se aproveitem das falhas e não as combatam.

A corrupção assume várias forma s e características em diferentes regiões,


dependendo das actividades económicas e de desenvolvimento institucional de cada
uma, e tende a exacerbar-se nas zonas de maior concentração de actividades
económicas, nomeadamente nas cidades capitais e vilas. Q uanto `a prevalência
deste fenómeno , os inquiridos no estudo indicam a sua incidência nos serviços
públicos, no sector da administração da justiça, no sistema de gestão de recursos
humanos do sector público com ênfase nos processos de recrutamento e promo ção,
nos serviços de “procurement” público, na administração fiscal e financeira do
estado.
Os efeitos devastadores da corrupção nos níveis social, político e económico,
prejudicam consideravelmente os esforços do país no combate a pobreza e são um
grande entrave no processo contínuo de construção da nação moçambicana.
4
O sucesso do combate à corrupção requer o fortalecimento dos sistemas de
governação e gestão pública, eliminando factores facilitadores tais como: o excesso
do poder discricionário dos funcionários públicos, a improvisação administrativa, a
centralização excessiva, os sistemas de gestão obsoletos, os serviços públicos
ineficientes, a desinformação pública, o quadro legal inadequado e ineficiente, o
declínio de valores éticos e a fraca capac idade de intervenção das comunidades e da
sociedade civil.
Referências Bibliográficas

BARATA, A.M.S. (2013). Corrupção e poder total, disponível em https/pt.scribd.com,


acessado em (26 de outubro de 2022)
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BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco.Dicionário de
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