Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fevereiro 2022
Mod.DFRH.110/04
Vítor Primo
MÓDULO 3
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO DESENVOLVIMENTO
DE INCÊNDIO E CURVAS DE INCÊNDIO NOMINAIS
Mod.DFRH.110/04
Programa previsto no Protocolo ANEPC/Ordens Profissionais
Mod.DFRH.110/04 3
Síntese
1. Resistência ao fogo
2. Representação gráfica do desenvolvimento do incêndio
• Curva de incêndio natural
• Curvas nominais
• Curvas paramétricas
3. Comportamento ao fogo das estruturas
Mod.DFRH.110/04 4
Objetivos pedagógicos
Mod.DFRH.110/04 5
1 – Resistência ao fogo
RESISTÊNCIA AO FOGO
Propriedade de um elemento de construção, ou de outros componentes de um
edifício, de conservar durante um período de tempo determinado a estabilidade
e ou a estanquidade, isolamento térmico, resistência mecânica, ou qualquer
outra função específica, quando sujeito ao processo de aquecimento resultante
de um incêndio.
Mod.DFRH.110/04 6
ESTABILIDADE AO FOGO
Propriedade de um elemento de construção, com funções de suporte de
cargas, capaz de resistir ao colapso durante um período de tempo
determinado, quando sujeito à acção de incêndio.
ESTANQUIDADE AO FOGO
Propriedade de um elemento de construção, com função de
compartimentação, de não deixar passar, durante um período de tempo
determinado, qualquer chama ou gases quentes.
Mod.DFRH.110/04 7
ISOLAMENTO TÉRMICO
Propriedade de um elemento de construção com função de
compartimentação, de garantir que a temperatura na face não
exposta ao fogo, desde o seu início e durante um período de tempo
determinado, não se eleva acima de dado valor.
FECHO AUTOMÁTICO
Propriedade de um elemento de construção que guarnece um vão de,
em situação de incêndio, tomar ou retomar a posição que garante o
fecho do vão sem intervenção humana.
Conceito
Indicador do comportamento face ao fogo dos elementos de
construção, em termos da manutenção das funções que devem
desempenhar em caso de incêndio.
Mod.DFRH.110/04 9
Curva de incêndio padrão ISO 834
Mod.DFRH.110/04 10
Forno vertical do LERF – Univ. Aveiro
Mod.DFRH.110/04 11
Mod.DFRH.110/04 12
RESISTÊNCIA AO FOGO
Mod.DFRH.110/04
Resistência ao fogo dos elementos de construção
A classificação de desempenho de resistência ao fogo padrão consta do
Anexo II ao RJ-SCIE e atende aos parâmetros :
R - Capacidade de suporte de carga
E - Estanquidade às chamas e gases quentes
I - Isolamento térmico
W - Radiação
M – Acção mecânica
C – Fecho automático
S – Passagem de fumo
P ou PH – Continuidade no fornecimento de energia ou sinal
K – Capacidade de protecção contra o fogo
…
Mod.DFRH.110/04 14
Resistência ao fogo – funções principais:
Suporte (R) - pilar, pavimento resistente, viga, etc.;
Estanquidade (E) - parede, porta, conduta, etc.;
Isolamento térmico (I) - parede, porta, etc.;
Mod.DFRH.110/04 15
Qualificação de resistência ao fogo - equivalências
Suporte de cargas EF R
Mod.DFRH.110/04 16
Elementos com funções de compartimentação
Portas
Mod.DFRH.110/04 17
2 - Representação gráfica do desenvolvimento do incêndio
• Curva de incêndio
natural
• Curvas de incêndio
nominais
• Curvas de incêndio
paramétricas
Mod.DFRH.110/04 18
Curva de incêndio natural (ou real)
Inflamação generalizada
Propagação
Ignição
Mod.DFRH.110/04 19
Incêndio natural (ou real)
4 fases principais:
• Inicial ou de ignição;
• De propagação
• De desenvolvimento pleno ou
combustão contínua
• De extinção ou de
arrefecimento
Imagem de https://www.researchgate.net
Mod.DFRH.110/04 20
Curvas nominais
Mod.DFRH.110/04 21
Métodos de cálculo estrutural ao fogo:
Mod.DFRH.110/04 22
Eurocódigos Estruturais
Mod.DFRH.110/04 23
Eurocódigo 1 – Parte 1-2
Mod.DFRH.110/04 24
Curvas nominais referidas no EC1
Mod.DFRH.110/04 25
Mod.DFRH.110/04 26
Curva nominal ISO 834
Mod.DFRH.110/04 27
Curva nominal incêndio exterior
Mod.DFRH.110/04 28
Curva nominal incêndio em hidrocarbonetos
Mod.DFRH.110/04 29
Curvas paramétricas
Mod.DFRH.110/04 30
Curvas de incêndio paramétricas
Anexo A da parte 1.2 do EC1
Mod.DFRH.110/04 31
Curvas de incêndio paramétricas
Mod.DFRH.110/04 32
Curvas de incêndio paramétricas
Mod.DFRH.110/04 33
Definição das curvas paramétricas
Mod.DFRH.110/04 34
Definição do factor de abertura
Mod.DFRH.110/04 35
Imagem de: André da Silva Reis (UA)
Mod.DFRH.110/04 36
Densidade de carga de incêndio:
Valor caraterístico da tabela seguinte, ajustado pelos seguintes
coeficientes de correção:
• Fator de combustão;
• Fator de ativação em função da área;
• Fator de ativação em função da utilização;
• Fator das medidas de segurança:
• Deteção,
• Extinção manual,
• Extinção automática.
Mod.DFRH.110/04 37
Densidade de carga de incêndio – tipo de ocupação
Ocupação Densidade de carga de
incêndio (MJ/m2)
Habitação 780
Hospitais 230
Hotéis 310
Livrarias 1500
Escritórios 420
Salas de aulas 285
Centros comerciais 600
Teatros, cinemas 300
Transportes (espaços públicos) 100
Mod.DFRH.110/04 38
Mod.DFRH.110/04 39
Factor de ativação em função da dimensão
Mod.DFRH.110/04 40
Factor de ativação em função da ocupação
Mod.DFRH.110/04 41
Factor de ativação em função das medidas ativas
Mod.DFRH.110/04 42
Influência das medidas ativas num caso prático
(escritórios – valor base de 511 MJ/m2)
Mod.DFRH.110/04 43
Modelos simplificados - Incêndios localizados
Mod.DFRH.110/04 44
Modelos avançados de
incêndio
• Modelos computacionais de
elementos finitos.
Mod.DFRH.110/04 45
Modelação de incêndios de compartimento
CFAST (Consolidated Model of Fire and Smoke Transport)
• Modelo de duas zonas que permite simular a evolução de um incêndio num
compartimento;
• Permite determinar:
✓ Evolução da temperatura;
✓ Evolução da camada de fumo.
• Tem um interface (Smokview) que permite visualizar a evolução da camada de
fumo.
• Disponível no site do NIST:
http://www.nist.gov/el/fire_research/cfast.cfm
Mod.DFRH.110/04 46
Mod.DFRH.110/04 47
3 – Comportamento de estruturas ao fogo
• Betão armado
• Aço
• Madeira
Mod.DFRH.110/04 48
Resistência ao fogo – estruturas de betão armado
Mod.DFRH.110/04 49
Resistência ao fogo – Betão armado – EC2
Níveis de verificação:
1 – Informação tabelada.
2 – Métodos simplificados de cálculo
• Método da isotérmica dos 500 ºC
• Método das faixas
3 – Métodos avançados de cálculo
Mod.DFRH.110/04 50
EC2 – Valores tabelados
Mod.DFRH.110/04 51
EC2 – Valores tabelados –
Pilares
Mod.DFRH.110/04 53
Mod.DFRH.110/04 54
Resistência ao fogo – estruturas metálicas
Mod.DFRH.110/04 55
Resistência ao fogo – estruturas metálicas
Mod.DFRH.110/04 56
Temperatura Crítica
Temperatura para a qual a capacidade resistente do elemento
estrutural iguala a solicitação a que está sujeito, considerando-
se que deixa de desempenhar a função para que foi
projectado.
• Depende da carga aplicada;
• Varia entre 400 ºC e 700 ºC;
• Considera-se normalmente o valor de 500 ºC;
• De acordo com o EC3:
1
a = 39 ,19 ln 3 ,833
− 1 + 482
0 ,9674 ky ,
Mod.DFRH.110/04 57
Factor de Massividade ou de Forma
• Relação entre a área exposta e o volume, ou entre o
perímetro e a área da secção transversal, para peças
prismáticas: Am Pxl P
= =
V Axl A
Mod.DFRH.110/04 58
Factor de massividade ou factor de forma
Mod.DFRH.110/04 59
Tabelas de massividade de
perfis metálicos
Mod.DFRH.110/04
60
Resistência ao fogo – Estruturas de aço – EC3
Níveis de verificação:
1 – Métodos simplificados de cálculo
• Evolução da temperatura
• Resistência das secções
• Temperatura crítica
2 – Métodos avançados de cálculo
3 – Ensaios experimentais
Mod.DFRH.110/04 61
Métodos de determinação das
espessuras dos materiais de proteção
✓ Método expedito – valores tabelados
Mod.DFRH.110/04 62
Método expedito - tabelas
✓ Grau de resistência ao fogo a atingir
✓ Função estrutural do elemento
✓ Temperatura crítica
✓ Factor de massividade
Mod.DFRH.110/04
Exemplo de tabela de argamassa projetada
Temperatura crítica – 470 ºC
Mod.DFRH.110/04 64
Mod.DFRH.110/04 65
Método simplificado de cálculo do EC 3
Aumento de temperatura nos perfis protegidos:
p Ap / V ( g ,t − a ,t )
a ,t =
dp ca a (1 + / 3)
( )
t − e /10 − 1 g ,t
Mod.DFRH.110/04 66
Materiais de proteção
✓ Tintas intumescentes
✓ Betão ou alvenaria
✓ Gesso
✓ Argamassas de vermiculite e perlite
✓ Fibras minerais
✓ Argila expandida
✓ Madeira
✓…
Mod.DFRH.110/04 67
Sistemas de proteção
✓ Envolvimento total
✓ Protecção no contorno
✓ Protecção em caixão
✓ Material projectado
✓ Estruturas irrigadas
Mod.DFRH.110/04 68
Mod.DFRH.110/04 69
Resistência ao fogo – estruturas de madeira
Madeira:
• Combustível;
• Temperatura de ignição: 300 a 400 ºC (pode descer a 150 ºC se for pré-
aquecida)
• Arde a uma taxa relativamente reduzida (0,5 a 1 mm/min);
• Baixa condutibilidade térmica;
• Camadas:
✓ Queimada
✓ De pirólise
✓ Inalterada.
Mod.DFRH.110/04 70
Resistência ao fogo – estruturas de madeira
Mod.DFRH.110/04 71
Resistência ao fogo – estruturas de madeira
➢ Fatores condicionantes:
• Forma e tamanho da peça estrutural;
• Densidade;
• Teor em água;
• Nível de carregamento
• Ligações.
Mod.DFRH.110/04 72
Resistência ao fogo – estruturas de madeira
➢ Métodos de cálculo – EC 5:
• Método da secção transversal reduzida
Secção efetiva e propriedades mecânicas normais
Mod.DFRH.110/04 73
Resistência ao fogo – estruturas de madeira
➢ Métodos de cálculo – EC 5:
• Método das propriedades reduzidas
Secção residual (secção original – zona consumida pelo fogo) e
valores reduzidos das propriedades mecânicas
Mod.DFRH.110/04 74
RT-SCIE - Resistência ao fogo de elementos estruturais
(Art.º 15º)
Mod.DFRH.110/04 75
Resistência ao fogo de elementos estruturais
Mod.DFRH.110/04 77
Bibliografia
Mod.DFRH.110/04 78
Comunilog Consulting Lda
NIPC: 507 424 395
Tlf: 271 100 017 | Fax: 271 100 001
Tlm: 961 926 240
consultores@comunilog.com
www.comunilog.com
Mod.DFRH.110/04