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Requisitos do Local
de Instalação do
SFCR
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ÍNDICE
6 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 17
III
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IV
Design de SFCR – microgeração
Objetivo
Este documento trata dos requisitos do local proposto para a instalação de um sistema fo-
tovoltaico conectado à rede para microgeração distribuída. Durante a inspeção técnica ao possí-
vel local de instalação do SFCR, deve-se atentar para as necessidades aqui descritas.
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Figura 2 - SFCR para P&D instalado na cobertura de edifício no centro de São Paulo - Fonte: Ronilson di Sou-
za/BlueSol
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Deve-se, então, prever as necessidades de transporte alternativo, caso não seja possível
entregar os equipamentos diretamente no local da obra, incluído qualquer necessidade de “abrigo
temporário” para os equipamentos, muitos deles com necessidades especiais de armazenamento,
como é o caso dos inversores interativos. Essas “necessidades especiais” são sempre descritas
em seus manuais de instalação, que podem ser obtidos diretamente dos sites dos seus fabricantes.
Figura 3 - Modelo de "mesa" de módulos fotovoltaicos do tipo "monotrave" - com dois pontos de apoio - Fonte: fabri-
cante Thesan
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Figura 4 - Mesa para módulos fotovoltaico com fixação tipo "multi-bases" do fabricante Madremax - Fonte: Ronilson
di Souza/BlueSol
Os custos de obras civis para a instalação da estrutura de fixação devem ser considerados,
quando da escolha do fornecedor/tipo da estrutura. Também devem ser consideradas as cargas de
vento atuantes sobre as “mesas”, e a possibilidade de movimentação dessas. É por esse motivo
que as grandes obras contam a “Responsabilidade Técnica” de engenheiros civis e/ou mecânicos.
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As “coberturas livres” do tipo “não inclinadas”, como é o caso das lajes, permitem tanto a
fixação de mesas do tipo “sapata-corrida”, quanto das estruturas de fixação do tipo “autobalas-
trado”, nas quais não se fixa realmente as ferragens mediante parafusos; esse tipo de estrutura é
projetada para se “auto-fixar” ao local de instalação, inclusive pela ação de forças de vento, que
em vez de mover a estrutura, na verdade fixará no local, devido à disposição aerodinâmica dos
módulos fotovoltaicos.
Figura 7 - Estrutura para módulos fotovoltaicos com fixação via parafuso para uso em lajes - Fonte: fabricante The-
san®
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Dm = l * (
𝐬𝐢𝐧 𝛃
)
𝐭𝐚𝐧𝐠 𝐡𝟎 + 𝐜𝐨𝐬 𝛃
Onde:
Figura 8 - Mesa com largura de 4,95 m, formada por 33 módulos dispostos em 3 linhas horizontais com 11 módulos -
Fonte: Ronilson di Souza/BlueSol
𝜷 = 𝟑, 𝟕 + (𝟎, 𝟔𝟗 ∗ 𝝋)
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Onde:
90° = máxima altura solar (sol a pino – ângulo zenital = 0°) – em graus
Z = l * sen β
Onde:
A essa altura relativa soma-se a altura das bases de fixação em relação ao solo e se obtém
os valores de altura da parte frontal e da parte traseira. Recomenda-se a altura mínima de 40 cm
para a parte frontal, de forma a permitir a poda de vegetação que cresça à frente das mesas, que
consequentemente causarão sombreamento nas células mais baixas dos módulos da parte frontal
das mesas. Deve-se evitar, nessa poda, o uso de roçadeiras a motor, pois esses equipamentos
“atiram” pedras quando do seu uso, o que é um grande risco para os módulos fotovoltaicos.
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Figura 9 - Troca de módulo fotovoltaico danificado por pedra 'atirada' por roçadeira, na MGD-Ilha Solteira - Fonte:
Ronilson di Souza/BlueSol
A distância entre duas fileiras de mesas, mesmo em pequenas plantas de geração onde
não se utilizem veículos para limpeza ou outras tarefas de manutenção, não deve ser inferior ao
valor calculado pela equação abaixo, fração da equação do item 2.3, que considera a sombra das
fileiras posteriores sobre as anteriores:
𝒁
𝒅𝟏 =
𝐭𝐚𝐧 𝒉𝟎
Onde:
d2 = l * cos β
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onde:
d2 = distância entre os dois extremos (frontal e traseiro) de uma mesa de módulos fotovoltaicos –
em metros
A soma de “d1” e “d2” resulta em Dm”. A imagem abaixo relaciona as equações aqui apresenta-
das.
Figura 10 - Relações trigonométricas e as distâncias entre pontos relativos em mesas de módulos fotovoltaicos -
Fonte: Ronilson di Souza
O telhado cerâmico é aquele coberto com “telhas de barro” de vários tipos, com estrutura
de suporte tradicionalmente feita de madeira (por isso o seu nome: madeiramento), com a estru-
tura básica demonstrada na imagem abaixo:
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Figura 11 - Estrutura básico de telhados cerâmicos - Fonte: Prof. Eng. Roberto Watanabe (www.ebatanaw.com.br)
Para esse tipo de estrutura de madeira, a maioria dos fabricantes de “estrutura de fixação
de módulos fotovoltaicos” oferece um sistema de ganchos de superposição, que são fixados aos
“caibros”, curvando através das telhas, oferecendo local para o a fixação dos trilhos através de
parafusos de material inoxidável.
Figura 12 – Sistema de fixação de módulos para telhados cerâmicos – Fonte: fabricante Thesan
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fixação mecânica desta “pequena mesa” sobre o telhado. As presilhas de borda são chamadas,
em inglês, de “end-clamps”.
4 – Conjunto de presilhas intermediárias, para a fixação entre módulos fotovoltaicos.
São utilizadas ‘no meio do trilho’ (por isso o nome), e a quantidade de pares de presilhas é igual
à quantidade de módulos fotovoltaicos sobre o par de trilhos menos um (se são cinco módulos
sobre um par de trilhos, o total de presilhas intermediárias deverá ser de 8 unidades – 4 pa-
res). As presilhas intermediárias são geralmente produzidas em formato de “T” ou de “U”, e
são chamadas, em inglês, de “middle-clamps”.
Figura 13 - Estrutura de fixação de módulos fotovoltaicos do fabricante Clenergy - Fonte: site do fabricante
(www.clenergy.com.au/)
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Figura 14 - Áreas críticas de força de sucção provocada pelo efeito de sustentação relativo à alta velocidade de
vento - Fonte: Ronilson di Souza/BlueSol
Os cantos sofrem mais sucção que as bordas, que por sua vez sofrem mais sucção que o
interior. A mínima distância recomendada das bordas e cantos é de 50 cm; mas pode ser me-
nor, caso a fachada da edificação possua “platibanda”.
Figura 15 - Estrutura de fixação de módulos fotovoltaicos para telhados de fibrocimento e telhas metálicas do fabri-
cante K2-Systems - Fonte: site do fabricante (www.k2-systems.uk.com)
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Figura 16 - Estrutura de fixação de módulos fotovoltaicos para coberturas planas ou telhados de estrutura metálica
do fabricante Clenergy- Fonte: site do fabricante (www.clenergy.com.au)
Entretanto, devido às cargas de vento, distâncias entre mesas, fator de ocupação e custo
da estrutura de fixação, na maioria das vezes são utilizadas estruturas simplificadas, que aco-
modam os módulos fotovoltaicos sobre as telhas (geralmente metálicas) e rente a estas. Alguns
fabricantes possuem sistemas aproveitam rigidez das telhas, através da utilização de “mini-
trilhos” de fixação, instalados somente abaixo dos módulos fotovoltaicos, economizando maté-
ria prima, reduzindo os custos dos componentes.
Figura 17 - Estrutura de fixação de módulos para telhados com estrutura metálica, com material reduzido, do fabri-
cante Thesan - Fonte: site do fabricante (www.thesan.com)
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Apesar de não ser comum, principalmente para os pequenos arranjos fotovoltaicos do-
mésticos, toda e qualquer modificação estrutural em uma edificação deve receber uma “aval téc-
nico” de profissional competente; que para as estruturas de fixação sobre coberturas (principal-
mente quando são instalados arranjos fotovoltaicos de grande porte) é o profissional de nível
superior o médio da engenharia mecânica.
O mais correto seria dizer “circuito que o inversor alimenta”, para este caso; mas, de
qualquer forma, trata-se do trecho de cabos que interligam o inversor interativo ao quadro geral
da edificação (se este existe, claro). Caso seja necessário implantar esse subcircuito, deve-se
considerar o inversor interativo como sendo uma “carga”, que consumisse potência igual ou
superior à que ele injetará na rede. Em relação aos dispositivos de seccionamento e proteção, o
inversor deve ser considerado uma carga; dimensiona-se o cabeamento e dispositivos de seccio-
namento e proteção considerando a corrente máxima que o inversor é capaz de injetar, seguindo-
se as orientações da norma brasileira para eletrificação em baixa tensão ABNT NBR-5410:2004.
Caso seja instalado mais de um inversor interativo, deve-se ‘montar’ um quadro de co-
mando contendo uma “chave geral” ligada em paralelo a varistores (que protegerão todos os in-
versores de surtos da rede), e para cada inversor será alocado um disjuntor próprio. A maioria
dos fabricantes recomenda disjuntores de “curva B”, mas esse dado deve ser averiguado no
“manual de instalação do inversor interativo”, que fornece, também, o máximo valor de cor-
rente do disjuntor, que vale para o componente individual (ligado a cada inversor), pois o “dis-
juntor geral” do quadro de comando para vários inversores deve ser capaz de suportar a cor-
rente máxima do conjunto de inversores, com “folga” máxima recomentada de 25%. O local de
instalação dos inversores deve possuir espaço, então, para esse quadro de comando.
Em sistemas fotovoltaicos maiores (de minigeração) é comum o uso de transformador ex-
terno, ligado ao quadro de comando de inversores, portanto o local escolhido como “sala téc-
nica” deverá ter área suficiente para comportar esse dispositivo, que costuma ocupar bastante
espaço. Deve-se atentar, também, para o peso desse transformador, e deve-se ter muito cuidado
com a “vibração em baixa frequência” de um transformador em operação (que também faz
barulho, assim como os inversores). Uma “sala técnica” com muitos inversores e um transfor-
mador de acoplamento é muito barulhenta, além de gerar bastante calor, devido às transforma-
ções da potência elétrica. Em sistemas fotovoltaicos de maior porte deve-se considerar opções de
circulação forçada do ar, ou mesmo dispositivos condicionadores de ar; pois se os inversores
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Figura 19 - Disjuntor geral no ramal de entrada com capacidade nominal máxima de 90 A - Fonte: Ronilson di Souza
No exemplo da Figura 19, temos um ramal de entrada trifásico, com disjuntor tripolar
de 90 A, cuja potência máxima pode ser calculada pela equação abaixo:
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Onde:
Potmax,ramal = estimativa de potência máxima nominal suportada pelo ramal de entrada, equiva-
lente à carga máxima permitida para a unidade consumidora
√𝟑 = constante para cálculo de potência em circuito trifásico, pode ser utilizado o valor de 1,73
Vlinha = tensão de linha, relativa à tensão entre fases do sistema elétrico de baixa tensão
Aplicando, nesta equação os valores relativos ao ramal de entrada acima, cuja tensão de linha
(tensão entre fases) é 220 Vca (a tensão entre fase e neutro é de 127 Vca, nessa localidade), te-
remos:
Onde:
6 Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.—. NBR-11877: Sistemas
Fotovoltaicos. Rio de Janeiro, 1991.
—. NBR-11704: Sistemas Fotovoltaicos – Classificação. Rio de Janeiro, 2008.
—. NBR-10899: Energia Solar Fotovoltaica – Terminologia. Rio de Janeiro, 2006.
—. NBR-11876: Módulos Fotovoltaicos – Especificação. Rio de Janeiro, 2010.
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