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Caros amigos vale a pena ler.

A história que vou contar parece inacreditável, mas pode ser comprovada com as fotos
em anexo.

Estava na casa do meu sogro, a beira mar, no Ribeirão da Ilha. Local de beleza impar
onde o tempo passa de forma diferente, às vezes parece não haver tempo apenas
momentos.

Era um final de tarde de outono com temperatura agradável. O céu contava com poucas
nuvens e exibia uma coloração que variava entre tons de vermelho, violeta e anil,
apenas uma leve brisa acariciava as arvores, deixando o mar sereno e espelhado.

Aproveitando este cenário, resolvi estudar para a prova da Professora Maria Terezinha e
tentar entender um pouco sobre o pensamento dos protagonistas da historia da ciência
política. Em determinado momento resolvi fazer uma pausa, fui para a sacada e acendi
um cigarro.

Debruçado no parapeito da sacada, admirando a paisagem vi uma mancha no mar,


deslocando-se de um lado para o outro. Numa ação inconseqüente, joguei a ponta de
cigarro em cima da mancha (antes que o cigarro caísse na água senti um arrependimento
sobre o ato poluidor), e para minha surpresa um animal saltou da água e abocanhou a
bituca de cigarro, mostrando um enorme bagre.

O monstro marinho continuou bailando na minha frente, como se zombasse de mim. Ao


meu lado estava um pacote de bolachas, dessas recheadas, e arremessei contra o animal,
sem culpas, pois a bolacha é biodegradável. Espanto maior foi que ele também
abocanhou a guloseima e continuava a zombar na minha frente.

Para encurtar a conversa, arremessei várias bolachas, até duas de uma só vez, e o bagre
sempre pulava e pegava no ar. Fui ficando enfurecido, como se fosse algo pessoal.

Ao meu lado tinha uma bola pequena, de basquete infantil, era do meu sobrinho. Não
contei tempo, joguei com toda minha força, e adivinhem...... o filho da p. também
abocanhou, mas pra sua infelicidade a bola entalou na boca e não o deixava submergir.

Desci da sacada correndo, quase que não acreditando no ocorrido, e fui ao encontro do
bagre pensando "vou mata-lo, vai dar uma ótima moqueca”, mas quando cheguei perto
do bicho, pensei melhor, bati umas fotos e resolvi deixá-lo viver. Afinal, não é todo dia
que se vê um fato destes.

Tem coisa que só acontece no Ribeirão da Ilha.

Rafael G. Conti

Florianópolis

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