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Estruturas de Concreto I – FECIV 41061

6ª aula: Comportamento estrutural de


elementos submetidos a flexão e Estádios
de Comportamento

Rodrigo Gustavo Delalibera


Engenheiro Civil – Doutor em Engenharia de Estruturas
delalibera@ufu.br

Rodrigo Gustavo Delalibera – Professor Doutor , email:delalibera@ufu.br 1


INTRODUÇÃO

Diz-se que os elementos estruturais estão submetidos a flexão simples


quando agem nas suas seções transversais tensões normais geradas pelo momento
fletor e tensões tangenciais causadas pela ação da força cortante. Quando a força
cortante não ocorrer, pensando em um elemento estrutural linear submetido à ação
exclusiva de momento fletor, a flexão é dita pura.

A flexão composta ocorre quando se tem a ação, além de momento fletor e


força cortante, a força normal, que age perpendicularmente à seção transversal,
podendo ser esta força de compressão (pilares) ou de tração (tirantes).

A flexão simples ou composta pode ser ainda normal ou oblíqua. É normal


quando o plano de ação do momento fletor corta a seção transversal segundo um dos
eixos principais de inércia. É dita oblíqua quando os planos de ações dos momentos
fletores cortam a seções transversal não contendo os eixos principais de inércia.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

Pequenos valores de F
ct < fctm  Estádio I;

Aumentado valor de F
ct fctm  Estádio II, nas
seções fissuradas;
ct < fctm  Estádio I próximo
aos apoios.
Aumentando o valor de F
ct > fctm  Estádio III, todas as
seções. Fissuras inclinada de 45º.
cc fck  Estádio III, todas as
Figura 01 -Evolução da seções, iminência do esmagamento.
fissuração.
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Atuador ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Perfil Metálico Servo-controlado Pórtico Metálico
F
Viga

R1 F/2 F/2 R5

R2 R3 R4

11

N4 - 2 ø6,3mm (299) N4

5
30

26
N6
2

A B
N3
2
N1 - 36 ø 8,0mm
2

15
c/ 7cm (84cm)

Seção A-A
A B

N1 - 16 ø8,0mm c/7cm N1 - 16 ø8,0mm c/7cm


N6 - 2 ø12,5mm (296) N4
30

N6

N3 - 2 ø20,0mm (341)
N3
15 Figura 02 - Vigas Ensaiada
Seção B-B
Experimentalmente, Delalibera 2002;
Vista Longitudinal

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Estádio II
300.00

Estádio III
250.00
0,3832%
0,12894%
200.00
Força total (kN)

30 cm
150.00 F/2 F/2
0,483%

0.17119%
100.00 0,0311%

VS01 15 cm
50.00 78,75 cm
0,0445%
0.00 285,00 cm

0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00


Deslocamento no meio do vão (mm)

Estádio I

Figura 03 – Força vs. Deslocamento e diagrmama de


deformações, Delalibera 2002.

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Verificação do deslocamento vertical

APLICAÇÕES EM LABORATÓRIO

Início da fissuração
40 40
38 38
36 36
34 34
32 Estádio 32
30
28
III 30
28
26 26
24 24
Força (kN)
Força (kN)

22 22
20 Estádio 20 Estádio
II II
18 18
16 16
14 14
12 12
10 10
8 8
6 6
4 4
2
0
Estádio 2
0
Estádio
0 I2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 0,0 I0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2

Deslocamento no meio do Vão (mm) Deformação da armadura longitudinal %°

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F .a APLICAÇÕES EM LABORATÓRIO
 (3. 2  4.a 2 )
24.E.I
 (teórico)  (experimental)
F (kN)
mm mm
Δ (%)
I I  32400cm 4
0 0,00 0,00 -

I II  11837,61cm 4
4,01 0,74 0,91 23,46
8,01 4,03 4,15 2,98
11,99 6,03 6,00 0,53
40
16,07 8,08 8,70 7,61 38
36
34
20 10,06 11,25 11,81 32
30
23,9 12,02 13,87 15,35 28
26
24

Força (kN)
28,04 14,11 16,70 18,38 22
20
18
32,02 16,11 19,54 21,30 16
14

36 18,11 22,70 25,34 12


10
8
37,36 18,80 24,80 31,95 6 Resultados experimentais
4
Resultados teóricos
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
Deslocamento no meio do vão (mm)

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Verificação do momento de fissuração

40
38
36
34
APLICAÇÕES EM LABORATÓRIO
32
30
28
26
24
Força (kN)

22
20 Estádio II
18
16
14
12
10
8
6
4
2 Estádio I
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2
Deformação da armadura longitudinal %°

Momento de fissuração (ensaio) 500 kN.cm


Momento de fissuração (teórico) 438 kN.cm

I = 32400 cm4
 . f ct .I c
MR 
yt fct = 2,88 MPa
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Verificação dos Estados Limites de Serviço. ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

XIII
XII
XI

L.N.
L.N.
L.N.

Dimensionamento

Estádio I Estádio II Estádio III

Figura 04 - Fases de solicitações de uma seção transversal, submetida a flexão simples, Delalibera 2016.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Estádios de Comportamento

Figura 05 – Viga de concreto armado simplesmente apoiada

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Estádios de Comportamento

Figura 06 – Diagrama Tensão vs. Deformação – medido nas fibras mais


comprimidas e tracionados de um elemento estrutural linear fletido.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Estádio I
Hipóteses:
- Concreto não fissurado;
- Concreto resiste as tensões de tração e compressão;
- Estádio Ia – seção transversal íntegra;
- Estádio Ib – iminência da primeira fissura – Cálculo do Mr.

Figura 07 – Diagrama Tensão vs. Deformação dos Estádios Ia e Ib.


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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

Estádio I – Propriedades geométricas da seção transversal

Figura 08 – Seção homogeneizada.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

Estádio I – Homogeneização da seção transversal

Posição da linha neutra – x.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

Estádio I – Homogeneização da seção transversal

Momento de inércia no Estádio I – I1.

A NBR 6118:2014, indica que na falta de valores precisos, pode ser adotado para o
valor de e, os valores:

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Estádio II
Hipóteses:
- Concreto fissurado;
- Concreto resiste as tensões de compressão;
- Despreza-se o concreto tracionado entre fissuras – tension stiffining concrete.
- Cálculo do ELS-DEF e ELS-W.

Desprezar a resistência a
tração Figura 09 – Seção homogeneizada.
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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

Estádio II – Homogeneização da seção transversal

Posição da linha neutra – x.

e é a relação entre os módulos de elasticidade do aço, conforme indicações da


NBR 6118:2014.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO

Estádio II – Homogeneização da seção transversal

Momento de inércia no Estádio II – I2.

Desprezando a área das


barras de aço comprimidas

Tensões nas barras de aço


no Estádio II – Verificação
do ELS-W.

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ESTÁDIOS DE COMPORTAMENTO
Estádio III
Hipóteses:
- Concreto fissurado;
- Plastificação do concreto comprimido;
- Despreza-se o concreto tracionado entre fissuras – tension stiffining concrete;
- Dimensionamento no Estado Limite Último.

Figura 10 – Diagrama Tensão vs. Deformação nos Estádios I, II e III.


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MOMENTO DE FISSURAÇÃO
CÁLCULO DO MOMENTO DE FISSURAÇÃO - Mr

 = 1,2 para seções T ou duplo T;


 = 1,3 para seções I ou T invertido;
 = 1,5 para seções retangulares.

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CÁLCULO DO MOMENTO DE FISSURAÇÃO - Mr
MOMENTO DE FISSURAÇÃO
Para concretos de classes até 50 MPa

Verificação do ELS-DEF Apenas para seções


retangulares.

Verificação do ELS-W

Armadura mínima em
elementos sujeitos a
solicitações normais

Para concretos de classes C50 até C90

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