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Estruturas de Concreto I – FECIV 41061

2ª aula: Propriedades mecânicas do


concreto endurecido

Rodrigo Gustavo Delalibera


Engenheiro Civil – Doutor em Engenharia de Estruturas
delalibera@ufu.br

Rodrigo Gustavo Delalibera – Professor Doutor , email:delalibera@ufu.br 1


INTRODUÇÃO

Resistência mecânica do concreto


O concreto como material para estruturas de concreto armado e
protendido necessita que a:

-Resistência (fck e ftk);


-Aderência (com as barras de aço);
-Densidade (impermeabilidade e corrosão),

Sejam atendidas!

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INFLUÊNCIA NA
RESISTÊNCIA

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INFLUÊNCIA NA
RESISTÊNCIA

Natureza do Coeficiente de conversão para corpo-de-


Dimensões prova cilíndrico normal ( 15 cm x 30 cm)
corpo-de-prova (cm) Intervalo de Valor médio
variação admissível
15 x 30 1,00 1,00
Cilíndrico 10 x 20 0,94 a 1,00 0,97
25 x 50 1,00 a 1,10 1,05
10 0,70 a 0,90 0,80
Cubo 15 0,70 a 0,90 0,80
20 0,75 a 0,90 0,83
30 0,80 a 1,00 0,90
prísma 15 x 15 x 45 0,90 a 1,20 1,05
20 x 20 x 60 0,90 1,20 1,05

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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

DEFINIÇÃO
fck, resistência característica à compressão, valor que tem apenas 5% de probabilidade
de não ser atingindo pelos elementos de um dado lote de material

Freqüência relativa Freqüência relativa


Intervalo Intervalo
Concreto B

Concreto A

f c (MPa) f c (MPa)
f cm 5% f ck f cm
1,65 . s

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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
NBR 8953:1992 – Concreto para fins estruturais – classificação
por grupos de resistência.
RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA

GRUPO I CARACTERÍSTICA GRUPO I CARACTERÍSTICA

DE À DE À

RESISTÊNCIA COMPRESSÃO RESISTÊNCIA COMPRESSÃO

(MPa) (MPa)

C10 10 C55 55

C15 15 C60 50

C20 20 C70 70

C25 25 C80 80

C30 30

C35 35

C40 40

C45 45

C50 50

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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

NBR 6118:2014
- Concretos até a classe C90;
- Concreto classe C20 ou superior: concreto com armadura passiva;
- Concreto Classe C25 ou superior: concreto com armadura ativa;
- Concreto Classe C15: apenas em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais.

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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

Ensaio de compressão simples – CP 15 cm x 30 cm.

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QUALIDADE DOS MATERIAIS

Cimento deve obedecer as especificações da ABNT e o


armazenamento deve ser adequado;
Agregados devem ter resistência maior do que a pasta
de cimento;
Substâncias orgânicas ou impurezas não podem estar
presentes na água de amassamento nem no agregado,
pois, prejudicam as reações químicas impedindo a
aderência da pasta nos agregados.

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FATOR ÁGUA CIMENTO

a/c   água insuficiente para trabalhabilidade do concreto;


a/c   diminuição da resistência;

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EFEITO RÜSCH

c
Lim
fc ite d

20 n.
e ru

n.
t = 2 mi
ptur

mi
t= a
C D
0,8
dias
t=3
Def. Lenta
A B
0,6
.
in
m
0
10
t=

)
(%
a s

ta
di

0,4 n
70

le
o Idade do concreto no instante da aplicação da carga = 28 dias
t=

a çã
o rm
f
de t = duração do carregamento
0,2 de
ite
m
Li

1 2 3 4 5 6 7 8 ( 0 /0 0 )
c

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RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

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RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Resistência a tração por compressão diametral – Brazilian Test


Ensaio desenvolvido pelo Prof. Lobo Carneiro em 1943.

2 F
fti  
π dh
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RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Ensaio de compressão diametral – CP 15 cm x 30 cm.

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RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Resistência a tração axial

9 cm
A

15 cm
Ft Ft
A

9 cm
9 cm
30 cm
Corte AA
60 cm

Fi
fti 
Ac
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RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Resistência a tração na flexão


F/2 F/2
cc cc

LN LN
LN LN

15
fct
20 20 20 15 ct ~ 2fct

5 60 5
c c

70 cm
M F
fti  
W b  h2
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SOLICITAÇÃO MULTIAXIAL

Envoltória de Mohr - 3  compressão; 1  tração ou nula


A
Ruptura por deslizamento
A ruptura por separação é uma
B Ruptura por separação
ruptura por tração;
A ruptura por deslizamento o
r

material sofre desagregação ao


fc longo de uma faixa que
C
acompanha a superfície média
c de deslizamento
D

E
fc ft

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SOLICITAÇÃO MULTIAXIAL

Ruptura por deslizamento.

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SOLICITAÇÃO MULTIAXIAL

Resistência do concreto no caso de solicitação multiaxial

Tração + 2 / fc

-1,4 -1,2 -1,0 -0.8 -0,6 -0,4 -0,2 0 +0,2


+0,2
NBR 6118:2014
+0,1
Compressão +0,1 Tração

σ 3  σ 2  σ1
0

- 1 / fc -0,2 + 1 / fc
Força aplicada

σ1  fctk
-0,4
por meio de
escovas de aço
2 -0,6
2

σ 3  fck  4  σ1
-0,8
1
1 1
-1,0
2
-1,15
-1,2
-1,25

-1,4

Tração - 2 / fc

Resistência no estado multiaxial de tensões


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SOLICITAÇÃO MULTIAXIAL

Resistência do concreto no caso de solicitação multiaxial


Modelo simplificado da NBR 6118:2014

Resistência no estado multiaxial de tensões


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MÓDULO DE ELASTICIDADE
A NBR 6118:2014, permite na ausência de resultados experimentais a
utilizar as expressões abaixo para obter os resultados do módulo de
elasticidade longitudinal do concreto:

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MÓDULO DE ELASTICIDADE
Módulo de elasticidade secante, definido pela NBR 6118:2014.

Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência característica


à compressão do concreto (considerando o uso de granito como agregado graúdo).
Fonte: NBR 6118:2004.

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MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

Coeficiente de Poisson.
Para tensões de compressão menores que 0,5fc e de tração
menores que fct, pode ser adotado  = 0,2.

Módulo de elasticidade transversal.


G = 0,4Ec

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DEFORMAÇÕES DE RUPTURA

Segundo a NBR 6118:2003, quando toda a seção estiver


submetida a compressão simples, a deformação máxima do
concreto é igual a 2‰.
(MPa) (MPa)
c c
60 60

50 f = 50 MPa 50 f = 50 MPa
c c

40 f = 40 MPa 40 fc= 40 MPa


c
30 30
f = 25 MPa fc= 25 MPa
c
20 f = 20 MPa 20 fc= 20 MPa
c
10 10

1 2 3 4 5 6 ( 0 /0 0 ) 1 2 3 4 5 6 ( 0 /00 )
c c

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DEFORMAÇÕES DE RUPTURA

Segundo a NBR 6118:2014, quando a seção for solicitada por


flexão a deformação máxima de compressão no concreto tem valor
adotado igual a 3,5 ‰.

cd =0,85∙fcd cd =0,80∙fcd

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DIAGRAMA TENSÃO VS. DEFORMAÇÃO

Comportamento elasto-plástico para valores acima de 1/3fc;


Abaixo de 1/3fc, o comportamento é elástico.

Carregamento Novo Carregamento


fc / 3

Descarregamento +

cpl
ce c
tot

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DIAGRAMA TENSÃO VS. DEFORMAÇÃO

Diagrama de compressão do concreto idealizado pela NBR 6118:2014

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DIAGRAMA TENSÃO VS. DEFORMAÇÃO

Diagrama de tração do concreto idealizado pela NBR 6118:2014


(não fissurado!)

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