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COLÉGIO MARIA JOSÉ OMENA

TALYSLAN CAUAN PIMENTEL CANABARRO

A PROGRESSÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA HUMANIDADE

MACEIÓ
2021
TALYSLAN CAUAN PIMENTEL CANABARRO

A PROGRESSÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA HUMANIDADE


Trabalho de Pesquisa da disciplina de
Língua Portuguesa e Redação
apresentado como requisito para à
obtenção de experiência de estudo do
Colégio Maria José Omena, sob a
orientação da professora Larissa Priscilla

MACEIÓ
2021
TALYSLAN CAUAN PIMENTEL CANABARRO

A PROGRESSÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA HUMANIDADE

__________________________________
Larissa Priscilla

DATA DE ENTREGA: ___/___/___


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2 COMO FUNCIONA UMA IA ................................................................................. 5
3 OS TIPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ........................................................ 7
4 PRESENTE NO COTIDIANO ............................................................................... 9
5 A UTILIDADE DAS IA’s NO FUTURO E SUAS QUESTÕES FILOSÓFICAS ... 11
5.1 A substituição de funcionários por máquinas inteligentes .............. 11

5.2 A inteligência artificial e suas questões filosóficas .......................... 13

5.3 Os malefícios das IA’s na sociedade .................................................. 15

6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18
ANEXOS ................................................................................................................... 21
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1 INTRODUÇÃO

Na realidade atual, há a presença de diversas tecnologias que estão


progredindo bastante e cada vez mais rápido com o tempo, sendo assim, faz-se
necessário que tenhamos, no mínimo, uma noção do que está acontecendo para
conseguirmos compreender com o que estamos lidando. Então, a motivação para tal
pesquisa foi em virtude de adquirir mais conhecimento sobre as inteligências artificiais
que são tão usadas no dia a dia, mesmo que muitos não percebam.
Antes de tudo, vale ressaltar que as IA’s estão em vários lugares, como no
desbloqueamento do celular por reconhecimento facial, nos exames médicos,
recomendação de aplicativos do que vamos assistir ou escutar, a Alexa, assistente de
voz da Amazon e entre outros. Essa evolução possibilita, para nós, novas e diversas
formas de interação, facilitando e deixando o acesso a essa tecnologia mais acessível.
Na busca pela facilitação de qualquer trabalho, o ser humano constantemente
desejava que uma máquina fizesse a tarefa de pensar e agir como ele, assim podendo
colaborar para a evolução da sociedade. Portanto, áreas distintas de conhecimento
começaram a buscar esse objetivo, com mais ênfase durante o período da Segunda
Guerra Mundial.
Em 1943, temos registrado o primeiro estudo feito com base na finalidade de
buscar construir uma máquina inteligente. O artigo falava sobre redes neurais, uma
estrutura de raciocínio artificial no formato de modelo matemático que imita nosso
sistema nervoso, apresentado por Warren McCulloch (1898-1969) e Walter Pitts
(1923-1969). Logo após, em 1950, Claude Shannon (1916-2001) criou um artigo sobre
como programar uma máquina para jogar xadrez utilizando bastantes cálculos de
posição simples, entretanto eficientes.
No mesmo ano, em seguida, Alan Turing (1912-1954), considerado o pai da
computação, publicou um artigo, propondo uma forma de avaliar se uma máquina
consegue se passar por um humano através de uma conversa virtual.
Um ano depois, Marvin Minsky (1927-2016) construiu o SNARC, o primeiro
neuro computador, simulando ligações entre os neurônios. Já em 1957, Frank
Rosenblatt (1928-1971) apresenta o Perceptron, uma forma simplificada de tentar
imitar os neurônios biológicos. Já em 1952, um jogo de damas que conseguia se
aperfeiçoar sozinho aprendendo com os próprios erros, sem ser programado
diretamente para isso, foi criado por Arthur Samuel (1901-1990).
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Apesar de tudo, o termo Inteligência Artificial só apareceu em julho de 1956 na


conferência de Dartmouth, encontro que reuniu John McCarthy (1927-2011), Marvin
Minsky (1927-2016), Nathaniel Rochester (1919-2001) e Samuel (1901-1990), com a
finalidade de haver distinção nítida entre a área da cibernética, já que as duas áreas
tinham intersecções. Em 1958, surge a linguagem de programação Lisp, na época
virou a linguagem padrão dos sistemas de IA, concebida por John McCarthy (1927-
2011).
Nasceu, em 1964, o primeiro chatbot, denominado de Eliza, ela conversava
usando respostas com base em palavras específicas e observando sua estrutura
sintática, imitando uma psicanalista.
Na metade dos anos 70 até o começo dos anos 80, passamos por um período
de poucas novidades, investimentos e expectativas acerca do mercado da IA que se
reduziu drasticamente, levando empresas à falência, esse momento ficou marcado
como inverno da inteligência artificial. Entretanto, conseguiu se reinventar através de
um campo da IA proposto por Edward Feigenbaum no começo dos anos 80.
O nome desse campo era sistemas especialistas, tinha como finalidade
softwares que realizavam atividades complexas e especificas de um campo,
acelerando o processo de desenvolvimento do trabalho. A partir deste momento, o
mercado corporativo e vários setores perceberam a utilidade de programas de
computador inteligentes.
Na metade dos anos 90, ganhou destaque a internet comercial. Desse modo,
a utilização de uma IA para desenvolvimento de sistemas de navegação ganhou força.
Programas que tinham a capacidade de vasculhar a rede automaticamente e
demonstrar resultados começaram a aparecer, assim como o protótipo do Google.
De maneira geral, as inteligências artificiais consistem na capacidade que
certas máquinas têm de interpretar informações externas, processar elas e realizar
uma tarefa a partir dessa interpretação, atingindo uma finalidade. Podendo assim, na
atualidade, facilitar processos que seriam feitos por humanos.

2 COMO FUNCIONA UMA IA

O funcionamento de uma IA se baseia em uma grande combinação de dados


digitais e algoritmos inteligentes. Algoritmos consistem na sequência de ações
executáveis que visam obter uma solução para um determinado problema. Isto tudo
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permite ao sistema ler, interpretar padrões e informações para aprender


automaticamente, porém, precisa necessariamente ser implementado com novos
dados.
Assim, utilizamos alguns conceitos como o modelo de dados, estruturas
utilizadas para processar, categorizar e analisar dados, as big datas, grandes volumes
de dados disponibilizados, e o poder de processamento, capacidade operacional do
sistema no processamento de informações.
Alan Turing, considerado o pai da computação, publicou um artigo e, em seu
primeiro capítulo, chamado de O Jogo da Imitação, também título de um filme que
conta a história da vida de Turing e de como ele e sua equipe decifraram o código da
máquina Enigma, traz a seguinte questão: Podem as máquinas pensar? A partir dessa
pergunta, Turing propõe um modelo em que um interrogador conversará com uma
pessoa ou um computador através de um chat. Assim, se o interrogador não for capaz
de diferenciar se está conversando com um humano ou uma máquina, isto indique
que a máquina tem capacidade de imitar o comportamento humano, este teste foi
denominado de Teste de Turing.

Figura 1 – Cenário apresentado pelo Teste de Turing.

Um grande avanço ocorreu em 1997, quando uma máquina derrotou um


humano em um jogo de xadrez. O vencedor mundial de xadrez da época, Garry
Kasparov, foi derrotado pelo computador chamado de Deep Blue, da IBM, empresa
dos EUA voltada para área de informática. O Deep Blue funcionava através de um
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cálculo de força bruta, que analisava as possibilidades, previa respostas e sugeria o


melhor movimento. Isso deixou muitas pessoas esperançosas sobre a área.
Além de cálculos de força bruta, conseguimos observar pela primeira vez, em
1959, o termo Machine Learning – do português, aprendizado de máquina – podendo
também ser chamado de aprendizado estatístico, uma área da IA. Este termo
descreve um sistema capaz de evoluir suas habilidades. Isso se dá pelo
processamento de dados e identificação de padrões, que possibilita uma tomada de
decisão sem serem necessariamente programados para tal decisão, fazendo elas
perceber sozinhas a relação entre esses dados
O Machine Learning busca imitar a ideia que o comportamento humano tem de
identificar padrões e aprender através dele, assim como uma criança consegue
entender que tudo que estiver em sua mão e for solto, irá cair.
Algo importante também, é o Deep Learning, uma subárea do Machine
Learning que se baseia no uso de uma ferramenta chamada de redes neurais, que
imitam a forma como os neurônios humanos se conectam, aprendem e passam
informações uns para os outros até chegar em uma conclusão.
No estudo da capacidade e as limitações de uma máquina em entender a
linguagem dos seres humanos, temos o Processamento de Linguagem Natural (PLN)
que serve como um intermédio entre máquinas e humanos, fazendo com que as
máquinas entendam nossa linguagem e consiga simula-la, analisando as palavras,
escritas ou faladas, através do contexto compreendendo seu significado.
Desse modo, observamos que sua evolução e forma de agir, segue sempre
uma parte lógica e útil que se encaixa em nosso dia a dia, sendo, sem dúvidas,
relevante para nós como sociedade e espécie evolutiva (CLEMENTINO, 2021), como
os carros autônomos que diminuirão drasticamente os acidentes de trânsito.

3 OS TIPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

As máquinas inteligentes tendem a ganhar mais e mais espaço na nossa vida


e conseguirá impactar tudo que tiver capacidade de ter um software, termo genérico
para descrever programas, apps, scripts, macros e instruções de código, de modo a
ditar o que uma máquina deve fazer. Com uma variedade imensa de inteligências
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artificiais, conseguimos, de maneira geral, dividir em categorias, sendo elas: As


Inteligências Artificiais Fracas, Fortes e Superinteligências.
Inteligências artificiais fracas, também chamadas de inteligência artificial limita,
têm apenas um objetivo: armazenar uma grande quantidade de dados e realizar
tarefas complexas, porém sem perder o foco na finalidade a qual foram programadas.
Dentro dessa classificação ainda há duas subcategorias: as máquinas reativas e a
memória limitada.
Um dos primeiros tipos de IA foi as máquinas reativas e, por este motivo, seus
recursos são mais limitados, não conseguem armazenar muitos dados e reagem a
apenas alguns estímulos de acordo com a maneira que foram configuradas. Logo
após, veio a memória limitada com a capacidade de armazenar mais dados e tomar
decisões através deles. Com base nas informações passadas de usuários, esta IA
consegue oferecer conteúdos semelhantes para quem está usando um determinado
software.
Além disso, na IA forte, conhecida como inteligência artificial geral ou nível
humano, é capaz de executar atividades parecidas às realizadas pelos humanos por
meio da técnica de machine learning. Apesar de bem próxima, ainda não está no nível
de inteligência humana. Essa categoria também apresenta duas subdivisões: as
máquinas cientes e autoconscientes.
Enxergando o mundo, as maquinas cientes também podem compreender os
estímulos que recebem para processar as informações recebidas. Por outro lado, as
máquinas autoconscientes têm consciência do mundo ao seu redor e de si própria,
motivo que facilita o entendimento dos estímulos externos. Rimos quando achamos
algo engraçado, então, quando vemos alguém rindo, pressupomos que algo
engraçado aconteceu, essa inteligência artificial funciona desse modo.
Ademais, as superinteligências ainda estão sendo estudadas e é um mistério
para o futuro, contudo seu objetivo é de ser superior à inteligência humana, capaz de
tomar decisões, guardar dados, evoluir por conta própria e, até mesmo, poder realizar
tarefas inimagináveis. Contudo, esta IA parece estar muito distante das nossas
capacidades de criação atuais.
Quando falamos em evolução tecnológica, temos que prever com base no
nosso conhecimento contemporâneo e isso pode limitar nosso imaginário quanto a
evolução das máquinas (CLEMENTINO, 2021), porque novas descobertas podem
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surgir a qualquer momento, acelerando o processo que consideraríamos lento com o


conhecimento anterior.

4 PRESENTE NO COTIDIANO

Por conseguir identificar padrões, essas máquinas podem ser programadas


para entender rostos, movimentos, expressões faciais, sons, etc. Isso possibilita na
melhoria de vários objetos que utilizem sensores, assim como em relógios atuais que
detectam quando você caiu ou desmaiou e liga automaticamente para um órgão de
ajuda. Desse modo, elas estão se fazendo presente em quase tudo.
Os sensores de áudio e vídeo são sensores que estão cada vez mais comum
na nossa vivência. Conseguimos observar exemplos disso em filtros do Instagram,
que detectam seu rosto e modifica a imagem dependendo da sua configuração, na
utilização de câmeras de segurança, capazes de identificar pessoas, perceber
movimentos, assim ajudando na segurança de algum local.
Nos aplicativos, Google Photos e Facebook, por exemplo, não apenas
identificam pessoas e objetos, mas também situações especificas. Assim
categorizando e selecionando fotos e criando vídeos automaticamente em formato de
lembranças.
Casas mais tecnológicas já são uma realidade na atualidade, por várias causas,
mas uma das que também está bastante presente hoje, são os aparelhos de
assistentes virtuais, como a Cortana, do Windows e a Siri, da Apple.
Porém, faz-se importante dar ênfase para a Echo Dot, da Amazon e o Google
home, do Google. Essas duas tecnologias são assistentes virtuais que funcionam por
interface de voz, usadas no ambiente doméstico. Se conectada com utensílios com
acesso à internet, tipo lâmpadas, basta dar um comando por voz para fazer a ação
desejada, como ligar uma lâmpada.
Com essa evolução de sensores, uma máquina pode ter a capacidade de
reconhecer objetos e, observando a diferença entre um copo de vidro e uma maça,
por exemplo, aplicar uma pressão de força diferente ao pegar esse material a fim de
não o danificar (CARVALHI, 2018). E atuando, até mesmo, na remoção automática
de conteúdo impróprio nas redes sociais.
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Nas indústrias automobilísticas, desenvolvimento de veículos autônomos vem


sendo uma finalidade forte para empresas como Tesla, Uber e Google na aplicação
da inteligência artificial. Diversos testes de carros sem motoristas já foram bem
sucedidos e, em breve, isto se tornará uma realidade em países como os Estados
Unidos.
Uso de drones, que usam a mesma tecnologia, apresenta bons resultados,
como em alguns serviços de entrega da Amazon feito por estas máquinas, onde, em
2016, foi entregue um controle remoto da Amazon e um saquinho de pipoca para um
comprador da Inglaterra. A empresa está trabalhando para desenvolver tecnologias
anti-hackers para deixar as entregas mais eficientes.
Já no entretenimento, empresas de streaming de vídeo, áudio e jogos, usam
da IA para a recomendação de conteúdo baseado em seu comportamento na
plataforma.
A Netflix, como exemplo, utiliza machine learning em seus sistemas de
recomendações personalizadas, lhe oferecendo filmes e séries baseadas na que você
costuma assistir. Ademais, até as capas dos filmes e séries são personalizadas
dependendo de seu gosto.

Figura 2 – Diversidade de capas escolhidas pela IA para recomendação de usuários.


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Apesar de ser uma estratégia boa, esse algoritmo modula seu comportamento,
sem conseguir obter novas experiências, tendo que pesquisar algum filme ou série
novo para conseguir encontrar.
Há também empresas que utilizam para fins domésticos, como a empresa
iRobot, que usa da inteligência artificial para construção de máquinas de limpeza. Hoje
em dia, a empresa Dreametech usufrui da IA para seus aparelhos domésticos,
funcionando através de raios de luz que conseguem localizar o ambiente ao seu redor
e limpar por conta própria.
Nos dias atuais, essas máquinas estão cada vez mais presentes por diversos
motivos, um dos principais é a internet, possibilitando com que tudo esteja conectado
podendo até fazer com que várias partes da sua casa seja ligada por um sistema
comandado a voz. O custo dessa tecnologia hoje, não só de servidores, mas de
câmeras, equipamentos, sensores, ...estão mais baratos hoje do que antes e isso
também influencia. Além disso, os computadores estão cada vez mais rápidos e
poderosos para lidar com essa montanha de dados, assim, melhorando nosso uso.

5 A UTILIDADE DAS IA’s NO FUTURO E SUAS QUESTÕES FILOSÓFICAS

Nas pesquisas analisadas, sentiu-se a necessidade de observar sob a


perspectiva de outras áreas do conhecimento sobre esse assunto. Além de responder
as dúvidas mais comuns entre os interessados em conhecer mais sobre inteligências
artificiais.
Dessa forma, é importante ter conhecimento sobre como as inteligências
artificiais pode desestabilizar o mercado de trabalho, perceber os questionamentos
filosóficos que virão à tona e seus malefícios à sociedade atual e futura.

5.1 A substituição de funcionários por máquinas inteligentes

A adaptação do mundo à tecnologia vem sendo frequente, tanto é que alguns


serviços que não eram de uso comum há alguns anos, hoje, já são indispensáveis,
como o serviço de transporte feito por aplicativos de celular.
Essas mudanças interferem diretamente no mercado de trabalho, fazendo
algumas funções deixar de ser importante ou passar a ser executadas por máquinas,
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provocando até a extinção de profissões. Se pessoas ficarão sem emprego, por que
investir na inteligência artificial?
Por outro lado, é importante lembrar que, devido à mesma tecnologia,
profissões também estão surgindo e já tem grande demanda, como a área de
programação. Por esse motivo, sempre certificar sobre as profissões do futuro é
necessário.
Seguindo processos mais rigorosamente e com maior produtividade, a
automação é a responsável pela possível extinção de diversas profissões, forçando
as pessoas a entrar em áreas mais especificas, que exigem sua criatividade e
inovação.
Carreiras como bibliotecário, piloto de avião, motoristas de carros e porteiro,
têm rotinas repetitivas e burocráticas, que facilmente seriam substituídas por robôs.
Mas o que faremos com estas pessoas? É essencial esclarecer que a extinção de
profissões não significa que aumentará o número de pessoas desempregadas, já que
essa relação não é direta.
Fatores que contribuem mais fortemente para o aumento de pessoas
desempregadas vai muito além da extinção de empregos, mas interfere mais em
questões de economia e educação. Se conseguimos evoluir tecnologicamente ao
ponto de nossa tecnologia substituir empregos, por que não conseguimos evoluir
significativamente na educação (SANTOS, 2021). Cabe ao governo administrar essa
parte, essencialmente, com maior vigor e atenção, pois foi a educação e o
conhecimento que nos fizeram chegar até aqui.
Querendo ou não, diversas pessoas ficarão desempregadas, estas pessoas
serão realocadas e obrigadas a mudar de área e ser acolhidas por outras profissões,
porém, se isto não ocorrer bem, uma caótica pobreza por desemprego poderá vir a
crescer, já que, como exemplo, taxistas, motoristas de caminhão, motorista de úber e
vários outros, serão substituídos por carros autônimos (CARVALHO, 2019).
Dessa forma, faz-se importante destacar que toda profissão, sendo ela extinta
ou não, será modificada pela tecnologia. Portanto, é imprescindível dar atenção à esta
parte para uma situação caótica não se estabelecer no futuro.
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5.2 A inteligência artificial e suas questões filosóficas

As indagações feitas na área da filosofia a respeito das inteligências artificiais


são bem relevantes para questões na humanidade e como, possivelmente, nos
comportaremos no futuro, trazendo visões pessoais e críticas que acarretaria em
discussões sociais.
Os sistemas de inteligência artificial, como já visto anteriormente, aplica
demasiadamente a realização de tarefas e tomada de decisões para atingir uma
finalidade. Ao longo do tempo, se tivermos um robô totalmente autoconscientes de
sua própria existência e suas próprias tarefas, algo, na atualidade, longe de acontecer,
esses robôs mereceriam algum tipo de direito ético?
Como nossos sistemas políticos são notórios por serem demorados, é
essencial pensarmos nisso com antecedência para não ser pego de surpresa por essa
tecnologia.
Para compreender essa pergunta precisamos compreender o que é ter direitos.
Os direitos, que deveriam proteger-nos e proteger os seres vivos, estão relacionados
à consciência, então, apenas os seres que tiverem consciência tem direitos. Hoje, não
sabemos a conclusão do significado de consciência e o por quê elas surgem em
alguns seres vivos.
É desconfortável pensar que não sabemos o que é consciência, porque todos
nós lidamos com a consciência todos os dias sentindo emoções, sentimentos,
experiências formando sua personalidade, extinto de sobrevivência, etc. Esses robôs
teriam o desejo de ver seus artistas favoritos, sem nós dizermos quem seria esse
artista? Eles se importariam em bater o dedo na quina de um móvel sem serem
programados para sentir dor?
Essas máquinas não saberiam o que é ter sentimentos e sentir dor se não
fossem programados para isso, seria justo e ético programar os robôs para terem
sentimentos e sentir dor? Não estamos preparados para a conclusão dessas
respostas por enquanto e não tem problema nenhum nisso, pois nós mesmo não
conseguimos garantir os direitos universais e humanos para todos os humanos.
Segundo René Descartes, os seres humanos são compostos de dois tipos de
diferentes substâncias que estão de alguma forma ligadas entre si. Temos nosso
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corpo e fazemos parte do mundo físico, porém os seres humanos são os únicos que,
além de corpo, possuem mentes. Conforme ele, sua mente define quem você é.
Há no futuro a possibilidade de trocar partes do nosso corpo por partes
mecânicas, assim fazendo com que doenças físicas não sejam um problema tão
relevante. Na hipótese de todas as partes do nosso corpo, menos o cérebro, fosse
substituída por algum tipo de material, continuaríamos sendo nós mesmos?
Um paradoxo semelhante é conhecido como Barco de Teseu, onde um porto
possui um barco de madeira ancorado, nessa região, tempestades são frequentes,
então sempre que uma tempestade acontece, uma tábua desse barco é quebrada,
quando a tempestade passa, um funcionário do porto troca a tábua quebrada por uma
nova.
Após diversos anos, o barco que estava ancorado teve todas as suas tábuas
trocadas por outras novas. A pergunta principal é: O barco continua sendo o mesmo?
Portanto, para chegar a uma conclusão concreta deveríamos saber o que nós
somos, uma definição do que nos define, que ainda hoje é uma pergunta em aberto.
Para assumir que você continuaria sendo você mesmo, você teria que definir que o
que lhe faz ser você mesmo é seu cérebro, porém se você não admite que o que faz
você mesmo é apenas o cérebro, então, nessa hipótese, você não continuaria sendo
você mesmo (TENÓRIO, 2021).
Mark Zuckerberg, dono da empresa Meta, está com planos para criar um
Metaverso, que, por enquanto, é bem retratado em filmes de ficção científica. Isso
consistiria como um universo virtual, um espaço virtual podendo interagir em 3D com
a combinação de realidade aumentada e realidade virtual.
Ou seja, você estaria em um ambiente usando um óculos de realidade virtual
e, por causa dessa tecnologia, você se sentiria em outro ambiente, interagindo
sensorialmente com outras pessoas que estão fazendo o mesmo que você, cenário
bem retratado no filme Jogador Nº 1
Fora da ficção, alguns indícios dessa tecnologia já está presente nos dias
atuais, como a realidade aumentada do jogo Pokémon GO e as realidades virtuais
dos jogos que você se insere com óculos VR. Porém, Zuckerberg quer ir além, numa
interação mais imersiva ainda.
Isso impactaria várias e diversas profissões, como dos criadores de conteúdo
que poderiam fazer Lives de jogos, por exemplo, fazendo o público o assistir jogar
uma partida de um jogo podendo ver essa partida em uma arena, porém todos estão
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em casa apenas usando essa tecnologia. Mas também, uma das metas da empresa
seria lançar uma moeda digital.
Na atualidade, é triste ver que pessoas das áreas de humanas, no Brasil, por
exemplo, são desprezadas. Sem pessoas preparadas para essa problematização
para propor soluções ou, pelo menos, estabelecer o debate, a sociedade fica
vulnerável à tecnologia, que pode sim ser usada para gerar caos, dominação e
manipulação.

5.3 Os malefícios das IA’s na sociedade

Já percebemos que as inteligências artificiais estão presentes de diversas


formas na nossa vida e estarão ainda mais presentes no futuro, porém elas não só
facilitam nossas tarefas e nos ajudam, mas também há seus lados ruins.
Uma questão muito comum entre as pessoas que veem e querem saber mais
sobre essa área é se as inteligências artificiais poderão ser nossas inimigas e, até
mesmo, pensar na hipótese de nos destruir. Essa ideia é muita levantada por filmes,
onde, normalmente, são retratados robôs que não funcionam como o esperado ou são
inteligentes demais ao ponto de perceber que destruir a espécie humana traria vários
benefícios ao planeta terra.
Pensemos no seguinte cenário, uma superinteligência artificial recebe esta
ordem especifica: Aumentar o número de árvores do planeta até restabelecer o
equilíbrio da atmosfera.
Ela começa seu trabalho seguindo a determinação dos cientistas de plantar
árvores apenas em locais inabitados por seres humanos. Após um ano, a operação é
um sucesso. Novas florestas começam a aparecer, aumentando, aos poucos, a
qualidade do ar no planeta. Entretanto, como esses esforços não são suficientes para
reparar os danos causados à nossa atmosfera pela poluição, a superinteligência
artificial chega a uma conclusão lógica: Para conseguir seu objetivo, é preciso plantar
ainda mais árvores.
Assim, ela decide, sozinha, continuar sua tarefa sem pensar nas
consequências dos seres humanos. Com o tempo, os menores povoados são os
primeiros a desaparecer entre as florestas, depois as grandes metrópoles começam
a ganhar cada vez mais árvores até se tornar inabitável. Em alguns séculos, a
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atmosfera voltará a ser completamente saudável, mas os seres humanos não são
mais a espécie dominante no planeta, sendo extinta por sua própria criação.
Apesar de muitas teorias conspiratórias e apocalípticas, a grande maioria das
IA’s são desenvolvidas a fim de auxiliar o ser humano no seu dia a dia, mas isso não
impede que desenvolvedores maliciosos construam sistemas que possam ser
danosos a nós humanos (CLEMENTINO, 2021).
Podemos citar, como exemplo, os vírus de computador, que são criados para
causar danos em sistemas computacionais que logo após serem descobertos muitos
especialistas e cientistas espalhados pelo o mundo se reuniram para combater essa
proliferação e sanar possíveis danos no futuro (CLEMENTINO, 2021).
Além disso, as tecnologias que estão mais pertos de nós causam mais danos
do que podemos imaginar. No momento atual, as redes sociais são utilizadas pela
maioria da população e trazem diversos danos a nós.
O assunto de redes sociais traz diversos problemas como a comparação, a
ansiedade e, chegando ao extremo, a depressão, doenças que vem crescendo
bastante entre os jovens dessa geração.
Jaron Lanier, uma das maiores referências (e críticos) do Vale do Silício, não
tem nenhuma conta nas redes sociais e deixa isso bem claro em seu livro Dez
Argumentos Para Você Deletar Agora Suas Redes Sociais, publicado em outubro de
2018. Segundo ele, as bases da internet foram fundamentadas em um modelo de
negócio regido pelas propagandas.
Essa dinâmica nas redes traz inúmeros efeitos degradantes: as redes acabam
com o livre-arbítrio, estimulam emoções negativas, distorcem a percepção da
verdade, ... Porém, as redes sociais também tem seus pontos positivos, mas não
devemos esquecer de seus lados prejudiciais.
Dessa forma, julga-se importante destacar que precisamos de atenção e
cuidado ao se tratar das IA’s e das diversas tecnologias atuais para não acabarmos
entrando em situações piores e degradamentos da sociedade. Portanto, essa área
deveria ser conhecida e entendida por todos que a utilizam.
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6 CONCLUSÃO

De forma promissora, as inteligências artificiais conquistarão cada vez mais seu


espaço na vida do ser humano, para que possa desenvolver novos conhecimentos e
surgindo para grandes aplicações.
Como citado incontáveis vezes durante esta pesquisa, as inteligências artificiais
possuem as mais diversas aplicações e, hoje, há um constante contato com essa
tecnologia. Porém, muitas pessoas desconhecem o que são e como funcionam as IA,
mesmo esse avanço estando presente no nosso cotidiano.
Por isso, entender como ela funciona e compreender seus limites éticos e legais
é fundamental para entender como fazer o melhor uso possível das suas
potencialidades para conseguirmos facilitar nossa forma de viver significativamente.
São diversos os desafios a serem enfrentados em um avanço tecnológico e
suas formas de lidar com isso, no desinteresse das pessoas sobre descobrir algo
novo, na desvalorização de áreas de atuação que são importantes para o nosso futuro,
que a curiosidade e vontade insaciável de saber mais prevaleça na atuação das
pessoas, junto com a ajuda da política investindo na educação, disponibilizando o
conhecimento para não perdemos nenhuma mente brilhante.
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REFERÊNCIAS

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CARVALHO, Ana. Questões éticas da Inteligência Artificial / Ethical issues with AI |


Ana Sofia Carvalho | TEDxPorto. YouTube, 2019. Disponível em:
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MORETTO, Nilce; PERSECHINI, Luiz. Todo mundo vai ser rico no metaverso?
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LOOS, Pedro. A revolução das inteligências artificiais. YouTube, 2021. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=N0SY3EgVIio. Acesso em: 15 nov. 2021.
20

CASTANHARI Felipe. Mundo Mistério. Episódio 7: O caminho parar a


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91f18282b%2C49f87bfe784d505019a4c3748bd33065876b642e%3Af34720d063e6a
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LANIER, Jaron. Dez Argumentos Para Você Deletar Agora Suas Redes Sociais,
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Sociais/dp/855100395X. Acesso em: 15 nov. 2021
21

ANEXOS

ANEXO A – Robô nomeado como Da Vinci utilizado para cirurgias médicas.

ANEXO B – Assistente de voz do Google


22

ANEXO C – Echo Dot, assistente virtual chamada de Alexa, da Amazon.

ANEXO D – Google Home, assistente virtual do Google.


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ANEXO E – Artigo de Alan Turing sobre maquinários de computação e inteligência.

ANEXO F – SNARC, primeiro neuro computador simulando sinapses.


24

ANEXO G – Arthur Samuel e seu jogo de damas que conseguia se aperfeiçoar


sozinho.

ANEXO H – Fotografia das pessoas que compareceram à conferência de


Dartmouth.
25

ANEXO I – Deep Blue e Kasparov disputando uma partida de xadrez.

ANEXO J – Imagem ilustrativa de como será os carros autônomos.


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ANEXO K – Cena do filme Jogador Nº 1, demonstrando como será as imersões em


realidade virtual.

ANEXO L – Visualização ilustrativa para compreender Inteligência Artificial, Machine


Learning e Deep Learning

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