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Introdução à
Inteligência Artificial
APLICAÇÕES INFORMÁTICAS B- 12ºANO-2022/2023
PROFESSORA: MARIA ROSA
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O que é a Inteligência Artificial?
A inteligência artificial é um dos temas mais debatidos da atualidade, devido
especialmente à dualidade que representa. Os benefícios que podem ser alcançados
são tremendos a todos os níveis, mas também pode levar a enormes consequências
nomeadamente a criação de barreiras divisórias que separem aqueles que apoiam
dos que a desprezam.
Definição do Dicionário
Ramo da ciência da computação que estuda o desenvolvimento de sistemas computa
cionaiscom base no conhecimento sobre a inteligência humana.
Esta é uma definição bastante concisa devido à especificidade dos seus objetivos
assim como é relatado na perspetiva científica indicada infra.
Definição Filosófica
A inteligência artificial tem conexões estreitas com a filosofia, porque ambas
partilham vários conceitos que sugerem a inteligência, ação, consciência,
epistemologia e até mesmo livre arbítrio. Além disso, a tecnologia está preocupada
com a criação de animais artificiais ou pessoas artificiais (ou, pelo menos, criaturas
artificiais), de modo que a disciplina é de considerável interesse para os filósofos.
Segundo a área da filosofia a definição de IA coincide perfeitamente com a perspetiva
científica, no entanto este desenvolvimento representa e levanta questões éticas que
não podem ser ignoradas pelos estudiosos, por isso foi criada a Filosofia da
inteligência Artificial que de certa forma está encarregue de mediar as decisões a nível
destes avanços.
Perspetiva científica
A inteligência artificial é a ciência que procura estudar e compreender o fenómeno da
inteligência e, ao mesmo tempo, um ramo da engenharia, na medida em que procura
construir mecanismos para apoiar a inteligência humana. Juntas, a ciência e a
engenharia pretendem desenvolver máquinas capazes de realizar tarefas que
necessitam da intervenção de inteligência.
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História cronológica da Inteligência Artificial.
Apesar de ser difícil acreditar, a história da IA não começa na ciência. Inicia-se numa área
onde as pessoas adoram dar asas à imaginação, a cinematografia. Desde os anos 20 que são
produzidos filmes que colocam hipóteses acerca do desenvolvimento das máquinas a níveis
que há luz do período seriam inimagináveis.
Pois estas teorias foram mais tarde testadas, tendo sido os primeiros a alcançar algo palpável:
Foi publicado o livro “A Logical Calculus of Ideas Immanent in Nervous Activity” que propunha
o primeiro modelo matemático da construção de uma rede neural.
Desenvolveram a Teoria Lógica, cuja foi a primeira construída propositadamente para imitar o
esquema de pensamento e resolução de problemas do ser humano
Originou a área que chamamos hoje de inteligência Artificial (IA) e impulsionou as seguintes
gerações de cientistas para os enormes possíveis benefícios que a IA nos poderia proporcionar
O General Problem Solver (GPS) em associação com a estrutura teórica criada pelos mesmos
teve um impacto significativo na direção subsequente da psicologia cognitiva. Também
introduziu o método de produção como modelo de especificação cognitiva.
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Esta estrutura teórica visava explicar o comportamento e funcionamento da memória
operacional, o controlo dos processos e regras.
Desenvolveu a linguagem de computação LISP, esta linguagem foi inicialmente utilizada pela
comunidade IA devido à sua incrível flexibilidade e poder expressivo.
Escreveu um artigo acerca dos passos da evolução da Inteligência Artificial, bem como
algumas linguagens de computação com elevado potencial, mas ficaram inacabadas
1966 – ELIZA:
Escreveu SHRDLU como tese de doutorado no MIT. Este programa tinha a capacidade de
desenvolver uma conversa fluida com um ser humano utilizando expressões mais complexas
1973 - PROLOG:
Esta geração é baseada nos avanços tecnológicos obtidos nas gerações anteriores de
computadores. Estes avanços provavelmente iram representar
Deep Blue vs Garry Kasparov foi um par de partidas de xadrez de seis jogos entre o campeão
mundial de xadrez Garry Kasparov e um supercomputador IBM chamado Deep Blue. A
primeira partida foi disputada na Filadélfia.
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2005 - Computadores ao Volante:
Foi introduzida a função de reconhecimento por voz nos telemóveis e outros aparelhos apesar
de a definição e precessão dos sensores ser muito fraca e imperfeita foi um avanço muito
grande na utilidade dos aparelhos.
2014 – Eugene:
Este programa desenvolvido na Rússia tinha como objetivo fazer-se passar por um rapaz de 13
anos, tendo atingido níveis de credibilidade incríveis
AlphaGo, uma IA do Google, disputou o campeão mundial de Go, contra Lee Sedol. Este é
considerado o jogo de estratégia mais exigente do mundo, não foi um retorno para esta IA do
Google que dobrou o campeonato por 4 a 1 nas cinco partidas disputadas.
Marc Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, tem um novo assistente pessoal. Jarvis
e assim como o assistente de Tony Stark nos filmes de Marvel, é virtual.
Jarvis é capaz de jogar com a família, tocar música, atrair luzes e reconhecer os visitantes para
decidir se abre ou não a porta de casa.
iMind é "um cérebro artificial sem consciência que permite que a máquina aprenda conforme
você interage com ela". De certa forma uma forma melhorada do objetivo da ciência da
Inteligência Artificial.
Os chatbots utilizam a linguagem para conversar com as pessoas de maneira natural e pré-
programada. Reconhecem nomes e números de telefones e reproduzem o comportamento
humano.
Eles podem ser integrados a outras ferramentas e bancos de dados, automatizando rotinas
simples de cadastro, atualização e consulta de informações. Essas integrações deixam os
serviços mais rápidos, melhorando a experiência do cliente.
A CNH Industrial, uma empresa líder global de bens de capital, é um exemplo de empresa que
investiu em uma solução de inteligência artificial com chatbots. A plataforma é responsável
por atendimentos considerados simples. Houve redução de 10% no volume de ligações para a
mesa de apoio e de 80% no tempo de resposta de abertura de chamadas.
Estas aplicações utilizam inteligência artificial para interpretar os dados introduzidos por
outros utilizadores, nomeadamente a indicação de acidentes, trabalhos na via ou trânsito
congestionado, de modo a sugerir o trajeto ideal.
Os smartphones mais atuais permitem aos utilizadores desbloquear o seu telemóvel com uma
simples leitura do rosto ou da impressão digital, sem necessidade de inserir um código de
desbloqueio.
O Face ID da Apple, por exemplo, permite, através da câmara, mapear em três dimensões o
rosto do utilizador. Sempre que este tentar desbloquear o telemóvel, o algoritmo compara o
rosto com a imagem registada no sistema para validar a sua identidade. O reconhecimento
facial pode ser também utilizado como modo de autenticação para pagar as compras, por
exemplo.
Aplicações de streaming
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Pesquisas por voz
Alguns dos exemplos mais conhecidos de IA são a Siri da Apple, a Alexa da Amazon ou
a Cortana da Microsoft, todos eles assistentes virtuais de voz. Através da chamada linguagem
natural, os equipamentos dotados de IA conseguem reagir e responder a mensagens de dados
de texto ou voz e responderem também com texto ou fala própria às questões que são
colocadas pelos utilizadores.
Os utilizadores de redes sociais têm cada vez maior noção de que aquilo que veem no feed é o
resultado de um algoritmo que personaliza o conteúdo em função do modo como os
utilizadores interagiram com outros posts. Mas a Inteligência Artificial vai mais longe e
potencia, por exemplo, que uma imagem de um utilizador partilhada na rede social por um
outro internauta possa ser rapidamente identificada.
Carros autônomos
Apesar de ainda não estar disponível para a população média, os carros autônomos estão
cada vez mais próximos do cotidiano das pessoas. Empresas como Uber e montadoras estão
investindo em tecnologias com base em inteligência artificial para criar carros que, por meio
de sinais externos, conseguem se locomover sozinhos e não necessitam de motoristas para
conduzi-los.
Cibersegurança
Por meio da análise inteligente dos mecanismos de atuação de vírus, os antivírus atuais são
capazes de identificar comportamentos maliciosos e barrá-los antes que as ações maliciosas
sejam colocadas em prática.
A Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), é uma das grandes revoluções ligadas à
inteligência artificial no cotidiano dos usuários. A ideia é tornar os objetos conectados à
internet e oferecer soluções inteligentes para os proprietários.
Na Medicina
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A inteligência artificial já provou a sua utilidade na comunidade científica e médica neste caso
devido a benefícios como os seguintes:
Desta forma, torna-se claro que a inteligência artificial na área da saúde veio para ficar. Na
verdade, as previsões para o futuro apontam para uma maior presença da assistência robótica
em áreas médicas como a cirurgia.
Embora hoje o fator humano ainda seja essencial, o futuro da medicina depende da aplicação
indiscutível de tecnologia nos seus processos.
A IA pode ser aplicada em praticamente todas as áreas da medicina, uma vez que se trata de
uma ferramenta de apoio ao profissional de saúde que complementa e aprimora o seu
trabalho. Para ilustrar as vantagens mencionadas que já estão presentes neste campo, há
alguns exemplos de aplicações da IA na ação médica:
Análise médica e de imagem
Um dos benefícios mais importantes da IA é a velocidade com que pode processar grandes
quantidades de dados. Isso é especialmente relevante ao analisar diferentes testes médicos
(ressonâncias, estudos genéticos, etc.). Na verdade, devido ao aumento dos registos
eletrónicos (que se deve à recolha de informação que é feita com sensores e dispositivos
vestíveis), existe uma maior quantidade de dados disponíveis que, graças à IA, pode ser
processada e analisada.
Diagnósticos médicos
Esta é outra das aplicações mais interessantes, pois os dados podem ser analisados para fazer
diagnósticos precisos e precoces. A sua utilidade a esse respeito é indiscutível, especialmente
para doenças que se desenvolvem muito rapidamente, como algumas patologias
degenerativas ou certos tipos de cancro. Ao identificá-los precocemente, o tratamento pode
começar mais cedo e impedir a progressão.
Um exemplo claro da eficácia neste sentido é a aplicação da IA em casos de cancro da mama.
A inteligência artificial permitiu que fossem desenvolvidos sistemas de deteção precoce, que
possibilitam mamografias eficazes nos estágios iniciais da doença e um acréscimo na precisão
do radiologista.
Tratamentos farmacológicos
No campo da farmacologia, a IA também oferece inúmeras vantagens. Facilita o trabalho dos
pesquisadores no momento de analisar sequências genéticas para encontrar vacinas ou
soluções adequadas para diferentes tecnologias. Indiretamente, pode dizer-se que milhões de
vidas foram salvas por meio desta aplicação de tecnologia.
Genética
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Este é mais um dos campos que, no futuro, irá beneficiar mais com a aplicação da IA.
Atualmente já existem ferramentas que o demonstram, como é o caso da aplicação móvel que,
através de um sistema de reconhecimento facial, permite detetar doenças raras e doenças
genéticas. Uma simples fotografia é o suficiente para que esta tecnologia processe um banco
de dados de até 8.000 doenças diferentes.
Gravidez
A aplicação da IA durante a gravidez permite que a visão do feto seja muito maior. Isto
possibilita, juntamente com uma análise detalhada dos dados, obter convenientemente
grandes quantidades de informação sobre o estado da gravidez em tempo real. Esta aplicação
permite desfrutar de gestações mais seguras e dispensar procedimentos invasivos para
identificação de malformações.
Prótese
Próteses inteligentes são aquelas que aprendem com quem as usa, para que se adaptem
melhor às suas necessidades e movimentos. São apêndices mecânicos que não apenas
substituem um membro do corpo, mas também memorizam os padrões de movimento da
pessoa e podem ser controlados através de uma aplicação.
Esta lista contém apenas alguns exemplos de como a inteligência artificial pode melhorar
qualquer área da medicina e da saúde. Pode interpretar imagens radiológicas, facilitar a
descoberta de novos medicamentos, analisar o genoma de um paciente; etc. Mas também é
de grande utilidade para otimizar os recursos de saúde disponíveis, uma vez que as tarefas
mais redundantes podem ser automatizadas.
No Ensino
No Brasil e no mundo, a educação vem se transformando cada vez mais. A forma como os
conteúdos são passados pelo professor nem sempre geram os resultados esperados.
Crescentemente, o ensino tem demandado uma maior interação entre alunos e professores
dentro de sala de aula como forma de potencializá-lo.
Preparar uma empresa para utilizar inteligência artificial exige planejamento. Por isso, conte
com nossa parceria para vislumbrar e implementar processos relacionados à inteligência
artificial e transformação digital.
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Robótica, o que é, e para quê?
Conceito
A robótica, como o nome sugere, é a ciência e o estudo dos robôs. A palavra robô vem da
palavra tcheca robota, que significa “trabalho forçado, escravidão”. Em 1921, este termo foi
utilizado pela primeira vez pelo escritor tcheco Karel Capek (Karel Capek, 1890-1938) na sua
peça de teatro intitulada R.U.R. (Rossum’s Universal Robots).
A robótica é um ramo da educação e da tecnologia que lida com sistemas constituídos por
componentes mecânicos autônomos e circuitos integrados, permitindo que sistemas
mecânicos motorizados sejam controlados de forma inteligente por circuitos e computação. A
robótica é objeto de estudo em diversas áreas: computação, aeroespacial, mecânica,
automação, elétrica, etc.
Breve História.
Primeiro robô industrial, Unimate: A ideia de componentes mecânico-
eletrônico que podem auxiliar os humanos em seus trabalhos difíceis vem de centenas
de anos, mas a ideia efetiva de robôs autônomos surgiu na indústria apenas no século
passado. O trabalho na fábrica pode ser repetido muitas vezes e baseia-se
constantemente no levantamento e reposicionamento de peças e máquinas muito
pesadas, pelo que é óbvia a necessidade de ajudantes nesta área. Em 1954, George
Devol criou este auxiliar chamado Unimate, que começou a trabalhar nas linhas de
produção da General Motors em 1961. Sua função dentro da fábrica é pegar pedaços
de metal quentes e colar as peças no chassis de carros. Pesa 1.800 Kg e obedece a
comandos gravados em fita magnética. A imagem abaixo ilustra o primeiro robô
industrial criado.
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Primeiro Robô Humanoide, Elektro: O primeiro robô humanóide foi construído
um pouco antes, em 1937, pela Westinghouse Electric Company, em Ohio. O nome
dele era Elektro, ele tinha 2,1 m de altura e pesa 120,2 Kg. Ele pode andar por
comando de voz, falar cerca de 700 palavras (usando um gravador de 78 rpm), mover a
cabeça e os braços, estourar balões e fumar um cigarro. Seu corpo é composto por
engrenagens de metal, um esqueleto motorizado coberto por uma pele de alumínio e
câmeras. Seus "olhos" fotoelétricos podem distinguir entre luz vermelha e verde. Foi
exibido na Exposição de Nova York em 1939 e 1940, junto com "Sparko", um cão
robótico que podia latir, sentar e acariciar humanos.
Quais são os benefícios da robótica?
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essas competências se tornam profissionais mais preparados para os desafios da
construção de uma carreira.
Desempenho em sala de aula: Pesquisa feita pela FIRST (For Inspiration &
Recognition of Science & Technology), organização não-governamental responsável pelo
campeonato mundial de robótica, mostra que 88% dos participantes das competições de
robótica disseram ter aumentado o interesse em ir para a escola e 80% responderam que
passaram a ter interesse em trabalhar em áreas relacionadas a ciência e tecnologia após
participar das disputas de robótica.
Diversão garantida: Uma das premissas da robótica é que o aprendizado vem junto
com a diversão, assim as crianças e adolescentes aprendem brincando, o que aumenta o
engajamento e traz uma grande aceitação dos estudantes.
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Segurança
Robôs estão sendo propostos como agentes de segurança, pois podem proteger os humanos,
e estas máquinas não estariam em perigo como os guardas de segurança humanos estariam.
Atualmente, as empresas de robótica estão trabalhando em emparelhar guardas de robôs com
consultores de segurança humana. Uma empresa muito famosa nos Estados Unidos neste
campo é a Knightscope, que possui robôs de segurança autônomos capazes de auxiliar os
guardas de segurança humanos com inteligência acionável em tempo real. Esses robôs podem
ajudar em crimes como assaltos à mão violência doméstica, assaltos, fraude, atropelamento,
armada, fugas, etc.
Exploração Espacial
Existem muitas coisas no espaço que são muito perigosas para os astronautas. Os humanos
não podem vagar por Marte o dia todo para coletar amostras de solo! Nesse tipo de situações,
os robôs são uma ótima escolha porque não há chances de perda de vidas humanas. Portanto,
instituições espaciais como a NASA freqüentemente usam robôs e veículos autônomos para
fazer coisas que os humanos não podem. Por exemplo, Mars Rover é um robô autônomo que
viaja em Marte e tira fotos de formações rochosas de Marte que são interessantes ou
importantes e as envia de volta à Terra para os cientistas da NASA estudarem.
Entretenimento
Os robôs também são uma grande atração na indústria do entretenimento. Podem ser usados
por trás dos sets de filmes e seriados para gerenciar a câmera, fornecer efeitos especiais, etc.
Eles podem ser usados para tarefas repetitivas entediantes que não são adequadas para um
ser humano. Os robôs também podem ser usados para fazer acrobacias que são muito
perigosas para os humanos, mas ficam bem melhor em um filme de ação. Em parques
temáticos como o Disney World também estão usando robôs autônomos para aprimorar a
experiência mágica de seus clientes.
Agricultura
A agricultura é a indústria que está na base da civilização humana. No entanto, a agricultura
também é um setor sazonal que depende de condições climáticas ideais, solo ótimo, etc.
Existem muitas tarefas repetitivas na agricultura que são apenas uma perda de tempo do
agricultor e podem ser executadas de forma mais adequada por robôs. Isso inclui semeadura,
controle de ervas daninhas, etc. Um exemplo de robô usado para remover ervas daninhas em
fazendas é o Ecorobotix. Ele é alimentado por energia solar e pode ser usado para direcionar e
pulverizar ervas daninhas usando um sistema complexo de câmeras.
Cuidados de saúde
Os robôs mudaram muito o sistema de saúde. E tudo para melhor! Eles podem ajudar os
médicos a realizar operações com mais precisão, ser usados como próteses, etc. As
possibilidades são ilimitadas. Um exemplo disso é o robô da Vinci, que pode ajudar os
cirurgiões a realizar cirurgias complexas relacionadas ao coração, cabeça, pescoço e outras
áreas sensíveis. Existem outros dispositivos robóticos que são criados como exoesqueletos que
podem ser usados para fornecer suporte adicional para pessoas em reabilitação após lesões na
coluna, derrames, etc.
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O processamento da linguagem natural em I.A.
O que é o processamento de linguagem natural(PLN)
Como um ramo de inteligência artificial, o processamento de linguagem natural (PLN) usa
machine learning para processar e interpretar texto e dados em linguagem humana. O
reconhecimento de linguagem natural e a geração de linguagem natural são tipos de PLN. O
processamento de linguagem natural funciona como uma espécie de “tradutor” que garante
que, quando um humano se comunica com um computador, esse consiga entender
claramente o que essa pessoa quer dizer. A tecnologia PLN não só permite que o dispositivo
compreenda a linguagem do usuário, como também garante que a sua experiência seja cada
vez melhor.
Evolução do PNL
Ainda que o processamento de linguagem natural não seja uma tecnologia recente, está
avançando rapidamente graças ao interesse cada vez maior na comunicação homem-máquina,
paralelamente à disponibilidade de big data, computação mais poderosa e algoritmos
aprimorados.
Enquanto humano, você pode falar e escrever em inglês, espanhol ou chinês. Mas o idioma
nativo de um computador – conhecido como código de máquina ou linguagem de máquina – é
altamente incompreensível para a maioria das pessoas. Nos níveis mais profundos dos seus
dispositivos, a comunicação acontece não com palavras, mas através de milhões de zeros e uns
que produzem ações lógicas.
Vejamos essa interação em detalhe. Seu dispositivo foi ativado quando ouviu você falaou,
entendeu a intenção nas entrelinhas do comentário, executou uma ação e deu um feedback
numa frase bem construída, tudo isso em cerca de cinco segundos. A interação completa só é
possível graças ao PLN em conjunto com outras tecnologias de inteligência artificial como
machine learning e deep learning.
Níveis de Processamento
Os níveis de processamento são definidos com base nas diferentes análises que uma forma de
linguagem por ter, e são dividídos em 7 distintos níveis, organizados de acordo com a
dificuldade de implementação:
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Morfologia: Visa entender a composição das palavras, dividindo-as em morfemas
que, ainda que sejam fragmentos com significado, não representam, propriamente,
uma palavra.
Sintático: O sintático, por sua vez, faz a análise completa de cada frase dita ou escrita
na conversão.
Discurso: Já o discurso tem uma função mais ampla. Seu objetivo é fazer uma análise
completa e encontrar o significado do texto, seja ele falado ou escrito.
Tipos de abordagem
Os tipos de abordagem do PLN dizem respeito à maneira como os softwares vão tratar os
níveis de processamento que foram acabados de ser mencionados, estes os quais são divididos
em 4 diferentes categorias:
Híbrida: A abordagem híbrida, por sua vez, reúne todas as abordagens anteriores.
Sua utilização ajuda a tratar de maneira mais profunda problemas relacionados ao
processamento de linguagem natural, conferindo maior flexibilidade a essa atividade.
Linguagens de IA
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Existem muitas dúvidas a respeito de quais as melhores linguagens para inteligência
artificial e qual delas escolher para seu projeto. Então, vamos te dar uma panorama geral
sobre 5 delas:
Python: Python é uma das melhores linguagens para inteligência artificial por conta de
sua sintaxe simples e ótima legibilidade, permitindo uma testagem rápida de algoritmos
complexos de machine learning. Além disso, possui boas ferramentas de trabalho
colaborativo, como o Google Colab e Jupyter Notebooks.
Ela é muito utilizada também pela análise de dados associada ao big data, dentro do
campo da ciência de dados. Ela não serve somente para aplicações de back-end, sendo
também aplicada no desenvolvimento web e tarefas de front-end ou full stack.
Conta com várias bibliotecas específicas para inteligência artificial. Pacotes como NumPy,
Scipy, scikit-learn e matplotlib são usados como bases dos projetos de IA. Para fins gerais,
temos ainda o SimpleAI e EasyAI. A disponibilidade desses materiais torna Python uma das
melhores linguagens para inteligência artificial.
Java: Java é uma das linguagens de programação mais utilizadas e adoradas. Boa parte de
sua sintaxe é derivada de C e C++. Uma de suas grandes vantagens é conseguir rodar em
qualquer plataforma que a suporte sem precisar de recompilações.
Ela é uma das melhores linguagens para inteligência artificial, sendo utilizada para criar
algoritmos de machine learning, algoritmos de busca, redes neurais artificiais e algoritmos
genéticos. É uma ótima escolha para projetos de grande porte. Entretanto possui algumas
diferenças quando comparada com Python.
C / C++: A principal razão de C++ ser umas da melhores linguagens para inteligência
artificial é sua flexibilidade. Isso porque é uma linguagem de programação de baixo nível,
ou seja, seu código é mais próximo a linguagem binária utilizada pelos computadores.
Essa característica, somada a orientação a objetos, torna C++ uma linguagem muito viável
para o desenvolvimento de inteligência artificial. Por isso, a maior parte das bibliotecas de
deep learning e machine learning são escritas nessa linguagem.
Inclusive, ela é considerada por muitos a linguagem de programação com execução mais
rápida, sendo ideal para projetos que dependem de velocidade no tempo de resposta.
Todas essas características nos mostram sua utilidade na resolução de problemas
complexos da inteligência artificial, principalmente nos campos de machine learning e redes
neurais artificiais.
Bibliografia
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