Este diálogo ocorre no céu entre Viriato, um herói lusitano do século II a.C., e Winston Churchill, estadista britânico do século XX. Eles discutem as suas vidas e realizações, incluindo as batalhas de Viriato contra os romanos e o papel de Churchill na Segunda Guerra Mundial. Churchill mostra a Viriato um poema dedicado a ele por Fernando Pessoa, ajudando-o a entender como a sua luta inspirou a formação e identidade de Portugal.
Este diálogo ocorre no céu entre Viriato, um herói lusitano do século II a.C., e Winston Churchill, estadista britânico do século XX. Eles discutem as suas vidas e realizações, incluindo as batalhas de Viriato contra os romanos e o papel de Churchill na Segunda Guerra Mundial. Churchill mostra a Viriato um poema dedicado a ele por Fernando Pessoa, ajudando-o a entender como a sua luta inspirou a formação e identidade de Portugal.
Este diálogo ocorre no céu entre Viriato, um herói lusitano do século II a.C., e Winston Churchill, estadista britânico do século XX. Eles discutem as suas vidas e realizações, incluindo as batalhas de Viriato contra os romanos e o papel de Churchill na Segunda Guerra Mundial. Churchill mostra a Viriato um poema dedicado a ele por Fernando Pessoa, ajudando-o a entender como a sua luta inspirou a formação e identidade de Portugal.
Viriato já sentado na sala (no céu) Chegada de Winston Churchill de livro na mão (marcador na pág. viriato) a queixar - se das dores que a cama de hospital de faziam até ontem e que só os livros o salvavam daquele inferno Viriato – Não estamos mais no inferno! Bem-vindo ao Céu, meu amigo! Winston – Choque! Viriato – Conta-me o que te aconteceu e já agora quem és? Winston – Até ontem estava hospitalizado por causa de um derrame e agora estou aqui, eu sou Winston Churchill fui um estadista e político britânico que serviu como primeiro- ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Viriato - Incrível! Deves ter passado por muito nesse tal de Reino Unido!? Winston – Sem dúvida, e tu quem és? A tua maneira de ser sugere-me que não somos exatamente da mesma época… Viriato – Eu chamo-me Viriathus que significa “bracelete” derivado da palavra” viria” da língua celta e fui um grande guerreiro e líder do povo Lusitano durante a época do vasto império romano. Winston – Agora que penso bem conheço as histórias e mitos que te envolvem, as pessoas da atualidade consideram-te um herói sem precedentes, provavelmente conseguiste grandes feitos nas tuas batalhas? Viriato – Sinto-me lisonjeado! Na minha perspetiva o grande herói foi o povo Lusitano como um todo, eu apenas me destaquei por comandar os meus bravos irmãos em batalha. Winston – Meu amigo! Humildade à parte foste ou não um grande herói? Viriato – Nesse caso, sim fui realmente, talvez seja considerado um herói pelas devastadoras vitórias que orquestrei contra o extraordinário estrategista e general romano Quintus Fábius Maximus Servilianus onde em menor número superamos 3000 tropas Winston – Magnifico! Viriato – E quanto a ti Winston, aposto que enquanto primeiro-ministro do Reino Unido numa altura tão negra da Europa também deves de ser considerado um herói pelas populações. Eu sei pois à uns anos falei com um judeu que estava em fuga pela Europa e morreu no naufrágio de um barco que se dirigia ao Reino Unido. Winston – Bem o Reino Unido encontrava numa situação lastimável e eu não fui mais do que aquele que no sentido patriótico dei o corpo ás balas assim como tu quando te tornaste líder do teu povo, deve-se ter apercebido também que nunca é possível agradar a todos e isso levou muitos a trair-me durante a minha vida. Fiz o meu melhor para travar os avanços Alemães e de facto com a ajuda dos meus ministros e soldados conseguimos dar a volta à guerra. Viriato – Incrível! Trabalhaste a sangue frio pelo bem do teu povo! Então também foste traído, bem já tiveste sorte em não teres morrido, 3 dos meus mais fiéis companheiros foram subornados pelo imperador romano e mataram-me após uma das batalhas que travei, mas não procuro a vingança, sem dúvida que tiveram os seus motivos. Winston – Sim passados é passado! Na verdade, só me tornei primeiro ministro porque tinha direito a charutos de qualidade todos os dias, HAHAHA estou a brincar. Agora entendes porque as pessoas não gostavam de mim e sempre me quiseram ver morto. Viriato – HAHAHA o humor negro até determinado ponto é engraçado. Winston –Pois é! Sem bem me recordo, antes de bater as botas, estava a ler um livro de Fernando Pessoa chamado “Mensagem” onde se encontrava um poema dedicado a um herói português e ao conversar contigo percebo que “Teu ser é como aquela fria luz que precede a madrugada”, ou seja, dedica-se a ti mesmo Winston – Engraçado é exatamente este livro que carrego comigo será que Deus nos juntou devido a esta magnifica obra, bem deixemos isso de lado, com certeza que desejas ver o trabalho que te foi dedicado com os teus próprios olhos. Viriato – Sem dúvida! (Lê o poema) Bolas claramente uma obra de arte, mas acho difícil rever-me nestas palavras Winston – Ora essa! Primeiramente deixa-me apresentar-lhe algumas formalidades deste poema, a nível da métrica é composto por 3 quartetos (um total de 12 versos) onde todos os versos são octossilábicos a rima é cruzada e o poema é redigido maioritariamente na 2º pessoa do singular. Sobre o conteúdo, bem tendo em conta o que me contaste e o que consigo averiguar por este poema diria que… (1º estrofe). Viriato – Há! Agora compreendo, nesse caso então esta 2º estrofe significaria… (2ºestrofe). Viriato - Então se realmente entendi o sentido deste poema, nos dias que decorrem existe a nação que tanto lutei para construir? Winston – Essa próspera nação chama-se Portugal, terra outrora lusitana, que protegeste com os teus homens! Viriato – Então “Assim se Portugal formou”. Era capaz de chorar neste momento, até hoje não tive a sorte de me encontrar com alguém que me conseguisse dizer ao certo como andava esse pedaço de Terra à beira mar. Continuando… Viriato – Já esta 3ª estrofe parece-me estar a fazer referência à bravura com que eu e os meus camaradas lutamos as nossas batalhas? Winston – Claramente, na verdade o autor deste texto utiliza aquilo a que chamamos de metáfora para descrever a vossa gloria patriótica, provavelmente notou o mesmo que eu notei em ti e nos teus homens, sem dúvida que Fernando Pessoa foi também um grande homem. Viriato - Então o mito que me envolve permitiu que a nação ressuscitasse, mas apenas isso não conseguiu elevar o esplendor de Portugal aos céus!? Winston – Exato sabes “o mito é o nada que é tudo”, ou seja, o mito necessita de convicção e um momento perfeito para gerar uma nação Viriato - Muito obrigado por este tempo amigo, agora sei que o meu esforço não foi em vão, espero voltar a ver-te neste esplêndido sítio! Winston – Igualmente irei aventurar-me por este vasto céu, mas voltarei para falarmos novamente um dia! FIM