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Imagem: Oscar Pereira da Silva / Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500, 19002 / Museu Paulista / Public Domain.
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22 de Abril.
O que eles queriam aqui?
Dia do Descobrimento
O Descobrimento do Brasil e o Quinhentismo
■ Índios x portugueses
Imagem: Oscar Pereira da Silva / Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em
1500, 19002 / Museu Paulista / Public Domain.
Índios
Renato Russo
Quem me dera, ao menos uma vez, Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei Explicar o que ninguém consegue entender:
A quem conseguiu me convencer Que o que aconteceu ainda está por vir
Que era prova de amizade E o futuro não é mais como era antigamente.
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Quem me dera, ao menos uma vez, Provar que quem tem mais do que precisa ter
Esquecer que acreditei que era por brincadeira Quase sempre se convence que não tem o bastante
Que se cortava sempre um pano-de-chão E fala demais por não ter nada a dizer
De linho nobre e pura seda.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quem me dera, ao menos uma vez, Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
Que o mais simples fosse visto como o mais E é só você que tem a cura para o meu vício
importante De insistir nessa saudade que eu sinto
Mas nos deram espelhos De tudo que eu ainda não vi.
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
Quem me dera, ao menos uma vez, E que todas as pessoas são felizes.
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é
três
Quem me dera, ao menos uma vez,
E esse mesmo Deus foi morto por vocês - Fazer com que o mundo saiba que seu nome
É só maldade então, deixar um Deus tão triste. Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
QUINHENTISMO - Período: Século XVI
[...]
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram os navios
pequenos, por chegarem primeiro.
Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram logo todos os capitães das naus a esta nau do
Capitão - mor, onde falaram entre si.
E o Capitão - mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele
começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira
que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens.
Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam
arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que
pousassem os arcos. E eles os pousaram.
Imagem: Ships through ages / Boston Public Library / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
Imagem: Autor Desconhecido, 1509 / Battle of
Analisando a Carta
■ Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a
notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei
de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para
o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!
Nativismo
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.
Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir suas
vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo
cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.
Ainda não havia condições essenciais sólidas para o florescimento da literatura (público leitor
ativo e influente, grupos de escritores atuantes, vida cultural rica e abundante, sentimento de
nacionalidade, liberdade de expressão, imprensa e gráficas).
Não se pode falar numa literatura propriamente brasileira. É uma literatura sobre o Brasil, de
caráter meramente informativo.
Duas manifestações literárias: Literatura informativa (material) e Literatura dos jesuítas
(catequese).
QUINHENTISMO - ( Séc. XVI )
• Cartas de viagem
■ Textos em prosa
■ Objetivo: narrar e descrever as viagens e
■ os primeiros contatos com a terra e nativos
Principais produções literárias no Brasil-Colônia:
Imagem: Benedito Calixto / Fundação de São Vicente, 1900 / Acervo da Prefeitura de São Vicente / Domínio Público.
Literatura Informativa
[...] Neste mesmo dia, à hora de vésperas, avistamos terra ! Primeiramente um grande monte, muito alto
e redondo; depois, outras serras mais baixas, da parte sul em relação ao monte e, mais, terra chã.
Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão deu o nome de Monte Pascoal; e à terra, Terra de
Vera Cruz. [...]
■ Missionários jesuítas
■ Textos:
• Poemas líricos (cunho religioso);
• Peças de teatro – autos (cenas bíblicas, passagens da vida de santos);
• Cartas;
• Tratados descritivos;
• Crônicas históricas.
Representantes e obras:
Textos:
Poesia religiosa;
Poesia épica (em louvor às ações do terceiro governador-geral Mem de Sá);
Cartas;
Crônica histórica;
Sermões;
Peças teatrais - Auto: Na festa de São Lourenço (versos: tupi, português e espanhol)
a Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, de 1595 (1ª tupi).
Manuel da Nóbrega
Fernão Cardim
Poesia religiosa
A Santa Inês
José de Anchieta
Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,
de Iesu querida
vossa santa vinda Imagem: Lucílio de Albuquerque / Anchieta escrevendo o poema à Virgem,1906 /
Domínio Público.
o diabo espanta.
Por isso vos canta, Vossa formosura
honra é do povo,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
lhe dá lume novo.
NICOLA, José de. Português – Vol 1. Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2011.
HERNANDES, Roberta; MARTIN, Vilma Lia. Projeto ECO – Língua Portuguesa – Vol 1. Curitiba: Editora
Positivo,2010.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português – Linguagens. Vol 1. São Paulo:
Editora Saraiva, 2010.
CAMPOS, Elizabeth; CARDOSO, Paula Marques; ANDRADE, Silvia Letícia de. Viva Português – Vol 1. São
Paulo: Editora Ática.
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. Português – Contexto,
Interlocução e Sentido. Vol 1. São Paulo: Moderna, 2010.