Este documento discute as ideias de Vigotski sobre o ensino de artes. Vigotski acreditava que a arte e a educação fazem parte da totalidade das relações humanas e são produtos da história. Ele defendia que o ensino de artes deveria incorporar os alunos à experiência estética produzida historicamente pela humanidade, focando na história da arte e no entendimento intelectual das obras para mediar o pensamento dos alunos. Vigotski via a educação estética como essencial para promover o contato dos alunos com as grandes
Este documento discute as ideias de Vigotski sobre o ensino de artes. Vigotski acreditava que a arte e a educação fazem parte da totalidade das relações humanas e são produtos da história. Ele defendia que o ensino de artes deveria incorporar os alunos à experiência estética produzida historicamente pela humanidade, focando na história da arte e no entendimento intelectual das obras para mediar o pensamento dos alunos. Vigotski via a educação estética como essencial para promover o contato dos alunos com as grandes
Este documento discute as ideias de Vigotski sobre o ensino de artes. Vigotski acreditava que a arte e a educação fazem parte da totalidade das relações humanas e são produtos da história. Ele defendia que o ensino de artes deveria incorporar os alunos à experiência estética produzida historicamente pela humanidade, focando na história da arte e no entendimento intelectual das obras para mediar o pensamento dos alunos. Vigotski via a educação estética como essencial para promover o contato dos alunos com as grandes
PAES, Paulo Cesar Duarte 1 Palavras-chave: Vigotski, Psicologia da arte, Ensino da arte INTRODUO Ao revolucionar a psicologia do desenvolvimento, identificando aspectos metafsicos na obra dos grandes pensadores dessa rea da pesquisa cientfica, Vigotski lanou as bases para uma nova prtica educativa, o que inclui uma percepo bastante especfica tambm para o ensino de artes. Os textos que o autor escreveu sobre arte e esttica enfatizam, nesse aspecto particular, as mesmas bases tericas que concebeu na totalidade da sua obra. O presente trabalho pretende, num primeiro momento identificar os pressupostos do pensamento de Vigotski e a decorrncia de sua teoria na prtica de ensino de forma geral. Num segundo momento identificaremos o ensino de artes apontado na prpria obra de vigotski, quando o autor discorreu sobre a psicologia da arte e o ensino de esttica. A concepo scio-histrica foi desenvolvida por um grupo de psiclogos e pesquisadores marxistas, da antiga Unio Sovitica, nas dcadas de 1920 e 1930. Tal grupo de pesquisadores produziu um amplo estudo sobre o desenvolvimento psicolgico humano que fundamenta o entendimento sobre os processos de ensino e de aprendizagem. Os representantes dessa vertente da psicologia sovitica permanecem atuais at os dias de hoje e aliceram sua perspectiva terica na crtica: aos inatistas, que concebem o desenvolvimento como determinado biologicamente; aos idealistas, que acreditam na autodeterminao e independncia da mente humana; e aos que concebem o desenvolvimento individual como algo inteiramente dado pelo meio social. Vigotski fundamenta seu pensamento nas principais categorias do materialismo histrico e dialtico como historicidade, materialismo, totalidade e 1 UFMS Campus Nova Andradina dialtica. Apresentaremos a seguir como essas categorias fundamentam o entendimento sobre a psicologia proposto por Vigotski. Numa percepo histrica (historicidade) o pensamento parte da realidade concreta e tambm uma herana deixada pelas geraes passadas. Assim como as edificaes, as mquinas e as ferramentas, a linguagem, a racionalidade e a arte so tambm um instrumento da mediao humana produzida historicamente e no podem ser compreendidas como naturais da humanidade. Tudo o que identifica qualquer trao de humanidade fruto da produo histrica, no nasce com a individualidade, mas por ela apropriada das geraes passadas. Outras formas de entendimento e explicao da realidade so reprodues falsas, fundamentadas em premissas que naturalizam as relaes humanas, objetivando fortalecer os interesses da elite detentora do capital e repercutindo seus interesses e sua lgica de explorao e alienao ao restante da sociedade. Assim, pois, a investigao histrica da conduta (psicologia) no algo que complementa ou ajuda o estudo terico, seno que constitui seu fundamento (VIGOTSKI, 1995, p. 67 68). A arte e as metodologias de ensino, como cultura, foram sendo apropriadas do passado humano e ampliadas e aprofundadas paulatinamente por todas as geraes anteriores at chegar no estagio de desenvolvimento atual. O materialismo significa que o principal determinando do desenvolvimento histrico so os interesses materiais. O modo de produo econmico de cada tempo modifica e conforma todas as demais manifestaes da cultura, incluindo a racionalidade, o sentimento e a arte. Vigotski denuncia a tendncia idealista da psicologia tradicional que separa o aspecto material do espiritual e que explica metafisicamente os fenmenos psquicos, como se esses no tivessem relao com o mundo material. Ele critica os aspectos metafsicos que ainda fundamentavam a psicologia, que considera os fenmenos psquicos separados dos demais fenmenos do mundo, pois acreditam que esses so imateriais e inacessveis experincia objetiva (2001b, p. 4 e 5). Outra fundamental categoria do pensamento vigotskiano, tambm inspirada na obra de Marx, a totalidade. Vigotski parte do pressuposto marxiano de que a sociedade, tendo em vista o seu carter histrico, uma totalidade em permanente inter-relao com infinitas particularidades. Para ele o processo de ensino e aprendizagem deve ser percebido na relao dialtica entre a totalidade concreta das foras materiais no seu movimento histrico e o seu produto que o mundo das idias contido no registro da linguagem. O isolamento da compreenso dessa realidade tambm reflexo de uma ideologia produzida historicamente que deve ser desvelada para ser efetivamente entendida como parte da totalidade histrica em que se encontra. Quando o capital passa a ser a forma central de desenvolvimento da humanidade como um todo, produz uma totalidade concreta identificada com o modo de produo capitalista. Quanto mais a sociedade se tecnologiza, se comunica e se mundializa, mais essa totalidade se fortalece enquanto determinante dos fenmenos particulares. Um fenmeno social, analisado apenas em sua particularidade, tem caractersticas essencialmente diversas quando se analisa este mesmo fenmeno em relao dialtica com a totalidade. No existe um todo pronto e acabado, independente do movimento das particularidades, assim como no existe um fenmeno social separado da totalidade. Assim, o entendimento sobre a arte ou a educao deve abranger a relao entre o particular e o geral, o indivduo e o gnero humano. A Dialtica justamente essa percepo que no compreende isoladamente parte e todo, mas como esses dois conceitos de inter-relacionam de forma a determinarem um ao outro, o todo e a parte, o mundo material e o mundo das idias. A unidade como centro de entendimento das relaes sociais, evitando entender as relaes humanas de forma fragmentada, levou Vigotski a uma percepo da educao e da arte como parte da totalidade das relaes humanas. Fundamentado nessas 4 categorias expostas fundamentam o ensino de artes, na perspectiva vigotskiana, tem o carter objetivo de proporcionar a apropriao do aspecto esttico da cultura humana, produzido historicamente, pelas novas geraes. Essa objetividade intencional determina a centralidade do estudo das artes am alguns aspectos como a histria da arte e o entendimento intelectual da arte como mediadores do pensamento na apropriao da dimenso esttica da realidade. Nesse sentido as atividades prticas e a fruio no ensino das artes devem ser desenvolvidas com base no desenvolvimento esttico da humanidade. Vigotski cita a educao esttica com o objetivo maior de promover o contato dos alunos com a grande produo artstica de todos os tempos tomando o devido cuidado para no realizar um ensino de artes fechado no desenvolvimento das tcnicas de produo da arte. A apreciao da obra de arte resultado de um processo de educao esttica e no apenas da vivncia cotidiana: Observar, ouvir e sentir prazer parecia um trabalho psquico to simples que no necessitava de nenhuma aprendizagem especial. E no obstante ai que est o objetivo principal e o fim da educao geral. (VIGOTSKI, 2001b, p. 351). Sua perspectiva histrica o levou a conferir uma importncia mais significativa para a histria da arte para a produo artstica mais significativa no desenvolvimento da cultura humana. A cultura das percepes artsticas deve ser condio para que as prticas voltadas para o ensino de tcnicas de produo de alguma forma de arte tenham um verdadeiro sentido pedaggico. O ensino de alguma tcnica somente se torna um aprendizado criador quando vai alm da tcnica em si, voltando-se para um processo de educao esttica fundamentado no entendimento e na percepo das obras de arte. A humanidade acumulou na arte uma experincia to grandiosa e excepcional que qualquer experincia de criao domstica e de conquistas pessoais parece nfima e msera em comparao com ela. Por isso quando se fala em educao esttica no sistema de educao geral deve-se sempre ter em vista ter em vista essa incorporao da criana experincia esttica da sociedade humana: incorpora-la inteiramente a arte monumental e atravs dela incluir o psiquismo da criana naquele trabalho geral e universal que a sociedade humana desenvolveu ao longo dos milnios sublimando na arte o seu psiquismo. (VIGOTSKI, 2001b, p. 351-352). O autor no utiliza o conceito de histria da arte, porque no seu tempo e na realidade social e educacional onde viveu na Unio Sovitica esse conceito no tinha o mesmo sentido que tem para ns hoje como disciplina da educao. O termo experincia esttica da sociedade humana tem esse sentido de abordar os clssicos 2 da produo artstica universal da histria humana, justamente o que estudamos contemporaneamente em histria da arte. Todo o pressuposto pedaggico contido na obra vigotskiana aponta para a historicizao da percepo e da cultura humana. O indivduo somente se humaniza a medida em que se apropria da humanidade produzida historicamente e existem formas culturais que servem de fundamento para as geraes vindouras que so 2 Utilizamos aqui o conceito de Clssicos tal qual Saviani (2003), referindo-se ao conhecimento racional ou esttico que, produzido em algum momento histrico, no perde seu valor para as geraes futuras constituindo- se em um conhecimento que vai alem do seu prprio tempo. Lembramos que ambos os autores, Vigotski e Saviani, fundamentam-se na obra de Marx. mais significativas do seu momento histrico sendo de maior relevncia a apropriao dessas formas culturais. Especificamente na produo artstica, um grande nmero de obras sistematicamente produzido sem ser significativo do seu tempo, tendo em vista que no so inovadoras do ponto de vista esttico, copiando modelos e formas j desenvolvidos anteriormente. Para Vigotski a educao deve ter como objeto central do seu trabalho as formas culturais mais significativas visando o desenvolvimento mximo dos indivduos ao apropriarem essa cultura. O sistema geral da educao social visa ampliar ao mximo os mbitos da experincia pessoal e limitada, estabelecer contato entre o psiquismo da criana e as esferas mais amplas da experincia social j acumulada, como que incluir a criana na rede mais ampla possvel da vida. Essas finalidades gerais determinam inteiramente tambm os caminhos da educao esttica. (VIGOTSKI, 2001b, p. 351). Ainda hoje no ensino de arte um grande nmero de professores se atm quase que exclusivamente ao desenvolvimento da criatividade infantil e at mesmo na formao de professores de arte, em algumas faculdades, a criatividade muitas vezes uma prtica em si. Utilizando tcnicas de expresso artstica esses professores objetivam apenas a criatividade dos alunos a partir de suas prprias capacidades de entendimento esttico daquilo que criam, produzindo trabalhos insignificantes enquanto obras e em nada contribuindo para a formao desses alunos. O erro indiscutvel dessa concepo no exagero desmedido e no culto do prottipo da criao infantil e ainda na incompreenso de que a fora espontnea da criao, embora seja capaz de criar prottipos da mais grandiosa tenso, ainda assim est condenada definitivamente a permanecer no crculo estreito da formas mais elementares, primitivas e, no fundo, pobres. (VIGOTSKI, 2001b, p. 348). Ao confundir o ensino de artes coma o desenvolvimento da criatividade proporcionada por atividades livres, muitos professores ausentam-se do seu verdadeiro papel de proporcionar ao aluno uma formao esttica de fato. Essa afirmao no significa que Vigotski no compreenda e valorize a necessidade psquica do processo de fruio do fazer artstico como um imprescindvel instrumento de aperfeioamento e equilbrio psquico dos alunos. A crtica que ele apresenta relaciona-se ao fato de que essa criatividade, no caso de ensino de artes deve ter como objetivo principal o aprimoramento esttico dos alunos. Ao confrontarem sua vivncia das obras de arte clssicas com sua prpria produo produzem um novo sentido tanto para o seu trabalho, como uma nova leitura das obras apreciadas, esse o objetivo da educao esttica. O professor da educao formal deve objetivar esse desenvolvimento dialtico do aluno no sentido da apreenso da riqueza esttica das obras clssicas e da sua prpria criatividade como uma unidade pedaggica, onde o principal determinante do desenvolvimento do aluno a cultura historicamente produzida apropriada pela observao, pela mediao do professor e pela atividade criativa dele mesmo. A criatividade como necessidade psquica compreendida por Vigotski como uma forma imprescindvel de superao de excitaes no realizadas na vida atravs da sublimao. Os desejos no realizados, para no se transformarem em neurose, devem ser sublimados e a criatividade artstica um importante mecanismo atuando nesse sentido. Da torna-se compreensvel o importantssimo sentido independente da educao artstica como criao de habilidades permanentes para a sublimao do subconsciente. Educar esteticamente algum significa criar nessa pessoa um conduto permanente e de funcionamento constante, que canaliza e desvia para atividades teis a presso interior do subconsciente. A sublimao faz em formas socialmente teis o que o sonho e a doena fazem em formas individuais e patolgicas. (VIGOTSKI, 2001b, p. 338-339). importante salientar a percepo que Vigotski tem de socialmente til no tem relao com a utilidade como meio de produo ou com o mercado. Sua utilidade remonta ao conceito de riqueza utilizado por Marx (1974), que identifica esse conceito com a necessidade inerente ao gnero humano de se relacionar com seus iguais e com o meio, atravs da comunho proporcionada pela cultura, gerando prazer e sentido de riqueza e utilidade. A arte ento compreendida no como um complemento da vida, mas como um aspecto superior da vida, ligando algum objeto real concreto ou uma emoo com o mundo. A tarefa do estilo e da forma consiste justamente em superar esse tema referencial real ou o colorido emocional do objeto e transforma- lo em algo absolutamente novo. Por isso desde os tempos remotos compreende-se o sentido da atividade esttica como catarse, ou seja, libertao do esprito diante das paixes que o atormentam. (VIGOTSKI, 2001b, p. 340). Vigotski enfatiza a necessidade do psiquismo humano na vivncia catrtica, mas crtica o ensino de arte voltado para esse fim. A educao esttica no deve ter uma finalidade utilitarista voltada para a cura psquica, ou a educao moral ou o ensino de outros contedos escolares. Mesmo que isso possa acontecer de fato, esses objetivos so alheios a educao esttica que deve se manter autnoma em relao a outros interesses que no o prprio desenvolvimento esttico dos alunos. Caso contrrio essa educao resulta no amortecimento do sentimento esttico e sua substituio por outros interesses alheios, produzindo uma averso a vivncia esttica em si. Outro equvoco pedaggico no menos nocivo na educao esttica foi o de impor esttica problemas e objetivos que lhe eram estranhos, s que no mais de ordem moral, mas de ordem social e cognitiva. Aceitava-se e admitia-se a educao esttica como meio de ampliao de conhecimentos dos alunos. Assim todos os nossos cursos de histria da literatura eram construdos segundo esse princpio e substituam conscientemente o estudo dos fatos e leis estticas pelo estudo dos elementos sociais contidos nas obras. (VIGOTSKI, 2001b, p. 328-329). Essa reflexo critica de Vigotski nos remete a um problema comum nas escolas contemporneas que tm uma viso utilitarista do ensino de arte. A decorao da escola nas datas comemorativas no uma educao esttica, mas, antes de tudo um desestmulo verdadeira vivncia artstica. A apreenso utilitarista da arte ainda est muito presente na educao formal como instrumento de estudos de contedos alheios a esttica. Uma certa forma de expresso estereotipada chamada de artstica tem contribudo para a assimilao de contedos de portugus, histria, literatura e at disciplinas exatas e biolgicas, mas, ao mesmo tempo, tem comprometido a educao esttica dos alunos. Em muitas outras ocasies a arte na escola tem servido ainda como instrumento para a disseminao de valores morais sobre drogas, violncia, e um sem nmero de contedos que colocam a educao esttica em segundo lugar. Vigotski critica a tomada dos elementos no artsticos da obra de arte como instrumento pedaggico que impossibilita a apreenso da dimenso esttica da obra e hiper-valoriza alguns aspectos racionais de alguns temas nela contidos: Sem falar que isso est em contradio radical com a natureza da emoo esttica, necessrio observar que isso exerce uma influncia devastadora sobre a prpria possibilidade da percepo artstica e da relao esttica com o objeto. natural que sob essa concepo a obra de arte perde qualquer valor autnomo, torna-se uma espcie de ilustrao para uma tese moral de cunho geral; toda a ateno se concentra precisamente nessa ltima, ficando a obra fora do campo de viso do aluno. (VIGOTSKI, 2001b, p. 328). Vigotski denunciou veementemente essa percepo utilitarista do ensino de arte e da arte em geral e a sua denncia permanece ainda relevante no ensino de arte na educao formal contempornea no Brasil. O ensino de arte ainda compreendido como um instrumento utilitrio para outras disciplinas perdendo seu carter prprio e impedindo a educao esttica. O autor ainda faz uma outra denncia que diz respeito a utilizao da arte como meio para tornar o processo educativo mais agradvel e ldico para os alunos. Vemos aqui outra questo trazida por Vigotski que ainda tem grande relevncia na atualidade. Um grande nmero de escolas e professores ainda desenvolve atividades artsticas como meio de produzir a felicidade e o prazer dos alunos. Por ltimo, resta discutir o terceiro equvoco cometido pela pedagogia tradicional quando reduz a esttica ao sentimento do agradvel, ao prazer pela obra de arte e v nela um objetivo em si, noutros termos, reduz todo o sentido das emoes estticas ao sentimento imediato de prazer e alegria que elas suscitam na criana. Aqui a obra de arte vista mais uma vez como um meio para despertar reaes hedonsticas. Quem pensa implantar esttica na educao como fonte de prazer se arrisca a encontrar na primeira guloseima e no primeiro passeio os mais fortes concorrentes. (VIGOTSKI, 2001b, p. 331). Buscamos nessa rpida reflexo demonstrar como os fundamentos e as propostas de Vigotski para o ensino de artes ainda se mostram atuais mesmo depois de passados 70 anos da sua morte. Muito ainda tem que ser investido para que o ensino de artes seja voltado efetivamente para a educao esttica dos alunos e deixe o seu carter utilitarista ainda to presente na educao brasileira. Para os que desejam uma reflexo mais aprofundada sobre suas percepes sobre a educao esttica sugerimos a leitura de Psicologia da arte (2001a) e o captulo sobre educao esttica da obra Psicologia pedaggica (2001b). REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS: DUARTE, Newton. Vigotski e o aprender a aprender: crtica s apropriaes neoliberais e ps modernas da teoria vigotskiana. Campinas , Autores Associados, 2001. LEONTIEV, Alexis N. 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