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Arte

O conceito de belo
Prof. Erivelto Barbosa.
O conceito de belo:
• Este conceito esteve presente em várias discussões ao longo
da história.

• Durante muito tempo, a definição de arte esteve ligada a ele.

• Os conceitos de beleza e feiura não são conceitos fechados,


mas sim dinâmicos.
Salão dos recusados:
• No século XIX foi realizada na França uma exposição
chamada “salão dos recusados”, onde se reunia obras
recusadas pelo júri do salão de Paris.
• Nessa época, a academia ditava as regras de composição da
arte com base no ideal de belo clássico, e as obras que não
seguissem esse padrão eram rejeitadas.
• Embora fossem obras consideradas “feias”, a exposição
atraiu muitos espectadores e foi um grande sucesso,
influenciando os rumos da arte.
Ideal de belo
clássico?
Estética:
• Estética é o ramo da filosofia que estuda o belo e os
processos de criação artística.
• A palavra vem do grego aisthésis, e significa percepção ou
compreensão pelos sentidos, e pode ser entendida como o
conhecimento do mundo por meio das sensações e dos
sentidos.
• Atualmente é comum relacionar estética com aparência física,
academias e clínicas de estética.
• Ainda que não seja um conceito universal, o belo costuma
seguir padrões em grupo e em determinadas épocas, e isso
se reflete na produção artística.
• A estética busca analisar as diferentes concepções do que é
considerado belo, como elas são construídas e de que forma
elas se relacionam com a sociedade.
• A estética é uma forma de conhecimento ao mesmo tempo
racional e sensível da beleza, pois analisa os diferentes
conceitos de belo na arte.
Definições de belo na antiguidade
clássica:
• Platão (c.428-347 a.C.): Concebia o belo
para além da compreensão e das
sensações humanas, estabelecia e
beleza como algo ideal e inatingível
fisicamente.
• A beleza na concepção platônica está
relacionada à essência das coisas em
um mundo inteligível (mundo das ideias),
e não à sua aparência em um mundo
sensível, (o mundo das sensações).
• Aristóteles (385-323 a.C.): o belo era concebido como algo
mundano, isto é, presente no mundo sensível e não mais no
mundo inteligível, como na teoria platônica.
• A beleza na concepção de Aristóteles está relacionada com a
verossimilhança, visando a semelhança com o mundo sensível e
uma representação fidedigna da realidade.
• Uma obra de arte deveria seguir os princípios de ordem, simetria
e equilíbrio presentes na natureza, de modo que provoque prazer
e reconhecimento nos espectadores.
• A beleza, para Aristóteles, estava associada a uma representação
das virtudes e dos vícios humanos, aplicados principalmente na
tragédia, o mais importante gênero teatral na Grécia antiga.
• A concepção aristotélica determinou os
parâmetros de beleza de diversos
estilos artísticos, principalmente os de
inspiração clássica, como o Classicismo
e o Neoclassicismo.
• Durante a Idade Média, entre os
séculos V e XV, o belo voltou a ser
associado ao divino, mas estava
relacionado à religiosidade, e não mais
ao campo das ideias como na teoria
platônica.
• O ideal de beleza medieval não era
mundano, mas divino.

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