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TRABALHO EM GRUPO

ESTÉTICA

TEMA

A estética na idade média

DOCENTE: ELTER CARLOS DISCENTES: Nádia Pires


Bárbara
Cardoso
Joyce Lopes
Ronise Freire
Luís Carlos
Sambo
ÍNDICE
• Introdução;
• As condições gerais duma estética na idade média;
• As teorias do Belo em São Tomás de Aquino;
• Teorias e sistema das artes;
• Conclusão;
• Referência;
INTRODUÇÃO
Nesse trabalho vamos falar sobre a Estética na Idade Média, no contexto histórico a idade média vai do séc. V
até o séc. XV, no contexto filosófico vai do séc. II até o séc. XV. a idade média tudo estava marcada pelo
teocentrismo, dentro desse contexto a estética não torna-se nada diferente, então é dentro desse conceito que a
estética vai ser abordada.

A Europa ocidental na idade media não houve grande interesse pelas artes, porque eram consideradas coisas
terrenas ligadas a culturas pagã capazes de prejudicar o fortalecimento da alma e do esprito.

O grande objetivo da estética é procurar compreender como se dá a realização da beleza, do lado do


espectador e do receptor buscando interpretar a reação á obra de arte sob a forma do juízo de gosto ou de bom
gosto.
AS CONDIÇÕES GERAIS DUMA ESTÉTICA NA IDADE
MÉDIA
« Os sucessores de Plotino ocupavam-se do Belo. entre os Estoicos, o problema moral ocupava o primeiro
lugar. Os filósofos pós-Plotinianos consagraram os seus esforços a técnica particulares: Aristóxeno à técnica
musical; Filóstrato à técnica, à procura de informações sobre os quadros gregos perdidos; Vitrúvio á
arquitetura. Foi esse também o ponto de todas as pesquisas teóricas: Dionísio de Halicarnasso e a retórica
que, entre os gregos e sobretudo entre os gregos de decadência, é considerada uma arte ; Quintiliano e arte
oratória propriamente dita; finalmente Longino que deixou um tratado breve, mas muito importante, sobre o
sublime» (Bayer, 1995, p.85)»
A filosofia geral é caraterizada pelo dom do sujeito: da fusão do sujeito na natureza e o estado no objeto; o
abandono que o homem faz de todas as coisas que esteja fora dele. Sócrates faz uma referência ao sujeito
afastando-se da direção geral da filosofia, fala de um Eu prático e que age, mas não um Eu infinito e
inacessível a que se pode aspira e criado por uma concepção moderna da filosofia.
Os teóricos alemães e franceses falam da unidade, da harmonia grega mas eles não fazem
uma separação do mundo e do Eu. Os filósofos românticos falam com nostalgia da cisão
da fratura, fizeram referência à separação do sujeito e do Eu em relação à natureza e ao
objeto. Houve um afastamento da harmonia grega e um dualismo com o que o
pensamento filosófico grego chocou e de que morreu.

A Filosofia Neoplatónica veio vencer esse dualismo na teoria, na contemplação extática e


ascética, Plotino tentou unir novamente o Eu e a natureza, mas essa filosofia grega foi
muito naturalmente substituída pelo pensamento do cristianismo que Plotino conhecia e
que procurou integrar.

A conceção cristã foi influenciada na origem pelo neoplatonismo, pelo Uno-Todo e vice-
versa. Esse pensamento consistia no equilíbrio, na unidade entre o sujeito e o objeto não
só autorizava como solicitava uma estética, ainda autoriza uma estética dando fim ao
inconsistente que a filosofia cristã preencheu, mas não pelos seus meios.
• A concepção cristã segundo o autor autorizava uma estética pelo fim inconsciente que à filosofia cristã
preencheu, mas não pelos seus meios. indo a favor das concepções e prescrições do neoplatonismo que
matava tudo o que era sensível e sensual no homem, meios esses que buscavam o (noûs) para se confundir
com o universo. O ideal cristãos tornou-se ascético e mais intransigente que o ideal platónico, novamente se
estava a matar a vida sensível, sensual e o prazer carnal os primeiros cristãos iconoclasta não perduraram e no
Séc. XIII houve um comprimisso com o mundo. após a constituição do cristianismo começou o primeiro
período da filosofia da idade média e se prolongou até ao séc. IX que fazem parte os: gnósticos, orígenes e
Santo Agostinho, nesse período a ideia essencial era a justificação da fé. O dogma era separado e não deveria
buscar nenhum auxílio na razão, já a partir do Séc. IX nasceu uma escolástica que consistiu em aproximar
ambas e basear o dogma racionalmente. Citando Santo Anselmo: creio para compreender, já não existia uma
separação entre crer e compreender diferente da filosofia (patrística).
• À pergunta é que podia essa transformação ser para a estética? Trata-se que o impulso místico que animava os
padres era mais favorável a arte e a estética do que ao racionalismo, mas consequentemente antes dessa
racionalização não havia qualquer lugar para a arte, uma vez que o impulso da fé consistia em matar no
homem às qualidades físicas e exigir a morte do corpo, já na pré-escolástica havia mais aberturas para a
estética mas haviam sido inibidas pelo ascetismo cristão.
• Santo Agostinho preocupou-se com a questões do Belo: “amamos por acaso algo que não seja belo? e o que é o
Belo, o que é a beleza? o que nos atrai e nos liga ao objecto que amamos? Se não tivesse harmonia e encanto não
seriamos atraídos. Eu via e observava, então que num corpo, uma coisa é a beleza no seu todo, e outra é a
sintonização com outros corpos, e isso Eu harmonia, tal como parte da relação ao todo, o calçado em relação ao
pé e coisas semelhantes. essa consideração brotou-me no espírito, do fundo do coração, e por isso escrevia
alguns livros, não sei se dois ou três, sobre a beleza e à harmonia, sabes ó Deus, por que os esqueci e não mais os
possuímos.
• Eles me desapareceram, não sei como.” (confissões, IV, 13,20) influenciado pelos antigos (platão e plotino),
valorizava às artes e entendia o mundo como uma unidade da qual, os seres humanos fazem parte.
• Para Santo Agostinho o mundo é Belo porque é contemplado de unidade e ritmo, mas para perceber a unidade
rítmica que abarca o belo temos de “ educar o olhar para contemplar à harmonia do belo, pois belo e a beleza
pressupõem harmonia. ainda em uma das suas mais conhecidas obras “a cidade de Deus” define a beleza dizendo
que “a beleza de qualquer objecto material está na harmonia dad partes, unida a certa suavidade e cor.”
A TEORIA DO BELO EM SÃO TOMÁS DE AQUINO
O que podemos perceber logo de primeiro é que a definição da teoria do Belo de São Tomás de Aquino foi refutado segundo a pesquisa contemporânea pelo
autor Eugene Anitckoff, por parecer tomista. Segundo autor na perspetiva do São Tomás somos sujeitos à sentir agradados e desagradados devido as nossas
faculdades e senso comum, ou seja, as formas das causas exteriores que estão ligados em nós pelo senso comum conservados pela nossa memoria e a
imaginação. onde podemos considera-las como uma força.

Coloca-se um atenção que na idade média, em relação aos nossos sentidos alguns são mas valorosos em relação a interpretação a classificação da estética do
que outro. Segundo São Tomás a vista e o ouvido podem produzir impressões estéticas. Por que a vista que explica a impressão estética do objeto. quando o
objeto nos agrada é, segundo autor, está relacionada com espécie de juízo: juízo natura (encontrado nos animais) e juízo racional (encontrado no homem).

O Belo diz respeito apenas a faculdades do juízo racional. A estética de São Tomás começa com a estética sensuais e empírica com a hedonista da vista e
depôs ergue-se com a de kant na estética do juízo.

A característica racional da estética de São Tomás é que para ele toda beleza é formal. Ou seja, segundo autor, para São Tomás o conteúdo das coisas não é o
que mas importa, o conhecimento que dirige as formas das coisas porque emanam de Deus, ou seja, o que constitui a beleza real não é a aparência sensual das
coisas, mas a forma inerente das coisas, ou seja a sua essência - aproximação das formas de Aristóteles. As potências latentes da natureza é o poder da
estética.
DIFERENÇA DO BELO E BEM EM S. TOMÁS
Na diferença entre o Belo e o bem, para São Tomás, o Belo é o que todos os homens e todas as criações desejam. Esse desejo, apetite são
inclinações naturais dum ser para outro ser que lhes convém, e para isso é preciso juízo racional para discernir as coisas desejáveis e
não desejáveis.

Segundo São Tomás há três espécie do Bem: o Bem útil ,o Bem dilatável e o Bem honesto

O Bem útil esta excluído do belo que é desinteressado, o Bem deleitável, não é idêntico ao Belo lisonjeia aos sentidos e pode levar-nos
ao pecado da luxuria. o Bem honesto possui como Belo qualquer coisa espiritual; o Belo supremo é o Belo da alma, considerando que o
Bem honesto emana da alma, é no Bem honesto que o Bem e o Belo separado até aí pelo desejo se confundem.

A grande problema na estética antiga era a confusão se o Belo pode substituir o bem uma vez que se confunde.

• Segundo autor apresenta as diferentes definições do Belo de São Tomás:

• A integridade ou perfeição;

• A justa proporção;

• E a claridade;

As duas primeiras foram colhidas de Aristóteles.


A integridade- é formar uma relação harmoniosa e exigida pelo conceito e pelo fim de objeto.

A claridade- essas qualidades do objeto devem ser percebidas pela razão.

Todos devem exigir uma relação legitima entre estes elementos.

Segundo o autor revela que na obra de Alberto Magno ´´´de pulchro et de bano´´ contra uma definição do Belo com princípios
novos, enquanto São Tomás ocupa da proposição dos objetos onde há a possibilidade de beleza formal nas ações. conclui que a
perfeição não basta é preciso:

- O resplandecimento o esplendor da forma;

- E também é preciso que qualquer coisa se acrescente à proporção devida.

Esse novo qualidade de pulchrum não só é idêntico como é superior ao honesto: o honesto é o grau superior do bem, mas o belo é
superior ao honesto. segundo Alberto Magno no de pulchro constata que nem tudo que é formal é belo, é preciso de cintilação e que
é a graça divina que faz descer esta aureola sobre as coisas.
TEORIA DAS ARTES E OS SISTEMAS DAS ARTES
• A idade média ignorava o ponto de vista em relação às belas artes distintas da arte em geral, para S. Tomás a arte é acima de tudo
uma virtude que para os escolásticos é uma qualidade particular do nosso ser que se encontra em acto, a qual só se pode atribuir a
certo individuo graças às suas ações e assim a arte se diferencia do saber e da sageza. S. tomás considera que dispositio operativo
também é intelectual, os artesãos e os artistas são conduzidos por raciocínios e toda a ação se reduz a um pensamento, a virtude,
em definitivo é um pensamento para o mesmo, se a obra de um artista falhar é porque, esta, é contrária à arte, não é uma obra e só
merece o nome de obra se for perfeita. O que conta não é o esforço do artista e sim o nascimento da sua obra através do
conhecimento para os escolásticos a arte é uma razão bem dirigida ela consiste em um único e geral regulamento para que uma
obra nasça é necessária a boa vontade racional e moral do artista a arte na idade média, era dirigida por obrigações de ordem
propriamente jurídica e era dominadas pelo principio da utilidade, a estética de sócrates, em que uma obra deve ter a sua fitness
própria para os escolásticos, tudo é final; a finalidade artística é idêntica à finalidade da natureza, o artista tem sempre um fim
determinado, idêntico ao da natureza e é a concepção desta identidade que pode ser considerada a verdadeira metafísica da idade
média em estética.

• Huges de saint-victor, no didascalion, distingue três gêneros de criação:

• 1. a de Deus;

• 2. a da natureza;

• 3. a do artifex ou do artista;
• Os 3 gêneros emanam da criação divina e passa-se à criação da natureza e essa teoria da emanação foi retomada por
S. Tomás.
• a obra divina existe desde sempre em toda a sua perfeição e é imutavelmente eterna a obra de arte mesmo que
arbitrária e modificável continua obra de natureza, mediatamente, obra de deus por detrás da ação do artista estão as
forças misteriosas da natureza que agem e criam.
• Trata-se se imitar a natureza, portanto a imaginação desempenha um papel muito pobre na psicologia da idade
média e de S. Tomás e em nenhum escolástico há sinal de imaginação criadora porém, imitar a natureza não é
reproduzi-la, nem representá-la e sim continuá-la na sua tarefa, imitando sua atividade
• Todavia a arte na idade média não se explicaria sem as preocupações da beleza, necessidades estéticas mesmo que
muito diferentes das nossas do mesmo modo que a criação das obras de arte não é livre nem realmente estética, os
juízos estéticos são juízos utilitárias que incidem sobre a ética.
• Para S. Tomás se nas representações do mundo real a natureza real é representada, a deleitabilidade é permitida.
• Guillaume Durand no seu rationnel des divins offices, afirma que a pintura dos ornamentos é a leitura dos
iletrados, logo, as belas-artes são úteis e a arte é reduzida à pedagogia, a um ensinamento os estetas da idade
média preocupavam-se com uma visão das artes, os escolásticos dividiram-nas em sete, partilhando-as entre o
trivium e o quadrivium: o Trivium compreende as artes teóricas- léctica, lógica, gramática; o Quadrivium
compreende as artes poéticas e as artes práticas- aritmética, música, astronomia.
• Hugues de Saint-Victor, no didascalion compreende o sistema das artes em dois: em baixo as artes- oficios
reguladas por estatutos jurídicos e no alto a contemplação, entre ambas uma ascensão em sete graus: a
admiração das coisas que vem da consideração da matéria, da forma, da natureza, das obras produzidas pela
natureza, das obras da indústria, das instituições humanas e das instituições divinas. esta divisão foi adoptada
por S. Tomás, para ele, os estudos humanos têm em vista a consideração de verdade, reportem-se à vida
contemplativa; quando se visam as necessidades presentes, é a vida activa. entre o saber e o fazet existe um
conhecimento prático que é a arte: uma prática saturada de teoria.
• A arte confunde-se na idade média, por um lado, com o ofício e por outro lado, com a contemplação divina
que leva ao paraíso e que é também utilitaria entre as artistas da idade média fixemos principalmente Giotto
e Cennino Cennini, que pelos seus carateres são os últimos da idade média e os primeiros dos modernos. as
artes de Giotto é uma arte de síntese e de simplificação, de estilização não de verismo, a arte dele é um
triunfo do pensamento e da intenção. é uma arte magnética, é um arte de especulativo Cennino Cennini,
para ele a arte consiste sobretudo na imitação da natureza a arte deve corrigir a imitação da natureza pelo
estilo e o estilo pela imitação da natueza os princípios primeiros de toda a arte são desenho e colorido.
CONCLUSÃO

• A obra de arte mesmo que arbitrária e modificável continua obra da natureza, mediatamente, obra
de deus por detrás da ação do artista estão as forças misteriosas da natureza que agem e criam ou
seja, a arte imita a natureza.
• As teorias da arte descrevem esse aspecto a partir de um tópico teórico e normativo, fornecendo
métodos para descobrir o conceito de suas obras dentro da área filosófica que pode ser
estabelecida cada versão da teoria da arte está fortemente associada a diferentes análises dentro
da estética, pelo fato de que cada consideração a respeito da natureza e função da própria arte se
encontra no limite dessas disciplinas de demarcação complicada observando a teoria da arte, a
partir da aplicação individual ou social pode ser descrita como deleite artístico.
REFERÊNCIAS

• Raymond Bayer (1979). História da estética, Editorial Estampa : Lisboa.

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