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CONCEITOS E APLICAÇÕES
RESUMO
O presente artigo abordará sobre AI (Inteligência artificial) dando como embasamento uma
apresentação de forma geral dos seus conceitos, aplicações e formas de comunicação, embora
o termo pareça ser algo futurista e inovador, o termo Inteligência Artificial é antigo e possui
mais de dois mil anos e tem como objetivo a busca de métodos ou dispositivos capazes de
simular o raciocínio humano. Teve início com os filósofos procurando entender como são
realizados os processos do cérebro humano, várias tentativas para mecanizar a inteligência
foram efetuadas. Desde suas origens na década de 50, a área da Inteligência Artificial, ou IA
vem se desenvolvendo em vários ramos da ciência e várias linhas de pesquisa com o objetivo
de fornecer ao computador a habilidades para efetuar funções que apenas o cérebro humano é
capaz de solucionar.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando se fala de Inteligência Artificial, é difícil defini-la, mas ao longo do tempo ela
seguiu quatro linhas de pensamento:
I. Sistemas que pesam como seres humanos: “O novo e interessante esforço para
fazer os computadores pensarem... máquinas com mentes, no sentido total e
literal”.
II. II. Sistemas que atuam como seres humanos: “A arte de criar máquinas que
executam funções que exigem inteligência quando executadas por pessoas.”
III. Sistemas que pensam racionalmente: “O estudo das faculdades mentais pelo seu
uso de modelos computacionais.”
IV. Sistemas que atuam racionalmente: “A Inteligência Computacional é o estudo do
projeto de agentes inteligentes.”
Teste de Turing
Essa seção tem como finalidade abordar um fato importante que contribuiu para
avanço da inteligência artificial, acontecimento que levou outros pesquisadores a ingressarem e
aprofundarem-se no contexto. Em 1950, o matemático Alan Turing publicou um artigo intitulado
“Computação e Inteligência” no qual formulou, pela primeira vez, explicitamente a questão
“Pode uma máquina pensar?”. Esse mesmo cientista também desenvolveu um teste para
chegar à conclusão se seria possível uma máquina pensar, chamado “Teste de Turing”. De
acordo com Russel e Norvig, esse teste proposto foi projetado para prover uma definição
satisfatória de inteligência que determinava se um programa seria ou não inteligente. O teste
era realizado em um computador no qual um humano considerado o "interrogador", depois de
colocar algumas questões digitadas, deveria tentar identificar se as respostas estariam vindo
de uma pessoa ou de um computador.
De acordo com Russel e Norvig, programar um computador para passar no Teste de
Turing exige um grande esforço, pois essa máquina deve possuir algumas capacidades, por
exemplo:
Representações de conhecimento: para armazenar informações que o sistema vai
adquirindo no decorrer do teste;
Raciocínio automatizado: para alcançar novas conclusões e respostas a partir das
informações armazenadas;
Aprendizado de máquina: para se adaptar ao ritmo do teste, detectar e não extrapolar;
Visão computacional: para identificação e manipulação de objetos adequados ao tipo
de teste a ser realizado.
Linguagens de Programação
Linguagem Prolog
Linguagem C
A linguagem C foi inventada na década de 70 por Dennis Ritchie que a implementou
pela primeira vez em um minicomputador de 16 bits, PDP-11, rodando sistema operacional
Linux. A linguagem C é derivada de outra linguagem, a linguagem B, criada por Ken
Thompson. A linguagem C é chamada de uma linguagem de médio nível, pois combina
elementos das linguagens de alto nível com funcionalidades da linguagem Assembly. Em razão
disso, ela permite a manipulação de bits, bytes e endereços que são os elementos básicos
para funcionamento de computadores. Um código nessa linguagem é portável, ou seja, é
possível adaptar um software escrito em um tipo computador para outro. A linguagem C é
particularmente estável, evoluiu no sentido das linguagens orientadas a objeto, gerando, por
exemplo, a linguagem C++, que contém todas as características da linguagem C e mais um
conjunto de recursos próprios.
Para Aguilar, a linguagem C tem uma grande quantidade de vantagens que contribuem
para ser uma das mais populares em empresas de todo o mundo. Por exemplo, sua utilização
na construção de sistemas operacionais, compiladores, sistemas de tempo real e aplicações de
comunicação. A portabilidade e a facilidade para desenvolvimento de software para a maioria
dos modernos sistemas de computadores são outros benefícios. É uma linguagem considerada
poderosa e flexível com comandos, operações e funções de biblioteca que podem ser
utilizadas para escrever a maioria dos programas de computadores. A linguagem C tem
influenciado, diretamente ou indiretamente, muitas linguagens de programação desenvolvidas
posteriormente, entre elas: C++, Java, C# e PHP.
Sistemas Especialistas
Robótica
Os robôs são agentes físicos que executam tarefas manipulando o mundo físico. Para
isso, eles são equipados com efetuadores como pernas, rodas articulações e garras. Os
efetuadores têm o único propósito de exercer forças físicas sobre o ambiente. Os robôs
também estão equipados com uma diversidade de sensores, que lhes permitem perceber o
ambiente: câmeras, ultrassom , giroscópios , acelerômetros . A maior parte de robôs atuais se
enquadra em três tipos de categorias: manipuladores, móveis e híbridos. Os manipuladores, ou
braços robôs, estão fisicamente ancorados (ou fixos) ao seu local de trabalho, como por
exemplos os robôs de linha industrial. O movimento do manipulador em geral envolve uma
cadeia inteira de circulações controláveis, permite que esses robôs coloquem seus efetuadores
em qualquer posição dentro do local de trabalho. Os manipulares são a maioria, quando se
trata de robôs, existem mais de um milhão de unidades instaladas em todo o mundo e sua
utilização esta, focada no ramo industrial.
Os robôs móveis se deslocam pelo ambiente usando rodas, pernas ou mecanismos
parecidos. Eles foram projetados para entrega alimentos em hospitais, mover contêineres em
docas de carga e tarefas semelhantes. Os robôs móveis podem ser classificados em quatro
tipos: Veículos Terrestres não tripulados (Unmanned Land Vehicle - ULV): robôs como o
NAVLAB que realiza a navegação autônoma sem condutor em autoestradas. Veículos Aéreos
não tripulados (Unmanned Air Vehicle - UAV): utilizados para vigilância, pulverização de
lavouras, operações militares, dentre outras atividades do ramo. Veículos Autônomos
subaquáticos (Autonomous Underwater Vehicle - AUV): usados em explorações no fundo do
mar. E por último, os Viajantes Interplanetários, como o robô Sojourner mostrado na Figura 2.
O terceiro tipo de robôs é o híbrido: robô móvel equipado com manipuladores. Eles
incluem o robô humanoide, como o mostrado na Figura 3.
Os robôs híbridos podem utilizar os efetuadores adicionais em campos mais amplos que os
manipuladores fixos, porém seu trabalho ser torna muito mais difícil, pois eles não possuem a
rigidez que um ponto de fixação oferece. O campo da robótica não se limita apenas aos três
tipos citados acima, existem também os dispositivos protéticos (membros artificiais para seres
humanos), ambientes inteligentes (casas superequipadas de sensores e efetuadores) e
sistemas com vários corpos, nos quais a ação robótica é alcançada por enxames de pequenos
robôs cooperativos.
Sistemas Visuais
Planejamento e Logística
Durante a Guerra do Golfo (1991), as forças armadas dos Estados Unidos distribuíram
uma ferramenta denominada Dynamic Analysis and Replanning Tool, ou DART (STAIRS;
REYNOLDS, 2006), para planejamento logístico automatizado e a programação de execução
do transporte das tropas. Isso envolveu até 50.000 veículos, transporte de carga aérea e
pessoal ao mesmo tempo, levando em conta os pontos de partida, destinos, rotas e resolução
de conflitos, entre todos os parâmetros. As técnicas de planejamento da IA permitiram a
geração em algumas horas de um plano que exigiria semanas com outros métodos. A Defense
Advanced Research Project Agency (DARPA) declarou que essa única aplicação compensou
com folga os seus 30 anos de investido em IA.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inteligência artificial é um campo que está evoluindo em grande escala nos últimos
anos e faz parte de muitas outras áreas. Hoje têm-se as Redes Neurais e os conceitos de
aprendizagem, além das grandes inovações no mundo tecnológico aplicados em áreas que não
se achava possível sua utilização. Outro grande exemplo da utilização da IA é no mundo dos
games e jogos eletrônicos, linguagens com PROLOG e LISP, aplicam seus conceitos em
algoritmos cada vez mais inteligentes e nos jogos mais reais a máquina simula os acertos e
erros de quem está por trás de tudo isso, os controladores humanos. O artigo realizou um
levantamento bibliográfico visando conceituar a inteligência artificial, destacando exemplos de
aplicação e linguagens associadas. Observou-se que não há uma definição consensual, pois
existem diversas visões sobre o assunto, muitas delas complementares, porém outras com
abordagens diferenciadas. Acredita-se que essa diversidade de definições seja em razão do
fato da tecnologia se renovar a cada dia e a inteligência artificial ser um ramo de estudo em
evolução. Uma das grandes dificuldades encontradas para a elaboração do artigo foi encontrar
visões que fossem totalmente coerentes entre si para que houvesse melhor compreensão do
assunto, pois o tema é bastante abrangente e existem diferentes opiniões. Ainda que a busca
por linguagens foi realizada, tomando como base exemplos reais, esse aspecto também
representou uma barreira ao longo do estudo.
REFERÊNCIAS
HAUGELAND, John. Artificial Intelligence: The Very Idea. Massachusetts: The MIT Press,
1985.
KURZWEIL, Ray. The Age of Spiritual Machines. Massachusetts: The MIT Press, 1990.
RUSSEL, Stuart; NORVIG, Peter. Inteligência Artificial. 2. Ed. Rio de Janeiro: Campos,
2004.