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Año 7, N. 2
Diciembre 2017
Buenos Aires
ISSN 2422-6599
Mediaevalia Americana
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ARTÍCULOS
MEDIAEVALIA AMERICANA
REVISTA DE LA RED LATINOAMERICANA DE FILOSOFÍA MEDIEVAL
MEDIAEVALIA AMERICANA
REVISTA DE LA RED LATINOAMERICANA DE FILOSOFÍA MEDIEVAL
Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
Silvia Contaldo
“... já que vês sobretudo o fogo ser bem usado pelo médico, mas também
o pão, de modo criminoso, pelo envenenador? (De libero arbitrio, I, 15,33)
1. Nota preliminar
O texto que ora apresento foi destinado ao Ciclo de Mesas Temáticas, promovido
pela Red Latinoamericana de Filosofía Medieval, sob a coordenação da Prof.ª Drª
Celina Lértora e da Prof.ª Drª. Susana Violante, a quem agradeço a oportunidade de
participar desse evento. As Mesas Temáticas têm sido ocasião de encontro de
professores e estudantes que se dedicam aos estudos no âmbito da Filosofia
Medieval, de apresentação de pesquisas, de partilha de saberes e de interrogações
que, não só enriquecem a todos, mas nos anima no ofício da docência e da pesquisa.
Também por isso mantive a linguagem coloquial.
2. O texto no contexto
Como sabemos, o opúsculo De natura boni foi escrito com o objetivo de refutar
as teses maniqueístas no que tangem à discussão sobre a origem e a natureza do mal.
Agostinho explicitara, em outras obras, sua inquietação acerca desse problema
filosófico-teológico, ainda hoje mais do que pertinente.
Por ocasião da redação de De natura boni Agostinho contava com seus 45 anos,
já suficientemente amadurecido. Suas Confissões, escrita alguns anos antes, tecera
com fina agudeza de espírito, a questão que em sua juventude não compreendera de
todo. Interessante e notável é que essa mesma questão, posta no Livro VII, ainda nos
interpela: “E procurava a origem do mal, e procurava mal, e, na minha própria
indagação, não via mal”1. No entanto, por volta do ano 400, Agostinho saberia onde
procurar, por assim dizer. O opúsculo De natura boni deixava claríssimo, em seu
início, o seu objetivo especulativo: “Deus é o sumo bem; nada existe superior a
1
Confissões, VII, V, 7: “Et quaerebam, unde malum, et male quaerebam et in ipsa
inquisitione mea non videbam malum”.
7
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Também sabemos que Agostinho fora maniqueu, que muito aprendeu com a
seita maniqueísta e que também dela se afastou, num movimento de autocrítica e
de superação doutrinal. Em Confissões ele escreve:
2
De natura boni, 1: “Summum bonum, quo superius non est, Deus est”.
3
Retratações, II, 9: “Liber De natura boni adversus Manichaeos est, ubi ostenditur naturam
incommutabilem Deum esse ac summum bonum, atque ab illo esse ceteras naturas sive
spiritales sive corporales, atque omnes, in quantum naturae sunt, bonas esse; et quid vel unde
sit malum, et quanta mala Manichaei ponant in natura boni et quanta bona in natura mali, quas
naturas finxit error ipsorum”.
4
Confissões, III, vi, 10: “Itaque incidi in homines superbe delirantes, carnales nimis et
loquaces, in quorum ore laquei diaboli et viscum confectum commixtione syllabarum nominis
tui et Domini Iesu Christi et Paracleti consolatoris nostri Spiritus Sancti 2 Haec nomina non
recedebant de ore eorum , sed tenus sono et strepitu linguae; ceterum cor inane veri”.
8
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5
John Kevin Coyle, De natura Boni, en: Fitzgerald, A., Agostinho através dos tempos, San
Pablo, Paulus, 2019, p. 690.
6
De natura boni, 1: “ac per hoc incommutabile bonum est, ideo vere aeternum et vere
immortale. Caetera omnia bona non nisi ab illo sunt sed non de illo. De illo enim quod est,
hoc quod ipse est; ab illo autem quae facta sunt, non sunt quod ipse”.
7
Coyle, ob. cit., p. 690.
8
De natura boni, 1: “Quia ergo bona omnia, sive magna, sive parva, per quoslibet rerum
gradus, non possunt esse nisi a Deo, omnis autem natura in quantum natura est, bonum est;
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omnis natura non potest esse nisi a summo et vero Deo: quia omnia etiam non summa bona,
sed propinqua summo bono, et rursus omnia etiam novissima bona, quae longe sunt a summo
bono, non possunt esse nisi ab ipso summo bono”.
9
De natura boni, 2: “Propter eos autem, qui cum intellegere non possunt omnem naturam, id
est, omnem spiritum et omne corpus naturaliter bonum esse, moventur spiritus iniquitate et
corporis mortalitate, et ob hoc aliam naturam maligni spiritus et mortalis corporis, quam Deus
non fecerit, conantur inducere”.
10
Cf. Fitzgerald, A., Agostinho através dos tempos, San Pablo, Paulus, 2019, p.60.
11
De natura boni, 48; “praesta nobis, dona nobis, ut per nostrum ministerium, quo
exsecrabilem et nimis horribilem hunc errorem redargui voluisti, sicut iam multi liberati sunt,
et alii liberentur, et sive per sacramentum sancti Baptismi tui”.
12
De natura boni, 48: “O magna patientia tua, Domine misericors et miserator, longanimis et
multum misericors, et verax”.
10
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Agostinho daria o tom afinadíssimo à sua refutação, à contestação das teses dos
seus adversários. Especialmente vale transcrever o argumento basilar, no qual ele se
apoia para demonstrar que Deus é o Sumo Bem e que, se todas as criaturas d’Ele
provém, todas as criaturas são boas - mas não são igualmente boas pois há, em todas
distinções concernentes ao modo à espécie, à ordem que as tornam mais ou menos
boas. Não há qualquer criatura que seja má: “toda e qualquer natureza é boa” 13 ,
declara Agostinho.
13
De natura boni, 3: “Et rursus ubi haec tria magna sunt, magnae naturae sunt; ubi parva sunt,
parvae naturae sunt; ubi nulla sunt, nulla natura est. Omnis ergo natura bona est”.
11
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Ora, é fácil perceber que em todas as coisas desse nosso mundo, criaturas
humanas e não humanas, estão dispostas em graus superiores ou inferiores,
conforme sua natureza. Não há nenhum ser que não tenha essa composição triádica e
daí procede a conclusão que Agostinho apresentará: onde não existe nenhum modo,
espécie ou ordem, não haverá natureza alguma, nem boa, nem má. Estaria aí já
refutado o argumento maniqueísta, pois “todas as coisas são tanto melhores quanto
mais moderadas, especiosas e ordenadas. E tanto menos bens enceram quanto menos
são moderadas, especiosas e ordenadas”. Eis a passagem:
“Todas as coisas são tanto melhores quanto mais são moderadas, especiosas e
ordenadas, e tanto menos bem encerram quanto menos são moderadas,
especiosas e ordenadas [...] essas três coisas, repito: o modo, a espécie e a
ordem, são três bens gerais que se encontram em todas as coisas criadas por
Deus, tanto as espirituais quanto as corporais”14 .
14
De natura boni, 3: “Omnia enim quanto magis moderata, speciosa, ordinata sunt, tanto
magis utique bona sunt; quanto autem minus moderata, minus speciosa, minus ordinata sunt,
minus bona sunt”.
15
De natura boni, 3: “Et rursus ubi haec tria magna sunt, magnae naturae sunt; ubi parva sunt,
parvae naturae sunt; ubi nulla sunt, nulla natura est. Omnis ergo natura bona est”.
12
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“Eu confesso que ignoro por que foram criados os ratos e as rãs ou as moscas
ou os vermes, mas percebo que todas as coisas são belas no seu gênero,
embora, devido a nossos pecados, muitas coisas nos pareçam adversas [...]
Com efeito, esses palradores e ignorantes não nos aborreceriam tanto, se
elevassem a Deus criador seus louvores em todas as partes, ao observarem
todas as belezas, tanto as sublimes como as ínfimas”16.
Posta assim a realidade das criaturas, demonstrada sua bondade ontológica, ainda
permanece a pergunta. Se todas as criaturas são boas, de onde vem o mal?
Responderia Agostinho, o mal resulta da corrupção do modo, da espécie e da ordem.
No capítulo 4 está a explicação: “A natureza má é, portanto, a que está corrompida,
16
De Gen. contra man., I, 16, 26: “Ego vero fateor me nescire mures et ranae quare creatae
sint, aut muscae aut vermiculi: video tamen omnia in suo genere pulchra esse, quamvis
propter peccata nostra multa nobis videantur adversa [...] Sic fortasse uberiorem capies
fructum, cum Deum laudas in humilitate formicae, quam cum transis fluvium in alicuius
iumenti altitudine”.
13
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porque a que não está corrompida é boa” 17 . Sabemos, claro, que se a natureza
incorruptível é o sumo bem, todas as outras naturezas seriam bem relativos e,
portanto, sujeitas à corrupção. É o que diz Agostinho no capítulo 6: “A natureza
incorruptível é o Sumo Bem; a corruptível é um bem relativo” 18. E é por essa razão
que devemos perguntar antes pela natureza da criatura, seu modo, sua ordem e sua
espécie, antes de perguntar de onde vem o mal. Agostinho parece nos convidar a
perceber a realidade à nossa volta, os graus de ordem e de bondade que, em seu
conjunto, é boa, relativamente boa. O mal é essa de-formação, uma certa desordem,
uma exagerada desmedida e muitas vezes, é nosso olhar enviesado, endereçado aos
nossos interesses particulares, deixamos de ver esse score de bondade, pois “ “as
coisas temporais aparecem e desaparecem para dar lugar a outras, e em seu gênero.
Isso é belo; e as coisas que perecem ou deixam de ser não turvam nem perturbam o
modo, a espécie e a ordem do conjunto das criaturas”19. A obra do artista do artista
italiano G. Arcimboldo (1527-1593) ilustra perfeitamente esse nascer e perecer das
criaturas, do qual resulta a mais bela harmonia. Nela estão em perfeita disposição
um elefante, um coelho, um tigre, um leão, um canguru, uma raposa e outras boas
criaturas que, em sua modo, espécie e ordem, cada qual a seu modo, expressam a
natureza do bem.
17
De natura boni, 4: “Proinde cum quaeritur unde sit malum, prius quaerendum est quid sit
malum; quod nihil aliud est quam corruptio vel modi, vel speciei, vel ordinis naturalis. Mala
itaque natura dicitur quae corrupta est: nam incorrupta utique bona est. Sed etiam ipsa
corrupta, in quantum natura est, bona est; in quantum corrupta est, mala est”.
18
De natura boni, 6: “Corruptio autem si omnem modum, omnem speciem, omnem ordinem
rebus corruptibilibus auferat, nulla natura remanebit. Ac per hoc omnis natura quae corrumpi
non potest summum bonum est, sicut Deus est. Omnis autem natura quae corrumpi potest,
etiam ipsa aliquod bonum est: non enim posset ei nocere corruptio nisi adimendo et minuendo
quod bonum est”.
19
De natura boni 8: “Fit autem decedentibus et succedentibus rebus temporalis quaedam in
suo genere pulchritudo, ut nec ipsa quae moriuntur, vel quod erant esse desinunt, turpent aut
turbent modum et speciem et ordinem universae creaturae: sicut sermo bene compositus
utique pulcher est, quamvis in eo syllabae atque omnes soni tamquam nascendo et moriendo
transcurrant”.
14
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Disponível em:
http://artenarede.com.br/blog/index.php/arcimboldo-de-frutas-a-legumes-de-elementos-a-estacoes/
20
De natura boni, 12: “Haec omnia tam perspicua, tam certa, si vellent advertere, qui aliam
naturam inducunt, quam non fecit Deus; non tantis blasphemiis implerentur, ut et in summo
malo tanta bona ponerent, et in Deo tanta mala. Sufficit enim, ut supra dixi, ad eorum
correctionem, si velint attendere, quod eos etiam invitos cogit veritas confiteri, omnia prorsus
bona non esse nisi a Deo. Non ergo ab alio sunt magna bona, et ab alio parva bona: sed et
magna et parva bona non sunt nisi a summo bono, quod Deus est”.
15
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Sim, “non ergo mala est, in quantum natura est, ulla natura” afirmaria
Agostinho no capitulo 17, e com tamanha ênfase que os argumentos dos maniqueus
caem por terra, porque não há nenhuma natureza má, nem mesmo a matéria (hyle)
como os antigos chamavam a matéria e Aristóteles (384-322ac) definiu como sendo
o substrato que acolhe a forma21. No capítulo 18 Agostinho relembra, de certa
forma, o que os antigos já haviam definido: “Mas chamo eu hyle certa matéria
absolutamente informe e sem qualidade alguma a partir da qual se formam todas as
qualidades que percebemos pelos nossos sentidos, como sustentaram os antigos
filósofos”22.
Mais uma vez, e a título de exemplo, na obra do artista brasileiro Nelson Leimer
(1932-2020) está inscrita, com arte, essa leitura agostiniana. A obra em questão é
21
Cf. Aristóteles, Metafísica Z, 3 1029)
22
De natura boni, 18: “Sed hylen dico quamdam penitus informem et sine qualitate materiem,
unde istae quas sentimus qualitates formantur, ut antiqui dixerunt”.
16
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‘apenas’ um tronco de madeira do qual se extrai uma forma perfeita, no caso de uma
cadeira.
“Quando, pois, se diz, às vezes, que um modo, uma espécie e uma ordem são
maus, ou é porque são inferiores ao que deveriam ser, ou porque não se
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Parece claro que não se trata de um julgamento moral mas de uma compreensão
metafísica sobre a des-ordem, sobre o que violenta ‘a ordem das coisas’24: É o seu
argumento, ainda no mesmo capítulo 23:
“Assim se diz de alguém que não agiu de modo bom, ou porque fez menos do
que devia fazer, ou porque fez o que nesse caso não devia fazer, ou porque
fez mais do que convinha fazer, ou seja, inconvenientemente, de maneira que
o que se censura como mal feito não se censura, em verdade, senão porque
não se observou o modo devido”25.
Nesse sentido, é que fica demonstrado em bem respondido aos maniqueus que
nenhuma criatura que vinda de Deus é má. Esse mesmo argumento será repetido no
capítulo 36, como se pode ler: “nenhuma criatura de Deus é má, e o mal consiste em
fazer mau uso dela26.
23
De natura boni, 23: “Malus ergo modus, vel mala species, vel malus ordo, aut ideo dicuntur
quia minora sunt quam esse debuerunt, aut quia non his rebus accommodantur quibus
accommodanda sunt; ut ideo dicantur mala quia sunt aliena et incongrua, tamquam si dicatur
aliquis non bono modo egisse quia minus egit quam debuit, aut quia ita egit sicut in re tali non
debuit, vel amplius quam oportebat, vel non convenienter: ut hoc ipsum quod reprehenditur,
malo modo actum non ob aliud iuste reprehendatur, nisi quia non est ibi servatus modus”.
24
Esse é um tema caro a Agostinho. Especialmente vale conferir o diálogo De ordine.
25
De natura boni, 23: “Similiter et ordo tunc malus dicitur, cum minus ipse ordo servatur:
unde non ibi ordo sed potius inordinatio mala est, cum aut minus ordinatum est quam debuit,
aut non sicut debuit. Tamen ubi aliquis modus, aliqua species, aliquis ordo est, aliquod bonum
et aliqua natura est. Ubi autem nullus modus, nulla species, nullus ordo est, nullum bonum,
nulla natura est”.
26
De natura boni, 36: “Malum est enim male uti bono”.
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torpezas atribuídas com justiça aos maniqueus’ (45) e ‘nefanda doutrina da carta
chamada Fundamento (46 e 47).
Aí está, em Agostinho não poderia outa a conclusão, senão aquela que em que se
distingue entre bens que devem ser amados e bens que não devem ser amados, entre
o que se deve amar mais e o que se deve amar menos.
Portanto, nesse breve tratado, com endereçamento próprio, a pergunta ‘de onde
vem o mal, fica respondida. Em Deus não há mal, o mal não vem de Deus. Todos os
males só podem vir de desproporcionalidades de nossas escolhas, de desordens
provocadas pelas criaturas humanas que, sabemos, insistem no apego aos bens
menores, muito menores. Para que não haja dúvidas olhemos por uns instantes a
imagem abaixo. Trata-se de uma imagem do nosso século XX: estão aí expostos os
milhares de pares de sapatos dos mortos no holocausto e, nessa desordem,
simbolizam o grave pecado da humanidade, quando prefere o menos ao mais,
quando escolhe o seu bem particular contra o bem comum. Esta pilha de pares de
sapatos desencontrados é a desordem materializada, a demonstrar que as criaturas
humanas podem escolher, por sua livre decisão, o pior, e o pior para todos. A
esperança é que nós, aprendendo com Agostinho em seu De natura boni, possamos
encontrar para cada pé o seu par e assim caminhar uns contra os outros e não contra
os outros, e perseverar no bem.
27
De natura boni, 48: “... si ad tuam ineffabilem bonitatem saltem increpati tuis
correptionibus fugiant, et omnibus carnalis vitae illecebris coelestem vitam aeternamque
praeponant”.
19
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Recibido 15/10/2020
Aceptado 01/12/2020
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Introducción
Decir que la belleza y la fealdad son conceptos relacionados con las épocas y con las culturas
(o incluso con los planetas) no significa que no se haya intentado siempre definirlos en
relación con un modelo estable. Se podría incluso sugerir, como hizo Nietzsche en el
Crepúsculo de los ídolos que <en lo bello el hombre se pone a sí mismo como medida de la
perfección> y se <adora en ello… El hombre en el fondo se mira en el espejo de las cosas,
considera bello todo aquello que le devuelve su imagen… Lo feo se entiende como señal y
síntoma de degeneración…. Todo indicio de agotamiento, de pesadez, de senilidad, de fatiga,
toda especie de falta de libertad, en forma de convulsión o parálisis, sobre todo el olor, el
color, la forma de la disolución, de la descomposición… todo esto provoca una reacción
idéntica, el juicio de valor “feo”… ¿A quién odia aquí el hombre? No hay duda: odia la
decadencia de su tipo> 1.
Estas palabras, del semiólogo y teórico de la cultura italiano Umberto Eco, son
un buen abrebocas para el tema que nos convoca, a saber, la estética medieval; éste
es un asunto que trasiega entre lo feo y lo bello, lo grotesco y lo liminal, lo
decadente y lo ascendente, lo oscuro y lo claro. Como una suerte de dualismo no
dual, sino integrador. Una forma de vivir lo experiencial como sentimiento de
voluntades que se contraponen, pero que se extasían por lo numinoso y lo tenebroso,
parafraseando al fenomenólogo de las religiones, Rudolf Otto.
Ahora bien, la estética medieval, como bien lo define Gonzalo Soto, se aprecia a
través de varios momentos: el arte (románico y gótico), el simbolismo y el
teratomorfismo y, de manera filosófica, por los autores que reflexionan sobre la
belleza, en particular, Tomás de Aquino y Marsilio Ficino.
1
Umberto Eco, Historia de la fealdad, Barcelona, De Bolsillo, 2018, p. 15.
27
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apuesta por lo belleza de los ornamentos, entre los que destacan plásticamente la
suntuosidad de los vasos sagrados, de los cálices, y el uso de las joyas que
acompañan todo el ritual para la liturgia, empleados tanto en los grandes
monasterios como, y de manera muy especial, en las portentosa catedrales de
dimensiones bastas.
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“Una sociedad como la medieval, untada en todos sus poros por lo divino,
hace de lo sobrenatural una de sus mentalidades colectivas más significativas.
Para ello, el arte le sirve de vehículo. Y dentro del arte, las imágenes”2.
Así, estas imágenes son las que refieren a las formas de la naturaleza. Cuando
Soto nos dice, por ejemplo, que
2
Gonzalo Soto Posada, “La estética medieval”, en Diez aproximaciones al Medioevo,
Medellín, UPB, 1998, p. 147.
3
Ibíd.
29
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4
Ibíd., p. 148.
30
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De ahí que su final sea trágico: es quemado en la hoguera como hereje, por ser
transgresor, brujo, bastardo…, en una palabra, demonio. La campesina, en cambio,
que bien retrata Eco con características de bella mujer, tras un ropaje humilde y una
suciedad natural, responde a otra clase de imagen teratomórfica, la de la transgresión
de la belleza por la pobreza, la de la carencia y la desnudez. A su vez, se constituye
en la imagen de una tentadora Eva, pero, al mismo tiempo, se convierte en una
salvadora (María), ya que sobrevive a la muerte y puede, según pareciera en el relato
narrado por el semiólogo italiano, seguir viviendo del recuerdo de su amante monje6.
5
Soto Posada, “El nombre de la Rosa y el Mundo Medieval”, ob. cit. p. 110.
6
Cf. Umberto Eco, El nombre de la Rosa, Barcelona, Lumen, 1998.
7
Dante Alighieri, La Divina Comedia, Buenos Aires, Centro Cultural Latium, 1922, p. 58
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“El Uno, el Dos y el Tres, que siempre vive, y reina siempre en Tres, en Dos
y en Uno, no circunscrito, y todo circunscribe, ensalzó por tres veces, cada
uno de los seres, con tanta melodía, que, a gran virtud, sería justo muño. Y
escuché, que la luz de mayor día del círculo menor, con voz modesta, tal vez
cual la del ángel de María, responder: Cuanto dure la gran fiesta del paraíso,
en nuestro amor ardiente, tendremos esa luz por sobrevesta”9.
8
Ibíd., p. 277.
9
Ibíd., p. 484.
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Todavía hoy son muchas las personas que, víctimas de la imagen convencional de las <edades
oscuras>, se imaginan la Edad Media como una época <oscura> incluso desde el punto de
vista del color. En esta época, la noche se vive en ambientes poco luminosos: en cabañas
alumbradas a lo sumo por el fuego del hogar, en las estancias amplísimas de castillos
iluminados por antorchas o en la celda de un monje o la débil luz de un candil, y oscuras
(además de inseguras) eran las calles de los pueblos y las ciudades. No obstante, esta es una
característica propia también del Renacimiento, del Barroco y más –tarde aún– del período que
se prolonga al menos hasta el descubrimiento de la electricidad 10.
10
Umberto Eco, Historia de la Belleza, Barcelona, De Bolsillo, 2017, p. 99.
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Para el caso del ejemplo que hemos citado, podemos ver que la figura empleada
por Hildegarda no se limita únicamente a prefigurar el sentido de lo maternal
universal, expresado plásticamente por la representación del huevo cósmico, sino
que apela a las realidades místico-teológicas que le inquietaban y por medio de las
cuales alimentaba su propia concepción de lo divino y lo místico, a saber, el
horizonte unitivo de lo sagrado expresado en simbolizaciones conjuntas.
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halo negro que separa el conjunto de estrellas, de las cuales destaca el sol amarillo y
la luna sombreada, en la que, a la vez, se halla, a manera de nicho azul
aterciopelado, un pequeño orificio del cual asoma, discretamente, un pequeño dedo
de igual color, podemos entrever dichas relaciones situacionales de los diferentes
órdenes señalados.
Por una parte, encontramos que el halo negro indica el símbolo de separación
mistérica en que se gravita el mundo natural, pero en el que irrumpe, de manera muy
tierna, la intervención divina, simbolizada por el aterciopelado dedo azul. La aureola
dorada, de entrada, nos indica, con sus figuras puntiagudas, el sentido purificador
que implica el adentrarse por las realidades espirituales, pero, a la vez, nos ayuda a
situar la lugarización de la realidad divina que se empareja con la terrenal,
simbolizada por el cielo, las estrellas, el sol y la luna; la tierra, curiosamente, está
plena de divinidad, pero no a manera de quien lo invade todo, sino, más bien,
simulando un tierno dedito cual si fuera el toque enternecedor de Dios.
Más adelante, con pensadores como Giordano Bruno y Marsilio Ficino, por
ejemplo, las imágenes simbólicas se barruntarán de un poder inusual, pero
imprescindible para captar la capacidad de la imaginación sagrada, poética,
argumentativa y espiritual que les permitirá dominar los diversos idiomas y/o
lenguajes de sus realidades, propias del ámbito teológico, mítico, místico, artístico,
filosófico y científico.
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Nos advierte Ernst Cassirer que, en el plano de las imágenes, éstas desde el
estado de conciencia mítica alcanza un estatus de la realidad sustancial, por lo que
forma parte del mundo de las cosas; así, por ejemplo, de acuerdo con Cassirer,
debido al cambio de la conciencia mítica a la conciencia religiosa se experimentó
una oscilación: del cuestionamiento sobre la verdad de la imagen se pasó a la
indagación sobre la existencia de lo reflejado en la imagen 11.
Aun así, la imaginación simbólica, en tanto realidad liminal que, para el caso,
expresa el sentido de la estética liminal, atiende al complejo sistema de valencias
mítico-sagradas, donde la ambigüedad y la polisemia puede acercar al mundo
sensible-inteligible la realidad liminal de las imágenes simbólicas; al respecto,
siempre debemos tener presente que:
Noción crucial que reverbera en las múltiples expresiones plásticas de todos los
tiempos, pero especialmente del medioevo y del renacimiento, como hemos querido
constatar aquí a través del sentido de la realidad liminal de la estética medieval,
donde el símbolo –y sus imágenes– corresponden a un trasunto místico
neoplatónico, cuyo origen es más religioso y que, al pertenecer al ámbito
comunicativo, es –como Gombrich bien lo explica en su estudio sobre el símbolo–
expresión de algo inefable y que nunca puede definirse por completo13.
11
Ernst Cassirer, Filosofía de las formas simbólicas. II. El pensamiento mítico, México,
Fondo de Cultura Económica, 1971, pp. 318-319.
12
Mircea Eliade, Imágenes y símbolos, Madrid, Taurus, 1999, p. 187.
13
Ernst Hans J. Gombrich, Imágenes simbólicas. Estudios sobre el arte del Renacimiento, 2,
Madrid, Debate, 2001, p. 177.
37
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realidad que emana del ámbito de la imaginación sagrada, donde las ideas se tornan
en símbolos comprensibles para la intuición, al igual que lo que es percibido por los
sentidos es transfigurado por la realidad simbólica que informa el espíritu humano;
de ahí que Durand sintetice la noción de símbolo como aquellos signos concretos
capaces de evocar algo ausente o imposible de percibir14.
4. A manera de conclusión
A través del siguiente esquema, veremos dicho sentido relacional que expresa el
modo o la trabazón en que se halla inserta la realidad del sentido de la estética
liminal medieval, vista hasta el momento:
Este término latino, por su vocación de doble campo, en tanto que requiere de
una interpretación de la realidad intermedia, consigue la idea de disponer de una
14
Gilbert Durand, La imaginación simbólica, Buenos Aires, Amorrortu Editores, 1971, p. 12.
15
Para un mayor estudio sobre este concepto, recomendamos abordar algunos de los
textos del filósofo español, Eugenio Trías, entre los cuales destacamos: Lógica del límite,
Barcelona, Destino, 1991; Pensar la religión, Barcelona, Destino, 1997; La Edad del
Espíritu, Barcelona, De Bolsillo, 2006; “Los límites del mundo (1985)”, Creaciones
filosóficas II, Barcelona, Galaxia de Gutenberg / Círculo de Lectores, 2009.
38
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percepción allende la realidad natural, debido a que consigue evitar los límites
conceptuales adscritos al campo semántico de lo trascendente-inmanente o, en
concreto, de lo místico-bello o lo divino-terrenal.
Aquí, de manera muy sucinta, hemos tenido presente que la configuración de una
estética liminal, dentro del mundo medieval, no es más que el momento perceptivo
de una antropología de los sentidos, pero extrapolada en su doble dimensión
sensible-inteligible.
Recibido 27/09/2020
Aceptado 01/12/2020
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
Introducción
1
El Corán. trad. y prol. Raúl González Bórnez, Madrid, Miraguano, 2009.
2
Josep I. Saranyana, “Posibilidad y necesidad en Avicena”, Anales del seminario de historia
de la filosofía, 5, 1985, pp. 239-248, aquí p. 240.
3
Rafael Ramón Guerrero, “Neoplatonismo árabe. Al-Farabí y su lectura de Aristóteles”,
URL: https://www.academia.edu/7128105/. pp. 4 y 5.
4
Cf. Avicena, Sobre Metafísica (Antología), Miguel Cruz Hernández (trad.), Revista de
Occidente, 2, 1950.
47
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Novedades que serán luego consideradas por S. Tomás, sea para desestimarlas o
sea para asumirlas y desarrollarlas, pero que, de cualquier modo, aparecen como un
eslabón necesario entre las fuentes aristotélicas y neoplatónicas y Tomás de Aquino,
al mismo tiempo que dejan de manifiesto su profundo conocimiento del
pensamiento de Avicena.
48
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hace necesario, dándole existencia, a aquello que por su esencia es sólo posible,
influye en la versión aviceniana de la creación”5.
Avicena define, entonces, la noción de ‘causa’ diciendo que se llama tal a “toda
esencia de cuyo ser procede el ser en acto de otra esencia” (8), mientras que lo
‘causado’ “es toda esencia cuya existencia se debe al ser de otra”, explicando que la
esencia “tiene la posibilidad [de existir] en sí misma”, y ello “sin condición”; pero
que “tiene en sí misma, bajo condición de la causa, la obligatoriedad [de la exis-
tencia]”, así como “tiene en sí misma, bajo condición de no haber causa, la
imposibilidad”6.
Sostiene, igualmente, que “se llama a algo primero en causalidad en tanto que la
causa merece ser antes que lo causado; pero uno y otro, en tanto que son dos
esencias, no postulan propiamente ni la prioridad ni la posteridad ni la
simultaneidad”, pero que, “en tanto que son correlativos, la causa y el efecto existen
al mismo tiempo” (8), y que si bien la necesidad de la ‘simultaneidad’ de la causa y
su efecto no es necesaria ‘en la causalidad física’, en la ‘dimensión metafísica’ el
efecto “necesita perpetuamente de lo que le hace ser mientras que exista” (19h)7,
pero afirmando que “en tanto que la (causa) primera posee su ser sin haberlo
adquirido de otro y este otro tiene el ser solamente por haberlo adquirido de la
primera, ésta tiene prioridad sobre el segundo”(8), dado que “la realidad de lo que es
en acto precede a la realidad de la potencia de un modo esencial”8.
5
Josep Puig Montada, “Necesidad y posibilidad, Avicena y Averroes”, María Jesús Soto
Bruna (ed.), Metafísica y antropología en el siglo XII, Navarra, EUNSA, 2005, p. 96.
6
Avicena, El Libro de las definiciones, Jaime Coullaut Cordero y Ángel Poncela González
(intr. y trads.), Revista Española de Filosofía Medieval, 20, 2013, pp. 195-205, aquí p. 204.
7
Véase también Avicena, Sobre Metafísica..., 19 y 20b.
8
Avicena, Sobre Metafísica...,15h. Véase también Olga Lizzini, “Causality as relation.
Avicenna (and al-Ghazali)”, Quaestio, 13, 2013, pp. 79-109.
49
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Respecto a ellas enseña Avicena que “los cuerpos tienen diversos principios,
distinguiéndose los que tienen en tanto generables y corruptibles, o mejor, mutables,
de los que tienen como tales cuerpos”, “de estos últimos, dice, resulta la corporeidad
y son los más dignos de ser llamados principios” (12d), el primero se llama, según el
puntos de vista, materia prima, sujeto, materia segunda, elemento receptáculo o
elemento parte” (cf. 9); y el segundo, forma, que también “se dice en diversos
sentidos, según se la considere como especie o como la esencia de toda cosa” (10).
9
Cf. Julio Castello Dubra, “Tomás de Aquino contra Avicena: el origen de las formas y la
subsistencia de la substancia singular”, Patristica et Mediaevalia, 29, 2008. p. 34 y ss.
10
Francisco O’ Reilly, “La causa essendi como verdadera causa metafísica en el Avicenna
Latinus”, Patrstica el Mediaevalia, 32, 2011, pp. 87-98, aquí p. 93.
11
Avicena, Sobre metafísica..., 4d.Ver también 11b.
12
O’ Reilly, ob. cit., p. 93. Véase también Avicena, Sobre metafísica..., 11b.
50
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existe separada de la materia (cf. 11a), sosteniendo, empero, que mientras la forma
actualiza y perfecciona a la materia, esta “tiene también una influencia sobre el ser
de la forma al determinarla e individualizarla”, y sólo en este sentido puede decirse
que “cada una de ellas es de algún modo la causa de la otra” (11e) 13 , pero
atribuyendo a la forma una posición privilegiada en lo que se refiere a la
sustancialidad14. Por otra parte, señala que ni la materia es la causa de la forma ni “la
forma puede ser causa eficiente de la materia”, sino que es preciso, que la forma sea
“un instrumento, un intermediario, para que otro agente haga subsistir a la materia
por medio de ella”, y que “existe una causa cualquiera externa a ambas que es la que
hace subsistir a cada una de ellas junto con la otra y por la otra”15, pasando de este
modo a un nivel distinto y superior de causalidad.
Y en fin, que “en tanto que su forma varía, aquello cuya forma desaparece se
corrompe y aquello cuya forma se constituye es engendrado. Y solamente cuando
son engendrados poseen propiamente esta forma que por una preparación especial
les es conferida” (11b), y “las cosas elementales, en tanto que son generales y
corruptibles, existen por una razón de generación” (20a), mientras que “la creación
es un más alto grado que la producción por generación y que la producción
temporal” (20d).
Las causas extrínsecas, por su parte, son la Causa final, y la Causa Agente:
2.1. La Causa Final, “es causa en tanto que es aquello en vistas a lo cual se
adquiere el ser de la cosa”16, y Avicena la entiende asociada a la noción de acto ya
que, dice, “el acto tiene una supremacía sobre la potencia por la perfección y por el
fin, pues la potencia es un defecto y el acto una perfección” (15h), y como el “Ser
13
Ver Rafael Ramón Guerrero, “De nuevo sobre la ‘izquierda aristotélica’. Materia y
posibilidad en el Al-Farabí y en Avicena”, Logos. Anales del Seminario de Metafísica, 1 (n.
extra), 1992, pp. 965-986, aquí p. 968. Véase también Antonio Pérez-Estévez, “La materia en
Avicena”, Revista de filosofía, 29, n. 2, 1998, pp. 55-76, aquí p. 57.
14
Cf. Avicena, Sobre metafísica…, 11e.
15
Ibíd., 11d.
16
Citado por O’ Reilly, ob. cit., p. 93.
51
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Necesario por esencia es Bien Puro y Perfección Pura”, por ello a él “tiende toda
cosa y (es) aquello por lo cual se completa su ser” (18h).
17
Véase también Julio Castello Dubra, “Apuntes para una historia de la noción de causa
eficiente: de Aristóteles a Tomás de Aquino”, Jornadas de Filosofía Patrística y Medieval:
“Cristianismo y helenismo en la filosofía tardo-antigua y medieval”, 2007. Facultad de
Humanidades y Artes, Universidad Nacional de Rosario.
18
O’ Reilly, ob. cit., p. 95. Véase también, por ejemplo, Avicena, Sobre metafísica..., 22.
19
Ibíd. p. 96, nota 30.
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En efecto, Tomás, aunque desde su comprensión del ‘ser’ como acto, y de Dios
como ‘puro Acto de Ser’, llevará hasta sus últimas consecuencias la distinción de
estos dos órdenes, afirmando que, “por encima del modo de devenir en que algo se
hace por el cambio de la forma en la materia, hay que presuponer otro origen de las
cosas, consistente en que el ser es comunicado a todas las cosas del universo por
obra del ente primero, el que es su propio ser”20, sin que puedan presuponerse ni
formas emanadas ni materia alguna21, cuestión que además, influirá, necesariamente,
en el modo de comprender la relación entre la causa primera y las causas segundas,
según se verá más adelante.
Avicena concibe la naturaleza metafísica de Dios como el Ser Necesario, esto es,
aquel “que sería contradictorio suponer como no existente”22, es el Ser per se23, “el
Ser que no tiene en su esencia, de modo alguno ni en ningún aspecto, otra cosa que
el ser” (4d), siendo “inadmisible que tenga un principio bajo ningún aspecto ni una
causa” (21d); y que, a su vez, es Creador, porque “su Esencia es per se irradiante” y
“su irradiación es causa de toda existencia” (21c). Ser Necesario que, además, es
comprendido ahora como Inteligencia y Voluntad, sin que ello implique “la menor
multiplicidad en la realidad de su esencia” (18l), lo cual supone igualmente una
novedad, tanto respecto al pensamiento de Aristóteles como a la tradición
neoplatónica24 , atributos directamente relacionados con la doctrina de la causalidad,
anticipando el pensamiento de Tomás acerca de esta cuestión.
1.1. En cuanto a la Inteligencia, dirá Avicena que “la Verdad Primera tiene
solamente por acto primero y esencial el conocer su esencia, que es por sí sola
principio del orden del bien en el Ser”, conociendo, al mismo tiempo, “cómo es
20
S. Tomás, Suma Teológica, Madrid, BAC, 1957, I, q. 45, a. 8, ad 4.
21
Cf. ibíd., I, q. 45, a. 5.
22
Cf. Avicena, Sobre Metafísica…, 14
23
Cf. ibíd., 3a. Véase también ibíd., 18a y 16a.
24
Cf. Julio Castello Dubra, “Necessidade e contingência do efeito da causa primeira: uma
comparação entre Tomás de Aquino e Avicena”, Doispontos, 7, 2010, pp. 69 - 94, aquí pp. 77
y 78.
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posible este orden y cómo podrá ser del mejor modo posible”, y que “el ser del todo
se actualiza según las exigencias de lo comprendido por ella” (21d), es decir que, al
conocerse a sí mismo, conoce necesariamente lo que necesariamente procede de él 25,
con Tomás, en cambio, “la naturaleza deja de ser considerada un mero reflejo
inferior de la inefable esencia divina”26.
También Tomás sostendrá que “es manifiesto que las cosas naturales tienen
formas determinadas”, y que “esta determinación de las formas es necesario
reducirla, como a su primer principio, a la sabiduría divina, que es quien ideó el
orden del universo” 30 , apareciendo así Avicena como un antecedente, aunque
remoto, de la comprensión tomasiana de Dios como ‘causa ejemplar’.
25
Cf. ibíd. p. 77. Véase Santiago Escobar Gómez, “El mejor de los mundos en la teología
racionalista musulmana clásica, Anales del seminario de historia de la filosofía, 22, 2005, pp.
57-64.
26
Ana María Carmen Minecan, “Determinismo, regularidad y contingencia: Tomás de
Aquino y la asimilación del aristotelismo en torno al orden autónomo de lo natural”, Filosofía
Unisinos – Unisinos Journal of Philosophy, 17, n. 3, 2016, pp. 291-301, aquí p. 300.
27
Alfonso García Marqués, “La polémica sobre el ser en el Avicena y Averroes latinos”,
Anuario filosófico, 20, n. 1, 1987, pp. 73-104, aquí p. 84.
28
J. Castello Dubra, “Necessidade e contingência…”, p. 78.
29
F. O’ Reilly, “La causa essendi…”, p. 93. Véase también p. 91.
30
S. Tomás, Suma Teológica I, q. 44, a. 3. Véase también ibíd. I, q.15, a. 1.
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1.2. Y, en lo que se refiere a la voluntad, sostiene Avicena que esta “no es por
esencia diferente de su Ciencia” (19f) 31 , de manera que el Ser Primero no solo
“conoce el modo de ser del orden del bien en el ser y sabe que procede de Él” sino
que, además, “él mismo es principio de su acción, que consiste en hacer existir a
todas las cosas” (18l) 32 , pero sin poder despojar a la voluntad divina del
necesitarismo que necesariamente la afecta (cf. 21b), algo que logrará Tomás al
partir de otros presupuestos metafísicos.
Por otra parte, esta Causa Primera, lo será también de la materia pues, tanto las
formas (cf. 19a) como la materia son el fruto de la contemplación que la Causa
Primera hace de su propia esencia (cf. 22c) porque, si bien “la materia no puede
prescindir para subsistir en acto de la compañía de la forma” (11d), “subsistía ya sin
ella”, aunque de modo puramente potencial, ella es “el término del proceso
creacionista que desciende degradándose a partir de la Causa Primera”33 recién, una
vez dispuesta por ‘los movimientos celestes’ 34 y “recibe la forma que procede del
Donador de formas” (22e), que es quien la actualiza (cf. 9a). Tomás coincidirá con
Avicena en atribuir un origen a la materia diciendo que “es necesario admitir que
también la materia ha sido creada por la causa universal de los seres” 35 , pero, a
diferencia suya dirá que ella “no puede ser creada sin alguna forma” ya que “es
necesario que también sea creada la parte potencial al crearse todo lo que pertenece
a su ser”36.
Por último, como se anticipó más arriba, Avicena se planteará la pregunta sobre
la causa de la ‘existencia’ de los entes, afirmando que “es El quien da la existencia a
todos los seres, haciéndola desbordar sobre todas las esencias por su liberalidad”
(4d)37, y que “pertenece a su esencia que toda existencia proceda de ella” (19b),
atributo que proviene de “algo que las sobrepasa y procede de un principio. Así
sucede con el don del ser” (4c), en efecto, El “conoce a su esencia como principio
31
Cf. ibíd., I, q.19, a. 1.
32
Cf. Avicena, Sobre Metafísica…, 19a. Cf. J. Castello Dubra, “Necessidade e
contingência…”, p. 78.
33
A. Pérez-Estévez, ob. cit., p. 56.
34
Véase Avicena, Sobre Metafísica..., 23d.
35
S. Tomás, Suma Teológica I, q. 44, a. 3.
36
Ibíd., I, q. 44, a. 2, ad 3.
37
Véase, entre otros, Avicena, Sobre metafísica…, 16a, 18l, 20d y 21c.
55
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del flujo del ser de todo inteligible, en tanto que es inteligible causado, del mismo
modo que es principio del flujo de todo ser en tanto que ser causado” (19c),
existencia que Avicena, siguiendo a Aristóteles, entiende como la actualización de
una posibilidad (cf. 8) diciendo, “todo lo que comienza a ser antes de existir ha sido
posible, ya que su posibilidad ha podido ser actualizada” (20c), pues “toda la razón
de entidad está en la esencia, mientras que la función del ser se ve reducida a un
simple momento real, como efectuación de un contenido ya completo; efectuación
que se ofrece a la experiencia en la esencia individual”38.
Dios es, pues, ‘causa eficiente’, y este ‘dar la existencia’ supone “un giro en el
planteamiento aristotélico, dirigiéndose hacia un neoplatonismo en el cual toda la
realidad resulta el efecto de una causa eficiente que se identifica con el Creador”,
giro que implica “reducir la causa eficiente en el hacerse (causa fiendi) al ámbito de
la física. Mientras que en la metafísica se nos presenta la causa eficiente del ser
(causa essendi)”39.
Pero, si bien por una parte, Avicena parece atribuir a las causas intermedias una
cierta capacidad de crear y, al respecto, dice Tomás, “opinaron algunos que, aunque
la creación sea acción propia de la causa universal, puede, no obstante, alguna de las
causas inferiores crear, en cuanto que obra por virtud de la causa primera”, y entre
estos menciona a Avicena, quien “enseñó que la primera sustancia separada, creada
38
S. Renzi, “La fondazione radicóle dell'essere possibile néll Avicenna latino”, Aquinas, 9,
1966, p. 297, citado por Alfonso García Marqués, ob. cit., p. 80.
39
O’ Reilly, ob. cit., p. 95.
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por Dios, crea después otra y la sustancia del orbe y el alma del mismo, y que la
sustancia del orbe crea la materia de los cuerpos inferiores” 40 , sin embargo, el
mismo Avicena parece restar autonomía y relevancia a las causas segundas
atribuyéndoles a estas “una función meramente subsidiaria: limitarse a preparar o
disponer la materia para la recepción de la forma”41.
Tomás, en cambio, afirmará que “entre todos los efectos el más universal es el
ser mismo; por lo cual es preciso que sea efecto propio de la causa primera y
universalísima, que es Dios”, de modo que “es manifiesto que la creación es acción
exclusiva de sólo Dios” y que, por lo tanto, “es imposible que el crear competa a
criatura alguna, ni por virtud propia ni por virtud instrumental o ministerial”42.
Más aún, dirá que “ninguna causa segunda puede producir algo que no
presuponga, en lo producido, algo causado por la causa superior”, pues “la creación
es la producción de algo en toda su sustancia sin presuponer nada increado” 43 ,
despojando de este modo al acto creador de la necesidad de una cadena de
mediaciones, lo cual, con todo, no impide que estas causas segundas tengan su
propia e indispensable función, “pues si no contribuyese en nada con su virtud
propia, la causa principal inútilmente usaría de ella y no sería preciso elegir
instrumentos determinados para determinadas acciones”44, por lo que “no resulta del
todo inútil que, junto a la voluntad de Dios, se busquen otras causas”45.
Distingue así el orden físico con su propia autonomía, esto es, el de “una
naturaleza capaz de funcionar –aunque no de llegar al ser– por sí misma gracias a un
conjunto de mecanismos internos”46 , y el orden metafísico o trascendente, donde
40
S. Tomás, Suma Teológica I, q. 45, a. 5.
41
Castello Dubra, “Tomás de Aquino contra Avicena...”, p. 34, donde explica también la
razón de esta aparente contradicción. Véase también Avicena, Sobre Metafísica…, 22e, 23d y
24f.
42
S. Tomás, Suma Teológica I, q. 45, a. 5.
43
Ibíd., I, q. 65, a. 3.
44
Ibíd., I, q. 45, a. 5.
45
Ibíd., I, q. 19, a. 5, ad 2.
46
A. M. Minecan, “Determinismo, regularidad y contingencia…”, p. 299.
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Conclusión
47
Cf. Julio Castello Dubra, “Causas primeras y causas segundas: Tomás de Aquino y la
autonomía del operar de la naturaleza”, XIIIer Congreso Nacional de Filosofía, 2005.
48
S. Tomás, Suma Teológica I, q. 45, a. 4 ad 2.
49
Ibíd., I, q. 8, a. 1.Véase también ibíd., I, q. 45, a. 4.
50
Ibíd., I, q. 44, a. 3.Véase también ibíd., I, q. 9, a. 1, ad 2.
51
Ibíd., I, q. 9, a. 1, ad 2.
52
Ibíd., I, q. 4, a. 3, ad 3.
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semejanza puede participarse de diversas maneras por los diversos seres” 53, siendo
así posible que de un ser único y simple derive una multitud de seres particulares. Y,
en lo referente a la voluntad, despojando a ésta de cualquier tipo de necesitarismo
pues, dice, todo acontece sólo “porque su voluntad y entendimiento lo
determinan”54.
Recibido 26/10/20
Aceptado 01/12/20
53
Ibíd., I, q. 44, a. 3.
54
Ibíd., I, q. 19, a. 4.
55
Castello Dubra, “Necessidade e contingência...”, p. 89.
56
Mauro Francisco Martini, “El problema de la causalidad segunda en Tomás de Aquino y su
apuesta epistemológica por la ciencia natural”, SYNESIS. Rev. digital del Centro de Estudios
de Epistemología y Filosofía de la Cultura, 1, n. 1, 2010, s/p. Véase también S. Tomás, Suma
Teológica I, q. 105, a. 5, ad 1.
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Contaba para ello con los aportes de “la filosofía de Aristóteles, las
especulaciones de al-Farabí, y el neoplatonismo”, pero, dada la novedad de la
cuestión, ello supuso, sin duda, un extraordinario esfuerzo de reflexión que le
permitió alcanzar un nuevo y más profundo nivel de comprensión, tanto de la
naturaleza metafísica de los entes creados, como de la naturaleza metafísica del Ser
Necesario y Causa Primera, en quien Avicena reconoce los atributos esenciales de
Inteligencia y voluntad, importantes novedades que será luego asumidas y
desarrolladas por S. Tomás. Pero, a su vez, este avance en la reflexión filosófica
supuso también el desafío de revisar la doctrina aristotélica de la causalidad, la cual
sufrirá importantes transformaciones, entre las que se destaca la posibilidad de
distinguir dos órdenes causales.
Procuraremos, finalmente, constatar los aportes que sobre esta cuestión hizo el
pensamiento de Avicena al de Tomás.
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Para isso ele teve as contribuições “da filosofia de Aristóteles, das especulações
de al-Farabí e do neoplatonismo”, mas, dada a novidade do assunto, foi necessário,
de sua parte, um extraordinário esforço de reflexão que lhe permitisse alcançar um
nível de entendimento novo e mais profundo, tanto da natureza metafísica das
entidades criadas, como da natureza metafísica do Ser Necessário e Primeira Causa,
em que Avicena reconhece os atributos essenciais da Inteligência e vontade,
novidades importantes que serão posteriormente assumidas e desenvolvidas de S.
Tomás. Mas, por sua vez, esse avanço na reflexão filosófica também colocou o
desafio de revisar a doutrina aristotélica da causalidade, que passará por importantes
transformações, entre as quais se destaca a possibilidade de distinguir duas ordens
causais.
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For this he had the contributions of “the philosophy of Aristotle, the speculations
of al-Farabí, and Neoplatonism” but, given the novelty of the matter, it was
necessary, on his part, an extraordinary effort of reflection that allowed him to reach
a new and deeper level of understanding, both of the metaphysical nature of created
entities, and of the metaphysical nature of the Necessary Being and First Cause, in
which Avicenna recognizes the essential attributes of Intelligence and will,
important novelties that will be later assumed and developed by S. Thomas. But, in
turn, this advance in philosophical reflection also posed the challenge of revising the
Aristotelian doctrine of causality, which will undergo important transformations,
among which the possibility of distinguishing two causal orders stands out.
Finally, we will try to verify the contributions that Avicenna's thought made to
that of Thomas on this issue.
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
1
De suis tentationibus, 32B. Libellus de suis tentationibus, varia fortuna et scriptis. En PL
146: 29A-58C. De suis tentationibus, varia fortuna et scriptis. Obra de Othloh, monje
benedictino del monasterio de San Emeramo de Ratisbona, Santiago A. Bazzano (trad.),
Estudio preliminar de Susana B. Violante, Zamora, Ediciones Monte Casino. 2007.
2
De suis tentationibus, 32A.
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Ernst Dümmler en “Über den Mönch Othloh von St. Emmeram” (1895)7, realiza
uno de los trabajos más completos de relación entre las obras de Otloh. Ahonda en
los datos históricos que permiten profundizar en el conocimiento de su época y en la
biografía del monje tomada de De suis tentationibus ‒porque no hay otra fuente‒, lo
valora bastamente y lo considera un defensor del humanismo y de las artes liberales
a las que dedicó profundos estudios. Dümmler es de los primeros en sostener las
diferencias con las Confesiones de Agustín de Hipona, aunque considera a la obra de
Otloh, una confesión. De hecho, Misch8 se ha basado en los detalles estimados por
Dümmler para su estudio. Realiza un análisis sobre el estilo de su escritura que le
permite considerar que las repeticiones en la obra de Otloh, robustecen la estructura
3
Sabine Gäbe, Otloh von St. Emmeram Liber de temptatione cuiusdam monachi,
Untersuchung, Bern. Peter Lang (ed.), 1999.
4
Helga Schauwecker, Otloh von St. Emmeram. Ein Beitrag zur Bildungs und
Frömmigkeitsgeschichte des 11. Jahrhunderts. München. Abadia St. Bonifazi. S/D.
5
Stefan Abt, “Othlon de Saint-Emmeram. Les confessions d’un moine du XIème. Siècle”,
Collectanea Theologica, 16, 1935. pp. 216-244.
6
El resto de la bibliografía estudiada se puede hallar en mi Tesis doctoral, Duda y dialéctica
en De suis tentationibus de Otloh de San Emeramo. http://www.tdx.cat/TDX-0322110-
092259/ - http://www.tesisenred.net/TDX - Edición Biblioteca Universitat de Barcelona.
7
Ernst Dümmler, “Über den Mönch Othloh von St. Emmeram”, Sitzungsberichte der
königlich Preussischen Akademie der Wissenschaften, Berlin, 1895, pp. 1071-1102.
8
Georg Misch, “Erster Abschnitt. Das Hervortreten förmlicher Autobiographien und ihre
additative, aus heterogenen Elementen zusammengesetzte Form”, Geschichte der
Autobiographie, Frankfurt am Main, G. Schulte-Bulmke, 1959, pp. 55-107.
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del texto, una construcción cuidada, fiel a la vida de monachus litteratus que ponía
en práctica todo su saber de las artes liberales.
Josef Endres en “Otlohs von St. Emmeram Verhältnis zu den freien Künsten,
insbesondere zur Dialektik” (1904)9, es uno de los que atacan fuertemente a Otloh y
lo coloca en las antípodas de la defensa de las artes liberales. Lo caracteriza como
antidialéctico e identifica a Otloh con Manegold de Lautenbach desde el argumento
de que Otloh opondría absolutamente la philosophia spiritualis a la filosofía carnal o
mundana que, tanto para Pedro Damiano como para Manegold, fueran,
estrictamente, un superfluum. Concluye diciendo que Otloh prohibía el estudio de
las artes y la dialéctica a los monjes. A su postura se oponen prácticamente todos los
autores citados.
9
Joseph Anton Endres, “Otlohs von St. Emmeram Verhältnis zu den freien Künsten,
insbesondere zur Dialektik”, Philosophisches Jahrbuch 17, 1904. pp. 44-52 y pp. 173-184.
10
Étienne Gilson, Filosofía en la Edad Media, Madrid, Pegaso, 1946.
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“Así como los hijos de Israel, al dejar Egipto hace mucho tiempo, despojaron
a los egipcios de oro, plata y prendas valiosas y, llevando a éstos con ellos,
los emplearon para honrar a Dios, así también cada uno de nosotros,
convertidos de la vanidad del mundo a la pureza de la vida espiritual, debería
hacer igual. Tomar el conocimiento de los textos seculares (de cuando estaba
en el mundo), elegir las cosas más valiosas entre ellos, esto es tomar las
palabras que acuerden con la vida espiritual y trasladar estas cosas al elogio
de Dios. [...] Como leíamos que hicieron muchos padres venerables y
santos...”11.
En el capítulo XXII, DTQ escribe: “La labor realizada por los infieles adelanta y
es de provecho a los fieles” y refuerza el buen uso de la dialéctica: “Ciertamente, las
siete artes liberales –escribe–, son lo mejor que Dios ha dado a los infieles; no hay
nada más excelente que ellas y no hay nada que aventaje más en las cosas humanas,
dispensadas a los paganos por amor y divina piedad”. De este modo refiere su amor
a los libros:
“Pediste también que te fuera garantizado un lugar para ti, en el que tuvieras
abundantes libros. He ahí, has sido oído; ahí tienes libros que muestran un
dogma que entraña sentidos diversos, en los cuales podrás conocer la vida
eterna”12.
“¿Acaso estimas como un pequeño beneficio o sin causa alguna, que te haya
sido concedida la ciencia de las letras?”13.
Otloh conoce las reglas del lenguaje y, por lo tanto, sus trampas. La dialéctica
destruye para construir. Utiliza la dialéctica como parte de la filosofía (Platón), y
como instrumento (Aristóteles), la aplica al discurso sagrado porque reconoce que la
dialéctica al ser disputa, no da certeza pero permite distinguir las proposiciones en
conflicto. En el Libro de los proverbios, escribe que no hay nada más excelente en el
mundo, porque permite distinguir la verdad de la mentira y que, los monjes
ignorantes en estas artes, no deberían ser recibidos en ninguna orden. Por lo tanto,
establece que los discursos son verdaderos si nos nutren en la perfección espiritual.
11
Sermo de eo quod legitur in psalmis, PL 93, 1116B.
12
De cursu spirituali, 219D.
13
De suis tentationibus, 38A.
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“Era un clérigo dado a toda clase de vicios que después de ser amonestado
muchas veces por el Señor a que se enmendara, al fin convertido, hizo la
profesión monástica sin que lo supiera ninguno de sus amigos”14.
Se dice a sí mismo:
“Por lo tanto, ya que siendo aún pequeño y estando en las escuelas, has
experimentado la gracia y el poder tan grande de Dios ¿por qué asimismo en
el presente, cuando parecieras tener edad madura, cuando posees
conocimientos de la piedad divina por los muchos dones de la ciencia y
muchas experiencias, crees cosas distintas acerca de Dios?”15.
14
De suis tentationibus, 29A.
15
Ibíd., 31A.
16
Ibíd., 41A-B.
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17
Lucano, Farsalia IX, 580.
18
De doctrina spirituali, 270C y 279C.
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Por eso afirmamos lo mucho que le influyó y lo mucho que le debe por lo que le
provocó pensar ese genio maligno, esa intromisión satánica en su mente. No
obstante, en cierto momento de su duda considera acertados esos pensamientos
impuros. “Me pareció que palabras de tal naturaleza eran inspiradas”. Indaga en
ellos: “... engaños de esta naturaleza [que] durante largo tiempo perturbaron mis
pensamientos, con los cuales puede probarse suficientemente a cuántos peligros
estaba sometida mi mente”. Le da el nombre de “tentación diabólica” o enfermedad
de la locura: insaniae morbo depressum19.
Por esto, una vez superada la crisis se hace monje y en el libro de las visiones y
en De doctrina spirituali afirma que: “no me persuadieron a ponerme bajo el yugo
monacal, sobre este tema [la promesa] el sentido dudoso se apoderó de mi
corazón”20. No fue víctima de una persuasión, la elección que tomó fue el resultado
de la situación límite, provocada por la duda, para aliviar la hesitación que se vuelve
intolerable y peligrosa.
Con todo, yo mismo sé esto que atestiguo también por el Señor. Sé que
muchas veces era oprimido por una congregación de demonios de tal modo
que ni siquiera como indulgencia, por la que me encontraba moribundo,
19
De suis tentationibus, 32D - 31C, y Liber visionum, III, 349B.
20
De doctrina spirituali, 280A.
21
Liber visionum, III, 347B.
22
De suis tentationibus, 32B.
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“No obstante, se han de investigar todas las cosas divinas de modo tal, que se
crea que nadie puede decirlas o percibirlas digna y perfectamente [...]
también de Dios se puede discutir un poquito, pero la profundidad y grandeza
de su sabiduría, no puede ser comprendida mediante ninguna discusión de
manera que permita agotarse algo […] ni siquiera hasta un punto puede ser
explicada por la razón humana”25.
23
De doctrina spirituali, 279A.
24
Ibíd., 218A.
25
De tribus quaestionibus, 63C - 64A.
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Si el mal es el desorden, éste genera diversidad, por eso se busca la unidad. Para
Otloh, si Dios es justo y bueno ha de querer para el hombre que tenga todas las
virtudes justas y buenas, que sea a su imagen y semejanza, por eso le otorga el libre
albedrío, para alcanzar el bien y la justicia. Teniendo esa libertad, alcanzar la
perfección, no depende de quién otorga esa capacidad sino de quien la recibe y la
transgrede.
26
De suis tentationibus, 33B.
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Recibido 26/5/15
Aceptado 10/6/15
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Abstract. We share some reflections about the life and thought of the monk Otloh of
Saint Emeramo (Regensburg 1010-1070 / 73). A little-studied author who, in my
opinion, would modify the image that has been forged in the 11th century. Belonging
to the Benedictine Reformation of Gorze and educated in Liberal Arts. He has
participated in the ‘dialectical / antidiallectic’ complaint, adopting a posture of
‘acceptance / rejection’. He has denied that God exists and that, in the Holy Scriptures,
we find any truth. This account allows us to think about the forms of unbelief. Otloh,
a lover of doubt and books –both loves– will accompany him until his death and will
provoke him deep hesitation.
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VARIA
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
João Lupi
Já faz alguns meses que estamos dizendo e ouvindo que o mundo não será mais o
mesmo depois da pandemia que virou pandemônio. Mesmo que a mudança não
venha a ser significativa, o fato de tantas pessoas o dizerem, e muitas mais
concordarem, significa que a humanidade está convencida de que precisa de
orientação e decisão para novos caminhos1. Essas orientações, muitas das quais já
são perceptíveis, atingem todos os setores da sociedade, e certamente podemos dizer
que o cristianismo também espera decisões para mudar. Mas se elas se fazem
esperar, se as que são tomadas são tímidas e lentas, é porque, por um lado não
queremos seguir rumos equivocados, e por outro há poderosas forças reacionárias
que não querem a mudança. Precisamos de orientação, e ela está vindo tanto da ação
sacerdotal como da profética, e, no entanto, o exemplo de sucessivos Papas, que
afirmam a necessidade de mudanças, contrasta com o pouco que, na Igreja Católica,
as cúpulas se têm conformado aos novos tempos. Provavelmente o mesmo ou
semelhante se poderá dizer de outras Igrejas. Não estamos em tempos de esperar
tudo das autoridades e das hierarquias, há que contar com a missão profética e com
as comunidades laicas, tanto as de base como as intelectuais. Independentemente da
1
Para aprofundar desenvolvimentos semelhantes nestes tópicos: João Lupi, “A data da Páscoa
e o fim das comunidades celtas”, em XI Congresso de Filosofia Medieval, Fortaleza, 2006;
João Lupi e Arno Dal Ri Jr., Humanismo Medieval. Caminhos e descaminhos, Río Grande del
Sur, UNIJUÍ, 2005; João Lupi, “Sensibilidade e Estética em Orígenes”, em Lupi e Dal Ri,
op.cit., pp. 181-190 (mesmo texto em “Orígenes nas raízes da teologia cristã”, Cadernos
Patrísticos. Textos e Estudos 8, n. 15, 2014, pp. 82-93; João Lupi, “Nova Era, seu impacto na
Igreja Católica no Brasil”, em Fº Eduardo Maranhão e Oscar Calavia-Saez (orgs.), História,
Gênero e Religião, Florianópolis, ABHR, 2018, vol. II, pp. 130-142; João Lupi, “Paulo de
Samosata e o aristotelismo sírio” en Celina Lértora et al. (ed.), Actas del XVII Congreso
Latinoamericano de Filosofía Medieval Red Latinoamericana de Filosofía Medieval, Puebla,
México, 2019, pp. 15-31; João Lupi, “Casamento e divórcio no Comentário de Orígenes ao
Evangelho de Mateus. Cadernos Patrísticos”, Textos e Estudos, no prelo.
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Porém este modo de falar mais parece uma exortação espiritual, alheia aos usos
da laicidade acadêmica. Cabe então perguntar como é que nós, professores
universitários, lidamos com este discurso. De outro modo: viver na fé é contrário ao
laicismo? É rejeitado pela academia? Não se adapta a uma situação de convivência
entre várias religiões? Parece que não se adapta, embora nessa convivência entre
religiões seja interessante tentar compreender um budista ou muçulmano que vive
intensamente a sua fé. Não se pode estudar religião de modo tão objetivo que não se
saiba o que é viver uma fé. Mas é preciso antes de mais distinguir: por fé entende-se
um ato interior, ou atitude, de adesão a uma verdade ou pessoa que encarna uma
verdade; ela não pede razões, mas se fortalece quando analisa razões; por fé
entendemos um “salto no escuro” tal como um amor à primeira vista, que não pede
biografias nem testes, mas se entrega confiante na sua intuição, mesmo sabendo que
a deve confirmar. A religião é a vivência coletiva da fé, a expressão cultural da
consciência de dependência com relação a seres superiores, poderosos e imateriais;
como tal ela pode aderir a uma grande variedade de “seres superiores”, de tal modo
que pode ter sucedâneos na vida material e social, como a política, onde as
expressões e termos de origem religiosa são frequentes; a religião é uma vivência
simbólica, que se exprime por sinais materiais, como rituais, livros, e artes; mas na
religião a vivência coletiva em grandes massas banaliza a fé, que se torna rotina, e
precisa do profeta. A teologia é a racionalização da religião, sua exposição em
termos intelectuais, que procuram não só explicar todos os aspectos da religião –as
verdades dogmáticas– mas também mostrar sua coerência interna; a teologia é
independente da fé, porque um muçulmano pode estudar teologia budista e um
cristão pode dar aulas de teologia dos orixás. Mas essa independência não é total: a
relação entre fé, dogmática, e inteligência da religião como conjunto simbólico
revelador do ser humano é mutuamente explicativa. A pura racionalidade humana
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Voltando aos Santos Padres: há um modo de ler que é próprio da fé, outro que é
religioso, mas um que é teológico, e é este que dá o teor acadêmico ao estudo da
Patrística, já que a teologia, por definição e tradição, não pode passar sem a filosofia
e as ciências. Contudo os problemas filosóficos e teológicos de hoje não são os
mesmos “daquele tempo”, e as soluções são diferentes. Por outro lado a questão vale
mais para o historiador do que para o filólogo e o filósofo; de fato, um problema
como o da ousia/substância era tão importante para a solução do mistério da
Trindade que ocupou não só os Santos Padres, mas também as autoridades e o
próprio povo, deu origem a muitas dissidências, e hoje perdeu grande parte da sua
relevância. Porém há textos e debates, temas e conjuntos de ideias que não perderam
atualidade, como o Diálogo do Mestre de Agostinho, admirado ainda hoje por
linguistas, ou o debate sobre o gnosticismo, atualizado pela projeção da tecnologia.
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Recibido 12/11/20
Aceptado 01/12/20
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Resumen. Este trabajo es una reflexión, suscitada por el contexto pandémico, sobre
los diferentes modos de vivir la fe cristiana, especialmente el colectivo. Para ello, el
autor repasa diversos aspectos teóricos y prácticos del universo patrístico.
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Resumo. Este trabalho é uma reflexão, suscitada pelo contexto pandêmico, sobre as
diferentes formas de viver a fé cristã, especialmente a coletiva. Para isso, o autor
revê vários aspectos teóricos e práticos do universo patrístico.
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Abstract. This work is a reflection, raised by the pandemic context, on the different
ways of living the Christian faith, especially the collective one. To do this, the
author reviews several theoretical and practical aspects of the patristic universe.
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EDICIONES CRÍTICAS
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Introducción
1
Reitero aquí los datos consignados en dos artículos anteriores: “Fray Cayetano Rodríguez
OFM. Curso de Física, 1782. Quaestio appendix pro Complemento Phisicae Generalis” (ed.
cr.) Mediaevalia Americana, 6, n. 1, 2019, pp. 61-88; y Fray Cayetano Rodríguez OFM -
Curso de Física, 1782. Prima Physicae Pars, Liber Primus” (ed. cr.) Mediaevalia Americana,
7, n. 1, 2020, pp. 115-144. Ed. digital www.medievaliamericana.org.
2
Nacimiento y desarrollo de la filosofía en el Río de la Plata, Buenos Aires, ed. Kraft, 1952,
p. 227.
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constante preocupación para él, que culminaron con su enérgico rechazo de la ley de
reforma del clero, un año antes de su fallecimiento.
3
Cf. José Pacífico Otero, Estudio biográfico sobre Fray Cayetano José Rodríguez y
recopilación de sus producciones literarias, Córdoba, p. 84.
4
He dado a conocer estos datos en mi anterior trabajo, La enseñanza de la filosofía en
tiempos de la colonia. Análisis de cursos manuscritos, Bs. As., FECIC, 1979, p. 242 ss.
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5
Agradezco al Guardián del Convento en ese entonces (2001), P. Fray Marcelo Cisneros
OFM, el haberme facilitado la consulta de este documento.
6
Sobre la filosofía de Rodríguez v. Furlong, Nacimiento y desarrollo..., op. cit., pp. 245-256;
mis trabajos La enseñanza de la filosofía en tiempos de la colonia. Análisis de cursos
manuscritos, op. cit., pp. 241-258, “Física teórica y experimental a fines del s. XVIII: el
Curso de Física de Cayetano Rodríguez”, Actas de las II Jornadas de Historia del
Pensamiento Científico Argentino, Bs. As., ed. FEPAI, 1986, pp. 224-233 y “La enseñanza de
la Física en el Río de la Plata: tres ejemplos sobre la situación en el s. XVIII”, Claustros y
Estudiantes. Org. Mariano Peset, Valencia, Universidad de Valencia, 1989, pp. 379-410;
Alberto Caturelli. Historia de la filosofía en Córdoba, 1610, 1983, Córdoba, 1992, vol. 1, pp.
295-308 y del mismo autor Historiad e la filosofía en la Argentina, 1600-2000, Bs. As.,
Ciudad Argentina y Univ. del Salvador, 2001, pp. 161- 165.
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Esta transcripción del original latino sigue Ms. Zavala, indicando en nota alguna
variante del Ms. Bárcena. En notas al final se indican algunas referencias de fuentes;
un análisis exhaustivo de ellas puede verse en la traducción ya mencionada.
Recibido: 05/10/2020
Aceptado: 01/12/2020
7
Cayetano Rodríguez OFM., Curso de Física (1782), Transcripción, traducción, introducción
y notas, C.A.L.M., Bs. As., Ed. FEPAI, 2005.
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Liber 2us
De corpore naturali quatenus est in loco
[28] Corpora quantitate afecta, quae sub oculos nostros cadunt, in loco conti[29]
neri, omnibus manifestum est. Postquam igitur tractabimus de corpore quam ejus
entitatem et extensionem, nunc de loco in quo continetur venit agendam, ut ejus
essentia melius percipiatur; nam ut ait Divus Augustinus Epistola 57, cap. 6i spatia
locorum tolle corporibus nusquam erunt; et quia nusquam erunt, nec erunt.
5
Propositio 1ª.
Loci quidditas adaequate explicatur
Aristoteles autem in lau15dato libro sic locum describit iv : locus est ultimum
corporis continentis immobile primum, sive ut declarant Peripatetici, locus est
superficie prima et immobilis corporis continentis. Quid hac definitione intelligent
peripatetici exemplo declaratur: globus terraqueus undique ab aere circunscribitur,
ubi ita consideranda sunt, et aer ipse, et ejusdem 20 concava superficies, et globi
terraquei superficies convexa, quae superficies concavae eris contigua sit. Ait itaque
Aristóteles telluris locum non esse aerem illam ambientem, neque telluris convexan
superficiem, sed concavam illam aeris superficiem tellurem ambientem.
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5
Ob hanc rationem aliqui cum Gassendo, definitionem Aristotelis rejiciunt; sed
immerito, potest enim nihil obstante objecta difficutlate, loco immobilitas explicari,
itaque immobilitas loci repetenda est ex ordine ad telluris centrum, partesque
universi fixas, et immobiles. Erit ergo locus immobilis, quia 10 etsi superficies
continens continuo mutetur, tamen alia succedit, quae intelligitur aequalem
praeseferre ordinem praesentiae, vel distantiae ad centrum telluris, et partes
immobiles universi. Adverte tamen superficiem corporis continentis esse locum
extrinsecum corporis locati, quod quidem ex ipsa definitione constat.
15
Propositio 2ª. Loci intrinseci ideam explicans
Quaestio 1ª.
Sitne aliquis locus omni corpore destitutus?
[31] Spatium omni corpore carens, et aptum ut replectur, vacuum apud physicos
nuncupatur, unde illo in praesentiarum discernimus, non illud vulgi significatione
accipimus, quatenus quidquid ea non continet, quae solet continere vacuum dicatur.
Longe alius est philosophorum sensus, qui vacui nomi 5ne spatium intelligunt omni
corpore destitutum; ut si Deus omnem aerem in vase accurate occuso coprehensum
destrueret, ac cujuslibet substantiae ingressum impediret, intra vasis latera vacuum
haberetur; proinde ab Aristotele Libro IV Physicorumv recte describitur: est locus
privatus omni corpore.
10
Vacuum ergo bifarie dividitur, alterum enim coacervatur dicitur, alterum
disseminatum; primum sensibile est, ac sensibili corpori proportionatum, secundum
vero sunt spatiola quaedam insensibilia omni corpore destitutae. Utrumque autem
nec divina virtute esset possibile contendit Cartesius, secunda parte Princi 15piorum,
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non involvit contradictione; at nulla profecto esset contradictio, si Deus [33] corpus
omne intra vasis alicuius lateria contendum anihilaret, et ingressum alterius
impediret, remanentibus hinc inde partibus vasis; ergo vacuum per Dei virtutem est
possible. Minor clara est, et clariorem efficit argumentorum solutio.
5
Solvuntur argumenta
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tum quia ad aeris ingressum jam totus pene deffluit mercurius, ut experiential
ostendit, si parvus hiatus in summitate tubi aperiatur, ergo.
15
Respondeo difficultatem argumenti ad hoc reduci, ut a nobis ostendi non posse
juxta adversaries, per quid tandem spatium superius tubi a mercurio desertum
impleatur? Quod meo videri facillimum est. Itaque dicimus summitatem tubi
torricelliani repleri ab aetherea subtilissima substantiae, quae per vitri poros
permeat, et locum occupat a mercurio derelictum. Cum enim mercu 20rius
descendens in basculum alium mercurium in isto jam prius stagnantem attollit,
adeoque comprimit aerem externum, atque ex eo exprimit auram aetheream, quae in
ipsius poris latebat; haec autem eo tendens, ubi viam apertiorem invenit per poros
tubi vitrei in spatium superius irrumpit, ac mercurio delebanti succedit.
Sed instabis: vitrum non habet poros, ergo aetherea substantia per illud ingredi
25
nequit. Probatur antecedens: subtilissimi liquorum spiritus per vitrum exire non
possunt, ergo. Respondeo negando antecedentem: demonstrat enim experientia,
quod si summitati tubi applicabis pannum calidum, tunc hydrargyrum aliquantulum
descendit; et hujus ratio est, quia calor penetratur per vitrum, et calore rarescunt
corpora illa in tubi summitate contenta; quod si glaciam admoveas, frigore [35]
densante illa corpuscular hydrargyrum denuo attonitum.
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Praeterquam quod in summitate tubi reperitur lux. Porro lucem 20 esse subitam
affirmantur atomiste, Cartesiani vero lucem esse motum asserunt, Peripatetici
credunt esse accidens; neutrum tamen potest esse sine substantia. Atque adeo in
sentential omnium philosophorum extat ibidem substantiam, cum ad sensum ipsum
appareat ibidem lux: ergo argumentum non cogit nos, ut vacuum coacervatum
admittamus. Quare autem descendat mercurius tubi in praedictam 25 altitudinem in
sequenti quaestione decemus, ibi etiam aliae difficultates sunt exponendae.
Argues 3º, contra tertiam conclusionem. Si Deus destrueret aerem, qui in hac
aula continetur, parietes illius dista[37]rent et non distarent, ergo ex positione vacui
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Questio 2ª
Quaenam sit causa impeditiva vacui?
10
Ex quaestione praecedenti constat plures dari effectus, qui videntur corporum
naturae vel eorum gravitati contrarii, exempli gratia, quod aqua contra sumam
gravitatem ascendat in siphone, quod mercurius altitudinem 27 aut 28 digitorum
suspensus haereat in tubo torricelliano, quod duo marmora perfecta levigata sibi
firmissime adhaerunt, etc. quicquidem 15 ab antiquis horrori, ac metui vacui
attrbuebantur. Horum autem effecttum causam quaerimus in praesenti.
1
Sic in A, clyster (jeringa) secundum sensum. B. lecto dubia.
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Argumentis satisfit
Argues 1º. Aere sereno altius ascendit mercurius quam nimboso, aut 20 pluvio
caelo; atqui serenus aer videtur esse levior, utpote qui minus refertus est crassioribus
vaporibus, ergo suspensio illa et elevatio mercurii non respondet aerii gravitati,
atque adeo ejus causa aliunde erit repetenda. Major certa est (quamvis eam neget
Borelli) omnium enim Philosophorum concors, et una certa est experimentis
confirmata, sereno caelo 25 mercurius in tubo torricelliano altius ascendere, ex caelo
pluvioso esse depressionem, ergo.
Verum sententiam istam non satis proba 10bile esse animadvertit Dominus Taglini
in sua Epistola Philosophica apud Patrem Ferrarix. Etenim videtur fieri non posse, ut
duo venti ex oppositas partibus exsufflantes densare possint inter medium aerem, et
in cumulum augere. Tum etiam cum venti non continuo aequavi exsufflent, sed
2
Secundum sensum immerso, sed etiam significare posset positione inversa in aqua
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Replicabis: pluvio caelo, cum aer ad pluviam inclinat, vapores antea primum in
majoris atmospherae circulis expansi, descendunt, ac in minores circulos
colliguntur; ergo comprimunt magis subjectum aerem, et pondus eidem addunt,
atque [41] adeo deberet mercurius attolli. Respondetur in primis longe minorum esse
vaporum copiam nimbosa caelo quam sereno, quoniam attractio longe minor tunc
est; secundo, numquam pluvia cadat maxima vaporum insensibilium copia
descendit, unde ad implere pondus imminuitur; tertio, cum vapores in guttas
sensibiles collecti 5 descendunt pondere, et motus suo cogunt ascendere aerem circa
latera extantem, levioremque reddunt, unde et mercurius descendit, qua optima
explicatur a Patre Regnaultxi.
Addes etiam ex Patre Mayrxii, pressionem aeris non provenire a sola gravitatem
sed etiam ab elate10rio ejusdem, magis vel minus robusto, et expedito. Aeris autem
elaterium tempore sereno in primis est fortius, quoniam aer a corpusculis aquatis
liberatus, majorem copiam habent corpusculorum aereorum, quae magis elastica
sunt quam aquaea, ac proinde plus adest elateri. Deinde elaterium aeris est magis
expeditum, nam particulae aquae impediunt suo madore elaterium in 15haere pluvio,
qui se habet (ut verbis utamur Patris Mayr) ut lana madida, quae neutiquam est tam
elastica, vel tam sui expansiva, quam lana sicca.
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expertus est, eam aeris columnam, quae substinere potest triginta et unam pedem
aquae, substinere 31 pedem vini cum dimidio, ut refert Pater Regnault, Exercitatione
21ª, pag. 181xiii. Ergo.
Argues 3º: si parva ampulla 5 vel tubus, cujus medietas tantum sit aqua repleta,
invertantur in subjecta aquam suspensa habebit aqua in illo contenta; atqui, si hoc ab
aeris gravitate proficiscitur, deberet potius alia aquae portio ex subjecto vase in
ampullam seu tubum cogi, ergo; probatur minor: parva illa columna aquae in tubo
praexistens, longe minor est, quam columna aquae 32 pedum quae di10citur
aequilibrium facere ad externi eris pressione, ergo ad hoc aequilibrium servandum
deberet ascedere aqua in vase contenta, quod experientia contrarium est.
Respondeo quod aer, qui inverso tubo vel ampulla, superiores illius partes
occupat vi sua elastica contrahititur pressione ae15ris externi; quare nec aqua vasis
sursum detrudi potest in ampullam. Sed dices: si haec ratio valerte, columna
mercurii non efflueret, dum vel minimum aeris ingreditur, sed hoc est contra
experientiam, ergo. Respondeo quod mercurius effluit semel admisso aerem per
aliquam rimulam, quoniam aequilibrium aufertur eo quod mercurius gravior est
aqua, quod patet; nam si continuo per 20 rimulam illam aer ingredi sinatur, jam totus
mercurius descendit; quippe intromisus aer vi sua et pondere aequivalet pressioni
aeris externi.
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Respondeo negando majorem: etenim vel cubiculum ubi experimentum fuit non
sic acurate est clausum, quin aer exterior introire possit, vel perfecte clausum
supponitur, ita ut nullus aeri externo pateat additur, 5 vel quod tamen inverisimilem
videtur, cum subtilis aether quorumque corporum poros continuo pervadat. Utraque
tamen data hypothesi ad eandem altitudinem debet haerere mercurius in cubiculo,
quam obtinet in loco patenti.
Primo sane in casu, cum certum sit ex hydrostaticae principiis, liquores omnes
aequae per lineas obliquas, ac per lineas perpendicu 10lares gravitare, hoc est, in
liquidis actione gravitatis quaquaversum diffundi, unde in vaso, cujus figura sit
instar coni, laterales columnae, etsi breviores sint columnis intermediis, non minori
vi fundum praemunt, quam intermediae, quoniam ab his columnis etiam illae com-
primuntur; idcirco, etsi columna aeris in cubiculo contenti longe 15 brevior sit
columnis exterioribus, non tamen minori vi in mercurium agit, quoniam exterioris
aeris columnae internam illam premunt: quare mercurius ad consuetam altitudinem
haerebit suspensus.
125. Quod sequenti experimento adducto a Patre Mayr (ut patet [44] 3º Physicae,
Disputatio 3ª, q. 4, art. 5, num. 480xiv) confirmari potest: in vasculum vitreum ad
dimidiam sui partem mercurio impletum immissus est tubulus vireus supra, et infra
apertur: orificium autem basculi ita occlusum fuit, ut aer elavi non posset; tum
basculum istum cum suo tubulo in 5 tubo ampliori fuit immissum, et aer ex tubo
majori extractus et ex mox aer dimidia basculi parte contentus vehementer se
expandendo, coepit mercurium attollere, ac post aliquas emboli adductiones, cum
etiam per superius foramen tubuli (quamvis hic duobus pedibus altior esset)
extendere, ergo etiam aer in cubiculo clausus, etc.
10
126. Argues 5º. Celeberrimum experimentum, quod in Transactionibus
Philosophicis Societatis Regiae Britannice xv sic expressum est: "tum juxta
torricellianum morem tubus hydrargyro repletus esset, et antiquam tubus
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cum tubo, sit autem pondus illius, v.g. 4 librarum; constituatur in una lance3 totum
illud ondus, ad quod aequilibrandum oportebit ponere in altera lance plumbum 4
librarum.[46] Nunc sic ratiocinatur: pondus mercurii suspensi equilibratur a plumbo
existente in altera lance, ergo non potest aequilibrari etiam ab aere externo
incumbente supra mercurium stagnantem; consequentia patet, etenim impossibile est
idem pondus eodem tempora aequilibrari 5 a duobus ponderibus adaequatis et
totalibus: porro hoc contingeret in dicto casu, quippe tam plumbum existens in altera
lance, quam aer superincumbens mercurio stagnanti adaequate aequilibraretur cum
eodem mercurio suspenso in tubo; ergo.
Respondeo, quod dum ele10vatur tubus sentimus pondus, non jam ipsius
mercurii, qui ab externo aere substentatur, sed pondus columnae aeris
superincumbentis tubo, quod pondus a nobis est superandum, jam columna illa aeris
aequale pondus habet, ac mercurius in tubo contentus. Quare columna illa
tantumdem premit deorsum tubum, quantum alia columna aerea 15 superuncumbens
mercurio stagnanti, illum premit: ideoque, cum nos tubum ipsum elevamus, pressio
columnae aeris incumbentis percipitur.
3
Sic, significatur lamina staterae (bilanx).
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5
Respondeo ad primum, juxta hydrostaticae regulam erudite explanatam a
Theodoro de Almeida Lusitano (Tomo 1º, Tarde 4ª, paragrapho 1º xix ) liquorem
gravitatem existimandam esse secundum ipsorum altitudinem, quare columna licet
perexigua aeris subeuntis latera filis conniti poterit pro ratione suae altitudinis et
resistere pressioni alterius majoris aereae 10 columnae, quae et vim premendi
potissimum exercet secundum suam altitudinem. Ad secundum: si quis situlam aqua
plenam capiti suo impositam ferat, et aqua celeriter moveatur; profecto ex
hujusmodi motione non minor eritulae et aquae gravitas.
[48] Pater Regnault, Tomo 1, Exc. 22 in pag. 3 scribit marmora illa in recipiente
exhausto posita separari, velut suo sperite et absque alio juvamine, quia inferius
marmor non urgetur ab aeris gravitate; sed deceptus fuisse in hoc Patrem Regnault
confirmant aliorum virorum testimonia omnia exceptione 5 majora; quae quidem
refert Pater Ferrari, parte 1ª Physicae, Disputatione 2ª, a. 6.
Sed dices: aer ille subtilis in recipiente contentus non gravitat; ergo nequit
premere superficies hemispheriorum. Probatur antecedens experimento adducto a
citato Almeida (tomo 23º, tarde 15, 5, 1º) si ovi extremitatem perforaveris, et ita 10
illud collocaveris in recipiente machinae, ut pars perforata sit inferior alteri parti,
exhausto aere crassiore liquida ubi pars pene tota exit; atqui non exiret, si aer
externum gravitaret, ergo. Probatur minor: ideo in clepsydra irrigateris, si superius
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orificium occludatur, aqua non effluit, quia per externus gravitate sua orificium
inferius apertum premit, ergo etiam, etc.
15
Respondeo ex eodem Almeida in citato loco, liquidam ovi partem exire, quia
cesante externi aeris pressione, aer intra ovi latera contentus, utpote crassio suntili
aere qui in recipiente contineur, elasticitate sua materiam illam dilatat, et exire cogit;
e converso, dum crassio aer in majori portione rursus in recipien 20te ingreditur,
comprimit dilatatum aerem, et liquorem, eosque cedere loco cogit, quare liquor
rursus ingreditur.
In clepsydris autem irrigationis alia est ratio: cum enim externus aer gravitate sua
in orificium aperte nitatur, et premat, aer autem internus non aequam habeat vim
superandi pre25ssionem exterioris, idcirco impeditur aquae egressus, quod sic
clepsydra sit majoris altitudinis, ut optime notat Gassendusxx, et experientia constat,
aqua non remanet suspensa, sed effluit, nimirum, quia tunc aeris et aquae gravitas, si
vis longe superior est pressioni externi aeris, proindeque istium [49] actionem vincit.
Sed satis jam; si aliam in hac quaeestione desideratis (quae certe pene immensa
sunt) consulite Patrem Almeida, Patrem Mayr xxi , Gravessande xxii et denique
Wolfium in Elementis Aerometriae, cap. 4º, et sequenti xxiii , ubi ea instrumenta
declarat, quorum ope varias aeris affectiones cognocere 5 admetiri possumus.
Notas
i
No se encuentra en las Epístolas un texto como cita Rodríguez.
ii
La cita del original es errónea (los manuscritos coinciden), la frase está en el cap. 1 (Bk 208
a 32).
iii
Cf. P. Gassendi, Physica (Pars II, Syntagma Philosophicum), Sectio I: “De rebus naturae
universae”, Libro II: “De loco et tempore, seu spatio et duratione rerum”, cap. 1, criticando la
noción peripatética de lugar sostiene: “Locum et tempus generali entis seu rei in substantiam
et accidens divisione non comprehendi”, Opera Omnia, Lugduni, 1658, t. 1, pp. 179-184).
iv
Phys. IV, cap. 4 (Bk 212 a 20).
v
Phys. IV, cap. 7 (Bk 213 b 31).
vi
La cita está en Ferrari, Physicae Pars I, Disp. VIII, Q. 4: “De vacuo”, donde dice:
“Cartesius secunda parte Principiorum, n. 16, vacuum omne, etiam spectata Dei
omnipotencia, prorsus esse impossibile contendit” (ed. 1790, p. 407). Cf. R. Descartes,
Oeuvres philosophiques, París, 1842, p. 309.
vii
Cf. Leçons de Physique Experiméntale, Leçon X: “Sur la nature et les propriétés de l’air”
(ed. Paris, 1771, t. 3, p. 175 ss).
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viii
Cf. Philosophia mentis et sensuum, Physica particularis, De elementos, Dissertatio II: “De
aeris elemento” (ed. Romae 1702, p. 529 ss) Sectio IV: “Experimenta circa vacuum” (p. 532-
538).
ix
No se ubica esta referencia, lectura por otra parte un tanto dudosa en los manuscritos. En
Ferrari, Pars I, Disp. II, Q. 7, Objeciones, se mencionan estas experiencias, pero no a Halley,
sino las realizadas por Duhamel, Regnault y Haskee (ed. 1790, p. 148-152). Dada la similitud
entre el apellido del último y Halley, es posible que esta mención sea una confusión.
x
Cf. Lettera Filosofica, Florencia, 1729. Se refiere al artículo publicado en las
Transactionibus de Londres sobre el barómetro.
xi
Cf. Les entretiens physiques...,t. I, entr. 21: “L’Hydrostatique” (ed. Paris 1755, p. 341 ss).
xii
Cf. Philosophia peripatetica, Physicae Particularis I Pars, Disp. III: “De elementis”, Q. 4:
“De elaterio ac rarefactione et condensatione”, art. 1: “Quid sit et in quo consistat elaterio”, n.
394, sostiene que el aire es elástico (ed. Ingolstadii, 1799, t. III, p. 170).
xiii
La referencia de Ferrari (pp. 148-152) corresponde a Les entretiens physiques...,t. I, entr.
21: “L’Hydrostatique”, donde se explica este fenómeno (ed. Paris 1755, p. 341 ss).
xiv
Cf. Phil. perip. Physicae I Pars, Disp. III, Q. 5, Art. 5 (resolución de objeciones) donde
explica dos experiencias (ed. 1799, p. 104, n. 480).
xv
La cita está tomada de Ferrari, Physicae Pars I, Disp. II, Q. 7, donde la altura no es de 79
sino de 75 pulgadas (ed. 1790, p. 145).
xvi
La referencia es de Ferrari, quien en la cuestión ya citada lo menciona en extenso (ed.
1790, p. 145).
xvii
Cf. Opticae, Lib. III, Q. 25: “Annon aliae sunt adhuc radiorum luminis propietates
congenitae, praeter eas quae hactenus descriptae sunt?”. Allí comenta que Huygens observó el
cristal de Islandia, antes estudiado por Erasmo Bertolino, que tiene caracteres peculiares:
dejado uno o dos días en agua pierde su pulidez, frotado con un paño imanta pequeños
cuerpos, etc. En él la refracción tipo del cristal sufre variantes. En la Cuestión 28 dice que
Huygens fue el primero en dar una explicación de la inusitada refracción del cristal, aunque
equivocada (ed. Lausanne et Genevae, 1740, pp. 285-292).
xviii
Cf. Physicae particularis, De elementis, Dissertatio II, Sectio IV: “Experimenta circa
vacuum” (cf. Romae 1702, pp. 532-538); 8º fenómeno: si el mercurio es expurgado (por
extracción del aire en la máquina boyleana), teniendo el tubo una altura de 6 pies o 75
pulgadas, no desciende.
xix
Cf. Recreación filosófica, Tarde 4: “Trátase del peso y movimiento de los cuerpos
líquidos”, Parág. 1: “Establécense algunos principios de donde nacen las propiedades
admirables que vemos en el peso de los líquidos” (ed. Madrid, 1792, t. l, p. 231) donde se
explican los fenómenos a que hace referencia Rodríguez.
xx
Cf. Physica, Sectio I, Liber II, Q. 3: “Dari inane disseminatum, seu inania spatiola mundi
corporibus interspersa” (Opera Omnia, Lugduni 1658, t. 1, p. 192 ss) y Q 4: “Dari in mundo
posse spatium inane grandiusculum, seu coacervatum” (pp. 196-203).
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xxi
Phil. peripatetica, Disp. III, Q. IV: “De elaterio ac rarefactione et condensatione”, art. 4:
“An gravitas et elasticitas aeris suppleat metum vacui” (nn. 445-446, ed. 1799, t. III, pp. 189-
198) y Art. 5: “Solvuntur Objectiones” (nn. 467-503, pp. 198-213).
xxii
Cf. Physices elementa mathematica experimentis confirmata, Lib. VI, Pars II: “Motum
coelestium causae physicae”, cap. 12: “De material coelesti: ubi vacuum dari probatur” (ed.
Leidae 1748, v. 2, pp. 1000-1005). Además, en el lib. I, pars I: “De corpore in genere”, cap. 3:
“De extensione, soliditate et vacuo”, n. 22, sostiene: “Vacuum possibile esse ex solo examine
idearum deducitur”, continuando con la explicación (p. 5).
xxiii
Cf. Aerometriae Elementa, in quibus aliquot aëris vires ac proprietates justa methodum
geometrarum demonstratur (ed. Lipsiae 1709). En los capítulos indicados por Rodríguez se
ocupa de las definiciones, proposiciones y teoremas que explican las experiencias ya
mencionadas.
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Resumen. Se edita un fragmento del Curso de Física, dictado por Fray Cayetano
Rodríguez en el Colegio de Montserrat, Universidad de Córdoba, en 1782: el Libro
II, sobre el cuerpo natural en cuanto está en un lugar y las propiedades conexas. Fray
Rodríguez aborda el tema basándose sobre todo en el Manuel de José Antonio
Ferrari, pero dándole un matiz personal. El texto se transcribe según el Ms. copiado
por Zavala, con indicación, dado el caso, de las variantes significativas del Ms. de
Bárcena.
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SECTIO LATINA
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
Walter Redmond
Res, quid ex aspectu logicae sit, quaeritur, etiam quomodo propter Deum exoriatur
atque ab eo cognoscatur. Subjiciuntur praeterea indicia ad quaestiones resolvendas
jam diu incertas in philosophia scholastica necnon recentiori.
incontingentia
□p~p necesse p aut impossibile p
1
Littera p = status (rerum) significatus per propositionem aut orationem. Junctores: negatio =
~p (“non p”); implicatio = pq (“si p tunc q”); copulatio = pq (“p et q”); disjunctio (inclusiva)
= pq (“p vel q”); aequivalentia = pq (“p si solumque q”); contradictio (seu non-aequivalentia)
= pq; non-copulatio = p|q. Modalisatores: □p = “est necessarium ut p”, ~□p “est innecessarium
ut p”, p = “est possibile ut p”, ~p = “est impossibile ut p”, ~p = “est possibile ut non-p”,
“est contingens ut p” = ◊p˄◊~p. Aequivalentiae: □p ~~p, p ~□~p, ~p □~p, ~p
~□p. Status p˄◊~p (vel ~p˄◊p) nominatur “cosmicus”. Systema modale S5 valere praesumitur.
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Quisque modalis rerum status, quippe qui trans omnes mundos possibiles vigeat
seu obtineat, est necessarius, ut sic exhibetur:
□□p □~p
□p □~p
“Oppositio” (= contradictio, p~p) stat quoque inter statum p ejusque negationem ~p:
p ~p
2
In operibus mediaevis actualitas videtur non repraesentari.
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□□p □~p
p ~p actualitas
□p □~p
□p~p
□p ~p
□p~p et p~p
p ~p
p~p et ~pp
p ~p
p~p
Hoc posterius par relationum inter actualia et possibilia maximi est momenti ad
ontologiam ac “meontologiam” rerum tractandam necnon causationem ac
cognitionem divinas.
* Copulatio enim
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p~p
est descriptio ontologica status rei exsistentis: “id quod est, potest tamen
non esse”. Cujus exemplum est status L (operatio expedita omnium legum
universi physici).
* Deinde,
~qq3
Status cosmicus igitur ex Deo duobus modis pendet. Relatio enim inter
actualitatem et Deum diversa est a relatione inter necessitatem et Deum:
3
Littera variabilis “q” potius quam “q” adhibetur ob comparationem postea faciendam; sed
assumitur ambo res complecti.
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In hac complexione modali, status logice primordii (qui ex aliis statibus non
sequuntur logice) sunt p et □~p, haud vero status □p, quippe qui ex p sequatur
(□[p□p]). Hoc schema illustrat modum quo tres status rerum p et ~p et p inter
sese congruant, ubi status primordii littera crassa indicantur):
“Futuribilis”
tamen status q aliter se habet logice, quia compehendit statum actualem ~q aeque ac
status necessarios □q et □~q, ubi ~p et p sunt primordii (nam ~p ex ~p sequitur:
□[~q□~q]).
Deus igitur, etiamsi dicere “creare ~q” praeter solitum sit, ex aequo dicitur efficere
133
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ut vigeat actualiter tum p tum ~q. “Deum nolle q” ergo aequivalet “Deum velle ~q”.
Duplex fundamen
tu autem, Domine, qui et semper vivis et nihil moritur in te, quoniam ante
primordia saeculorum et ante omne quod vel “ante” dici potest, tu es, et Deus
es Dominusque omnium quae creasti, et apud te rerum omnium instabilium
stant causae, et rerum omnium mutabilium immutabiles manent origines, et
omnium irrationalium et temporalium sempiternae vivunt rationes.4
Exemplum status necessarii (praeter statum □[L~L]) est quod duo et duo
aequunt quattuor: □(2+2=4).
4
Confessiones, 1:6:9.
134
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Per “visionem” Deus dicitur “videre mundum actualem”; hoc est, novit status
possibiles quos actuales, “volens nolensve”, efficit. Deus ergo “videt” statum
cosmicum L-- physicam universi legem expedite vigere. Visio status L, perinde ac
ejus fundamen, est contingens: Deus igitur et efficit et novit statum L solum in mundo
actuali ubi L vigeat, non tamen in reliquis.
Deus ergo statum L actualem afficit et “vidit”, non tamen “intellegit simpliciter”
L actualiter valere; potius intellegit necessario L esse contingentem (□[Lp~Lp]).
Futuribilia
Futuribile est status rerum possibilis qui nunquam obtinuerit, posset vero obtinere:
~p˄ p (forma opposita statui p˄ ~p). Exemplum jam vidimus operationis legum
physicarum in Star Wars praesumptae. Exemplum frequens magistrorum Scholae era
Judam Iscariotem paenitet Jesum prodidisse (“J”); videlicet, Judas paenitentiam
potuisset facere, non autem fecit (~J˄ J). Quomodo igitur Deus statum J futuribilem
cognosceret quaesiverunt.
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Responderi potest, ni fallor, hoc modo, scientiā mediā omissā. Deus quidem per
simplicem intelligentiam scit paenitentiam Judae esse possibile ( J), quippe cum
possibilitas sit necessaria (□ J). Quapropter Deus paenitentiam Judae non “vidit”.
Per visionem tamen scit statum J non obtinere in mundo actuali, nam, nollens J
ideoque vollens ~J, “vidit” statum ~J vigere actualiter. Summatim ergo: Deus scit:
Recibido: 30/05/2020
Aceptado19/12/2020
5
Bibliographia: Josephus Gredt, (editio decima recognita). Elementa Philosophiae
Aristotelici-Thomisica, Friburgi Brisg. et Barcinone, Herder; duo volumina, 1943; “alter
Redmond, “Logical Analogies: Interpretations, Oppositions, and Probabilism”, Philosophies,
2019, 4, 13. https://www.mdpi.com/2409-9287/4/2/13/htm;“De Ontologico Logicae
Fundamine Meditatio”, Studia Neoaristotelica/ A Journal of Analytical Scholasticism 2, 2014:
232-46; “Deum Esse en Tomás de Aquino y Gottlob Frege” Ciencia tomista 141, 2014: 109-
119; El albedrio/ Proyección del tema de la libertad desde el Siglo de Oro español. Colección
de Pensamiento Español. Pamplona: U de Navarra, 2007,
https://dadun.unav.edu/bitstream/10171/40181/1/201512-CPE-034-2007.pdf: “The Three-
Stranded Cord/ Calling A Truce In The War Over God And Human Freedom,” Tópicos, n. 32,
and Proceedings of the Society for Medieval Logic and Metaphysics (Universitas
Fordhamensis). 2007; Lógica simbólica para todos/ Lógica elemental, modal, epistémica,
deóntica, temporal y semántica de los mundos posibles, Xalapa, Universitas Veracruzana,
1999.
136
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Resumen. Se plantea de qué modo, la cosa (res) en su aspecto lógico, puede ser
conocida por Dios en cuanto a su ser finito. Se plantean algunas cuestiones que
resultaron inciertas tanto en la filosofía escolástica como en la actual.
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Resumo. Surge de que maneira, a coisa (res) em seu aspecto lógico, pode ser
conhecida por Deus em termos de seu ser finito. Algumas questões são levantadas que
eram incertas tanto na filosofia escolástica como hoje.
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Abstract. It arises in what way, the thing (res) in its logical aspect, can be known by
God in terms of its finite being. Some questions are raised that were uncertain in both
scholastic philosophy and today.
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Summarium. Res, quid ex aspectu logicae sit, quaeritur, etiam quomodo propter
Deum exoriatur atque ab eo cognoscatur. Subjiciuntur praeterea indicia ad quaestiones
resolvendas jam diu incertas in philosophia scholastica necnon recentiori.
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
Prooemium
Hoc scriptum, fortasse invita Minerva, dubitationis causa linguae aegyptiacae, cui
operam in schola scriptorum2 sub magistra Laura Huertas López3 dedi, factum.
Prorsus isto modo, post modicum tempus exempla, quae ab Athanasio Kirkhero
saeculo decimo septimo explanata, hieroglyphicorum Oedipi Aegyptiaci lecturi
sumus.
1
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Tertius, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLIV, p. 23.
2
Lectiones via electronica ad intelligendum hieroglyphicos sunt.
3
Laura Huertas López femina, quae bene merita de litteris est, perita arte et studio linguae
Aegypti.
4
Athanasius Kirkherus, ibídem.
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quaestio maximi momenti scientia seu doctrina, “qua brevibus est compendiosis
verbis insignia quaedam mysteria significamus”5, symbolicorum erat. His ita se
habentibus, germanus aegyptios arcana, quae in hieroglyphicis conclusa, ab hebraeis
accipientes prave credebat.
5
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Primus, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLII, p. 7.
6
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Secundus, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLIII, p. 282.
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“Per binos serpentes hinc inde erumpentes nihil aliud delignabant nisi duo ﬣ
;ﬣquae cum apud Hebraeos nota sit verbi divini, et sapientiae Patris, ideo
Aegyptii ad huiusmodi litteras exprimendas usi sunt binis serpentibus, quod
serpens esset symbolum vitae, et praeter os nullo alio membro constaret”7.
In hoc statu rerum, Kirkherus duas formas esse in secundo hieroglyphico affirmavit:
a) “globus alatus serpentibus hinc inde emergentibus, numen triforme, sive animam
Mundi triformem, Universum virtute sua animantem , indicat”9.
b) Inter caput, in quo luna cruxque continentur, hemonis atque corpus scarabei,
species quinque circulos secundum signa orbitarum planetarium habet.
7
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Secundus, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLIII, p. 282.
8
Athanasius Kirkherus, ibídem, p. 415.
9
Athanasius Kirkherus, ibídem, p. 415.
147
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13
10
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Primus, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLII, p. 20.
11
Athanasius Kirkherus, ibidem p. 20.
12
Athanasius Kirkherus, ibidem, p. 189.
13
Athanasius Kirkherus, ibidem, p. 20.
148
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14
In quinto hieroglyphico, Horus, prognatus Osiridis atque ab Iside natus, qui Apollo
latine seu Ἀπόλλων graece secundum Athanasium Kirkherum, author harmoniae
orbis terrarum erat. Hoc modo, nomen divinum Hori ad consensum pacemque in
14
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Primus, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLII, p. 145.
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mundo politico pertinebat, quia “ex mutua concordia [deus] nascitur, [sicut] ille
Apollo, musicae et harmonicarum, proportionum inventor” 15 optimus16.
17
Recibido: 18/09/2020
Aceptado: 10/12/2020
15
Athanasius Kirkherus, Oedipi Aegyptiaci Tomus Primus, Romae: Ex Typographia Vitalis
Mascardi, MDCLII, p. 144.
16
Alexis Hellmer Villalobos hoc scriptum emendavit.
17
Athanasius Kirkherus, ibidem, p. 40.
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Abstract. Athanasius Kircher was born in German lands, near Fulda, in 1600 and died
in Rome in 1680. He was a great scholar and author of many texts of scientific
explanations, highlighting his knowledge of Egyptian subjects, whose treatment was
very assiduous. In this theme he composed the exquisite work Oedipum Aegyptiacum,
to make known the meaning of the hieroglyphs.
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DOCUMENTOS
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
IGNACIO ANCHEPE
Universidad de Buenos Aires, Argentina
Pedro de Juan Olivi, nacido en 1248 en la región de Occitania, fue uno de los
intelectuales franciscanos más importantes del s. XIII. Luego de estudiar en Paris,
desarrolló su actividad docente en distintos studia de su orden. En medio de la
disputa sobre la pobreza franciscana, impulsó la interpretación más estricta de la
regla de su orden y terminó por convertirse en referente de los “Espirituales”. Su
pensamiento, postergado durante largo tiempo, recuperó recientemente el interés de
los estudiosos debido a su vigorosa noción de sujeto.
161
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LUIS E. BACIGALUPO
Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima
*
JULIÁN BARENSTEIN
Universidad del Salvador - Universidad Nacional de San Martín, Argentina
162
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que utiliza una y otra vez, se refiere precisamente al procedimiento que posibilita la
correcta interpretación de los datos sensoriales, una tal que es estrictamente racional.
Este procedimiento, ideado por Bruno para convencer a los aristotélicos
contemporáneos, i.e., científicos defensores del geocentrismo, tiene –en nuestra
opinión– una raigambre epicúrea. En algunos pasajes, pues, del De rerum natura
lucreciano se puede encontrar un antecedente directo del método bruniano.
Con la intención de probar esto, nuestro trabajo está articulado en tres partes. En
la primera damos cuenta del conocimiento que Bruno tenía del De rerum natura
enumerando las citas textuales del poema en varias de sus obras aunque prestando
especial atención a La Cena, y reseñando algunas consideraciones generales que
diversos comentadores del filósofo nolano han expuesto sobre este punto. En la
segunda, exponemos los pasajes en los que Lucrecio se argumenta acerca de la
confiabilidad y certeza de los sentidos, así como de los errores a los que estos puede
inducir cuando los datos que nos brindan son mal interpretados. En la tercera, por
último, exponemos el funcionamiento del “senso regolato” y explicamos cómo lo
utiliza Bruno en La Cena.
*
JULIO CÉSAR BARRERA VÉLEZ
Universidad San Buenaventura, Colombia
Se pensaba que la problemática del fenómeno era un hallazgo del siglo XX, pero
es muy significativo que actualmente investigadores franceses de la filosofía
medieval –entre ellos E. Falque, F. Fousard y J. L.Chrétien, Jean Ives Lacoste, entre
otros– encuentren raíces sobre la tematización del fenómeno en el siglo IX
específicamente en la teofanía de Escoto Eriúgena. Igual sucede con tópicos tan
caros a la filosofía contemporánea como el cuerpo en donde los Padres de la Iglesia,
concretamente Ireneo con la “visibilidad de la carne” o Tertuliano con “la
consistencia de la carne”, nos dejan ver el espesor del cuerpo. De tal manera que “la
práctica fenomenológica de la filosofía medieval” (Falque, 2012) nos propone
explicar “la vivencia interna de los textos de la tradición”. Adscrito a este horizonte
conceptual, la presente ponencia tiene por objeto la relectura –en clave
fenomenológica– de algunos pasajes del opusculum bonaventuriano: De Triplici via,
Alias incendium amoris en pro de la explicitación de rasgos de naturaleza
163
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fenomenológica que guarden un “aire de familia” con las tres reducciones del
denominado “método fenomenológico”.
*
LUIS FERNANDO BENÍTEZ ARIAS OFM
Universidad de San Buenaventura, Colombia
Tenemos así la vía para un análisis desde algunos autores medievales y otros más
contemporáneos. El desarrollo comprenderá: 1. Consideraciones generales del
abrazo en el imaginario medieval; 2. Visión franciscana del abrazo partiendo de la
intuición de San Francisco de Asís, siendo esta intuición y experiencia la fuente de
la comprensión del abrazo en la obra de Alejandro de Hales, en su alumno San
Buenaventura así como en los comentarios del Beato Juan Duns Scoto al tratado De
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*
SÍLVIA CONTALDO
Pontificia Universidad Católica de Minas Gerais, Brasil
*
SAULO MATIAS DOURADO
Universidad Federal de Bahía, Brasil
165
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*
LAURA CAROLINA DURÁN
Universidad de Buenos Aires, Argentina
Desde los comienzos del pensar filosófico en Occidente, la reflexión sobre los
cielos, sobre el universo, resultó un tema de primordial interés. Los fragmentos y
testimonios conservados de los presocráticos así lo demuestran. El esfuerzo del
pensar estuvo ligado originariamente a la idea de descifrar el orden del kósmos.
Platón y Aristóteles, los mayores referentes de la Antigüedad, se detuvieron en la
reflexión sobre los cielos. Theoria es visión, contemplación, en sentido de observar
a la vez que de considerar con el pensamiento.
166
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*
GLORIA SILVANA ELÍAS
Universidad Nacional de Jujuy - CONICET, Argentina
A partir de los documentos escritos desde 1932 a 1934 por el franciscano Fr.
Gabriel Tommasini respecto de la situación geográfica, demográfica y cultural de lo
que fue en el siglo XVI la gobernación del Tucumán, y en particular la situación de
los indios Ocloyas (ubicados en la zona Norte del actual Jujuy), se han escrito una
gran masa de estudios de corte histórico y antropológico al respecto, pero no así
análisis filosóficos sobre las perspectivas éticas y antropológicas subyacentes en las
acciones de los curas doctrineros franciscanos. Mi objetivo es poder llevar adelante
un análisis hermenéutico, a partir de los discursos y documentos que Tommasini
propicia en sus investigaciones, de las concepciones que los franciscanos pusieron
en juego en la conquista de América, en la zona indicada. De esta manera, me
propongo contribuir a los estudios filosóficos de la región sobre la presencia del
franciscanismo en Jujuy, y cuáles fueron los conceptos que de libertad y de hombre
pusieron en juego en sus Doctrinas.
*
SILVANA FILIPPI
Universidad Nacional de Rosario - CONICET, Argentina
167
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*
CECILIA GIORDANO
Universidad Nacional de Córdoba - Universidad Nacional Villa María, Argentina
Esta interpretación, que toma como referencia varios pasajes del Comentario de
Tomás a la Metafísica es asumida por Lawrence Dewan y Stephen Brock entre
otros. No obstante, cuando se trata de justificar la reiterada distinción tomasiana
entre forma y ser, remiten la diferencia al plano de la causalidad eficiente: esta
distinción sólo se da en las cosas creadas. Ahora bien, ¿es la sola causalidad
eficiente, suficiente para justificar la distinción essentia-esse, en los entes? ¿No nos
mantenemos aquí en un plano más bien, aristotélico?
168
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*
OLGA L. LARRE
Universidad Católica Argentina - CONICET, Argentina
*
CELINA A. LÉRTORA MENDOZA
Fundación para el Estudio de Pensamiento Argentino e Iberoamericano - CONICET,
Buenos Aires
169
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*
PAULO MARTINES
Universidade Estadual de Maringá, Brasil
170
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Nos interesa abordar, ahora, el origen de los posibles en la mente divina. Duns
Escoto entiende que, a partir de las ideas divinas se establecen los posibles, en
cuanto aquellas son compatibles con la existencia. Además, repite con insistencia
que los posibles son posibles ex se y principiative por el intelecto divino. Por otro
lado, sostiene que la posibilidad viene dada por una potencia lógica que implica la
no contradicción de los términos entre sí, mientras que el intelecto se considera
como una potencia metafísica, según un carácter activo o de principio de actividad.
171
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*
NELSON RAMIRO REINOSO FONSECA
Universidad de Antioquia, Colombia
172
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FERNANDA OCAMPO
Universidad de Buenos Aires - Universidad Nacional de Rosario, Argentina
*
MARIANO GABRIEL PACHECO
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
173
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*
ISMAEL OMAR PAVETTI RUIZ DIAZ
Universidad Nacional de Asunción, Paraguay
En la Edad Media surge una nueva visión estética que explica la belleza y el arte
partiendo de la idea misma del símbolo. A diferencia de la estética antigua, que
partía de una concepción mimética (veía el arte como imitación de la Naturaleza), en
el medioevo surge una nueva concepción estética según la cual el arte es una
expresión de lo sagrado mediante símbolos.
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Sin embargo, esta visión estética no llega a la escolástica, en donde el influjo del
aristotelismo represento una vuelta a la concepción mimética, el simbolismo
medieval es compatible con el platonismo, pero inadmisible para el naturalismo
surgido en la escolástica.
*
BEATRIZ REYES ORIBE
Universidad del Norte Santo Tomás de Aquino - CONICET, Argentina
En este trabajo se estudia una selección de las Rationes Equardi contenidas en una
cuestión de tipo quodlibetal del maestro Gonzalo de España: “Si la alabanza de Dios
en el cielo es más noble que el amor del mismo en la tierra”. Corresponde esta
intervención de Eckhart al período de tiempo que este maestro pasó en París y se
encuentra reunida con otras quodlibetales bajo el título de Quaestiones parisienses.
Dilucidar el asunto de la quaestio suponía comparar, por un lado, dos actos virtuosos
en dos grados de virtud diferente, y por otro, dos actos particulares de las potencias
del alma, así como dos estados del alma, el de viador y el del que ha llegado al
término del camino, que es en realidad su origen. Esta doble comparación planteada
en dos perspectivas doctrinales distintas, conllevaba dificultades para alcanzar la
respuesta o solución del problema. Sin embargo, Eckhart no responde directamente
la cuestión planteada, sino que propone una serie de argumentos sobre la superior
nobleza del intelecto, de sus hábitos y de sus actos.
*
FERNANDO SCHLITHLER DA FONSECA CARDOSO
Universidad de San Pablo, Brasil
No tratado Speculum Musicae, o Magister Jacobus (c. 1260 - após 1340) designa
a cadentia como o movimento de um intervalo musical ou concórdia imperfeita para
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uma mais perfeita, afirmando ser tal movimento em direção a um melhor ser –sicut
ad melius esse (Speculum Musicae IV, L). A relação intervalar entre as notas
musicais –remontando ao pensamento pitagórico– era compreendida na tradição do
pensamento especulativo musical medieval e da antiguidade como de natureza
quantitativa aritmética. A medida de perfeição das relações entre as notas era
compreendida como de proporção aritmética, sendo que imperfeição corresponderia
às relações menos proporcionais, e a perfeição à maior unidade na proporção. No
entanto, ao afirmar que o movimento da consonância imperfeita para a perfeita é
para um melius esse, Magister Jacobus, sem renunciar à constituição aritmética das
relações intervalares, atribui aos intervalos uma medida ou grandeza de perfeição
não aritmética, mas metafísica, que é aquela compreendida por Santo Tomás de
Aquino como quantitas virtualis (Summa Theologiae, I, q. 42, a. 1, ad 1) ou
quantitas intensiva (De Veritate, q. 2, a. 9). Ao atrelar uma perfeição aritmética
enquanto concretizada num objeto da física (número sonoro) a uma perfeição de
ordem metafísica, o Magister Jacobus nos permite ver como a música era por ele
compreendida enquanto subordinada às três ciências especulativas (Speculum
Musicae livro I, VIII) e assim, não reduzida ao estatuto epistemológico de scientia
media mas, eminentemente compreendida como integrando a metafísica.
*
MANUEL ALEJANDRO SERRA PÉREZ
Universidad de Murcia, España
Al menos dos han sido los ámbitos donde ha resultado más fecunda esta
recepción de la crítica heideggeriana, a saber, la filosofía analítica y la metafísica.
Muchos han retomado el estudio tanto del Corpus Aristotelicum como del Corpus
Thomisticum desde el lenguaje, dado pie a interesantes estudios desde esta propia
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Han sido bastantes los especialistas que tomaron el guante a Heidegger para
responder a su planteamiento en lo que a la metafísica en concreto se refiere. Cabe
destacar, entre estos, a Étienne Gilson, Jackes Maritain, Louis de Raeymaecker,
Cornelio Fabro, Pierre Aubenque, Raúl Echauri, Francisco Canal Vidals, Antonio
Millán-Puelles, Ángel Luis González.
*
JORGE AUGUSTO DA SILVA SANTOS
Universidad Nacional de Espiritu Santo, Brasil
177
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*
SUSANA B. VIOLANTE
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
El Dr. Joâo Lupi, nos ofreció una conferencia en la que planteó la posibilidad de
otro cristianismo posible si se hubieran revisado los contenidos de aquello que se
catalogó como “herejía”, que no lo fue, sino que, esas personas consideradas herejes,
pensaron el cristianismo desde un espacio y argumentación diferentes sin contrariar
los elementos fundantes de ese pensar. J. Lupi se basa en la Patrística y en los santos
Padres y nosotros involucramos el silenciamiento, en la misma época, de la tradición
espiritual femenina, los evangelios de María y María Magdalena, las Madres del
desierto, las mártires.
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*
JIMMY JOSÉ WASHBURN CALVO
Universidad de Costa Rica, San José
*
MARÍA LEONOR XAVIER
Universidad de Lisboa, Portugal
179
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180
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
O tema acerca das emoções, o moto das ações (emotiones), assume grande
relevância no interior dos estudos sobre a arte retórica. Não será diferente no período
do Renascimento, momento em que os estudos sobre a disciplina da Retórica
adquirem gande prevalência entre os pensadores humanistas. Um caso exemplar,
que figurou nos círculos humanistas de Roma, Florência e Pavia, foi a do romano de
nascimento, Lorenzo Valla (1407-1457).
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CANDELA ARRAIGADA
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
El miedo al erotismo en la
“Introducción a la Cuarta Jornada” del Decamerón de Boccaccio
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deja en evidencia, por un lado, el miedo que le genera el despertar sexual de su hijo
y, por el otro, su intención de reprimirlo para preservar su castidad. Pero lejos de
anular los apetitos del joven, su descripción de las mujeres abre paso al humor y al
doble sentido, que desarticulan toda seriedad. Así, en la visita a la ciudad, “La
prohibición nos aparece directamente, mediante el descubrimiento furtivo –parcial
para empezar– del territorio vedado” (Bataille). Esta historia, además de ser un
recurso utilizado por el narrador para justificar su ponderación de las mujeres, exalta
el triunfo de los impulsos naturales del cuerpo frente a la voluntad de silenciarlos
con el propósito de preservar el espíritu.
*
ALBERTO OSCAR ASLA
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
El miedo en el
Libro I de la Historia ecclesiastica gentis Anglorum de Beda el Venerable
183
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*
JULIÁN BARENSTEIN
Universidad del Salvador - Universidad Nacional de San Martín, Argentina
Desde Gregorio magno (Mor. in Job, XXXI, 45) a esta parte, si no desde antes,
explicar por qué y cómo puede Dios airarse ha sido un problema para muchos
184
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autores cristianos. Por mencionar sólo algunos casos, podríamos referirnos a las
celebérrimas especulaciones de Agustín (Civ. Dei., IX) y Tomás (ST I-II q. 24 a2)
sobre este asunto, empero nos interesa aquí exponer las de Lucio Cecilio Firmiano
Lactancio (245-325), más conocido como Lactancio. Nuestro autor pertenece, pues,
a la “etapa heroica” del cristianismo: habiendo transcurrido su existencia en medio
de las persecuciones y el clima hostil de África romanizada, llegó a ver la
conversión de Constantino para morir significativamente en 325, año en el que
habría de celebrarse el primer concilio ecuménico.
Nos interesa aquí, pues, detenernos en su opúsculo De ira Dei (aunque nos
referiremos eventualmente a sus otras obras, De Opificio Dei, De morte
persecutorum y a la monumental Institutiones divinae). La originalidad del tratado
de Lactancio acerca de la ira de Dios se vislumbra a partir de dos consideraciones: 1)
la mayoría de los autores cristianos, anteriores y posteriores a él, se apoyan sólo ‒al
describir la ira de Dios‒ en los solos testimonios de las Escrituras y 2) lo hacen
desde y en el marco de una postura cristiana a ultranza, i.e., la de un cristiano que se
refiere a otros cristianos. El punto de vista de Lactancio excede, y con creces, estos
dos límites, él no se basa sólo en los testimonios bíblicos ni se dirige sólo a los
cristianos y ello a causa del carácter apologético de su producción. Así las cosas, en
De ira Dei encontramos abundantes argumentos contra las sectas filosóficas más
afianzadas en el mundo romano, a saber, el estoicismo y el epicureísmo y, en
especial, contra este último. Para decirlo con pocas palabras, tanto estoicos como
epicúreos, aunque con diversos argumentos y estrategias, habían defendido la
concepción de una divinidad impasible; Lactancio arremeterá contra ellos para dar
cuenta, entre otras cosas, del carácter pedagógico de la ira de Dios.
A los fines de probar esto, nuestro trabajo está dividido en tres partes. En la
primera damos cuenta, de manera sucinta y esquemática, del problema de la ira de
Dios y sus alcances en el mundo cristiano. En el segundo, abordamos la concepción
de la divinidad propuesta por los estoicos y los epicúreos tal como lo entiende el
propio Lactancio, a saber, especialmente a partir de sus lecturas de Lucrecio (De
rerum natura), Séneca (De ira) y Cicerón (De natura deorum, Disputationes
Tusculanae, De legibus). En la tercera, por último, damos cuenta de la postura de
Lactancio, entendida como respuesta a las objeciones filosóficas.
185
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Mientras que, para los místicos especulativos del siglo XII –específicamente la
Escuela de Chartres, Ricardo y Hugo de San Víctor–, comprenden el término
affectio como sinónimo de lo que hoy llamamos ‘vida afectiva’ pero no lo vinculan
con la ‘vida moral’ del sujeto. Así, Ricardo de San Víctor opondrá la affectio a la
ratio al decirnos “ratio, qua discernamus, affectio qua diligamos” (Benj. Min III, 3).
El uso en plural del término –affectus– para Ricardo hace referencia a cuatro
movimientos del alma, raíz de los restantes: Amor, odio, gozo y dolor. Por su parte,
San Buenaventura se inscribe en la perspectiva anselmiana del uso del término
affectio. Así aludirá a las affectiones desordenas y torcidas del alma usando la
expresión affectio obliquae. Esto sucede, para el Seráfico Doctor, cuando el temor
no es santo, el dolor injusto, la alegría infundada o desproporcionada, o la confianza
presuntuosa (Magnavacca, 2014:54).
186
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*
LUIS FERNANDO BENÍTEZ ARIAS
Universidad de San Buenaventura, Colombia
187
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REVISTA DE LA RED LATINOAMERICANA DE FILOSOFÍA MEDIEVAL
MARIANA BLANCO
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
En este marco, nos interesa observar la estrecha relación entre los terrores
escatológicos expresados en las fuentes literarias y las transformaciones del
imaginario ligado a la muerte que se registran sobre todo a partir de los últimos
siglos de la Edad Media. Las grandes calamidades que azotaban a la sociedad
europea (peste, guerra, hambrunas), sumadas a la inquietud provocada por la llegada
del Juicio Final, cuya iconografía se difundió con especial énfasis en este período,
contribuyeron a intensificar el sentimiento de angustia ante la caducidad de la vida
(Delumeau 1978). La “voz del memento mori” resonaba con insistencia (Huizinga
1982) y la muerte adquirió un sentido dramático e individual que señalaba un desvío
frente a la tradicional familiaridad y la solemne resignación con que el hombre
aceptaba este hecho como parte del orden natural y del destino colectivo de la
especie (Ariès 2016). De ahí también el surgimiento de las ars moriendi o artes del
“bien morir”, que prescribían una suerte de “muerte canónica” concebida como la
culminación de una vida acorde a los preceptos religiosos (Mitre 2019). Siguiendo
esta línea, el análisis de las obras que integran el corpus, inscritas en la tradición del
drama didáctico-moral (Guglielmi 1980), nos llevará a reflexionar sobre la función
instrumental que asume el teatro en la transmisión del dogma y en la formación y
preparación del buen cristiano para el trance final de la vida.
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ENRIQUE CORTI
Universidad Nacional de San Martín - CONICET, Argentina
*
MARCONE COSTA CERQUEIRA
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
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sobre a questão das paixões, do desejo e emoções presentes no ser humano. Em vista
da abertura de um debate sobre esta questão, buscaremos demonstra que Maquiavel
vê todos os aspectos de sua análise através de uma lente política pautada na
materialidade das ações dos indivíduos e na educação do corpo político. Os
princípios formais de qualificação ética ou moral não podem ser utilizados de
maneira universal, seja no nível coletivo ou no individual. Muito menos podem ser
utilizados, tais princípios formais, na classificação de uma pretensa avaliação dos
indivíduos em vista de uma evolução moral individualmente empreendida.
Estas assertivas nos levam a questionar até que ponto Maquiavel está distante,
realmente, da tradição cristã medieval e da própria tradição grega, seja por vias
diretas ou indiretas de Platão, Aristóteles e do estoicismo. Por exemplo, ao atribuir,
em alguns momentos em seus textos, o adjetivo de “virtuosa” às obras de
determinado corpo político, ele não estaria reproduzindo o que parece negar? A
resposta a esta inquietação é preponderante para prescrutar os temas do temor e do
desejo, seja no nível coletivo ou no individual. Uma passagem que nos faz colocar
esta discussão, está em sua obra Histórias Florentinas, no capítulo 13 do Livro V.
Ao relatar o caso dos florentinos, ele deixa transparecer, à luz de sua própria tese,
que eles não tinham a “educação” correta que moldasse suas paixões em vista de
obras virtuosas. Neste sentido, a qualidade de “virtuoso” estaria entendida como um
adjetivo político, caracterizando um corpo político que tem a educação correta para
se tornar forte, expansionista, podendo perpetrar grandes feitos.
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ALEJANDRA DA CRUZ
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
La pieza secular medieval francesa Le jeu de Robin et Marion data del siglo XIII
(c. 1283) y fue escrita en lengua vulgar por el trovero Adam de la Halle. Se
compone de aproximadamente 800 versos, que llegaron hasta nuestros días a partir
de tres manuscritos de la primera mitad del siglo XV. En ella se retoman las figuras
de Robin y Marion para elaborar una obra dramática en la que es posible reconocer,
no solo algunos rasgos propios de las farsas, sino también de la pastorela, un género
muy cultivado en Occitania.
Consideramos que las emociones están fuertemente vinculadas a dos esferas que
diferenciamos sólo con fines explicativos, puesto que están intrínsecamente ligadas:
por un lado la literaria, relacionada con la evolución y resignificación de la pastorela
lírica, como ya mencionamos y, por tanto, el amor será el que ocupe un lugar de
gran importancia en la trama y, por el otro, con la histórico-cultural, en tanto la obra
fue pensada para representarse en la corte de Roberto de Artois, en el año 1283,
luego de las sangrientas Vísperas Sicilianas (1282-1302) y, en este punto, resaltará
la función social de la risa, acompañada por distintas expresiones corporales y
musicales.
El objetivo de nuestra presentación será, por tanto, explorar los modos del páthos
en este texto, atendiendo principalmente a la configuración del amor cortés, la
valentía y la cobardía. Para ello no sólo nos detendremos en las temáticas y
especificidades genéricas sino que extenderemos el análisis a la estructura doble, las
intercalaciones musicales, la dimensión lúdica y carnavalesca de las acciones, el
desarrollo psicológico de los personajes y las representaciones de los tipos sociales
en la obra, particularmente el caballero y el campesino.
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Deus não seria “nem isso, nem aquilo”, como sintetizou, não porque a nossa
linguagem não consiga expressar o seu ser, e sim porque o seu modo mesmo é
inefável e antes se pareceria com o próprio Nada (Nicht). Pela hierarquia celestial, o
homem almeja aquilo que Deus é. Se a perfeição da criatura é tornar-se o mais
próximo do criador, o homem para realizar-se plenamente há de se unir ao que
constitui o que Deus é. Se Deus é verbo, abandono e movimenta-se no não-ser; se
Deus é puro estar livre e desprendimento, o homem almeja se tornar esse mesmo
estado de liberdade ontológica. Por vias teístas, Eckhart chega à noção de Nada e de
liberdade original. O homem, em seu princípio, tem a centelha divina, livre de todo
ser, pois todo ser lhe é posterior. O que o homem faz em sua condição humana é
frutificar a centelha e fertilizar as criaturas ao torná-las tão livres quanto si: deixar o
ser ser. Dessa forma, a unidade do divino em todas as coisas é uma unidade pelo
desprendimento.
O percurso que põe o homem a se tornar livre tão livre quanto a deidade, em um
ciclo de desprendimento, fez Reiner Schümann definir o pensamento de Mestre
Eckhart como uma “alegria errante”, por descrever o homem sem um modo definido
e, por isto, no júbilo de estar livre e em plenitude. O desprendimento em Eckhart
seria um preenchimento de pura deidade, pois o Deus além de Deus transborda e se
frutifica desde o seu ser na alma humana, e o Nada, que é a ausência de definição do
ser, torna-se uma dinâmica de criação, uma abertura de possibilidades, tal como é no
abismo do Criador. Assim, a ausência de seres definidores do real não traria uma
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*
MARÍA ESTRELLA
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
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que si bien predomina la primera persona, en tanto suele narrarse una historia
individual, la aparición de la tercera persona permitirá tomar distancia del
sufrimiento y asumir un tono impersonal propio de la meditación filosófica, como
sucede en The Wanderer y The Seafarer. Asimismo, tanto The Wife’s Lament como
Wulf y Eadwacer están escritos desde una perspectiva femenina, lo que auspiciará
un análisis de aquellas vivencias del dolor asociadas con el género. El cotejo de
diferentes elegías nos permitirá apreciar la riqueza en los matices de la expresión del
sufrimiento, que van desde la exposición objetiva de un presente signado por la
destrucción a la resignación frente a lo inevitable, alcanzando en ciertos casos un
tono desolado y desgarrador, más allá de cualquier consuelo.
*
SILVANA FILIPPI
Universidad Nacional de Rosario - CONICET, Argentina
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Con todo, es un hecho que el término apátheia aparece tempranamente entre los
monjes cristianos. ¿Es que estos hombres consideran la emoción como un obstáculo
para la fe? La lectura de los textos bíblicos parece echar por tierra esta hipótesis. Es
harto evidente que los hombres fieles a Dios experimentan emociones, e incluso de
modo acentuado: ira, dolor, tristeza, desánimo, alegría, entusiasmo. ¿Qué sentido
podría tener la apátheia para los cristianos? Emulando las palabras de Heidegger,
¿podríamos decir que se trataría aquí de la “funesta” influencia del platonismo en el
cristianismo primitivo? ¿Se ha dejado de lado la concepción bíblica del hombre
como carne viviente para proclamar la exclusión de las emociones en cuanto
obstáculo para la razón?
*
NICOLÁS ARIEL LÁZARO
Universidad Católica de Santa Fe - Universidad Nacional de Rosario, Argentina
Esta ponencia se propone como una comunicación del estudio más general que
venimos realizando sobre los comentarios de Tomás de Vio a la Summa Theologiae
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En todo el tratado de las pasiones (S. Th. I-II, qq. 22-48), Santo Tomás analiza
los actos humanos secundarios, o por participación, comunes a hombres y animales.
Del breve comentario que hemos referido, nos ha llamado la atención el siguiente
pasaje en que el Príncipe de los Comentadores parece distanciarse del Aquinate:
“Propter quod, no video nisi accidentales differentias, licet non totaliter
accidentales, ut album et nigrum ad animal”. Habiendo escrito antes: “In octavo, in
responsione ad primum, adverte quod Auctor non aperit intentionem suam, an
putaverit has irae species esse veras species”. Ahonda todavía más: “Et posset forte
dici quod non sunt verae species ex parte obiecti, secundum quod cuius per se
differentias passionum differentiae sumuntur: quamvis ex parte subiecti, specifici
distinguantur”. Todo esto, en posible referencia a lo escrito por Tomás de Aquino en
el comienzo del artículo octavo, dando continuidad al planteo de la cuestión:
“Videtur quod Damascenus inconvenienter assignet tres species irae: scilicet fel,
maniam et furorem. Nullius enim generis species diversificetur secundum aliquod
accidens. Sed ista tria diversificantur sencundum aliquod accidens”. Todo esto,
claro está, lo hemos extraído de su comentario a S. Th. I-II, q. 46, a. 1.
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*
CARLOS T AFARELO LEME
Instituto de Ensino Luís Mascarenhas, Brasil
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*
CELINA A. LÉRTORA MENDOZA
Universidad Nacional del Sur - FEPAI - CONICET, Argentina
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*
NICOLÁS JOSÉ MARTÍNEZ SÁEZ
Universidad Nacional de La Plata, Argentina
La eutrapelia.
Recepción en los primeros cristianos y en los Padres de la Iglesia
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*
MARIANO GABRIEL PACHECO
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
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Un elemento que atraviesa las tres historias es cómo estas mujeres se relacionan
con su rol adjudicado en la sociedad y aquellas tareas que se consideran privilegio o
deber masculino, como “hacerse varón” era la única alternativa frente a ciertos
problemas. Consideramos que Christine utiliza el recurso del cambio sexo-genérico
no para adscribir a la concepción de que la mujer debe “masculinizarse” sino para
refutar que las características adjudicadas al varón fueran efectivamente exclusivas.
Las virtudes consideradas masculinas como la fuerza, la valentía, la honradez y la
moderación; se combinan con la emocionalidad en la imagen de mujer que nuestra
autora reivindica.
*
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A nosotros nos interesa considerar ahora solamente los pasos donde Juan estudia
las virtudes motivas según Avicena. Para ello seleccionamos algunos fragmentos
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Por su parte, Avicena señala que hay en el hombre una potencia motiva que
mueve su cuerpo. Esta potencia se relaciona tanto con la virtud vital apetitiva como
con la imaginativa y estimativa. Las potencias motivas pueden imperar el
movimiento o realizarlo. En el primer caso se trata de las potencias apetitivas o
desiderativas. En el segundo, de una potencia que se halla “infusa en los nervios y
los músculos”. Las apetitivas se dividen en concupiscible e irascible y mueven
teniendo lo imaginado en la imaginación.
En este mismo sentido, Juan parece orientar su consideración sobre las potencias
motivas según Avicena para que concuerde con la perspectiva del Damasceno y, en
definitiva, consolidar su propia elaboración sobre el tema. De hecho, al tratar de la
voluntad, Juan parece abandonar su seguimiento de Avicena.
En los capítulos 108 a 110 Juan se ocupa de determinar basado en Avicena las
diferencias entre los apetitos y las afecciones, las potencias y aptitudes y,
finalmente, sobre las virtudes motivas exteriores.
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económica y política (si Heidegger acierta en pensar que la obra de arte “pone en
obra la verdad” y, a la vez, “instala un mundo”, para este segundo tema son
importantes algunas producciones fílmicas, quizá, el arte de nuestro tiempo).
*
GERARDO FABIÁN RODRÍGUEZ
Universidad Nacional de Mar del Plata - CONICET, Argentina
Agobardo dedica, a comienzos del siglo noveno, una serie de obras destinadas a
señalar las razones por las cuáles se deben rechazar y excluir a los judíos, incluso del
bautismo. Su escritura nos revela un autor pasional, en dónde las emociones (el odio
a los judíos) desempeñan un papel fundamental, incluso por sobre sus
argumentaciones, muchas veces contradictorias y demasiado sustento doctrinal.
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*
ERNESTO MANUEL ROMÁN
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
Sine culpa et causa: en torno a algunos motivos éticos del “abandono de las
virtudes” en el Espejo de las almas simples de Margaritte Porete
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El alma que se guía por las enseñanzas de Dama Razón se vuelve sierva de las
virtudes, obra sin cesar y da todo su empeño en cumplir aquellos imperativos que
ellas le dictan. Mediante su voluntad busca someterse a las exigencias de las
virtudes. Pero no puede lograrlo, sus acciones, por más empeñada que esté en ello la
voluntad del alma, nunca alcanzan la vara de la virtud. La razón, entonces, lejos de
liberar al alma, la encadena a la culpa. Por eso para Margarita (quien parece
oponerse casi en bloque a los distintos planteos de la tradición ética occidental de
Aristóteles a Kant) la liberación del alma pasa por dos ejes esenciales: muerte de la
voluntad y superación de la razón.
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privado de él. La lengua en la que venimos al lenguaje, próxima al confín entre las
palabras y las cosas, el deseo de comer y el deseo de hablar, permite pensar una
praxis ética que no esté fundamentada en el dominio de sí y de las pasiones, sino en
una enseñanza afectiva y liberadora, que podría tener como modelo esta vez la
relación Madre-Hija. De esta manera, la muerte de la voluntad no lleva al alma a la
inacción pues, según nos recuerda Blanca Garí (traductora del Espejo al castellano),
en este anonadamiento: “no hay quietismo en ese no-obrar por sí mismas, pues se
dice de tales almas que ‘podrían gobernar un país si fuera necesario, y [lo harían]
todo sin ellas mismas’”. Una vez que el alma haya abandonado las virtudes y
transmutado la Razón por el entendimiento de Amor estará libre y en este punto
puede decirse que comienza su verdadera aventura (en la que experimentará desde
los éxtasis más surrealistas hasta las más profundas tribulaciones y angustias):
aquella que anda a campo traviesa por el país de la libertad.
*
MANUEL ALEJANDRO SERRA-PÉREZ
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
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REVISTA DE LA RED LATINOAMERICANA DE FILOSOFÍA MEDIEVAL
la célebre afirmación de Dante: “I’mi son un che, quando / Amor mi spira, noto, e a
quel modo/ ch’e’ ditta dentro vo significando” (versos 52-54).
Por otro lado, en el Canto XI del Purgatorio, donde se purifican los soberbios,
Dante dialoga con el eximio miniaturista Oderisi da Gubbio, quien declara que en la
historia los artistas siempre son superados por sus continuadores, salvo en períodos
de decadencia: “così ha tolto l'uno a l’altro Guido / la gloria de la lingua; e forse è
nato/chi l’uno e l'altro caccerà del nido” (versos 97-99). En esta sucesión, Guido
Guinizzelli es aventajado por Guido Cavalcanti y, según la profecía de Oderisi, se
avecina un poeta mayor, que los comentaristas identifican con Dante. El anuncio de
fama, por tratarse de una terraza en la que debe buscarse la humildad, aparece
velado. Dante reflexiona sobre lo efímero de la gloria poética, que no se compara
con la dimensión eterna de la vida humana. En la tradición en la que se ubica Dante,
la concepción del sentimiento amoroso que inaugura Guinizelli es central: si en el
Canto XI se lo considera superado por sus discípulos, en el XXVI él mismo señala a
sus predecesores.
*
MARIA CRISTINA THEOBALDO
Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
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*
ANABELLA VALEO
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
JAZMÍN RIAL
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
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*
SUSANA BEATRIZ VIOLANTE
Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina
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La emoción expresada en un caso y silenciada en otro, tal vez tenga que ver con
el mandato del orden confesional en Agustín (s. IV-V), en sus Confesiones al relatar
diferentes manifestaciones sobre la muerte, ya sea la muerte entendida como
superación de etapas de vida que generan una visión histórica de cambio en la
identidad de la persona o, el relato, conmovedor, ante la muerte de su amigo
Nebridio, producida antes de la conversión. Relato que se contrapone a la expresión
de sus emociones frente a la muerte de Mónica, su madre, luego de la conversión y
lo que será su emoción ante la muerte de su hijo Adeodato en que aparece la
imposibilidad de llorar por considerarlo un pecado, algo pueril y carnal.
Por último, el ejemplo de una mujer cuya vida, conforme su propio relato, está
lejos del imaginario idealizado. Nos referimos a Christine de Pizan (1364-1431)
quien se enfrenta a Jean de Meung al decir de las mujeres, en el Roman de la Rose,
que: “¿eran sexualmente voraces, engañosas, inmorales y no fiables?”. Christine
comienza leyendo el Libro de las lamentaciones de Mateolo, obra del siglo XIII que
trata del matrimonio en la que el autor escribe que “las mujeres hacen miserables las
vidas de los hombres”. Al leer estas y otras sentencias, Christine se molesta y se
avergüenza de ser mujer: “Abandonada a estas reflexiones, quedé consternada e
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
Sílvia Contaldo
Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, especialização em Metodologia do Ensino Superior e em Filosofia pela
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Mestrado em Letras - Literaturas
de Expressão Portuguesa, também pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais. Doutorou-se em Filosofia Medieval pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul. É professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
e do Instituto Santo Tomás de Aquino. Leciona História da Filosofia Antiga, História
da Filosofia Medieval e Prática de Ensino e Estágio Supervisionado, no curso de
Filosofia. Na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, leciona Filosofia da Educação
e supervisiona o Estágio Curricular da Licenciatura em Filosofia. É Coordenadora
Institucional do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID -da PUCMINAS.
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Walter Redmond
Ha enseñado filosofía y materias afines en universidades en EEUU, Alemania,
España, México y otros países de Latinoamérica. Sus especialidades son: la lógica y
su historia, la filosofía teológica, filosofía analítica, la fenemenología temprana y la
filosofía del Siglo de Oro en Iberia y Latinoamérica. Ha publicado libros y artículos
sobre estos y otros tópicos en inglés, castellano, alemán y latín, y ha traducido tres
libros de Edith Stein al inglés y varios textos filosóficos del período colonial
latinoamericano al castellano. En su actividad docente y literaria ha deseado ubicar
una filosofía perenne señalando cómo intuiciones clásicas y tradicionales se reflejan
en la filosofía actual, tanto fenomenológica como analítica.
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
I. Envío
Los trabajos podrán estar escritos en castellano, portugués, italiano, francés o inglés,
y serán enviados por correo electrónico, en archivo .doc, a la dirección de la revista:
red.lafm@yahoo.com.ar
Asimismo, los autores facilitarán en otro archivo un breve curriculum vitae con el
nombre de la institución donde trabajan y su situación profesional actual, que no
exceda los 7 renglones.
II. Presentación
II.1 Artículos
Los artículos, originales e inéditos, tendrán una extensión máxima de 30 hojas (DIN
A-4), utilizando tipos Times New Roman 11, a espacio simple, incluyendo las notas
en Times New Roman 10, gráficos, cuadros e ilustraciones.
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El cuerpo del texto irá dejando una línea después del título/subtítulo o epígrafe.
Las citas se pondrán “entre comillas”, y las ‘citas dentro de las citas’. No se usarán
comillas francesas. Las citas de más de tres renglones deben ir separadas del cuerpo
del texto, con una sangría de un cm a la izquierda. En todos los casos, se requiere
que la cita sea en el mismo idioma del texto principal y que se incluya en nota a pie
el texto en idioma o lengua original.
La itálica se usará sólo para las palabras extranjeras, aun cuando pertenezcan al
vocabulario técnico filosófico.
Para destacar una palabra o frase se usará negrita, procurando no abusar de estos
destaques.
Las rayas (–) sirven para introducir una aclaración que, según la RAE, “supone un
aislamiento mayor con respecto al texto en el que se insertan que los que se escriben
entre comas, pero menor que los que se escriben entre paréntesis”, y deben ir
―pegadas― (sin espacio) a la primera y última palabra de la oración que separan.
Los guiones, en cambio, (-) se usarán para separar fechas: “1070-1072”; para crear
sustantivos compuestos ocasionales: “ciudad-estado”; para vincular palabras que
formen un concepto: “ser-para-sí”; para separar el prefijo de su base con el fin de
hacer hincapié en el valor semántico de la partícula: “re-presentación”, etc. En otras
lenguas, como el portugués por ejemplo, para respetar los casos gramaticales que así
lo exigen: “pode-se”, “louvou-os”, “obedecer-lhes”.
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Las referencias a obras citadas aparecerán sólo a pie de página y deben numerarse
correlativamente. El artículo no llevará una bibliografía completa al final ni dentro
de una nota a pie de página. En las notas a pie también se incluirán los comentarios
o aclaraciones al texto que el autor crea pertinentes y oportunas.
Libro: Nombre completo y Apellido del autor, Título, Ciudad, Editorial, año, pp. de
la cita. Cuando la autoría del texto referenciado corresponda a más de tres personas,
se escribirá el apellido de la primera seguido de “et al.”
Ejemplos:
*Juan Rodríguez, La filosofía medieval, Buenos Aires, Académica, 2015, p. 2 (o
bien pp. 2-3).
*Juan Rodríguez - Paula Pérez- Pedro López et al. (dirs.), La Edad Media
occidental, Buenos Aires, Académica, 2015, p. 2 (o bien pp. 2-3).
Artículo: Nombre completo y Apellido del autor, “Titulo del artículo”, Nombre de
la Revista, tomo o volumen, número, año, p inicial y p. final la primera vez, con
indicación de las específicas mencionadas.
Ejemplo:
* Juan Rodríguez, “La filosofía medieval”, Revista medieval, 2, 53, 2015, pp. 150-
160 (p. 154).
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En caso de repetirse alguna cita, se debe indicar: Apellido del autor, ob. cit., pp. En
caso de que hubiera más de una obra del mismo autor, la segunda mención sólo debe
contener las primeras palabras del título de la obra si éste es largo, seguidas de la o
las páginas citadas.
Ejemplos:
* Primera citación:
Juan Rodríguez, “La filosofía medieval”, Revista medieval, 2, 53, 2015, pp. 150-
160 (p. 154).
* Restantes citaciones de un único artículo del autor:
J. Rodríguez, ob. cit., p. 151.
*Restantes citaciones de un artículo de un autor del que se han citado otras obras:
J. Rodríguez, “La filosofía medieval...”, p. 15.
En caso de que la cita se repita en la nota siguiente, y siempre que se trate de páginas
diferentes, sólo indicar “ibíd., pp.”. En caso de que sea la misma página o páginas de
la cita anterior, solo indicar “ibíd”.
Las citas de documentos inéditos se harán por el catálogo del repositorio al que
pertenecen. Lo mismo para mapas, dibujos, fotos y otros documentos que se ubican
por catálogos. En general: Título del documento, Nombre del archivo y el lugar de
localización (fondo, serie, legajo, expediente, etc.), indicando entre paréntesis la
abreviatura del repositorio que se utilizará en las citas siguientes.
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- Traducciones de fuentes: igual extensión que los artículos. Incluirán una breve
introducción, luego el texto en el idioma traducido, y finalmente el texto en lengua
original.
- Sectio latina: artículos escritos en latín: máximo 2500 (dos mil quinientas)
palabras
- Noticias: todas las noticias deben estar directamente vinculadas con algún
miembro de la Red Latinoamericana de Filosofía Medieval. La categoría
comprende:
a) Informes (resúmenes) de tesis de posgrado (doctorado, maestría y especialización)
defendidas y aprobadas durante el año de publicación del número correspondiente.
Deben llevar esta indicación. Máximo 1500 palabras.
b) Eventos académicos latinoamericanos en los que participen al menos tres países,
tanto: b.1) Por efectuarse; b.2) crónicas de eventos ya efectuados durante el año de
publicación del número correspondiente. La extensión máxima para ambas
categorías es de 1500 palabras.
c) Informes de nuevas cátedras. Se debe adjuntar el programa, sin que éste supere las
1500 palabras.
d) Premios y distinciones recibidos durante el año de publicación del número
correspondiente. Máximo 500 palabras.
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Se desea que los editores adopten uniformemente los mismos signos críticos y
abreviaturas tanto en el texto editado como en su aparato crítico, de manera tal que
no sólo la edición particular sino todas las presentadas en la revista Mediaevalia
Americana sean coherentes entre sí y faciliten, al mismo tiempo, la comprensión del
lector. En vistas a ello, incluimos a continuación una lista de las abreviaturas y
signos más frecuentes
EL TEXTO
Stemma codicum
Se recomienda realizar un stemma codicum que dé cuenta de las familias de
manuscritos que se han utilizado para establecer la edición. Las letras asignadas a
cada manuscrito y/o familia de manuscritos serán las que se consignen en el aparato
crítico al momento de establecer las variantes.
Signos recomendados
- Las letras, sílabas o palabras añadidas serán puestas entre corchetes oblicuos <>
Ejemplos: eadem <ad> omnia agimus
prout contrahit<ur> ad differentiam boni causati
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Atención: cuando se trata de una abreviatura que el editor ha podido leer pero no ha
podido descifrar, corresponde ponerla en el aparato crítico (y no asimilarla a texto
ilegible eliminándolo con puntos suspensivos). Tal vez un paleógrafo que lea la
edición puede descifrarla y completar el texto.
Señalización
El cambio de párrafo se debe señalar dejando doble espacio.
Se debe marcar cada cinco líneas del original, colocando el número de línea (5, 10,
15, etc) por página en el cuerpo del texto, con superíndice en negrita, tamaño 11 p.
Puntuación y mayúsculas
Conviene que la puntuación latina se adecúe a la puntuación de las lenguas
romances (castellano, portugués, francés e italiano), así como el uso de las
mayúsculas. A este respecto, recordamos que los títulos únicamente llevan
mayúscula en la primera palabra y en los nombres propios. Ejemplos: De beata vita;
Vita sancti Anselmi cantuariensis archiepiscopi. Los gentilicios tampoco llevarán
mayúscula. Ejemplo: Disputatio christiani cum gentili.
Caracteres y ortografía
Se deberá utilizar la grafía y la ortografía de la época del Ms. testigo más antiguo
que se conserve. En la misma línea de decisión crítica hay que ubicar las
correcciones a las faltas manifiestas (que no tienen por qué ser mantenidas en la
edición). Por ello, se deberá mantener la uniformidad en la elección de caracteres: j
o i, v o u; así como la elección por el diptongo ae o su abreviatura en e. También se
deberá mantener la uniformidad ortográfica, principalmente en la elección de
prefijos, tales como: assentio o adsentio; immuto o inmuto.
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APARATO CRÍTICO
La lengua del aparato crítico será en latín y tiene por objeto consignar: a) las
conjeturas adoptadas y las propuestas dubitativas, b) las conjeturas propuestas por
otros editores, c) las variantes entre manuscritos y/o familias de manuscritos. Para
este último punto, no se señalarán las variantes ortográficas.
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I. Envio
II. Apresentação
II. 1 Artigos
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O texto será digitado sem recuos à esquerda, sem tabulação automática para as
enumerações. O número das notas deve ser colocado antes da pontuação.
As citações serão digitadas “entre aspas” e as ‘citações entre citações’, com os sinais
indicados. Aspas francesas não devem ser utilizadas. Citações com mais de três
linhas devem ser separadas do corpo do texto, recuado um centímetro à esquerda.
Em todos os casos, é necessário que a citação esteja na mesma língua do texto
principal e que o texto no idioma original seja citado em nota de rodapé.
O itálico só será utilizado para palavras em idioma estrangeiro, ainda que pertençam
ao vocabulário técnico.
O negrito será utilizado para destacar uma palavra ou frase, sem, entretanto, abusar
desses destaques.
Todas as notas de cada artigo não devem exceder um quinto do tamanho total do
artigo.
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Livro: Nome e sobrenome completo do autor, título, cidade, editora, ano, pp. Da
citação. Quando a autoria do texto referenciado pertença a mais de três pessoas, será
escrito o sobrenome do primeiro, seguido de "et al."
Exemplos:
* Juan Rodriguez, La filosofía medieval, Buenos Aires, Académica, 2015, p. 2 (ou
pp. 2-3).
* Juan Rodríguez – Paula Pérez – Pedro López et al. (Eds.), La Edad Media
occidental, Buenos Aires, Académica, 2015, p. 2 (ou pp. 2-3).
Caso uma citação se repita, deve-se indicar: o sobrenome do autor, ob. cit., pp. No
caso de haver mais de uma obra do mesmo autor, a segunda menção deve conter
apenas as primeiras palavras do título da obra se for longo, seguido da página ou das
páginas citadas.
Exemplos:
* Primeira citação:
Juan Rodriguez, “A filosofía medieval”, Revista medieval, 2, 53, 2015, pp. 150-160
(p. 154).
* Restantes citações de um único artigo do autor:
J. Rodríguez, ob. cit., p. 151.
* Restantes citações de um artigo de um autor que foram citadas outras obras:
J. Rodríguez, “A filosofía medieval...”, p. 15.
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Quando a cidade da edição tiver tradução ao idioma do artigo, prefere-se esta forma.
Por exemplo, “Florencia” (no caso do castelhano) ou “Florença” (para o português)
são preferidas, ao invés de “Firenze”. Isto não se aplica ao nome da editora e à
instituição que imprimiu a obra, por exemplo, “Leuven University Press”.
- Traduções de fontes: tamanho igual aos dos artigos. Incluirão uma breve
introdução e em seguida, o texto no idioma traduzido e, finalmente, o texto no
idioma original.
- Sectio latina: artigos escritos em latim: Máximo de 2500 (duas mil e quinhentas)
palavras
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O TEXTO
Stemma codicum
Recomenda-se fazer um stemma codicum que abranja as famílias de manuscritos
que foram usados para estabelecer a edição. As letras atribuídas a cada manuscrito e
/ ou família de manuscritos serão as indicadas no aparato crítico, na ocasião de
definir as variantes.
Caso a edição estabeleça famílias e linhas de transmissão, pela primeira vez, ou que
participe de uma polêmica existente, o editor deve registrar na introdução todas as
informações pertinentes.
Sinais recomendados
- As letras, sílabas ou palavras acrescentadas serão postas entre < >
Exemplos: eadem <ad> omnia agimus
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Atenção: quando se trata de abreviatura que o editor tenha podido ler, mas não
conseguiu decifrar, convém colocá-la no aparato crítico (e não assimilá-la a texto
ilegível eliminando-a com elipses). Talvez um paleógrafo que leia a edição possa
decifrá-la e completar o texto.
Sinais
A mudança de parágrafo deve ser indicada, deixando espaço duplo.
Deve-se indicar cada cinco linhas do original, inserindo o número da linha (5, 10, 15
e sucessivamente), a partir da primeira página, no corpo do texto, em tamanho 11,
em negrito sobrescrito.
Pontuação e maiúsculas
É conveniente que a pontuação latina se adéqüe à pontuação das línguas românicas
(castelhano, português, francês e italiano), bem como o uso de letras maiúsculas. A
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Caráteres e ortografia
Deve-se utilizar a grafia e a ortografia da época do Ms., com base no documento
mais antigo que tenha sido conservado. Na mesma linha da escolha crítica é preciso
introduzir as correções aos erros evidentes (que não precisam ser mantidos na
edição). Portanto, deverá ser mantida a uniformidade na escolha dos caráteres: j ou
i, v ou u, assim como a escolha pelo ditongo ae ou sua abreviatura e. Deve-se
também manter a uniformidade ortográfica, principalmente na escolha de prefixos,
tais como assentio ou adsentio; immuto ou inmuto.
APARATO CRÍTICO
O idioma do aparato crítico é o latim e destina-se a apontar a: a) as conjeturas
adotadas e as propostas em dúvida, b) as conjeturas propostas por outros editores, c)
as variações entre os manuscritos e/ou famílias de manuscritos. Para este último
ponto, as variantes ortográficas não serão indicadas.
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Año 7, N. 2, diciembre 2020. ISSN 2422-6599
ÍNDICE
Artículos 5
Silvia Contaldo
De onde vem o mal? Uma breve leitura de De natura boni 7
Resumen 21
Resumo 23
Abstract 25
José de Jesús Herrera Ospina - Nelson Ramiro Reinoso Fonseca
La estética medieval: entre lo grotesco y lo liminal 27
Resumen 41
Resumo 43
Abstract 45
María Elisa Ladrón de Guevara
Aportes de Avicena a la noción tomista de ‘creación’.
Acerca de la doctrina aristotélica de la causalidad 47
Resumen 61
Resumo 63
Abstract 65
Susana B, Violante
Otloh de San Emeramo. Un siglo XI diferente 67
Resumen 79
Resumo 81
Abstract 83
Varia 85
João Lupi 87
Outro cristianismo é possível
Resumen 91
Resumo 93
Abstract 95
Edición crítica 97
Celina A. Lértora Mendoza
Fray Cayetano Rodríguez OFM - Curso de Física, 1782.
Primae Physicae Pars, Liber Secundus. 99
Resumen 121
Resumo 123
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Abstract 125
Documentos 159
Resúmenes del II Coloquio Intercongresos- Buenos Aires 2020 161
Resúmenes de IV Jornadas de Filosofía Medieval “Francis P. Kennedy”
Coloquio argentino 2020 de la Red Latinoamericana de Filosofía Medieval 181