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Manual Técnico Educativo:

O BRINCAR
no ambiente hospitalar
um guia prático para o profissional de saúde
Manual Técnico Educativo:

O BRINCAR
no ambiente hospitalar
um guia prático para o profissional de saúde

Autores:
Karen Setenta Loiola
Alessandra Baptista
Silva Cristina Nunez
Ricardo Scarparo Navarro

Programa de Pós Graduação Bioengenharia- Universidade Brasil


Título: Manual Técnico Educativo: O brincar no ambiente hospitalar um guia prático para o profissional
de saúde.Autores: Karen Setenta Loiola, Alessandra Baptista, Silvia Cristina Nunez, Ricardo Scarparo
Navarro

Este e-book é uma produção originária da Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação em
Bioengenharia da Universidade Brasil, intitulada “O brincar no processo de enfrentamento da
hospitalização infantil: elaboração de um manual técnico-educativo para o profissional de saúde”, de
Karen Setenta Loiola, co-orientanção: Profa Dra Alessandra Baptista, orientação: Prof Dr Ricardo
Scarparo Navarro. 2020
Coordenação do Programa de Pós Graduação em Bioengenharia da Universidade Brasil: Profa Dra Silvia
C. Nunez.
Pró Reitor de Pós graduação e Pesquisa: Prof Dr Marco Antonio Zonta
Reitor: Prof Dr Felipe Sigollo

Edição: Karen Setenta Loiola, Ricardo Scarparo Navarro


Capa: Polli Ramos
Ilustrações: Polli Ramos
Diagramação: Karen Setenta Loiola, Polli Ramos, Ione Maria Ferreira Rodrigues
Revisão: Karen Setenta Loiola, Alessandra Baptista, Silvia Cristina Nunez, Ricardo Scarparo Navarro,
Ione Maria Ferreira Rodrigues.

Os autores do manual técnico em formato de e-book “O brincar no ambiente hospitalar um guia prático
para o profissional de saúde”, autorizam a reprodução e divulgação parcial ou total desse manual, desde
que citada a fonte.
Dados Internacionais de Catálogo na Publicação (CIP)

L826b Loiola, Karen Setenta

O brincar no ambiente hospitalar: um guia prático para o profissional de


saúde [livro eletrônico] / Karen Setenta Loiola...et - 1. ed. - São Paulo:
Universidade Brasil, 2020.

Recurso digital, 38 p.: il. color.


Formato: PDF
Inclui Bibliografia
ISBN 978-65-00-10733-3

1.Comportamento Infantil. 2. Lúdico. 3. Manual Educativo. 4. Psicologia


Hospitalar. 5. Bioengenharia. I. Baptista, Alessandra. II Navarro, Ricardo
Scarparo. III. Nunes, Silva Cristina. IV. Título

20. ed. CDD 155.42

Bibliotecária Responsável: Ione Maria Ferreira Rodrigues CRB 8/9555


Karen Setenta Loiola
Karen é psicóloga e se encantou pelo universo do brincar ainda na graduação
quando teve a oportunidade de estagiar na primeira Brinquedoteca da Bahia, a
Keca & Companhia. Nessa casa de brincar, arte e cultura atuou por quase 14
anos como brinquedista e metade deles como coordenadora. Como professora
universitária leva sua paixão pelo brincar para sala de aula, estágios e
formações que promove.

Psicóloga CRP 03/4868


Mestra em Bioengenharia
Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental
Especialista em Gestão de Pessoas
Especialista em Gestão e Docência para Educação 4.0
Psicomotricista pela Associação Brasileira de Psicomotricidade
Brinquedista pela Associação Brasileira de Brinquedotecas

karensetentapsi@yahoo.com.br
@karen70loiola
Alessandra Baptista
CROSP 58464

Graduada em Odontologia pela Universidade da Cidade de São


Paulo; Mestre em Lasers em Odontologia pelo IPEN/FOUSP;
Doutora em Ciências pelo IPEN-USP; Professora e
Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em
Bioengenharia da Universidade Brasil.

alessandra.baptista@universidadebrasil.edu.br

Ricardo Scarparo Navarro


CROSP 58464
Cirurgião dentista formado pela Faculdade de Odontologia da
Universidade FOUSP, Doutor em Ciências Odontológicas (área de
Odontopediatria) pela FOUSP. Professor e Pesquisador dos
Programas de Pós-Graduação em Bioengenharia e Engenharia
Biomédica, professor do Curso de Graduação em Odontologia da
Universidade Brasil.

ricardosnavarro@gmail.com

Silvia Cristina Nunez


CROSP 48525

Graduada em Odontologia. Doutora em Ciências pela USP-SP,


Coordenadora do Mestrado em Bioengenharia da Universidade
Brasil e Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com seres
Humanos da Universidade Brasil. Autora de 4 livros e artigos
científicos publicados internacionalmente em revistas científicas

silvia.nunez@universidadebrasil.edu.br
Prefacio '

Brincar é coisa séria!

O trabalho apresentado neste manual nos faz refletir sobre a importância do


brincar para a criança e adolescente que esteja em um atendimento hospitalar.

Cada criança ou adolescente é um ser único que tem sua história de vida, seu
núcleo familiar, sua personalidade, seus sentimentos. Daí a importância de
enxergar este indivíduo naquele momento que passa por um tratamento a nível
hospitalar. Não só o indivíduo, mas também seu cuidador que também tem sua
individualidade.

É indispensável contar com pessoas especializadas que tragam o brincar como um


instrumento no atendimento à saúde, devendo fazer parte da equipe
multiprofissional, trabalhando de forma interdisciplinar com os demais membros
desta equipe.

Neste trabalho, os autores conseguem expor não só a importância e o direito do


brincar para a criança e adolescente hospitalizado, assim como a forma que
podemos concretizar e beneficiar estes indivíduos nas diversas faixas etárias.

Este é um trabalho de extrema importância fundamentando a necessidade do


brincar no atendimento da criança e adolescente a nível hospitalar.

Teresa Cristina Cardoso Fonseca


Médica Onco-Hematologista Pediatra Diretora Executiva do Grupo de Apoio à Criança com
Câncer Sul Bahia. Professora do Curso de Medicina da Universidade Estadual Santa Cruz.
Apresentacao
~
'
SOBRE ESSE MANUAL TÉCNICO-EDUCATIVO

Esse manual foi desenvolvido pela discente sob orientação dos docentes do
Programa de pós graduação stricto sensu de Mestrado Profissional em
Bioengenharia da Universidade Brasil, como parte integrante da Dissertação de
Mestrado como requisito para obtenção do título de Mestre em Bioengenharia.
Feito em formato digital de e-book, com livre acesso visando facilitar sua consulta
e ser amplamente utilizado e divulgado, sendo voltado principalmente aos
profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas,
psicólogos, fonoaudiólogos, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais,
bem como familiares e público em geral, com objetivo de orientar de forma prática
e direcionada, como utilizar de recursos lúdicos visando melhorar o enfrentamento
da criança a condição de hospitalização e tratamentos em saúde.  Nossa maior
motivação na sua criação é divulgar o conhecimento científico, valorizando
práticas e procedimentos integrativos complementares, atuação multiprofissional
e benefícios aos pacientes em diferentes situações.

O manual como produto da Dissertação de Mestrado Profissional em


Bioengenharia da Universidade Brasil se propõe ser um recurso voltado a
comunidade de profissionais de saúde e com ação aos pacientes pediátricos sob
tratamento trazendo benefícios diretos a esses, bem como a sociedade.
SOBRE O BRINCAR

O brincar é uma das formas de expressão mais genuínas de uma criança, além de
ser fundamental para o seu desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social.
É a forma pela qual ela se comunica e expressa ativamente seus sentimentos,
ansiedades, frustrações e desejos.

Este manual técnico-educativo tem como objetivo orientar os profissionais de


saúde, acompanhantes e responsáveis por crianças hospitalizadas no intuito de
promover melhores condições para o enfrentamento e o melhor bem estar delas em
todo período de estadia.

Busca instruir de modo simples como promover brincadeiras em um ambiente


lúdico no contexto hospitalar. Inserir estratégias de enfrentamento mais eficazes
que levem em conta o que existe no repertório da criança, é familiar no seu
universo, o que ela gosta de brincar e fazer, no sentido de estender e tornar
significativa a sua aplicação.

Acreditando que estas medidas poderão auxiliar no entendimento da criança frente


ao seu processo saúde-doença, e desta forma, permitir que a mesma possa se
sentir mais segura naquele local estranho e ajudá-la a aderir mais rapidamente ao
tratamento que é um fator importante na sua recuperação e no tempo de
internação.

Os autores tiveram como motivação para a criação do manual técnico por


acreditarem e valorizarem a importância e maravilhas do ato de brincar, e que tais
ações precisam ser propagadas por uma série de benefícios cientificamente
comprovados, mas acima de tudo, por simplesmente causar divertimento e prazer a
quem pratica. Criança é criança em qualquer lugar!
'
Sumario
O DIREITO DE BRINCAR..................................................................................09
BENEFÍCIOS DO BRINCAR................................................................................10
CRIANÇA HOSPITALIZADA PODE BRINCAR?........................................................11
O BRINCAR POR FAIXA ETÁRIA ........................................................................14
De 0 até 18 meses..........................................................................................15
De 18 meses até 3 anos....................................................................................16
De 4 anos até 6 anos.......................................................................................17
De 7 anos até 12 anos......................................................................................18
OS VÁRIOS TIPOS DE BRINCAR........................................................................20
Brincar sozinho..............................................................................................20
Brincar de faz de conta....................................................................................20
Brincar com outras pessoas...............................................................................21
Brincar livre..................................................................................................21
Brincar inventando..........................................................................................21
Brincar aprendendo.........................................................................................22
Brincar jogando e competindo............................................................................22
BRINQUEDO TERAPÊUTICO..............................................................................23
DIÁRIO DAS EMOÇÕES....................................................................................26
OS PAIS TAMBÉM PODEM BRINCAR...................................................................28
BRINCADEIRAS NOS LEITOS.............................................................................30
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS.........................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................37
O DIREITO DE BRINCAR

Garantido por lei, brincar não é importante apenas para a saúde física, mas
também para a saúde emocional e intelectual da criança. 

A Lei Federal nº 8069/90 assegura que toda criança tem o direito de


brincar ao afirmar que “Todas as crianças têm direito: à vida e à saúde, à
liberdade, ao Respeito e à Dignidade, à convivência familiar e comunitária, à
educação, à cultura e ao lazer, à proteção ao trabalho [...]" [1]. 

Frente à constatação da importância de brincar para a criança mesmo


hospitalizada, em março de 2005 foi aprovada a Lei Federal 11.104/05, que
“dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de brinquedotecas nas
unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico de internação” [2]. 

Esta lei determina que todos os hospitais públicos e privados pediátricos do


Brasil devem se reestruturar para atender a lei, e, instalar espaços
apropriados para as crianças internadas [2].

9
'
BENEFICIOS DO BRINCAR

Promove o desenvolvimento integral


Permite o autoconhecimento
Estimula competências
Gera resiliência
Melhora a atenção e a concentração
Melhora a expressividade
Incita à criatividade
Implica regras e limites
Desenvolve laços afetivos
Transporta à felicidade

10
O brincar e uma forma da crianca...

'
'
Expressar seus medos, dúvidas e anseios
Enfrentar suas frustrações
Moldar seu comportamento
Estabelecer uma relação com outras crianças e adultos
Reconhecer os seus pontos fortes e fracos,
potencialidades e limites
Sentir prazer e alegria

CRIANCA HOSPITALIZADA
' pode brincar?
Estudos na literatura apontam que intervenções lúdicas no ambiente hospitalar
podem promover o desenvolvimento psicológico da criança hospitalizada e ajudar no
enfrentamento da doença [3,4,5].

O uso da atividade lúdica durante a internação auxilia na saúde e bem-estar da


criança devido ao efeito terapêutico que gera [6].

Atuam como  catalisadores no processo de recuperação e adaptação da


criança  hospitalizada, proporcionando-lhe a construção de uma realidade própria e
singular, além de expressar sua criatividade e emoção [7].

No ambiente hospitalar, torna-se fundamental para o universo infantil,


servindo como meio em que são percebidos os anseios da criança internada [8]. 

Também ajuda a informar a evolução da doença, seus aspectos, e o nível de estresse


causado pela hospitalização e tratamento [8].

11
Brinquedoteca Hospitalar deve...

Preparar a criança
para as situações novas Preservar sua saúde
que irá enfrentar emocional

Dar continuidade ao
processo de Tornar o ambiente Preparar a criança
estimulação de seu agradável para a volta ao lar
desenvolvimento

A Brinquedoteca Hospitalar tem a finalidade


de tornar a estadia da criança no hospital
menos traumatizante e mais alegre,
possibilitando melhores condições para sua
recuperação.

Neste local, a criança pode encontrar


brinquedos para se distrair e, no caso de não
poder deixar o leito, os brinquedos serão
levados até ela [9].

12
˜
NAO ESQUECA:
'

Os cuidados tomados habitualmente


com relação à higiene e à esterilização
precisam ser mantidos em relação aos
brinquedos.

Nos setores em que se atendem


doenças infecciosas, os brinquedos
deverão ser descartáveis.

13
'
O BRINCAR POR FAIXA ETARIA
Cada etapa do desenvolvimento infantil tem suas particularidades e especificidades
[10].
Os interesses e desinteresses das crianças nas brincadeiras vão evidenciando que
elas estão crescendo. 
Para cada fase do desenvolvimento da criança há brinquedos e brincadeiras mais
adequadas[11].

14
De 0 ate 18 meses
'

Fase sensório-motora em que o mundo é descoberto pelos sentidos. Requer estímulos de


todas as formas de percepção [11].
Se interessam por tudo que pode estimular seus sentidos [10].
Móbiles, chocalhos, brinquedos musicais, de texturas diferentes, seguros e fáceis de
manipular são os mais indicados [11]. 
Também é a fase da consciência corporal e deve-se estimular o desenvolvimento motor
[11]. 
Músicas com dancinhas e palmas, uso do espelho para ver sua imagem refletida, blocos
de encaixar e brinquedos coloridos [11].
A brincadeira buscará oferecer estímulos visuais, sonoros, táteis e emocionais [11].

'
Use e abuse das musicas '
e historias!
#DICADEBRINCADEIRA

caixa sensorial
Em uma caixa, coloque objetos coloridos e com texturas instigantes, como bola de
tênis, brinquedos de aperto que produzem sons, bolas (mais ou menos macias, lisas
ou com texturas), esponjas de banho e o que mais lhe ocorrer. Os objetos estimulam
os sentidos  e podem desencadear histórias e brincadeiras.

USEM E ABUSEM DAS CORES!

15
De 18 meses ate 3 anos

'
As crianças brincam sozinhas e estão na fase da fantasia [12].
O faz de conta ou jogo simbólico começam a despertar novos interesses [13].
Nessa fase, as descobertas do domínio da linguagem, da locomoção e da socialização
são muito importantes e enriquecedoras [12].
O pensamento e a linguagem começam a se juntar num pensamento verbal, e a  criança
começa a verbalizar seus pensamentos e a imaginar além do que está se mostrando no
concreto [11].
Fase de estímulo ao desenho e ao desenvolvimento da criatividade [12].
Surgem os amigos imaginários. O imaginário está bem aguçado e a criança vive num
mundo de fantasia. Adoram se fantasiar e brincar de faz de conta [13].

' ˜
Mergulhar na imaginacao!
#DICADEBRINCADEIRA

faz de conta
É importante permitir que a criança use e abuse do faz-de-conta. Disponibilize um
acervo com máscaras, roupas, tecidos, plumas e acessórios, inclusive os usados por
profissionais da saúde no ambiente hospitalar. Deixe que ela crie sua    narrativa,
livremente. Ofereça, também, bonecos (se possível, família de bonecos de pano) para
que exerça os mais diversos papéis.

16
De 4 anos ate 6 anos
'
A criança começa a mostrar mais a sua personalidade e os seus gostos e a buscar
autonomia [11]. Passam a ter prazer em não só imaginar, mas também concretizar suas
ideias [11].
Se sente competente para nomear, criar e representar seus desejos por meio dos objetos
[11].  Despende tempo na construção de castelos, cidades, aviões, carros e tudo mais
que conseguir com as peças ou blocos de montar[12].
O momento da brincadeira se torna uma forma de expressar seus sentimentos, por isso,
invista em brincadeiras em que é possível criar: colagem, massinha, blocos de montar e
desenhos [12].

#DICADEBRINCADEIRA

pintando e modelando
Disponibilizar folha de ofício, lápis, lápis de cor, tintas, pincel e massinhas de
modelar coloridas. Solicitar que a criança faça um desenho livre. Depois de pronto,
peça que ela escolha um elemento do seu desenho para modelar com a massinha
colorida. O mesmo pode ser feito com temas específicos como por exemplo: Como eu
sou? Como estou me sentindo? Qual lugar eu vejo o hospital?

17
De 7 anos ate 12 anos
'
Pensamento abstrato, com percepção do mundo mais aprofundada e com melhor
qualidade às questões humanas [14].
É a fase da construção da aprendizagem e da competição [10].
Já pode participar de atividades que exijam mais raciocínio lógico, como jogos de cartas
e tabuleiros, revistas de passatempo e quebra-cabeças mais elaborados [14].
Os jogos que propõem encontrar soluções para pequenos problemas são excelentes para
a idade [14].
É por meio dos jogos e atividades em grupo que valores éticos, como dividir os
brinquedos, aguardar a sua vez, cumprir as regras, aprender a ganhar e perder, além de
outras normas de convivência, são adquiridos naturalmente [9].
A criança também começa a se interessar por games, jogos eletrônicos, computadores e
celulares [12].

#DICADEBRINCADEIRA
jogo da memoria psicoedicativo
'

Confeccionar pares de cartas com imagens e/ou palavras sobre sintomas, causas,
hábitos alimentares, instrumentos e cuidados relacionados à temática, bem como às
possíveis repercussões psicológicas da doença.  É necessário estar concentrado para
memorizar e escolher as cartas certas.

18
#DICADEBRINCADEIRA

mimica
'

A brincadeira tem início com a divisão em dois ou mais times, que após escolherem o
tema, iniciam um de cada vez a mímica, através de gestos ou ações que representam
aquilo que estava escrito no papel. Pode ser nome de filmes, personagens, cenas
cotidianas e tudo mais que a imaginação permitir.

resta um
Trata-se de um jogo de raciocínio lógico, que auxilia no desenvolvimento da
coordenação motora, lógica, atenção e concentração, antecipação, dentre outras
habilidades. O objetivo do jogo é deixar apenas uma peça no tabuleiro.

Para iniciar, coloque as 32 peças no tabuleiro, deixando o espaço do centro vazio.


Escolha uma peça para começar, a peça escolhida deve saltar sobre outra peça,
fazendo movimentos na horizontal ou na vertical, e deve chegar a um espaço vazio. O
legal é que a criança pode brincar sozinha ou com parceiro.

19
'
OS VARIOS TIPOS DE BRINCAR

brincar sozinho
É importante porque a criança mergulha na sua
fantasia e alimenta sua vida interior, quanto mais
profundo for este mergulho, mais ela exercitará a
sua capacidade de focar a atenção, inventar e,
principalmente, permanecer concentrada numa
atividade [9]. 

A criança que brinca sozinha aumenta suas


possibilidades  de lidar com a sua afetividade e de
descobrir seus interesses [9].

brincar de faz de conta


A criança traduz o mundo dos adultos para a dimensão de suas possibilidades e
necessidades [9]. 
Neste tipo de brincadeira, tem também a oportunidade de expressar e elaborar, de
forma simbólica, desejos, conflitos e frustrações [9].
Às vezes, o faz de conta não imita a realidade, mas, ao contrário, é um meio de
sair dela, um jeito de assumir um novo estado de espírito [9].
As crianças precisam vivenciar suas ideias em nível simbólico,    para poderem
compreender seu significado na vida real [9].

20
brincar com outras pessoas
É necessário para evitar que a criança fique sem o estímulo e a crítica que um parceiro
pode proporcionar [9].
Ao brincar com outras pessoas, a criança aprende a viver socialmente, respeita
regras, cumpre normas, espera a sua vez e interage de uma forma mais organizada
[9].
brincar livre
É quando a criança realiza uma atividade prazerosa sem direcionamento de regras,
imposições e objetivos de aprendizagem. A criança é deixada solta para explorar o
momento, no ambiente em que ela está e no seu próprio tempo, ritmo e em suas
condições para criar a brincadeira que quiser de acordo com a sua criatividade e
vontade [9, 11].

brincar inventado
Todos podem inventar e criar se forem estimulados a fazê-lo. É preciso haver
motivação para criar — pode ser um desafio, um problema a ser superado ou uma
vontade de expressar uma emoção — mas, para que o ato criativo aconteça, tem que
haver confiança na própria capacidade de criar, ou pelo menos a certeza de que,
mesmo que o resultado não seja bom, haverá boa aceitação do trabalho realizado
[9].

21
brincar aprendendo
O brinquedo proporciona o aprender-fazendo. Através de jogos e brincadeiras, a
criança pode aprender novos conceitos, adquirir informações e moldar
comportamentos [9].

brincar jogando e competindo


Jogar, competir e participar de atividades comuns são excelentes oportunidades
para que a criança (e o adulto) viva experiências que a ajudarão a amadurecer
emocionalmente e aprenda uma forma de convivência mais enriquecedora [9].

22
ˆ
BRINQUEDO TERAPEUTICO
É uma Técnica que vem sendo desenvolvida desde 1874 [15].
No Brasil, iniciaram-se estas atividades dentro da Enfermagem
na década de 80 [15].
Propõe uma prática mais humanizada na atenção à saúde [16].
É composto de materiais empregados para os procedimentos
terapêuticos juntamente com bonecos e objetos lúdicos [17].

A aplicação dessa ferramenta do cuidar está organizada sob forma de protocolo


voltada a apenas uma criança [17].
Existe diferença entre ludoterapia e brinquedo terapêutico sendo que no primeiro o
terapeuta tem uma atuação direta na interpretação dos sentimentos da criança e no
segundo não objetiva interpretar o que a criança está trazendo a sessão e sim em
conhecer o que ela tem como necessidade [15].

Exige preparo e capacitacao


'
~ do profissional
'
que for aplicar a tecnica.

OBJETIVOS DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO [18]    

Preparar a criança e a família para os procedimentos;


Compreender melhor e promover seu bem-estar;
Acalmar e minimizar seu medo;
Promover catarse, desenvolvimento e socialização da criança;
Formar vínculo e estreitar a relação do profissional da saúde com a criança e com a
família; causar prazer, gratificação e realização;
Alegrar o ambiente;
Favorecer a interdisciplinaridade.

23
Pode ser classificado como:

'
dramatico
Com finalidade de permitir à criança exteriorizar as experiências que tem dificuldade de
verbalizar, a fim de aliviar tensão, expressar sentimentos, necessidades e medos [19]. 

Capacitador de Funcoes
~ Fisiologicas
'
'
Utilizado para capacitar a criança para o autocuidado, de acordo com o seu
desenvolvimento, condições físicas e prepará-la para aceitar a sua nova condição de
vida [19].

Instrucional
Indicado para preparar e informar a criança dos procedimentos terapêuticos a que
deverá se submeter, com a finalidade de se envolver na situação e facilitar sua
compreensão a respeito do procedimento a ser realizado [19].

24
'
A tecnica ˆ Dramatico[15]:
do Brinquedo Terapeutico '
1.    Fazer um convite à criança;
2.    Se ela aceitar, explicar a duração da sessão (15 a 45 minutos);
3.    Orientar sobre o processo de devolução dos brinquedos;
4.    Apresentar o material sem explicar a sua função; 
5.    Observar a dinâmica;
6.    Atuar de forma não-diretiva, apenas quando houver convite por parte da criança; 
7.    Lembrar quando estiver próximo do encerramento da sessão; 
8.    A criança deverá ajudar a guardar os brinquedos; 
9.    Pode ser realizada em qualquer local.

25
DIARIO DAS EMOCOES ~
'

'
Por que trabalhar as emocoes?
~
'

É fundamental para que a criança possa lidar melhor com aquilo que sente diante de
cada situação, aprendendo assim a solucionar conflitos com mais facilidade e com
menos sofrimento [20]. 
É o início do processo de inteligência emocional, que favorece também o
aprendizado [20]. Quando a criança aprende a nomear e a reconhecer as emoções,
sabe identificá-las não somente em si, mas também nos outros [20].

Apresentando as emocoes
~
'
medo raiva alegria
Aparece quando nos sentimos Uma sensação de revolta que faz Está associada ao prazer e à
com que você tenha vontade de felicidade. Quando você alcança
em perigo, o que não significa gritar. Frustração por não ter algum objetivo e isso te deixa
que esse perigo seja real conseguido algo que queria muito. satisfeito [21].
[21].

tristeza nojo surpresa

Surge quando algo nos desagrada Passamos a rejeitar aquilo que Resultado de um imprevisto, bom
profundamente. Um estado de consideramos ser prejudicial à ou mau, que não esperávamos
desânimo, cansaço e solidão [21]. nossa saúde e bem-estar [21]. [21].

26
#DICADEBRINCADEIRA

registro diario das emocoes


'~
'
Confeccionar um caderno para que a criança faça o registro diário de quais emoções
prevaleceram no decorrer do dia e atribuir o motivo para tal.  Interessante que este
caderno seja bem atrativo, cheio de cores e formas, para despertar na criança o
interesse em respondê-lo.

A capa pode ser decorada junto com a criança como forma de personalizar o diário e
deixá-lo com o jeitinho dela, ajudando-a apropriar-se dele.

Para preenchê-lo a criança pode utilizar de recursos diversos como: canetinhas


coloridas, lápis de cor, desenhos, recortes de revistas e etc.

O profissional de saúde e/ou acompanhante deverá incentivar o preenchimento diário


e, também, fazer o acompanhamento dos registros ajudando a criança a identificar e
entender suas emoções, assim como, o contexto que elas acontecem.  A linguagem
precisa atender a criança conforme sua idade e capacidade de entendimento.

A criança deverá ser respeitada em seu desejo e jamais


forçada a realizar qualquer atividade contra a sua vontade.
As limitações da criança, assim como, sua condição
debilitada, também deverão ser respeitadas. O brincar tem
~
ATENCAO como propósito maior causar prazer e alegria [22].
'

27
OS PAIS TAMBEM PODEM BRINCAR

'
sala de espera “bate-papo-arte-terapia e jogos”
Entender a assistência humanizada é essencial quando se pensa na visão
biopsicossocial que considera o paciente em todos os aspectos de sua saúde. Dessa
forma, os pais estão inseridos nos cuidados dos seus filhos e no seu processo de cura
[19, 23]

A permanência de pais/responsáveis no ambiente hospitalar é defendida como um


benefício humanístico no tratamento das crianças internadas. E, para que esse
objetivo seja estabelecido são necessárias modificações na estrutura e na organização
profissional de saúde [23].

Para a família vivenciar a hospitalização de um filho é uma experiência penosa, sofrida


e traumatizante [23]. Tal situação requer dos profissionais de saúde o atendimento de
necessidades não apenas clínicas, mas também emocionais, afetivas e sociais [23]. 

Evidencia-se então a relevância de se tornar um ambiente de saúde mais acolhedor, ou


seja, um ambiente físico integrador que favoreça as necessidades do paciente e de seu
acompanhante. [23]

A brinquedoteca hospitalar se apresenta como aliada no processo de interação pais e


filhos para o enfrentamento da internação. Assim, as brincadeiras em grupo
harmonizam o ambiente que se torna então, um lugar de descontração e de colaboração
[24].

O intuito maior está no acolhimento, promovendo menos angústia e estresse dos pais,
e uma maior confiança na equipe de saúde [23].

28
#DICADEBRINCADEIRA
Que tal promover um ambiente acolhedor também para os pais?

Isso pode ser bem simples. Basta criar na sala de espera um cantinho em que os
acompanhantes também possam brincar.

Disponibilize jogos de tabuleiro, quebra cabeça, resta 1, dominó, jogo da memória,


sudoku, tangram, livros, e até mesmo materiais de artesanato.

Além de entreter-se na atividade e baixar a ansiedade da espera e tensão eles também


poderão interagir com outros pais que vivenciam as mesmas angústias, e essas trocas
de experiências trarão benefícios mútuos.

29
BRINCADEIRAS NOS LEITOS
Kit brinquedos favoritos

É importante procurar por métodos que possam


contribuir para a diminuição do sofrimento das
crianças internadas, principalmente daquelas
que se encontram acamadas [25].Por motivos
diversos que vão desde a encontrar-se na fase
terminal, ter se submetido a procedimento
cirúrgico recentemente, ou seu corpo estar
incapacitado de sair do leito, algumas crianças
não podem ir até a brinquedoteca [25].

Estas devem receber a visita dos brinquedistas no leito devendo ser levado até elas uma
grande seleção de brinquedos [25].O repertório do brincar no leito exige certa
sistematização, no sentido de que a atividade precisa ser adequada a real possibilidade
e limitações da criança para que ela possa brincar durante a internação, visando
minimizar os seus aspectos negativos e ampliando as condições de melhora desses
pacientes [25].

Precisa-se, também, levar em consideração todo repertório do brincar trazido pela


criança, enfatizando os brinquedos e brincadeiras de sua maior preferência. Assim
poderá oferecer um atendimento personalizado que atenderá cada criança em sua
familiaridade.  Os cuidados com a higiene e esterilização dos brinquedos devem ser
redobrados [22].

30
˜ ESQUECA:
NAO '
Um brincar dirigido com intuito de orientar,
psicoeducar e proporcionar uma catarse é
válido e de grande benefício, entretanto, o mais
importante é que a criança se sinta à vontade e
feliz.

A crianca ˜ deixa de ser crianca quando vira paciente.


' nao
Deve-se pensar atividades que agradem a criança, independentemente do fato dela
estar doente.A ideia é tornar a brinquedoteca um espaço dentro do hospital onde a
criança possa escolher o que fazer, ao contrário dos outros lugares, em que escolhem
tudo por ela.

IDENTIFIQUE OS INTERESSES DA CRIANCA!


'
Cada criança traz consigo a sua personalidade, seu repertório de vivências,
experiências, histórias, brincadeiras, e isso a torna única, singular [22].Cabe aos
adultos serem proativos. O desafio é identificar quais assuntos interessam à criança e
quais são seus canais de estímulos preferidos [26].Assim, como parte de um
tratamento ou cirurgia planejada, é possível, por exemplo, coletar essas informações
previamente por escrito dos pais por meio de um breve questionário [26].

Os pais têm um papel vital a desempenhar. Eles conhecem o filho e os interesses dele:
música favorita, personagens, livros, quadrinhos, séries, esportes, lazer, animais,
lembranças de férias... E ao preencherem o questionário estarão integrados ao processo
e com a sensação de serem parceiros e úteis [26].Uma boa opção é criar um protocolo a
ser aplicado a cada criança.  A criação deste pode levar tempo, mas é necessário para
que as atividades lúdicas sejam integradas à organização do trabalho, sejam
compartilhadas por toda a equipe e transmitidas a novas pessoas que a desconhecem
[26].

31
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
Agora, diante de tudo que foi exposto, você já pode
pensar em quais brinquedos e brincadeiras apresentar
às crianças. A escolha vai depender da idade, do
diagnóstico, do tempo de internação, do interesse
dela, entre outros fatores [19].

Pode-se propor vários tipos de intervenções como:


música, desenho, pintura, massinha, personagens,
brinquedos de encaixe, bonecos, objetos médicos,
fantasias, jogos, livros, histórias...

~ as mais diversas o que precisa e serem


As possibilidades sao
'
'
colocadas em pratica.

#DICADEBRINCADEIRA
boneco de pano

Ofereça um boneco de tecido branco ao paciente com canetinhas de colorir. Muitas


vezes, por meio do desenho no boneco, o paciente se expressa. Mostra as dores que
está sentindo ao usar mais força na caneta em determinadas partes do corpo, por
exemplo.    A criança vai expressando no corpo do boneco o que o corpo dela passou.
Este boneco passará a ser seu companheiro durante a estadia no hospital e
posteriormente ser levado para casa [27].

32
#DICADEBRINCADEIRA
'
hora da historia

A contação de histórias é uma atividade significativa, quando bem narrada e interpretada, pois
assim suscita no ouvinte que ele pense sobre o que acontece na história [13].
Ela contribui no desenvolvimento intelectual, pois desperta o interesse pela leitura e estimula a
imaginação por meio de imagens de cenários, personagens e ações narradas em cada história [13].

Envolvida neste momento a criança esquece em parte o seu cotidiano de


hospitalização tendo uma maior interação com a brincadeira minimizando a sensação
dolorosa [6].

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BARQUINHO DE PAPEL
Márcia Fontes

A chuva bateu forte na janela:


ping- ping- ping... PONG-PONG-PONG!
E lá na rua corria travessa.
Mãos habilidosas dobraram o papel,
virando pra lá e pra cá,
e um barquinho seguiu rua abaixo,
sem saber onde iria parar.

43
Passou pelo jardim com flores a balançar, 
viu um sapatinho vermelho perdido por lá. 
E seguiu a esquina até o graveto lhe furar: 
−Ai, ai!! − gritou o barquinho, querendo navegar. 
Sem pressa, seguiu adiante, para não encharcar.

34
O vento soprou, girando moinho
e o barquinho, sem direção, foi para longe,
rodopiando, rodopiando, quase des-man-c h a n d o.
Pouco a pouco, descobriu a água salgar: CHEGOU NO MAR!
e...seguiu, seguiu, seguiu... sem a gente mais poder
olhar

A janela foi aberta, 


o sol voltou a brilhar 
e o menino sonhador pode lá fora brincar.

Design Gráfico e Ilustrações

Polli Ramos
boorabrincar

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PENSAMENTOS E DEPOIMENTOS
“… a brincadeira que é universal e que é própria da saúde:
o brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde…”
– Winnicott

“Ainda acabo fazendo livros onde as crianças possam morar.”


– Monteiro Lobato

“Ao brincar com a criança, o adulto está brincando consigo mesmo.”


– Carlos Drummond de Andrade

“Então é preciso brincar, brincar seriamente, brincar profundamente.”


– Nylse Cunha (Pedagoga, diretora do Instituto Indianópolis e fundadora da primeira Brinquedoteca
brasileira.)

“Brincar é essencial para a criança. É sua linguagem natural, sua ação, trabalho e pesquisa para entender o
mundo externo e suas relações. E é brincando que estrutura também o seu mundo interno.”
– Márcia Fontes (Psicóloga, diretora e fundadora da primeira Brinquedoteca da Bahia - Keca & Companhia)

“O brincar no hospital é o elo do meu eu brincante com o que ficou lá fora.”


– Maria Rita Prudente (Psicopedagoga Clínica, Institucional e Hospitalar, Especialista em Educação
Inclusiva, Diretora Pedagógica do ATEHD/Classe Hospitalar/Sec de Ed. de Itabuna-Bahia)

“O brincar tem significados e construções diferentes para cada criança, onde ela vai manifestar e
corresponder não simplesmente a expectativa do brinquedista, mas expressará com verdade, onde o brincar
a levará.”
– Jamille Vieira (Técnica em Enfermagem, Neuropsicóloga, Diretora e fundadora da
Brinquedoteca Sonho de Criança)

36
ˆ
REFERENCIAS '
BIBLIOGRAFICAS
[1] BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Senado Federal: Brasília, 1990. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso: em 18 mai. 2020.

[2] BRASIL. Lei n° 11.104/2005. Brasília: Senado Federal, 2005. Disponível


em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm. Acesso em: 18 mai. 2020.

[3] CARVALHO, Carine; VIANA, Julia; PIMENTEL, Mariana. A Importância do Brincar: uma perspectiva em
torno de pacientes infantis com câncer. Científico. Salvador, ano IV, v. I, jan./jun. 2004.

[4] MOTTA, A.B.; ENUMO, S.R.F.; FERRÃO, E.S. Avaliação das estratégias de enfrentamento da
hospitalização em crianças com câncer. In: CREPALDI, M.A. [s. l.] 2006.

[5] ABRÃO, R. K. Quando a alegria supera a dor: jogos e brinquedos na recreação hospitalar. Atos de
Pesquisa em Educação, v. 8, n. 1, p. 434-464, [s. l.] 2013.

[6] LIMA, Fabiana Cristina; CHAPARRO, Nilzalina Silva; ETO, Jorge. O brincar da criança com câncer: a
transcendência da dor para o prazer. Seminário Transdisciplinar da Saúde, n. 1, [s. l.] 2018.

[7] RIBEIRO L. S.; MORAIS R. S. A eficácia da TCC para o enfrentamento da hospitalização em crianças
com câncer: uma revisão sistemática. Psicologia e Saúde em Debate. Jan. 2017.

[8] MOTTA A.B.; ENUMO S.R.F.; FERRÃO E.S. Brincar no hospital: estratégia de enfrentamento da
hospitalização infantil. Maringá: Psicologia em Estudo, 2004.

[9] CUNHA, N.H.S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo: Maltese, 1994.

[10] PAPALIA, D. E. (col.). Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

[11] BARROS, Vera (org.). O Brincar e a criança do nascimento aos seis anos. 10. ed. Petrópolis: Vozes,
2012.

[12] FRIEDMANN, Adriana. O desenvolvimento da criança através do brincar. São Paulo: Moderna, 2006.

[13] BOMTEMPO, Edda. A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do


imaginário. In: KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2005.

[14] ABERASTURY, A. A criança e seus jogos. Rio de Janeiro: Vozes, 1972.

[15] YONAMINE, Eduardo Sadao. Brinquedo Terapêutico: aplicação e prática. Educa SUS. 2009.
Disponível em: https://educasus.org.br/brinquedo-terapeutico-aplicacao-e-pratica/. Acesso em: 18 mai.
2020.

37
[16] SETUBAL, Mariana. Brinquedo terapêutico: viver o brincar dentro do hospital. Sabará Hospital
Infantil. Disponível em: https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/brinquedo-terapeutico-viver-
obrincar-dentro-hospital/. Acesso em: 18 mai. 2020.

[17] OLIVEIRA, M. G. A brincadeira no espaço hospitalar: um estudo etnográfico do efeito


terapêutico à criança enferma. Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso, 2015.

[18] MAIA, E.B.S.; RIBEIRO, C.A.; BORBA, R.I.H. Compreendendo a sensibilização do enfermeiro
para o uso do brinquedo terapêutico na prática assistencial à criança. Rev. Esc. Enf. USP, São
Paulo: USP. 2011.

[19] VIEGAS, D. (org.). Brinquedoteca hospitalar: isto é humanização. Rio de Janeiro: Wak, 2007.

[20] STALLARD, Paul. Bons pensamentos - bons sentimentos: manual de terapia cognitivo


comportamental para crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2009.

[21] CALDERÓN, Monica. Aprendiendo sobre emociones: manual de educación emocional. 1. ed.


San José: Coordinación Educativa y Cultural Centroamericana, (CECC/SICA), 2012.

[22] ALMEIDA, Marcos T. P. de; et al. Brincar: diálogos, reflexões e discussões sobre o lúdico.


Várzea Paulista: Editora Fontoura Ltda., 2019.

[23] DRAGALZEW, Danielle C. C. Assistência humanizada aos pais de crianças internadas em UTI
pediátrica: o estado da arte. Revista Científica FacMais. v. XI, n. 4, [s. l.] 2017.

[24] OLIVEIRA, L.D.B. et al. A brinquedoteca hospitalar como fator de promoção no desenvolvimento
infantil: relato de experiência. Rev. Bras. Crescimento Desenvolv. Hum. São Paulo, v. 19, n.2, ago.
2009.

[25] BARROS, Leandro de Oliveira, et al. Brincando no leito: criando métodos e


perspectivas. Colloquium Humanaram. Presidente Prudente, v. 13, n. 2, p. 30-41, abr./jun., 2016.

[26] GALLAND, Françoise. Distraire les enfants lors des soins. SPARADRAP. DisponívelEm:
https://www.sparadrap.org/professionnels/eviter-et-soulager-peur-et-douleur/distraire-les-enfantslors-
des-soins. Acesso em: 22 mai. 2020.

[27] SETUBAL, Mariana. Novo especialista visa melhorar a experiência da criança internada. Sabará
Hospital Infantil. Disponível em: https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/brinquedo-terapeutico-
vivero-brincar-dentro-hospital/. Acesso em: 22 mai. 2020.

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@karen70loiola

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