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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETROTÉCNICA
Curso de Engenharia Electrónica (Laboral)
Tema:
PROJECTO DE UMA ANTENA YAGI-UDA
DISCENTES:
Bié, Milton Alberto
Mussá, Abú João
Vuvo, Ivan Ismael
Docente Regente:
Eng. Adélio F. Tembe, MsC
Docente Assistente:
Eng. Luís Massango
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2. Projecto de uma Antena Yagi-Uda
b) Ganho
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Quando fala-se de ganho, isso não significa que uma antena possa "amplificar" os sinais que
transmite ou que recebam. Uma antena é um elemento passivo tanto na transmissão como na
recepção de sinais. Não existem elementos que possam introduzir um ganho efetivo num sinal de
uma antena. Usa-se o termo ganho para expressar a capacidade que uma antena tem para receber
sinais de uma determinada direção quando a comparamos com uma antena usada como
referência.
Se uma antena concentra a energia transmitida numa certa direção ela possui um ganho, pois a
intensidade da energia na direção considerada é maior do que uma antena comum tomada como
referência que irradie o sinal com a mesma intensidade em todas as direções. O mesmo é válido
para uma antena receptora. O ganho pode ser determinado pela expressão:
Onde:
Ga = ganho em dB (decibel)
P1 = potência da antena em mW
P2 = potência da antena padrão em mW
c) Diretividade
Uma esfera pode ser considerada uma antena ideal. Ela irradia ou recebe sinais com a mesma
intensidade em todas as direções.
Evidentemente, para as aplicações práticas pode não ser interessante ter um padrão de irradiação
desse tipo. Na prática, as antenas devem concentrar os sinais em determinadas direções. Para
isso, seus formatos raramente são esféricos, mas sim planejados para se obter um comportamento
diretivo. Podemos então falar na diretividade de uma antena como a sua capacidade de
concentrar sinais e expressar isso através de um diagrama:
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Os campos elétrico e magnético que correspondem à uma onda transmitida ou recebida por uma
antena possuem uma orientação específica. Os campos magnéticos e elétrico são perpendiculares
um ao outro. O modo como eles aparecem numa antena transmissora ou devem ser captados por
uma antena receptora determina a sua polarização. Uma antena com polarização vertical não
recebe de maneira eficiente sinais que chegam com uma polarização horizontal. Uma vez que os
sinais de televisão normalmente são polarizados horizontalmente, a polarização horizontal das
antes torna-se eficiente.
3. Antenas Yagi-Uda
Uma das antenas mais utilizadas em sistemas de telecomunicações e a antena Yagi-Uda. Este
tipo de antena foi primeiramente descrita e analisada em um artigo do professor japonês S. Uda,
em Março de 1926. Entretanto, estas antenas só se tornaram mundialmente conhecidas depois da
publicação, em 1928, de um artigo em inglês assinado por H. Yagi, colega do professor Uda.
A antena Yagi-Uda e muito utilizada na prática por ser leve, de baixo custo, de fácil construção,
por apresentar grande diretividade e ganho considerável. Ela pode operar como transmissor ou
receptor, sendo muito aplicada como antena de TV e de celular. A sua estrutura e composta por
dipolos, sendo um elemento excitador, um elemento refletor e os demais elementos parasitas ou
diretores.
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Fig. 4 Configuração da antena Yagi-Uda
Refletor - localiza-se atrás do excitador e tem a função de radiar mais energia em uma
direção do que em outra, diminuindo assim a relação frente-costa.
Diretores - são elementos parasitas, cujos tamanhos variam de acordo com a distância
entre os elementos, o numero destes, a espessura e a largura de banda pretendida.
Neste arranjo de dipolos, a onda eletromagnética emitida pelo excitador induz uma corrente no
parasita que, por sua vez, re-irradia parte da energia recebida. A fase da corrente neste elemento
depende do seu comprimento e da distância de separação entre ele e o elemento ativo. Esta fase,
combinada com a amplitude da corrente determina o diagrama de radiação da rede. O campo
distante da Yagi e, assim, a soma dos campos emitidos pelo excitador e parasita.
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3.3. Caracterização do Elemento Excitador
O elemento excitador é um dipolo que consiste em um irradiador com uma determinada
distribuição de corrente ao longo do seu comprimento.
A distribuição de corrente para este elemento pode ser descrita com uma boa aproximação por:
Esta distribuição assume que a antena e alimentada no centro e que a corrente e nula nos
extremos. Através de várias manipulações algébricas e conhecimento em eletromagnetismo, o
campo elétrico irradiado por um dipolo pode ser determinado como:
E a expressão para o campo magnético para a região de campo distante pode ser dado por:
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Vários são os parâmetros característicos a serem estudados para esta estrutura, os mais
relevantes, aqui discutidos são: potencia irradiada, diretividade, diagrama de radiação e outros
parâmetros, como impedância de entrada, relação frente-costa e ganho, A potencia irradiada
pode ser obtida integrando a densidade de potência, dada através do vetor de poyting, em uma
superfície fechada arbitraria que envolve a antena.
A Yagi-Uda de três elementos e muito utilizada na faixa de HF. Esta estrutura e formada por um
elemento refletor, um excitador e outro diretor.
Nesta figura, o arranjo e alinhado na direção z, com o elemento excitado de comprimento le,
posicionado na origem, o elemento diretor de comprimento ld a uma distância dd da origem e o
elemento refletor de comprimento lr a uma distância dr da origem.
Na seguinte estrutura o elemento excitador e alimentado por uma fonte externa e irradia um
campo eletromagnético. Este campo, por sua vez, induz correntes nos demais elementos que
passam também a irradiar campos eletromagnéticos. Os campos irradiados por cada elemento
somam-se em amplitude e fase de tal forma que o diagrama de radiação resultante tem um
máximo na direção definida pelos elementos diretores.
A expressão do campo elétrico total irradiado por estes dipolos pode ser escrita como:
Onde Er(θ), Ee(θ) e Ed(θ) são respectivamente os campos oriundos dos elementos refletor,
excitador e diretor.
Conhecendo a expressão analítica para o campo irradiado por um dipolo finito e fazendo uma
análise geométrica do arranjo, pode-se escrever as expressões para os seguintes campos:
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A impedância de entrada da antena será:
5. Yagi-Uda de N Elementos
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O campo total irradiado pela antena Yagi de n elementos e obtido através do somatório dos
campos individuais:
O projecto da antena Yagi-Uda será dimensionado para trabalhar em UHF, na faixa aproximada
de 1GHz. A antena terá um elemento um elemento reflector, um elemento excitador (dipolo
dobrado) e 4 elementos directores.
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6.1. Cálculos:
c= Velocidade da Luz = 299792458 m/s ≈ 300M m/s
λ = 0,3m
Ldp = 0,1424m
Cálculo do Refletor LR
LR = 150 / f(MHz)
LR = 150 / 1000
LR = 0,15m
m = 135 / 1000
m = 0,135m
n = 133 / f(MHz)
n = 133 / 1000
n = 0,133m
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p = 130 / f(MHz)
p = 130 / 1000
p = 0,13m
q = 129 / f(MHz)
q = 129 / 1000
q = 0,129m
A distância entre o dipolo e o refletor será de 24cm; entre o dipolo e o 1º diretor será de 9cm;
entre os dois primeiros diretores será de 12,5cm; e entre os últimos diretores será de 5cm.
Os restantes cálculos são de caracter complexo para serem desenvolvidos neste trabalho.
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7. Resultados do simulador (Yagi Calculator)
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8. Conclusões
Nota-se uma ligeira divergência nos valores calculados comparativamente com os valores
obtidos nas simulações, isto deve-se ao facto do simulador considerar condições ideais e não
reais.
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9. Referências Bibliográficas
BALANIS, C. A., 1938, Antenna theory: Analysis and design, Nova York.
ESTEVES, L. C., 1980, Antenas – Teoria Básica e Aplicações, São Paulo, Brasil.
RIOS, L.G., Perri, E. B., 2002, Engenharia de Antenas, São Paulo, Brasil.
VIEZBICKE, P. P., 1976, Yagi Antenna Design, National Bureau of Standards Technical Note
688, Estados Unidos.
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