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Antena Yagi-Uda: Desenvolvimento

de Antena para Telefonia Celular

O conteúdo deste tutorial foi obtido do artigo de autoria da Renata Pereira


Oliveira para a etapa de classificação do III Concurso Teleco de Trabalhos de
Conclusão de Curso (TCC) 2007.

Este tutorial apresenta o projeto de uma antena Yagi-Uda para aplicação em


telefonia móvel celular. A antena Yagi é muito utilizada em sistemas de
telecomunicações por ser leve, de baixo custo, por apresentar grande
diretividade e ganho considerável.

O princípio de funcionamento da Yagi-Uda é apresentado ao longo do


tutorial, através da caracterização do elemento excitador e análise das
estruturas de dois, três e n elementos. Após estudar este modelo teórico, o
modelo empírico é apresentado, segundo a norma NBS 688, escrita por
Viezbicke. O projeto empírico da antena é executado, com auxílio do
software MININEC.

Renata Pereira Oliveira

É Engenheira de Telecomunicações pelo Centro Universitário de Belo


Horizonte (Uni-BH, 2007).
Atuou como Estagiária na área de radiocomunicação na Minascontrol (BH),
Serviço Autorizado Motorola, e como Estagiária na área de
radiocomunicação na Micom, Distribuidor Autorizado ICOM.

Atualmente é Supervisora Técnica na Micom, Distribuidora Autorizado


ICOM.

Antena Yagi-Uda: Introdução

As antenas constituem a parte essencial de todo sistema de comunicação


uma vez que são responsáveis por receber e transmitir ondas
eletromagnéticas (BALANIS, 1938). Além disso, servem para otimizar ou
acentuar a radiação de energia nas direções de interesse. Por esta razão, elas
adquirem diferentes formas: lineares, de abertura, impressas, refletoras,
dentre outras.

A utilização de antenas, para transmissão de sinais de rádio, foi iniciada por


Heinrich Hertz, no final do século dezenove, quando ele procurava provar a
existência das ondas eletromagnéticas preditas teoricamente por Maxwell.
No âmbito de sua experiência, Hertz provou que uma antena emite energia
eletromagnética para o espaço sempre que excitada por uma corrente
elétrica variável no tempo. A circulação desta corrente na antena produz
campos que escapam do condutor, propagando a onda eletromagnética.

Desde as primeiras antenas até os modelos atuais, diversas inovações


tecnológicas foram agregadas a este dispositivo a fim de garantir a
privacidade, segurança e integridade da informação. Dentre os diversos tipos
de antenas desenvolvidas, as antenas lineares são as mais simples e as mais
utilizadas, o que justifica o grande interesse científico e tecnológico neste
campo.

Com o expressivo avanço das telecomunicações, o conhecimento em


antenas, torna-se imprescindível para pesquisadores e profissionais da área.
Os sistemas de telecomunicações, normalmente, utilizam uma associação de
duas ou mais antenas, colocadas próximas entre si (RIOS, 2002), para obter
maior diretividade e/ou cobertura específica. Essa associação recebe o nome
de conjunto de antenas, redes de antenas ou ainda, sistemas de antenas. O
conjunto de antenas lineares, constituído de dipolos, onde apenas um é
excitado e os demais são elementos parasitas, é chamado de antena Yagi-
Uda.

A antena Yagi-Uda é muito utilizada na prática por ser leve, de baixo custo,
de fácil construção, por apresentar grande diretividade e ganho considerável.
Ela pode operar como transmissor ou receptor, sendo muito aplicada como
antena de TV e de celular.

O objetivo geral deste tutorial é estudar e projetar uma antena Yagi-Uda para
ser aplicada em telefonia móvel celular. Os objetivos específicos são: i)
estudar o princípio de funcionamento da Yagi-Uda, através da caracterização
do elemento excitador e análise das estruturas de dois, três e n elementos; ii)
utilizar o software MININEC para modelagem e análise da antena em estudo;
iii) estudar a norma técnica NBS 688 para auxiliar no projeto; iv) projetar uma
antena Yagi-Uda para ser aplicada nas bandas A e B estendidas e nas bandas
C, D e E.

A Antena Yagi-Uda

Uma das antenas mais utilizadas em sistemas de telecomunicações é a


antena Yagi-Uda. Este tipo de antena foi primeiramente descrita e analisada
em um artigo do professor japonês S. Uda, em março de 1926. Entretanto,
estas antenas só se tornaram mundialmente conhecidas depois da
publicação, em 1928, de um artigo em inglês assinado por H. Yagi, colega do
professor Uda (BRITTAIN, 1993).

Desde então, a antena Yagi-Uda tem sido assunto de várias investigações


analíticas e experimentais (BALANIS, 1938). Um trabalho importante foi
realizado em 1968, por Viezbicke e publicado pelo órgão norte-
americano National Bureau of Standards (NBS), onde foram feitos vários
testes para projetos das antenas (VIEZBCKE, 1976).

A sua estrutura é composta por dipolos, sendo um elemento excitador, um


elemento refletor e os demais elementos parasitas ou diretores, conforme
pode ser observado na figura 1. Estes elementos destinam, respectivamente,
a excitar a onda eletromagnética, refleti-la na máxima radiação desejada e
dirigi-la também nesta direção preferencial (ESTEVES, 1980).

Figura 1: Configuração da antena Yagi-Uda


Fonte: BALANIS, 1938.

Na figura 1, pode-se observar os diferentes elementos que compõe a


estrutura irradiante. O elemento refletor localiza-se atrás do excitador e tem
a função de radiar mais energia em uma direção do que em outra,
diminuindo assim a relação frente-costa.

O elemento excitador é alimentado diretamente por uma fonte de corrente


(ou de tensão), normalmente o seu tamanho é menor que o refletor e maior
que os diretores. Por fim, os diretores são elementos parasitas, cujos
tamanhos variam de acordo com a distância entre os elementos, o número
destes, a espessura e a largura de banda pretendida.

Neste arranjo de dipolos, a onda eletromagnética emitida pelo excitador


induz uma corrente no parasita que, por sua vez, re-irradia parte da energia
recebida. A fase da corrente neste elemento depende do seu comprimento e
da distância de separação entre ele e o elemento ativo. Esta fase, combinada
com a amplitude da corrente determina o diagrama de radiação da rede
(BALANIS, 1938). O campo distante da Yagi é, assim, a soma dos campos
emitidos pelo excitador e parasita.
Antena Yagi-Uda: Modelo Teórico e Tipos

Para fazer a análise teórica, todos os elementos parasitas da Figura 1 são


retirados e somente o elemento excitador é caracterizado. Posteriormente,
um elemento parasita é introduzido nas proximidades do excitador e uma
análise dessa estrutura é realizada. Por fim, um novo parasita é colocado na
estrutura e um estudo do seu comportamento é efetuado.

Caracterização do Elemento Excitador

O elemento excitador é um dipolo que consiste em um irradiador com uma


determinada distribuição de corrente ao longo do seu comprimento
(BALANIS, 1938).

A distribuição de corrente para este elemento pode ser descrita com uma
boa aproximação por (BALANIS, 1938):

(1)

Esta distribuição assume que a antena é alimentada no centro e que a


corrente é nula nos extremos.
Através de várias manipulações algébricas e conhecimento em
eletromagnetismo, o campo elétrico irradiado por um dipolo pode ser
determinado como:
(2)

E a expressão para o campo magnético para a região de campo distante pode


ser dado por:

(3)

O dipolo apresenta campo elétrico e magnético somente nas direções


de θ e ф, respectivamente. Para as outras direções não há componentes de
campo (BALANIS, 1938):

(4)

Vários são os parâmetros característicos a serem estudados para esta


estrutura, os mais relevantes, aqui discutidos são: potência irradiada,
diretividade e diagrama de radiação, A potência irradiada pode ser obtida
integrando a densidade de potência, dada através do vetor de poyting
(BALANIS, 1938), em uma superfície fechada arbitrária que envolve a antena.

A diretividade é definida como a capacidade da antena de concentrar energia


em determinadas direções, ou seja, é a capacidade da antena de direcionar a
potência irradiada. O diagrama de radiação consiste em uma representação
espacial da energia irradiada em função da posição do observador ao longo
de uma superfície de raio constante.

Outros parâmetros, como impedância de entrada, relação frente-costa e


ganho são discutidos ao longo deste trabalho.
Yagi-Uda de Dois Elementos

A estrutura mais simples de uma antena Yagi-Uda é formada por um dipolo


excitado e um outro dipolo parasita, conforme observado na Figura 2. Esta
rede de dipolos, além de ser a base para construção de conjunto de antenas
lineares, serve para o estudo da influência que os mastros, torres ou
qualquer outra estrutura têm sobre o comportamento da antena (MOREIRA,
2005).

Figura 2: Estrutura mais simples da Yagi–Uda

Ao excitar o elemento radiador com uma tensão, uma distribuição de


corrente é gerada ao longo do condutor produzindo ondas eletromagnéticas
que são irradiadas. Quando o elemento parasita é introduzido nas
proximidades do dipolo excitado, uma distribuição de corrente é induzida
neste elemento. Esta corrente é função do acoplamento mútuo entre os
elementos e da intensidade do campo irradiado pelo dipolo (BALANIS, 1938).

Um importante parâmetro a ser analisado nesta estrutura é a impedância de


entrada da antena. Na configuração de dipolos lado a lado a impedância de
entrada da antena (Zin), depende tanto da impedância própria quanto da
impedância mútua (OLIVEIRA, 2006):

(5)
A impedância mútua em (5) pode ser calculada através do Método da Força
Eletromotriz Induzida. Este consiste em um método clássico, utilizado para
cálculos de impedância mútua entre antenas paralelas lado a lado, colineares
e paralelas em degrau (OLIVEIRA, 2006).

Outro parâmetro importante a ser analisado é o campo eletromagnético


irradiado. Para sua determinação, definem-se dois dipolos posicionados ao
longo do eixo z e separados entre si por uma distância d. A configuração dos
dipolos, citada acima, é mostrada a seguir.

Figura 3: Dipolos lado a lado - um excitado (1) e um parasita (2)

O campo distante irradiado por estes dipolos pode ser calculado como a
soma dos campos emitidos pelo excitador e parasita, no entanto, a onda
irradiada por este último possui uma diferença de fase em relação ao
excitador em função da discrepância de percursos e defasagem elétrica entre
correntes (dependendo de impedâncias próprias e mútuas) (ESTEVES, 1980).

O campo elétrico irradiado por um dipolo é escrito de acordo com a equação


(2). Levando em consideração a contribuição dos dois dipolos, o campo total
irradiado será igual a soma dos campos individuais:

(6)
O campo magnético para a região de campo distante é obtido com o auxílio
de (6):

(7)

A intensidade do campo elétrico irradiado a uma distância r qualquer


determina o diagrama de radiação da antena (ESTEVES, 1980). Este diagrama
pode apresentar o máximo de radiação no lado do elemento ativo ou não,
conforme já discutido anteriormente. A comparação entre o máximo do lobo
principal e o máximo de campo em sentido oposto estabelece a relação
frente-costa da antena.

Figura 4: Diagrama de radiação da Yagi-Uda de dois elementos

O diagrama de radiação mostrado foi obtido através da simulação da antena


Yagi-Uda, de dois elementos, no software de simulação numérica Mini
Numerical Electromagnetics Code (MININEC). A freqüência utilizada foi de 1,8
GHz, o comprimento do elemento refletor e excitador foram
respectivamente 0,5λ e 0,48λ e o espaçamento entre os elementos foi de
0,1λ. Observa-se que o lobo principal está na direção do elemento ativo.

Yagi-Uda de Três Elementos


A Yagi-Uda de três elementos é muito utilizada na faixa de HF. Esta estrutura
é formada por um elemento refletor, um excitador e outro diretor, conforme
pode ser verificado na figura 5.

Nesta figura, o arranjo é alinhado na direção z, com o elemento excitado de


comprimento le, posicionado na origem, o elemento diretor de
comprimento ld a uma distância dd da origem e o elemento refletor de
comprimento lr a uma distância dr da origem.

Figura 5: Antena Yagi-Uda de três elementos

O princípio de funcionamento dessa estrutura é o mesmo do descrito


anteriormente. Isto é, o elemento excitador é alimentado por uma fonte
externa e irradia um campo eletromagnético. Este campo, por sua vez, induz
correntes nos demais elementos que passam também a irradiar campos
eletromagnéticos. Os campos irradiados por cada elemento somam-se em
amplitude e fase de tal forma que o diagrama de radiação resultante tem um
máximo na direção definida pelos elementos diretores.

A expressão do campo elétrico total irradiado por estes dipolos pode ser
escrita como:

(8)
Onde Er(θ), Ee(θ) e Ed(θ) são respectivamente os campos oriundos dos
elementos refletor, excitador e diretor.

Conhecendo a expressão analítica para o campo irradiado por um dipolo


finito, dado em (2) e fazendo uma análise geométrica do arranjo, pode-se
escrever as expressões para os seguintes campos:

(9)

(10)

(11)

Dessa forma, o campo elétrico total irradiado é dado pela soma dos campos
individuais:

(12
)
Onde I3 / I2 e I1 / I2 são dados por:

(13)

(14)

Expandindo o campo total irradiado e tomando-se o seu módulo, pode-se


levantar o diagrama de radiação para a estrutura de três elementos. O
gráfico do diagrama está representado na figura a seguir.

Figura 6: Diagrama de radiação da Yagi-Uda de três elementos

O diagrama de radiação de uma antena Yagi-Uda de três elementos, cujo


refletor tem comprimento de 0,505λ , o excitador de 0,5λ e o diretor de
0,48λ é mostrado na Figura 6. Para simular a antena no MININEC utilizou-se
uma freqüência de 1,8 GHz e espaçamento entre os elementos de 0,1λ . Para
esta estrutura pode-se perceber que a antena torna-se mais diretiva se
comparado a Yagi de 2 elementos, diminuindo assim a relação frente-costa.

Yagi-Uda de n Elementos
A estrutura da Yagi-Uda de n elementos é composta por um elemento ativo,
um refletor e vários elementos parasitas ou diretores. O número de
elementos diretores, bem como a distância entre eles pode variar,
influenciando as características da antena. Experimentos e simulações
mostram que o aumento do número de elementos refletor não melhora
muito a diretividade da antena Yagi. Entretanto, o acréscimo do número de
elementos diretores na antena leva a um incremento no ganho máximo
(BALANIS, 1938). Um exemplo dessa rede é dado na figura 1.

O campo total irradiado pela antena Yagi de n elementos é obtido através do


somatório dos campos individuais:

(15)

Em (15), N é o número total de elementos e Ei(θ) é o campo irradiado por


cada um desses elementos.

Antena Yagi-Uda: Projeto

O projeto da antena Yagi-Uda consiste em variar os parâmetros construtivos


da antena, como o espaçamento, número e tamanho dos elementos, e
acompanhar a resposta do ganho obtido. O objetivo é projetar uma antena
com ganho considerável para operar em sistemas de telefonia móvel celular.

Existem muitos procedimentos utilizados para se projetar uma antena Yagi-


Uda a partir da especificação de alguns de seus parâmetros. Uma técnica de
projeto muito popularizada é a que foi escrita por Viezbicke para o National
Bureau of Standards (NBS).
A técnica de projeto escrita por Viezbicke consiste na apresentação de
inúmeros resultados obtidos, através de medições, para facilitar o
dimensionamento da antena. As experiências foram feitas na freqüência de
400 MHz, com as antenas a uma altura de 3 vezes o comprimento de onda,
separadas entre si de 300 metros (VIEZBCKE, 1976).

A norma foi modelada para operar em d / λ = 0,0085, sendo d o diâmetro


dos condutores. Variando esta relação, os parâmetros da antena devem ser
compensados, de acordo os critérios estabelecidos por Viezbicke. Dessa
forma, uma antena Yagi-Uda de 6 elementos, com diâmetro de 3 mm e
operando em uma freqüência de 1,8 GHz deve apresentar, segundo a norma
NBS, os seguintes valores de comprimento e espaçamento de elementos:

Tabela 1: Resultado da aplicação da norma NBS 688


Elemento Comprimento (cm)

L1 (refletor) 8,167

L2 (excitador) 7,5

L3 (primeiro diretor) 6,9

L 4 (segundo diretor) 6,75

L5 (terceiro diretor) 6,75

L6 (quarto diretor) 6,9

Espaçamento refletor–
3,33
excitador

Espaçamento excitador–
4,167
díretor

Com o espaçamento e comprimento dos elementos mostrados na tabela 1, a


Yagi-Uda é simulada no MININEC.
Para este projeto, destacam-se três parâmetros essenciais para análise da
antena:
I. Ganho;
II. Relação frente-costa; e
III. Impedância de entrada.
O ganho máximo obtido pela Yagi-Uda foi de 12,3 dBi, ganho este bem
próximo ao esperado pela norma NBS 688. Para visualização deste
parâmetro, o diagrama de radiação no eixo vertical é obtido:

Figura 7: Diagrama de radiação de uma antena Yagi-Uda no eixo vertical

A relação frente-costa da antena constitui outro importante parâmetro a ser


analisado. Quanto maior o seu valor (medido em dB), menor é a potência
emitida para a parte de trás da antena. Obteve-se através da simulação uma
boa relação frente-costa, de 20,03 dB.

Por fim, um último parâmetro a ser analisado é a impedância de entrada da


antena. Esta impedância, em muitos casos, tem valor diferente da
impedância de saída do sistema a que a antena está conectada. Foi visto que
à distância e comprimento dos elementos da Yagi-Uda influenciam
diretamente na sua impedância de entrada (OLIVEIRA, 2006).
Entretanto, nem sempre é possível obter, ao mesmo tempo, certas
características de radiação e impedância de entrada que estejam próximas
de valores comumente utilizados em linhas de transmissão (50 Ω, 75 Ω ou
300 Ω). Neste caso, torna-se necessário utilizar dispositivos para casamento
de impedância. O casamento de impedância consiste em uma adaptação a
ser realizada no circuito da antena, a fim de proporcionar menor perda
possível por reflexão de sinal.

A impedância de entrada obtida para esta antena é de (22,295 + j9,4266) Ω.


Para fazer o casamento de impedância desta antena com a linha de
transmissão de 50 Ω, um dispositivo para casamento de impedância deve ser
utilizado.

A antena projetada empiricamente é construída em laboratório para operar


na freqüência de 1,8 GHz. O protótipo é formado por 6 elementos, com
diâmetro de 3 mm e boom isolante de fibra de vidro. A figura abaixo mostra
o protótipo da antena desenvolvida:

Figura 8: Protótipo da antena Yagi-Uda

Alguns testes ainda estão sendo realizados neste protótipo a fim de obter as
características desejáveis para o bom funcionamento da antena. Os
resultados não são apresentados neste trabalho, ficando como proposta para
trabalhos futuros.

Antena Yagi-Uda: Considerações Finais

As antenas Yagi-Uda são muito utilizadas em sistemas de telecomunicações,


devido as suas características peculiares: grande diretividade e ganho
considerável. Um modelamento teórico e empírico deste tipo de antena foi
estudado ao longo deste trabalho e pode-se perceber que a medida que se
aumenta o número de elementos na Yagi, a antena torna-se mais diretiva.
Uma antena Yagi-Uda foi projetada, segundo a norma técnica NBS 688, para
operar na freqüência de 1,8 GHz e para apresentar um ganho de 12 dBi. Os
dados construtivos obtidos pela NBS 688 condizem com os valores obtidos
pela simulação no MININEC.

A antena projetada foi construída em laboratório, conforme mostrado na


figura 8 da seção anterior. Alguns testes estão sendo realizados neste
protótipo a fim de obter os parâmetros essenciais para análise da antena,
como ganho, impedância de entrada e relação frente-costa.

Em suma, pretende-se dar continuidade a este trabalho, tendo em vista a


contribuição possível para a comunidade científica. As propostas de
continuidade são enumeradas a seguir:
1. Medições dos parâmetros da antena Yagi-Uda construída em
laboratório.
2. Equacionamento matemático da Yagi-Uda, nas formas analíticas e
numéricas.
3. Avaliação dos parâmetros em função dos dados construtivos da
antena.
4. Estudo de Otimização da antena Yagi-Uda.
Referências

BALANIS, C. A., 1938, Antenna theory: Analysis and design, Nova York.

BRITTAIN, J. E., 1993, Scanning the Past: A History of Electrical Engineering


from the Past, School of History, Technology, and Society Georgia Institute of
Technology, publicação no IEEE, vol. 81, Nº 6.

ESTEVES, L. C., 1980, Antenas – Teoria Básica e Aplicações, São Paulo, Brasil.

MOREIRA, F. J. S., 2005, Prática de Antenas, GAPTEM – Grupo de Antenas,


Propagação e Teoria Eletromagnética, Departamento de Engenharia
Eletrônica, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.
OLIVEIRA, R. P., TIBÚRCIO, P., MATIAS, M., SCHOROEDER, M.A., ANTÔNIO, T.,
2006, Influência de um Obstáculo no Funcionamento de uma Antena, IX
Encontro de Modelagem Computacional, realizado por CEFET-MG e IPRJ –
UERJ, em Belo Horizonte, MG.

RIOS, L.G., Perri, E. B., 2002, Engenharia de Antenas, São Paulo, Brasil.

VIEZBICKE, P. P., 1976, Yagi Antenna Design, National Bureau of Standards


Technical Note 688, Estados Unidos.

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