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BARCARENA, PARÁ
2022
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ALDEMIR DE ABREU LOPES JUNIOR
PAULO HENRIQUE SANTOS DA SILVA
WILLIAM DE JESUS SOUSA
YGO FERREIRA NEGRÃO
BARCARENA, PARÁ
2022
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INTRODUÇÃO
Expor o contexto histórico da formação do bairro de São João foi
escolhida como objetivo desta pesquisa devido à sua formação realizada de
forma precária tal aspecto que impulsionou a escolha para a pesquisa.
Seguindo esse aspecto a formação do bairro e desenvolvida a o decorrer do
tempo sempre com problemas graves de infraestrutura, saneamento,
iluminação, sem algum requisito básico para uma boa qualidade de vida. Vele
destacar também que o desafio enfrentado para um bom desenvolvimento
econômico e social no bairro está estritamente ligado a seu processo a seu de
crescimento histórico.
Diante dessa conjuntura, ocorreu a erosão que foi ocasionada por conta
de todo esse desenrolar de precariedade, em frente esse fato a comunidade
que já é bastante desamparada pelo poder público viu-se ainda mais
prejudicada. As informações que serão apresentadas foram coletadas através
de documentos históricos e de relatos dos próprios moradores
O MUNICIPIO DE ABAETETUBA
Abaetetuba, um dos menores municípios do estado Pará, está localizado
a margens rio marataira no nordeste paraense (Baixo Tocantins) com sua área
geográfica de 1.610,000 km² e sua densidade populacional em
aproximadamente 153380 habitantes, onde se divide em 72 ilhas, 35 colônias e 14
bairros em seu território (PREFEITURA DE ABAETETUBA, 2013).
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Figura 1 Mapa de Localização do município de Abaetetuba
Fonte:
Sobre a origem da palavra “Abaeté”, primeiro nome dado ao município,
significa na língua tupi” homem forte, homem valente” fato este que em 1944,
passou por um processo de transformação que alterou a nomenclatura da
cidade passou a ser chamada de Abaetetuba (tuba, em tupi “terra de
abundância”) a parti de então os moradores passaram ser chamados de
abaetetubenses.
Esta apresenta características marcantes do clima amazônico, ou seja,
equatorial superunido, vale destacar, que esta região não dispõe de estação
meteorológica. Entretanto, os dados microsmáticos registrados na capital
paraense (Belém) abrangem um raio de 100 km em torno de Belém e pode ser
levado em consideração também para o município de Abaetetuba, já que sua
sede está em uma distância de 60 km em linha reta da capital.
O município ainda é conhecido pela cultura do miriti, que são brinquedos
muito coloridos, criados pelos artesãos locais usando a palma do miritizeiro
(palmeira muito comum as áreas de várzea do município).
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bairro em Abaetetuba, isto é, o projeto Albrás Alunorte em Barcarena,
município vizinho que fica entre 45 minutos a 1 hora de viagem de Abaetetuba,
com ideia de desenvolvimento e melhor condições de vida para as pessoas.
O bairro foi fundado na década de 80, nessa época o atual prefeito eleito
foi o Dr. João da Silva Bittencourt ao assumir a prefeitura foi passado a fazer
aterramento na área onde hoje localiza-se o bairro.
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desse período era baseada em atividades extrativistas, mas com o avanço da
urbanização muitas mudanças foram acontecendo e no caso de Abaetetuba,
conforme se verá abaixo, a cidade urbanizou-se aceleradamente após a
implantação do projeto Albrás-Alunorte, parte do Programa Grande Carajás.
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“E aí a gente foi e nós percebemos que já tava
rachando a casa dele, mas a gente não se atentou nada né”
Figura 2 CASA AFETADA PELO COLAPSO
Fonte: NUNES,2014.
“à quela área lá era tudo Rio na verdade, era lama tanto que quando nós
passamos a morar para lá, era não era ponte, ainda era tudo miritizeiro né a
gente passa tudo por cima de miritizeiro”
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Figura 3 Local do colapso do solo, no bairro São João, Abaetetuba (PA)
Fonte: Nunes,2014.
(DES) TERRITORIALIZAÇÃO
Começando a como a (des)territorialização seria formada os autores
Guattari e Rolnik, relatam que:
“O território pode se desterritorializar, isto é, abrir-se, engajar-
se em linhas de fuga e até sair do seu curso e se destruir. A espécie.
humana está mergulhada num imenso movimento de
desterritorialização, no sentido de que seus territórios “originais” se
desfazem ininterruptamente com a divisão social do trabalho(...)”
(GUATTARI e ROLNIK, 1986:323).
CONTRIBUINTES
Após a erosão, foi montada uma frente de trabalho no município, com o
acionamento da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, do DEMUTRAN e da
Secretaria de Assistência Social do município, a fim de atender as famílias que
tiveram de deixar suas casas. E para Valencio, Siena e Marchezini (2011, p.
28), há muitos significados imbricados nas vítimas de um desastre, ainda mais
quando classificadas como desabrigadas ou desalojadas:
enquanto os afetados nos desastres são aqueles que
sofrem, direta ou indiretamente, qualquer tipo de dano, desalojados
e desabrigados são tipos de afetados que têm esse dano
configurado centralmente na dimensão da vida privada em
decorrência da danificação severa ou destruição da moradia. A
perda do espaço privado gera um drama não apenas coletivo –
envolvendo numerosas famílias no cenário dos desastres –, mas
um drama que se torna público: a imprensa incita, no imediato pós-
impacto, sua visibilidade para além do testemunho local; o
problema social decorrente torna-se, algumas vezes, objeto de
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comoção pública e mobilizam-se auxílios de toda a ordem, do
trabalho voluntário às doações.
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Figura 6 moradores e ajudantes descarregando suas coisas na barraca do são João.
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POLÍTICAS ADOTADAS (GOVERNO)
As políticas que foram adotadas em frente a catástrofe em Abaetetuba, foram
de informar a cidade e colocar a área em estado de emergência, segundo a defesa
civil e os bombeiros e geólogos já tinham avisados e reafirmar o entrevistado 3 que
relata:
(...) “Até hoje os geólogos afirmam que é improprio para
moradia, mas algumas pessoas com medo de perder aquilo que
restavam nas casas, que já tinham perdido por que
automaticamente já foi perdido. Elas retornaram as casas, tanto é
que já até reformaram nas casas. Tao lá, assinaram um documento
perante a e defesa civil, que seriam responsáveis pelo que pode
acontecer com eles, auto declararam responsáveis por isso” (...).
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sugere “a realização de um trabalho conjunto entre governo e comunidade, uma vez
que a união de esforços resultará em ações positivas, as quais contribuirão para a
prevenção e minimização dos riscos de eventos adversos” (2010, p. 56).
COMSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no trabalho de campo aplicado no bairro, foi possível observar que
uma grande parte dos moradores que foram afetados pela erosão, mesmo aqueles
que tiveram suas casas destruídas e os que tiveram as casas apenas interditadas,
preferiram permanecer no bairro, alguns como foi o caso das pessoas com as casas
interditadas, preferiram assumir a responsabilidade de morar em um lugar sinalizado
como zona de risco, do que deixar a sua casa.
A além disso, vimos que a grade maioria das famílias afetas, com o passar do
tempo acabaram aceitando as propostas feitas pelo governo da época, fazendo com
que, das 51 famílias afetadas restassem apenas 5 que ainda não entraram de acordo,
pelo fato de que estão em busca de uma indenização mais justa.
REFERENCIAS
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MOREIRA, Erika. O LUGAR COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL,
Revista Formação, n⁰14 volume 2 – p. 48‐60, s.d
PINHEIRO, Romana. Bairro de São João em Abaetetuba. História e
Memórias. Apud MACHADO, Jorge.
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ANEXOS
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