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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

DIRETORIA DE DEFESA CIVIL


Gerência de Segurança Contra Incêndio e Pânico

NORMA TÉCNICA n. 26/2007


_____________________________________________________________________

Sistema Fixo de Gases para Combate a Incêndio

SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições
5 Procedimentos
Norma Técnica n. 26/2007 – Sistema Fixo de Gases para Combate a Incêndio

1 OBJETIVO
Esta Norma Técnica estabelece as exigências 5 PROCEDIMENTOS
técnicas e operacionais para as instalações de
sistema fixo de gases para combate a incêndio, a 5.1 O responsável técnico deve analisar as
fim de garantir o correto funcionamento dos características da edificação e, em acordo com o
equipamentos e a segurança das pessoas, proprietário, decidir pelo emprego de sistemas
atendendo o previsto no Código Estadual de fixos de gases.
Proteção Contra Incêndio, Explosão, Pânico e
Desastres (Lei n. 15802, de 11 de setembro de 5.2 O emprego de sistemas fixos de gases é
2006). recomendável nas situações em que o uso da
água ou outro agente extintor (tipos de pó) pode
causar danos adicionais aos objetos ou
2 APLICAÇÃO equipamentos daquela edificação, quando houver
risco pessoal no uso do agente extintor
Esta Norma Técnica se aplica em locais cujo convencional, ou ainda quando os resíduos do
emprego de água é desaconselhável para o combate a incêndio, quando não controlados,
combate a incêndio, em virtude de riscos podem trazer danos ao meio ambiente.
decorrentes de sua utilização, ou para aqueles
locais cujo valor agregado dos objetos ou Exemplos:
equipamentos é elevado, justificando a a) Objetos de valor inestimável (obras de
inutilização da água. arte, etc.);
b) Equipamentos ou objetos com alto valor
agregado e sensíveis ao uso dos agen-
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS tes extintores convencionais (máquinas
automatizadas em linhas de produção,
Instrução Técnica n. 26/2004 – CBPMESP CPD, centrais de sensoreamento remo-
to, centrais de telecomunicações, etc.);
NBR 9441/98 – Execução de sistemas de c) Equipamentos energizados (transforma-
detecção e alarme de incêndio. dores, controles de subestações elétri-
cas, etc.);
NBR 12232/92 – Execução de sistemas fixos d) Locais em que haja necessidade de iso-
automáticos de proteção contra incêndio com gás lamento do meio externo (laboratórios
carbônico (CO2) por inundação total para em que se armazenam agentes patológi-
transformadores e reatores de potência contendo cos, produtos radioativos, etc.);
óleo isolante.
e) Dados ou informações de valor inestimá-
NFPA –12/2000 – Standard on carbon dioxide vel (CPD, arquivos convencionais de do-
extinguinshing systems. cumentos importantes, etc.).

NFPA 2001/2000 – Standard on clean agent fire 5.3 No projeto técnico de proteção contra
extinguishing systems. incêndio devem ser apresentadas as seguintes
informações:
a) Norma adotada;
b) Tipo de sistema fixo;
4 DEFINIÇÕES c) Agente extintor empregado;
d) Forma de acionamento (manual ou auto-
Para os efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se mático);
as definições constantes na NT 03 –Terminologia e) Se automático, indicar em planta a locali-
de segurança contra incêndio. zação do ponto de acionamento alternati-
vo do sistema;
4.1 Gás limpo: Agente extintor na forma de gás f) Localização em planta do ponto de desa-
que não degrada a natureza e não afeta a tivação do sistema;
camada de ozônio. São gases inodoros, g) Indicar o tempo de retardo para
incolores, maus condutores de eletricidade e não- evacuação do local protegido antes do
corrosivos. Dividem-se em compostos acionamento do sistema fixo;
halogenados e mistura de gases inertes. h) Indicar em planta o local ou equipamento
a ser protegido;
Observação: o CO2 não é considerado gás limpo i) Indicar em planta a localização da central
devido à sua ação asfixiante quanto à de alarme e baterias do sistema de
concentração de extinção.

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Norma Técnica n. 26/2007 – Sistema Fixo de Gases para Combate a Incêndio

detecção utilizado no acionamento do 5.5.1 Excepcionalmente, quando não é possível


sistema fixo; controlar a água residual de combate a incêndio,
j) Indicar em planta os pontos de detecção; nos casos em que seja necessário evitar
k) Indicar em planta a localização do(s) contaminação do ambiente externo, os sistemas
cilindro(s) do sistema fixo; de chuveiros automáticos podem ser substituídos
l) Apresentar especificações do agente pelo sistema fixo de gases limpos, apresentando
utilizado, como NOAEL (Nível onde não o projeto em Comissão Técnica.
se observa efeitos adversos), LOAEL
(Nível mais baixo onde se observam 5.5.2 Nos locais em que o emprego da água pode
efeitos adversos), concentração de danificar equipamentos, o sistema de chuveiros
projeto em percentagem e em volume, automáticos pode ser acionado manualmente
volume total armazenado nos cilindros e quando o sistema fixo de gases limpos não tiver
outras, conforme seja necessário. sido eficiente.

5.4 Deve ser adotada a simbologia gráfica 5.6 Devem ser apresentados os seguintes
conforme dispõe a Norma Técnica n. 04. laudos:
a) Laudo de funcionamento do sistema fixo
5.5 Os sistemas fixos de gases para combate a e respectiva ART do responsável técnico;
incêndio podem ser complementares, agindo b) Laudos técnicos do agente extintor (gás)
antes dos sistemas hidráulicos (hidrantes, que declare a não-toxicidade à saúde
mangotinhos e chuveiros automáticos), mas não humana e a não-agressividade ao meio
substituí-los. ambiente na concentração de projeto.

Deverá ser observada, em inspeção, a


sinalização de orientação para a evacuação do
local sinistrado.

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