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Efeito da aplicação foliar de extratos de algas marinhas na produção da

alface roxa no sudeste do Brasil


Gabriel Silva Andrade1, Jonathan dos Santos Viana, Luiz Fabiano Palaretti. Colégio Técnico Agrícola
“José Bonifácio”, Jaboticabal, Técnico em Agropecuária, 1bielandrade2107@gmail.com, bolsista
CNPq
Palavras Chave: Lactuca sativa, Adubação orgânica, Fertilização química.

Introdução (Figura 3) foram constatadas diferenças para os


tratamentos impostos na cultura da alface roxa (p<0,005).
A aplicação de compostos naturais que buscam efeito
estimulante em espécies olerícolas tem ocorrido visando
maior produtividade e qualidade. Como alternativa nos
meios de produções de hortaliças surge a utilização de
extratos de algas marinhas (PEREIRA & MELLO, 2002).
Estudos evidenciadaram que é possível se produzir alface
de forma orgânica quando se faz o uso de extratos de
algas. Aliado a isso, o aumento da renda da população
brasileira e a busca por alimentos mais saudáveis tem
levado a um aumento no consumo de diversas frutas e
olerícolas, entre elas a alface orgânica (UFMS, 2009).

Objetivo
Avaliar o efeito da aplicação via foliar de extratos de
algas e adubação mineral no comportamento produtivo da Figura 3. Eficiência do Uso da Água da alface roxa em resposta à adubação mineral e

alface roxa em cultivo protegido para as condições de


à aplicação de extrato de algas (Acadian ®) via pulverização semanal em cultivo
protegido. Jaboticabal, UNESP, 2020. T1: adubação mineral; T2: 0 mL.L-1; T3: 1,5
mL.L-1; T4: 2,5 mL.L-1; T5: 3,5 mL.L-1; T6: 4,5 mL.L-1. Médias seguidas pela mesma
letra entre barras não diferem entre si, pelo teste de Tukey (P < 0,05). Coeficiente de

Jaboticabal -SP. variação: 1,58 %.

O tratamento T1 (adubação mineral), quando


Material e Métodos comparado aos demais tratamentos aplicados, extratos
de algas, teve efeito positivo no ganho de matéria seca
O experimento foi conduzido no Setor de Plasticultura do (171,45 g.planta-1), que impactou diretamente
Departamento de Engenharia e Ciências Exatas da FCAV -1
no aumento de produtividade (28,57 t.ha ),
– Câmpus Jaboticabal, no delineamento de blocos ao aumentando assim no maior uso eficiente da água
acaso, com seis tratamentos em seis repetições. Os (16,66 kg.m-3 de água) pela alface roxa. Isso pode ser
tratamentos consistiram em T1: adubação mineral; T2: 0 explicado pelo fato dos fertilizantes químicos aplicados
mL.L-1; T3: 1,5 mL.L-1; T4: 2,5 mL.L-1; T5: 3,5 mL.L-1; tanto em fundação como em cobertura terem sido
T6: 4,5 mL.L-1 de extratos de algas. Foi utilizada a cultura fornecidos via solo, favorecendo em uma maior
de alface roxa, sendo transplantada quando apresentava de diluição e melhor aproveitamento na solução do solo
4 a 5 folhas definitivas. para a cultura estudada.
No momento do transplantio utilizou-se para adubação de
Conclusões
fundação somente bokashi liquido (50 mL.planta), com A utilização de fertilizante mineral afetou
exceção do tratamento 1 em que a adubação foi realizada positivamente os componentes de produção da cultura
de acordo com o Boletim 100 IAC. A cultura foi cultivada da alface roxa. Apesar dos demais tratamentos, doses
em vasos de 10 L, sendo o manejo da irrigação realizada de extratos de algas, terem dados valores inferiores,
de acordo com a capacidade de vaso. Aplicou-se lâmina a utilização dos mesmos na produção orgânica de alface
total de 265,09 mm, com dados climatológicos de roxa é totalmente viável e inofensiva ao meio ambiente.
temperatura e umidade variando de 20,8° C a 26° C, e
55,6% a 87,2%, respectivamente. Foram avaliados: massa Agradecimentos
fresca da parte aérea, produtividade e eficiência do uso da
A bolsa de pesquisa concedida pelo CNPq.
água. Os dados coletados foram submetidos à análise de
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variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL. Horta
Tukey (P<0,05). Orgânica. 2009. Disponível em:<
http://www.ufms.br/horta/hortalicas.htm>. Acesso em 02 de setembro de
2020.
Resultados e Discussão
2PEREIRA HS; MELLO SC. 2002. Aplicação de fertilizantes foliares na
Para as variáveis matéria seca da parte aérea (Figura 1),
nutrição e na produção de pimentão e do tomateiro. Horticultura
produtividade (Figura 2) e eficiência do uso da água Brasileira, Brasília, v. 20, n. 4, p. 597- 600.

XXXII Congresso de Iniciação Científica

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