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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO- UFOP

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

RELATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA

Prática 10 - CINÉTICA QUÍMICA DE UMA REAÇÃO IÔNICA. EFEITO DA


CONCENTRAÇÃO. DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE VELOCIDADE DA
REAÇÃO QUÍMICA. EFEITO DA TEMPERATURA. DETERMINAÇÃO DA ENERGIA DE
ATIVAÇÃO DA REAÇÃO

Alunas:

Lorena Ítala Dias – 20.1.1221

Letícia Rafaela – 20.1.1121

OURO PRETO – MG, 2023


INTRODUÇÃO

Em uma reação química, é óbvio pensar que quando ocorre que quando há um aumento
da concentração dos produtos, ao mesmo tempo diminui a concentração dos reagentes,
pois não se cria nada no meio reacional que não esteja lá. As expressões matemáticas
que ilustram a taxa na qual uma reação química se processa são denominadas leis da
velocidade. Essa lei informa a quantidade (mol) de produtos formados e a quantidade
(mol) de reagentes consumidos em um determinado tempo (segundos).

A lei de velocidade genérica para a reação em estudo pode ser escrita como:
𝑥 𝑦
2− −
ν = 𝑘⎡⎢𝑆2𝑂8 ⎤⎥ 𝐼
⎣ ⎦
[ ]
Onde x e y, quando somados, representam a ordem global da reação. Ressalta-se que
esses valores são determinados de forma experimental.

Para esse experimento, considerou-se a reação entre o íon perssulfato e o íon iodeto:

2− − 2−
𝑆2𝑂8 + 2𝐼 → 𝑆2𝑂4 + 𝐼2

No caso da reação entre os íons perssulfato e iodeto, ambos são 1, portanto, a reação é
denotada de segunda ordem, e o valor de k representa a velocidade da reação.

Obtêm-se também, experimentalmente, a velocidade da reação (k), através da expressão:

2− −
ν = 𝑘2⎡⎢𝑆2𝑂8 ⎤⎥ 𝐼
⎣ ⎦
[ ]
Onde:

k2 = constante de velocidade da reação de segunda ordem.

Em casos que a concentração do íon iodeto for mantida constante, e ao mesmo tempor
maior que a concentração do íon perssulfato, a reação passa a ser de pseudoprimeira
ordem em relação ao íon perssulfato.

2−
ν = 𝑘1⎡⎢𝑆2𝑂8 ⎤⎥
⎣ ⎦
Onde:

k1 = constante de velocidade da reação de pseudoprimeira ordem.

𝑘1
𝑘2 =
[𝐼−]
Equação cinética de concentração versus tempo:

A equação integrada da velocidade relaciona esses dois termos, e é diferente para cada
ordem de reação. Para uma reação de primeira ordem, a equação de velocidade é:

𝑙𝑛( ) = 𝑎𝑘 𝑡
[𝐴]𝑜
𝐴 1

onde:

[A]0 = concentração inicial do reagente A;

[A] = concentração em algum tempo depois que a reação começou;

t = tempo decorrido para atingir a [A];

a = o coeficiente do reagente A na equação química balanceada.

Na reação prevista para essa prática, A é o íon perssulfato. Dessa forma, tem-se:

𝑘1 =
1
𝑡 (
𝑙𝑛
[𝐴]𝑜
[𝐴]𝑜−𝑥 )
E também pode ser escrita como:

( )
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 − 𝑥 =− 𝑘1𝑡 + 𝑙𝑛[𝐴]𝑜

Onde:

[A] = concentração do íon perssulfato [S2O82-] no início da reação;

x = concentração do íon perssulfato consumida no tempo de reação;

([A]o - x) = concentração do íon perssulfato presente no tempo de reação;

t = tempo de reação;

k = constante da reação de pseudoprimeira ordem.

O tempo que a concentração de um reagente leva para diminuir até a metade do seu
valor inicial é chamado de meia-vida, t½. Para uma reação de primeira ordem, t½ é o
tempo gasto para [A]0 alcançar ½[A]0. Matematicamente:

0,693
𝑡1/2 = 𝑘1

Equação de Arrhenius: efeito da temperatura:

Sabe-se que a velocidade de uma reação depende da energia e da frequência de colisões


entre as moléculas que reagem, e consequentemente da temperatura e da orientação
apropriada das moléculas ao colidirem. Estas condições resumem-se na equação
proposta por Svante Arrhenius:
−𝐸𝑎/𝑅𝑇
𝑘 = 𝐴𝑒
sendo:

A = fator pré – exponencial;

Ea = energia de ativação;

R = constante universal dos gases ideais;

T = temperatura absoluta.

A equação de Arrhenius prediz que um aumento de temperatura resulta numa reação


mais rápida para iguais concentrações e energia de ativação.

Reações químicas no meio reacional:

1) Acompanhada no estudo cinético:

2− 2−
𝑆2𝑂8 2𝐼
− 𝑆2𝑂4 𝐼2
í𝑜𝑛 𝑝𝑒𝑟𝑠𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜
+ í𝑜𝑛 𝑖𝑜𝑑𝑒𝑡𝑜
→ í𝑜𝑛 𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜
+ 𝑖𝑜𝑑𝑜

2) Para manter constante a concentração do íon iodeto:

2− 2−
2𝑆2𝑂3 𝐼2 𝑆2𝑂6 −
2𝐼
í𝑜𝑛 𝑡𝑖𝑜𝑠𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜
+ 𝑖𝑜𝑑𝑜
→ í𝑜𝑛 𝑡𝑒𝑡𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜
+ í𝑜𝑛 𝑖𝑜𝑑𝑒𝑡𝑜

A reação acima é importante para:

● Manter constante a concentração do íon iodeto, pois enquanto existir o íon


tiossulfato este reagirá com o iodo, regenerando, rapidamente, o íon iodeto.
● Controlar o tempo de reação em estudo, limita-se o consumo do íon perssulfato, o
qual deve ter sua concentração igual à metade da concentração do íon tiossulfato.
● Quando o íon tiossulfato for consumido completamente, o iodo livre permanecerá
na solução e será detectado pela reação com o amido, determinando o ponto final.
3) Determinante do momento em que a reação deve finalizar:

− − −
𝐼3 𝑎𝑚𝑖𝑑𝑜 𝐼 +𝐼2→𝐼3
í𝑜𝑛 𝑡𝑟𝑖𝑖𝑜𝑑𝑒𝑡𝑜
+ β−𝑎𝑚𝑖𝑙𝑜𝑠𝑒
→ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜 𝑎𝑧𝑢𝑙
O iodo, presente na solução aquosa, contendo íon iodeto, tem uma cor amarelo castanha
intensa, que é visível mesmo com grande diluição. O próprio iodo poderia servir de
indicador, mas o uso de um indicador (amido), proporciona uma detecção mais sensível
do ponto final. O iodo livre é detectado pela reação com amido.

O amido é uma substância formada principalmente por dois componentes


macromoleculares, a amilose (β-amilose) e a amilopectina (α-amilose). O íon triiodeto
forma, com a amilose, complexos de adsorção com coloração azul intensa. Com a
amilopectina, ele forma um complexo de coloração violácea. A sensibilidade da reação do
amido com o íon triiodeto diminui com a temperatura, a 50 ºC é cerca de 10 vezes menos
sensível do que a 25 ºC.

OBJETIVO

Este trabalho prático tem como objetivo determinar a constante de velocidade e a energia
de ativação de uma reação química iônica.

PARTE EXPERIMENTAL

1) Materiais

● 8 tubos de ensaio grandes;

● 2 pipetas volumétricas de 10 mL;

● 2 pipetas graduadas de 10 mL;

● Solução 0,005 mol.L-1 de tiossulfato de sódio (Na2S2O3);

● Solução estoque 0,01 mol.L-1 de perssulfato de potássio (K2S2O8);

● Solução estoque 0,50 mol.L-1 de iodeto de potássio (KI);

● Solução de amido (recém preparada);

● Termômetro;

● Cronômetro;

● Banho termostático.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Estudo do efeito da concentração

• Ajustou-se o banho à temperatura de 25,0ºC.

● Enumerou-se os tubos de ensaio (1 e 2).


● Utilizando pipetas adequadas, transferiu-se para os tubos 1 e 2 os volumes das
soluções indicadas na Tabela 1, para a condição A.
● Colocou-se o termômetro no tubo 2, em seguida, levou-se os dois tubos de ensaio
para o interior do banho de água e aguardou-se o tempo necessário para que os
mesmos entrem em equilíbrio térmico (25,0ºC).
● Mantendo o tubo 2 no banho, adicionou-se, rapidamente, o conteúdo do tubo 1 no
tubo 2 (Figura 1) e acionou-se, simultaneamente, o cronômetro.
● A mistura foi agitada com o termômetro. A temperatura se manteve constante
durante todo o tempo.
● Parou o cronômetro assim que a solução presente no tubo 2 tornou-se levemente
azul. Anotou-se o tempo na Tabela 2.
● O procedimento descrito foi repetido para as outras condições (B, C e D).

Figura 1: Representação esquemática do procedimento.


Tabela 1: Volumes, em mL, das soluções utilizadas na preparação dos tubos 1 e 2, nas diferentes condições
e na temperatura de 25,0 ºC.

2) Estudo do efeito da temperatura

● Enumerou-se os tubos de ensaio (1 e 2). Utilizando pipetas adequadas, transferiu-se


para os tubos 1 e 2 os volumes das soluções indicadas na tabela 2.

● Colocou-se o termómetro no tubo 2, em seguida, os dois tubos de ensaio foram


levados para o interior do banho de água e aguardou-se o tempo necessário para que
alcançasse equilíbrio térmico.

● Mantendo sempre o tubo 2 no banho, adicionou-se, rapidamente, o conteúdo do


tubo 1 no tubo 2 e acionou-se, simultaneamente, o cronômetro. Agitou-se a mistura,
cuidadosamente, com o termômetro. A temperatura se manteve constante durante todo o
tempo.

● Parou-se o cronômetro assim que a solução presente no tubo 2 tornou-se levemente


azul. O tempo foi anotado na tabela 4.

● O procedimento foi repetido para as temperaturas mencionadas na tabela 2.

Tabela 2: Volumes, em mL, das soluções utilizadas na preparação dos tubos 1 e 2 em diferentes
temperaturas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Propostas do roteiro:

5.1) Calcular as concentrações dos íons no início da reação (as instruções estão no

apêndice) e preencher a Tabela 3.

Cada grupo ficou responsável por calcular as concentrações e compartilhar os dados com
a turma.

Para a condição D, obteve-se:


𝐶1𝑉1
[𝐴]𝑜 = 𝑉𝑓
Para o tiossulfato:
−1 −3
0,008 𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑥10 𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = −3 = 2, 7𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
30𝑥10 𝐿

Para o iodeto:
−1 −3
0,5 𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑥10 𝐿 −1 −1
[𝐴]𝑜 = −3 = 0, 17𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
30𝑥10 𝐿

Para o persulfato:
−1 −3
0,01 𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑥10 𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = −3 = 3, 33𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
30𝑥10 𝐿

Esses e os demais resultados seguem na tabela 3:

íon tiossulfato íon iodeto íon persulfato


Condição tempo (s)
[A]o [X] [A]o [A]o [X] [[A]o - x] ln [[A]o - x]
-4 -4 -3 -4 -3
A 56 5,3.10 5,3.10 0,17 3,33.10 2,7.10 3,03.10 -5,80
-3 -3 -3 -4 -3
B 117 1,07.10 1,07.10 0,17 3,33.10 5,35.10 2,77.10 -5,89
-3 -3 -3 -4 -3
C 195 1,87.10 1,87.10 0,17 3,33.10 9,35.10 2,37.10 -6,05
D 286 2,7.10-3 2,7.10-3 0,17 3,33.10-3 1,35.10-3 1,95.10-3 -6,24
Temperatura = 25 ºC; NOTA: [A]o no início da reação, [x] concentração do íon consumido durante o tempo
de reação e [[A]o – x] do íon no final do tempo de reação.

Tabela 3: Valores das concentrações, em mol.L-1, dos íons tiossulfato, iodeto e perssulfato e tempo de
reação, à temperatura de 25,0 ºC.

5.2) Construir um gráfico de ln [(A)o – x] em função do tempo de reação. Traçar a


curva que melhor se ajuste aos pontos experimentais e interpretar o resultado.

5.3) Calcular os valores dos coeficientes angular e linear da reta, escrever a


equação da reta obtida, de acordo com a equação 8. Esta equação corresponde à
reação química de pseudoprimeira ordem.
Da equação 8 tem-se:

( )
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 − 𝑥 =− 𝑘1𝑡 + 𝑙𝑛[𝐴]𝑜

Sabemos que 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 é a equação da reta.

Obtemos no Excel como equação da reta e R2:

𝑦 =− 0, 0019𝑥 − 5, 6781
2
𝑅 = 0, 9956

Fazendo a analogia da equação 8 com a equação obtida:

𝑦 = 𝑙𝑛 [(𝐴)𝑜 – 𝑥]
− 𝑎 = − 𝑘1 = − 0, 0019

𝑘1 = 0, 0019

𝑏 = 𝑙𝑛 [𝐴]0 = − 5, 6781

Dessa forma temos:

[ ]
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 – 𝑥 = − 0, 0019𝑡 − 5, 6781

Diante do gráfico, nota-se o bom resultado experimental. Visto que a reação é a mesma,
ocorrendo em concentrações diferentes, a linha de dispersão se mostrou justa à proposta,
comprovando que a reação é de pseudoprimeira ordem.

5.4) A partir do gráfico, calcular a concentração inicial do íon perssulfato e o tempo


de meia vida da reação. Calcular a constante de velocidade da reação de segunda
ordem, k2, de acordo com a equação 5.

Concentração inicial de íon persulfato:

𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 = − 5, 6781
−5,6781
[𝐴]𝑜 = 𝑒
−3
[𝐴]𝑜 = 3, 42 * 10

Tempo de meia vida:


0,693
𝑡1/2 = 𝑘1

0,693
𝑡1/2 = −3
2,4𝑥10

𝑡1/2 = 288, 75 𝑠

Para o cálculo da velocidade da reação de segunda ordem temos:

𝑘1
𝑘2 =
[𝐼−]
−3
2,4𝑥10
𝑘2 = −1
0,17𝑚𝑜𝑙.𝐿
−1 −1
𝑘2 = 0, 014𝑠 . 𝑚𝑜𝑙 . 𝐿

5.5) Utilizando a equação 7, calcular os valores de constante de reação de


pseudoprimeira ordem (k1) com as diferentes temperaturas.

𝑘1 =
1
𝑡
𝑙𝑛 ( [𝐴]𝑜
[𝐴]𝑜−𝑥 )
Nesta parte, todos os valores se apresentam iguais para todos os grupos, pois as
quantidades e concentrações são as mesmas. O que difere é a temperatura.

CONDIÇÃO D:

Para o tiossulfato:

𝐶1𝑉1
[𝐴]𝑜 = 𝑉𝑓

−1
0,008𝑚𝑜𝑙.𝐿 *5𝑚𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = 30𝑚𝐿
= 1, 3𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿

Para o iodeto:
−1
0,5𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑚𝐿 −1
[𝐴]𝑜 = 30𝑚𝐿
= 0, 16𝑚𝑜𝑙. 𝐿

Para o perssulfato:
−1
0,01𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑚𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = 30𝑚𝐿
= 3, 33𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿

O valor de [x] deve ser calculado dividindo por 2, já que a equação apresenta a proporção
de 2:1.

−3 −1
1,3𝑥10 𝑚𝑜𝑙.𝐿 −3 −1
[𝑥] = 2
= 0, 65𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿

K1 pode ser obtido através da equação:


( )
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 − 𝑥 =− 𝑘1𝑡 + 𝑙𝑛[𝐴]𝑜

(
𝑙𝑛[𝐴]𝑜− 𝑙𝑛 [𝐴]𝑜−𝑥 )
𝑘1 = 𝑡

5,7−5,92 −3 −1
𝑘1 = 90𝑠
= 2, 4𝑥10 𝑠

5.6) Calcular os valores de constante de reação de segunda ordem (k2) para as


diferentes temperaturas.
𝑘1
𝑘2 =
[𝐼−]
−3 −1
2,4𝑥10 𝑠 −3 −1 −1
𝑘2 = −1 = 1, 4𝑥10 𝑠 . 𝑚𝑜𝑙 . 𝐿
0,17𝑚𝑜𝑙.𝐿

Os demais valores de k1 e k2 para as outras condições seguem anotados na tabela 4.

5.7) Completar a tabela 4 com os cálculos efetuados acima.

Tabela 4: Valores de temperatura, constantes de velocidade k1 e k2, tempo de reação.

T (ºC) Tempo (s) k1/s-1 k2/s-2mol-1L ln k2 T (K) 1/T (k)


1 231 9,52.10-4 5,92.10-3 -5,12 274 3,64.10-3
15 214 1,02.10-3 6,4.10-3 -5,05 288 3,47.10-3
25 90 2,4.10-3 1,5.10-2 -4,2 298 3,41.10-3
40 33 1,0.10-2 6,25.10-2 -2,77 319 3,13.10-3

NOTA: O valor de k1 à temperatura de 25,0ºC foi obtido no item anterior.

Tabela 4: Valores de temperatura, constantes de velocidade k1 e k2, tempo de reação.

5.8) Colocar nos eixos de coordenadas cartesianas os valores de ln k2 em y e 1/T na


coordenada x. Traçar a reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais.
5.9) Calcular os coeficientes angular e linear da reta e escrever a equação da reta
obtida (equação 11). Linearizando a equação 10, temos:

𝑙𝑛 𝑘2 =− ( )
𝐸𝑎
𝑅
1
𝑇
+ 𝑙𝑛 𝐴

sendo:

k2 = constante de velocidade da reação de segunda ordem para uma dada


temperatura;

Ea = energia de ativação (J/mol);

T = temperatura absoluta (em K);

R = constante universal dos gases (8,314 J/mol K);

A = é uma constante que tem a mesma unidade de k2, chamado fator de frequência.

Resposta:

Sabemos que a equação da reta do gráfico anterior é a seguinte:

y = 4787,5 x + 12 , com R² = 0,8937

Aplicando a igualdade que existe entre as equações descritas, tem-se que:

𝑙𝑛 𝑘2 = − ( )
𝐸𝑎
𝑅
1
𝑇
+ 𝑙𝑛 𝐴

− ( )=a
𝐸𝑎
𝑅
; 𝑙𝑛 𝐴 = b
( )
4
3,98 *10 1
𝑙𝑛 𝑘2 = − 8,31 𝑇
+ 12

5.10) Calcular os valores da energia de ativação e do fator de frequência da reação.

−𝐸𝑎/𝑅𝑇
𝑘 = 𝐴𝑒
12
𝑙𝑛 𝐴 = 𝑏 = 12 ; 𝐴 = 𝑒
12 −𝐸𝑎/𝑅𝑇
𝑘 =𝑒 *𝑒
4
𝐸𝑎 = 3, 98 * 10 = 39800 J/mol

𝑘 = 0,018

CONCLUSÃO
Conclui-se que é possível determinar as constantes de velocidade e a energia de ativação
de uma reação iônica de acordo com o proposto no roteiro, ou seja, por meio de alguns
fatores que influenciam diretamente a cinética. O experimento foi realizado e concluído
com sucesso e foi possível atingir o objetivo, além de estudar, de forma prática, o
conteúdo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● http://professor.ufop.br/sites/default/files/claudio/files/cinetica_quimicaalunos.pdf
● Notas de aula – QUI117

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