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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
RELATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA
Alunas:
Em uma reação química, é óbvio pensar que quando ocorre que quando há um aumento
da concentração dos produtos, ao mesmo tempo diminui a concentração dos reagentes,
pois não se cria nada no meio reacional que não esteja lá. As expressões matemáticas
que ilustram a taxa na qual uma reação química se processa são denominadas leis da
velocidade. Essa lei informa a quantidade (mol) de produtos formados e a quantidade
(mol) de reagentes consumidos em um determinado tempo (segundos).
A lei de velocidade genérica para a reação em estudo pode ser escrita como:
𝑥 𝑦
2− −
ν = 𝑘⎡⎢𝑆2𝑂8 ⎤⎥ 𝐼
⎣ ⎦
[ ]
Onde x e y, quando somados, representam a ordem global da reação. Ressalta-se que
esses valores são determinados de forma experimental.
Para esse experimento, considerou-se a reação entre o íon perssulfato e o íon iodeto:
2− − 2−
𝑆2𝑂8 + 2𝐼 → 𝑆2𝑂4 + 𝐼2
No caso da reação entre os íons perssulfato e iodeto, ambos são 1, portanto, a reação é
denotada de segunda ordem, e o valor de k representa a velocidade da reação.
2− −
ν = 𝑘2⎡⎢𝑆2𝑂8 ⎤⎥ 𝐼
⎣ ⎦
[ ]
Onde:
Em casos que a concentração do íon iodeto for mantida constante, e ao mesmo tempor
maior que a concentração do íon perssulfato, a reação passa a ser de pseudoprimeira
ordem em relação ao íon perssulfato.
2−
ν = 𝑘1⎡⎢𝑆2𝑂8 ⎤⎥
⎣ ⎦
Onde:
𝑘1
𝑘2 =
[𝐼−]
Equação cinética de concentração versus tempo:
A equação integrada da velocidade relaciona esses dois termos, e é diferente para cada
ordem de reação. Para uma reação de primeira ordem, a equação de velocidade é:
𝑙𝑛( ) = 𝑎𝑘 𝑡
[𝐴]𝑜
𝐴 1
onde:
Na reação prevista para essa prática, A é o íon perssulfato. Dessa forma, tem-se:
𝑘1 =
1
𝑡 (
𝑙𝑛
[𝐴]𝑜
[𝐴]𝑜−𝑥 )
E também pode ser escrita como:
( )
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 − 𝑥 =− 𝑘1𝑡 + 𝑙𝑛[𝐴]𝑜
Onde:
t = tempo de reação;
O tempo que a concentração de um reagente leva para diminuir até a metade do seu
valor inicial é chamado de meia-vida, t½. Para uma reação de primeira ordem, t½ é o
tempo gasto para [A]0 alcançar ½[A]0. Matematicamente:
0,693
𝑡1/2 = 𝑘1
Ea = energia de ativação;
T = temperatura absoluta.
2− 2−
𝑆2𝑂8 2𝐼
− 𝑆2𝑂4 𝐼2
í𝑜𝑛 𝑝𝑒𝑟𝑠𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜
+ í𝑜𝑛 𝑖𝑜𝑑𝑒𝑡𝑜
→ í𝑜𝑛 𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜
+ 𝑖𝑜𝑑𝑜
2− 2−
2𝑆2𝑂3 𝐼2 𝑆2𝑂6 −
2𝐼
í𝑜𝑛 𝑡𝑖𝑜𝑠𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜
+ 𝑖𝑜𝑑𝑜
→ í𝑜𝑛 𝑡𝑒𝑡𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜
+ í𝑜𝑛 𝑖𝑜𝑑𝑒𝑡𝑜
− − −
𝐼3 𝑎𝑚𝑖𝑑𝑜 𝐼 +𝐼2→𝐼3
í𝑜𝑛 𝑡𝑟𝑖𝑖𝑜𝑑𝑒𝑡𝑜
+ β−𝑎𝑚𝑖𝑙𝑜𝑠𝑒
→ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜 𝑎𝑧𝑢𝑙
O iodo, presente na solução aquosa, contendo íon iodeto, tem uma cor amarelo castanha
intensa, que é visível mesmo com grande diluição. O próprio iodo poderia servir de
indicador, mas o uso de um indicador (amido), proporciona uma detecção mais sensível
do ponto final. O iodo livre é detectado pela reação com amido.
OBJETIVO
Este trabalho prático tem como objetivo determinar a constante de velocidade e a energia
de ativação de uma reação química iônica.
PARTE EXPERIMENTAL
1) Materiais
● Termômetro;
● Cronômetro;
● Banho termostático.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Tabela 2: Volumes, em mL, das soluções utilizadas na preparação dos tubos 1 e 2 em diferentes
temperaturas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Propostas do roteiro:
5.1) Calcular as concentrações dos íons no início da reação (as instruções estão no
Cada grupo ficou responsável por calcular as concentrações e compartilhar os dados com
a turma.
Para o iodeto:
−1 −3
0,5 𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑥10 𝐿 −1 −1
[𝐴]𝑜 = −3 = 0, 17𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
30𝑥10 𝐿
Para o persulfato:
−1 −3
0,01 𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑥10 𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = −3 = 3, 33𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
30𝑥10 𝐿
Tabela 3: Valores das concentrações, em mol.L-1, dos íons tiossulfato, iodeto e perssulfato e tempo de
reação, à temperatura de 25,0 ºC.
( )
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 − 𝑥 =− 𝑘1𝑡 + 𝑙𝑛[𝐴]𝑜
𝑦 =− 0, 0019𝑥 − 5, 6781
2
𝑅 = 0, 9956
𝑦 = 𝑙𝑛 [(𝐴)𝑜 – 𝑥]
− 𝑎 = − 𝑘1 = − 0, 0019
𝑘1 = 0, 0019
𝑏 = 𝑙𝑛 [𝐴]0 = − 5, 6781
[ ]
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 – 𝑥 = − 0, 0019𝑡 − 5, 6781
Diante do gráfico, nota-se o bom resultado experimental. Visto que a reação é a mesma,
ocorrendo em concentrações diferentes, a linha de dispersão se mostrou justa à proposta,
comprovando que a reação é de pseudoprimeira ordem.
𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 = − 5, 6781
−5,6781
[𝐴]𝑜 = 𝑒
−3
[𝐴]𝑜 = 3, 42 * 10
0,693
𝑡1/2 = −3
2,4𝑥10
𝑡1/2 = 288, 75 𝑠
𝑘1
𝑘2 =
[𝐼−]
−3
2,4𝑥10
𝑘2 = −1
0,17𝑚𝑜𝑙.𝐿
−1 −1
𝑘2 = 0, 014𝑠 . 𝑚𝑜𝑙 . 𝐿
𝑘1 =
1
𝑡
𝑙𝑛 ( [𝐴]𝑜
[𝐴]𝑜−𝑥 )
Nesta parte, todos os valores se apresentam iguais para todos os grupos, pois as
quantidades e concentrações são as mesmas. O que difere é a temperatura.
CONDIÇÃO D:
Para o tiossulfato:
𝐶1𝑉1
[𝐴]𝑜 = 𝑉𝑓
−1
0,008𝑚𝑜𝑙.𝐿 *5𝑚𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = 30𝑚𝐿
= 1, 3𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
Para o iodeto:
−1
0,5𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑚𝐿 −1
[𝐴]𝑜 = 30𝑚𝐿
= 0, 16𝑚𝑜𝑙. 𝐿
Para o perssulfato:
−1
0,01𝑚𝑜𝑙.𝐿 *10𝑚𝐿 −3 −1
[𝐴]𝑜 = 30𝑚𝐿
= 3, 33𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
O valor de [x] deve ser calculado dividindo por 2, já que a equação apresenta a proporção
de 2:1.
−3 −1
1,3𝑥10 𝑚𝑜𝑙.𝐿 −3 −1
[𝑥] = 2
= 0, 65𝑥10 𝑚𝑜𝑙. 𝐿
(
𝑙𝑛[𝐴]𝑜− 𝑙𝑛 [𝐴]𝑜−𝑥 )
𝑘1 = 𝑡
5,7−5,92 −3 −1
𝑘1 = 90𝑠
= 2, 4𝑥10 𝑠
𝑙𝑛 𝑘2 =− ( )
𝐸𝑎
𝑅
1
𝑇
+ 𝑙𝑛 𝐴
sendo:
A = é uma constante que tem a mesma unidade de k2, chamado fator de frequência.
Resposta:
𝑙𝑛 𝑘2 = − ( )
𝐸𝑎
𝑅
1
𝑇
+ 𝑙𝑛 𝐴
− ( )=a
𝐸𝑎
𝑅
; 𝑙𝑛 𝐴 = b
( )
4
3,98 *10 1
𝑙𝑛 𝑘2 = − 8,31 𝑇
+ 12
−𝐸𝑎/𝑅𝑇
𝑘 = 𝐴𝑒
12
𝑙𝑛 𝐴 = 𝑏 = 12 ; 𝐴 = 𝑒
12 −𝐸𝑎/𝑅𝑇
𝑘 =𝑒 *𝑒
4
𝐸𝑎 = 3, 98 * 10 = 39800 J/mol
𝑘 = 0,018
CONCLUSÃO
Conclui-se que é possível determinar as constantes de velocidade e a energia de ativação
de uma reação iônica de acordo com o proposto no roteiro, ou seja, por meio de alguns
fatores que influenciam diretamente a cinética. O experimento foi realizado e concluído
com sucesso e foi possível atingir o objetivo, além de estudar, de forma prática, o
conteúdo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● http://professor.ufop.br/sites/default/files/claudio/files/cinetica_quimicaalunos.pdf
● Notas de aula – QUI117