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Instalações Prediais

Eletroeletrônica
Instalador Predial
Versão 01

Vitória
2009
© 2009. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por
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Senai-ES
Gerência de Educação e Tecnologia - Getec

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Senai-ES - Unidade Vitória

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)

SENAI. Departamento Regional do Espírito Santo.

S474n NR-10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade /


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Regio-
nal do Espírito Santo. - Vitória : SENAI, 2009.
112 p. : il.
Inclui bibliografia

1. NR 10. 2. Eletricidade. 3. Segurança. 4. Métodos de trabalho. 5.


Prevenção de acidentes. 6. Medidas de controle. I. Título.

614.8:537

Senai-ES - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional do Espírito Santo


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Tel: (27) 3334-5600 - Fax: (27) 3334-5772 - http://www.es.senai.br
Apresentação

A busca por especialização profissional é constante. Você, assim como a


maioria das pessoas que deseja agregar valor ao currículo, acredita nessa
ideia. Por isso, para apoiá-lo na permanente tarefa de se manter atuali-
zado, o Senai-ES apresenta este material, visando a oferecer as informa-
ções de que você precisa para ser um profissional competitivo.

Todo o conteúdo foi elaborado por especialistas da área e pensado a


partir de critérios que levam em conta textos com linguagem leve, gráfi-
cos e ilustrações que facilitam o entendimento das informações, além de
uma diagramação que privilegia a apresentação agradável ao olhar.

Como instituição parceira da indústria na formação de trabalhadores qua-


lificados, o Senai-ES está atento às demandas do setor. A expectativa é
tornar acessíveis, por meio deste material, conceitos e informações neces-
sárias ao desenvolvimento dos profissionais, cada vez mais conscientes
dos padrões de produtividade e qualidade exigidos pelo mercado.

Achou importante?
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Sumário

Fornecimento de Energia Elétrica......................................................................................11


Ferramentas manuais e instrumentos............................................................................. 21
Materiais..................................................................................................................................... 37
Componentes........................................................................................................................... 53
Proteção das Instalações Elétricas Prediais.................................................................... 69
Projeto elétrico......................................................................................................................... 87
Prática de Instalações........................................................................................................... 117

Achou importante?
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Fornecimento de Energia Elétrica

Energia Elétrica
Vale a pena lembrar que no Universo em que vivemos uma coisa depende
da outra para existir. Nada é novo. Por isso, sem desprezar as outras for-
mas de energia existentes, que também dependem umas das outras
para suas existências, no caso da energia elétrica, ela precisa passar por
uma dessas três principais etapas de geração, transmissão, distribuição
para ser utilizada:

Geração
Nesta primeira etapa, a energia elétrica é produzida a partir da energia
mecânica de rotação de um eixo de uma turbina que movimenta um
gerador. Este gerador pode ser movido pela força da água (hidráulica)
ou, pela força do vapor (térmica) ou, ainda, na fissão do urânio (nuclear).

Transmissão
Neste segundo caso, a energia elétrica gerada nas usinas hidroelétricas
precisa ser transportada até as Subestações elevadoras de tensão e as
linhas de transmissão levam a energia para ser consumida nos lugares
mais distantes do país. Sem estes dois processos ficaria muito difícil das
cidades, indústrias, fazendas e outros consumidores potenciais de serem
Achou importante? usuários da energia elétrica.
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Distribuição
Agora, neste terceiro processo, a energia elétrica precisa ser distribuída
para os consumidores. Para isso, tem que ocorrer um fenômeno inverso
ao que aconteceu com a transmissão. Neste caso, é necessário baixar a
tensão do nível transmissão que é muito alto para o nível de distribuição
que é mais baixo. Isto é feito nas cidades, através de transformadores
instalados nos postes das cidades, que levam a tensão a baixar ao nível
de 127/220 Volts, ou seja, tornando adequada a sua utilização.

Portanto, as etapas da geração e do fornecimento de energia, são venci-


das, resumidamente, a partir do seguinte processo de: geração, transmis-
são e distribuição de energia.

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Normalização

Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL


Ao trabalhador que trabalha na área de Instalação Predial, é bom lem-
brar-lhe que tudo que ele faz é observado e coordenado por um órgão
do Governo Federal, ligado ao Ministério das Minas e Energias – MME,
chamado de Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, autarquia em
regime especial, que foi criada pela Lei 9.427, de 26/12/1996.

É muito importante que você, também eletricista, siba que a Agência


Nacional de Energia Elétrica – ANEEL precisou estabelecer regras para
o uso da eletricidade e para garantir os serviços de energia elétrica para
a população e, para isso, criou algumas funções como padrão para agir,
como por exemplo:
• Regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comer-
cialização da energia elétrica, defendendo o interesse do consumidor.
• Mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e
entre estes e os consumidores.
• Conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia;
garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço.
• Exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e
assegurar a universalização dos serviços.

Além disso, como toda empresa bem organizada e respeitadora das nor-
mas, a ANEEL impôs a sua missão que é a de proporcionar condições
favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com
equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade.

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT


A ABNT foi fundada em 1940. É o órgão responsável pela normalização
técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tec-
nológico brasileiro.

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É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum
Nacional de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 07 do
CONMETRO, de 24.08.1992.

É membro fundador da ISO (International Organization for Standardi-


zation), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da
AMN (Associação Mercosul de Normalização).

Definindo de forma simples o que é A Normalização, pode-se dizer que


ela se preocupa com tudo o que existe e que pode existir, e tudo o que
acontece e que pode acontecer em relação ao uso diário de um produto
pela população de um país e, esta preocupação, leva a empresa produ-
tora desse produto a ter que se esforçar, ao máximo, para ter um produto
de qualidade para vender num determinado mercado.

Então, como a Normalização tem a direção do Governo Federal, houve


necessidade de criar alguns objetivos comuns a todos os cidadãos deste
País, para serem seguidos baseados em certas condutas, que são:

Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e


Economia
procedimentos.

Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre


Comunicação o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações
comerciais e dos serviços.

Segurança Proteger a vida humana e a saúde.

Proteção do Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos


consumidor produtos.

Eliminação
Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos
de barreiras
e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio
técnicas e
comercial.
comerciais.

Eis aqui outras referências, voltadas para a prática da Normalização, tra-


duzidas em objetivos que podem ser qualitativos e/ou quantitativos,
variando de acordo com os benefícios que se propõe a atingir, a saber:

Na prática, a Normalização está presente na fabricação de produtos, na


transferência de tecnologia e na melhoria da qualidade de vida atra-
vés de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio
ambiente.

Os benefícios da Normalização podem ser:

Qualitativos, permitindo:
• utilizar adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e
mão-de-obra);
• uniformizar a produção;
• facilitar o treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível téc-
nico;
• registrar o conhecimento tecnológico;
• facilitar a contratação ou venda de tecnologia.

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Quantitativos, permitindo:
• reduzir o consumo de materiais;
• reduzir o desperdício;
• padronizar componentes;
• padronizar equipamentos;
• reduzir a variedade de produtos;
• fornecer procedimentos para cálculos e projetos;
• aumentar a produtividade;
• melhorar a qualidade;
• controlar processos.

É ainda um excelente argumento de vendas para o mercado internacio-


nal, como também para regular a importação de produtos que não este-
jam em conformidade com as normas do país importador.

OBSERVAÇÃO: A Padronização das Concessionárias de Energia Elétrica,


bem como o apoio e o esforço do Governo Federal em agir contra o des-
perdício de energia elétrica e de promover a boa utilização dos recur-
sos energéticos do Brasil, dá-nos a segurança de seguir, como norma de
conduta vigente, qualquer padrão estabelecido pelas Instituições deste
País. Por isso, alguns dos itens apresentados na sequência desta apos-
tila, e que tratam da Normalização do Fornecimento de Energia Elétrica,
são necessários repeti-los, na íntegra, por se tratarem de convenções ou
padrões comuns a todos. Quando a situação pedir, devemos ter o zelo
de fazer as devidas referências aos assuntos que se enquadram a essas
normas.

Normalização das instalações elétricas de baixa


tensão (NBR-5410).
As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela Norma
Brasileira vigente, a NBR 5410/97 “Instalações Elétricas de Baixa Tensão”
da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Essa Norma, também conhecida como NB 3, fixa os procedimentos que


devem ter as instalações elétricas: PROJETO, EXECUÇÃO, MANUTENÇÃO
e VERIFICAÇÃO FINAL, a fim de garantir o seu funcionamento adequado,
a segurança das pessoas e de animais domésticos e aplica-se às insta-
lações elétricas (novas e reformas das existentes) alimentadas sob uma
tensão nominal igual ou inferior a 1.000 Volts em Corrente Alternada
(CA).

As Concessionárias de energia, por sua vez, fornecem a energia elétrica


para os consumidores de acordo com a carga (kW) instalada e em con-
formidade com a legislação em vigor – Resolução 456 “Condições Gerais
de Fornecimento de Energia Elétrica” de 29/11/00, da ANEEL – Agência
Nacional de Energia Elétrica, que estabelece os seguintes limites para
atendimento:

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a) Tensão Secundária de Distribuição – Grupo B
(Baixa Tensão):
Quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior
a 75 kW. Os consumidores do Grupo B são atendidos na tensão inferior a
2.300 Volts. Por exemplo: 220/127 Volts (Trifásico).

b) Tensão primária de distribuição inferior a 69


kV:
Quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW
e a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o forneci-
mento, for igual ou inferior a 2.500 kW. Por exemplo: tensão de 13.800
Volts (Trifásico).

c) Tensão primária de distribuição igual ou supe-


rior a 69 kV:
Quando a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o for-
necimento, for superior a 2.500 kW.

Da legislação em vigor, a Resolução da ANEEL 456, de 29/11/00, foram


retiradas as seguintes definições:

a) Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos elé-


tricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em
funcionamento, expressa em quilowatts (kW).

b) Consumidor: pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de


direito, legalmente representada, que solicitar a concessionária o forneci-
mento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento
das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamen-
tos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de
uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso.

c) Contrato de adesão: instrumento contratual firmado entre a Conces-


sionária de Energia Elétrica e o Consumidor cuja unidade consumidora
seja atendida em Baixa Tensão (Grupo B), com cláusulas vinculadas às
normas e regulamentos aprovados pela ANEEL, não podendo o conte-
údo das mesmas ser modificado pela concessionária ou consumidor, a
ser aceito ou rejeitado de forma integral.

d) Unidade consumidora: conjunto de instalações e equipamentos elétri-


cos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto
de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único
consumidor.

O Artigo 3º Resolução da ANEEL 456, de 29/11/00, estabelece que efe-


tivado o pedido de fornecimento de energia elétrica à concessionária,
esta cientificará ao interessado quanto à obrigatoriedade de:

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• Observância, nas instalações elétricas da unidade consumidora, das
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outra organização credenciada
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus-
trial – CONMETRO, e das normas e padrões da concessionária, postos à
disposição do interessado.
• Instalação, pelo interessado, quando exigido pela concessionária,
em locaisapropriados de livre e fácil acesso, de caixas, quadros, painéis
ou cubículos destinados à instalação de medidores, transformadores de
medição e outros aparelhos da concessionária, necessários à medição de
consumos de energia elétrica e demandas de potência, quando houver,
e à proteção destas instalações.
• Declaração descritiva da carga instalada na unidade consumidora.
• Celebração de contrato de fornecimento com consumidor respon-
sável porunidade consumidora do Grupo “A”.
• Aceitação dos termos do contrato de adesão pelo consumidor res-
ponsável por unidade consumidora do Grupo “B”.
• Fornecimento de informações referentes à natureza da atividade
desenvolvida na unidade consumidora, a finalidade da utilização da
energia elétrica, e a necessidade de comunicar eventuais alterações
supervenientes.

As Normas vigentes da concessionária local estabelecem quando o con-


sumidor de energia será atendido por 2, 3 ou 4 fios em função da carga
(kW) instalada. Observe abaixo um exemplo de critério de atendimento
para as unidades consumidoras ligadas em baixa tensão:

Sistema 3 fios

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Isolador ou olhal

Alça preformada p/cabo


multiplexado

Condutor neutro Condutor fase

Cabo multiplexado
(Duplex, triplex ou quadruplex)
Conector Ampactinho
tipo cunha ou compressão H

Condutores do ramal 5voltas - fita PVC


de entrada Isolante

Recomposição da conexão

Conservação da Energia Elétrica

Programa Nacional de Conservação de Energia


Elétrica – PROCEL
O objetivo do PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Ener-
gia Elétrica é promover a racionalização da produção e do consumo de
energia elétrica, eliminando os desperdícios e reduzindo os custos e os
investimentos setoriais. Criado em dezembro de 1985 pelos Ministérios
de Minas e Energia e da Indústria e Comércio, o PROCEL é gerido por
uma Secretaria Executiva subordinada à Eletrobrás. Em 18 de julho de
1991, o PROCEL foi transformado em Programa de Governo, tendo sua
abrangência e responsabilidades ampliadas.

O PROCEL tem diversos programas/projetos para o combate ao desper-


dício de energia, tais como: para os setores residenciais, comerciais, ser-
viços, industriais, órgãos governamentais, iluminação pública, PROCEL
nas Escolas, meio ambiente, etc.

Na área residencial, de uma forma geral, as atividades do Programa Resi-


dencial se baseiam em:
• qualificar produtos eficientes,
• divulgá-los no mercado consumidor,
• mobilizar os canais de distribuição para execução de parcerias em
projetos de conservação de energia,
• conceber projetos que possam ser reproduzidos e executados em
larga escala pelo Brasil,
• informar o consumidor sobre os produtos que proporcionam uma
maior economia de energia ao longo de sua vida útil.

Em relação à eficiência de aparelhos elétricos e térmicos para o uso resi-


• Instalações Prediais
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dencial, o PROCEL, estabelece os seguintes Selos:

Selo PROCEL de Economia de Energia


O Selo PROCEL de Economia de Energia é um instrumento promocio-
nal do PROCEL, concedido anualmente, desde 1993, aos equipamentos
elétricos que apresentam os melhores índices de eficiência energética
dentro das suas categorias. Sua finalidade é estimular a fabricação nacio-
nal de produtos eletroeletrônicos mais eficientes no subitem economia
de energia e orientar o consumidor, no ato da compra, de forma que ele
possa adquirir os equipamentos que apresentam os melhores níveis de
eficiência energética.

Os equipamentos que atualmente recebem o Selo são:


• Refrigerador de uma porta.
• Refrigerador Combinado.
• Refrigerador Frost-Free.
• Congelador vertical.
• Congelador horizontal.
• Ar-condicionado de janela.
• Motor elétrico de indução trifásico de potência até 250 CV.
• Coletor solar plano.
• Reservatórios Térmicos.
• Lâmpadas e reatores.

NSOME
CO M
O
UT

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O
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ENERGIA
E NONONO
NONO
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NONONO NONO
NONONONONO
NONONO NONO

Selo PROCEL INMETRO de Desempenho


O Selo PROCEL INMETRO de Desempenho foi criado com o objetivo de
promover o combate ao desperdício de energia elétrica e de ser uma
referência na compra pelo consumidor. Ele é concedido desde novembro
de 1998, com validade anual, e destina-se a produtos ou equipamentos
na área de iluminação, nacionais ou estrangeiros, que contribuam para o
combate ao desperdício de energia elétrica e que apresentem caracterís-
• Instalações Prediais
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ticas de eficiência e qualidade conforme o padrão PROCEL.

NSOME
CO M
O

EN
TE PRODU

OS
ENERG
ES PROCEL

IA
INMETRO

Exercícios Unidade I

Quais são as principais etapas pelas quais passa e energia elétrica até
chegar ao consumidor final?

Qual a norma regulamentadora das instalações elétricas de baixa ten-


são?

Cite objetivos da Normalização.

Quais as principais atribuições da ANEEL?

O que é e qual a importância do PROCEL?

• Instalações Prediais
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Ferramentas manuais e instrumentos

Lembre-se! A qualidade do seu trabalho está diretamente ligada à ferra-


menta que você usa para executar o seu serviço. Você notou o formato
das ferramentas anteriores? No caso do alicate, existe de várias formas,
não é? Então, pode-se dizer que o profissional das instalações elétricas
prediais tem que conhecer todos esses apetrechos, em seus detalhes,
para evitar acidentes e, também, para concluir suas atividades com per-
feição, demonstrando ser um profissional cuidadoso e qualificado.

As ferramentas são equipamentos utilizados para ajudar um trabalha-


dor a executar um determinado serviço numa área de trabalho. Um
bom profissional não pode desprezar seu material de trabalho e nem
deixar de tê-lo, para execução de seus serviços. Por isso, entendendo
sua necessidade, ilustramos para você as principais ferramentas usadas
nas instalações elétricas prediais. Lembramos a todos que faremos uma
abordagem prática dessas ferramentas na unidade VII.

Alicates
Este tipo de ferramenta é uma das mais importantes do trabalhador de
Instalações Elétricas Prediais. Voce vai conhecer dois entre os vários tipos
existentes.

Alicates desencapador de fios


Usados para desencapar fios nas mais variadas bitolas existentes.

Achou importante? Alicate Prensa Terminal


Faça aqui suas anotações.
• Instalações Prediais
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O Alicate prensa terminal é útil para prensar conectores no local que se
dá entre o seu contato inicial com a ponta de um fio.

A
Chaves de Aperto
As chaves de aperto também são muito úteis no serviço do eletricista
predial, porém elas são mais usadas nas instalações elétricas externas.
Conforme você pode ver, estes tipos são os mais comuns:
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A Chave de Boca Fixa simples 18

10

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17

18

10
18

11

6
17

7
11

B 10

Chave Combinada 18

17

BC
11
9 9

10

D
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Chave de Boca Fixa de Encaixe

Chave de Boca Regulável

Chave de boca regulável – grifo

As ferramentas mostradas agora, nesta página, não são menos impor-


tantes para o trabalhador eletricista. Com exceção da chave de fenda e
da Chave Phillips, todas as demais ferramentas tem seu uso menos fre-
quente nas instalações elétricas prediais internas, porém não devemos
desmerecer seus valores quando se tratar de instalações, nesta mesma
área, em que envolva trabalhos mais complexos e de grandes extensões
para serem executados.

Chave Allen

• Instalações Prediais
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B

C
e
D
Chave de Parafuso de Fenda
Topo
Anel
Cabo
Cunha Haste

Face
Espiga

F
Chave Phillips.
Para parafusos de fenda cruzada, usa-se uma chave com cunha em forma
de cruz.

bG

bb
Morça de Bancada
É uma máquina, geralmente feita de ferro fundido, usada para fixar
peças nas operações com furadeiras, plainas, fresadoras, entre outras
maquinas.

• Instalações Prediais
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Ferro de Solda

Limas
São úteis para cortar grandes quantidades de material excedente. São
divididas pela forma e pelo corte que propiciam diferentes tipos de aca-
bamento.

Borda Picado Faces Talão Cabo de madeira

Ponta

Corpo
Espiga Anel metálico

Furadeira
Esta máquina tem o objetivo de executar operações de furação e calibra-
ção por meio do movimento de rotação.

• Instalações Prediais
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Brocas
São acessórios utilizados em conjunto com ferramentas para realizar
movimentos de rotação com o objetivo de perfurar materiais de forma
circular.

Desandador para Cossinetes


É uma ferramenta manual, geralmente de aço carbono, que funciona
como uma chave que possibilita o movimento de rotação.

Cossinetes: utilizados para abertura de roscas em eletrodutos.

Punção de Bico
É uma ferramenta utilizada para marcar pontos de referência no traçado
e centros para furação de peças. É feita de aço carbono, com ponta
cônica e temperada.

• Instalações Prediais
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Bico Corpo cilíndrico

Cabeça

Martelo
o martelo de bola é utilizado em trabalhos com chapas finas de metal,
como também na fixação de pregos, grampos, entre outros materiais.
Sua função é rebitar, extrair pinos e realizar serviços em geral.

Bola
Espiga do cabo Cabo Seção (oval) Punho
Corpo

Cunha
Cabeça
Martelo de bola

Face (pancada)

Fitas de Enfiação (Sondas)

Lâmpada de Néon
Ei, você que vai fazer um serviço de instalação elétrica numa residência,
precisa sempre, antes de iniciar um serviço, de ficar atento à tensão pre-
sente no local. Para isso, existem instrumentos feitos em formas de chave
de fenda, ou caneta, com uma lâmpada de néon, que tem a caracterís-
tica de acender quando um dos seus terminais é posto em contato com
um elemento energizado e outro é posto em contato com o “terra”.

Devido a grande resistência interna deste tipo de lâmpada, a corrente


circulante não é suficiente para produzir a sensação de choque nas pes-
soas. Entretanto, seu uso é restrito a circuito de baixa tensão, como nas
instalações elétricas residenciais. A vantagem deste instrumento é o fato
de indicar, de maneira simples, a presença de tensão no local pesqui-
sado: a lâmpada acende quando a ponta do aparelho encosta no fio Fase
energizado. Quando encosta-se ao fio Neutro, não acende.

• Instalações Prediais
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Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com os mes-
mos princípios de funcionamento, que possibilitam identificar também,
além do fio Fase e o fio Neutro, o valor aproximado da tensão, se é 127 V,
220 V ou 380 Volts.

Não se deve usar uma lâmpada de néon individualmente (sem o invólu-


cro), pois ela poderá estourar, causando algum acidente.

Saca-fusível
O nome do aparelho já diz quase tudo, ou seja, é usado para sacar ou
tirar fusíveis e ainda evitar que o trabalhador tome um choque ao tocar
num fio ou equipamento sem proteção isolante e energizado. Olhe os
exemplos abaixo:

Instrumentos
Os instrumentos usados para medir corrente, tensão e resistência
elétricas vão dizer o que o eletricista vai fazer, ou seja, o caminho a
ser seguido por ele para executar seu trabalho e solucionar o pro-
blema. Mas antes saiba como medir a corrente, a resistencia e a tenssão
elétrica.

Medindo corrente elétrica


• Instalações Prediais
26
Alguns cuidados devem ser levados em consideração ao se propor a
medir corrente elétrica, são eles:

Fonte CARGA

A corrente é medida com um amperímetro ligado em série com o cir-


cuito nos pontos onde se deseja medir a intensidade de corrente.

Quando não temos idéia aproximada da corrente que vamos medir,


devemos começar com a escala de maior valor possível, pois se medir-
mos uma corrente muito elevada usando uma escala baixa pode danifi-
car o aparelho.

Para medir a corrente, selecione a escala, abra o circuito no local a ser


efetuada a medição e encoste as pontas.

Fique atento: Instrumento selecionado em AC mede corrente alternada;


em DC mede corrente contínua.

Medindo resistência elétrica


Alguns procedimentos são fundamentais para o êxito de certas opera-
ções, tais como:

A medição de resistência também possui várias escalas, e você deve


escolher uma escala que comporte a medida a ser realizada. Se você não
tem idéia da escala a ser usada, escolha a maior delas.

Podemos usar o multímetro na escala de resistência para verificar se um


cabo está partido ou se um fusível está queimado. Quando um fio ou
fusível está em perfeitas condições, sua resistência é bem baixa, em geral
inferior a 1 ohm. Colocamos então o multímetro na escala mais baixa de
resistência e fazemos a medida.

Quando o cabo está partido ou o fusível está queimado, a resistência é


muito alta, e quando está bom é baixa. Para fazer essas medidas é pre-
ciso que o circuito esteja desligado.

Muitos multímetros possuem ao lado da escala de resistência, uma


escala que emite um beep através de um pequeno alto falante em caso
de resistência baixa. Desta forma é possível medir as ligações sem ter
que olhar para o display do multímetro.

Prestamos atenção apenas nas conexões que estão sendo medidas e no


som emitido.

• Instalações Prediais
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Medindo tensão elétrica
Para medir a tensão elétrica também devemos estar atentos aos deta-
lhes para o sucesso da operação, assim como:

Fonte V CARGA

A tensão é medida com um voltímetro ligado em paralelo com o circuito,


nos dois pontos onde se deseja medir a diferença de potencial.

Quando não temos idéia aproximada da tensão que vamos medir, deve-
mos começar com a escala de maior valor possível, pois se medirmos
uma tensão muito elevada usando uma escala baixa, podemos danificar
o aparelho.

Para medir a tensão entre dois pontos, selecione a escala e encoste as


pontas de prova nos terminais nos quais a tensão deve ser medida. Lem-
bre-se: Instrumento selecionado em AC mede tensão alternada; em DC
mede tensão contínua.

Agora conheça os instrumentos de medidação eletrica.

Multímetro
No multímetro encontramos estes três aparelhos. O multímetro
pode ser analógico ou digital.

É um aparelho muito útil, por exercer diversas funções como, por exem-
plo: checagem do estado da bateria de CPU, checar as tensões da fonte
de alimentação e da rede elétrica, acompanhar sinais sonoros, verificar
cabos e varias outras aplicações. Este instrumento possui duas pontas de
prova, uma vermelha e uma preta. A preta deve ser conectada no ponto
do multímetro indicado com GND ou COM – chamado de terra, ground
ou comum. A ponta de prova vermelha é ligada em outras entradas, ou
no ponto indicado pelo equipamento a ser verificado.

• Instalações Prediais
28
50
1k 0
2k OH M
S
200 100
50
30
DC
0 2 20
0 10
4
20 0 50 20
AC
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00 0 0 0
0 5
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OH
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AC C V 3 2

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0m D 50
C m 10
A
DC
DC X M 10
10 10 AX
A
A X K
O 1K
HM X
10 V
X A
1

Volt-amperímetro tipo alicate


O amperímetro comum é acoplado ao circuito, quando empregado para
medir a corrente elétrica em CA. Podemos efetuar essa mesma medida
com um volt-amperímetro tipo alicate, sem a necessidade de acopla-
mento com o circuito, pois esse instrumento é constituído pelo secundá-
rio de um transformador de corrente, para captar a corrente do circuito.

O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes


básicos externos:O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes
componentes básicos externos:

B 0
10

A
0
100

C
500

100

F
100
10
0

E
A - Gancho (secundário de um TC);
B - Gatilho (para abrir o gancho);
C - Parafuso de ajuste (para zerar o ponteiro);
D - Visor da escala graduada;
E - Terminais (para medição de tensão);
F - Botão seletor de escala.

Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos


• Instalações Prediais
29
condutores do circuito em que se deseja fazer a medição (seja o circuito
trifásico ou monofásico).O condutor abraçado deve ficar o mais centrali-
zado possível dentro do gancho.

0 100
10
0
10
0
50

100
0

100

Os volts-amperímetro tipo alicate não apresentam uma boa precisão no


início de sua escala graduada, mesmo assim podem ser empregados nas
medições de correntes com baixos valores (menores que 1A). Nesse caso,
deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instru-
mento.

Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo


número de vezes que o condutor estiver passando pelo gancho.

100 100
100
0
10
0
50
0
0 10

Suponha que o instrumento da figura acima esteja indicando uma cor-


rente de 3A.

A corrente real que circula no condutor será:

• Instalações Prediais
30
Megôhmetros
Os Megôhmetros são aparelhos destinados a medir altas resistências, daí
serem usados para teste de isolamento de redes, de motores, geradores,
etc.

Este instrumento não é indicado para se medir mau contato de emen-


das de fios, chaves ou fusíveis, pois neste caso a resistência do circuito é
muito pequena e o megômetro não teria precisão.

Pode-se medir a resistência do isolamento entre condutores ou entre


condutores e eletroduto. Para isso, abrem-se os terminais do circuito em
uma das extremidades, e na outra extremidade ligam-se os bornes do
megôhmetro, inicialmente entre os condutores e depois entre cada con-
dutor e a massa (eletroduto). Deste modo, constata-se qual a resistência
de isolamento.

Megôhmetro

Fios

• Instalações Prediais
31
Terrômetro
Instrumento usado para medir a resistência de sistemas de aterramento
formados por estacas ou malhas pequenas por medição da resistência
de um laço de terra aproveitando a presença de aterramentos vizinhos,
sem a necessidade de utilizar estacas auxiliares próprias e sem desco-
nectar o aterramento sob teste.

Também, o Terrômetro é especialmente indicado para medir a resistên-


cia própria de um determinado eletrodo que faz parte de um sistema de
aterramento complexo e, ainda, permite detectar rapidamente a exis-
tência de conexões inadequadas e contatos de má qualidade.

Exercícios Unidade II

Cite pelo menos 5 ferramentas utilizadas nas instalações elétricas pre-


diais e a aplicação específica de cada uma.

Associe as colunas:

( a ) Multímetro

( b ) Terrômetro

( c ) Megôhmetro

( d ) Amperímetro

( e ) Voltímetro

( ) Mede tensão elétrica.

• Instalações Prediais
32
( ) Mede resistência de aterramento.

( ) Mede corrente elétrica.

( ) Usado para teste de isolamento de redes, de motores, geradores, etc.

( ) Tem num mesmo aparelho: Voltímetro, Amperímetro e Ohmímetro.

3 – Na figura abaixo, os instrumentos X e Y são respectivamente:

Fonte Y CARGA

Um voltímetro e um ohmímetro.

Um terrômetro e um ohmímetro.

Um voltímetro e um amperímetro.

Um amperímetro e um voltímetro.

4 – Qual a diferença quanto ao uso do volt-amperímetro tipo alicate em rela-


ção ao amperímetro comum na medição de corrente elétrica?

• Instalações Prediais
33
• Instalações Prediais
34
Materiais

Caro aluno, nesta unidade III chamada de Materiais, você conhecerá os


principais elementos por onde percorrem as correntes elétricas, nas ins-
talações elétricas residenciais, comerciais e industriais.

Condutores elétricos
Os fios e os cabos sobre os quais falaremos agora são materiais usados
para conduzir eletricidade e, com isso, não se brinca. Eles são chama-
dos de condutores. O fio é constituído de um só elemento condutor de
eletricidade. Já os cabos elétricos são formados de diversos elementos
condutores. Os dois são isolados, ou seja, protegidos com materiais iso-
lantes, geralmente com PVC, por uma medida de segurança, a fim de evi-
tar curtos circuitos, choques e diversos prejuízos materiais e as pessoas
que com eles trabalharem.

Dentro dos fios e cabos, comumente feitos de cobre e que devem estar
isolados, passam o que chamamos de as correntes elétricas e através das
quais, que estão contidas nesses dois elementos – fios e cabos -, flui a
energia elétrica que vai alimentar residências, comércios e indústrias.
Porém, com exceção dos fios e cabos utilizados para instalação de ater-
ramento (ligação à terra de uma instalação) e de proteção (ligação à terra
das partes metálicas estranhas às instalações elétricas), que devem estar
desprovidos da isolação.

É importante saber que os fios e os cabos são apresentados no mercado


segundo um critério que informa a área nominal de sua secção transver-
sal em mm² (série métrica), atendendo pela denominação de “bitola” do
condutor. Normalmente são comercializados nas bitolas de 0,5; 0,75; 1,0;
1,5; 4,0; 6,0; 10,0; 16,0; 25,0; 35,0; 50,0; 75,0; 95,0; 120,0 mm² etc. Também,
são fabricados para trabalhar numa temperatura de até 70º centígrados,
para isolação de PVC (existem outros materiais usados para isolação, mas
não aplicáveis às instalações elétricas residenciais, devido ao alto custo).

Os condutores fabricados com alumínio também são aplicados em ins-


talações elétricas comerciais e industriais para instalações expostas ao
tempo, visto que geralmente são apresentados sem isolação (nus), em
bitolas superiores

a 35 mm². Segundo a NBR-5410 da ABNT as bitolas mínimas aceitas em


projetos de instalações elétricas residenciais são as seguintes:
• para circuitos de iluminação – 1,5 mm².
Achou importante? • para circuitos de tomadas, de força e de distribuição – 2,5 mm².
Faça aqui suas anotações.
• Instalações Prediais
35
Os condutores de metal podem ter os seguintes tipos de formação:
• Fio – formado por um único fio sólido;
• Cabo – formado por encordoamento de diversos fios sólidos.

Condutor Cabo
sólido

Esses condutores podem ser isolados ou não:


• Isolação – é um termo qualitativo referindo-se ao tipo do produto
da capa para isolar eletricamente o condutor de metal;
• Isolamento – é quantitativo, referindo-se à classe de tensão para a
qual o condutor foi projetado;
• Quando o condutor não tem isolação (capa) é chamado de condutor
“Nu”. Acompanhe os exemplos:

Cobertura

Condutor Condutor

Condutores isolados (fios)

3 2 1

1 Condutor sólido de fio de cobre nu, têmperado mole.


2
2 Camada interna(composto termoplástico de PVC) cor branca até a seção nominal de 6mm.
3 Camada externa(composto termoplástico de PVC) em cores.

• Instalações Prediais
36
Condutores isolados (cabos)

3 2 1

1 Condutor sólido de fio de cobre nu, têmperado mole.


2
2 Camada interna(composto termoplástico de PVC) cor branca até a seção nominal de 6mm.
3 Camada externa(composto termoplástico de PVC) em cores.

Um Cabo Multipolar é constituído por dois ou mais condutores isolados,


envolvidos por uma camada para a proteção mecânica, denominada
também de cobertura.

Condutores isolados (multipolares)

2 1
4 3

1 Condutor sólido de fio de cobre nu, têmperado mole(encordoamento).


2 Isolação (composto termoplástico de PVC) em cores.
3 Capa interna de PVC.
4 Cobertura(composto termoplástico de PVC) cor preta(cabo multipolares).

Um Cabo “Nu” é constituído apenas pelo condutor propriamente dito,


sem isolação, cobertura ou revestimento.

Observações:
• Em instalações comerciais é permitido o emprego de condutores de
alumínio com seções iguais ou superiores a 50mm2 .
• Em instalações residenciais só podem ser empregados condutores
de cobre, exceto condutores de aterramento e proteção.

Tipos de Condutores
Falaremos dos condutores para baixa-tensão (0,6 - 0,75 - 1kV).

Em geral os fios e cabos são designados em termos de seu comporta-


mento quando submetidos à ação do fogo, isto é, em função do material
de sua isolação e cobertura. Assim, os cabos elétricos podem ser:

• Instalações Prediais
37
Propagadores da chama
São aqueles que entram em combustão sob a ação direta da chama e a
mantém mesmo após a retirada da chama. Pertencem a esta categoria o
etileno - propileno (EPR) e o polietileno reticulado (XLPE).

Não-propagadores de chama
Removida a chama ativadora, a combustão de material cessa. Considera-
se o cloreto de polivinila (PVC) e o neoprene como não propagadores de
chama.

Resistentes à chama
Mesmo em caso de exposição prolongada, a chama não se propaga ao
longo do material isolante do cabo. É o caso dos cabos Sintenax Antiflan,
da Pirelli, e Noflam BWF 750V, da Siemens.

Resistentes ao fogo
São materiais especiais incombustíveis e que permitem o funcionamento
do circuito elétrico mesmo em presença de um incêndio. São usados em
circuitos de segurança e sinalizações de emergência.

Conectores
Na figura abaixo encontram-se tipos de conectores, nos seus mais diver-
sos modelos, para fios e cabos elétricos:

B
Tipos de bases conectoras
As bases conectoras podem ser de plástico ou de porcelana. Dentro des-
sas bases alojam-se os contatos e os parafusos de latão.

Elas são dimensionadas de modo a interligar condutores de até 25 mm2


de seção. As bases de plástico são facilmente seccionáveis. As bases de
porcelana podem ser unipolares (um pólo), bipolares (dois pólos) ou tri-
polares (três pólos).09

• Instalações Prediais
38
Receptáculo reto normal
Possui base de baquelita ou porcelana, com rosca metálica onde são
atarraxados a lâmpada e os bornes e onde são ligados os fios conduto-
res. Serve como ponto de conexão entre a lâmpada e os condutores.

Bornes
Bornes são terminais de conexão que unem fios ou cabos por meio de
parafusos.

• Instalações Prediais
39
Base conectora
A base conectora (ou borneira) é um conjunto de bornes colocados
em uma única peça. Ela é empregada em quadros de distribuição e de
comando e em máquinas onde os condutores de entrada e saída são
agrupados. Para facilitar as ligações e a identificação de defeitos, os con-
dutores devem ser identificados por meio de números, de acordo com o
diagrama elétrico.

Solda fraca
A solda fraca é uma liga de chumbo na proporção de 33% de chumbo
e 67% de estanho. Sua temperatura de fusão é de 170°C. É encontrada
comercialmente sob a forma de barras com aproximadamente 35 cm de
comprimento ou de fios enrolados em carretéis.

Para permitir um escorrimento mais fácil do metal da solda sobre os pon-


tos a serem soldados, os fios de solda possuem um núcleo de resina,
como breu, por exemplo.

A solda fraca é aplicada com auxílio do soldador elétrico.

Fitas isolantes
Quando se necessita cobrir emendas de condutores ou refazer o isola-
mento original de um condutor, ou seja, aquele que já vem com o fio,
utiliza-se a fita isolante;

As fitas isolantes mais usadas são de dois tipos: de borracha e de plás-

• Instalações Prediais
40
tico.

Eletrodutos
São tubos destinados à colocação e proteção de condutores elétricos.

Finalidades

Os eletrodutos têm por finalidade:


• Proteger os condutores contra ações mecânicas e contra corrosão;
• Proteger o meio ambiente contra perigos de incêndio, provenientes
do superaquecimento ou da formação de arcos por curto-circuito;
• Constituir um envoltório metálico aterrado para os condutores (no
caso de eletroduto metálico), o que evita perigos de choque elétrico;
• Funcionar como condutor de proteção, proporcionando um per-
curso para a terra (no caso de eletrodutos metálicos).

Classificação

Os eletrodutos podem ser:


• Rígidos;
• Flexíveis, que podem ser curvados à mão.

Eletrodutos rígidos
Os eletrodutos rígidos são vendidos em varas de 3 m de comprimento,
rosqueadas nas extremidades, e com uma luva em uma das extremida-
des. Quanto ao material de que são constituídos os eletrodutos rígidos,
dividem-se em eletrodutos de:
• Aço carbono;
• Alumínio (usado nos Estados Unidos);
• PVC;
• Plástico com fibra de vidro;
• Polipropileno;
• Polietileno de alta densidade.

Os eletrodutos podem ser instalados:


• Em lajes e alvenaria: eletrodutos rígidos metálicos ou de plásticos
rígidos;
• Enterrados no solo: eletrodutos rígidos não-metálicos ou de aço gal-
vanizado;
• Enterrados, porém embutidos em lastro de concreto: eletrodu-
tos rígidos não-metálicos ou metálicos galvanizados ou revestidos de
epóxi;
• Aparentes, fixados por braçadeiras a tetos, paredes ou elementos
• Instalações Prediais
41
estruturais: eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido;
• Aparentes, em prateleiras ou suportes tipo “mão francesa”: rígidos
metálicos e de PVC.
• Aparentes, em locais onde a atmosfera contiver gases ou vapores
agressivos: PVC rígidos, por exemplo, Tigre da Cia. Hansen Industrial ou
metálicos, com pintura epóxica.
• Ligação de ramais de motores e equipamentos sujeitos a vibração:
eletrodutos flexíveis metálicos (conduits) formados por uma fita enro-
lada em hélice. Podem ser revestidos por uma camada protetora de
material plástico quando se teme a agressividade de agentes poluentes
ou líquidos agressivos.

Eletrodutos Flexíveis
Falta de definição

Acessórios dos eletrodutos


Os eletrodutos interligam caixas de derivação. Para emendar os tubos,
mudar a direção e fixá-los às caixas é empregado os seguintes acessórios
abaixo descritos:

Luvas - São peças cilíndricas rosqueadas internamente com rosca para-


lela, usadas para unir dois trechos de tubo, ou um tubo a uma curva.
Quando se requer estanqueidade, usam-se luvas com rosca cônica BSP
(British Standards Pipe) ou NPT (National Pipe Threads).

Buchas
São peças de arremate das extremidades dos eletrodutos rígidos, desti-
nadas a impedir que ao serem puxados os condutores durante a enfia-
ção o encapamento seja danificado por eventuais rebarbas na ponta do
eletroduto. Ficam na parte interna das caixas.

Bucha Bucha de Bucha Bucha com


baquelite Isolada Terminal

Porcas
São arruelas rosqueadas internamente e que, colocadas externamente
às caixas, completam, com as buchas, a fixação do eletroduto à parede
da mesma.

• Instalações Prediais
42
Curvas
Existem, ainda, outras situações comuns na atividade do eletricista, em
que é necessário curvar o eletroduto, tais como: para desviar de vigas,
pilares, etc. Este é, portanto, um trabalho muito comum na sua futura
atividade profissional.

Você sabe, geralmente, no trabalho do eletricista há necessidade de


desviar o percurso da instalação para transpor obstáculos. Quando isto
ocorre na instalação em que se utiliza eletroduto, o eletricista pode apli-
car uma curva padrão, comumente encontrada no comércio com 90°.

Bucha para parafusos


Peça fabricada em plástico ou nylon com corpo cilíndrico escamado
externamente, para dificultar a sua saída do furo de fixação. É apresen-
tada em vários tamanhos e identifica-se pela letra S e pelos números
pares, as mais utilizadas são de S4 a S10.

Serve para fixar peças às superfícies de alvenaria ou de concreto.

Arruelas
Arruelas: também chamadas de contra buchas ou porcas, possuem rosca
interna e são colocadas externamente às caixas, servindo para contra-
aperto com a bucha para fixação do eletroduto com a parede dela.

Arruela

Exemplo de aplicação:

• Instalações Prediais
43
Inferior
da caixa

Arruela
Bucha

Caixas de passagem
Assim como os eletrodutos, as caixas de passagem podem ser encon-
tradas no mercado em plástico ou metal. São dispositivos que servem
para a instalação de interruptores e tomadas de corrente, normalmente
embutidas nas paredes. Os eletrodutos sempre chegam ou partem des-
sas caixas e, para que sejam instalados

nelas, é necessário que hajam furos nos diâmetros externos adequados


aos eletrodutos. As caixas, portanto, vêm pré-furadas, bastando a remo-
ção das chapinhas que encobrem os furos.

São fabricadas nos formatos retangulares (para uso normalmente nas


paredes e pisos) ou octogonais (para instalação no teto). Podem ser
encontradas nas dimensões de ”4x2”, “4x4”, etc.

Há caixas de passagem disponíveis em tamanhos maiores, com a finali-


dade de permitir a inspeção/manutenção de circuitos que passam por
elas, a exemplo das CPM - caixas de passagem metálicas usadas nas pru-
madas (grupo de condutores que sobem verticalmente num edifício) ou
as CPA – caixas de passagem de alvenaria, instaladas no piso.

• Instalações Prediais
44
Caixa de distribuição aparentes (conduletes)
Em instalações aparentes largamente usadas em indústrias, depósitos
e estabelecimentos comerciais de vulto utilizam-se caixas de passagem
em geral de alumínio injetado.

Estas caixas ainda hoje são designadas genericamente por conduletes.


Possuem partes rosqueadas para adaptação de eletrodutos e tampa
parafusável. São muito usadas as caixas da Peterco (petrolets), as da
Blinda Eletromecânica Ltda. e as da Metalúrgica Wetzel S.A. Conforme
esclarece o catálogo da Wetzel, os conduletes de sua fabricação podem
também ser embutidos e empregados em instalações residenciais.

Conduletes da Metalúrgica Wetzel S.A.

Quadros de distribuição
Os circuitos terminais (de iluminação e tomadas) partem todos de qua-
dros de distribuição instalados em locais estratégicos em uma residên-
cia. Reúnem, portanto, dispositivos de proteção, barramentos de fase,
neutro e terra e condutores elétricos que seguirão, a partir de seus res-
pectivos DTM (disjuntor termomagnético, que será visto na unidade V*),
para os circuitos de iluminação e tomadas de uso geral e específicas.

Existem quadros de distribuição disponíveis para diversos tamanhos.


Os mais comuns são os destinados a atender 6, 12, 18, 24 e 36 circuitos
(espaços disponíveis para DTM mono polares) São fabricados em PVC
ou metal e podem ser encontrados com ou sem barramentos. Normal-
mente, os destinados a atender instalações trifásicas, são providos de
espaço para proteção geral e possuem barramentos.

• Instalações Prediais
45
Quadro de distribuição

Sistema X de Sobrepor
Constituído por dutos ou canaletas em PVC de pequenas dimensões que
são aplicadas às paredes, junto aos rodapés, alizares e molduras.

São fixados por pregos próprios ou buchas e, opcionalmente, cola.

O sistema X é composto de diversos acessórios para sobrepor, eis alguns


deles:

• Instalações Prediais
46
Canaletas
Podem ser com tampas articuladas ou com tampas separadas, conforme
modelos abaixo:

Caixas
Hoje em dia, com a tecnologia, existe uma grande variedade de caixas
para sistema X. Vamos mostrar alguns exemplos:

Luminárias
As luminárias são usadas para servirem de suporte para as lâmpadas e
para decorar. Entretanto, sua principal função é orientar o fluxo lumi-
noso. Na escolha da luminária devem ser observados fatores e ordem
econômica, durabilidade, facilidade de manutenção, além de, principal-
mente, a maneira como orienta o fluxo de luz.

Podem ser do tipo direta ou semi-direta (orientam todo ou grande parte


do fluxo de luz para o plano de trabalho); indireta ou semi-indireta (orien-
tam todo ou grande parte do fluxo de luz em direção contrária ao plano
de instalação; concentrante direta ou semi-concentrante direta (direcio-
nam um fluxo concentrado) para o plano de trabalho, num círculo de
menor ou maior diâmetro).

• Instalações Prediais
47
Uma Luminária é composta de: calha, receptáculo, difusor, starter, lâm-
pada fluorescente, reator e acessório de fixação.

Serve para iluminar ambientes residenciais, escolares, hospitalares,


comerciais e industriais.

Calhas para lâmpadas fluorescentes


É uma peça-dispositiva, composta de estrutura metálica (chapa de aço)
esmaltada, com rasgos para receptáculo, furos para starter e fixação e
furação para reator.

Possui modelos diferentes, como por exemplo: com e sem aba, com e
sem difusor, com uma ou mais lâmpadas, de comprimento variado.

Pode ser embutida, pendente ou fixada diretamente à superfície. Serve


para refletir e dirigir o fluxo luminoso para a área a ser iluminada.

Receptáculo de lâmpada fluorescente


É uma peça composta de corpo de baquelita ou plástico; contatos, onde
são introduzidos os pinos das lâmpadas e bornes para ligar os conduto-
res. Pode ser conjugado com o suporte do starter (starter será estudado
na próxima unidade), formando o receptáculo. Serve para sustentar a
lâmpada ligando-a através de seus bornes ao circuito.

Suporte do Starter

Luminária
Lastro

Soquete
Stater
Lâmpada

É uma peça composta de corpo de baquelita ou plástico, contatos e bor-


nes. O suporte do starter possui um furo para penetração do starter.

Neste furo encontra - se dois contatos para os pinos do starter, borne de


ligação e contatos de interligação, com o receptáculo da lâmpada fluo-
rescente de Cátodo Pré-Aquecido (Lâmpadas serão estudadas na pró-
xima unidade). Serve para sustentar o starter e ligá-lo, através de seus
bornes, ao circuito.

• Instalações Prediais
48
Exercícios Unidade III

Qual a diferença entre fios e cabos quanto às suas formações?

Segundo a NBR-5410 da ABNT as bitolas mínimas aceitas em projetos de


instalações elétricas residenciais são as seguintes:

a) para circuitos de iluminação________ mm²

b) para circuitos de tomadas, de força e de distribuição ________ mm²

Qual a diferença entre isolação e isolamento de um condutor?

Quais são as finalidades dos eletrodutos em uma instalação elétrica?

Para que servem os quadros de distribuição?

• Instalações Prediais
49
• Instalações Prediais
50
Componentes

A unidade chamada “componente” apresenta a você, aluno e/ou pro-


fissional, da área de eletricidade, uma ótima oportunidade para você
conhecer alguns dos mais importantes componentes com os quais o tra-
balhador lidará ao longo do exercício de sua profissão.

Portanto, fique atento: às definições, aos nomes dos equipamentos, às


cores descritivas, às composições, às tensões, à amperagem, à carga e
a todos os demais detalhes relacionados a esses componentes. Preste
bastante atenção ao que vai ser ensinado e mostrado. Não se esqueça
de que um detalhe fará a diferença agora e, determinará o seu conheci-
mento e o tipo de profissional que você é. Sucesso!

Lâmpadas
As Lâmpadas usadas em iluminação classificam-se em: lâmpadas incan-
descentes e lâmpadas de descarga.

Vejamos os principais tipos de cada uma destas modalidades.

Lâmpadas incandescentes
Possuem um bulbo de vidro, em cujo interior existe um filamento de
tungstênio, enrolado uma, duas ou três vezes, e que, pela passagem da
corrente elétrica, fica incandescente.

Para evitar que o filamento se oxide, realiza-se o vácuo no interior do


bulbo (lâmpadas tipo B), ou nele se coloca um gás inerte, em geral o
nitrogênio ou o argônio (lâmpadas tipo C). O tungstênio é um metal de
ponto de fusão muito elevado (3.400ºC), o que permite temperatura, no
filamento, de cerca de 2.500ºC.

O bulbo pode ser transparente, translúcido ou opalino, este último


sendo usado para reduzir a luminância ou o ofuscamento (luminância
muito intensa).

A cor da luz é branco-avermelhada. Na reprodução em cores, sobres-


saem as cores amarela e vermelha, ficando amortecidas as tonalidades
verde e azul.

As lâmpadas incandescentes podem ser: comuns; com bulbo tempe-


Achou importante? rado; com bulbo de quartzo ou incandescentes halógenas; infraverme-
lhas; refletoras.
Faça aqui suas anotações.
• Instalações Prediais
51
Lâmpadas de descarga
Nas lâmpadas denominadas “de descarga”, a energia é emitida sob a
forma de radiação, que provoca uma excitação de gases ou vapores
metálicos, devido à tensão elétrica entre eletrodos especiais.

A radiação, que se estende da faixa do ultravioleta até a do infraverme-


lho, passando pela do espectro luminoso, depende, entre outros fatores,
da pressão interna da lâmpada, da natureza do gás ou da presença de
partículas metálicas ou halógenas no interior do tubo.

As lâmpadas de descarga podem ser das seguintes classes: fluorescente,


luz mista, vapor de mercúrio de alta pressão com ou sem material fluo-
rescente, vapor de sódio de baixa ou de alta pressão, multivapores metá-
licos, com ou sem material fluorescente, xenônio, e de luz negra.

Façamos algumas considerações sobre diversos tipos de lâmpadas de


descarga.

Lâmpadas fluorescentes
São constituídas por um tubo em cujas paredes internas é fixado um
material fluorescente e onde se efetua uma descarga elétrica, a baixa
pressão, em presença de vapor de mercúrio.

Produz-se, então, uma radiação ultravioleta que, em presença do mate-


rial fluorescente existente nas paredes (cristais de fósforo), se transforma
em luz visível.

O bulbo das lâmpadas fluorescentes é tubular e de vidro, e em suas extre-


midades encontram-se eletrodos de tungstênio (cátodos), enrolados
helicoidalmente e recobertos de determinados óxidos que aumentam
seu poder emissor. A instalação de uma lâmpada fluorescente é comple-
mentada com os seguintes acessórios:

Lâmpada de descarga - luz mista

• Instalações Prediais
52
Reúnem, em uma só lâmpada, as vantagens da lâmpada incandescente,
da fluorescente e da de vapor de mercúrio. Assim:
• A luz do filamento emite luz incandescente;
• A luz do tubo de descarga a vapor de mercúrio emite intensa luz
azulada.
• A radiação invisível (ultravioleta), em contato com a camada fluores-
cente do tubo, transforma-se em luz avermelhada.

Lâmpada de descarga a vapor de mercúrio


Consta de um tubo de quartzo ou vidro duro, contendo uma pequena
quantidade de mercúrio e cheio de gás argônio, com quatro eletrodos -
dois principais e dois auxiliares – colocados nas extremidades do tubo.
Os dois eletrodos auxiliares e o gás argônio estabelecem um arco de
ignição preliminar que vaporiza o mercúrio. Forma-se, em seguida, o
arco luminoso definitivo entre os dois eletrodos principais.

Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão


Possuem um fluxo luminoso grande e uma vida útil longa, o que as torna
muito econômicas.

Lâmpadas a vapor de sódio


O tubo de descarga da lâmpada de sódio é constituído de sódio e uma
mistura de gases inertes (neônio e argônio) a uma determinada pressão
suficiente para obter uma tensão de ignição baixa. A descarga ocorre
num invólucro de vidro tubular a vácuo, coberto na superfície interna
por uma camada de óxido de irídio. Esta camada age como um refletor
infravermelho. A lâmpada de sódio de baixa pressão possui uma radiação
quase monocromática, elevada eficiência luminosa e vida útil longa.

Lâmpadas a vapor de sódio e Alta Pressão


São muito usadas na iluminação de vias públicas; estacionamentos, áreas
industriais internas e externas, depósitos e fachadas.

Lâmpada de vapor de Sódio de Alta pressão, Osram

Sódio
Reator

Condensador
de Compressão Ignitor de
Alta tensão

Lâmpadas de multivapores metálicos

• Instalações Prediais
53
A adição de certos compostos metálicos halogenados ao mercúrio (iode-
tos e brometos) permite tornar contínuo o espectro da descarga de alta
pressão. Consegue-se, assim, uma excelente reprodução de cores e que
corresponde à luz do dia. As lâmpadas, neste caso, poderão ter ou não
material fluorescente no bulbo.

São especialmente recomendadas quando se requer ótima qualidade na


reprodução de cores como, por exemplo, em estádios, pistas de corrida
de cavalos, ginásios, museus, iluminação de fachadas altas, pavilhões,
etc, principalmente, quando se pretende televisionamento em cores.
Requerem ignitor de partida e eventualmente capacitor para melhorar
o fator de potência.

Starter
É uma espécie de minilâmpada néon e destina-se a provocar um pulso
na tensão, a fim de deflagrar a ignição na lâmpada. O starter funciona
segundo o princípio das lâminas bimetálicas, que será visto no estudo
dos disjuntores (unidade V).

Eletrodo
Lâmina
bimetálicas

Eletrodo

Símbolo
Esquema

O funcionamento de uma Lâmpada Fluorescente, com um Reator do


tipo Convencional, com o diagrama a seguir, é da seguinte forma:

Starte

Lâmpada

Filamento Filamento

Reator Interruptor

Ao ser fechado o interruptor S, o “Starter” fecha e abre rapidamente.


Quando ele está fechado os filamentos são aquecidos ionizando o vapor
de mercúrio (gás) existente dentro do tubo e ao abrir é dada a partida na
lâmpada, ou seja, passa a circular corrente entre os filamentos e a Lâm-
pada emite a luz. Depois que a Lâmpada está acesa, “pode-se retirar” o
“Starter” do circuito, uma vez que não circula corrente pelo mesmo.

• Instalações Prediais
54
O Reator tem a função de provocar uma sobretensão durante a partida e
depois evitar que a corrente atinja valores elevados.

A função do capacitor ligado em paralelo com o “Starter” é evitar o fais-


camento entre seus terminais durante a partida.

Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente, como maior


rendimento luminoso, menor perda em forma de calor, luz mais branca,
etc, as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares são muito utilizadas, principal-
mente nas áreas Copa, Cozinha, Área de Serviço, etc, de uma residência.
Nestes locais é melhor utilizar Lâmpadas Fluorescentes Tubulares, pois
elas duram e iluminam mais do que as incandescentes.

Uma Lâmpada Fluorescente tem uma vida média de até 7.500 horas,
ou seja, dura cerca de 7,5 vezes mais que a Incandescente. Inicialmente
tem-se um gasto maior, mas, em compensação, não é necessário trocá-la
tantas vezes. Além disso, economiza energia elétrica e, portanto, reduz o
valor da Fatura de Energia Elétrica.

As Lâmpadas Fluorescentes Compactas são mais utilizadas nos restantes


dos cômodos da residência, tais como: Sala, Quartos, Corredores, etc.

Estas Lâmpadas são de pequenas dimensões e de baixa potência,


variando de 5 a 26 Watts, encontrando-se nos mais diversos tipos e
modelos. A vida média pode variar de 3.000 a 8.000 horas, dependendo
do modelo ou do fabricante.

As mais práticas são aquelas com Reator acoplado com a Lâmpada, pois
normalmente, a depender do tipo de luminária, substituem diretamente
uma lâmpada incandescente. O Reator pode ser eletrônico ou magné-
tico.

Apesar das Lâmpadas Fluorescentes Compactas serem mais caras que as


Incandescentes, elas são bem mais econômicas e sua utilização se justi-
fica quando são utilizadas por mais de 3 horas por dia.

Reatores
Reator - tem por finalidade provocar um aumento da tensão durante a
ignição e uma redução na intensidade da corrente, durante o funcio-
namento da lâmpada. Consiste essencialmente em uma bobina, com
núcleo de ferro, ligada em série com a alimentação da lâmpada.

• Instalações Prediais
55
Starter

Existem dois tipos de reatores:


• Comuns ou convencionais - que podem ser simples e duplos.
Necessitam do starter para prover a ignição;
• De partida rápida - que não necessitam de starter. Podem ser tam-
bém, dos tipos simples ou duplos.

Seleção do reator
1- De acordo com o tipo de lâmpada.

Há reatores próprios para cada tipo de lâmpada. Uma lâmpada fluores-


cente de cátodo pré-aquecido, assim como uma lâmpada fluorescente
de cátodo quente ou de cátodo frio necessita de reatores específicos.

2- De acordo com a quantidade e a potência da lâmpada.

Essas informações aparecem na tampa do reator.

Ex.: se você quer colocar numa instalação duas lâmpadas fluorescentes


de cátodo pré-aquecido com 20 watts, selecionará um reator de duas
lâmpadas fluorescentes de cátodo pré-aquecido para 20 watts. Observe
as informações que aparecem nas tampas dos reatores.

Emprego de Ignitores
Ignitores são dispositivos de partida para lâmpadas a vapor metálico e a
vapor de sódio de alta pressão.

Notas:

1. Os ignitores são próprios para uma rede elétrica de 50 ou 60 Hz.

2. Na instalação deverão ser obedecidas necessariamente as indicações


para ligação dos terminais, conforme esquema no próprio ignitor.

3. Os equipamentos auxiliares para lâmpadas de sódio e vapores metá-


licos poderão ficar no máximo a 14 e 40 metros respectivamente das
lâmpadas.
• Instalações Prediais
56
Como já foi visto, há certos tipos de lâmpadas que necessitam, além de
reator, de um starter ou ignitor. O ignitor é um dispositivo de partida
usado em lâmpadas a vapor metálico e a vapor de sódio de alta pres-
são.

Os diagramas das figuras abaixo se referem as instalações de lâmpadas


de descarga de alta pressão de mercúrio e de sódio.

Interruptores

São dispositivos de comando de lâmpadas, que servem para interrom-


per a passagem da corrente elétrica que alimenta os circuitos de ilumi-
nação. São instalados em série com os condutores fase. Quando estão
na condição “aberto”, impedem que os soquetes das lâmpadas fiquem
potencializados (energizados), possibilitando uma manutenção segura,
sem risco de choques elétricos.

Podem comandar um ou um grupo de lâmpadas de um só local (inter-


ruptores simples ou de uma seção); duas lâmpadas ou dois grupos de
lâmpadas, independentemente, de um só local (interruptores de duas
seções); três lâmpadas ou três grupos de lâmpadas, independente-
mente, de um só local (interruptores de três seções); uma lâmpada ou
um grupo de lâmpadas de dois locais distintos, como escadas ou áreas
com dois acessos (interruptores paralelos ou three-way); uma lâmpada
ou um grupo de lâmpadas de mais de dois locais distintos (interruptores
four-way).

Além desses tipos, há os interruptores destinados a comandar lâmpa-


das automaticamente: minuteria, comum na saída dos elevadores dos
pavimentos de edifícios residenciais, que mantém acesas as lâmpadas
por um período de aproximadamente um minuto; botões de campai-
nha, etc.

Campainha do tipo cigarra

• Instalações Prediais
57
Lâmina

eletroímã

É constituída por uma bobina contendo um pedaço de ferro no seu inte-


rior. Esse conjunto é denominado eletroímã.

Próximo a ele existe uma lâmina de ferro, que é atraída quando existe
uma corrente elétrica na bobina. Essa atração acontece porque a cor-
rente elétrica na bobina cria um campo magnético na região próxima
e imanta o ferro, transformando-o em um ímã. Essa imantação existe
apenas enquanto houver corrente elétrica na bobina. Daí esse conjunto
ser entendido como um ímã elétrico. Esse efeito magnético desaparece
quando a campainha é desligada, deixando de haver corrente elétrica
na bobina.

Tomadas

Assim como as torneiras são tomadas de água dos circuitos hidráulicos,


as tomadas de corrente são derivações dos circuitos elétricos destinadas
a suprir, de tensão e corrente, os aparelhos eletrodomésticos, de escritó-
rios, etc, nos projetos elétricos. Para dimensioná-las, são atribuídos valo-
res de acordo com a área onde serão instaladas Sob o ponto de vista dos
aparelhos a que se destinam, as tomadas de corrente podem ser classifi-
cadas em dois grandes grupos:

- as tomadas de uso geral (TUG), que disponibilizam energia elétrica para


os portáteis, cujo conhecimento prévio dos valores de suas respectivas
potências não tem importância durante o dimensionamento dos circui-
tos nos projetos elétricos. Para dimensioná-las, são atribuídos valores de
acordo com a área onde serão instaladas.

- As tomadas de uso específico (TUE), que se destinam à alimentação de


aparelhos que requerem instalação fixa, como chuveiros e torneiras elé-
• Instalações Prediais
58
tricas, aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar roupas, banhei-
ras de hidromassagem, etc. Entretanto, portáteis que solicitem mais de
10 A de corrente, devem ser alimentados a partir de TUEs.

Segundo o local onde serão instaladas, as tomadas de corrente podem


ser médias, a 1,3m acima do piso acabado e as baixas, a 0,3m acima
deste.

Quando alimentadas por apenas uma fase, elas são denominadas toma-
das monofásicas. Podem, entretanto, ser do tipo bifásico ou trifásico.
Segundo o número de pólos, podem se bipolares (fase+neutro) ou tri-
polares (fase+neutro+proteção ou fase+fase+proteção).

Plugue
Conector que se constitui na terminação de um cabo, e que serve para
fazer a ligação de um componente na rede de energia elétrica.

Hoje, no Brasil, existem mais de dez modelos de plugues diferentes e


quantidade semelhante de tomadas, gerando uma situação de risco de
choque elétrico ao usuário (conforme ilustrado na figura abaixo) e de
sobrecarga na instalação elétrica (conexão de aparelhos projetados para
tensões e correntes diferentes da tomada) e desperdício de energia, atra-
vés da dissipação de calor (uso de adaptadores inadequados para conec-
tar muitos equipamentos em uma única tomada).

Com a tomada padrão, em novo formato de poço, sextavada (talhada


em seis faces), os consumidores, principalmente as crianças, não corre-
rão mais o risco de tomar choques elétricos.

Outras vantagens são a de que o padrão promove a adaptação de ten-


sões diferentes que existem, hoje, em nosso país e ajuda a combater o
desperdício de energia.

Com a implantação do novo padrão, aquele fiozinho, da geladeira e de


vários outros eletrodomésticos, que a grande maioria das pessoas nem
sabe para o que serve, tem a mesma função do chamado “3° pino” dos
plugues e tomadas do padrão brasileiro: aterrar o equipamento.

Só que, como as construções não ofereciam aterramento, o fio ficava


sem função. Agora, o fio desaparece e o aterramento será feito através
do plugue e da tomada com 3 pólos.

Medidor de Energia Elétrica


O medidor monofásico do consumo energia elétrica (kWh) compõe-se
de duas bobinas: uma de tensão, ligada em paralelo com a carga e uma
de corrente, ligada em série com a carga. As duas bobinas são enroladas
sobre o mesmo núcleo de ferro.

Um disco colocado junto ao núcleo, que por força dos campos magné-
• Instalações Prediais
59
ticos formados (da tensão e da corrente), quando a carga está ligada,
passa a girar com velocidade proporcional à energia consumida. Através
de um sistema de engrenagens, a rotação do disco é transportada a um
mecanismo integrador.

No medidor de consumo energia elétrica (kWh), o valor da energia rela-


tiva a um certo período de tempo a ser medida, corresponde à diferença
entre as duas leituras realizadas, uma no final e outra no início do res-
pectivo período. A leitura destes medidores é feita seguindo a seqüên-
cia natural dos algarismos, ou seja, se forem quatro ou cinco ponteiros,
ou quatro ou cinco janelas, o primeiro à esquerda indica os milhares, o
segundo as centenas e assim por diante.

Deve-se ter cuidado ao fazer uma leitura nos medidores de ponteiro,


pois cada ponteiro gira em sentido inverso ao de seus vizinhos.

1- Exemplo de leitura no medidor 2- Exemplo de leitura no medidor


Cliclométrico Ponteiros
Se subtrair a leitura do mês Subtrair a leitura do mês
anterior da leitura atual, terá anterior da leitura atual, terá
oo consumo mensal em (kWh) oo consumo mensal em (kWh)
04805-04590= 215kWh 04857-04590= 267kWh
(quilowatts-hora) (quilowatts-hora)

Leitura do mês anterior Leitura do mês anterior = 4590

1 0 9 9 0 1 1 0 9 9 0 1
04590 2
3
8
7
2
3
8
7
2
3
4 5 6 6 5 4 4 5 6 6 5 4

1 0 9 9 0 1 1 0 9 9 0 1
04805 2
3
8
7
2
3
8
7
2
3
4 5 6 6 5 4 4 5 6 6 5 4

Leitura do mês atual Leitura do mês atual = 4857

Nota: Ao ler os valores de energia em um medidor de kWh, o número


que se deve considerar é aquele pelo qual o ponteiro acabou de pas-
sar, isto é, quando o ponteiro está entre dois números, considera-se o
número de menor valor.

Para se efetuar a leitura, deve-se iniciar pelo primeiro ponteiro a direita.

Motor monofásico
É uma máquina de corrente alternada capaz de acionar máquinas em
geral e bombas d’água a partir de uma rede elétrica monofásica.

É composto, principalmente de:

- Um Estator, com um enrolamento principal ou de trabalho e um auxiliar


ou de partida;

- Um motor do tipo gaiola de esquilo, com eixo e rolamento que se encai-


xam nos mancais das tampas;

- Um sistema de partida ou de arranque qual é composto de mecanismo


• Instalações Prediais
60
centrífugo: Interruptor e capacitor, que agem sobre o enrolamento auxi-
liar.

Em algumas aplicações dos motores monofásicos, estes partem sem


carga, e dependendo de sua fabricação pode ser dispensado o capacitor,
cuja função é aumentar o torque de partida, como exemplo tem: os ven-
tiladores e as esmerilhadoras. As várias partes são montadas e ajustadas
por quatro parafusos longos que prendem as tampas.

Vamos prosseguir o estudo aprendendo mais alguma coisa sobre o


motor monofásico de fase auxiliar.

Pode-se encontrar motores de fase auxiliar com dois, quatro ou seis ter-
minais de saída, que podem combinar-se para várias tensões de rede e
para inversão da rotação por meio de chave reversora.

Os motores de dois (2) terminais de saída são construídos para funcionar


em uma tensão, apenas de 110 volts ou 220 volts e não permitem inver-
são de rotação.

1 2

L1 L2

Os motores de quatro (4) terminais são construídos em uma tensão ape-


nas de 110 volts ou 220 volts, porém podem ter sua rotação invertida, de
acordo com as instruções de placa de ligação.

2 4

1
3

L1 L2

Modificar esta ilustração e a seguinte.

Os motores de seis (6) terminais são destinados a funcionar em duas ten-


sões, 110 volts e 220 volts e permitem ainda inversão de rotação.

• Instalações Prediais
61
Para 110V Para 220V

3 6
2 4
2
5
5 6
1
1 3

L1 L2 L1 L2
Para inverter a rotação basta os polos

Você sabe que os moteres monofásicos de auxiliar


podem ser de dois tipos: moteres de partida sem
capacitores e com capacitor.

Nos motores de partida sem capacitar, durante a partida, o enrolamento


auxiliar fica ligado diretamente, em paralelo, com o enrolamento prin-
cipal. Quando o motor atinge certa velocidade, cerca de 75% da veloci-
dade normal, um interruptor automático desliga o enrolamento auxiliar,
passando o motor a funcionar apenas com o enrolamento principal.

Principal

Auxiliar

Interruptor
automático

Os motores de partida com capacitor têm funcionamento igual ao acima


descrito, tendo, apenas ligado em série com o enrolamento auxiliar, um
capacitor.

• Instalações Prediais
62
Principal

Auxiliar

A velocidade dos motores monofásicos depende do número de pólos e


da freqüência da rede de alimentação.

Chaves

Chave bipolar de reversão manual


É um dispositivo de manobra para motores monofásicos de fase auxiliar
que reverte a rotação nos dois sentidos horários e anti-horários. É com-
posta de alavanca, que possui uma metálica cilíndrica, com rosca nas
extremidades e peça esférica de baquelita ou ebonite, enroscada numa
de suas extremidades. Eixo metálico, forrado com material isolante; dois
(2) contatos metálicos móveis, em forma de L, seis (6) contatos metálicos
focos; caixa metálica; barra de material isolante de ebonite ou fenolite e
tampa metálica dotada de furos para fixação à caixa.

Chave bipolar blindada com fuziveis cartucho


É um dispositivo composto de caixa metálica em chapa de ferro, com
furos semi-estampados; tampa metálica com dobradiça; base de por-
celana ou ardósia; facas de cobre; bornes de ligação; alavanca metálica,
porta-fusíveis e orelhas para cadeado. As chaves bipolares blindadas com
fusíveis são utilizadas para proteger as instalações contra sobrecarga,
principalmente dos circuitos dos motores. São fabricadas para diversas
correntes, desde 30 até 600 amperes, para tensões nunca superiores a
600 volts.

Chave de bóia
Sua aplicação é na medição de líquidos. Sua principal aplicação se faz em
caixas d`água no controle de nível para acionar e desligar bombas.
• Instalações Prediais
63
Chave fim de curso
Uma chave fim de curso, é um comutador elétrico que é capaz de ser
atuado por uma força física muito pequena. Utilizada por exemplo para
controle automático de portões.

Relé foto-elétrico
O relé fotoelétrico é um dispositivo destinado ao acionamento de lâm-
padas elétricas em sistemas em geral.

Este aparelho é utilizado com muita frequência em sistemas de iumina-


ção pública, placas luminosas e também automóveisque tenham con-
trole automático de acionamento dos faróis. Sua larga utilização em
iluminação pública é devido as lâmpadas dos postes serem geralmente
de acionamento individual, sendo o relé fotoelétrico responsável pelo
acionamento das lâmpadas ao anoitecer e desligamento ao amanhecer
conforme a luz do dia.

Sensor de presença e movimento


Provê acionamento automático de lâmpadas ou alarmes, por exemplo.

Exercícios Unidade IV
Associe as colunas:
• Instalações Prediais
64
Lâmpadas incandescentes

Reator

Starter

Lâmpadas de descarga

Requerem ignitor de partida e eventualmente capacitor para melhorar o


fator de potência.

( ) Destina-se a provocar um pulso na tensão, a fim de deflagrar a ignição


na lâmpada.

( )Possuem um bulbo de vidro, em cujo interior existe um filamento de


tungstênio.

( ) Tem por finalidade provocar um aumento da tensão durante a ignição


e uma redução na intensidade da corrente, durante o funcionamento da
lâmpada.

( ) Nelas a energia é emitida sob a forma de radiação, que provoca uma


excitação de gases ou vapores metálicos, devido à tensão elétrica entre
eletrodos especiais.

( ) Poderão ter ou não material fluorescente no bulbo.

O que são interruptores? Dê exemplos.

Diferencie TUG e TUE.

Dados os bornes de ligação do motor monofásico abaixo, faça:

Mudar ilustração

a) ligação em 110V, e sua respectiva ligação com reversão;

b) ligação em 220V, e sua respectiva ligação com reversão;

Cite aplicações para:

Chave fim de curso

Relé foto-elétrico

• Instalações Prediais
65
Sensor de presença e movimento

Chave de bóia

• Instalações Prediais
66
Proteção das Instalações Elétricas Prediais

A Eletricidade não é brincadeira de criança e nem tampouco brinquedo


para se brincar. Ela é invisível, mas real e, se não for bem utilizada e tra-
balhada, por profissionais devidamente qualificados, pode se tornar um
perigo constante na vida das pessoas, mesmo sendo muito útil para tudo
e todos, também pode ser fatal.

Por isso, a equipe de professores do Senai-ES preparou para mostrar


a você, nesta unidade V, algumas medidas importantíssimas a serem
tomadas para evitar acidentes graves e fatais quando você for executar
quaisquer serviços de instalações elétricas prediais, em qualquer lugar
deste País. Pois, trata-se de normas padronizadas que todos que traba-
lham com eletricidade devem seguir. Seja o profissional, seja o usuário
comum.

Então, desperte para o que vai ser ensinado agora. Não desanime. O
mercado de trabalho precisa de trabalhador dedicado como você. Não
se dê por vencido diante das dificuldades, mas você precisa se engajar
para aprender o necessário e o de melhor que o seu professor tem para
lhe passar.

Uma instalação elétrica interna está sujeita a defeitos e acidentes de diver-


sas naturezas, sendo, portanto, necessária a existência de um sistema de
proteção e segurança adequados, a fim de evitar maiores danos.

Os principais distúrbios de natureza elétrica que podem ocorrer em uma


instalação são: fugas de corrente, perdas de energia elétrica, sobrecar-
gas, curtos-circuitos e sobretensões.

Normas são para ser seguidas e não transgredidas porque a obediência


a algumas delas pode estar garantindo a sua vida ou evitando prejuí-
zos, os mais variados possíveis. Por isso, a Norma NBR 5410– “Instalações
Elétricas de Baixa Tensão” da ABNT, estabelece os critérios para garantir
a segurança de pessoas, de animais domésticos, de bens e da própria
instalação elétrica, contra os perigos e danos que possam ser causados
pelas instalações elétricas, tais como:
• Proteção contra choques elétricos;
• Proteção contra sobrecorrentes;
• Proteção contra sobretensões e subtensões;
• Proteção contra falta de fase.

Achou importante? Aterramento Elétrico


Faça aqui suas anotações.
• Instalações Prediais
67
Denomina-se “Aterramento Elétrico”, a ligação intencional de um com-
ponente através de um meio condutor com a Terra. Por exemplo: ligar a
carcaça de um chuveiro elétrico, através de um condutor, com a Terra.

IMPORTANTE: Todo equipamento elétrico deve, por razões de segurança,


ter o seu corpo (parte metálica) aterrado.

Também os componentes metálicos das instalações elétricas, tais como,


os Quadros de Distribuição de Circuitos – QDC, os eletrodutos metálicos,
caixas de derivação, etc, devem ser corretamente aterradas.

Quando há um defeito na parte elétrica de um equipamento que está


corretamente aterrado, a corrente elétrica escoa para o solo (Terra).
Alguns tipos de solos são melhores condutores de corrente elétrica, pois
têm uma menor Resistividade Elétrica. A Resistividade é em função do
tipo de solo, umidade e temperatura.

Os Aterramentos Elétricos podem ser:

a) Aterramento por razões funcionais: o Aterramento é necessário


para que o equipamento elétrico funcione corretamente;

b) Aterramento do equipamento por razões de proteção e segu-


rança: neste caso, o Aterramento protege as pessoas e/ou animais
domésticos contra os choques elétricos.

O caso bastante comum de choque elétrico é um fio desencapado


encostando-se à estrutura metálica de um aparelho energizado. Estando
o aparelho aterrado, a corrente elétrica poderá ser desviada para a Terra,
evitando o choque elétrico. Através do Aterramento, a corrente elétrica
tem um caminho mais fácil para escoar para a Terra.

As figuras a seguir, ilustram ligações elétricas de um chuveiro elétrico:

Na situação da primeira figura, o chuveiro não está aterrado, estando,


portanto, a pessoa sujeita a tomar choques elétricos.

Na situação da segunda figura, como o chuveiro está aterrado através do


Condutor de Proteção (PE), as pessoas não estão sujeitas a tomarem cho-
ques elétricos. Independentemente da tensão elétrica (V) para a ligação
correta do equipamento elétrico, se é 127 V ou 220 Volts, o equipamento
deverá ser aterrado de forma adequada.

• Instalações Prediais
68
PE
Fase Fase
Fase Fase

Um sistema aterrado possui o Neutro e/ou outro condutor intencional-


mente ligado à terra, diretamente ou através de uma impedância elétrica
(resistência ou reatância).

O “Padrão de Entrada” para o fornecimento de energia elétrica, deve ser


aterrado através de eletrodo de aterramento (haste de “terra”) e devem
ser atendidos os requisitos das Normas vigentes da concessionária de
energia local.

Essas Normas especificam os tipos, características, como instalar, a quan-


tidade de eletrodos, a serem utilizados para cada tipo de ligação, os tipos
dos condutores para ligar o eletrodo ao “Padrão de Entrada” para o for-
necimento de energia elétrica, etc. Veja exemplo abaixo:

Cantoneira de aço zincado

ao parafuso
de aterramento
Condutor de
aterramento
500

200
2400

Cava de aterramento
250 x 250 x 500

Prensa - fios

Cantoneira
25 x 25 x 5

Todo Aterramento elétrico tem um valor de Resistência (ohms). O valor


da resistência do Aterramento é muito importante. Quanto menor o
valor, melhor, pois aumenta a segurança – a corrente elétrica de falta
escoa para a terra com mais facilidade. Para isso, deve seguir os proce-
dimentos sobre os aterramentos nas Normas vigentes da concessionária
de energia local, bem como a Norma vigente NBR 5410.

• Instalações Prediais
69
O Aterramento de equipamentos elétricos de uma instalação elétrica
consiste na ligação à Terra, através dos condutores de Proteção (PE) de
todas as massas metálicas (chuveiros elétricos, carcaças de motores, cai-
xas metálicas, equipamentos, QDC, etc) e das tomadas de uso geral.

Alguns aparelhos elétricos têm um plugue de tomada com três pinos,


sendo um apropriado para a conexão do aterramento desse aparelho.
Erroneamente, as pessoas costumam colocar um adaptador que elimina
o pino de aterramento. Isto não deve ser feito, porque o aterramento,
como foi dito anteriormente, evita que as pessoas venham a se acidentar
quando for utilizar o aparelho.

Eletrodos de terra
Também chamados de eletrodos verticais, podem ser constituídos dos
seguintes elementos:
• Aço galvanizado - Em geral, após um determinado período de
tempo, o eletrodo (haste, cantoneira ou cano de ferro) sofre corrosão,
aumentando, em consequência, a resistência de contato com o solo. Seu
uso, portanto, deve ser restrito.
• Aço cobreado - Dada à cobertura da camada de cobre sobre o ver-
galhão de aço, o eletrodo adquire uma elevada resistência à corrosão,
mantendo as suas características originais ao longo do tempo, sendo o
tipo de haste mais utilizada conhecida como cooperweld.

Superfíce Totalmente Lisa

Haste Comum

Condutor de Aterramento:
É o condutor que interliga a malha de aterramento aos pontos e linhas
que devem ser aterradas, geralmente é utilizado cabo de cobre sem iso-
lamento (Nu). No caso de solos de características ácidas, pode-se utilizar
o condutor de cobre nu de seção não inferior a 16 mm2.

Para solos de natureza alcalina, a seção do condutor de cobre não deve


ser inferior a 25 mm2.

Em subestações industriais aconselha-se, até por motivos mecânicos,


a utilização do condutor de aterramento com seção não inferior a 25
mm2.

Condutor de Proteção (PE)

• Instalações Prediais
70
A isolação do condutor de Proteção (PE) deverá ser na cor verde-amarela
ou verde.

O condutor de Proteção (PE) para o caso das instalações elétricas resi-


denciais, será considerado neste material, como um condutor que será
aterrado junto ao “Padrão de Entrada” para o fornecimento de energia
elétrica, de acordo com os procedimentos estabelecidos nas Normas
vigentes da concessionária de energia local.

O Condutor de Proteção (PE) deverá ser ligado junto do “Padrão de


Entrada” com conectores apropriados, de acordo com as Normas da con-
cessionária. Ver exemplo de aplicação da norma na figura abaixo:

A partir do QDC, o Condutor de Proteção (PE), deverá ser derivado para


os circuitos elétricos: de tomadas e de equipamentos de uso específico
(chuveiros elétricos, fornos elétricos, etc), ou outro circuito elétrico que
seja necessário o aterramento de equipamentos. A Norma NBR 5410
permite que um condutor de Proteção (PE) pode ser comum a vários
circuitos, desde que esses circuitos estejam contidos em um mesmo ele-
troduto.

A necessidade da existência do Condutor de Proteção (PE) tem a finali-


dade de fornecer um melhor caminho para a corrente de falta, evitando
que a mesma circule pelo corpo da pessoa que vier tocar no aparelho
elétrico.

Alguns equipamentos elétricos têm o Condutor de Proteção (fio “terra”),


como a geladeira, por exemplo. O Condutor de Proteção (PE) deverá ser
ligado no ponto de aterramento da Tomada de Uso Geral.

Definições: terra, neutro, e massa.

• Instalações Prediais
71
O terra é um condutor, ou um conjunto de condutores, que entra direta-
mente em contato com a terra para realizar aterramento. É utilizado para
fazer a ligação entre uma parte condutora de instalação e o eletrodo de
aterramento. A haste de aterramento é um eletrodo, no qual a corrente
elétrica percorre, formado por um conjunto de condutores interligados
e enterrados no solo.

O neutro, que é fornecido pela concessionária de energia elétrica, é um


“condutor”, pelo qual há o “retorno” da corrente elétrica.

A massa de um equipamento ou instalação é um conjunto de partes


metálicas que não são destinadas a conduzir corrente. Esse conjunto é
eletricamente interligado e isolado das partes vivas (partes condutoras
que, em condições normais, apresentam ou podem apresentar diferença
de potencial em relação à terra).

Em uma instalação, existem também os elementos condutores. São


eles:

Elementos metálicos utilizados na construção de prédios.

Canalizações metálicas de gás, água, aquecimento, etc. e os equipamen-


tos não elétricos que lhes sejam ligados.

Solos e paredes não isolantes.

O condutor Neutro é o elemento do circuito que estabelece o equilíbrio


de todo o sistema da instalação elétrica. Ele deverá ser sempre aterrado
junto ao “Padrão de Entrada” para o fornecimento de energia elétrica, de
acordo com as Normas da concessionária local.

Sistemas de Aterramento
Sistema TN

Os sistemas deste tipo têm um ponto diretamente aterrado, sendo as


massas ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. De
acordo com a disposição do neutro e do condutor de proteção, pode-
mos definir 3 (três) tipos de sistemas TN, que são:

1. sistemas TN-S - condutor neutro e condutor de proteção distintos;

A
B
C
N

PE

Sistema TT

• Instalações Prediais
72
2. sistema TN-C - funções de neutro e de proteção num mesmo condu-
tor.

A
B
C

PE

Sistema TN-C

3. sistema TN-C-S - combinação dos dois anteriores.

É recomendável que seja utilizado esse sistema para o aterramento junto


ao “Padrão de Entrada” da unidade consumidora para o fornecimento de
energia elétrica.

A
B
C
PEN N
PE

Sistema TN-C-S

Nos sistemas TN:

a) no caso de uma falta entre fase e massa, o percurso da corrente de


falta é constituído exclusivamente de elementos condutores.

s s

N
PEN PEN
N
N

FALTA FALTA

Percurso da corrente de falta Percurso da corrente de falta


num sistema TN-C num sistema TN-S

b) as massas estão sempre sujeitas às sobretensões do neutro do sistema


de alimentação;

c) a tensão nas massas, em serviço normal, será sempre igual à tensão do


ponto de ligação entre o neutro e o condutor de proteção - no sistema
TN-S - ou entre o neutro e a massa - sistema TN-C;
• Instalações Prediais
73
d) tanto em condições normais, como com correntes de falta, a tensão
nas massas será maior no tipo TN-C do que no TN-S, devido à queda de
tensão no neutro da instalação do consumidor.

Sistemas TT

Os sistemas deste tipo têm um ponto diretamente aterrado, sendo as


massas ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente independen-
tes do eletrodo da alimentação, como mostra a figura abaixo.

A
B
C
N

PE

Sistema TT

Nos sistemas TT:

a) as massas não estão sujeitas às sobretensões do sistema de alimenta-


ção;

b) as massas não estão sujeitas às sobretensões devidas às quedas de


tensão no neutro, tanto para corrente normal, como para corrente de
falta;

c) o percurso das correntes de falta entre fase e massa, mostrado na figura


abaixo, corresponde geralmente a terra, o que não exclui a possibilidade
de ligações elétricas, voluntárias ou acidentais, entre os eletrodos de
aterramento das massas e da alimentação. Mesmo quando os eletrodos
de aterramento das massas e da alimentação estiverem confundidos, o
sistema permanecerá do tipo TT, para efeito de determinação das con-
dições de proteção, isto é, não são levadas em conta as ligações entre os
eletrodos.

Na figura abaixo, RA é a resistência do eletrodo de aterramento das mas-


sas e RB, a do eletrodo de aterramento do ponto neutro; (RA + RB) é
preponderante diante da impedância dos outros elementos do percurso
e é praticamente igual à impedância total.

• Instalações Prediais
74
F
F
F
N

Z MASSA

Ra Rb

Percurso da corrente de falta


Sistemas IT num sistema TT

Neste sistema não há ponto da alimentação diretamente aterrado,


estando as massas aterradas.

A
B

PE

Sistema IT

Sistema IT

Num sistema IT:

a) a corrente resultante de uma só falta entre fase e massa não tem inten-
sidade suficiente para provocar o surgimento de qualquer tensão de
contato perigosa;

b) a limitação da intensidade da corrente resultante de uma primeira falta


é obtida pela ausência de ligação à terra da alimentação ou pela inserção
de uma impedância entre um ponto da alimentação e a terra.

zp
z

Ra Rb

Impedância num sistema IT • Instalações Prediais


75
A figura mostra as impedâncias a serem consideradas no percurso da
corrente de falta para terra num sistema IT. São elas:

RA - resistência de aterramento do eletrodo das massas;

RB - resistência de aterramento do eletrodo do neutro;

Z - impedância de valor elevado;

ZF - impedância das fugas naturais da instalação.

IMPORTANTE: A Norma NBR 5410 determina que em todos os esquemas


de Aterramento, o Condutor de Proteção (PE) não deve ser seccionado e
que nenhum dispositivo deve ser inserido a esse Condutor de Proteção.

Dispositivos de Proteção e de Segurança

Os dispositivos de proteção são responsáveis pelo monitoramento das


correntes que circulam pelos circuitos, impedindo que sobrecorrentes
(correntes superiores às correntes nominais – aquelas para as quais os
aparelhos foram dimensionados) prejudiquem o bom funcionamento
dos aparelhos. As sobrecorrentes podem ser de dois tipos: curto-circuito,
que são muito elevadas e de curta duração e que, portanto devem ser
interrompidas rapidamente; e as sobrecargas, que são sobrecorrentes de
longa duração, porém, de valores pouco acima das correntes nominais.

Há três tipos, basicamente de dispositivos de proteção disponíveis: os


fusíveis, os disjuntores e os dispositivos diferenciais residuais.

Fusíveis
Os fusíveis são descartáveis e só oferecem proteção contra curto-cir-
cuito. Contém um elo fusível fabricado de material sensível ao calor e
que são dimensionados para interromper a passagem de corrente com
o seu rompimento, quando percorridos por correntes superiores aquelas
para as quais foram fabricados.

Disjuntores
Os disjuntores termomagnéticos (DTM) são religáveis quando desligados
pela passagem de uma sobrecorrente (protegem tanto contra sobrecar-
gas quanto contra curtos-circuitos) e podem ser usados como interrup-
tores de circuitos. Os mais comuns são os de caixa moldada, fabricados
com invólucro de PVC preto.

• Instalações Prediais
76
A principal função dos disjuntores numa instalação elétrica interna é a
de proteger os condutores dos respectivos circuitos contra sobrecargas
(sobrecorrentes) e correntes de curto-circuito. Nessas condições, tais
dispositivos devem ser coordenados (seletividade) com os condutores a
proteger, como a figura a seguir:

Os dispositivos diferenciais residuais oferecem proteção contra choques


elétricos, interrompendo a alimentação de um circuito percorrido por
uma corrente de falta. Esses dispositivos estão associados a sistemas de
aterramento e a NBR-5410 estabelece situações em que esses dispositi-
vos devem se instalados para proteger as pessoas.

Quando associados aos DTM, são denominados disjuntores diferenciais


residuais.

4
5
2
6
B16/0,03G
10 000
R 40
R 15A
1

R 0,001A
2
3

• Instalações Prediais
77
• 1 - Sensibilidade de 30 mA;
• 2 - Dispositivo tipo G, ou seja dispositivo de uso geral, sem retardo
de atuação
• 3 - Sensível a corrente CA e CC, pode detectar todas as formas de
corrente;;
• 4 - Sua corrente nominal de operação é de 16ª
• 5 - Curva de disparo por curto-circuito tipo B(faixa de disparo entre
3 e 5 x In);
• 6 - Capacidade de interrupção de 10 KA

Disjuntores Diferenciais Residuais

Estes dispositivos que têm a finalidade de proteger contra sobrecargas,


curtos-circuitos, fugas de corrente, choque elétrico, etc. Eles possuem
disjuntores acoplados ao Diferencial fazendo também, a proteção contra
sobrecargas e curtos-circuitos das instalações elétricas.

Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Para ter uma proteção adequada contra as descargas elétricas de origem
atmosférica, deve seguir os procedimentos da Norma vigente, a NBR
5419 “Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas” da ABNT.
Essa Norma estabelece as condições exigíveis ao projeto, instalação e
manutenção de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
(SPDA) em estruturas comuns, utilizadas para fins residenciais, comer-
ciais, industriais, agrícolas, administrativos.

Pára-Raios
O pára-raios e sua atuação

O sistema pára-raios tem a função de “captar” os raios e conduzi-los à


terra, sem prejuízos às pessoas e evitando danos materiais. O captor do
pára-raios, é constituído por uma “ponta” ou condutor metálico pontia-
gudo que, por sua situação elevada, facilita as descargas elétricas atmos-
féricas.

• Instalações Prediais
78
O captor é ligado a um eletrodo de terra, por meio de um condutor
metálico (fio, fita ou cabo).

Os elétrons podem mover-se facilmente pelo pára-raios, escoando para


o solo, seguindo ao longo do condutor e deixando, ainda, cargas positi-
vas nas pontas do captor.

A concentração desta carga positiva e o poder das pontas dos pára-raios


fazem com que as cargas positivas se desloquem até as nuvens, por estas
estarem carregadas negativamente.

Estabelece-se um fluxo de carga positiva que pode neutralizar a carga


negativa da nuvem, impedindo que se estabeleçam condições para o
desencadeamento do raio. Deste modo, o pára-raios desempenha ordi-
nariamente uma função preventiva.

Em geral é enfatizada a função protetora do pára-raios. Quando ocorre


uma tempestade, repentina e violenta, não haverá tempo nem condi-
ções para que o pára-raios desempenhe sua função preventiva, e poderá
ocorrer a descarga elétrica que, com muita

probabilidade, seguirá o caminho para a terra passando pelos pára-raios,


e este desempenhará, então, sua função protetora.

Classificação dos Pára-Raios

Os pára-raios, segundo seu captor, classificam-se em:

Pára-raios comuns
O captor é constituído de uma ou mais hastes metálicas pontiagudas,
em geral iridiadas, fixadas a uma base, onde é preso o condutor metálico
cuja extremidade é ligada à terra.

• Instalações Prediais
79
60º

2
h r = h 3

Cone de proteção com pára-raios comuns.

Ele é instalado em chaminés, torres e onde as áreas não são maiores do


que a base do cone de proteção.

Quando não é prático nem econômico, ou mesmo viável, colocar-se uma


torre (ou mais de uma) cuja altura assegure ao pára-raios o campo de
proteção que dele se deseja, coloca-se um número adequado de pára-
raios na cobertura da edificação a proteger, interligando-se os mesmos
por cabos, formando, assim, a malha que é ligada à terra. Esta ligação é
feita em vários pontos de aterramento. Ao sistema de proteção realizado
deste modo denomina-se “Gaiola de Faraday”.

Os pára-raios comuns ou convencionais constam essencialmente de um


captor, também chamado ponta ou buquê, um condutor de descida e
eletrodos de terra. Como acessórios podem ser citados ou isoladores,
buchas, braçadeiras, haste, junta móvel para medição e proteção do
condutor. Façamos breves referências aos principais dentre estes ele-
mentos.

Captor
Como mencionamos acima, o captor, em essência, é um dispositivo que
consta de uma ou mais pontas aguçadas formando um “buque”, fabrica-
dos em cobre ou aço inoxidável, com as pontas iridiadas, o que impede
a oxidação das mesmas.

Haste para Suporte do Captor

Deve ser de cobre e fixada a um isolador, preso à cobertura.

• Instalações Prediais
80
Recomenda-se o comprimento de 5m, mas, para casas pequenas, o com-
primento pode ser reduzido até 2m.

Para a haste de 5m, o tubo de cobre terá 55 mm de diâmetro, e `ara

2m, apenas 30 mm.

Admite-se usar tubo de ferro galvanizado como haste do captor.

Para hastes com mais de 3 m, deve-se colocar “estais” ou “espias” para


assegurar a estabilidade das mesmas.

Braçadeira ou Conector

Destina-se a fixar o cabo de descida à haste. Deve ser de bronze ou


cobre.

Isoladores
Podem ser porcelana ou vidro especial para tensão de 10.000 volts. São
fixadas a barras ou suportes.

Condutor Metálico ou “Descida”


Para a ligação do buquê do pára-raios à terra, usam-se cordoalhas, fios,
cabos ou fitas de cobre, com seção transversal mínima de 30mm2 quando
as linhas forem aéreas e de 50mm2 quando enterradas. As cordoalhas
não podem ter mais que 19 fios elementares, e a espessura mínima das
fitas deverá ser de 2mm.

Se for usado condutor de alumínio ao invés de cobre, a seção mínima


será de 65mm2, e o mesmo não poderá ter mais do que 19 fios elemen-
tares.

Junta móvel para medição


A fim de se proceder periodicamente à medição da resistência ôhmica
do solo onde se acham os eletrodos, coloca-se a 2m de altura ou pouco
mais, acima do terreno, uma junta ou desconector que permita desligar
o trecho do condutor ao captor e possibilite a ligação de um aparelho
megger para medição direta da resistência do terreno.

Eletrodo de terra
Na extremidade do condutor são colocados um ou mais eletrodos de
cobre, enterrados, de modo a constituírem um aterramento adequado
à descarga do raio.

O tipo de eletrodo, as dimensões e a quantidade dependem das caracte-

• Instalações Prediais
81
rísticas de condutibilidade do solo.

Os eletrodos de terra devem estar de acordo com a tabela abaixo:

Proteção do condutor de descida


A proteção deve ser feita com tubulação de fibrocimento ou de PVC, ins-
talada até a altura de 2m acima do nível do terreno.

Exercícios Unidade V
O que é e para que serve o aterramento elétrico?

Diferencie os sistemas de aterramento TNS, TNC e TT.

Defina basicamente terra, neutro e massa.

Nas afirmações abaixo marque V para verdadeiro ou F para falso:

a)_______ Para que um sistema elétrico funcione corretamente de


forma a proporcionar desempenho seguro do sistema de proteção de
equipamentos e de pessoas, é fundamental que o sistema de aterra-
mento receba um tratamento especial.

b)_______Condutor de proteção é o condutor destinado a ligar a massa


da instalação ao eletrodo de aterramento.

c)_______Quando a alimentação provier de uma rede de distribuição


de baixa tensão, o condutor neutro deve sempre ser aterrado na origem
da instalação do consumidor.

d)_______Gaiola de Faraday é formada por um captor, cabos de cobre


no formato de malha, suportes isoladores e tubos de proteção para os
condutores de descida até o solo.

e)_______Pára-raios é um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmos-


féricas (SPDA) que objetiva encaminhar a energia do raio, desde o ponto
• Instalações Prediais
82
que ele atinge a edificação até o aterramento, o mais rápido e seguro
possível.

Quais as finalidades dos fusíveis e disjuntores em uma instalação elé-


trica?

Qual a finalidade do disjuntor diferencial residual em um instalação elé-


trica?

Pesquise sobre os vários tipos de pára-raios.

• Instalações Prediais
83
• Instalações Prediais
84
Projeto elétrico

Este assunto é o mais extenso quando se fala em Instalações Elétricas


Prediais e para sua execução é necessária, basicamente, a elaboração de
um projeto que deve ser composto de: plantas, esquemas, detalhes de
montagem, memorial descritivo, especificação sucinta dos componen-
tes com características padrões a serem atendidas.

A eletricidade deve ser tratada com grande responsabilidade e prudên-


cia em todas as etapas de sua Instalação. E, pensando no bem-estar dos
usuários, deve-se formular um manual, com uma linguagem muito fácil,
que possa orientar todas as pessoas que, no futuro, serão as mantene-
doras e as beneficiárias desse projeto elétrico, pelo menos considerando
os seguintes itens: esquema dos quadros de distribuição, as potências
máximas previstas, as recomendações explícitas, etc.

A seguir, faremos a exposição dos itens que comporão a estrutura fun-


cional e técnica deste Projeto Elétrico.

Luminotécnica
Este mecanismo tem por base estudar a aplicação de iluminação artifi-
cial tanto em espaços interiores como exteriores. Também é conhecida
como Luminotecnia.

Como todo projeto exige-se planejamento e seguimento de normas,


deve-se buscar na ABNT, o limite de iluminância estabelecido na nor-
malização base que tem por objetivo o de construir um determinado
ambiente ideal para as atividades a serem ali desenvolvidas, segundo a
tabela abaixo:

Classe Iluminância (lux) Tipo de ambiente / atividade


20 - 30 - 50 ruas públicas e estacionamentos
A (áreas de uso
contínuo e/ou 50 - 75 - 100 ambientes de pouca permanência
execução de 100 - 150 - 200 depósitos
tarefas simples)
200 - 300 - 500 trabalhos brutos e auditórios

B (áreas de 500 - 750 - 1.000 trabalhos normais: escritórios e fábricas


trabalho em trabalhos especiais: gravação, inspeção,
geral) 1.000 - 1.500 - 2.000
indústrias de tecidos

Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Instalações Prediais
85
Classe Iluminância (lux) Tipo de ambiente / atividade
2.000 - 3.000 - 5.000 trabalho contínuo e exato: eletrônica

C (áreas com trabalho que exige muita exatidão: placas


5.000 - 7.500 - 10.000
tarefas visuais eletro-eletrônicas
minuciosas)
10.000 - 15.000 -
trabalho minucioso especial: cirurgia
20.000

Após ter conhecido o nível de iluminância, inicia-se o cálculo lumino-


técnico para saber a quantidade de componentes a ser utilizado para
iluminação do ambiente, levando em consideração as dimensões desse
espaço e demais detalhes que visam à economia do Projeto. Eis aqui,
portanto, mais uma tabela abaixo, que mostra alguns caminhos a seguir
para eficácia do projeto proposto, exemplos:

Cor Grau de reflexão


Branco 70 até 80%
Preto 3 até 7%
Cinza 20 até 50%
Amarelo 50 até 70%
Tipo de material .
Madeira 70 até 80%
Concreto 3 até 7%
Tijolo 20 até 50%
Rocha 50 até 70%

O próximo passo é a determinação do RCR do ambiente (Room Cavity


Ratio) que significa razão de cavidade do recinto e serve para definir o
fator de utilização. Esse fator indica a eficiência luminosa do conjunto
lâmpada, luminária e recinto.

Determine o RCR através da seguinte fórmula:

RCR = [5 x h x (L + C)] / (L x C), onde:

• h = pé-direito - altura do plano de trabalho;

• L = largura do ambiente;

• C = comprimento do ambiente.

Depois, escolhe-se a luminária a ser utilizada. Para tanto, alguns fatores


devem ser levados em conta:

a) para a luminária:
• tipo de fonte de luz;

• distribuição de luz desejada;

• qualidade do produto;

• economia e rendimento;

• Instalações Prediais
86
• características de instalação e manutenção.

b) para as lâmpadas:
• Fluxo Luminoso - quantidade de luz expressa em lúmens, emitida pela
lâmpada, fluxo este que permite conhecer a eficiência luminosa e calcu-
lar o consumo de cada sistema através do levantamento de seu gasto
energético;

• Temperatura de cor - grandeza, expressa em Kelvin (K), que indica a


aparência de cor da luz. Quanto mais alta, mais “fria” é a cor da luz, e
quanto menor, mais “quente”;

• Índice de reprodução de cor (IRC) - capacidade de reproduzir as cores


com maior fidelidade ou precisão.

A tabela abaixo mostra essas características das lâmpadas fluorescentes


mais usuais:

Temperatura de cor “Cor” da Fluxo luminoso


Tipo
(k) temperatura (lm)

14W 4.000 amarela 1.350

28W 4.000 amarela 2.900

16W 4.100 branca 1.070

16W trifósforo 4.000 amarela 1.200

20W 5.000 branca 1.060

20W trifósforo 4.000 amarela 1.350

32W 4.100 branca 2.350

32W trifósforo 4.000 amarela 2.700

36W 6.100 branca 2.500

36W trifósforo 4.000 amarela 3.350

40W 5.000 branca 2.700

40W trifósforo 4.000 amarela 3.250

110W 5.000 branca 8.300

110W trifósforo 4.000 amarela 9.350

Os fabricantes de luminárias normalmente informam, em tabelas apro-


priadas, o Fator de Utilização (FU) de cada produto, número que varia em
função do grau de reflexão e do RCR do ambiente. Assim, uma vez esco-
lhidas a luminária e as lâmpadas, verifica-se o FU da luminária (na tabela
específica) e o Fluxo Luminoso da mesma (produto do Fluxo Luminoso
da lâmpada multiplicado pela quantidade de lâmpadas da luminária), e
aplica-se a seguinte fórmula para obtenção do número de luminárias a
serem utilizadas:

N = [(L x C) x E] / Fluxo da luminária x FU x FD, onde:

• E = iluminância desejada para o ambiente;


• Instalações Prediais
87
• FD = Fator de depreciação, normalmente adotado como 0,85, ou seja,
correspondendo a 15% de perda.

Uma vez obtida a quantidade de luminárias necessárias, resta apenas


locá-las no ambiente da forma mais adequada.

Previsão de Cargas e Divisão das


Instalações Elétricas
A partir da potência requerida pelos equipamentos de utilização (isto é,
equipamentos que convertem a energia elétrica em energia útil como,
por exemplo, luminárias, aparelhos de aquecimento, eletrodomésticos,
dispositivos eletrônicos, motores e outros) é possível estimar o consumo
de potência em cada móvel, determinar todos os pontos de utilização
(tomadas de corrente, por exemplo) da instalação elétrica.

A determinação da potência de alimentação é essencial para a concep-


ção econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados
de elevação de temperatura e de queda de tensão. Para tanto, devem
ser computados os equipamentos de utilização a serem alimentados,
com suas respectivas potências nominais e, em seguida, consideradas as
possibilidades de não-simultaneidade de funcionamento destes equipa-
mentos, bem como capacidade de reserva para futuras ampliações.

A potência instalada, por sua vez, deve corresponder à soma das potên-
cias nominais do conjunto de cargas genéricas (iluminação, tomadas,
aparelhos e equipamentos diversos) e das potências das cargas isola-
das.

Em uma instalação residencial, o levantamento das potências é feito


mediante uma previsão das potências (cargas) de iluminação e tomadas
a serem instaladas, o que permite determinar a potência total prevista
para a instalação elétrica.

Divisões em circuitos
Toda a instalação deve ser dividida em vários circuitos, de modo a:
• Limitar as conseqüências de uma falta, que provocará apenas o sec-
cionamento do circuito defeituoso;
• Facilitar as verificações, ensaios e manutenção;
• Evitar os perigos que podem resultar da falha de um único circuito,
como por exemplo, no caso da iluminação.

Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos das toma-


das. Em unidades residenciais, hotéis, motéis ou similares, permitem-se
pontos de iluminação e tomadas em um mesmo circuito, exceto nas
cozinhas, copas e áreas de serviço, que devem constituir um ou mais cir-
cuitos independentes.

Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais,


• Instalações Prediais
88
hotéis, motéis ou similares:
• Devem ser previstos circuitos independentes para os aparelhos
de potência igual ou superior a 1500 VA (como aquecedores de água,
fogões e fornos elétricos, máquinas de lavar, aparelhos de aquecimento,
etc.) ou para aparelho do mesmo tipo através de um só circuito.
• As proteções dos circuitos de aquecimento, ou condicionadores de
ar de uma residência, podem ser agrupadas no quadro de distribuição
da instalação elétrica ou num quadro separado.
• Quando um mesmo alimentador abastece vários aparelhos indivi-
duais de ar condicionado, deve haver uma proteção para o alimentador
geral e junto a cada aparelho, caso este não possua proteção interna pró-
pria.

Cada circuito deve ter seu próprio condutor neutro. Os circuitos de distri-
buição devem ser instalados em número nunca inferior a:
• em residências, 1 circuito para cada 60 metros quadrados ou fra-
ção;
• em lojas e escritórios: 1 circuito para cada 50 metros quadrados ou
fração.

De acordo com NB-3, a carga de cada circuito não pode ultrapassar 1200
watts nas distribuições de 100 a 130 volts e 2200 watts nas de 200 a 250
volts.

Tomadas de corrente
De acordo com NBR-5410, nas residências e acomodações de hotéis,
motéis e similares devem ser previstas tomadas de corrente com a
seguinte exigência mínima:
• uma tomada para cada cômodo ou dependência de área igual ou
inferior a 6m²;
• uma tomada para cada 5m (ou fração) de perímetro de cômodos
ou dependências de área superior a 6m², espaçadas tão uniformemente
quanto possível, exceto em banheiros, onde deve ser obrigatoriamente
prevista apenas uma tomada perto da pia;
• Uma tomada a cada 3,5m (ou fração) de perímetro em cozinhas,
copas ou copas-cozinha, sendo que deve ser prevista pelo menos uma
tomada acima de cada bancada com largura igual ou superior a 30 cm;
• Uma tomada em subsolos, sótãos, garagens e varandas.

As tomadas para utilização específica devem ser instaladas, no máximo,


a 1,5 m do local previsto para o aparelho. Devem ser distribuídas, no
mínimo, as seguintes cargas para tomadas de corrente:
• para utilização específica: a carga nominal de utilização;
• para copas, cozinhas, copas-cozinha e áreas de serviço: 600 VA por
tomada, até 3 tomadas e 100 VA por tomada para as excedentes;
• para utilização geral: 100 VA

• Instalações Prediais
89
Tabela Secção de condutores / máxima corrente

Secção (mm2) Máxima corrente (AI)

1,5 15,5

2,5 21

4 28

6 36

10 50

16 68

25 89

35 111

50 134

Tabela- corrente/ dijuntor/ condutor

Corrente Dijuntores Secção mínima do condutor


(A) (A) (mm2)
0a8 10 1,5
8 a 12 15 1,5
12 a 16 20 2,5
16 a 20 25 4
20 a 24 30 6
24 a 28 35 6
28 a 32 40 10
32 a 40 50 10

Tabela - Potência média de aparelhos eletrodomésticos

Aparelho Potência (Watt)

Ar condicionado 1500

Aspirador de pó 600

Batedeira 200

Boiler 1500

Cafeteira 500

Chuveiro 3500

Enceradeira 350

Exaustor 150

Ferro de passar roupa - comum 500

Ferro de passar roupa - regulável 750

Forno de microondas 1200

Liquidificador 350

• Instalações Prediais
90
Aparelho Potência (Watt)

Máquina de lavar louça 2700

Máquina de lavar roupa 500

Refrigerador - comum 200


Duplex ou freezer 350
Secador de cabelos 1000
Secador de roupas 1000
Aparelho de som 100
Televisor 200
Torneira 3500
Ventilador 100

Nota: Na falta das potências nominais de placa dos aparelhos, estes


devem ser os valores mínimos a serem considerados.

Previsão das Cargas


Anotações referentes aos tópicos mais significativos:

Iluminação
Em residências, hotéis, motéis e similares deve ser previsto pelo menos
um ponto de iluminação no teto, com potência mínima de 100 VA,
comandado por interruptor de parede.

Nas unidades residenciais, como alternativa para a determinação das


cargas de iluminação, pode ser adotado o seguinte critério:
• Em cômodos ou dependências com área maior que 6m², deve ser
prevista carga mínima de 100 VA;
• Em cômodos ou dependências com área maior que 6m², deve ser
prevista carga mínima de 100 VA para os primeiros 6m², acrescidas de 60
VA para cada aumento de 4m² inteiros de área;

Obs: estas potências são para efeito de dimensionamento dos circuitos e


não necessariamente a potência nominal das lâmpadas.

Tomadas
Em residências, hotéis, motéis e similares, deve ser previsto:
• Banheiros: pelo menos uma tomada junto ao lavatório (no volume
3);
• Cozinhas, copas-cozinhas, copas, área de serviço e locais análogos:
pelo menos uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, sendo
que, acima de bancadas com largura igual ou superior a 0,30m, deve ser
• Instalações Prediais
91
prevista pelo menos uma tomada.
• Nos subsolos, garagens, sótão, halls de escadas e em varandas, deve
ser prevista pelo menos uma tomada. No caso de varandas, quando não
for possível a instalação da tomada no próprio local, esta deverá ser ins-
talada próximo ao seu acesso.
• Nos demais cômodos e dependências, se a área for igual ou menor
que 6m², pelo menos uma tomada; se a área for superior a 6m², pelo
menos uma tomada para cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas o
mais uniforme possível.

Potências a serem atribuídas


As tomadas de uso geral (TUG) – em residências deve ser previsto:
• Banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, copas, área de serviço, lavan-
derias e locais análogos, no mínimo 600 VA por tomadas e até 3 toma-
das; 100 VA por tomada para as excedentes, considerando cada um dos
ambientes separadamente.
• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por
tomada.
• As tomadas de uso específico (Especial – TUE):
• Deve ser atribuída a potência nominal do equipamento a ser ali-
mentado.
• As TUE devem ser instaladas à no máximo 1,5 m do local previsto
para o equipamento.

Levantamento da Potência Total


Num cálculo da potencia total é possível saber o tipo de fornecimento,
a tensão de alimentação e o padrão de entrada. Para isso, é preciso con-
siderar, numa instalação elétrica predial, as diversas cargas especiais
existentes como, por exemplo: motores para elevadores, bombas para
combate a incêndio e outras cargas de condomínio.

Já, nos projetos elétricos residenciais, normalmente, deve-se considerar


o fator de potencia 1,0 para as cargas de iluminação e 0,92 para as cargas
de tomadas de uso geral. Por exemplo, se a potência total das tomadas
for igual a 1.200 W, aplicando o fator de potência (1.200 x 0,92) resulta
em 1.104 W.

Classificação
Categoria 1: Ligação monofásica – fornecimento a 2 fios

Unidades consumidoras, com carga total instalada até 9.000W, que não
conste:
• motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV.
• máquina de solda a transformador de 120V, com potência superior
• Instalações Prediais
92
a 2kVA.
• aparelho que necessite de duas ou três fases.
• Categoria 2: Ligação bifásica – fornecimento a 3 fios
• Unidades consumidoras, com carga total instalada superior à 9.000W
e até 15.000W, que não conste:
• motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV.
• motor monofásico, 220V, com potência superior a 3CV.
• máquina de solda a transformador, classe 120V, com potência supe-
rior a 2kVA ou 220V, com potência superior a 8kVA.
• aparelho que necessite de três fases.

Nota: consumidores nesta categoria só poderão ser atendidos se a rede


secundária for alimentada por transformadores trifásicos (tensão secun-
dária 220/127V).

Categoria 3: Ligação trifásica – fornecimento a 4 fios

Unidades consumidoras, com carga total instalada superior a 15.000W e


até 75.000W, que não conste:
• motor trifásico, com potência superior a 40CV
• motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV.
• motor monofásico, 220V, com potência superior a 4CV.
• máquina de solda a transformador, 220V, a duas fases ou 220V, a três
fases, ligação V.v invertida, com potência superior a 15kVA.
• máquina de solda a transformador, 220V, a três fases, com retifica-
ção em fonte trifásica, com potência superior a 40kVA.
• máquina de solda, grupo motor-gerador, com potência superior a
40CV.

Padrão de Entrada
Define-se como padrão de entrada, mostrado no desenho esquemático
da Figura abaixo, o poste com isolador de roldana, bengala, caixa de
medição e haste de terra que devem ser instalados de acordo com as
especificações técnicas da concessionária.

O padrão de entrada pode ser monofásico, bifásico ou trifásico, e pode


ser instalado em poste, pontalete, muro ou parede.

Cada concessionária estabelece as normas técnicas referentes à instala-


ção do padrão de entrada.

• Instalações Prediais
93
Quadro Quadro
terminal terminal

Quadro Quadro
terminal terminal

Quadro Quadro
terminal terminal

Circuito de
distribuição Quadro de
distribuição Circuito
divisionário terminais
Circuito de
distribuição
Circuito principal
alimentador Caixa
Rede
Seccionadora

Diagrama esquemático dos circuitos de instalação elétrica de uma edificação

Dimensionamento de condutores,
disjuntores e eletrodutos.

Condutores e Disjuntores
Para instalação de condutores e disjuntores, antes de tudo, tem que se
conhecer a corrente em cada um dos circuitos da instalação residencial.
Uma vez que a potência aparente é determinada pelo produto tensão e
corrente, é fácil determinar o valor da corrente.

Para determinar a corrente do circuito de distribuição é necessário cal-


cular previamente a sua potência. No entanto, seu cálculo não é direto,
uma vez que é necessário considerar o fator de demanda da instalação.
O fator de demanda representa uma porcentagem do quanto das potên-
cias previstas serão utilizadas simultaneamente no momento de maior
solicitação da instalação. Este artifício possibilita reduzir as dimensões
dos componentes do circuito de distribuição, pois admite que nem todas
as cargas são usadas juntas ao mesmo tempo.

Para residências individuais (casas e apartamentos) pode ser usado o


fator de demanda para as cargas de iluminação e pontos de tomada de
uso geral (PTUG) de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1: Fator de demanda para cargas de iluminação e PTUG em resi-


dências individuais.

• Instalações Prediais
94
Para os pontos de tomada de uso específico (PTUE), o fator de demanda
é dado em função da quantidade de circuitos com PTUE previstos para a
instalação elétrica.

Tabela 2: Fator de demanda para quantidade de circuitos de PTUE.

Quantidade Fator de demanda


01 a 02 1,00
3 0,84
4 0,76
5 0,70
6 0,65
7 0,60
8 0,57
9 0,54
10 0,52
11 0,49
12 0,48
13 0,46
14 0,45
15 0,44

• Instalações Prediais
95
Quantidade Fator de demanda
16 0,43
17 a 20 0,40
21 a 23 0,39
24 a 25 0,38

A potência ativa do circuito de distribuição pode ser então determinada


pela fórmula abaixo:

Pdist = (Pilum + PPTUG) . FD geral + PPTUE . FD específico

em que,
• Pdist representa a potência ativa de distribuição;
• Pilum representa a potência ativa de iluminação;
• PPTUG representa a potência ativa dos pontos de tomada de uso
geral;
• PPTUE representa a potência ativa dos pontos de tomada de uso
específico;
• FDgeral representa o fator de demanda para cargas de iluminação
e PTUG;
• FDgeral representa o fator de demanda para PTUE.

Para determinar a potência aparente do circuito de distribuição, consi-


derar o fator de potência médio de 0,95. Conseqüentemente, é possível
determinar a corrente do circuito de distribuição.

O processo de dimensionamento dos condutores do circuito resulta na


determinação da seção padronizada (bitola) da fiação do circuito de
modo a garantir que a corrente calculada para ele possa circular pelos
cabos, por um tempo ilimitado, sem que ocorra super aquecimento.
Nesta etapa, também pode ser dimensionado os disjuntores, que possui
como atribuição proteger os condutores contra aquecimento excessivo
causado por sobrecorrente ou curto-circuito.

Para determinar a seção adequada do condutor (de cobre) e o disjun-


tor para proteção contra sobrecorrente é necessário conhecer o valor da
corrente do circuito e a quantidade de circuitos agrupados.

Tabela 3: Seção do condutor e limite de corrente do disjuntor.

Secção dos Corrente nominal do dijuntor (A)


condutores 1 Circuito por 2 Circuito por 3 Circuito por 4 Circuito por
(mm2) eletroduto eletroduto eletroduto eletroduto

1,5 15 10 10 10

2,5 20 15 15 15

4 30 25 20 20

6 40 30 25 25

• Instalações Prediais
96
10 50 40 40 35

16 70 60 50 40

25 100 70 70 60

35 125 100 70 70

50 150 100 100 90

70 150 150 125 125

95 225 150 150 150

120 250 200 150 150

Por exemplo, para um circuito com corrente de 7 A e 3 circuitos agru-


pados por eletroduto, a seção adequada do condutor é de 1,5 mm2,
protegido por disjuntor de 10 A. Já para uma corrente de 23A, a seção
adequada do condutor é de 6 mm2, protegido por disjuntor de 25A. (m

No entanto, a NBR 5410 estabelece que a seção mínima dos condutores


de acordo com o tipo de utilização do circuito, que são os circuitos: de
iluminação e de força (tomadas de corrente). Para os circuitos de ilumi-
nação, a seção mínima dos condutores de cobre isolado é de 1,5 mm2,
enquanto que para os circuitos de força a seção mínima dos condutores
de cobre isolado é de 2,5 mm2.

O projetista deve ficar atento para legislação local, uma vez que pode
dimensionar um condutor mínimo de maior seção mínima que o reco-
mendado pela norma. Deste modo, cabe ressalta que a escolha recai
sobre a maior seção condutora para o cabo. m2)

A NBR 5410 estabelece que o condutor neutro não pode ser comum a
mais de um circuito. Em um circuito monofásico o condutor neutro deve
ter a mesma seção do condutor de fase.

Quando, num circuito trifásico com neutro, a taxa de terceira harmônica


e seus múltiplos for superior a 15%, a seção do condutor neutro não deve
ser inferior à dos condutores de fase, podendo ser igual à dos conduto-
res de fase se essa taxa não for superior a 33%.

A seção do condutor neutro de um circuito com duas fases e neutro não


deve ser inferior à seção dos condutores de fase, podendo ser igual à dos
condutores de fase se a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos não
for superior a 33%.

Quando, num circuito trifásico com neutro ou num circuito com duas
fases e neutro, a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for superior
a 33%, pode ser necessário um condutor neutro com seção superior à
dos condutores de fase. Tais níveis de correntes harmônicas são encon-
trados, por exemplo, em circuitos que alimentam principalmente com-
putadores ou outros equipamentos de tecnologia de informação.

Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham


uma seção superior a 25 mm2, a seção do condutor neutro pode ser infe-
rior à dos condutores de fase, sem ser inferior aos valores indicados na
tabela 48 da NBR 5410, desde que sejam atendidas algumas condições

• Instalações Prediais
97
específicas. Consultar a norma para mais informações.

Normalmente, todos os condutores de um mesmo circuito possuem


a mesma seção. No entanto, é permitido usar condutores de proteção
com seção inferior ao de fase com seção superior a 16 mm2, de acordo
com a:

Tabela 4: Seção mínima do condutor de proteção.

Secção do condutor de
25 35 50 70 95 120 150 185 240
fase (mm2)

Secção do condutor de
16 16 25 35 50 70 95 95 120
protetor (mm2)

O dimensionamento do disjuntor junto ao quadro de medição exige do


projetista o conhecimento prévio da potência total instalada que deter-
minou o tipo de fornecimento e o tipo de sistema de distribuição da
concessionária de energia local. A partir da norma de fornecimento de
energia da concessionária local é possível obter a corrente nominal do
disjuntor apropriado para a instalação.

Segue abaixo, exemplo de norma de dimensionamento de ramal de


entrada fornecido por uma concessionária de energia 1 (Dimensiona-
mento do ramal de entrada – Sistema estrela com neutro – Tensão de
fornecimento 127/220 V). Para uma potência total instalada de 19 kW, a
corrente nominal do disjuntor deve ser de 70 A.

Tabela 5 : Quadro resumido da norma

A1 C<5 40

A2 5 < C < 10 70

B1 C < 10 40

B2 10 < C < 15 60

B3 15 < C < 20 70

O dimensionamento da proteção contra sobrecorrente realizada por


disjuntores pode ser realizada por disjuntores termomagnéticos ou
disjuntores DR. As correntes nominais típicas de dispositivos DR (inter-
ruptor e disjuntor) são 25, 40, 63, 80 e 100 A.

A especificação do disjuntor é realizada de acordo com a Tabela 3. No


entanto, não é permitido usar um disjuntor DR de 25 A, por exemplo, em
circuitos que utilizem condutores de 1,5 e 2,5 mm2.

Nestes casos, a solução é usar uma combinação de disjuntor termo-


magnético associado a interruptor diferencial-residual, de acordo com
a Tabela 6.Corrent

Tabela 6: Seleção do interruptor DR.

• Instalações Prediais
98
Corrente nominal do
10,15,20,25 30,40 50,60 70,00 90,10
dijuntor (A)

Corrente nominal
25 40 63 80 100
mínima do IDR (A)

Eletrodutos
A NBR-5410 estabelece as seguintes prescrições:

Os eletrodutos, calhas e blocos alveolados podem conter condutores de


mais de um circuito, nos seguintes casos:
• quando as quatro condições seguintes forem simultaneamente
atendidas:
• os circuitos pertençam à mesma instalação, isto é, originem-se do
mesmo dispositivo geral de manobra e proteção, sem a interposição de
equipamentos que transformem a corrente elétrica;
• as seções nominais dos condutores fase estejam contidas em um
intervalo de três valores normalizados sucessivos;
• os condutores isolados e os cabos isolados tenham a mesma tempe-
ratura máxima para serviço contínuo.
• todos os condutores forem isolados para a mais alta tensão nominal
presente.
• no caso dos circuitos de força e de comando e/ou sinalização de um
mesmo equipamento.
• Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, cabos
unipolares ou cabos multipolares. Isso não exclui o uso de eletrodutos
para proteção mecânica, por exemplo, de condutores de aterramento.

Dimensionar eletrodutos é determinar o tamanho nominal do eletro-


duto para cada trecho da instalação. Tamanho nominal do eletroduto é
o diâmetro externo do eletroduto expresso em mm.

O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os condu-


tores possam ser facilmente instalados ou retirados. Assim, é obrigatório
observar a taxa máxima de ocupação nos eletrodutos.

Para instalações elétricas residenciais, é obrigatório que os condutores


não ocupem mais que 40% da área útil dos eletrodutos e para dimensio-
nar os eletrodutos, basta saber o número de condutores no eletroduto
e a maior seção destes. A tabela 9 fornece diretamente o tamanho do
eletroduto. u

• Instalações Prediais
99
60%
Diâmetro
interno
40%

Condutores

Este tipo de condutor ser utilizado para instalações simples em que o


comprimento do trecho de eletrodutos esteja dentro dos limites de
comprimento máximo dos eletrodutos. Isto será abordado na próxima
seção.

Tabela 7: Tamanho eletroduto PVC.

Exemplo: Em um trecho do eletroduto estão inseridos 6 condutores,


sendo a maior seção dos condutores de 4 mm2. De acordo com a tabela
7 o tamanho nominal do eletroduto é de 20 mm2.

• Instalações Prediais
100
Sendo assim, é necessária a planta com a representação gráfica da fiação
com as seções dos condutores indicados.

De acordo com a NBR 5410 a taxa máxima de ocupação em relação à


área de seção transversal dos eletrodutos não deve ser superior a:

a) 53% no caso de um condutor (fio ou cabo);

b) 31% no caso de dois condutores (fios ou cabos);

c) 40% no caso de três ou mais condutores (fios ou cabos).

Roteiro para dimensionamento de eletrodutos:

a) Determina-se a seção total ocupada pelos condutores aplicando tabe-


las de fabricantes de condutores e cabos (exemplo tabela 8).

b) Determina-se o diâmetro externo nominal do eletroduto (mm)


entrando nas tabelas de fabricantes de eletrodutos (com o valor encon-
trado no item a).

c) Caso os condutores instalados em um mesmo eletroduto sejam do


mesmo tipo e tenham seções nominais iguais, pode-se eliminar os itens
a e b, encontrando-se o diâmetro externo nominal do eletroduto em
função da quantidade e seção dos condutores diretamente por tabelas
específicas (tabela 9 e 10).)

Tabela 8: Dimensões totais dos condutores isolados.

• Instalações Prediais
101
Tabela 9: Ocupação máxima dos eletrodutos de PVC por condutores de
mesma bitola (fios ou cabos unipolares 450 / 750 V BWF Antichama)

• Instalações Prediais
102
Tabela 10: Ocupação máxima dos eletrodutos de Aço por condutores de
mesma bitola (fios ou cabos unipolares 450 / 750 V BWF Antichama).

• Instalações Prediais
103
Representação em Planta baixa
Simbologia gráfica para instalações elétricas prediais

A norma NBR 5444 estabelece os símbolos gráficos referentes às instala-


ções elétricas prediais e se baseia na conceituação simbológica de qua-
tro elementos geométricos básicos:
• Traço: segmento de reta que representa o eletroduto;
• Círculo: pode representar ponto de luz, interruptor ou indicação de
qualquer dispositivo embutido no teto, em que o ponto de luz deve ter
um diâmetro maior que o do interruptor. Um elemento qualquer circun-
dado indica que este se localiza no teto. O ponto de luz na parede (aran-
dela) também é representado pelo círculo;
• Triângulo eqüilátero: Representa as tomadas em geral. Variações
acrescentadas a ela indicam mudança de significado e função (tomadas
de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em seus níveis
na instalação (baixa, média e alta);
• Quadrado: representa qualquer tipo de elemento no piso ou con-
versor de energia (motor elétrico, por exemplo). Um elemento qualquer
envolvido pelo quadrado significa que o dispositivo localiza-se no piso.

• Instalações Prediais
104
Nem todos os projetistas de instalações elétricas seguem a simbologia
determinada pela norma NBR 5444. Embora a padronização do emprego
dos símbolos facilite a compreensão da planta elétrica por um maior
número de pessoas, a legenda dos símbolos usados deve ser clara e pre-
cisa para evitar possíveis erros de interpretação. Como recomendação
geral, nunca usar um símbolo descrito na norma para outro componente
da instalação elétrica.

Circuitos Básicos
1- Ligação de uma lâmpada comandada
por um interruptor de uma seção

ponto de luz

disco central
base rosqueada

retorno

interruptor simples

2- Ligação de duas lâmpada comandada


por um interruptor de duas seções

fase retorno da segunda lâmpada


retorno da primeira lâmpada

interruptor simples

• Instalações Prediais
105
neutro

fase retorno

retorno

3- Ligação de uma lâmpada comandada


por dois interruptores paralelos

fase

interruptor paralela

3- Ligação de uma lâmpada comandada


por dois interruptores paralelos

neutro

fase
retorno

retorno

• Instalações Prediais
106
4- Uma lâmpada comandada por um
interruptor four-way e dois
interruptores paralelos (three-way).

4- Uma lâmpada comandada por um


interruptor four-way e dois
interruptores paralelos (three-way).

neutro

fase retorno

retorno

5- lâmpada comandada por um interruptor de uma seção,


instalada em área externa (ao tempo).

fase

neutro

proteção

Interruptor simples

retorno
fase neutro

retorno proteção

• Instalações Prediais
107
fase
neutro proteção

Tomada unversais 2P+T

6- Ligação de tomadas de uso geral monofásicas.

neutro fase proteção

1 3 3 3 6 8
8
100
S

SS
S
S

100 100 160


3 1 a 8 2 2
1a 3 8
Cozinha
3
Sala Copa
3 3 5 5 7 12 7

Representação gráfica da fiação do circuito terminal 3

Esquemático

• Instalações Prediais
108
3
3
3 100
100
1
4
100
600w
4
600w

1 4
3
1
100
2
2
2500w 1 3
100 34
C-D 3
100 3
100
1
1 3
3
3
1
100

1 3
100

Unidade Consumidora
Incluir fugura

Exercícios Unidade VI
1- Determinar, conforme NBR 5410, a potência mínima de iluminação da
planta residencial, mostrada na Figura 1.

• Instalações Prediais
109
3,4m 3,5m
A. serviço
1,75m

Cozinha
3,4m
Dormitório 2

3,75m
3,5m
3,15m

Copa

2,3m
Banheiro

Hall

3,10m
1,80m

3,5m
Dormitório 1

Sala

3,25m
3,25m

3,4m

2- Determinar a quantidade mínima de pontos de tomadas de uso geral


(PTUG) e de uso específico (PTUE) da planta residencial mostrada na
Figura 1.

Observação: prever torneira elétrica, geladeira, chuveiro elétrico e


máquina de lavar roupa.

• Instalações Prediais
110
3- Estimar as cargas de pontos de tomadas de uso geral e uso específico
de acordo com a quantidade de pontos de tomadas previstos no exercí-
cio anterior.

Observação: Adotar uma quantidade de pontos de tomadas adequada,


de acordo com o perfil do cliente.

4- Elaborar o quadro de previsão de cargas da instalação elétrica da


planta mostrada na Figura 1.

• Instalações Prediais
111
5- Elaborar a divisão dos circuitos da instalação residencial (iluminação
social, iluminação de serviço, PTUG, PTUE) descrita nos exercícios de 1 a
4, com suas respectivas cargas.

6 - Com base na divisão da instalação em circuitos realizada no exercício


05, realizar a locação, na planta baixa, de cada ponto de iluminação e dos
pontos de tomada em cada cômodo, com o correspondente número de
cada circuito e de acordo com o exemplo mostrado para o dormitório
01.

• Instalações Prediais
112
3 A. serviço
3

160 Banheiro
1

s
3
Dormitório 1 Dormitório 2

Sala Copa Cozinha

baixa usando a legenda no rodapé da figura abaixo.


Ponto de luz no teto S Interruptor simples Ponto de tomada baixa Caixa de saída média Botão de Campainha
monofásica com terra bifásica com terra

Ponto de luz na parede S Interruptor paralelo Ponto de tomada média Caixa de saída alta Campainha
monofásica com terra bifásica com terra

7 - Traçar o caminho que os eletrodutos irão percorrer dentro da planta

113
• Instalações Prediais
• Instalações Prediais
114
Prática de Instalações

Atividades Básicas
Furar, abrir roscas, serrar e limar, são atividades básicas em várias ativi-
dades operacionais e, em particular, nas atividades do eletricista. Seja
na montagem de redes de eletrodutos, ou simplesmente na fixação de
ventilador de teto ou outros dispositivos e componentes, tais operações
estarão presentes. Estaremos praticando no decorrer desta unidade.

Emendas, conexões e soldagem de condutores.

Emendas e derivações
06Emendas e derivações são executadas quando se necessita unir as
extremidades de condutores de modo a assegurar resistência mecânica
adequada e contato elétrico perfeito. As emendas em condutores em
linhas abertas são feitas enrolando-se a extremidade do condutor com a
ponta do outro e vice-versa.

A emenda é então coberta com fita isolante.

As emendas em caixa de ligação, também conhecidas como rabo de


rato, são feitas enrolando-se a extremidade de um fio no outro.

Achou importante?
Faça aqui suas anotações. A emenda é então apertada com um alicate
• Instalações Prediais
115
As emendas com fios grossos, ou seja, de seção superior a 4mm2 são
feitas ligando-se as pontas dos condutores com fios finos de cobre.

A emenda então é isolada como mostra a figura abaixo:

As emendas de cabos são feitas seguindo a sequência mostrada nas ilus-


trações a seguir:

• Instalações Prediais
116
D

A emenda de cabos em derivação é feita como mostra a figura a seguir:

Conexões
As emendas de condutores podem ser feitas por meio de conectores
especiais.

Esses conectores também são usados para emendar condutores de


grande diâmetro (cabos). A pressão exercida pelos parafusos garante
resistência mecânica e bom contato elétrico, dispensando a solda.

Para facilitar as ligações e a identificação de defeitos, os condutores


devem ser identificados por meio de números de acordo com o dia-
grama elétrico.

Soldagem
Para permitir um escorrimento mais fácil do metal da solda sobre os pon-
tos a serem soldados, os fios de solda possuem um núcleo de resina,
como breu, por exemplo. Nas atividades com a solda fraca, é importante
evitar excessos que dificultem a acomodação e o isolamento dos fios nas
caixas onde ficarão acomodados.
• Instalações Prediais
117
As emendas deverão estar devidamente isoladas a fim de evitar contatos
elétricos indesejáveis e perigosos.

Instalações de lâmpadas

Ligação de condutores a bornes


A ligação dos condutores a bornes de aparelhos ou dispositivos também
deve assegurar resistência mecânica adequada e contato elétrico per-
feito e permanente. Esse tipo de ligação pode ser feito por meio de olhal
colocado de tal modo que, ao se apertar o parafuso, ele não se abra.

Instalação de uma lâmpada incandescente acionada por


um interruptor de uma seção
Uma das instalações mais elementares na iluminação de um ambiente é
a energização de uma lâmpada através do acionamento à distância. Um
exemplo típico seria a iluminação de um quarto. Uma maneira cômoda
e segura é realizar o acionamento (ligar e desligar) da lâmpada sem que
seja necessário o manuseio direto da lâmpada no próprio receptáculo.
Para isso, inclui-se um interruptor, que geralmente se localiza junto à
porta de entrada do ambiente. O interruptor unipolar ou de uma seção é
responsável pelo seccionamento de um único condutor.

F
N

Instalação de uma lâmpada incandescente acionada


por um interruptor de uma seção conjugado com uma
tomada

• Instalações Prediais
118
F
N

Observação: A Norma NBR 5410 que fixa as regras gerais a serem obser-
vadas na divisão da instalação em circuitos exige que devam ser previs-
tos circuitos terminais distintos para iluminação e tomadas de corrente.
Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equi-
pamentos de utilização que alimentam.

Dentre as razões para estas exigências, está que a instalação deve ser
dividida em tantos circuitos quantos forem necessários, de forma a pro-
porcionar facilidade de inspeção, ensaios e manutenção, bem como evi-
tar que, por ocasião de um defeito em um circuito, toda uma área fique
desprovida de alimentação (por exemplo, circuitos de iluminação).

Instalação de duas lâmpadas incandescentes acionadas


por um interruptor de duas seções

F
N
R1
R2

Instalação de uma lâmpada incandescente acionada por


interruptor paralelo ou “tree-way”.
Nesta tarefa, um tipo especial de interruptor será utilizado, o interrup-
tor paralelo ou tree-way. O interruptor paralelo é uma chave unipolar

• Instalações Prediais
119
de duas posições, e o seu aspecto físico nada difere dos interruptores já
apresentados. Ele dispõe de mais um terminal de ligação, isto é, apre-
senta três terminais de ligação. O interruptor paralelo tem a característica
de trabalhar em conjunto com um outro interruptor paralelo, e acionar
uma ou várias lâmpadas a partir de dois lugares distintos. É usado princi-
palmente em escadas, e em ambientes com duas entradas. Na escada, a
lâmpada serviria para iluminar os degraus e os interruptores “paralelos”
que seriam instalados, no inicio e no fim da escada. O acionamento da
lâmpada poderia ser feito com qualquer um dos dois interruptores para-
lelos.

3W 3W

F
N

R3

R1
R2

Instalação de uma lâmpada incandescente acionada por


interruptores tree-way e four-way
Já, nesta tarefa, utilizar-se-á para acionar a lâmpada, além do interrup-
tor paralelo ou tree-way, um tipo especial de interruptor, o four-way ou
“intermediário”. Este possui quatro terminais e deve ser instalado entre
dois interruptores tree-way. A instalação de outros interruptores four-
way permite o acionamento em diversos pontos, isto é, para cada novo
four-way instalado, incrementa-se um ponto de acionamento adicional.
Esta configuração é usada em ambientes, onde se deseja acionar lâm-
padas de três ou mais lugares distintos, como em galpões grandes com
mais de duas portas de acesso, onde se deve colocar um interruptor
perto de cada porta.

• Instalações Prediais
120
3W 4W 3W

F
N

(b)

Lampadas Fluorescentes
nstalação de uma lâmpada fluorescente com reator do tipo comum

Para ligar este conjunto à rede, é necessária a interligação de seus com-


ponentes. Esta operação só será possível mediante a leitura do esquema
de ligação afixado no reator, que varia conforme o tipo de reator e seu
respectivo fabricante.

Instalação de duas lâmpadas fluorescentes com reator duplo do tipo


partida rápida

Neste caso, utiliza-se o reator de partida rápida, que dispensa o starter.


Ele utiliza a auto-indução em vez do starter, que provoca aquecimento
do filamento. Esta operação dura aproximadamente um segundo e após
a partida o filamento continua aquecido por uma pequena corrente. Esta
configuração é utilizada tanto em galpões, como em ambiente onde se
deseja ter uma melhor iluminação, por um menor custo.

• Instalações Prediais
121
(a)

(b)

Instalação de uma campainha ou cigarra


O interruptor de pressão e a cigarra são ligados como interruptores sim-
ples, comandando uma lâmpada incandescente. No lugar do interruptor
simples, usa-se um interruptor de pressão, em vez de lâmpada incandes-
cente. A cigarra, que vai funcionar somente enquanto o interruptor de
pressão estiver acionado.

F
N

(b) (a)

Instalação de tomada com condutor de proteção


Utiliza-se 3 condutores, fase, neutro e terra, ambos conectados à
tomada.

Instalação de lâmpada acionada por fotocélula


(relé foto-elétrico)
Em circuitos de iluminação de exteriores (de ruas, de sinalização em cai-

• Instalações Prediais
122
xas d’água, em pátios etc.), é muito comum o acionamento automático
por elementos fotossensíveis. Eles operam segundo a intensidade de luz
recebida. O acionamento automático é muito útil em iluminação pública,
pois eliminam o fio-piloto para o comando das lâmpadas, bem como o
operador para apagar e acender. O fio-piloto corresponde ao fio retorno
nas instalações de interruptores.

F N

Fase - preto Carga - vermelho

Neutro - Branco

(b)
(a)

Instalação de quadro de medição (monofásico,


bifásico e trifásico)
Para a correta instalação do quadro de medidor, é necessário consultar
a concessionária de energia elétrica local. As ligações da fiação estão
representadas abaixo, onde se pode verificar que somente os conduto-
res fase passam pelo disjuntor.

LIGAÇÃO MONOFÁSICA

SAÍDA

ENTRADA

Condutor de aterramento

• Instalações Prediais
123
LIGAÇÃO BIFÁSICA

SAÍDA

ENTRADA

Condutor de aterramento

LIGAÇÃO TRIFÁSICA

SAÍDA

ENTRADA
neutro
(azul)
Parafuso terra neutro
da cx do medidor (verde)

Fundo conector
da caixa parafuso
fendido
condutor de
aterramento
DETALHE
Condutor de aterramento

Instalação de quadro de distribuição

• Instalações Prediais
124
1

Fase
Neutra
Proteção

3 4 5
1- Disuntor geral (monopolar)
2- Jumps de Ligação: liga a fase a todos os disjuntores dos circuitos
3- Barramento de Proteção: Deve ser ligado eletricamente à caixa do QD.
4- Disjuntores dos Circuitos Terminais: Recebe a fase dos disjuntor geral e d
para circuitos terminais
5- Barramento de Neutro: Faz as ligação dos fios neutros dos circuitos termin
o neutro do circuito de distribuição devendo ser isolado eletricamente da caix

• Instalações Prediais
125
Disuntor geral
Proteção
(bipolar)
Fase

Neutra

Barramento Barramento
de proteção de proteção
Disjuntores dos circuitos Disjuntores dos circuitos
terminais bifásicos terminais monofásicos
Barramento de
interligação das fases

• Instalações Prediais
126
Barramento de neutro

Disjuntor diferencial
residual tetrapolar

Barramento de proteção

Disjuntores dos circuitos


terminais bifásicos

Disjuntores dos circuitos


terminais monofásicos

Barramento de
Instalação
interligação dasde
fases interruptor automático por pre-
sença
O interruptor automático por presença é eletrônico e capta, através de
um sensor infravermelho, a radiação de calor de pessoas, animais, auto-
móveis, etc., que estejam nos limites perceptíveis do dispositivo. Possi-
bilita o comando automático da iluminação de ambientes onde não é
necessário manter as lâmpadas permanentemente acesas, proporcio-
nando considerável economia de energia.

• Instalações Prediais
127
1

Esquema de Ligação:

• Instalações Prediais
128
Lâmpada
Azul Neutro

Azul
Fase
Preto

Branco

Marrom
(Não usar)

Terminal
fios

Lâmpada
Azul Neutro

Azul
Fase
Preto

Branco (Não usar)

Marrom

Terminal
fios

Interruptor Sensor Presença ASPEX


Montagem de rede elétrica em canaletas (sistema x)

O sistema X é utilizado em instalações aparentes conforme exemplo


abaixo.

Instalação de interruptor de Minuteria


A minuteria é um dispositivo elétrico que permite a ligação de uma ou
de um grupo de lâmpadas com interruptores de pressão, durante um
tempo pré-estabelecido. É utilizada principalmente em escadas e corre-
dores de edifícios. Segue abaixo esquema para acionamento de 2 lâm-

• Instalações Prediais
129
padas:

* O esquema de ligação pode ser diferente, dependendo do fabricante.

Instalação de ventilador de teto


Para a instalação do ventilador de teto, é importante verificar sempre o
esquema do fabricante, entretanto o princípio será sempre o mesmo: ali-
mentar um motor elétrico para giram em sentido horário e anti-horário
com controle de velocidade e a(s) lâmpada(s) (quando existir). Abaixo,
quatro esquemas de ligação:

• Instalações Prediais
130
Na instalação, use fios de 1,5mm² ou mais. Certifique-se que a tensão de
alimentação é compatível com a do motor, controle e lâmpadas. O fio de
aterramento (fio verde parafusado na haste) deve ser ligado a um condu-
tor de proteção de instalação (Terra) (NBR 5410).

• Instalações Prediais
131
Se o sentido de rotação não coincidir com a indicação da chave no con-
trole, troque um fio preto do controle pelo outro.

Instalação de moto bomba monofásica


Observe abaixo um circuito para comando automático através de duas
chaves bóias (mínima e máxima) com proteção de disjuntor termomag-
nético. Este sistema é comumente utilizado para controle de nível de
água em reservatório, ligando e desligando a bomba.

Controle de nível superior:


Desliga no limite superior

• Instalações Prediais
132
Controle de nível inferior:
Desliga no limite inferior

Chave boia de contatos de mercúrio


Quando o reservatório superior alcançar o nível máximo, ambos os pesos
ficarão mergulhados na água e, consequentemente, o peso dos mes-
mos será menor. O contrapeso será maior e a ampola se inclinará para
trás, fazendo o mercúrio correr dos contatos, abrindo-os e desligando a
bomba.

A bomba só terá condições de funcionar se o reservatório inferior tiver


água acima do nível mínimo. A função da chave de bóia do reservatório
inferior é garantir essa condição. Portanto, se o nível baixar ao mínimo,
a chave desliga, não permitindo que a bomba funcione. Segue abaixo
o circuito auxiliar comanda a chave para fechar (ligar o motor) ou abrir
(desligar o motor).

O comando pode ser:

MANUAL (direto): A chave unipolar de reversão (a), está ligada para a


direita (interligando o terminal l com o terminal 2 em série com o contato
N F do relê térmico (d), alimentando a bobina de contador (e). Neste caso
a moto bomba é acionada em regime de emergência ou para limpeza
das caixas.

• Instalações Prediais
133
AUTOMÁTICO: A chave de reversão (a), está ligada para a esquerda (inter-
ligando o terminal 1 ao terminal 3, em série com as chaves de bóia (b e c)
e como contato N F do relê térmico (d), alimentando a bobina do contato
(e).

Instalação de motor monofásico comandado por chave


reversora manual
As chaves de reversão são utilizadas em motores monofásicos de fase
auxiliar, todavia, devido ao pouco uso, estão desaparecendo do comér-
cio, encontrando-se apenas nas instalações antigas. No entanto, o impor-
tante é selecionar uma chave que atenda as características do motor,
proporcionando segurança de operação e que tenha três posições, con-
forme o esquema abaixo apresentado.

• Instalações Prediais
134
O diagrama básica da ligação dessas chaves comando monofásicos de
fase auxiliar é o seguinte.

Vejamos os digramas assim representados de um motor de fase auxiliar


com seis terminais. Para faser a reversão em 110V.

A chave á esquerda, portamento o maior deve girar no sentido anti-


horário.

A chaveestá à direita, portanto, o motor deverá girar no sentido hórario.

• Instalações Prediais
135
Comparando os dois diagramas concluímos que na posição (d), os termi-
nais 1, 2 e 5 estão ligados no condutor fase e os terminais 3,4 e 6 estão
ligados no neutro e na posição (e), os terminais 1, 2 e 6 estão ligados no
condutor fase e os terminais 3, 4, e 5 estão ligados no condutor neutro.
Assim, quando quiser comparar o funcionamento de chaves, utiliza-se
um grafico como este ou similar. Para a invenção do sentido de rotação
do motor monofásico e 220V as ligações à chave serão as seguintes:

• Instalações Prediais
136
Referências bibliográficas

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CEFET-MT. Projetos de Instalações Elétricas. 2003.

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Setembro de 2004 – (UFSM), RS, Brasil.: <http://www.ama.org>. Acesso
Achou importante? em 07 out. 2008.
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• NR-10 Segurança em Serviços em Instalações Elétricas
137
• NR-10 Segurança em Serviços em Instalações Elétricas
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