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Naquele contexto, a Rússia poderia ser chamada de atrasada, pois, em pleno XX,
preservava práticas ainda feudais, era agrária e dominada por czares (imperadores). As
primeiras revoltas, que antecederam a revolução, foram contra os privilégios da nobreza e
clero, mas também contra gastos de guerra (contra o Japão, batalha que a Rússia perdeu).
● A Rússia antes da revolução era agrária, “feudal”, dominada por clero (Igreja
Ortodoxa), nobreza e czares (imperadores).
● A população se revoltou contra essas camadas sociais que tinham privilégios sociais
enquanto passava fome.
● Somou-se a isso a perda da guerra para o Japão, em 1905. Diante dos grandes
gastos bélicos, a população continuava à míngua. Assim, aconteceu a Revolução de
1905.
● Após a guerra civil, visando à unificação e coesão, foi formada a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que perdurou até 1991, porém, já com
ideais muito diferentes dos revolucionários de 1917."
A Rússia era governada pelos czares (o mesmo que “imperadores”). Lá, uma
mesma dinastia estava no poder desde 1613: os Romanov. A burguesia, vendo o que
acontecia na Europa, almejava o mesmo: industrializar-se para também obter dividendos e
não continuar servindo ao Estado, como sempre fora.
A Rússia passou a ter, então, por um lado, alguns elementos modernos e, por outro,
a oligarquia agrária. Nicolau II, o último czar, não fugindo à tradição (que também
incomodava o povo: os altíssimos gastos em guerras), disputou e desta vez perdeu a
Guerra Russo-Japonesa (1904-1905).
Revolução de 1905
A Revolução de 1905 foi, na verdade, uma série de movimentos da população russa,
faminta, contrária às medidas czaristas, à crise econômica que enfrentava e à participação
da Rússia em uma guerra contra o Japão, que gerou enormes gastos bélicos.
A Guerra Russo-Japonesa foi uma disputa imperialista (ou seja, por mais terras) da
Rússia e do Japão pela Crimeia e a Manchúria. O estrondoso fracasso do czar estimulou as
forças de oposição, que, como vimos, já eram muitas.
Nicolau II, percebendo tal movimentação, passou a conter, com muita violência, atos
que seriam até então pacíficos. Como foi o caso do que depois ficou conhecido como
“Domingo Sangrento”, quando pessoas, mesmo cantando o hino “Deus salve o czar”, foram
exterminadas, apenas por apresentarem, também, algumas queixas.
Com isso, Nicolau II caiu mais ainda em descrédito e se viu obrigado a assinar o
Tratado de Portsmouth, que acabou com a guerra, em 5 de setembro de 1905, entregando
ao Japão partes importantes de seu território — entre eles, a Coreia.
Todo esse período, desde 1905, é considerado por alguns como um “ensaio da
Revolução Russa”.
Assim como a Guerra contra o Japão foi um gatilho em 1905, a partir de 1914, a
Primeira Guerra Mundial também mexeu com a conjuntura interna russa — sendo inclusive
apontada por muitos como um dos motivos da revolução —, pois a Rússia fez parte da
Tríplice Entente (junto da Inglaterra e França) e, como era um país atrasado, não possuía
os mesmos meios tecnológicos das demais nações, o que fez com que perdesse diversas
batalhas, inclusive algumas importantíssimas para a Alemanha, que conquistou parte de
seu território.
À frente desse governo estava Alexander Kerenski, que era socialista, porém,
reformista (menchevique, como vimos). Esse período é chamado de República da Duma,
Revolução de Fevereiro, Revolução Branca ou ainda Revolução Menchevique.
Entretanto, a Rússia não tinha saído da guerra, e as pessoas ainda passavam fome,
logo, seriam necessárias outras mudanças. Com isso, a oposição bolchevique se fortaleceu
nos sovietes. Liderada por Lenin e Trotsky, sob o lema “pão, paz e terra”, indicava, além da
saída da guerra, a redistribuição (expropriação e divisão) das grandes propriedades de
terra, a fim de ajustar o fornecimento interno de comida para a população.