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FORMAÇÃO PERMANENTE

Fichas

Equipa Satélite de Formação

Maio 2011

Documento de Trabalho
Equipa Satélite de Formação

FORMAÇÃO PERMANENTE

INTRODUÇÃO

Um percurso flexível
No fim da pilotagem, a equipa inicia o seu percurso em comunhão com o Movimento,
que a apoia, ligando-a às outras equipas numa rede de relações fraternas e oferecendo-lhe
também os meios para progredir.
A formação no seio das Equipas realiza-se principalmente das três formas seguintes :
 Pela vida quotidiana em casal, que é um caminho para a santidade ;
 Pela vida e entreajuda em equipa, que alimentam o caminho de cada um na fé;
 Pelos encontros de formação, que numa atmosfera eclesial de amizade e de oração,
oferecem ideias e possibilidades de troca de experiências para melhor se progredir.
Cada equipa, ao longo dos anos, traça um percurso, que depende da vida dos casais que
dela fazem parte. Não é possível definir um modelo pré-estabelecido e rígido do caminho a
percorrer, devido à diversidade dos acontecimentos e das situações em que os casais vivem o
seu percurso espiritual.

Contudo, a experiência mostra que existem semelhanças na evolução das equipas.


Podemos assim encontrar algumas etapas-tipo. Para cada uma destas etapas, propomos um
percurso de formação adaptado. Isso não deve ser considerado como uma passagem
obrigatória, mas mais como um ponto de referência a adaptar às necessidades e aos ritmos de
crescimento dos casais e das equipas.

As SR terão a tarefa de especificar os conteúdos deste esquema geral, adaptando-os às


situações e às necessidades locais. Isso exige, portanto, um duplo esforço de fidelidade ao
carisma e pedagogia do Movimento, e de flexibilidade para se adaptar às circunstâncias e
às diferentes culturas. È lógico que seja da responsabilidade da SR fornecer os meios de
formação adaptados ao caminho das suas equipas.

Os principais objectivos da Formação Permanente são :


 Aprofundar a dimensão litúrgica, catequética e missionária da vocação cristã.
 Promover o conhecimento do carisma, da mística e da pedagogia das ENS, para que
os casais possam viver melhor o sacramento do matrimónio.
 Aprofundar os temas respeitantes à vida do casal, da família, da Igreja e da
sociedade, procurando discernir, com a ajuda do Espírito Santo, os sinais dos
tempos.
 Incentivar os casais para a sua missão no Movimento e na Igreja.

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Equipa Satélite de Formação

As etapas
Para organizar a Formação Permanente no seio das ENS, consideraram-se três etapas,
que se podem identificar na história de todas as equipas a partir do fim da pilotagem (Encontro
das Equipas Novas), que se denominam assim:

 A etapa das « Equipas em Caminho » : depois da pilotagem, as equipas começam a


sua caminhada, um percurso caracterizado por temas adaptados à consolidação inicial
da equipa. A reflexão conduz aos principais aspectos do amor conjugal, da vida de fé
em casal e da pedagogia das ENS – duração : 3 / 4 anos
 A etapa das «Equipas em Movimento»: os casais e a equipa, em conjunto, são
incentivados a colocar os seus dons - talentos recebidos - em prática, nas diversas
formas de serviço à Igreja, às ENS e à sociedade em geral. Aqui, as vias escolhidas
pelas equipas diferenciam-se (ficando contudo animadas pela mesma finalidade e o
mesmo Espírito). Com efeito, cada uma tem a sua personalidade e talentos diferentes.
Esta variedade, vivida em espírito de comunhão, dá lugar a uma troca de experiências
no seio da equipa e entre as equipas, que a conduz ao progresso - duração: 3 / 4 anos (6 /
8 anos depois do Encontro de Equipas Novas).
 A etapa do «Novo Fôlego»: a equipa, depois de alguns anos, pode sentir a necessidade
de se revificar ou de voltar às origens do seu compromisso para se projectar no futuro,
renovando-se.
Para cada etapa, as SR/RR deverão identificar os meios de formação adaptados ao
caminho a percorrer. Os Encontros de Formação Permanente deverão ser orientados por
equipas de formadores-animadores, coordenados a nível da Província ou da Região, em função
das necessidades e das culturas locais.

Está ainda previsto que haja um encontro no fim de cada etapa, (cada um com o
mesmo nome: «Equipas em Caminho», «Equipas em Movimento», «Novo Fôlego»). Estes
encontros estarão previstos para numerosas equipas. Será feito o ponto de situação sobre o
percurso já realizado e será dado o impulso necessário para começar uma nova etapa e o novo
caminho que espera a equipa.

Um ponto importante destes encontros é que são destinados a toda a equipa,


convidada a parar e a reflectir, a examinar o caminho percorrido, a trocar experiências com
outras equipas, a fazer propostas e aceitar compromissos para prosseguir a caminhada.

O sucesso do percurso de formação apoia-se essencialmente na eficácia do caminho


percorrido pelas equipas ao longo dos anos (e ainda sobre a eficácia dos temas de estudo e das
numerosas actividades do Movimento nos quais a equipa participa). Depende igualmente do
bom funcionamento dos encontros que têm lugar entre duas fases diferentes. Seria bom que o
percurso de formação seja precedido espiritualmente pelo retiro anual dos casais

O fio condutor
O fio condutor do percurso de formação é a descoberta e a valorização dos dons que
Deus confiou a cada casal. É isso que transforma os homens e as mulheres em filhos de Deus,
plenos de alegria e gratidão. Esses dons levam os casais a agir, porque, como diz a parábola dos
talentos, todos são chamados a utilizar os seus talentos e não a os enterrar. Assim, os dons
convertem-se em tarefas, numa missão a cumprir em casal.
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O primeiro dom recebido é o de sermos homem e mulher, duas pessoas sexualmente


diferentes e complementares, chamadas a ser «uma só carne» e a tornarem-se fecundas em
todo o sentido do termo. São chamadas a uma comunhão de vida e de amor.

Seguindo este caminho de integração (física, psicológica, social e espiritual), o casal


realizará e manifestará a imagem de Deus que traz com ele, como casal. Este caminho no
caminho da santidade é o carisma específico das ENS – a espiritualidade conjugal -.

A Formação por sua vez diz respeito à pedagogia das ENS (para que seja melhor
cumprida e praticada) e aos temas de catequese e de formação espiritual. Estes dois últimos
pontos são particularmente importantes porque fazem parte das primeiras necessidades dos
equipistas. Os jovens, em particular, dizem muitas vezes que sentem a falta de conhecimentos
de base, na sua fé.

Os encontros
Os encontros propostos são os seguintes :

 Os ENCONTROS DE FORMAÇÃO :
o Equipas em Caminho (Fé e Vida).
o Equipas em Movimento (Vocação e Missão).

 Os ENCONTROS “NOVO FÔLEGO” (Novo impulso da equipa)

A etapa das «Equipas em Caminho»


No decurso da etapa que se segue à pilotagem, todas as equipas têm necessidades
similares : é o tempo da consolidação. Em seguida, os caminhos diferem porque tendo tomado
consciência dos seus talentos, os casais encontram a sua própria via, para os pôr em prática. A
equipa orienta-se então segundo os seus interesses ou situações pessoais, tomando uma
fisionomia cada vez mais específica.
Pode-se comparar a formação no seio das ENS como uma estrada para a santidade. No
princípio, ela é mais estreita (porque se focaliza sobre as questões comuns a todas as equipas).
De seguida, ela alarga-se e pode separar-se em muitos caminhos paralelos, em caminhos onde
há situações de compromisso na Igreja e no mundo.
Deve haver um acompanhamento às «Equipas em Caminho» aconselhando-as à
escolha dum tema de estudo adaptado. A experiência mostra que ao longo destes primeiros
anos, é preferível aprofundar temas de estudo específicos. Só no decurso da segunda etapa a
equipa deve escolher o tema de estudo com uma maior liberdade, em função da sua situação.
Muitas Supra Regiões têm já temas de estudo adaptados a esta primeira fase. Outras não os têm
e seria bom traduzi-los (ou fazê-los) rapidamente. Com efeito, se a equipa não arranca bem, é
difícil, mais tarde “corrigir a trajectória”.
Sugere-se uma lista de temas prioritários para esta primeira fase :
 O diálogo em casal (o dever de se sentar), aprofundando os temas da escuta, do
perdão, da cooperação, da ternura e da sexualidade.
 A oração conjugal, acompanhando os casais que não sabem como rezar.

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 O tempo: como o utilizar e quais são as prioridades que devem ser escolhidas num
período da vida onde «nunca se tem tempo».
 O acolhimento um ao outro, homem e mulher, diferentes: a psicologia dos homens e
das mulheres completam-se.
 O acolhimento nas diferenças: sexualidade e fecundidade
 Escutar a Palavra de Deus para se deixar guiar na vida: Jesus, companheiro de
viagem.
 O sacramento do matrimónio cristão.
 Acolher e educar os filhos: princípios gerais e, em particular, como repartir o
encargo dos filhos, tirando daí proveito para a formação do casal.
 As relações com as famílias de origem.
 A ajuda fraterna e as relações na equipa.
 Os Pontos Concretos de Esforço, à luz da experiência dos primeiros anos nas ENS.
Os Sectores e as Regiões são igualmente convidados a criar programas adaptados aos
casais que desejam aprofundar a sua formação espiritual e catequética. A reunião de equipa não
é suficiente para responder a essa necessidade. Deve-se ter em conta os diferentes níveis
culturais. Enquanto alguns têm necessidade de consolidar as suas bases porque se sentem
insuficientemente formados, outros procuram aprofundar os seus conhecimentos para progredir
na sua vida de fé.
Faz parte do projecto de formação – e é de uma grande eficácia prática – organizar
Encontros (a nível de Sector, Região, Província ou Supra Região) onde os casais tenham a
possibilidade de trocar as suas experiências em « equipas mistas ».

A etapa das «Equipas em Movimento»

Nesta etapa, o objectivo principal da formação é ajudar os equipistas a tomar


consciência que os talentos recebidos como casal devem ser reconhecidos e valorizados. O
amor que une o casal e que anima a equipa não pode fechar-se na família ou na equipa, mas
antes deve ser partilhado com os outros. É a melhor forma de exprimir a sua gratidão a Deus
e de guardar vivo o seu próprio amor. Cada casal encontrará o tempo, a forma e a situação
apropriada para o fazer.
O Movimento dará uma verdadeira formação aos casais ensinando-os a escutar o
Espírito, que apela os crentes a serem «o sal da terra», e a escutar a sociedade na qual
vivem, que lhe pede para compreender as suas necessidades e de pôr em prática medidas
concretas para as realizar.
Para se escutar o Espírito, os casais devem alimentar-se da Palavra de Deus, Luz para o
caminho do casal na Espiritualidade Conjugal.
Na origem da Espiritualidade Conjugal, existe um apelo de Cristo, como nos diz o Padre
Caffarel: «A nossa vocação, como esposos, é de seguir a Cristo juntos, um e o outro, um com
o outro, um pelo outro.»

O que caracteriza o sacramento do matrimónio não é o momento da cerimónia litúrgica,


mas toda a vida conjugal. Com efeito, este sacramento não se limita a um rito litúrgico, mas
dura a vida inteira.

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Equipa Satélite de Formação

Neste contexto, a Espiritualidade Conjugal não está somente presente na iniciação cristã
do casal, mas acompanha a vida conjugal nas suas diferentes etapas, enriquecendo-a de
experiências de espiritualidade, de modo que os esposos façam do seu projecto de vida
matrimonial um caminho espiritual, acompanhado do amor infinito de Deus.
O Movimento das ENS oferece aos seus casais um espaço privilegiado para caminhar na
Espiritualidade Conjugal e, oferece, sobretudo, um elemento fundamental: a entreajuda que,
praticada por um conjunto de casais, acompanhados por um padre conselheiro espiritual, tem
como objectivo final atingir a perfeição (santidade) proposta por Jesus Cristo: chegar ao Pai.
Para descobrir as necessidades da sociedade, os casais devem entra ajudar-se a reflectir
sobre as necessidades do mundo em que vivem e a incentivarem-se mutuamente a agir num
espírito de caridade.
Todos os órgãos colegiais, desde a SR até aos Sectores, farão uma planificação
apropriada para atingir este objectivo segundo a cultura e as necessidades locais.
Convém também sublinhar que, dentro das numerosas formas de serviço na Igreja e na
sociedade, é necessário igualmente juntar a importância do serviço no seio do Movimento. Os
casais que cumprem um serviço, alimentam o fogo do seu amor e crescem na caridade. Esta
contribuição é essencial para a vida do Movimento.

A etapa «Novo Fôlego»

Uma equipa, passados alguns anos, pode atravessar momentos de instalação. Por vezes,
o entusiasmo diminui e a rotina enfraquece a determinação dos casais no seu caminho para
Deus. Não é raro, nestas ocasiões, que a pedagogia das ENS seja modificada e adaptada à
vontade da equipa. Só é seguida parcialmente r torna-se menos eficaz.
É então tempo de renovar a vida de equipa, insuflando-lhe um “novo fôlego”. É
necessário voltar às fontes do seu compromisso, inovar e ir em frente com uma nova energia.
Os Sectores têm a tarefa de acompanhar estas equipas, com sensibilidade e amizade,
levando-lhe estímulos adaptados ao seu refrescamento. As Regiões (ou Províncias) realizarão
Encontros “Novo Fôlego”, no curso dos quais a equipa completa será convidada a reconsiderar
o seu percurso e a encontrar um novo dinamismo.
As equipas que tenham atravessado recentemente um período difícil ou tenham tido
alterações importantes na sua estrutura devem ser convidadas para estes encontros.
“ É a vida da equipa que deve ser repensada sem cessar, para que seja uma equipa
original… se quereis que a vossa equipa seja viva e dinâmica, que ela tenha uma
personalidade própria” . ( Padre Caffarel)

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Equipa Satélite de Formação

GRÁFICO

FORMAÇÃO

VOCAÇÃO AO AMOR

Formaç
Formação Inicial Formaç
Formação Permanente

Pedagogia das ENS Fé e Vida Vocação e Missão


INFORMAÇÃO PILOTAGEM ENCONTRO VIDA ENCONTRO VIDA ENCONTRO
DAS EQUIPAS DE EQUIPA DAS EQUIPAS DE EQUIPA DAS EQUIPAS
NOVAS EM EM
(EEN) CAMUNHO MOVIMENTO
1º Contacto Conhecer o Temas de (EEC) Tema do ano ou (EEM)
com a proposta Método das Compromisso estudo escolhido pela
das ENS ENS escolhidos para equipa
Integração o efeito
nas ENS Etapa de Maturação

Etapa de Consolidação

Etapa Inicial
Equipe

TEMPOS:
2–3 horas 1,5-2 anos 2 dias 3–4 anos 2 dias 3–4 anos 2 dias

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Encontro das «Equipas em Caminho»

Jesus anda connosco


pelos caminhos do mundo !

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Encontro das «Equipas em Caminho»

Jesus anda connosco


pelos caminhos do mundo !

Jesus na estrada de Emaús (Lc. 24, 13-32)

« Nesse mesmo dia, dois deles iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, distante de
Jerusalém sessenta estádios, conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto
conversavam e discutiam, acercou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho ; os
seus olhos, porém, estavam impedidos de O reconhecerem. Disse-lhes Ele : « Que palavras são
essas que trocais entre vós, enquanto andais ? » Pararam entristecidos, e um deles, de nome
Cléofas, respondeu: “Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes
dias!” Perguntou-lhes Ele: “Que foi?” Responderam-lhe: “O que se refere a Jesus de Nazaré,
profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo; como os príncipes dos
sacerdotes e os nossos chefes O entregaram, para ser condenado à morte e crucuficado. Nós
esperávamos que fosse Ele quem libertasse Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia
desde que se deram estas coisas...Verdade é que algumas mulheres do nosso grupo nos
deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro, de madrugada, e não lhe achando o corpo,
vieram dizer que lhes apareceram uns anjos que afirmavam que Ele vivia. Então uns dos
nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres haviam dito. Mas a Ele não
viram.” Jesus disse-lhes então: “Ó homens sem inteligência e lentos de espírito em crer em tudo
quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua
glória?” E, começando por Moisés e seguindo por todos os profetas, explicou-lhes, em todas as
Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez
menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiram com Ele, dizendo: “Fica connosco,
pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.” Entrou para ficar com eles; e, quando se pôs à
mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de partir, entregou-lho. Abriram-se-lhes os
olhos e reconheceram-no; mas ele desapareceu da sua presença. Disseram então um ao outro:
“Não estava o nosso coração a arder cá dentro quando Ele nos falava pelo caminho e nos
explicava as Escrituras?” »

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Equipa Satélite de Formação

Encontro das «Equipas em Caminho»

FICHA 0 – Apresentação geral

1. Introdução
Este Evangelho sugere como acompanhar o percurso destas equipas. Jesus reuniu-os em
Seu Nome. (Jesus aproximou-se e pôs-se com eles a caminho...). As equipas descobrem à luz
da Palavra de Deus o caminho já percorrido e aquele que é preciso ainda fazer (explicou--lhes,
em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito). Elas partilham, repetindo o gesto da
Eucaristia (...tomou o pão; e, depois de dar graças, partiu-o e entregou-lho).
Depois da pilotagem, a equipa começa a sua viagem, ligada às outras equipas numa rede
de relações fraternas. É a fase da consolidação, chamada «Equipas em Caminho». Este
período tem a duração de cerca de 3 / 4 anos (mas deve ter-se em conta que cada equipa tem o
seu tempo próprio de consolidação).
A formação faz-se num caminho que une « fé e vida » por:
 Uma série de actividades (curso, reuniões, retiros, prática da ligação e da
entreajuda) graça às quais, ao longo dos anos, o Movimento apoia o percurso das
equipas.
 Um Encontro final, cuja finalidade é tomar consciência do caminho percorrido,
trocar experiências com outras equipas e sobretudo dar indicações úteis para
abordar a nova fase de vida da equipa.
 O Encontro das «Equipas em Caminho» permite dar resposta às dificuldades
encontradas pela equipa no aprofundamento da espiritualidade conjugal. As
respostas apoiam-se na pedagogia do Movimento e na inspiração do Padre Caffarel
Este Encontro é dirigido a todos os casais. Constitui assim a primeira etapa no percurso
de « formação permanente » das equipas. É igualmente dirigido às equipas com mais tempo de
Movimento, que não fizeram o Encontro de Equipas Novas e desejem aprofundar a sua vida em
equipa.
Com o Encontro das «Equipas em Caminho», pretende-se oferecer a todos os casais
da equipa a possibilidade de fazer uma revisão de vida em equipa e de aprofundar alguns
pontos concretos de esforço, com o fim de aperfeiçoar a maneira de os pôr em prática.
Os Encontros das «Equipas em Caminho» realizam-se no quadro da Supra Região, são
organizados a nível de Província ou de Região (utilizando as equipas de Formadores-
Animadores, caso existam) e têm a duração dum fim-de-semana.
Este Encontro é composto de quatro módulos:
Módulo 1 – Cristo, peregrino e companheiro de caminho
(A Escuta da Palavra de Deus e a Oração)
Módulo 2 – Caminhar em casal – Ultrapassar os obstáculos para crescer
(O Dever de se Sentar e a Regra de Vida)

Módulo 3 – Caminhar em equipa – Com alguém a nosso lado


(A Reunião de Equipa e a Ligação ao Movimento)

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Equipa Satélite de Formação

Módulo 4 – O Matrimónio, um sacramento para o caminho


(A Espiritualidade Conjugal)

2. Objectivos : Fé e Vida
Os objectivos específicos deste encontro são:
 Aprofundar a comunicação com o Senhor, em casal e em equipa.
 Reflectir sobre o percurso realizado em casal e em equipa com o fim de o melhorar.
 Aprofundar o Carisma e o Método (Pontos Concretos de Esforço, Reunião de
Equipa, Partilha, Pôr em Comum, etc.) das ENS.
 Ajudar os casais a tomar consciência dos seus talentos e a testemunhar a sua vida
conjugal.
 Incentivar os casais a aprofundar a espiritualidade conjugal pela descoberta do
pensamento do Padre Caffarel.
 Trocar experiências vividas em casal e em equipa.

3. Planificação do Encontro
Os módulos incluem:
 Tempos para escutar as propostas dos formadores-animadores.
 Tempos para fazer concretamente «a experiência» a partir do tema proposto.
 Tempos para trocar experiências em equipas mistas.
A ordem destes tempos varia segundo os módulos.
No decurso deste Encontro, estão previstos igualmente momentos de escuta, de oração,
de celebração, de reunião da equipa base, trocas de ideias e experiências em equipas mistas,
debates em assembleia, etc.
Para melhor preparar esta formação, os formadores-animadores poderão consultar os
documentos sobre a metodologia do Movimento: “A Oração”, “A Palavra de Deus”, “A Regra
de Vida”, “O Dever de se Sentar”, “A Equipa, Comunidade Cristã”, “A Reunião de Equipa” e o
“Guia das ENS”.
Poderão ser consultados ainda os documentos escritos do Padre Caffarel sobre a
Espiritualidade Conjugal, na revista L’Anneau d’Or, muitos deles publicados nas Cartas
mensais do Movimento. Poderá igualmente ser consultada a bibliografia sobre a espiritualidade
conjugal, difundida pela ERI.

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Equipa Satélite de Formação

Ficha 1
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM CAMINHO
Módulo 1:
CRISTO, PEREGRINO E COMPANHEIRO DE CAMINHO

Objectivos:
 Apresentar a Escuta da Palavra de Deus e a Oração como alimentos indispensáveis
no nosso percurso para a fé. Elas fazem parte integrante da nossa vida quotidiana.

Pontos chave : Desenvolvimento

 Rezar, um acto de fé
 Saber rezar
A Palavra de Deus
 Assiduidade à oração
e a Oração
 A oração personalizada
na vida quotidiana
 As diferentes maneiras de rezar (pessoal, conjugal, familiar,
em comunidade, na equipa).

MÉTODO

Acção Tipo de animação

O animador lê um texto bíblico escolhido e acrescenta algumas « Orientações »:


palavras para estimular a reflexão e a abertura do coração. Leitura
(10 min)

O animador convida os casais a encontrar um lugar apropriado para «Experimentar»:


continuar a oração em casal. Em casal (20 min)

Reunião em equipa mista a partir das pistas de reflexão seguintes:


« Troca de
 Na nossa vida tão agitada, qual o lugar que consagramos à experiências »:
oração? Equipas mistas
 É difícil consagrar algum tempo à leitura da Palavra de Deus e a (60 min)
rezar em família?

Especificar como escutar a Palavra de Deus e fazer oração.


Fórum/ Comunicação
Apresentação e discussão sobre uma leitura para reflectir como rezar (60 min)
nas diferentes ocasiões (pessoal, conjugal, familiar, em equipa)

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Equipa Satélite de Formação

Ficha 2
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM CAMINHO
Módulo 2 :
CAMINHAR EM CASAL – ultrapassar os obstáculos para crescer

Objectivos :
 Acentuar a importância do diálogo para reforçar o equilíbrio do casal.
 Explicar a utilidade do dever de se sentar e da regra de vida, para fazer crescer o
casal à luz do Evangelho.

Pontos chave : Desenvolvimento

O dever de se sentar Um ou dois casais dão testemunho sobre o dever de se sentar.

Os mesmos casais dão um testemunho sobre a regra de vida à


A regra de vida
luz das sugestões dadas para o dever de se sentar.

MÉTODO

Acção Tipo de animação

Testemunho sobre o dever de se sentar e da regra de vida « Orientações »:


Ler o texto do Padre Caffarel sobre o dever de se sentar (anexo) Pode Comunicação
mesmo ser entregue a cada casal, antes de fazer o DDS. (30 min)

Os casais são convidados a fazer um «dever de se sentar» respeitando


fielmente o esquema proposto na ficha dada :
 Uma oração para começar «Experimentar»:
 Alguns conselhos práticos – segundo as circunstâncias – a
Em casal
propósito do local e da forma de fazer o dever de se sentar.
(60 min)
Propõe-se um pequeno sinal para sublinhar a particularidade
do momento.
 Algumas questões, preparadas pelos casais que fazem o
testemunho, para servir de guia ao « dever de se sentar ».
 Algumas questões para guiar a revisão da "regra de vida".

Questões para a discussão em equipas mistas:


« Troca de
 Realizam regularmente o vosso Dever de se Sentar numa
atmosfera de oração e de escuta? experiências »:
 Lembram-se de um momento em que o DDS vos tivesse
Equipas mistas
ajudado? Porquê?
(60 min)
 Têm uma Regra de Vida ? O Dever de se Sentar ajuda-vos a
essa escolha ?
Apresentação das conclusões das equipas mistas e respostas às Fórum
questões colocadas. (30 min)

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Equipa Satélite de Formação

ANEXO

O DEVER DE SE SENTAR

Há palavras que se dizem ou escrevem e às quais, embora não se deixe de atribuir alguma
importância, não se atribui porém uma importância maior do que a outras. E nem por isso elas deixam
de reverdejar e proliferar; plantou-se uma árvore e vê-se crescer uma floresta.
É assim a aventura do “dever de se sentar”. No Outono da 1945, l’Anneau d'Or publicou um
breve editorial, intitulado «um dever desconhecido». Depois, esse «dever de se sentar», revelou uma
vitalidade espantosa e a expressão tornou-se, para milhares de casais, uma palavra-passe, uma
palavra-chave.
Não se trata, certamente, de um dever fácil. Entre os esposos, ele esbarra com efeito em muitas
resistências psicológicas e morais. Mas isso não impede quem o adopta de encontrar nele ajuda para
evitar desviar-se, para manter a rota a rota rumo ao ideal entrevisto e aproximar-se progressivamente
dele.
No capítulo 14 de S.Lucas, Cristo preconiza o « dever de se sentar»: “ Quem de entre vós
querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com
que a concluir ?” Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos
os que a virem comecem a troçar dele, dizendo: “Este homem começou a construir e não pôde
acabar”. (14, 28 – 30). Hoje, no século das velocidades vertiginosas, é mais oportuno do que
nunca recomendar este dever desconhecido.
Não creio estar a fazer nenhum juízo temerário se afirmar que os melhores esposos cristãos,
aqueles que nunca faltam ao dever de se ajoelhar, se dispensam frequentemente da prática do
dever de se sentar.
Antes de iniciarem a construção do vosso lar, trocaram pontos de vista, pesaram os vossos
recursos materiais e espirituais e elaboraram um plano. Mas, depois de se meterem ao trabalho,
não terão negligenciado o dever de se sentar para examinar juntos a tarefa já realizada, para
reencontrar o ideal vislumbrado e consultar o vosso Mestre - de - Obras?
Conheço as objecções e as dificuldades, mas também sei que a casa acabará por ruir se não se
vigiarem as estruturas. No casal em que não se arranja tempo para uma paragem de reflexão, é
muito frequente surgir e instalar-se a desordem material e moral, a rotina apodera-se da oração
comum, das refeições e de todos os momentos da vida familiar; a educação reduz-se a reflexos
de pais mais ou menos nervosos; e a união dos esposos desagrega-se. Este “deixar andar” pode
ser observado não só nos casais sem formação, ignorantes dos princípios elementares da
educação e das bases da espiritualidade conjugal, mas também no seio daqueles que se julgam
ser peritos em ciências familiares; e de facto, são-no…teoricamente.
Como não têm a distanciação necessária, os esposos deixam de ver aquilo que quem está de
fora verifica logo que entra em sua casa, aquelas negligências de que falam os amigos,
desolados, não ousando comunicá-las aos interessados por temerem a sua incompreensão ou a
sua susceptibilidade.
Há casais que já viram o perigo. E arranjaram e adoptaram diversos meios para o enfrentar. Um
deles dizia-me muito recentemente, por experiência própria, que os casais aproveitariam muito
se, todos os anos, deixássemos os filhos e fossemos juntos descansar ou fazer uma viagem de
uma semana. Pensarão certamente, ao ler-me, que nem todas as pessoas podem ter a ajuda – da
família ou amigos – necessária para deixar as crianças. Mas há outras soluções. Como a de três
famílias que se associaram para passarem três semanas de férias no mesmo país, e cada casal
pode ausentar-se uma semana, deixando aos outros dois o cuidado dos seus filhos nesse
período.

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Equipa Satélite de Formação

Para evitar a rotina do casal, quero falar-vos um pouco mais demoradamente de um outro meio.
Peguem na vossa agenda e, a exemplo do que fariam para um concerto ou uma visita a amigos,
anotem um encontro convosco próprios. Entenda-se bem que estas duas ou três horas serão
tabu… ou digamos antes sagradas, que é mais cristão. Não admitam que qualquer motivo que
não vos fizesse cancelar uma noite na cidade ou desmarcar um jantar de amigos em vossa casa
vos faça faltar a um encontro convosco próprios.
Como utilizar estas horas? Antes de mais, partam do princípio de que não estão com pressa.
Uma vez não são vezes ! Abandonem a praia e vão para o alto mar ; é necessário a todo o
custo, mudar de ares e esquecer as preocupações. Leiam em conjunto um capítulo de um
livro posto de parte para esses momentos privilegiados - ou até da Bíblia.
A seguir (a não ser que tenham começado por aí) orem durante um longo momento. Se
for possível, que cada um faça em voz alta uma oração pessoal e espontânea: essa forma
de oração, sem demérito para as outras, reaproxima milagrosamente os corações. Depois
de entrarem assim na paz do Senhor, digam um ao outro os pensamentos, as queixas, as
confidências que não é fácil dizer e que muitas vezes não é desejável que se diga no
decurso dos dias activos e agitados, mas que, no entanto, é perigoso manter no segredo do
coração porque há silêncios inimigos do amor. Contudo, não se detenham em vós mesmos
e nas vossas preocupações do momento.
Façam uma peregrinação às fontes do vosso amor, reconsiderem o ideal que tinham
quando iniciaram alegremente o vosso caminho em conjunto. Renovem o vosso fervor. É
preciso acreditar no que se faz e fazê-lo com entusiasmo. Depois regressem ao presente,
confrontando o ideal e a realidade. Façam um exame de consciência do casal, (não estou a
falar do vosso exame de consciência pessoal), tomem resoluções práticas e oportunas para
curar, consolidar, rejuvenescer, arejar e abrir o casal. Façam esse exame com lucidez e
sinceridade. Remontem às causas do mal diagnosticado.
E porque não consagrar também alguns instantes à meditação sobre cada um dos vossos
filhos, pedindo ao Senhor que “ repouse o seu olhar sobre o vosso coração” de acordo com a
sua promessa, a fim de que os vejam e amem como Ele, de forma a conduzi-los de acordo
com os seus desígnios?
Por fim, e sobretudo, procurem ver se Deus é a prioridade em vossa casa.
Se vos sobrar algum tempo, façam o que vos agradar, mas peço-vos : não voltem
imediatamente aos trabalhos domésticos ou à televisão. Não têm mais nada a dizer ? Calem-
-se os dois, pois talvez não seja esse o momento menos proveitoso. Lembrem-se das palavras
de Maeterlinck : « Ainda não nos conhecemos, ainda não ousámos calar-nos juntos ».
É muito importante fazer um resumo escrito do que foi descoberto, estudado, decidido
durante o encontro, mas isso pode ser feito depois por um dos dois, e lido por ambos no
encontro seguinte.
Este dever de se sentar de que acabo de vos falar é apenas um meio de manter jovem e rico o
vosso amor e o vosso casal ; haverá certamente muitos outros. Mas este, que foi adoptado por
inúmeros casais que conheço, já deu os seus frutos.
(H. Caffarel: “Nas encruzilhadas do amor ” c.23

15
Equipa Satélite de Formação

Ficha 3
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM CAMINHO
Módulo 3 :
CAMINHAR EM ÉQUIPA – com alguém ao nosso lado
Objectivos :
 Pôr em evidência a importância da vida em equipa e a entreajuda.
 Estudar a maneira de como a equipa evoluiu depois da sua pilotagem (sobre a forma
de animar a reunião e assegurar a ligação com o Movimento).

Pontos chave : Desenvolvimento

A caminhada após a Cada equipa faz um balanço do caminho percorrido depois da


pilotagem pilotagem.

 O esquema da reunião (lógica e importância).


 A ligação entre as reuniões
A reunião da equipa e  A força da oração em equipa
a Ligação ao  A entreajuda
Movimento  Teias do amor
 Experiências da riqueza na diversidade dos dons recebidos
 O sentido do serviço como dom gratuito e enriquecimento
pessoal

MÉTODO

Acção Tipo de animação


«Experimentar»:
Cada equipa faz um balanço da sua caminhada após a pilotagem Em equipa
(30 min)
Curta intervenção de um casal animador que testemunhe a riqueza da
sua pertença ao Movimento e da sua participação no serviço do « Orientações :
Comunicação
Movimento.
(30 min)
Apresentação da Ligação com o Movimento
Questões para discutir em equipas mistas:
 Partilhem em conjunto os melhores momentos vividos em equipa « Troca de
e também os mais difíceis. experiências »:
 Que opinião têm sobre a forma como decorre a Ligação da vossa
equipa? Equipas mistas
Que sugestões apresentam para a melhorar? (60 min)
 Lembram-se de algum momento em que tenham sido ajudados
pelo vosso Casal de Ligação de uma forma particular? Como?

Apresentação das conclusões das equipas mistas e das respostas às Fórum


questões propostas. (30 min)

16
Equipa Satélite de Formação

Ficha 4
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM CAMINHO
Módulo 4 :
O MATRIMÓNIO, UM SACRAMENTO PARA O CAMINHO
Objectivos :
 Pôr em evidência que a presença de Deus no matrimónio é um sacramento
 Como viver a Espiritualidade Conjugal e testemunhar a vida conjugal.
Pontos chave : Desenvolvimento

O matrimónio no  O matrimónio é um sacramento.


plano de Deus e a  O matrimónio é uma oferta a Cristo.
espiritualidade  Vocação ao amor – o símbolo do matrimónio.
conjugal  A espiritualidade do cristão casado : os fundamentos, os
princípios, os meios e as responsabilidades.
 Apresentação e comentários sobre algumas passagens da Palavra
A espiritualidade de Deus a propósito do testemunho.
conjugal e o  Existem numerosas formas de sermos testemunhas, no seio do
testemunho casal, da família, da Igreja e da sociedade.
 Saber discernir as prioridades e as oportunidades em cada
momento da vida conjugal.
Apresentação da  Apresentação da próxima etapa de formação: a etapa das
próxima etapa « Equipas em Comunhão », que termina com um Encontro.

MÉTODO

Acção Tipo de animação


« Orientações »:
Curta intervenção de um casal animador que testemunhe a riqueza do seu Comunicação
matrimónio e da sua espiritualidade conjugal. (30 min)

Questões para a discussão em equipas mistas:


 A quem damos testemunho da alegria do nosso matrimónio e em
« Troca de
que circunstâncias? Temos consciência que o nosso amor é a
experiências »:
imagem de Deus que revelamos ao mundo ?
 Como temos vivido, em casal, a espiritualidade conjugal no seio da Equipas mistas
família, da Igreja e da sociedade ? (60 min)
 Há alguma coisa (testemunho/serviço) que, em casal, possamos
fazer juntos, para testemunhar o amor que Deus nos deu, ao habitar
em nós?

Apresentação das conclusões das equipas mistas e respostas às questões Fórum (60 min)
propostas.
Apresentação da próxima etapa de formação : o tempo de « Equipas em
Movimento », que terminará igualmente com um Encontro.

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Equipa Satélite de Formação

Encontro das «Equipas em Movimento»

« Chamou-os… e eles seguiram-no »

18
Equipa Satélite de Formação

Encontro das Equipas em Movimento

« Chamou-os… e eles seguiram-no »

Os primeiros discípulos (Mt 4,18-22)

Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos : Simão,


chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram
pescadores. Disse-lhes: “Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.”
E eles imediatamente deixaram as redes e seguiram-no. Um pouco mais adiante,
viu outros dois irmãos : Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com
seu pai, Zebedeu, compunham as redes dentro do barco. Chamou-os, e eles,
deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. Jesus percorreu toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas e proclamando a Boa Nova do Reino, e
curando entre o povo todas as doenças e enfermidades.

19
Equipa Satélite de Formação

Encontro das Equipas em Movimento

Ficha 0 - Apresentação geral

1. Introdução
Após o Encontro das « Equipas em Caminho », a equipa continua a sua viagem, ligada às
outras equipas numa rede de relações fraternas. É a etapa de maturação, chamada das
« Equipas em Movimento ». A duração deste período é de cerca de 3 / 4 anos (6 / 8 depois de
realizado o Encontro de Equipas Novas, mas deve-se ter em conta que cada equipa tem o seu
próprio ritmo.
Nesta etapa, a formação concentra-se sobre os temas da vocação e da missão. O
Evangelho sugere como acompanhar este processo. Deve-se estar consciente que o apelo de
Jesus é baseado num olhar de amor: “Jesus viu-os...e chamou-os ». Seguir o apelo obriga a
opções, à conversão : cada um tem as suas “próprias redes” a abandonar. O apelo dá os seus
frutos quando se segue Jesus, que “ percorreu toda a Galileia, ensinando, proclamando a Boa
Nova do Reino, e curando todas as doenças...” Os casais também podem caminhar com Ele:
precisam de encontrar a maneira mais apropriada à sua situação.
A formação é realizada da seguinte forma:
 Uma série de actividades (cursos, reuniões, retiros, prática da ligação e da
entreajuda) pelas quais, ao longo dos anos, o Movimento apoia o percurso das
equipas.
 Um Encontro final cujo objectivo é a tomada de consciência do percurso feito e
de trocar experiências com outras equipas.
O Encontro das “ Equipas em Movimento” quer dar uma resposta às dificuldades
sentidas no aprofundamento da espiritualidade conjugal, baseada na pedagogia do Movimento e
na inspiração do Padre Caffarel.
Este encontro destina-se a todos os casais, integrados nas suas equipas. Constitui a
segunda etapa do percurso de “Formação Permanente” proposto pelo Movimento.
Com o Encontro das “Equipas em Movimento” pretende-se que todos os casais da
equipa tenham a oportunidade de fazer uma revisão de vida em equipa e de aprofundar os
pontos concretos de esforço.
Os Encontros das “ Equipas em Movimento” realizam-se no quadro da Supra Região, são
organizados a nível de Província ou de Região (utilizando as equipas de
Formadores/Animadores, caso existam) e têm a duração dum fim-de-semana.
Esta formação compõe-se de quatro módulos:
 Módulo 1 – « A vocação do casal »
(Atitudes de Vida para melhor viver a nossa vocação ao amor)
 Módulo 2 – « A comunhão em casal e em equipa»
(Os PCE e a Partilha ; O Pôr em Comum)

20
Equipa Satélite de Formação

 Módulo 3 – « A missão do casal »


(As ENS: caminho de Missão)
 Módulo 4 – « As ENS, escola de Espiritualidade Conjugal »
(A Espiritualidade Conjugal, o carisma das ENS)

2. Objectivos : Vocação e Missão


Os objectivos específicos deste encontro são:
 Compreender que cada casal transporta em si, pela Graça de Deus, um dom de
amor que é imagem de Deus e o compromete a ser « sal da terra ».
 Compreender que o verdadeiro amor é fecundo e conduz naturalmente a
comunicar-se e a difundir-se. Cada casal será levado a reflectir sobre a sua missão
específica de amor na família, no Movimento, na Igreja e no mundo.
 Aprofundar o conhecimento sobre o carisma, a mística e a Pedagogia das ENS e
sobre o pensamento do Padre Caffarel.

3. Planificação do Encontro
Os módulos incluem:
 Tempos para escutar as comunicações dos formadores - animadores.
 Tempos para fazer « experiência » sobre o tema proposto.
 Tempos para troca de experiências em equipas mistas.
A ordem dos tempos pode variar em cada módulo.
No decurso deste Encontro, estão previstos tempos de escuta, de oração, de celebração,
de reunião da equipa base, de troca de experiências em equipas mistas, de discussão em
assembleia, etc.
Para melhor preparar esta formação, os formadores - animadores devem consultar os
documentos do Movimento « A Oração das ENS », « A Equipa, Comunidade Cristã”, “Os
Pontos Concretos de Esforço e a Partilha”, e o “Guia das ENS”.
Devem ser consultados também os documentos escritos pelo Padre Caffarel sobre a
Espiritualidade Conjugal na revista L´Anneau d´Or, uma grande parte deles já publicados nas
Cartas mensais das ENS. Deve-se consultar também a bibliografia sobre a espiritualidade
conjugal difundida pela ERI.

21
Equipa Satélite de Formação

Ficha 1
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM MOVIMENTO
Módulo 1 :
A VOCAÇÃO DO CASAL
Objectivos:
 Compreender que o apelo de Deus requer uma resposta da nossa parte: gratidão,
abandono e abnegação.
 Compreender a origem e o sentido da vocação ao amor conjugal e da conversão
que ela exige.
 Descobrir como melhor viver a nossa vocação ao amor.

Pontos chave : Desenvolvimento

 « Lançavam as suas redes..» «reparavam as suas redes..»:


O quotidiano, um lugar de encontro com Deus
Tudo começa com  O amor conjugal é um dom que o casal deve descobrir e frutificar :
um dom… o « Jesus viu...»: o olhar de Deus transforma o homem e a mulher.
É o começo de uma nova vida.
o O próprio amor do casal, unido a Cristo, transfigura-se.

 Serem esposos, imagem do amor de Deus gratuito, fecundo e fiel.

Um dom que  Serem pais fecundos, os guardiões – não proprietários – da liberdade


dos filhos.
chama o casal a ….
 Ser uma família acolhedora e hospitaleira.
 Serem membros vivos da comunidade eclesial.
 Serem leigos prontos a construir um mundo mais humano.

Despertar e desenvolver na vida dos casais as três atitudes permanentes :


 Procura assídua da vontade e do amor de Deus ; orientação –
Converter-se e dinâmica de escuta e de oração
seguir Jesus,  Procura da verdade sobre nós mesmos ; orientação – dinâmica de
cultivando certas conversão (coerência interior)

Atitudes de Vida  Experiência do encontro e da comunhão; orientação – dinâmica da


comunhão

22
Equipa Satélite de Formação

MÉTODO

Acção Tipo de animação


Dever de se Sentar, propondo as seguintes questões:
 Temos ocasião de aprofundar seriamente os assuntos que
ultrapassam as preocupações quotidianas?
 Depois de estarmos casados, como olhamos a nossa vocação
de casal? « Experimentar »
 Hoje, à luz dos progressos realizados, como a vemos? E Dever de se Sentar
como casal crente, que orientação damos à nossa vida?
(60 min)
A nossa vida está coerente com os dons recebidos?
Respondamos à luz da parábola dos talentos ? (Mt 25, 14-30)
 A vida chama-nos a darmos mais, a ser mais generosos e
abertos. Em que contexto (família, Igreja, sociedade) parece-
-nos ser possível ou necessária?

«Troca de experiências »
Em equipas mistas, devem ser debatidas as reflexões feitas no Equipas mistas
dever de se sentar.
(60 min)

Comunicação das principais ideia das equipas mistas.


Apresentação das atitudes de vida ligadas aos pontos concretos de « Orientações »:
esforço. Comunicação
Testemunho sobre a eficácia dos pontos concretos de esforço na (60 min)
vida conjugal.

23
Equipa Satélite de Formação

Ficha 2
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM MOVIMENTO
Módulo 2 :
A COMUNHÃO EM CASAL E EM EQUIPA

Objectivos :
 Viver a comunhão em casal, com Deus e com a equipa.
 Reforçar os Pontos Concretos de Esforço.

Pontos chave : Desenvolvimento

 Juntos, nas mãos de Deus : a oração em casal ; as


Em comunhão com
dificuldades e os progressos.
Deus :  A necessidade de orar e a necessidade de perseverar.
A Oração  O Matrimónio, um caminho para Deus.

 Ao longo dos anos, o casal consolida-se graça aos seus


A comunhão no casal : encontros. Contudo, aparecem as dificuldades e por vezes
os conflitos. Como encontrar o equilíbrio em casal.
Acolher o outro  O Dever de se Sentar é o momento no qual, perante Deus,
(Dever de se Sentar) os esposos põem de lado os ressentimentos, escutam-se de
coração aberto e acolhem-se um ao outro para avançar à luz
do Evangelho.

 O risco de perder, ao longo dos anos, a confiança na


capacidade de mudar (não só como pessoas mas como
Ousar transformar-se: casal).
A Regra de Vida  Invocar o Espírito Santo para fazer um discernimento sobre
a nossa vida e ousar transformá-la.

 Partilhar em equipa os esforços para progredir na Caridade


e na compreensão da sua vocação.
 Partilhar os esforços dos outros equipistas nesta via.
 Abrir o nosso coração aos outros : a escuta, a partilha e o
Caminhar juntos :
apoio sem julgamento.
A Partilha
 Acompanhar, rever e estimular a prática dos pontos
concretos de esforço.
 Praticar a mística dos pontos Concretos de Esforço e da
Partilha.
 Seguir um caminho de conversão comunitária.
 Discernir sobre o sentido e a visão da vida cristã no dia a
dia.

24
Equipa Satélite de Formação

 Reflectir sobre os nossos compromissos apostólicos.


Em comunhão
 Construir a equipa como uma comunidade cristã.
na equipa :
 Conhecer e entreajudar-se na verdade e na confiança
O Pôr em Comum
recíproca (casais e CE).

MÉTODO

Acção Tipo de animação


« Orientações »:
Um ou mais casais animadores oferecem o seu testemunho /
reflexão sobre os pontos do método que estão na ficha, Comunicação
insistindo sobre as dificuldades e as alegrias. (30 min)

Reunião da equipa (de base) ou em equipas mistas: «Experimentar»:


 Que pontos concretos de esforço nos ajudam mais? Equipas base
 Que pontos nos deixam insatisfeitos? Porquê? ou
Equipas mistas
 Que aspecto da nossa equipa gostamos mais? Que
pontos devem ser melhorados? (60 min)

« Troca de

Pôr em comum das reflexões feitas na reunião de equipa. experiências »:


Fórum (30 min)

25
Equipa Satélite de Formação

Ficha 3
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM MOVIMENTO
Módulo 3 : A MISSÃO DO CASAL
As ENS, caminho de Missão
Objectivos :
 Incentivar os casais a aceitar um serviço no Movimento.
 Compreender a missão do casal na Igreja : ousar o Evangelho e dar uma nova
imagem à família, à sociedade e à Igreja.
 Reflectir sobre a vida de equipa e da sua capacidade para se abrir à missão.

Pontos chave : Desenvolvimento

 Acolher os outros como Cristo o faz com a sua Igreja.


Santificarem-se uns aos outros, estar prontos a acolher, a
Ousar o Evangelho perdoar e a caminhar juntos.
 Semear nos filhos os grãos de amor gratuito de Deus.
na família
 Confiar a Cristo a nossa fraqueza, doença, velhice.
 Abrir a nossa família às necessidades dos outros.
 Viver e transmitir a fé na nossa família.
 Dar um pouco daquilo que recebemos (pilotagem, ligação, etc.)
prestando um serviço no seio do Movimento. As ENS não
podem existir sem casais que se ponham ao seu serviço
 Lembrar que prestar um serviço é útil principalmente ao casal
Servir no que o presta.
 Dizer que todos os casais podem encontrar um serviço
Movimento adaptado às suas características.
 Dar uma vista de conjunto dos serviços necessários.
 Explicar como tornar-se disponível.
 Explicar que um serviço “em casal” vive-se no seio da
colegialidade.
 Participar activamente na vida do Movimento : a ligação, o
serviço, a colegialidade, a internacionalidade.

 Não há uma tarefa específica para os casais das ENS, mas


muitos põem-se ao serviço dos casais e da família. : os cursos
Ao serviço de preparação para o matrimónio, a pastoral familiar, os grupos
que dão apoio material e espiritual às famílias necessitadas.
da Igreja local
 Um trabalho muito urgente : apoiar pessoas cujo matrimónio
está em dificuldade e mais ainda daqueles que formaram um
novo casal e querem conservar viva a ligação com Jesus.

26
Equipa Satélite de Formação

 “os cegos vêem”: estar próximos daqueles que pensam que não
têm futuro ou que a vida não tem sentido.
 “os paralíticos andam”: estar próximo daqueles que não têm
capacidade de andar por si.
 “os leprosos são purificados”: estar próximo daqueles que são
Ousar proclamar
excluídos da comunidade, porque são julgados impuros.
o
 “os surdos ouvem”: estar próximo daqueles que não sabem
Reino de Deus escutar Deus e o seu próximo.
 “os mortos ressuscitam”: testemunhar activamente que a morte,
o pecado e a falta de esperança não são a última palavra.
 “a Boa Nova é anunciada aos pobres” : estar próximo
daqueles que se encontram em dificuldade para lhes
testemunhar que Deus não os abandona.

 … conhecendo a realidade do Movimento e partilhando o seu


A equipa aberta
caminho.
à missão…
 … prestando um serviço ou apoiando um casal da equipa no seu
serviço.

MÉTODO

Acção Tipo de animação

Apresentação sobre a Missão (na equipa, no Movimento e no


« Orientações »:
Mundo)
Comunicação
Testemunhos sobre a forma de viver o serviço em casal, seja
no seio do Movimento, na Igreja ou em outro lugar. (30 min)

Reunião de equipas mistas, debatendo as seguintes questões:


 Será que a equipa apoia-nos na nossa busca por uma «Experimentar»:
maior abertura ? Apoiamos os outros casais da equipa
Equipas mistas
nesta procura?
(60 min)
 Os serviços prestados no Movimento e na Igreja local.
Como acompanhar os casais que não podem casar pela
Igreja, mas querem guardar viva a ligação com Jesus?
Têm experiências a partilhar?

« Troca de experiências »
Pôr em comum algumas reflexões feitas na reunião de equipa.
Fórum (30 min)

27
Equipa Satélite de Formação

Ficha 4
Tipo
ENCONTRO DAS EQUIPAS EM MOVIMENTO
Módulo 4 :
AS ENS, ESCOLA DE ESPIRITUALIDADE CONJUGAL

Objectivos :
 As ENS: « uma escola de vida cristã em casal». Os casais desenvolvem a sua
espiritualidade conjugal, adquirindo experiência na transmissão da fé na família e
na sociedade.
 Aprofundar a especificidade da vocação - missão do casal das ENS.

Pontos chave : Desenvolvimento

As ENS, escola de  ENS, carisma dado à Igreja.


 ENS, comunidades vivas de casais.
Espiritualidade
 ENS, mística e pedagogia
Conjugal
 A vida do casal e a evolução da sua Espiritualidade Conjugal.
 O rosto das ENS hoje.
 Um Movimento aberto sobre si mesmo e que dá uma
formação aos casais e os encoraja a utilizar os seus talentos na
Igreja local
As ENS, uma vocação  A unidade do casal : um valor a viver e a testemunhar.
específica na Igreja  Pontos Concretos de Esforço : uma pedagogia simples mas
eficaz.
 Uma rede de pequenas células de igrejas domésticas.

 A rotação e a colegialidade no serviço.


 Jesus quer transmitir a todos o seu amor, mas fá-lo através de
outras pessoas.
 A solidariedade entre os homens comunica o amor de Deus.
 Cada pessoa, cada casal encontrará o seu papel e sua missão,
Os casais das ENS,
enquanto membro do Corpo de Cristo
membros do  Os casais das ENS no mundo de hoje - realidade e desafios
actuais:
Corpo de Cristo
o Amor e comunhão : mística e vida interior.
o Acolhimento : virtude cristã, hospitalidade a exemplo de
Jesus, matrimónios em dificuldade na Igreja e no mundo.
o Espírito missionário : dar a conhecer Deus;
o Construção do reino de Deus.

28
Equipa Satélite de Formação

MÉTODO

Tipo
Acção
de animação
« Orientações »:
Reflexão sobre os pontos-chave apresentados. Comunicação (30 min)

Reunião de equipas mistas, debatendo as seguintes questões:


O que diz Cristo sobre o crescimento espiritual em casal ? « Troca de
« Trazemos esse tesouro em vasos de barro (2 Cor 4, 7-15). experiências » :
 Reflectir sobre a nossa realidade de casal : Sentem que Equipas mistas
progrediram na vossa Espiritualidade Conjugal ? Quais são os
aspectos da pedagogia que mais vos ajudaram? (60 min)
 Reflectir em primeiro lugar sobre a forma como a equipa tem
cumprido a sua vocação - missão e depois sobre a das outras
equipas do vosso Sector. Na vossa opinião, o que é preciso
melhorar? Que deve ser feito para colaborar no progresso das
outras equipas?

Apresentação das conclusões das equipas mistas e respostas às


questões propostas. Fórum
Apresentação da próxima etapa : o tempo do « Novo Fôlego ». (60 min)

29
Equipa Satélite de Formação

Encontro « Novo Fôlego »

« Levanta-te, toma a tua cama e anda. »

30
Equipa Satélite de Formação

Encontro « Novo Fôlego »

« Levanta-te, toma a tua cama e anda. »

João 5, 2-9
Em Jerusalém, junto da porta das Ovelhas, existe uma une piscina, que se
chama em hebreu Betesda, e que tem cinco pórticos cobertos.
Sob estes pórticos estavam deitados um grande número de doentes : eram
cegos, coxos e paralíticos à espera que a água se movesse; porque um anjo do
Senhor descia de vez em quando e agitava a água da piscina. O primeiro doente
que entrasse na piscina, depois de a água ser agitada, ficava curado de qualquer
doença que tivesse.
Encontrava-se lá um homem que estava doente havia trinta e oito anos. muito
tempo.
Jesus viu o homem deitado e soube que estava doente há tanto tempo. Então,
perguntou-lhe : « Queres ficar curado ?
O doente respondeu : « Senhor, não tenho ninguém que me lance na
piscina quando a água começa a agitar-se. Quando lá chego, já outro entrou
na minha frente ».
Jesus disse : « Levanta-te, toma a tua cama e anda ».
No mesmo instante, o homem ficou curado, tomou a sua cama e começou a andar.

31
Equipa Satélite de Formação

Encontro « Novo Fôlego »


FICHA 0 – Apresentação geral
1. Introdução
Por vezes na vida de uma equipa, como na vida conjugal, ela perde o impulso inicial. A
equipa torna-se progressivamente outra coisa: um grupo de amigos, um lugar de debate
intelectual, de oração. Renunciamos a um compromisso sério ao serviço da Caridade. Como na
parábola do paralítico, a equipa pára, às vezes relançando a culpa sobre as circunstâncias ou
sobre pessoas que não ajudam. A estes casais e a estas equipas Jesus pergunta: «Queres curar-
te? ». Ele mostra o caminho: « Levantem-se, tomem o vosso catre, símbolo do vosso mal e da
vossa inércia, e andem! ». Jesus dá a força para renovarem-se e alterar.
O Padre Bernard Olivier escreveu, em 1987 (Carta das Equipas Nossa Senhora nº70 janeiro-
fevereiro):
«Parte-se com esperança e entusiasmo. Pode-se viver assim durante algum tempo.
Mas há um desgaste, fatalmente… É por isso que é necessário recomeçar, partir de novo. E é o
que tem sido feito no Movimento, frequentemente. É na renovação, sem dúvida, que está o
segredo de uma vitalidade evidente. É o segredo de uma fecundidade que se estendeu ao
mundo inteiro.»
Como recomeçar ?
“Primeiro a ideia de uma revisão de vida da equipa, ou, para manter o vocabulário que nos é
familiar: realizar uma espécie de Dever de se Sentar em equipa. Para ver o que poderia
correr melhor, o que se negligenciou ligeiramente… Sem dúvida, é feito regularmente (cada
ano na reunião balanço), mas seria necessário fazê-lo uma vez com mais profundidade, como o
homem da parábola, que se senta para examinar como vai poder construir a sua casa. Sem
esta reflexão, a construção corre o risco de continuar a ficar incompleta.
Desleixou-se ligeiramente, ou mesmo adormeceu? Tem tomado gradualmente um ritmo de
cruzeiro tranquilo? Não fazemos ondas, nem remoinhos… Estamos bem juntos, estamos bem
instalados, ronrona-se…Mas será que se avança ainda?
Talvez haja necessidade em certas equipas de respirar mais oxigénio, de um pouco de sangue
novo. Pensemos? Não é bom permanecer sempre os mesmos, indefinidamente. Acaba-se por
conhecermo-nos demasiado bem, sabemos demasiado como “tratarmo-nos” uns aos outros. E
é talvez a chegada de um casal novo que traz este segundo fôlego.
Num certo momento é útil marcar uma ruptura, quebrar um ritmo tornado demasiado
monótono ou perigosamente eufórico.
É então o momento para tomar um passo decisivo, uma escolha, uma opção. Entendam-nos
bem! Não é altura de querer procurar outra coisa, fora das grandes intuições que fundaram as
ENS, fora das nossas “obrigações” que chamamos os pontos concretos de esforço. Trata-se,
pelo contrário, de empurrar mais adiante na mesma linha, mesmo na linha dos nossos
compromissos. Trata-se de reconsiderar em profundidade o sentido desse compromisso, de
redescobrir talvez com uma nova frescura o seu significado fundamental, revivificar em todo o
caso a nossa adesão concreta. E não apenas no princípio, mas na prática mais imediata. Como
dar um passo mais na oração? Como viver mais radicalmente a união do casal? Como, em
equipa, dar mais um passo na partilha? »

32
Equipa Satélite de Formação

O Encontro “Novo Fôlego” oferece a possibilidade de dar o “ passo decisivo ” como fala
o P. Olivier, chamando a equipa como um todo a reflectir sobre o seu percurso e a sua
evolução futura, para se renovar.
Esta formação é proposta a todas as equipas a partir de dez anos de existência, que sentem
a necessidade de um novo impulso. Também é recomendada às equipas que sofreram
modificações importantes durante o ano transacto ou que acabam de viver dificuldades e que
estão em “reconstrução”. O convite a participar neste Encontro pode renovar-se após cinco/seis
anos.
Este Encontro faz-se em cinco módulos (pode-se alterar um ou outro para oferecer temas
diferentes aos casais que participam pela segunda vez neste Encontro):

Módulo 1 - Reflexão sobre o caminho percorrido: um “dever de se sentar” guiado.


Módulo 2 - Retorno às origens.
Módulo 3 - Tema de actualidade da Igreja, a definir por cada SR/RR
Módulo 4 - Despertar a equipa para o Espírito Santo.
Módulo 5 - Celebrar o novo impulso. (Celebração litúrgica)

2. Objectivos : Novo Fôlego


Os objectivos deste Encontro são:
 Parar para observar a evolução da vida de equipa, a fim de evitar a rotina.
 Mostrar a necessidade de conversão no casal e na equipa.
 Pôr-se em equipa sob o olhar de amor do Senhor.
 Reforçar a coesão da equipa.
 Renovar o impulso fundador e o dinamismo da equipa pelo retorno às fontes..

3. Planificação do Encontro
Os módulos incluem:
 Tempos de oração profunda, pessoal e em casal.
 Tempos de escuta das propostas dos animadores.
 “Um dever de se sentar” sobre o assunto proposto.
 Reuniões de equipa para reflectir sobre o caminho percorrido e encarar o futuro.
 Reuniões em equipas mistas para trocar experiências.
 Uma celebração eucarística final, emque cada um deposita frente ao Senhor o
percurso realizado e as decisões tomadas com o propósito de uma nova partida.
Para preparar bem esta formação, os formadores-animadores poderão consultar os
documentos do Movimento: “A Oração”, “A Equipa, Comunidade Cristã”, “ os Pontos
Concretos de Esforço e Partilha”, “a Carta das Equipas Nossa Senhora”, “O Segundo Fôlego” e
“o Guia das ENS”.
Poderão consultar igualmente os documentos escritos pelo Padre Caffarel sobre a
Espiritualidade Conjugal na revista L´Anneau d´Or. Uma grande parte foi publicada nas Cartas
mensais do Movimento. Poderão por último consultar a bibliografia sobre a espiritualidade
conjugal difundida pela ERI.

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Equipa Satélite de Formação

Ficha 1
Tipo
ENCONTRO « NOVO FÔLEGO »
Modulo 1 :
REFLEXÃO DO CAMINHO PERCORRIDO : um “Dever de se Sentar” guiado

Objectivos :
 Compreender profundamente o itinerário do casal e da equipa, os pontos positivos e os
mais fracos.

Pontos chave : Desenvolvimento /Questões para o DDS

Observemos as etapas mais importantes da nossa vida conjugal


(Espiritualidade Conjugal), no decorrer dos últimos anos:
 Quais foram essas etapas?
 Tentámos vivê-las à luz da fé? Como?
 Há alguma passagem da Palavra de Deus que nos tenha
ajudado ou que poderia ter-nos ajudado, se nós estivéssemos
A evolução da vida atentos e à escuta?
em casal  Em que é que penso ter sido obstáculo, ou em que penso ter-
-te desiludido.
 Em que me ajudaste, em que me apoiaste?
 Os progressos feitos em conjunto sobre os pontos seguintes:
- Escuta da Palavra de Deus
- Oração, e particularmente, oração conjugal
- Diálogo conjugal
- Regra de vida
- Retiro
O testemunho  Reflectir sobre a ajuda prestada por cada casal e pelo CS
nestes anos de vida de equipa.
dos equipistas
 Reflectir sobre a ajuda prestada pelo Movimento.
 Como evoluiu a equipa ao longo dos anos? Quais foram os
momentos decisivos?

A evolução da equipa  Lembrar uma ocasião em que um casal (ou vários) nos tenha
levado a repensar as nossas escolhas ou a progredir.

 Que podemos nós fazer, em casal, para melhorar a nossa vida


conjugal ?

Melhoria de vida  A Equipa incentiva-nos a um progresso na via da santidade?


 Que aspectos podem ser melhorados na nossa equipa?

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Equipa Satélite de Formação

MÉTODO
Acção Tipo de animação
Um casal animador apresenta as etapas da espiritualidade em função
das diferentes idades e ciclos da vida conjugal e familiar.
« Orientações » :
Este mesmo casal explica a importância de um dever de se sentar em
Comunicação
que seja feito o ponto de situação sobre a vida conjugal e de equipa, (30 min)
com vista a melhorá-las.

O dever de se sentar é proposto para ser feito em quatro tempos :


1. O casal dirige-se à capela (ou outro local) e começa por uma
curta oração. « Experimentar » :
2. Cada um faz um tempo de silêncio de 15 a 30 minutos para Dever de se sentar
responder individualmente e para responder às questões postas. (60 min)

3. O casal encontra-se e cada um escuta o outro.


4. Em conjunto, redigem um texto comum, para reportar ao grupo.

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Equipa Satélite de Formação

Fiche 2
Tipo
ENCONTRO « NOVO FÔLEGO »
Modulo 2 :
VOLTAR ÀS ORIGENS

Objectivos :
 Oferecer a possibilidade de reflectir sobre o compromisso de fé em casal e abertura a
novas perspectivas.
 Redescobrir as razões profundas que incentivam a afastar a rotina e seguir em frente
com um novo impulso.
Pontos chave : Desenvolvimento

A Palavra de Deus  Jesus pede-nos para nunca parar e abandonarmo-nos mais


profundamente ao amor de Deus.
sugere que o caminho
 A vida dos casais muda. Em cada ocasião, existe uma
nunca está terminado possibilidade de incarnar o Espírito de Cristo.
 O papel da equipa no esforço de discernimento como suporte para
para seguir Jesus.

 O casal deve renovar-se, senão estiola.


 Fazer o jogo da verdade para si mesmo e em casal, com doçura e
A renovação é esperança.
 O casal procura compreender-se a si próprio, mas é o Espírito
possível e necessária Santo que transforma os corações, e há momentos em que não nos
aparece. Como conciliar o desejo de renovação e a espera
paciente ?
 O papel dos pontos concretos de esforço.
 A necessidade de renovação passa pela leitura e reflexão dos
documentos das ENS.

Unida à Igreja,  Por vezes, são as circunstâncias que unem a Igreja e os grupos
eclesiais, de tal modo que a Equipa, em face das suas fraquezas,
a equipa converte-se converte-se e renova-se.
e renova-se  Por vezes, são as pessoas que não querem mudar de direcção.
 Como estar atento àqueles que nos convidam a mudar ?

O projecto do  Breve descrição do futuro do Sector e da Supra Região.


 Participar na construção do Movimento é uma oportunidade de
Movimento
mudança para o casal e para a equipa.

METODO
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Equipa Satélite de Formação

Acção Tipo de animação


Os diferentes pontos da ficha são apresentados por um padre e um ou
vários casais.
Convém alternar os tempos de reflexão sobre a Palavra de Deus e
sobre os documentos das ENS, com testemunhos pessoais, de modo « Orientações » :
que a pedagogia das ENS se apoie em experiências vividas. (60 min)
A selecção dos textos bíblicos, bem como a escolha dos documentos
das ENS, variam em função da sensibilidade e das necessidades dos
casais participantes.
O texto de P. Caffarel (« As encruzilhadas do amor », c.26 : Os
aposentados do amor) ( em anexo ) pode ser utilizado pelos
animadores, ou ser dado a todos os casais para os ajudar na sua
reflexão.

No final dos trabalhos, os participantes podem usar a palavra para pôr « Mudança de
em evidência um problema ou sublinhar um aspecto que lhes tenha experiencias » :
chamado mais a atenção. Fórum/ Comunicação
(30 min)
Respostas dos Formadores/Animadores

ANEXO
OS APOSENTADOS DO AMOR

Há alguns meses, almocei com um religioso de certa idade. Era o tipo de jesuíta desconhecido
do grande público que, através da pregação de retiros a padres e religiosos e de todo um
ministério de direcção espiritual, exerce uma profunda influência. Preservado das paixões de
homem de acção e da dureza tão frequente nos homens de governo, irradiava sabedoria e
santidade Junto dele, tinha-se a sensação de uma extraordinária densidade de vida interior. O
seu olhar possuía uma intensidade difícil de aguentar, mas o sorriso dava à sua fisionomia uma
nota de profunda bondade.
Quando soube da minha actividade junto dos casais, colocou-me uma questão que lhe era
visivelmente cara: « Qual é o sinal que lhe permite detectar, nas pessoas casadas, que se
iniciou o declínio do seu amor ? ».
A minha primeira reacção foi dizer-lhe que os sinais são numerosos e diversos, mas não cedi a
isso e procurei ver se haveria ou não algum sinal que se encontrasse mais frequentemente, ou
em todos os casos. Depois de um momento de reflexão, que a sua presença pareceu ter a
virtude de favorecer, respondi-lhe : «Estou convencido de que decidir-se a não fazer mais
nada por quem se ama é não só o sinal, mas também a causa do declínio do amor..
Partindo do pressuposto de que « não fazer mais nada » para o bem e a felicidade de
um ser consiste, por vezes, em incitar essa pessoa a fazer mais pelo nosso bem e pela
nossa felicidade pessoal.»
Sua extrema atenção à minha resposta convidou-me a explicar o meu pensamento.
“Pense-se num amor jovem, um amor verdadeiro, uma das suas características, que
será sem dúvida a essencial, é um impulso que o leva a querer a felicidade do ser
amado. Mas, como essa felicidade pode ser sempre mais perfeita, há em quem ama
como que uma tensão, uma certa ansiedade, uma impaciência constante pela felicidade
do outro, e um sofrimento por não poder contribuir mais para ela. Vejo nisso o sinal
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Equipa Satélite de Formação

irrecusável de um amor vivo e vivaz. Não há repouso para o amor verdadeiro.


Em contrapartida, no dia em que, por fadiga do coração, se diz “não” à tensão interior
– que certamente não é cómoda - , no dia em que se decide não fazer mais nada pela
felicidade do outro, julgando jéa se ter feito o suficiente por ele, nesse dia o amor está
condenado, e talvez mesmo se possa dizer que ele está a morrer. E a realidade é sempre
a mesma, quer o amor já se tenha elevado muito, quer esteja no seu início, pois, nesse
dia, ele perde a sua alma. Restam uma dedicação, uma benquerença, uma atracção
sensível, “um certo amor”, mas já não são o amor.”
Depois de alguns minutos em silêncio, compreendi o porquê da pergunta feita pelo meu
interlocutor e o interesse que ele parecia encontrar na minha resposta. Com efeito, disse-
me, como se tivesse falado consigo próprio : “Por isso, essa é mesmo uma lei
fundamental do amor, de qualquer amor, trate-se do amor a Deus ou do amor conjugal:
só é verdadeiro se for uma impaciência viva pelo bem e pela felicidade do outro. E
poderia retomar, acrescentou ele, palavra por palavra, a propósito do amor a Deus, o
que me acaba de dizer sobre o amor conjugal. Para o coração de um jovem religioso,
que descobriu verdadeiramente Deus, o amor é vontade ardente da felicidade, da glória
de Deus, um impulso para trabalhar nele, seja no apostolado, seja na vida
contemplativa. E ressurge incessantemente nessa pessoa o desejo de fazer mais e
melhor. Essa inquietude é a melhor prova de um amor autêntico e vivo. E falta
sublinhar que, para glória de Deus, « fazer mais » consiste frequentemente em « deixar
que Deus faça » em abrir-se aos seus dons, em entregar-se à sua acção. Não disse
Cristo que há maior alegria (glória para Deus) em dar do que em receber ?”
« Chega quase sempre o momento em que tanto o religioso como o homem ou a mulher
casados de que me falou conhece a tentação de afastar a inquietude, o que pode ser o
efeito de uma vida espiritual insuficientemente alimentada ; ou também uma questão de
idade no jovem religioso. A vitalidade humana coopera com o amor para o levar ao
dom de si, mas, quando o dinamismo biológico diminui, ele sente-se inclinado a amar
mais moderadamente, aspira a curar essa febre que o queima há tantos anos. Se ceder à
tentação, se eliminar a inquietude, o seu amor será atingido, se não se extinguir até,
ficando embotada a sua veemência. E ele irá engrossar o número dos aposentados do
amor.»
(H. Caffarel: “Nas encruzilhadas do amor” c. 26)

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Equipa Satélite de Formação

Ficha 3
Tipo
ENCONTRO « NOVO FÔLEGO »
Modulo 3 :
RÉFLECTIR SOBRE UM TEMA DE ACTUALIDADE DA IGREJA
Objectifs :
 Reflectir sobre um tema de actualidade da Igreja, relacionado com a vida dos casais,
das famílias e das ENS.
 Troca de ideias e de experiências sobre o tema escolhido pela SR/RR.

Pontos chave : Desenvolvimento

 Sobre a base da instrução dada, partilhar as experiencias vividas


em casal e em equipa.
Tema a aprofundar
 Como abrir o casal e a família às exigências do próximo ? Como
pôr-se à escuta do mundo?

METODO

Acção Tipo de animação

Apresentação do tema escolhido pela SR/RR. « Orientações »:


Comunicação
(60 min)
Em equipas mistas, reflectir e trocar experiências sobre o tema tratado « Troca de
e o interesse que ele possa ter para o casal, sua família e sua equipa. experiencias »:
Pôr em comum as reflexões feitas no decorrer da reunião de equipa. Equipas mistas
(60 min)

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Equipa Satélite de Formação

Ficha 4
Tipo
ENCONTRO « NOVO FÔLEGO »
Module 4 :
DESPERTAR A EQUIPA PARA O ESPIRITO SANTO
Objectivos :
 Trocar experiencias e ideias sobre a forma de relançar a equipa, primeiro em equipas
mistas, de seguida na equipa de base
Pontos chave : Desenvolvimento
Tendo por base o balanço feito anteriormente e as comunicações, a
equipa reflecte sobre a sua experiencia ao longo dos últimos anos:
Onde estamos nós ?
 Pontos fortes : o que recebemos da equipa ?
 Pontos de fraqueza ou de insatisfação ?

 Que fazer concretamente para que a nossa equipa seja um


instrumento mais eficaz no conhecimento espiritual dos
Onde vamos nós ?
casais?
 Que fazer para que a nossa equipa se abra mais às
necessidades da igreja e do mundo?
METODO
Acção Tipo de animação

Em equipas mistas, reflectir e trocar ideias sobre a situação da sua equipa


e sobre as perspectivas de melhoria. « Experimentar » :
Partilhar as experiencias e reunir as ideias que serão mais tarde avaliadas Equipas mistas
pela equipa de base. (60 min)

Cada equipa de base faz uma reunião de balanço profunda, analisando os


progressos realizados durante os últimos anos, seguindo as questões desta « Troca de
ficha. experiencias » :
Decidir as acções a efectuar para melhorar a vida da equipa, escolhendo Balanço da equipa
um sinal que marque esse desejo. base
Reflectir também sobre a forma de partilhar, na liturgia final, a (90 min)
experiencia adquirida no decorrer deste encontro "Novo Fôlego" e
as decisões tomadas para relançar a equipa.

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Equipa Satélite de Formação

Fiche 5
Tipo
ENCONTRO « NOVO FÔLEGO »
Modulo 5 :
CELEBRAR O NOVO IMPULSO
Objectivos :
 Na celebração eucarística, incentivar os casais e as equipas a um NOVO IMPULSO

Pontos chave : Desenvolvimento

Partilhar a experiencia feita  Que ressonância teve este encontro para os casais da
nossa equipa ?
neste Encontro
 Que compromissos tomámos para relançar a nossa
e as decisões tomadas equipa ?

MÉTODO

Acção Tipo de animação

No decorrer da liturgia penitencial cada casal (ou cada equipa) leva


ao pé do altar um sinal (ver a ficha 4) que exprime de maneira
simbólica a fraqueza que o casal (ou a equipa) procurará suplantar para Celebração
a sua melhoria. litúrgica :
(90 min)
A homilia será breve e lembrará certos aspectos da ficha nº 2, para pôr
em evidência o tema deste novo impulso (novo fôlego). De seguida,
para integrar a homilia na vida e no compromisso das equipas, um
representante de cada equipa fará um breve resumo da análise feita e
das decisões tomadas em equipa.

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