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DÚVIDA

Querido Deus,
Setembro de 2022
Tenho andado distante. Tenho quisto fugir, quando discrente,
não encontro as respostas que procuro. Temo nunca mais
encontra-lo ou vê-lo como um dia já o vi cuidando de meus
sonhos. Temo ter me esquecido de vossas palavras, se é que
alguma vez já vos ouvi proferir, pois tenho estado cega de vosso
ensinamento, pobre de espírito e surda de vossos chamados.
Portanto, temo ter perdido tempo. Temo ter me esquecido de seus
mais fiéis ensinamentos. Temo ter submergido para jamais voltar
à costa. Ou ao paraíso. Ou à vida eterna. Afinal, Pai, o que seria a
vida eterna? O que seria, irmão Jesus, a vida, senão uma
continuidade, uma provação, uma chama, ainda que ínfima, de
esperança? Perdoe-me os equívocos. Perdoe-me o medo. Perdoe-
me.

CARNALIDADE
27/09/2022

Não tenho estado tão distante quanto um dia já fui, nem tão perto
de teu colo quanto um dia já estive. Tenho estado no meio. No
meio da caminhada que não cessa, que não me dá tréguas, mas
que dá-me belas chances, tanto quanto dou-lhe arrependimentos.
Porque apesar de ouvir aos bons espíritos, meu corpo clama pela
carnalidade, quando sabe que este meio apenas me levará a ter
enfermidades que meu corpo não suportaria, tanto quanto minha
mente ilesa e frágil, mas, ainda assim, tão sábia e consciente de
meus pecados. Deixo aqui meu mais profundo perdão, Senhor.
Perdão por falhar, quando, pela primeira vez, consegui vos ouvir
mais próximo clamando por mim, intercedendo por minha
dignidade, na tentativa de manter-me pura para receber o que
dizem ser o paraíso. Deus... Ainda sou tão pequena. Tão pequena
para vos e vossa grandiosidade. Tão pequena para entender
vossos pensamentos ou sequer pegar-lhe a mão para julhar-lhe
fidelidade eterna. Porque eu falhei, pai. Jesus, meu mais fiel
irmão, eu falhei tanto quando um dia já submeti-me mais
profundamente ao carnal. Tanto quando já, muito além, talvez a
mil anos atrás, sucumbi-me à maledicência para saciar minha
carne. Carne esta, tão mortífera quantos os valores que preguei a
tempos, e tão distante daqueles os quais deveria ajoelhar-me
perante. Perdão. Perdão por falhar, mesmo quando sei que a dor
da culpa posterior a meus erros são árduas. Eles têm me
humilhado, Pai. Têm feito de meu corpo um vão. E, eu, tão pobre
de espírito e dignidade, tenho dado-lhes esta liberdade. Portanto
Pai, clamo por vossa misericórdia e vosso mais puro amor, o qual
procuro encontrar nossas chances para erguer-me pós fracasso.
Rogo-lhe o amor puro que ainda existe e peço pela chance de
honrar meu corpo e meu espírito, por meio de uma chance
mínima, mas de efeitos tão avassaladores quanto vosso amor.

Com amor e profunda vergonha e arrependimento,

Tua filha,

Nicole.

ESPERANÇA
03/10 ou 04/10 de 2022
Tenho lentamente retornado ao Senhor, ainda que não esteja em
direito de pegar-lhe a mão misericordiosa. Ainda assim, temo
nunca poder apertá-la para dizer o quanto o mundano tem
assombrado meus irmãos, Pai. O quanto teus filhos tem estado
em prantos, em busca de alguma prece verdadeira que o conforte
o suficiente para continuar a luta que jamais por de um só, Deus.
Porque somos irmãos. E..., irmãos oram uns pelos outros. Irmãos
perdoam e amam na esperança de que os amanhã o conforte para
um futuro distante de tantas décadas que virão, de tantas vidas
que serão cedidas em nome do amor, de tanta podridão a
testemunhar, de tanto pão esperdiçado, de tantos sonhos
adormecidos... De tanta voz silenciada. De tanto perdão não dito.
Estamos verdadeiramente no fim dos tempos, Senhor. Entretanto,
temo não ter a certeza de qual ciclo se encerra e de qual ciclo se
inicia. De qual vida estamos falando e para o fortemente devemos
orar em nome de vosso amor mais profundo. Em nome do amor
que existe no mundo, ainda que mínimo, ainda que tão
superficial. Então, Jesus, o irmão mais fiel e misericordioso que
um dia o mundo testemunhou a ressureição, clamo pelos meus
irmãos mais necessitados. Clamo pela vossa misericórdia, acima
de qualquer ideologia, acima de qualquer partido ou fala mal
dita. Pois tu és nosso partido, irmão. Tu és nosso partido mais
amoroso e verdadeiro, Pai. Vossa misericórdia. Vosso amor. Não
apenas temo, como reconheço meus mais dolorosos pecados,
minhas mais profanas ações e minhas mais falsas doces palavras
ditas a meus irmãos nessa vida, Senhor. Peço perdão por não
honrá-lo. Peço perdão por ser tão suja e mundana, a ponto de não
lhe sentir tão intensamente quanto um dia já o senti dominando
meu Ser e clamando pelo amor que ainda existia em mim.
Ressussite-o, Pai. Se algum dia adormeci sobre os maus valores
que pregam, acorde-me antes que seja tarde. Visite-me em meus
sonhos, através dos que amo, dos que adoro e venero com todo o
ser que possuo, ainda que de carne fraca e mente debilitada.
Apenas..., não deixe-me só. Não esqueça-me como o esqueci
inúmeras vezes, por favor, Pai. Perdoe-me. Perdoe meus irmãos
pela mediocridade de suas palavras direcionadas aos teus filhos
mais necessitados. Penso que não sou o bastante. Penso que nunca
serei. Quando vem-me a tentativa de adorá-lo profundamente,
pego-me apegada ao quanto são ínfima a tuas perfeições, Pai. Ao
quanto teus lagos são mais profundos que meu espírito. Ao
quanto tua natureza exuberante não é comtemplada com a
adoração de que merece. Ao quanto o amor que a milénios de
anos foi pregado, não condiz com aquele o qual lutamos em nome
de nós mesmos. Estamos cegos, Pai. Cegos de amor. Cegos de
corpo, alma e espírito. Cegos por não enxerga-lo nas pequenas
coisas da vida. Cegos por não nos reconhecermos cegos frente ao
fim, e por, sobretudo, crermos que nossos olhos cegos nasceram
desta forma. Abra-lhe os olhos, Jesus. Irmão, eu clamo com todo
o meu ser. Abra-lhes os olhos para aqueles que sofrem. Abra-lhes
os olhos para o que consideram ser distinto de nossa sociedade
mais tradicional e arcaica, Pai. Toque-lhes o coração para o
despertar espiritual. Para o mundo mais elevado que um dia já
lhes deu tantas oportunidades, que eles jamais poderão dizer que
suas chances são finitas. Ouça-os. Eles choram tanto, Pai... Não
tenho a dimensão de teu amor, então não consigo ouvi-los. Dê-me
a honra de mudar, meu Deus. Se considera-me tua filha, pode
dizer-me? Ando desamparada e sofrendo sem que haja
necessidade, porque temo não tê-lo. Temo jamais sentí-lo. Temo
estar a beira de um abismo, sem verdadeiramente saber se, no
fim, irei para o espaço em que disseram-me ser amparado caso
minha voz fosse mais alta que meu orgulho e meu ódio. Temo não
protagonizar meu amor. E, desta forma, temo não ser de
utilidade para meu País. Temo falhar com as pessoas. Temo votar
no candidato errado. Temo ouvir o traiçoeiro e ceder ao macabro,
por não distinguir as mil vozes que cercam-me e testam-me a
espiritualidade não desenvolvida. Se assim desejar, Pai, aflore-a.
Mostre-me que a mediunidade enraizou-se em meu ser para
algum dir ser protagonizada em nome de teu amor. Em nome do
amor que irradia pouco a pouco ao mundo que criou com tanta
determinação para que pudéssemos progredir. Estamos deixando-
o zangado? Estamos deixando a Senhora zangada, Mãe? Estou
sendo a filha que a Senhora julga ser infiel ou essas minhas
inseguranças e confusões são apenas fruto da maledicência a qual
estou fadada a conviver? Perdoe-me, Pais. Perdoe-me, Jesus.
Perdoe-me por não honrá-los. Perdoe-me por falhar com minha
família. Deu-me tantas chances que sinto-me incapaz de contar
nos dedos. E, se os contasse, certamente me sentiria mais
mundano do que agora. Porque dói, Pai... Doí pecar e pagar pelos
pecados os quais um dia cedemos, na esperança de que o
mundano fosse a chave da felicidade eterna, tão distante aos
homens... Mas tão desejada por eles... É como somos. Desejamos
algo distante, tão distante ao ponto de desistir. Não os deixe ceder
á base, Senhor. Seja a minha base. Seja a base dos que sofrem e
imploram. A base dos que possuem o doce véu da compaixão que
em algum dia cobrirá as mazelas que assolam-nos dia a dia. A dor
que cega-nos e impede que olhemos com mais amor àquele tão
diferente de nós... Perdão, Pai. Perdão, mãe. Perdão, Mestre
Jesus. Posso ter falhado tantas outras vezes, mas não deixarei que
a confusão que me aflige nesse momento, seja capaz de me separa
do Senhor. Se chama-me de filha, chamo-o de Pai. Meu único Pai.
O mais poderoso, verdadeiro e sábio que já existiu. O melhor.
Sempre o mais bondoso. O mais misericordioso. Sou tua filha?
Irmã daqueles que tanto odiei e xinguei com palavras chulas
abomináveis aos olhos de meu Pai? Diga-me, por favor... Diga-
me, Pai. Pois se tu é meu, quero entregar-lhe minha vida, meus
sonhos e minha família, em primeiro lugar. Quero entregar-lhe os
resquícios de amor que ainda são latentes em meus Ser,
queimando o que de ruim destruiu-me em vidas passadas. Nada
me destruirá, se algum dia já o fizeram. Pois meu espírito é teu, e
meu corpo, teu para que seja usado com bem desejar, em amor ao
próximo, em abraço às diferenças, e em honra a Minha família
terrena e celestial. Chuva, chove, chuva, sem parar....!

Com sentimento inexplicável e confuso,

Sua filha,
Nicole.

CONSCIÊNCIA
No auge de uma pandemia, o ceio social deixou de se preocupar
com sua estrutura moral, pra dar valor ao superficial e
inatingível. Deixou de amar, pra sobrepor-se aos valores do
mestre, em prol de uma conduta mortífera e avassaladora. A
mediocridade mundana e o orgulho ferido de muitos tem feito-na,
desmoronar. Tem amortecido a consciência celestial, silenciando-
a momentaneamente, para valer-se dos valores mundanos como
uma forma de reinar a Terra. O homem tem deixado de ser fiel
segundo vossas leis, Pai. Tem o abandonado, porque os disfarces
os quais estamos submetidos parecem-lhes mais fieis que o amor,
o qual deveriam crer com o Ser que foi dado-lhes para ser
honrado desde o nascimento às moradas de meu Pai. A
consciência tem pesado, Pai. Tem atormentado-me, por crer que
tenha sucumbido-me a esta maledicência disfarçada de anjo, em
um improviso rápido, mas que contraditoriamente, arrancou
tantas pessoas de ti, irmão Jesus. Tu as espera ainda, posso crer?
Tu as espera, mesmo quando as palavras de meus irmãos são
apenas ódio, e suas sentenças, fruto de ações perversas? Deveria
surpreender-me pelo mundo o qual estou destinada a viver, Pai?
Espero que tua misericórdia seja a qual estudo, a qual anseio, a
qual conheci tão distante, mas ainda assim, tão sóbria e celestial.
Pois teu amor puro és celestial, Pai. És tão grande quanto a
natureza que envoltou-nos como forma de abraçar-nos perante o
caos, tão quanto o véu de Minha Mãe Maria que, branco e
intocado, cobre-nos todos os dias na esperança avassaladora de
que o usemos como escudo quando a guerra começar. Pois ela não
tem de ser tão cruel quanto esperam ser, Pai, mas pode ser tão
mortífera quanto nunca creram. Pois a guerra consome, mata e
apedreja os mais fracos, os mais vulneráveis, os mais suscetíveis.
Mas, ainda que não em peso, somos brandos, Pai. Ainda que
envoltos pela aura pesada de minha Terra, tenho quisto vê-los
orar. Tenho quisto ouvi-los clamar pelo Senhor e amar vos, assim
como uns aos outros. Amar a própria carne a ponto de não
desejar que usem-na ou forjem-na, na mesma medida que ama-se
um espírito farto de tantas vidas e experiência que, pela tua
misericórdia, toma momentaneamente o poder de transcender-se
e ascender-se moralmente a cada Terra vista, a cada morada
cedida e cada amor dado e recebido como se o receber não
importante, comparado ao quão maravilhado fica nosso espírito,
ao amar o próximo como se não houvesse amanhãs. Como se não
houvesse porquês a serem respondidos. São tantos, Pai... Tantos
porquês que, em minha oração, são proferidos sem que eu seja
barrada ou condenada. Tantos porquês que, acima de outros
porquês, talvez não tão obstante, serão respondidos por vossa
misericórdia encarnada em irmãos fieis e verdadeiramente
empenhados em amar. Porque amar, Pai, é a melhor das virtudes,
é o melhor das morais e mais fiel ensinamento. É o mais
acalentador das consciências adormecidas. E, ainda que não
creem tão fiel e sabiamente, o amor de Cristo encarnado em meus
irmãos, um dia será a salvação da pátria que abraçará a todos.
Em todos os amanhãs, e acima de todos os porquês.

?
Pais julgam-se superiores aos filhos, pois creem fielmente na
mediocridade da idolatria e na devoção sutil por trás de
evangelhos mal explanados por intermédio da boca humana. A
destruição dos laços em lares mal construídos não vem desde o
primeiro contato carnal indevido, mas desde a semente mal
suplantada. Esta, desprovida de qualquer virtude ou amor, pois
sementes mal regadas dão ao homem, frutos apodrecidos, mas
que ainda assim, conseguem disfarçar-se em legados medíocres.
Homens são hipócritas, e logo, as famílias por eles construídas
são tanto quanto. Aberrações. Ultrajes. Falhas, sejam elas morais
ou éticas. Falhas sutis? Isto pouco importa quando o que os
verdadeiramente atraí a maledicência, é a palavra maldita que os
cerca em sua própria bolha fatal. Esta bolha, tão imunda quanto
os valores que pregam, e sobretudo, isenta da moralidade de
Cristo. É por isso que pecam. Pois a bolha lhes é tão confortável
quanto uma fala profana. Lhes é tão moralista quanto as falas
que proferem em nome de um amor desvirtuado do bem maior,
mas agitado perante o homem. Porque homens alimentam-se de
um amor irreal para suprir-se das aspirações mundanas. Homens
são falhos, mas teus lares são abençoados para que as falhas que
lhes acometem, não rogue lhes o ódio, nem regue-lhe o chão. Teu
chão é tão precioso quanto teus filhos. Estes, que ainda que sob
teu ventre materno e braço paternal, são mais filhos de Cristo
que teus. E desta forma, cuidar do embrião da vida torna-se o
melhor dos prazeres espirituais que o bom homem não ousa
questionar a ciência, apenas por ter a certeza de que ela é tão
falha quanto si próprio, e tão pobre de espírito quanto a tua
carne mórbida. Cuidar dos filhos de Deus é mais do que amar em
nome da educação que julga-se branda, mas sim, abster-se dos
valores e das criações do homem, para pôr em prática a adoração
de Cristo, e logo, a educação que Ele lhe roga a dar aos teus filhos
mais pobres e necessitados. Estes filhos, que ainda que tenham
saído de teu ventre, homem, não és teu como um dia desejou. Não
cuide apenas dos teus. Cuide dos Deles. Dos nossos futuros, ainda
que o passado não nos alcance a cegueira moral. Afinal, somos
filhos do mesmo Pai: Deus.

Ass: ?

22/10/2022
Chove chuva, chove... Chove sem parar! Deus está nas mais
ínfimas peças que compõe o mundo. Nestas mesmas ínfimas
partes de que se criou lares e paisagens. Teus rios, gélidos ou
mornos, suplantam a verdade de teu amor perante o homem, dito
tão sagaz e experiente, mas tão distante e inexperiente de vossos
comandos... Ainda assim, teu acalento sutil em uma noite fria de
outono ou que seja teu abraço morno pela manhã, dá ao homem
esperanças. Estas, tão potentes quanto um pingo de chuva, capaz
de regar-lhe as criações e abrandar mentes até então regidas pela
estranha confusão, dando-lhe em seguida, a mais intensa
familiaridade. Mas como teríamos tanta familiaridade com aquilo
que nos é de desejo, mas que ainda assim, nem sequer tocamos
com nossas mãos pecadoras, que rogam-lhe o perdão perante?
Pois tens amor e misericórdia, Deus. Obrigada, Pai. Obrigada
pela chuva, sutil ao ponto de molhar-me o espírito entorpecido
por vosso amor mais puro. Obrigada pela oportunidade de fazer
o distinto perante o que afirmam ser o fracasso, segundo más
línguas e maus corações. Ainda assim, que o nosso seja tão
brando quanto o de nosso criador, e que nossas conquistas sejam
tão guiadas quanto nosso nascimento e passos que, a partir de
agora, devem ser calculados e brandos como nunca antes. Pois
estamos em tempos hostis, tempo que convidam-nos a sonhar,
mas minutos depois, testar-nos a fé no Pai, na crença de que
podemos segui-lo com dificuldades, mas ainda assim, com
resultados exemplares. Não há nada que não possamos fazer, se
verdadeiramente desejarmos com nossa carne suplicante e nossas
morais à mesa, para que apenas Ele interceda por nós e por nosso
futuro como bem desejar. Afinal, somos filhos de Deus. E na casa
Dele, há tantas moradas, que sequer devemos cogitá-las em nome
da ciência. Logo, entrego-lhe minha carne, Pai, neste momento,
neste segundo, dia 22 de outubro de 2022, mais uma vez, se é que
já tenha lhe entregado-me tão fielmente nos pretéritos de minha
vida eterna, se assim posso dizer, Pai. Entrego-lhe minha alma
suplicante, que ora anseia desprender-se de meu corpo, jamais
modesto. Entrego-lhe meus sonhos mais profundos, ainda que
perturbadores e confusos. Entrego-lhe a família que escolheu tão
minuciosamente para amar-me e ser amado em mesma
proporção. E desta forma, entrego-me. Entrego meus anos que
virão, as pessoas que deixarão-me e queixarão-se de mim em
momento datado, mas que ainda assim, serei firme e singela em
minhas palavras, a guiada pelo bem maior. Guiada por vós, Pai.
Jesus, como é bom senti-lo nas ínfimas coisas, que parecem-nos
tão mundanas e científicas, mas que de algum modo, são
suplantadas e regadas pela espiritualidade amiga e pátria
celestial. Amanhã, rogo-lhe paz de espírito, sensatez nos atos e
falas, expectativas acolhedoras e corpo mundano são. Agradeço.
Peço e agradeço, apesar da euforia que domina-me e dos lados
mais gentis que prendem-me a ti quando sequer tenho o
merecido. Portanto, oro e agradeço. Peço e reflito. Amo e perdoo.
Vigio e leio. Subo e me elevo, sempre mais a ti, sempre mais perto
de tocar-lhe a mão para rogar-lhe a misericórdia infinita. Amo-
te, Pai. Mãe, quanto tempo não a vejo, pois sequer mereço lhe os
braços que rodeiam-me quando choro e suplico-lhe o nome na
esperança de vê-la em teu véu mais puro, branco e brando.
Perdoe-me por não amá-los como vos amou. Perdoe-me por ser
fraca de espírito, ou por sequer compreendê-lo nesta batalha
entre corpo e santidade. Corpo e alma. Pois, creio no suplico de
minha alma faminta pelo amor mais puro, temerosa de que meu
corpo sacie-se dos vícios mundanos para sentir-se são. Perdão.
Tenho tido dias muito bons. Tenho andado e rido. Lido e amado à
minha maneira. Tenho quisto sonhar e ver meus sonhos realizar-
se perante meus olhos, mas sei de vosso amor. Tempos são
datados e cada qual o teme, não enxergando com este fator é mais
familiar que a mediocridade a qual muitos sucumbem-se na fiel
certeza de que fugirão da sociedade.

Perdão. Gratidão.

Sinto-me arrependida, grata, feliz, tensa... Alivia-me. Ouça-me,


guie-me.
Hoje, amanhã e sempre, Pai.

Amo-te e os vossos.

Nicole G. Silva

23 do 10 de 2022

Obrigado. Chove chuva, chove... Chove sem parar...!

Vamos juntos. Eu e Deus, sempre. Amém!

Família
Família é singularidade. Em algum lugar ínfimo e fundo de tua
magnitude divina, é excêntrica. Família é bem feitoria quando
não se ouve ou reconhece vozes distintas de consolo. Família é
abrigo. Este, que encontra-se nas leais moradas de nosso Pai todo
poderoso. Deus, permita que neste dia e nos que se sucederão, as
famílias pelas quais rogam-lhe o nome formidavelmente em nome
do amor, e pelas quais tua misericórdia pode e deve alcança-los, o
consolo lhes seja tão aconchegante quanto teu calor paterno, Pai.
Rogo-lhe a possibilidade de construir uma família em que apenas
o Senhor seja nosso guia e onde teu amor seja desvelado por sob
camadas e camadas de espiritualidade dos anjos que, tocando
belas músicas clássicas em suas harpas, sondam-nos as casas
destruídas e desesperançosas, a procura de uma ínfima chama
formidável que as torne afável e leal a Cristo e vossos
ensinamentos mais sagrados. Deus, abençoe as famílias de meus
irmãos mais necessitados. Aqueles que, mesmo sentindo-se sujos
ao deixarem-se guiar pela mediocridade mundana, não lançam
tuas lágrimas desoladas sobre os belos rios que vos criastes, Pai
todo poderoso. Família. Abençoe-as, Pai. Todas elas. De belas
casas, belos campos, boas crianças e singelos animais. Aquelas
que estão sob tetos destruídos ou desvalidos de compaixão e zelo
pelo bem maior. Mas..., Deus, dê-lhes, por favor, tua mais
profunda misericórdia àqueles que sequer conhecem tetos.
Àqueles que sequer acham-se fortes o suficiente para suportar o
que a perda e sobretudo a dor da ausência de um aconchego, pode
proporcionar-lhes enquanto família. Mas diria a eles se pudesse,
Pai. Os diria como são fortes de alma, corpo e espírito. Os diria
como tuas almas pecaminosas de outrora tornara-se tão sublime
ao que recebes todos os dias a misericórdia do Pai celestial. Os
diria de como teus corpos, varridos pela miserável pobreza a qual
a mediocridade mundana lista-nos as causas e consequências,
torna-se magro ao que pálido e severo às circunstâncias mas,
ainda assim, rígido e resistente à estas mesmas. Os diria como
teus espíritos sofredores sentem a dor de tuas almas sofridas, mas
relutam contra a maledicência e ausência de consolo ao que
rogam solenemente pela bondade humana e, um dia farta.
Família. Aqui despeço-me, Pai. Perdoe-me os erros, as confusões,
as confissões desoladas e sem fundamento, ou até mesmo
pecaminosa sem que haja verdadeiramente intenção. Perdoe-me.
Aperfeiçoarei na arte da escrita e sobretudo no ouvir do saber
mais sábio e do amor mais sabido, vivido e perpetuado, para que
assim um dia posso finalmente espalhar amor como se deve, em
um momento tão chulo e cruel como o que vivemos. Apenas,
perdoe-me. E... Doutor Paulo, perdão por espalhar sobre meus
estudos. Anseio por ser útil à sociedade e no campo espiritual.
Tudo que disser-me a respeito, prometo respeitar e assim, fechar-
me perante. Lamente profundamente meu ato e espero que possa,
quando Deus achar o momento ideal, fazer parte de vossos
estudos e aprender a andar na linha tênue da vida que faz-me,
por uma fração de segundos, crer a mim mesma de que estou
seguindo passos indevidos. Afinal, Família. É isto que creio que
seremos em um futuro próximo. Obrigada, Deus. Família,
sempre, E, assim, me despeço confusa e sonolenta por alguma
razão.

Obrigada, Deus.
De tua Filha pecadora e sempre profundamente arrependida
pelos teus atos,

Nicole Gonçalves da Silva. E Família.

Brasil
Vai Brasil! Chove, chuva chove...! Vai ficar tudo bem, sempre.
Façamos um jogo justo e bonito, e que assim, sempre, seja feita a
vontade de Deus.

Paranoia?
30/12/22

Porquê se preocupar com o próximo seria considerado paranoia,


quando, por alguma razão, todos nós nos preocupamos secreta e
profundamente de algo o qual foge-nos o controle total? Seríamos
todos paranoicos, então? Loucos? Vendados pelo medo de
outrem, que alimentamos enquanto vemo-los sofrer para que a
misericórdia de Deus lhe seja servida a qualquer custo? Não seria
justo chamar-nos de loucos, apenas pela centelha de humanidade
que, sutilmente, sentimos perante o sofrimento alheio e as
controvérsias que se sucedem. Não quando o sentimento é
inevitável, e a emoção torna-se apenas uma coadjuvante a serviço
eterno dos sentimentos louváveis que sentimos. Seria justo, pois,
culparmo-los pelo aparente erro de sentirem-se próximos de uma
realidade a qual não pertencem, mas que por alguma razão,
sentem-se atraídos por ela? Sabemos que não. Portanto, julgar-
nos uns aos outros pela parcial bagagem de sentimentos alheios
que compartilhamos, seria um pecado. Não apenas por julgar-lhe
as incertezas controversas, mas por fazê-los sentirem-se culpados
por carrega-las sinceramente.

Nicole.

Proteja meu pai, Deus, Por favor, com toda a sua misericórdia
infinita. Dê-me o dom da fala pelos dias que se sucederão, e que
eu posso fazê-lo concordar sobre as coisas da vida, para que ele
não as menospreza, sequer as intuições que ouvirá em seus
âmago, pela boca alheia ou pela voz do Senhor, que o amo
profunda e infinitamente. Obrigada, e à nós, uma boa viagem.

A.

A de aprovação, ainda mais, provação.

Um simples A, mas que tirou-me a completa inquietude, o


primeiro de muitos que verei frente ou não à meu nome.

Um A tão pequeno, mas ainda assim, tão significativo.

A primeira aprovação e o primeiro choro pós ser aprovado.

São tantos As que perco-me momentaneamente, mas desde que


signifique a tua infinitude de coisas boas, desejo que eles sempre
cheguem à mim, por vossa misericórdia e por meu mérito.

Um A tão simples, mas tão significativo.

O primeiro A , atrelado a um simples cadeado “perdido”.

Uma devolução tão às pressas, e um primeiro A inesperado.

A.

Parece-me agora, bobo e pequeno, mas ontem, grande e


desafiador. Portanto, a ti honro e agradeço, desde os pequenos
aos grandes feitos, às grandes conquistas e imensuravelmente
grandes milagres que a mim e à minha família tem feito, Deus.
Sentir. Não possui A, mas é tão forte quanto recebê-lo, pois sentir
é forte, é amargo, às vezes, mas infinitamente singelo, poético,
lírico e alegre, na maior parte do tempo.

Esperar.

É disso que tenho precisado, e é com isso que terei de conviver.

Os livros que deste-me à própria mão, não lidos, apenas


guardado... Peço perdão. Perdão por ofender meus semelhantes.
Perdão por esquecer-me ou ignorar tua mais santa e forte
glorificação. Perdão por não amá-lo, na infinitude a que amas a
nós, homens, pobres de espírito, corpo e alma, mortais e
pecadores, tristes e solitários.

Hoje mais uma vez, considero um milagre vosso, Pai. Sentir-me


próximo à meus mais lindos feitos futuros é uma dádiva, e sentir
que o A viria tão arrebatador e um momento glorificado, foi uma
benção. Então, Pai, agradeço-o por isso. Obrigada. Por permitir
que os bons me guiem, que os sábios me ensinem e que vosso
amor me arrebate nos momentos mais inesperados de minha
simples e pecadora vida.

A ti rogo paz e serenidade. Uma etapa concluiu-se, mas mais


virão.

Agradeço e rogo-lhe enviar-lhes o dobro, trilho e infinitude de


amor, àqueles que, em pensamento ou oratória, dispuseram-se a
emanar as mais singelas energias de que posso receber, muito
além de meu merecimento. Dê a elas o dom da sabedoria, o dom
do perdão, e sobretudo, o amor de que precisam para seguir.

Hoje, mais uma vez, mostrou-me que talvez, impossíveis


realmente não existem, Pai. Peço perdão por ainda não
compreendê-lo em vossa mais ampla magnitude amorosa, mas
crer em vossos milagres, digo a vós... Faz-me caminhar serena e
prudente, mesmo quando as vozes contrárias tentam atentar
sobre meus feitos e oratórias.
Não os deixarei abater-me. Não os deixarei calar-me. Não os
deixarei dizer-me que sou incapaz. Eu, Pai, não direi a mim que
sou qualquer ínfima porção de inferioridade e pobreza intelectual
quando comparado a outrem.

Não deixem que me seguem. Não os deixem assim... Soltos e


perdidos, a mercê da dor alheia para sobreviver no mundo dos
pecadores... Não os deixem, por favor, Pai, a mercê de nossas
dores, para alimentar-se delas, a fim de respirar o mesmo ar,
finalmente, daqueles que ainda não foram chamados para o outro
lado.

Não os deixem perto de nós... A ti rogo proteção e amparo, amor


e compaixão, em tua magnífica misericórdia e amor, Pai.
Proteção. Contra a natureza maléfica de meus semelhantes.
Contra a própria que não deixarei viva a semente em meu âmago.
Contra as forças do mal que dizem serem capazes de subverter a
ordem vigente. Contra tudo e todos, desde que tentem usar de
maledicência para atingir a mim e aos meus irmãos.

Somos muitos. E somos mais fortes que o mal. Mais fortes que a
dúvida idubitável perante o desconhecido real e puro, e
sobretudo, mais fortes que qualquer tentativa obscura, que desde
sempre, sempre fracassou e vossos pés, um dia, pediu
misericórdia, em aflito evidente desespero.

Aqui despeço-me.

Com a alegria imensurável de ter tirado 25 pontos na prova


teórica do Detran.

E por favor, Deus, guarde minhas cartas, se possível. Desejo lê-las


quando permitido, em futuros previstos e à mim imprevisíveis,
em outonos com cheiro morno de família e aconchego família, em
uma praça “vazia”, “sozinha”, em um banco de madeira, onde o
céu me é alcançável e onde o amor sempre, sempre, e sempre,
será o maior sentimento desejável da humanidade.

Com devoção e esperança,


Sua filha Nicole Gonçalves da Silva.

Vida: ?

Século 21, ano 2023, dia 29 do 03 (Março).

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