Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ORIXAS
CIP-Brasil.
Sindicato NacionalCatalogaçao-na-fonte
dos Editores de Livros, RJ.
Bibliografia.
ISBN 85-347-0017-6
1. Candomblés
Candomb lés — Rituais
Ritu ais e préticas.
prétic as. 2. Deus
Deuses
es dos can-
domblés — Culto. I. T ftu
ftulo
lo.. II. Sé
Série
rie..
CDD -299.67
93-1007 CDU -299.6.3
ORLANDO J. SANTOS
OEBÓ
No Culto aos Orixás
Qj
PAUA$
Rio de Janeiro
1993
Copyright© 1993 by
Orlando J. Santos
Editores
Cristina Warth
A
Arr i Ar auj
au j o
Capa
Krisnas
llustragoes
Renats Martins
Composipao
Cid Barros
Montagem e Desenhos
José Geraldo O. Lacerda
Revi sao
Revi sao Tipogr
Tipo gráfic
áficaa
Vera Lúcia Santana
Coordenapao Editorial
Hernani de Andrade
Direitos reservados desta edipao á
PALLAS —Editora e Distribuidora Ltda.
Rúa Frederico de Albuquerque, 44
Higienópolis —CEP
—CEP 21050-840
21050 -840 — Río de Janeiro — RJ
(021) 590-6996 É U
Tel.: 270-0186 - Fax: (021) s
A Ela
prend eu
Que me prendeu
corn o poderoso ebó
do am
a m or verdadeiro
verdadeiro..
AG
A G R A D E C IM
IMEEN T O S
— A me
meuu ori', que me fez e me faz forte dia-a-dia.
Ibà.
— A
A Ogún, senhor da riqueza quantitativa e quali
tativa. Senhor dos caminhos da mode/a^ao, da prosperi- prosperi -
sabedoria. Meu òrisà. Ibà.
dade e da sabedoria.
— A m eu Bàbàlààse. Vafdemar Nagozinho. fbà.
— A M a r/
r/yy B a c c io tt
ttii d
dos
os San
Santos
tos,, q
que
ue d a tilo
ti log
g ra fo
fouu e
revisou o texto inicial, demonstrando paciencia com a
minha impertinencia e mania de perfeccionismo.
— A meu
meuss ed
edito
itore
ress —A r i A ^a
^auu jo e C ris
ristin
tinaa Wart
Warthh —
minha gratidao pe/o espado concedido no catálogo edi
torial da Pallas.
— A me
meuu Filh
Fi lho-
o-de
de-S
-Sa
a nt
ntoo Wa
Waldeldemamarr de A lm e ida
id a —
Sóngó "cuca-fresca" — que ssóó va vaii sse
e preocu
preocuparpar no di a
dia
em que a "havaiana" aumentar de preqo. Obrigado por
m u ito. . .
— A Ajibola isau Badiru (Bábá Onfíségún), pelos
¡números
¡númer os ens
ensinament
inamentos os que me tem transm itido.
AP
A PR ESEN TA ^ÀO
V II
VIII
0 cess
su Ebó
sucessoono
e mCulto aos Orixàs, desejando-lhe — e a todos —
o À^e.
u itito
A r i A r auj
au j o
ÍND
ÍN DIC
ICEE
Agradecimento VI
Apresentapao VII
Introdugao 1
A ¡mportáncia de Olódumaré 3
0 culto de Orísá 7
£su
£s u 19
Assentamento de £s ú (pessoal) 29
£sú
Ésu Om¡ Yangí 31
Os Ór/'sá
Ésú 33
35
Ogún 37
Osóós/' 39
Osónyin 41
Lógún Ede 4 3
Osumáré 45
Obá/úwáiyé 47
Sóngó 49
Qsun 51
O y á 53 55
Yemonja
Naná 57
Orísáá/á 59
Assentamento de ògun 61
Assentamento de òrisààlà 75
Ebori 77
O rò de sacrificio para o
igbin de Orisàalà 95
Ebós de Odù e ef efo
o 101
Outros
Ou tros ebós
ebós 115
Palavras
Palav ras finai
fin aiss 126
Bibliografia 127
INTRODUCTO
do se
xás — éofaze-lo ciente
cien teporde finalidade
faz tendo que ebo sóa éreestruturacao
importante quan
do
individuo com o meio onde vive.
Se cuide!
O A uto r
1
A IM
IMPP O R T A N C IA
DE OLÓDÙMARÈ
* Nota do Editor: I interessante observar que tal princ ìpio de expansao —do
qual Èsù é o agente — coicoinci
ncide
de co m a teoria
teor ia do Big Ban
Bang,
g, a mais provàvel
para a origem do universo, e que acaba de ser atestada pelo astrofi'sico ame
ricano George Smoot.
Assim, a causa-origem de todas aass cau
causas
sas c on tinua
tin ua
sendo um grande mistério para o homem que, de todas
as forma
formass (com mu ¡tas
¡tas filo
filoso
sofía
fías,
s, crenp
crenpas
as e cren
crendice
dices),
s),
tenta explicar
vel explicar o inexplicável.
o efeíto, de Olódúmaré
porque aEcausa, só é possí-
mesmo quando en-
quadrada numa visao espiritualista, acaba por esbarrar
em um gran
grande
de porquporqué, é, a p ar tir do mo
momeme nto de conce-
ber-se as idéias de tempo e espapo.
Se a vida surgiu a partir de urna transmutapao frag
mentada de Olódúmaré, podemos traduzi-loda seguinte
forma: Dizer — Fa Fazezerr — Organi
Organizar
zar — la
lanp
npar
ar enener
ergí
gíaa ca
paz de movimentar-se no espapo vazio e fazer-se onipo-
tente, onipresente e onisciente em relapao ao Universo
que Ele ppró
ró p ririoo c rio
riouu . E a alma da exis
existenc
tencia
ia ppaassa
ssa a se
serr
sombra e o espirito da vida, vento.
AGUA+TERRA= BARRO
BAR RO + SO
SOP
PRO DIV INO = MO VIME NTO
MO VIMEN TO + ESTRU TURA = HOM
HOMEM
EM
HOMEM + CONSCIÉNCIA = ORÍSÁ.
car o tronco com direcionamento para a raiz, para que a
ramagem nao se perca no nada. . . E a raiz é o nosso ôrîsà
(antepassado divino), que faz parte da estrutura terrestre
e da consciencia de Olôdùmarè. Assim, a importáncia de
Olódúmaré é igual à importáncia que o homem dá para
o seu ôr/'s
r/'sà
à — o r í (cabeça) / sà (pr o t et
etoo r) — ou se
seja,
ja, pro-
pr o-
tetor da cabeça.
O CULTO DE
ÒR Ì So À
O rí mo pé o o!
Cabera, eu te chamo!
O rí re mo k í o!
Cabera, eu te saúdo!
O Destino do Homem
é preciso compreender que a base do sustento hu
mano é o seu futuro. Onde agora apóia os seus pés, será
sua morada eterna. Mais tarde, juntar-se-lhe-á a força es-
trutural da composiçâo terrestre. Quem hoje-é descen
dente,
den te, amanha
amanh a se
será
rá ancestral, amen te sentir-se-á
ancestr al, e c ert amente
feliz no espaço-além, por ser lembrado pelos seus des
cendentes
procuram, que, nao se
através do esquecendo de seus
culto, melhorar até mesmo,
ou, antepassados,
erradicar problemas de origem genética.
Desta forma, o individuo que é consciente de si,
sabe o Odú (destino) que rege a sua ancestralidade e se
este tem sido bom para o desenvolvimento material e
espiritual da familia. Se nao tem sido bom, ele entao
modifica o seu destino familiar. Esta é urna das finalida
des do culto aos Orísá.
Para exemplificar, digamos que o Odú que rege
urna determinada familia seja: Çtaôgùndà. Baseado nes-
te
ros,código, podemos
de homens fortesdizer que estaMas,
e valentes. familia
que étipo
de de guer-
guerrei-
reiros? Aqueles que sempre vencem as batalhas? Ou,
simplesmente, arrumam confusóes, gerando problemas
para todos? Se é isto o que ocorre, a providencia a ser
O LADO DIREITO
PARA OS SEUS
AN TEPASSADOS
MASCULINOS
0 I IGADO COMO
O CENTRO DA DAS S
SU A SE M O Q Ó E S
SEM REACOES
81 NT I M ENT A IS
NORTE
— SUL -
10
11
Orí m i o!
O rí mo pe o o!
13
14
mais OqueCand
Candom
om blé,
bl é, em seuritualística.
manifestagao ccaráter
aráter uniyersal,
Inclui tem mu ito
it o
sabedoria,
crenga, arte, moral, leis e costumes. Isto está presente no
pensamento de toda comunidade, de forma implícita e
explícita, objetivando compreender a humanidade e a vi
da, de modo a integrar o individuo ao Cosmo.
0 culto de òrisà é conhecido como urna das mais
antigas religioes do mundo, na história da civilizagao do
homem, e seu objetivo principal é alcanzar o entendi-
mento com o Todo, abrindo caminhos de paz, harmo
nía, moral e fé para a humanidade.
Embora náo existam leis escritas que determinem
como proceder ritualisticamente, elas fazem parte do sa
ber oral, passado de geragao a geragao, tornando-as in-
contestá
contestáve
veis
is no seio
seio co m un ititàri
àrioo candombl
cando mblé
é fsta
fsta,, exata
exata--
mente por estas leis serem a mola mestra que desenvolve
a uniao de todos os elementos.
O culto é estruturado em:
O/ódùmarè — Se
Senh
nhor
or su
supr
premo
emo do dest
destin
ino
o — DEUS.
Irúnmo/é
marè. — Seres divinos de comunicagáo à Olódù-
Or¡$á — Sao Irúnmolés de comunicagáo.
Orúnmilá — Divindade da sabedoria e patrono do
oráculo de
d e lfá-Qp$lé e de Ifá-O/okum.
Egúngún — SÍ
SÍíío esp
espfr
frititos
os dos ance
ancestr
strais.
ais.
Os quatro pontos cardeais simbolizam o Universo
como um todo. Por sua vez, os componentes do Univer
so sao reagrupados, pertencendo a um desses quatro
pontos. Assim, temos: o masculino à direita, o feminino
à esquerda, a cabega para o nascente (origem) e os pés
para o poente (futuro).
15
ÍYO ORÜN
F R ON
ON T E - N AS
AS CE
CE NT
NT E - OR IGE
IGE M
ÍWÓ ORÚN
OCCIPITAL
OCCIPITAL - POÉN
POÉNTE
TE - FUTURO
FUTURO
verso Ae crenca
de tudogeral que Olódumaré
queéexiste. Espalhou é o criador
seus poderesdosobre
Uni
as coisas de tal forma que seu próprio nome revela as ca
racterísticas do pode
poderr que possu
possuii — Deu
Deuss —
—em
em rrelac
elacao
ao
ao Universo que ele próprio criou.
Os órisá sao divindades intermediárias de comuni-
cagao. Tendo cada um a responsabilidade de guiar os es-
pintos para a companhia daqueles da mesma linhagem.
Cada um deles tem o seu dia sagrado, alimentos, animaís
para sacrificios e folhas adequadas á sua forma específi
ca de comunicagao. A sua importancia está intrínseca
mente relacionada com a sua especíalidade, o dominio
que tem sobre um de determ
terminad
inadoo elem
elemento
ento ddaa Natureza,
caracterizando assim o seu poder espiritual e o seu meio
de atuacao.
atuacao. De
Dest
staa form
forma,
a, a grand
grandeza
eza ddee um ddete
etermin
rminad
adoo
órisá nao é tao essencial, mas a inter-relacao entre um e
outro é que é realmente importante.
As sociedades africanas tém urna conceptpao dual
sobre a existencia e os fenómenos da Natureza. 0 pri-
16
dos. Desde
crificios, encantacao,
oferendas, consulta
dancas, do jogo
músicas dos búzios,
e mesmo sa
o aparen
temente
tem ente simples ato de co lher
lh er erv
ervas
as sao
sao revestidos de
bastante
bast ante objetividade.
objetividade .
A preocupacao principal é o bem-estar da coletivi-
dade, cuja responsabilidade de cada membro varia de
¡icordo com o seu nivel de conhecimento. O principal
objetivo é saber fazer sem, necessariamente, ter contato
com a negatividade.
Desta forma, o Candomblé é urna variante religiosa
forte.ñaCada
dar, maomembro
s maos detém,
s e no pensamen
pens no
amento, hálito,
to, um po
pode nor gené
der olhar,rico
genérico noespi
an
ritual. As vezes de caráter imperceptíve!. Mas a verdade
é que os adeptos nao tém somente este poder, como
17
18
E S U
19
que interage com os distintos campos existentes em tor
no de si ou meio externo. Com a ajuda dele, cada organis
mo pode pulsar em harmonía com o Universo.
0 Ès ù do plasma sangüíneo é o Èsù Bara (rei do
Èsù
corpo) e todos o tèm como individual. £ o que chama
mos de Èsù pessoal. 0 individuo jà nasce com eie. £ o
elemento animador da matèria. Èsù anima os seres, e de
les se nutre até o desvanecer da materia, cuja constitui-
cao Ihe pertence — Agua + TerTerrara — que deu origem à
Esù Oni-Yangí, cujas características sao as mesmas do
homem, e se manifesta através da bondade e da maldade
humana.
Desta
Desta form
for m a, é co
como
mo se
se todo
to doss nós
nós fòssemos
"meio" Èsù e "meio" Olódùmarè. Se a vida nos foi doa-
da por Olódùmarè, esta certamente nao se perpetuaría,
nao fosse o sangue doado por Èsù, que também é divino
e se manifesta em tudo e em todos.
A verdade é que somos filhos dessa juncao: barro +
èémi (sopro divino). Enquanto a matèria fica no fuiuro,
a essència do ser volta à origem e, por outro lado, nem
tudo é pó. Porque Èsù è a metamorfose
metam orfose — o gragrande
nde
transformador —, organizador físico e espiritual. Criado
especialmente
especialm ente para inspecíonar os feito
fe itoss dos homens
home ns e
dos Or isa
i sa.. Ele atua em todos
tod os os
os níveis, espalhando ou
distribu
distr ibu indo o ás e dos homens, dos Orìsà e de Olódù
áse
marè.
Este mesmo Èsù Bara cria, com a pròpria forca in
terna do homem (fluido energético humano), o Èsù bio-
elétrico — ou Èsù social. Este é o intermediàrio de co-
municacao,
culas neutrasjá vao
queseasagrupando
partículas até
de adquirir
átomo, íons
vida epròpria
partí
e se instalar no quarto estado da materia (4?circunferen
cia do corpo). Neste caso, ele aparece como Èsù oótá
òrisà.
O prímeiro òrisà (ejéédá), está fixado no segundo
estado da matèria, e o segundo òrisà (adjuntó ) no tercei-
ro estado. Assim, qualquer informacao que vier de fora
ou de dentro necessariamente tem que passar por Èsù.
Como Èsù saiu de dentro, a sua tendència é escapar do
homem, fugir, cortar qualquer elo de ligacao existente.
Oliando Èsù comega a se distanciar da matèria, as extre
midades (pés e maos) do homem ficam trios. Hà necessi-
dado, entao, de fazer culto, chamà-lo de volta, para ener-
i|i/ar novamente o corpo.
39 ESTADO 4o ESTADO
DA MATÈRIA: •<- DA MATÈRIA:
ÈKEJÌOU ÙRiSÀ ÈSÙ
ÙRI'SÀ ADJUNTÓ
2° ESTADO
DA MATÈRIA:
O r ì s A E L É È D A /
............/
1° ESTADO
DA MA TÈRIA: /
O HOMEM /
INICIO DA VIDA.
CONSCIÉNCIA DIVINA
O que {Èsù)
hioclétrico precisa ser tem
nao entendido é queinteresse
o mínimo o nosso emplasma
nos
passa
sarr es
esta
tass informago
informagoes,
es, exa
exatam
tamente
ente pelo fato
fa to de el
elee a n i
mar a matèria, sair dela e se nutrir dela pròpria. Mais um
motivo de se fazer culto e estar de bom acordo com Èsù.
Seu elemento é o fogo, e este nada mais é do que um
elemento bioplasmático (a ciencia há de confirmar isso).
21
A/á agbára
A/áagb ára
Senhor do poder
ou entâo:
E/égbára
Senhor da força.
23
velmente ocorreria.
xou de ir ao mercado. Entao, el
elee esposa
A próxima abruptam
emente
visitadei
dei-
a-
feira ficou frustrada, nao encontrando mais o "tal
comerciante". Voltou para casa em grande fùria.
Sendo assim, o objetivo de Èsù em desarmonizar
aquela familia, no que estiverà trabalhando com
grande malicia, por firn aconteceu, ocorrendo en
telo urna grande tragèdia.
25
O ri m i màmàà (jékij
rrio
rrio r i ìjà
ìjà rè.
rè.
Minha cabeca nao vai permitir que eu
experimente a sua fùria.
Na verdade,
e isso ocorre em elevirtude
é temido
de até
seu pelas
oficio.outras
Èsù temdivindades,
o poder
de vida e morte sobre todos. Alérn do mais, é incidental
mente malicioso, um fazedor de travessuras, capaz de
causar grandes confusóes. Provocando situacoes compli
cadas ou promovendo malicia entre as pessoas. Por isso,
é melhor estar de bom acordo com Èsù, eie quebra em
pedacinhos o que nao pode ser reajuntado.
Certa vez, Sòngó dizia, gabando-se, que nao havia ne-
nhum òr isa
isa que ele nao pudesse dominar. Ès Èsùù logo o de-
safiou:
— ¡sto incl
in cluu í a m
mim
im??
Sòngó inmediatamente replicou, desculpando-se:
— Mas p o r que? Ce
Certa
rtame
ment
ntee voce
voc e nao pode
po deria
ria te r sido
sid o
incluido!
Há quem diga que a forca primordial de Èsù, neste
mundo, é armar emboscadas e criar situacoes dúbias,
mas, mesrno assim, nao podemos associá-lo ao Diabo.
Èsù, em nossa concepcao, é apenas a interacao bio
energética entre um homem e os demais. É a combina-
cao dos plasmas biológicos entre si. E quando nao há
equilibrio plasmático, o homem cedo ou tarde fica en
fermo: do corpo, da mente e da alma.
Os Yorúbá entendem que para tudo correr bem é ne
cessàrio que o homem esteja harmoniosamente em con
tato com as vibracoes positivas de È$ù. Depositam toda
a su
suaa fé em su as capa
capacidad
cidades
es ben
benevo
evolen
lentes
tes e pr
prot
otet
etor
oras
as..
26
Ele símbolo
um ocupa urna
que posigáo de destaque,
é levantado no centroé da
representado
cidade ou por
po-
voado, o que é freqüentemente repetido dentro de casa
e em portas de templos, onde se cultuam os órísá. As
pessoas se dirigem á £§u religiosamente, de modo a bus
car com ele um bom relacionamento.
Há lugares onde festivais sao promovidos anualmente
em seu nome. Em Hé Olu jí, esse acontecimento se dá em
fevereiro, para marcar o cultivo anual da térra. Os Yorú-
bá organizam esse festival para pedir as béngaos de Esú,
acalmando-o, para que tudo corra bem com o trabalho
durante o ano. Ele é, indubitavelmente, urna das princi
pas divindades dos Yorúbá. Nao há lugar onde nao seja
cultuado e propiciado.
A nossa visao é que Olódumaré e Bsü sao justos. Ago
ra, se a justiga aplicada resulta em descontentamente pa
ra o sujeito, isto acontece em decorréncia de seu compor-
tamento. A justiga em si nao é boa e nem má, é simples-
mente justiga!
Assim, na mente dos candomblecistas, nao existe o
conceito do bem e mal. Nao temos um Deus da luz e ou-
27
Èsù
Èsù o jír
jí r é Ó?
Exu, vocé amanheceu bem?
28
ASS SE
A SENNT AM EN TO
DE È S Ù (pessoal)
(pessoal)
— 200 (duze
(duzentas)
ntas) ped
pedras
ras de cam
camin
inho
ho (redo
(redond
ndin
inhas
has)*
)*
— 6 (seis) penas de odide* *
— te
tecido
cido verme
vermelho
lho
— muitos búz
búzííos
— urna cabapa grande,
Procedimento:
Folha8 de Ésù
— Mamona
— Pega-pinto
29
— Folha-da
Folh a-da-cos-costa ta
— Folh
Fo lha-a-da
da-fo
-fortu
rtuna
na
— Bredo
Bre do semsem espin
es pinho
ho
— A lfav
lf avaa q ui
uinn ha
— M almeq
alm eque uerr bravo
brav o
— Folha
Fo lha-de
-de-fo
-fogogo
— Cans
Cansaa ncao-d
nca o-de-pe-porco
orco
— Carra
Ca rrapic
picho-
ho-de-de-agu
agulha
lha..
Sacrificio
— Um frang
fra ngoo verm
ve rmee lh
lhoo
— Urna galin
ga linha
ha-d'a
-d'ang
ngola
ola..
Oferendas
— Um o 6 /'d
/' d iv id id o em duzen
du zentas
tas parte
partess (em ci ma de Èsù)
cima
— Um orógbó
— ataare,
Seis
Seis bifes
bif es assad
assados
os no fo ren ocebóla.
azeite-de-dende e temp
te mpera
erado
doss com:
co m:
— Gin seco.
seco.
mentar
fogo mas, se exagerarmos na quantidade, o
se apaga.
ti p o de Ès
— Quem tem este tip Èsù
ù assentado, deve, todos os
dias, antes de lavar a boca, mastigar um ataare, des-
tampar o assentamento, rezar os o r í k i e fazer os pedi
dos para o dia. 0 maior problema dos candomblecis-
tas é nao encontrar tempo para fazer um culto conti
nuo e conceptivo.
30
É S Ú OM IYANGÍ
Este é o Es
Esu
u da comúnidade. é o guardiao dos ter-
reiros de Candomblé.
Sua cofnposigao é de acordo com os fundamentos
de cada Zelador. Todavía, quando se tem conceppao lim-
pa a respeito do caráter de Esú, ele é preparado com: ar-
gila, matériapara
tra apenas inicial á existencia
formar humana; e ferro, que en
sua estrutura.
Os animais de sacrificio sao os mesmos do £sü pes-
soal. A diferenga é que qualquer um dos membros da co-
munidade pode ir no pé deste £§ £§ü
ü e fazer seus pedidos
e recla
r eclama
mapSe
pSes.
s. E é neste caso
caso que mor
moraa o perig
per igo,
o, porq ue
po rque
nota-se que os maís novos nao tem se preocupado muito
com os efeitos que um simples pensamento pode pro
vocar.
31
OS ORÍSÁ
Èsù
Èsù más
másé
ém
elômirôn n ii óorno
sé
sé
Exu, nao me faça mal,
faça mal ao filho de outra pessoa
Cores:
Cores: verm elho e pre
preto
to
Dia: segunda-feira
Natureza: encruzilhad
encruzilhadas
as de très pontas (oríta m éta)
oríta
Metal: bronze
Saudaçâo: Laróyé!
Contas: miçan
miçangas
gas azul-arrox
azul-arroxeado
eado
Emblema: ogo (porrete), ádó (cabaça).
35
Ó G ÚéNo Orisà dos caminhos, da prosperidade e da sabe-
doria. Está associado ao ferro, elemento essencial à cons-
trugao de qualquer objeto.
é senhor de dois facoes; um ele usa para cortar a
Cor: azul-marinh
azu l-marinhoo ou verde
Dia: terga-feira
Natureza: jazidas
jazidas de ferr
fe rroo , caminhos,
cam inhos, matas
matas
Metal: ferro
Saudagao: Ogún yé!
Contas: migangas azul-marinho ou verdes
Emblema: Á d á m é j i (dois facóes).
37
ósóósl
é um On'sá que está associado ao frío, neblina, or-
valho e a tudo que nasce e cresce. Por consegu inte, está
relacionado com a fotossfntese — fixapáo do gás carbó
nico do ar, através da apao da radiapao solar. Como a
clorofila tem participado fundamental neste processo,
Qsóósi se torna o irmao de Qsóny/'n, que é o On'sá da
esséncia vegetal.
Sendo capador e dominador da fauna e da flora, ge-
ra progressos e riquezas ao homem, proporcionando a
manutenpao do susten
sustento.
to.
é um capador que usa o fá (arco e flecha), arma po
derosa. Qsóósi' quando bloqueia o caminho, nao o d e-
simpede. Por isso se diz:
Ode
Od eóó!! Máá s if í ofá re
Máá
Láyé
Láy é m i!
Oh, capador! Nao atire sofrimentos em
minha vida, com o seu arco
39
ÔS0NYÏN
é o senhor absoluto das vegetaçôes. Orfsà das fo-
Ihas e de suas apiicaçôes litúrgicas e toda composiçâo
mágica do Candomblé.
Nada se faz sem Ús^nyín; ele é o detentor da força,
d o Áse
Áse,, ¡ndispensável para as divindades. Foi OsQnyín
quem ensinou a ! f á a arte curativa, é sempre evocado
quando as coisas nao vao bem.
é o senhor da magia e da medicina, como Èsù; é o
companheiro indispensável de Orúnmí/á.
Portador essencialmente de energías cósmicas que
conferem ao ser humano o maravilhoso poder de racio
cinio. Por isso se diz:
Osónyin o! Jé ewé ó jé o
Qsónyin o! Jé oàgùn ó jé o
0 Ossain, permita que a folha produza seu efeito.
0 Ossain, permita que a magia e a medicina
produzam
produz am seus efeitos.
Cor: verde
Día: terça-feira
Natureza:ferro
Metáis: ferfloresta,
flores ta, folhas
ro,, prata,folha s e raíz
estanho,raízes
es
latao
Saudaçâo: Ewé, ewé Qsónyin!
Contas
Co ntas:: miçangas
miçangas verdes e brancas
Emblema: galh galhos
os de café com fru tos .
41
L Ó G Ü N EDÉ
é também um guerreiro entre os Úrisa. Surge como
divindade dentro do runkg (camarinha), onde é feita a
junn p a o de Q$$d.S1' com Q§un, passando a ser o mensagei-
ju
ro de Osun YépQnda.
É um captor habilidoso; em térra firme se alimen
ta de
to, capa
urna
urna d ive,insu^merso,
quee alimenta-se
ó le qu domina o po deder
peixes.
poder £, apao
de mutap
mut portan-
ao e
transforma-se n° que quiser. Por isso se diz:
Ológún, fíhQn
fíhQn awo
funfu n Lóni, n¡ ol
ola
a
ó yíóó f¡hQn dúdú
Logun, m^stra a P^le que desejar.
Se mostraf Pele clara hoje,
amanha mostrará pele escura.
Cores: azul-
Cores: azul-cla^o
cla^o com amamare
arelo-ou
lo-ouro
ro
Dias:
Dias: q u in
inta
ta e sábado
Natureza:
Natur eza: rios e matas
Metáis: cobre
cobre,, o u ro e latáo
Saudapao: Ló LóÓs
Ós/\
/\ 16osi Ló gú n!
Contas: mipan9a
mipan9ass azu
azul-claro
l-claro alternadas com amarelo-
ou ro
Emblema: Ofa e abébé,
43
ÓSÜMÁRÉ
É o Úri'sá da riqueza (material e espiritual). Está
associado ao ciclo vital, símbolo de continuidade da vi
da. É representado por urna serpente, que, rastejando so
bre a Terra, desenhou vales e rios.
é o Orisá que controla e regula os movimentos ce
lestes. Simboliza a atividade, a continuidade e a perma
nencia. Sua comunicagao com os homens é expressa pe
lo arco-iris, o que revela as suas múltiplas fungoes. Leva
água dos mares, transformando-a em chuva, trazendo o
raio e o trovao á Terra, garantindo a fértilidade e o cres-
cimento dos elementos da natureza. Por isso se diz:
A r ó b o bo y i!
Aquele que va¡, dá a volta e continua!
45
OBÁLÚWÁIYÉ
é a divindade da morte e somente ele pode evitá")^’
é considerado o Reí do Mundo e está associado á ra ó {&'
gao solar, o que Ihe confere o título de Bábá ighónQ0
— Pa
Paii do fog
fo g o .
é um Orísá ambivalente e a ele sSo atribuidas
doengas contagiosas. A febre, doengas de pele, ceguei^'
surdez, catapora e sarampo sao considerados manifes^'
goes de Obátúwáiyé, que utiliza estes meios para levar ° s
seres humanos á regeneragao de algum mau costume.
isso se diz:
A t ó t ó o !
Silencio!
Cores:: pre
Cores preto,
to, verm elho e branco
Dia: segunda-feira
Natureza: sol, térra
Metal: zinco, estanho
Saudagáo: A t ó t ó o !
Contas:
Con tas: miga
migangas
ngas pretas, verm
vermelha
elhass e brancas
brancas
Emblema: ja sa ra (cetro),cabaga.
jasa
SONGO
Ser humano deificado, representado pelas torcas
violentas da natureza. Foi associado a Jákúta, divindade
que luta com pedras, que expressa a ira de Olódümaré,
através do raio e do trovao.
é um Órísá que persegue os ladroes, mentirosos e
malfeitores, para esfregar suas caras no chao, sem pie-
dade. Isso ocorre porque Songó é um Órísá que rola
no chao quem o ofende, da mesma maneira que um no
velo de la. Por isso, seus adeptos sempre pedem a ele pa
ra quebocas
suas nao os
naodeixe infringir
saiam as leis
palavras quedos homens,
venham e que de
a ofender al-
guém. Por isso se diz:
Songo, oósá tió beru ológbó.
Xangó, a divindade que assusta até o gato.
Cores: ve
Cores: verm
rmelho
elho e branco
Dia: quarta-feira
Natureza: raios
raios,, trovo
trovoes,
es, pedreiras, mete
meteoros
oros
Metal: bronze
Saudacao:
Co
Conta
ntas: Ká woóo,
s: micangas ver ká lhas
verme biyé esí!
melhas bran
brancas
cas
Emblema: Seré (cabaca de pescoco alongado).
49
ÔSUN
Ê a graciosa mâe das águas profundas. Divindade
dos rios, fontes e regatos.
Orïsà que enfeita seus filhos com ouro e fica muito
tempo no fundo das águas gerando riquezas; que conhe-
ce o segredo da vida, mas nâo o revela.
Mâe procriadora, está associada a fisiología femini-
na. Preside a menstruaçâo, gestaçâo e nascimento. é
considerada a dona do ovo, sím b o l o de fértilidade, a
maior célula viva, e que evoca a idéia de fartura e r i
queza.
Em uma de suas qualidades, tern-se Osun Àpéré, se-
nhora das águas frescas, dotada de força masculina, guer
reara que, ao se fazer presente, rodopia como o vento,
sem que possamos ve-la, apenas ou^i-la, com sua voz afi
nada que se assemelha ao canto do çg çgà
à (pássaro amare-
lo). é por esta razâo que muitos a confundem com Oya
(ôrisà do vento).
Enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as
acalma
se diz: com sua doce água que fluí sem cessar. Por isso
fíora yéy
yéyé,
é, gbémi!
Mae grandiosa, proteja-me!
51
OYA
é a divindade dos ventos. Guerre¡ra' forte e deste
mida. Ortsá veloz, que nos golpeia cort1a rapidez de um
piscar de olhos.
olho s. . , ,
Está presen
pre sente
te no tem
te m p o e no eessp3^ 0, a V m-'
sóñ órun — maemae das nove partes
par tes d o cé^~f 0 9ra|]
9ra |] e ven
ve n "
dava
da vall que
qu e faz
fa z a limp
lim pe za do
d o ar
ar que
que reresp
sp11^317105, ar em
m ovim
ov imenen to caracteriza
caracteriza a sua essé essénc
nci^
i^ co ™° 0 ° 9 °
que nos queima,
É um Orísásem quequefaz tenhamos
as coisas spo$t0
i m ^ nae amao
m e nne
t e ,e-gra
pass á sua a gi
pa gilid
lidad
adee de espaes palha
lharr o seu
seu á?? n ° m u ^ o os
vivos
viv os e dos
do s mo
m o rto
rt o s , po
p o r seu pode
po derr e 0 nísciencia-
scien cia- o r ISS0
se diz:
Oya aláagbára ¡nú afééfé
Oyá, a poderosa que vive no vento
Cores: branco
Cores: bra nco com rosa,
rosa, estampado
estampa do con1ver
1v erm
m elho
elh o
Dias:
Dias: segunda
segunda e quar
qu arta-
ta-feir
feiraa
Natureza:
Metal: vento
ve nto,, raio, montanha
cobre mon tanhass de do|
do|Scumes
Saudapao: Eé páá héé oya! ..
Contas:
Con tas: miganga
migangass marron
ma rronss (de
(de preferénci
prefe rénciaa' cora
Emblema: írúkeré (rabo de boi preto).
53
YEMONJA
Está associada à foz dos rios e quebra-mares. Mae
dos peixes e de todas as caberas.
é evocada para trazer prosperidade e fertiIidade. é
um Ùrisà que tem o poder de curar as doenpas com
água, sem derramamento de sangue. Com sua pròpria ri
queza (os peixes) eia pode curar um mau orí, no ato do
Ebori.
É um dos Ùrisà mais velhos entre os irúnmon/q (se
res espirituais) e por este motivo come junto com Egún-
gún
gú n (ancestrais), para saber seus segredos.
Distribuí encargos e fungoes a todos e em tudo poe
ordem. Por isso se diz:
lyá m í ñsé owó pèlé-
pèlé-pèl
pèlé
é nínu om i
Minha mae está erguendo as maos, suavemente,
dentro das águas
NÁNÁ
é um On'sá bastante complexo. Representa a me-
mória transcendental do ser humano e o acervo das rea-
goes pré-históricas de nossos antepassados.
é urna divindade das águas paradas e dos pantanos.
Cores:
Cores: azul e branco ou
ou roxo
ro xo
Dia: terga-feira
Natureza:
Naturez
Metal: a: pantanos,
pantano s, charcos, lago,
estanho lago, lama
lama
Saudapao: Sálubá
Contas:
Con tas: migangas brancas rajadas
rajadas de azul
Emblema: Ibirin (cetro de nervura de dendezeiro)
57
ÓRÍSÁÁLÁ
é o governante da vida, está associado á matriz cós
Cor: branco
Dia: sexta-feira
Natureza: céu, montanha
Metal: prata, platina
Saudagao: Eép
Eépáááá bábá
bábá!!
Conta
Co ntas:
s: m¡gang
m¡gangasas brancas
Emblema: Opásóró (cajado)
59
ASS S E N T AM EN
A ENTO
TO
DE OGÚN
— 1 facâo
acâo
—
— 11 fo
enxada
enxa
foic eda
ice
— 1 pedaç
ped açoo de fe r r o (v
(vee lho,
lh o, bastan
bas tante
te en
enfe
ferr
rruu jad
ja d o)
1 aigu ¡dar gra grande
nde
— m u it o v i n h o br
bran
anco
co
— m u ititoo mònriwò (folha de dendezeiro)
Anima
Ani mais
is de Sa
Sacri
crififici
cioo
— 1 c a b r ito
it o verm
ve rm e lho
lh o
— 4 frang
fra ngos os verm
ve rmelelho
hoss
— 2 pom
po m boboss branco
bra ncoss
— Tempe
Tem pero s: ataare e azeite-de-dendé
ros:
— Inham
Inh amee é indispe
ind ispensá
nsável
vel em q u a lqu
lq u er ofer
of eren
enda
da
para Ógún.
61
Folhas de Ógún
— Erva
E rva-to
-tosta
staoo
— Pérégún
— Parietária
— Canela de macaco
— Folha de i'rokó
i'rokó (gameleira)
Espada de Ogún
— Espada Ogún (jungá)
— folha
Palm eira
Palmeira
de de dend
dendé
Ogún.
Ogún. é (m o na r ifolha
{Obs.: w ó ). de
Estairokó
é a principal
é indis-
pensável a todos os OrisáOrisá e pode ser substituida
por todas as outras, contudo, a folha principal
de cada Ori§á,
Ori§á, esta nao comporta substituigao.)
62
— E cant
ca nte:
e:**
Áw
Á w a dágó l'o
l' o jú ewé, awa dágó f'f'o
o jú e mo
m o oógún
oóg ún,,
A dágó f'o
f' o jú ewé, a dágó
dá gó f 'o jú e mo
m o oógú
oó gún.
n.
auá dagó lójú eué auá dagólójú é ma óogum
auá dagó lójú eué auá dagólójú é ma óogum
Nós te pedimos licenga para os nossos olhos, folha,
Pedimos licenga para os nossos olhos verem vosso
Conhecimento da medicina, nós te pedimos licenga
Para os nossos ólhos, folha, pedimos licenga para
Os nosso
nossoss olhos verem vosso conhe
con hecim
cim ento
en to da magia,
magia,
★ ★ ★
Ewé e n i ás
ásá k i ó jé, ewé jé si gbogbo Or ísá
Orísá
Ewé k i mo ásá k i ó jé bábá, ewé jé s i gbogbo Or
Orís
ísá.
á.
Ewé p$fé pé á n í tó pé ew
ewé,
é, pelé pé á n í tó pé,
Lákáká a fún ó n i féé
fééréf
réfé
é pelé pé á n í tó p
pé.
é.
* Canti
Cantigas
gas ex
extrafdas
trafdas de
de OLIV E IR A, A lta ir B. Cantando para os Orixäs. Rio
de Janeiro, Ed. Pallas, 1993, p. 44-50.
63
euè puélé pué ani tò pué eué puélé pué ánf tò pué
lacaca a fum o ni fééréfé puélé pué àni tò pué.
Pegue a folha gentilmente, demoradamenté,
bastante demorado
A folha, gentilmente demorado, bastante demorado,
E se esforce tenazmente (com tenacidade), e a
Folha nos será dada alegremente.
— Ao te
term
rm in
inaa r de apanh
apa nhar
ar as fo
folha
lhas,
s, retire-
ret ire-se
se do
mato com muito respeito.
A o chegar
chega r £m casa
casa,, selecion
sele cionee as fo
folh
lhas
as e lave
lave as
as
com muito cuidado. Vá depositando no p-iláo de Òrìsà-
átá, juntamente com um obi, orógbó, aridán, noz-mosca
da (ralados) e um pouco de mel. Comece entao a socar,
enquanto canta para Òsónyin:
pérégun
pérégun alà
alàué pérégum alàué ti tu m
ué tit u m ò pérégum
bòbò pérégum alàué léssé perégum alaué titum ò.
Peregum é o dono das folhas novas e frescas.
Todos os pereguns sao donos das folhas novas e
frescas.
64
— Urna pa parte
rte das folh
fo lhas
as será
será util
u tiliz
izaa d a para
par a f o r ra r o
chao onde será posto o assentamento do Orìfà.
— Caso estiver com iyáwó recolhido, urna parte se
rá para o forro da esteira.
— U tili
ti lizz e o bagago das fo folh
lhaa s para lim p a r as fe ferra
rra--
mentas do Orìsà.
— Para
Para faze fa zerr sa crif
cr ific
icio
ioss , ou mesmo urna of ofer
erenenda
da
para Ogún, deve-se levar em considerado o horário que
o Orìsà sai e o horário que ele volta. Ogúnt por ser capa
dor, seu costume é sair bem cedo e voltar à tarde. Assim,
os sacrificios devem ser feitos pela manha ou à tarde.
Tudo no culto é urna quest§o de análise do contexto so
cial humano e do comportamento do Orìsà.
Comidas Secas
— m ililhh o to rr
rraa d o
— amend
ame ndoim oim to rr rraa d o
— feij
fe ijaa o fra
fr a d in h o torr
to rraa d o
— inham
inh amee as assad
sadoo
— feija
fe ijaoo p reto
re to sesemi mico
cozid
zidoo
— égbo (canjica branca cozida)
65
— 7 aca
acagá
gáss
— 7 o b i vermelhos ( o b i branco nao serve para
oferenda)
— 7 orógbó
Sacrificio
—Com 7 ataare na boca, oferega as folhas de aroei-
ra para o bode comer. Enquanto se diz:
an, mo f'o ri ó . . .
E mo fò r i k an,
— Qua
Quando
ndo o animai
anim ai corner as folha
folhas,
s, grita-se
grita-se o no
me do Orisà:
Ogún yè e e!
Oni//é, o n i tèmi
Oni
K i ó n i òg
ògo.
Mo /uba bàbàbàbà m i
0 k i n i HQ
HQpopo Qw
Qwàà,
0 wá niié, Ogún
Ogún On ifré oko mi. mi.
Ogún Oni/ré okùnrin gbón-gbón gidi.
Ogún
Og ún O nifré
nifr é okù nrin só
són-
n-só
són n gidi.
gidi.
Okùnrin wá,
Okùnrin wò,
Okùnrin wà àwa wòwó.
O kùnrin
kùn rin gbón-gbón,
gbón-gbón, gbón gbón.
Okùnrin gbón-gbón gbèlé,
Ogún!
Aso
A so in ó n n i aso
aso Egúngú
Egú ngún,n,
Aso
A so m ò n ri
riw
w o n i aso
aso O s ó n y in
in\\
66
— Neste m o m e n to
to,, coloca
coloca-se
-se monriwo nos ömbros
do iyáwó e também em cima das ferramentas de ÜQÚn.
A
Aww a á yg
ygnn , áwa ¿y¿yon
on,,
Ä
Äww a á y o n , áwa á yg
ygnn Or
Orisá g^^ e-
isá t í i k o rá re lé g
Ogún Onílé ááro!
Olóonon
Olóon on imgn !
Ogú
Og ú n On
Oníléílé a ti ekú
ekún!
n!
Ogún ofóode dé ola!
Onífré , Onílé kQngun kóngun óde orun,
Ogún Onífré oko mi!
Ogún
Og
A sgúninó
Asg innóíig b ámtíuóbo
n lo t i ra
bora oké b
bo,
eje!o,
Á i s í ló w ó re sorg.
Olóoko m i, dákun dää dääbö
bö f i ye d
déé no
non.
n.
Dákun
Dáku n dääb
dääbö ö k'a a fi ye d dé
é no
non.
n.
Ogún Onííre
Oko mi!
Méje l'Ogún wgn!
Méje l'Ogún!
Méje n'íré,
67
Méje l'Ogún!
Iré k í i sé ¡té
¡té Og
Ogún
ún..
Qya k í won ágbe ágbede
de nibé.
nibé.
O wá mqmun ni.
Ogún Oníiré oko ó mi!
Dákun wá gbá qbo re,
Ogún Oniíré ó sin Imonte!
68
Okúnrin wówo!
Okunrin (gbón-gbón — gbón-gbón)
O kú nrin gbón-gbón gbéi
gbéié.
é.
Ógún Onífré oko mi.
Ogún Onífré ó kóomi!
Ógún dákun iré gbogbo wa.
Kó iyá lé wa.
Iré gbogbo IQonon
IQonon ¡re
¡re gbog
gbogbo!
bo!
¡re gbogbo won wá wQlé wa.
Kó si m i!
Iré gbogbo
gbogb o wá léé
léé m i wá.
wá.
¡re gbogbo,
gbogb o,
Ase, á$q, áse!
áse!
efeito.de íré
Senhor ír é qu
quee deixa o ferro pequenino
pequenino como
Ogún, Senhor de fré,
Ogún, fré, salve Ogún!
Traga felicidade de dinheiro e felicidade de
filhos.
Ogún, dono da fazenda e da casa da forja!
Ogún,
Ele é o reí na casa da forja.
Ogún é quem segue o caminho para chegar ás
Ogún
folhas novas de palmeira!
Ele é o reí para quem cortamos antee¡padamente.
Com quem todos os irúnmonié irúnmonié junt
ju ntam
am-s
-see para
suprir suas deficiencias.
A quem cultuamos no caminho (ou: Quem é
cultuado no caminho).
Salve Ógún!
Ógún, Senhor de Ir
Iréé e da minha fazenda,
o Imonle a quem eu serví reí.
Senhor
banhoquede tem água em casa e que usa tomar
sangue.
Dono das roupas da casa, a quem os filhos
cumprimentam ao vest¡rem-se.
Ogún, por favor, venha receber seu ebó.
Ogún,
é quem nos ajuda a termos tradigao.
Ogún é
Ógún, com quem construiremos a riqueza da
Ógún,
nossa casa!
Assim, seja, assim seja, assim seja!
Nós temos a graga de no caminho cumprimentar
(nome do Ogún).
Ogún do caminho é quem conhece o lado errado
Ogún
da espada.
Ogún, por favor, nao permita que os caminhos
Ogún,
Estejam errados para mim.
Ogún, o dono que olha a fazenda.
Ogún,
Ogún, ele mata, ele recebe.
Ogún,
Ogún é é aquele que irá receber oferendas de
inhames.
Dono que olha a fazenda e conhece o bom
inhame apenas olhando á distancia.
Ele é irrequieto!
Homem irascfvel, mas de muita importancia.
Homem que derruba árvores na floresta e
abre clareiras, ele é muito importante.
O homem que vem!
0 homem que olha!
O homem que vigia o culto!
0 homem com quem é impossível de se ter
problemas com ele quando se é cauteloso.
Homem irascfvel que protege a casa.
Ogún, Senhor de Iré e da minha fazenda.
Ogún,
Ógún, Senhor
Ógún, defaga-nos
por favor, Iré, o primeiro para mim!
todos felizes.
Nao castigue nossa casa.
71
— A o term
te rm ina
in a r os s a crifi
cr ificc ios
io s , parte
partem-se
m-se os obi,
gando-os e extraindo as respostas do Órisá:
Vejamos as combinagoes possíveis, no jogo de o b i
ou qualquer outro jogo ritual ístico, cuja composigao se
ja qu
quaa tr
troo . Tome
To memo
moss os bú
búzi
zios
os co
comm o ex
exem
empl
plo:
o:
SI
SIMM
con firma
firma jogada
jogada an terior
SI
SIMM
NA O
NA O
73
ASS S E N T A M E N T O DE
A
ÒRÌSÀÀLÀ
Procedimento
— C o lo
loqu
quee a te
terr
rraa na bacia e cub
cubra-a
ra-a co
comm ur
urna
na ccaa
mada de areia. No cecenn tro coloca
colocam-se
m-se a pedra, os búzios, aass
moedas e os ¡de.
75
Sacrificios
Comidas
76
EBORI
e 9
77
Ritual
78
tes devem ser seus bons amigos, para que venham co-
mungar juntamente com a felicidade da pessoa que rece
be o Ebg.
Para receber E b o r í a pessoa devé passar por urna sé-
rie de rituais de limpeza:
Ebp Ikú
— Pàdè de azeite-de-dendé
azeite-d e-dendé
— Pàdè de água
— Pàdè de mel
— 9 àkàrà
— 9 èkuru
— 9 acapás (eko) brancos
acapás
— 9 acapás (eko) vermelhos
acapás
— 9 ovos brancos
branc os
— graos: fe feijá
ijáoo p re
reto
to
feijáo
feijáo fradinho
feijao carioca
arroz (cru)
pipocas
canjica branca
— Legumes: beterrab
bete rrabaa
cenou
cen ou ra
batata
inhame
cebóla
— Verdu
Ve rduras
ras:: couve
repolho
alface
— Ave:
Av e: um frang
fra ngoo br
bran
anco
co
— O ut
utro
ros:
s: 1 pano
pa no branc
bra ncoo do ta
tamm anho
an ho da pesso
pessoaa
9 velas
1 alguidar gr gran
andede
Folh as: pèrègùn, aroeira, sao-gongalinho
— Folhas:
79
— T em
empe
pero
ro:: sal
sal,, água,
água, cachaga, aze
azeite-d
ite-de-d
e-dend
endèè e
mel.
Procedimento
— Poem-se
Poem-se as ofer
oferend
endas
as arrum
arr umada
adass em orordedemm , ao
lado, e acendem-se as 9 velas.
— Peg
ega-
a-se
se o alg
alguid
uidar
ar e colo
coloca-s
ca-se-o
e-o em fre
fr e n te à pes-
soa.
soa. Esta
Esta deve estar com a co colun
lunaa bem reta e relaxa
relaxada.
da.
De olhos fechados, com 9 ataare na boca e pedindo para
s¡ tudo de bom.
— Po
Poe-s
e-see um po
pouc
ucoo de sal d e n tro
tr o do alg
alguid
uidar
ar e
diz-se:
— Poe-s
Poe-see um
u m p ou
ouco
co de cachapa e diz-se:
E ba
barara o tí
E n i là o rí o ó
E ba
barara o tí
E nil
nilà
à o rí
— Poe-s
Poe-see um
u m p ouco
ou co de azeite-
aze ite-de-
de-den
dendè
dè e diz:
di z:
/ró jú o tobé
Epo ¡rójú q/obé epo
— Por último, poe-se mel e diz-se:
ó dún bá ti olà
olà
80
Y /'iba
/'iba ti owó
owó
Oyin oyin ékuru
Só só só ekuru
/yásán ¡ó ebo ekuru
Só só só ekuru
Oya gbále ekuru.
— Por ú ltltim
im o , abre-se
abre-se um o b i e ver¡f¡ca-se se tudo
fo¡ aceito. Obtendo resposta afirmativa, divida-o em no
ve partes e ponha-o sobre o Ebo.
— Passe o paño branco no corpo da pessoa, pedin-
do paz e limpeza para a sua vida, enquanto retira os resi
duos dos alimentos.
— Em br
brul
ulhe
he o Eb
EbQQ no paño e amarre-o. A pessoa,
ainda com os olhos fechados, salta por cima do Ebo.
— Consulte If á para saber onde este deve ser des
pachado.
Banho
— Ingred
Ing redient
ientes:
es:
sabáo-da-costa, iyereosun, bucha do mato.
Procedimento
— Pegu
Peguee um pedapo do sabao e corteco rte-o-o em fa fatia
tiass
bem finas. Junte um pouco de iyereosun, e misture
bem, até conseguir a consistencia original do sabao. Divi
da em duas partes. Ponha urna parte na bucha e dé para
a pessoa tomar o banho:
— lave
lave pr
prim
imei
eira
ramm en te a cabega,
cabega, fric
fr icci
cion
on an do-a
do -a
bem. Em seguida o rosto, pescopo, tórax, bra-
po esquerdo, perna esquerda, brapo direito,
perna direita, por último barriga e órgaos se-
xuais. Lave bem o corpo e retire todo o resto
82
— Faga
Faga urna pasta com
co m o r i e efun, e passe nos pul
sos, antebrazos, tornozelos, tórax, nuca, na cabega e no
umbigo. Em seguida, amarre os contra-egun e faga com
que a pessoa vista roupas brancas, com a cabega também
coberta com um paño branco (á/á).
— Recolhe-se a pesso
pessoaa e deita-se-a sobre
sobr e urna estei-
ra forrada também de branco onde, embaixo da mesma,
estarao as folhas de fundamento do seu Aléase.
— Faga entao oferenda para Obá/úwáiyé:
— feija
fe ija o -pre
ralada, -p reto
to c o z id
passado ido
noo azeite-de-dendé,
e tem
te m p e rad
ra d o com
co m cebóla
ceb óla
enfeitado
com camaróes fritos e pipocas.
— Pipocas, enfeen feita
itada
dass com
co m 14 fafatia
tiass de coco
co co..
— Far
F arofa
ofa de azeite
az eite-de
-de-de
-dend
ndé,
é, e nf
nfee itad
ita d a com
co m ro
delas de banana-da-terra.
— Ekq, égbo e aluá de abacaxi.
— A pess
pessoa
oa perma
per manec
necee ju
junn ta
tamm e n te com
co m estas
estas of
ofe-
e-
rendas por 24 horas, quando tudo deverá ser levantado
e enterrado.
— No dia segu
se guinte
inte,, bem cedo
ce do,, dar-l
da r-lhe
he o u tro
tr o banh
ba nhoo
de ervas.
83
Ebó de Egúngún
— 1 garrafa
garra fa de pinga
— 1 bandeir
ban deiraa branca (vai d e n tro
tr o da pinga)
pinga )
— 9 fsón (varas de amora)
— 9 àkàrà
— 9 èkuru
— M
— Azeite
Azuitas
eite-de
uit as-de-de
-dend
tira
tiras ndéétecido
s de tec idoss estampado
estam padoss
— Mu ¡tos búzios
búz ios
— M uita
ui tass moedas co corre
rrent
ntes
es
— Folhas
Folh as de amora
amo ra
— Folhas
Folh as de cara
c aramb
mbola
ola
— Folhas
Folh as de cana
— Um frafrang
ngoo
— Um o b i
— Um orógbó
— Are
Areia
ia
Procedimento
— Leve as comi
co mida
dass ao lié Ikú. Passa-se o frango na
pessoa e esta, com 9 ataare na boca pede tu do de bom
aos seus antepassados, soltando seu hálito sobre a cabega
da ave. Feito isso, corta-se o frango para os ancestrais.
Reza de Egúngún
lié
lié m o pé o
A
Agó
gó k i i ngbó
ng bó e kún
kú n g m o r§
K i o ma
Baba awataomo
et i wéré
wé
re ré,
ni , a npé o.
K í o sáré
sáré wá jé wa o,
K í o gbó iwú re wá,
Má jé a rík ú éwe
éwe,
Má jé a rija Èsù,
Èsù,
Má jé a rija Ogún,
Ogún,
Má jè a ríjá orni,
orni,
84
Má jè a rijà
rij à Sopori na,
na,
B í o bá tùn d i àmòdùn,
K í a tún pé jo , pèjù à/àfià
à/àfià à ti ayò
ayò..
Ebó de Èsù
— Urna ga
galin
linha
ha-d
-d'a
'ang
ngol
olaa
— Um p o m b o
— Um o b i (dividido em duzentas partes)
— 6 acag
acagás
ás verm
ve rmel hoss (èko)
elho
— Azei
Az eite-
te-de
de-de
-dend
ndéé
— M
— Um o ilo tie olóò
u ititom ol
d uóòj
zejentos
zent os
(gimcru
cr seco)
u zeiro
ze iross (em moe
moeda
da c o rre
rr e n
te)
Invocapao de Èsù
85
Èsù ìààiu,
O kiri òkò
Ebità okùn ri rin,
n,
A bà n i wó
wóràn
ràn,,
B ià ò r i dà
dà,
Olópa elédùnmarè
elédùnm arè laelae
laelae..
O sàn sòkòtò pénpé,
Onibodè o/órun.
0 sùn nilé fogo ti kun.
Èsù !ó ji.
Ogo akòt iji.njé làto
Ebgr
Ebgra làtopa.
pa.
0 bà elékun
elékun sunkun,
Kérù ó ba elékun,
Elékun n sunkun,
Làaróyè n sun èjè.
O bà in im im i m i,
Kérù ó ba onimimi.
O nim im i n fimu
fimu m i,
Làróyè
Làr óyè n fi gbogbo
gbogbo ar ara m i bià jére,
Èsù ma se m i, omo elò m iràn n i o se,
om o elòm
N ito rie n i èsù b à nse k i im o ,
B i o bà f i ohun, tire si/ si/è,è,
Ohun olóh un n ii maa maa wà kiri.
Èsù òdàrà,
O r im
i m i k ó n i j é è m i rrii iib
b iin
n ù re
r e.
86
^7
Exu, que causa problemas ao homem quando o
homem nao tem problemas.
O ¡nspetor de Eledumare, desd
desdee o prin cip io
dos tempos.
0Exu amarrou
porteiro de um pedapo de paño na cintura.
Eledumare.
Ele dorme em casa e tranca a porta com
seuu p or
se orre
re te.
E Exu acordou.
Seu porrete nao acordou
O venerável que é chamado Látopa.
Ele, que chora com a vftima
até o ponto da vftima se amedrontar.
A v ftim a está
está derramando lágri
lágrimas,
mas,
Láaróyé está derramando sangue.
Ele que respira junto com a vftima
até o ponto da vftima se amedrontar:
a v ftim a está
está respirando
respirando pelas
pelas ñam as
Láaróyé está respirando pelo corpo inteiro,
como urna peneira.
Exu nao me conduza ao mal, conduza ao mal
meus inimigos.
Pois quem estiver sendo conduzido ao mal por
Exu, nao sabe.
Quando ele deixa sua propriedade
vai atrás da propriedade dos outros.
Exu Odárá,
Meu
Me
suau furia.
o rí nao
nao vai p e rm itir que eu experimente
eu experimente
Procedimento
— Para
Para o s a c ririfificc io :
um galo se for mulher
urna galinha-d'angola . as aves sao
um pombo branco fémeas
um peixe de escamas
(branco)
88
l’ara o assentamento de Orí:
urna terrina branca
urna quartinha branca
uin òkùta
muitos branco
bùzios
muitas moedas (correntes)
ou ro
A pessoa se poe de pé em cima da erti (esteira).
Junta bem os pés, mantém a coluna reta e faz très fle
xor*, verticais (chamando por Orí). Es Este
te ato fac
fa c ilit
ilitaa a li-
Ixüagao de líquido do cóccix, que fluirá na coluna verte-
bi.il, no sentido de baixo para cima, até o cerebro. Isto é
<|U<! vai facilitar levar todos os ingredientes (mineral, ve-
(|i 11«i I e animal) ao centro da cabepa. Esta é a grande obra
de magia.
Na terceira flexao, a pessoa nao se ergue mais. Sen-
i .i se? na esteira co com
m a cocoluluna
na reta, pernas esticadas e
m.íos espalmadas para cima, sobre os joelhos.
— 0 o fificc ia
iann te do a to
to,, mais os ppresen
resentes,
tes, g ririta
tam m:
B ò ri $ o!
o! (soment
(somentee o oficia
oficiante
nte))
O rí ó o! (res
(respo
pond
ndido
ido em cocoro,
ro, pelos pr
prese
esent
ntes)
es)
— Pass
ssa-
a-se
se,, en
enta
taoo o aca
acacá:
cá: na nuca
nuca,, tes ta, O r í (cen
testa,
tro), pulsos e entre os dedos maiores dos pés. Obs.: se a
m3e da pessoa for falecida, o acagá tem que ser passado
somente no pé direito; se for o pai, passa somente no pé
(ísquerdo; caso sejam os dois falecidos, nao passa em ne-
nhum.
Neste ato, canta-se:
B ò ri ó o!
o!
Mònsà k'èjè
Bòri ó o! Orísá
B ò ri ó o! Mòns
Mònsà
à k'èjè
k'èjè
bàbà I
Bòri ó o! Orísá
B ò ri ó o!
O rí ó o!
89
— Va¡-
Va¡-se
se enta
en taoo o fe
fere
rece
cend
ndoo os pra
p rato
tos,
s, co nvid
nv idaa n d o o
O/Y para aceitá-ios. Enquanto isso, canta-se:
Enikon kon b ò ri ó o!
Ki ó ¡ó, bó seré
Ki ó ló bó seré
K i o íó .. .
9C
— Con
Co n tinu
tin u a nd o : tiram- se os ès
tira m-se èsè
è do peixe, que sao
colocados dentro da terrina, juntamente com o ókúta,
búzios, moedas e 4 acacá.
B ò ri ó o!
o!
O rí ó o!
O rí ki a fi
fie
e jej
jejaa
B ò ri ó o
o!!
O rí ki a f i e jej eja
a
O rí k i a fi e jejejaa
B ò ri ó o!
O rí ki a f i e jejaeja
Áse t i E ririn
n lè
Áse t i E ririn
n lè
Orò m i jeej
jeeja. a.
— Apó
A póss re tiraa r os ès
retir èsè
è do peixe, levá-lo ao forno,
assá-lo e devolvé-lo à mesa de O r í ; antes do final do ato.
(Obs.: o peixe é embrulhado em folhas de bananeira.)
B ò ri ó o!
o!
O rí ó o!
91
O rí ki ó jjeun
eun
B grí ó oo!!
O rí ki
/4se ti aErinlé
jeun
Erinl é
Áse t i E ririn
n ié
Orò mijeeja
— Sa
Sacrif
crifica
icam-
m-se
se,, d ire
ireta m e n te no Orí, os animais de
tam
terminados.
— Com a pele da conquém cobre-se o Orí, com tu-
do que estiver sobre ele, e se o amarra com palha-da-
costa. Enquanto isso, canta-se:
0 irórQ
Orò orò ki dààbò orò
Orò orò ki dààbò orò
Ogún ki dààbò orò . . .
92
OR Ò DE SACRIFÌCIO
ORÒ
PARA O ÌG B ÌN DE ÒRÌSÀÀLÀ
95
96
— Neste m o m e n to
to,, sacri
sacrifica -se o ¡gbín.
fica-se
$ró, q ííqq ,
$r$ n i t í ¡¡ggbín*
$rQ
$rQ gbé § §éé t í ¡gbín
Ki araayé (Orúkq éniqn)
Qmp (orúkQ ¡ya énÍQn)
K
Túi tú
ó tmú ti,u tú
n itúó la
o!laal
lala Q
alQ
O lóom i tú tú, tútú lal alaal
aalq
q
Oun tútú, tútú lalaalq.
K i y iík ín k ín araa aayyé fO
fOrrúk
úkQ
Q énign) m
mááá oh
ohuñ
uñ
Tútú, tútú b í i 'aba!
Tútú, aba!
K i araaté kínkín y ií
Ara
A raay
ayéé (OrúkQ
(Or úkQ é n iqn
iq n ) máá
má á o huñ
hu ñ
Tútú,
Tút ú, tútú n i ti tqq
qqtg
tg
Máá t$ /o r í it
Máá ité
é ara
ara m i
Gbétg, gbétq ni wQn araalé qrQ ¡gbín
Igbín k i ité ayé re
K i ó dár
dára,
a, k i i/é ayé rq sunwon
$r<? gbété gbét$ t í t í ¡gbín
A?
A?(?
(?,, á$
á$(?, a & !
Propiciagao, propiciagao,
Propiciagao é que o caracol
Propiciagao e protegao seja o caracol
Para .. . (nome da pessoa)
Filho de . .. (nome da mae da pessoa)
Que ele tenha o frescor (calma)
Frescor (calma) para mim, como frescor do
anoitecer.
Senhor da água fresca, fresca como o anoitecer
Dé-lhe a calma, como o frescor do anoitecer.
Que este habitante do mundo (nome da pessoa)
nao sofra castigos
Faga-o calmo, como fresca e calma é a cabana
do ag ricultor
ricultor
Que as pessoas que habitam esta casa
O habitante do mundo (vívente) (nome da
pessoa) nao sofra penalidades.
Dé-lhe a calma, calma e tranqüilidade em sua
caminhada.
Afaste a vergonha e a desonra de sobre minha
casa e minha familia.
Espalhe, espalhe em todos os familiares a
propiciagao do caracol.
0 caracol que tem boa casa no mundo
(mora bem)
Que para . . . também seja boa, que sua estada
no mundo seja boa (enquanto viver).
Propiciagao espargida, espargida do caracol
Assim seja, assim seja, assim seja!
pois — O ikarahun
pertence (casca do
a Obá/úwáiyé. ígbín) nSo
Quebre-o, fagavaiumaoburaco
fogo,
no chao e enterre-o, juntamente com um pouco de gú-
gúrú (pipoca).
— Com
Co m a carne do ígbín faz-se o seguinte:
Tome de urna cebóla (ralada), urna colher de
ori, urna colher de fubá branco, urna xfcara de
leite. Faga um molho branco e coz'mhe o ígbín.
Deixe estriar e oferega à Órísáálá.
— H o ráráririoo de s a c ririfificc io:
io : en
entr
tree 4 :3
:300 e 6 horas.
— Festa: entre en tre 16:3
16 :300 e 18 horas. horas . Da mesma form f orma,
a,
nao se pinta íyawó com efun à noite.
— OsOs fifilh
lhoo s de Orísáálá vestem branco às sextas-
feiras. Tomam banho de água ou égbo ou passam efun
no corpo. Nao comem carne vermelha e nem ingerem
bebida alcóolica.
99
MARCAS DO ODÜ
101
ib i kkúró
úró ló
lóónpn
ónpn mi
mi..
Ase , ás
Ase, áse,
e, áse
áse.
— Apag
Ap agar
ar as marcas
marca s corrí o pé esque
es querdo.
rdo.
— Este ebo é feito nos días de segunda, quinta e sá
bado.
ma da cinza.
M i i$é re báj$
Ojó ti igbín
ba r í enun kon ¡yo
re orun a pé rín
N i re
nje en¡ ke ni
t i ó bá ñp
ñpé.
é.
102
102
'Ò rim í (n
(nom
ome. e. . J
n i ìgbi n, k í //ssé ó
ìgbin,
màà bàjé lójù won
À$e, àse,
se, àse.
— Em cima
cim a de
Qkònròn-Òwónrin : Ìyèrèosun faz-se as marcas do Od
Odùù
— Em seguida, reza-se:
reza-se:
K i ¡re
¡re dé làlà pè o lùgbfin
K i ire dé là p è o/ùgbfin
ó d a b i sin
sin a n¡ orùko
orùk o a np è
npè
ajànçn çkùn.
çkùn.
¡ y Q n i a npè
A y in n i ¡y
lóòdòò-doo enun çni
iy ò n i
A d ù n n i iy
orùk o a pè òro t'ó
efinrin
efi òròorò
nrin rin ti òròorò
ààbò
n i orùk o a pè ààbò
wá jé.
103
ti or
orò ò si m i
Lòru k i a pè bù dà
a j i idirùd irù ni$é
Qbàrà ñ/á. Qbàrà ri/a
K i sé
sé oògùn
oògùn ojù àjq !ó p$ n mi.
N i mo ñpé ó Ifá E fi
ni òro
òro orò orò E f i n i
òro orò, òro orò, òro orò
fi ni y ii.ii.
A j i iid
d ir ù d ir ù d i re.
À jé fú n m i wà
d i j aj
A ai jid
$ irfùn
ù dmir ùi wá àójé fun
t i àjé fu n
m i wà, wà, à$ à$$, à§
à§e, àse, k i èm i (no
(n o m e .. . )
omo (nom e da ma ma e).
e).
— Observe a dire
diregao
gao do ve n to e sopre o pó de m o
do a nao de¡xá-!o tocar mais em voce.
Procedimento
— I m p r im ir no cha
chaoo as marcas
marca s do Odù Èji-Ogbè
(use o dedo mèdio):
1044
10
— Rezar o Ofó:
t
> 4»
ogbé b órío gb é
Eji-ogbé
Eji-
Eji-ogbé
Eji -ogbé b ó rí o
ogb
gbé é ■
Eji-ogbé
Eji- ogbé b órí,
órí,ogbé
ogbé
B í Oye ti n 'bó rí gkón kgn
(nome) bóríáwgn oté
(nome)
(nom e) wa e pe d 'ánu
'ánunn a wé
wéré
ré pé-ñ-pé jé ó
(nome)) wa e pe d
(nome dán
ánúnún a wér
wéré
é pé-ñ-p
pé-ñ-péé jé ó
Eji-ogbé b ó r í o
ogb
gbéé si á
áwa
wa re n i pé-ñ
pé-ñ-pé
-pé jq ó!
— Mis
M istu
tura
rarr o efun com o sabáo-da-costa. Fazer
urna pasta, aplicar na bucha e tomar banho segunda,
quinta e sábado.
Observagao: após
após cad
cadaa ban
banho
ho jog
jogar
ar a bucha na rúa
ou rio.
105
— Fazer invocagoes
invoca goes de Ogum
Ogu m e sacr
sa crifi
ifica
carr o igbin
(caracoi).
— D e nt
ntro
ro da cabaga
cabaga (para Ogún fko/à) regue com
um pouco de mel, tampe a cabaga e embrulhe-a com o
pano. Sirva o vinho. Depois de quatro dias distribuir as
foihas e o pó de iyèrèosun em feira, mercado, lojas co
merciáis e bancos. Enquanto faz o ofò:
Ewé odundun l'ó ni
K i e mà d i òwg nlà nlà nlà wá fùn
fùn
(nome) E,rù l'oni
K i e mà rù òwgòw g nlà nlà
nlà wá fún
(n
(nome
ome)) ló od i ài, lóo di di
igbó ñ f i igb in ti oore
Ni olú igbó
fùn qrò òngn
b i òru òru
òru,, b i òru
n i nsé ai
aiás
ásQQ dúdú.
dúd ú.
— Vo
V o lta
lt a r para casa
casa e pen
p endu
dura
rarr a cabaga em
e m cim
ci m a do
baiente da porta principal.
Observagao: separar um pouco do pó, misturar com
sabao-da-costa para tomar banho. é excelente.
Para Despachar Espirito Trevoso (Ikú)
Material
— Folha
Fo lha de banane
ban aneira
ira
— fo lha
lh a de mgnriwò
— fo
folh
lhaa de pèrègùn
— folha de mangue ira
— casca
casca de manga
— efun
Procedimento
— C ozin
oz inha
harr tu d o e d ei
eixa
xarr es
esfri
friar
ar.. Co
Coar
ar e separar
sepa rar o
liquido.
106
— Im p r im ir as marcas
ma rcas dos Odú OkónrQn-QwQnrín:
— Rezar o segu
se guint
intee ofó:
Qkonrón ówónrín
A/ágb
A/á gbára
ára h ¡ agi r) y o n
agir)
0 k'6 n i inu ododú ú
íségun Egúngún.
Eró, eró, eró
Ase,, ás
Ase áse,
e, á
áse
se
— Pór
Pó r o efun (pó) dentro da água (infusao) e tomar
banho. Defumar
Defumar-s-see com qualquer
qua lquer defum
defu m ado r e vestir
roupas claras.
— T o m a r u m chá f o r te de cas
casca
ca de manga e erva-
cidreira. Imprimir no efun as marcas do Ofún-Meji.
diz-se:
— U tili
ti lizz a r o pó para passar
passar em to d o o c o rpo
rp o .
107
— A b r ir urna ta
tam
m pi
pinh
nh a na cabaga, de fo
f o rm a que dé
para fechá-la depois.
— M istu
is tura
rarr o efun, osun e a areia. E imprimir o có
digo do Odüo £j¡'-Ogbé:
Rezar seguinte gfg:
108
0 n i e kú idàr
dàrò ò
0 n i k i a fi
fiOO lóòku n jé
jé oba, om -L
K í a fíO
fíObá
bátá/á
tá/á jé ob
obaa òris^_
K i a f i òn
ònóón j'oba òpóp
òpópó.
ó.
Ogo n j i ejó
ejóàgb
àgbà à
Won n i k i a fó si iràwò
ÀLàti
Àww o nmuw àwon dépúpq
à d im é ji t o molúv^a
o ¿ru ìó
ìóru
run
n
E gb
gbà r i ejó ejó, e gbà jé b i
Won kò jé ara s i id i, e gbà
Orò mi (nome) Omo (nom ^ ¿¡a m mg
gej
À ti
t i ii/
ii / ó so Iò
Iòni
ni
Orò en
Orò enu
u ré ni k i won fifi-dé-*
-dé-*¿n¡
¿n¡
Áse, áse
se,, á
ásse
búz ios—eColoc
búzios Colocar
ar o rpá
sacrifica
sacrificar o pdom
en
enttbo
ro damcat
eem cat*a
ir*a?a
y ^?a_enf
c iry _enfeit
Fech eitá-la
Fechá-laá-la
á-la emccom
om
se oi-
sequs
qui-
da.
— Pa
Para usá-ia
usá-ia,, re
reze
ze o en
enca
canto
nto ^ 0m 8 ataare na boca,
e apresente-a para o o r i {cabega).
Material
— 1 etú (galinha-d'angola)
— 1 igbin
— azeite-de-dendé
— Gim (se
(seco)
co)
Procedimento
109
— Mis
M istu
tura
rarr tu
tudd o , enq
en q ua
uant
ntoo faz o enca
en cant
nto:
o:
K i a ló dára
Ki áábó sunwón
dé s'oko íwájú
Om i kit' dé
Tó níqy é ayun-
ayun-bobo lówó nyin en un
enun
Orógbó jé jé k í ñgbé
ñgbé si rer e
rere
Osé jé k i ñgbé si re re,
rere,
íyereosun jé k í ñgñgbé serre
bé si se
Epo pupa jé k í ñgbé
ñgbé si re re
rere
Ase,, ás
Ase áse,
e, áse, ló w ó e n y in
áse, ó lów
ágbá ágbá. Áse, áse, áse.
110
— T o m a r banh
ba nhoo com
co m o sabao to
t o d a segunda, q u in
inta
ta
e sábado, ou enquanto for fazer alguma viagem.
Procedimento
Efun i ó n i k í E f í m i rre
e re fú
fúnn m i
Osun lón i k í E f í ó n i re re fún m i bó
111
ákó jé ewé
ewé m í rer
rere,
e, e jé k í ó jjé.
é.
Ase, ás
áse,
e, áse
áse.
— Depo
Depoisis do e nc
ncaa nt
ntaa m e nto
nt o ta
tamm pe a caba
cabaga.
ga.
— Toda
To da vez que pre precisa
cisarr t ira
ir a r van
vantage
tagem
m em qu
qual-
al-
quer situapao, é só comprar linhas pretas e brancas. Pe
gar as pontas e passá-las no fundo da agulha. Por os car-
retéis dentro da cabaga e ir puxando os fios até o fim,
enquanto faz o encanto.
Observagao: os fios devem acompanhar o individuo
onde ele for tirar vantagem, e devem ser jogados na rúa
antes de voltar para casa.
Banho
Banho para se P
Pro
rott eger
eger de Inimigo
Ini migoss
Material
— raspa
raspa de bate
ba tent
ntee de p o rta
rt a de bote
bo teco
co
— um peda
pedago
go de paño
pañ o br
bran
anco co
— bucha
buc ha vege
vegetal
tal e sabao-da-costa
sabao- da-costa
Procedimento
— Queim
Qu eim ar a raspa do ba bate
tent
ntee da po rta
rt a , a bbuc
ucha
ha,, o
paño branco, até virar cinza.
— M is
istu
tura
rarr esta cin
cinza
za ao sabao, enenqu
quan
anto to vai-se fa-
zendo o encanto:
112
112
Para o Amor
Material
— 5 fo lhaa s de teté (bredo-sem-espinho)
folh
— 5 borb
bo rboo leta
le tass amarelas
— 5 ata are
Procedimento
— Torra-se
Torra-s e tu d o e faz
faz-se
-se um pó
pó.. J u n te a este um
pouco de osun.
— Passe nos seios,
seios, nuca e reze o e nc
ncan
anto
to::
Tete é e!
113
Procedimento
— Queb
Quebrere as bord
bordas
as do p rato
ra to e co
colo
loqu
quee d e ntro
nt ro des
te a carne, com um pouco de cachaça.
zendo —saudaçâo
Com o pàrato
raEgún:
to na mao vá an
andan
dando
do pela ca
casa
sa e fa-
— En
Enqu
quan
anto
to vai faz
fazen
endo
do a lim
limpe
peza
za,, de d e n tro
tr o para
fo
fora,
ra, can
canta-
ta-se:
se:
Egún , Egún m i ssalé lórun
alé
Egún.. .
114
OUTROS EBÓS
— Tir
T iree sete
sete fo
folh
lhaa s e esfregue-as na sola dos pés.
Após isto feito, và direto à casa do devedor.
Observagao: depois de receber o dinheiro ou fazer
algum acordo, é importante que lave os pés, antes de
voltar para casa.
115
Procedimento
— ca
canjic
njicaa (ègbo)
— arroz
arr oz
— ch
chuc
uchu
hu
— 1 frang
fra ngoo
— cana-de-agúca
cana-de -agúcar
r
Procedimento
— Cozi
Co zinn ha r a canjic
can jica,a, o ar
arro
rozz e o ch
chuc
uchu
hu,, sem sal.
sal.
— Em urna titije jela
la co loloqq ue a cacanji
njica
ca.. Numa
Nu ma o ut
utra
ra
travessa coloque o arroz de um lado e do outro o chu
chu, dividido em seis partes. P5em-se os ó tá (pedras) do
assentamento de Osun no centro da travessa.
— 0 fra ng o é sa sacr
crifi
ifica do para Lógún-Ede, em cima
cado
dos ó tá , que ficam com a cabega e tres penas de cada
asa.
— Os
Os pés sao atira
ati rado
doss na rúa.
— A cana-de-agú
cana -de-agúcar car deve ser picada
pic ada sobre as ofe-
ofe -
rendas e sobre o assentamento de Osun.
— 0 restante do frango é temperado com azeite-
de-dende, cebóla ralada, ataare e após cozido é ofereci-
do a è $ù , acompanhado de gim.
— Lógún Ede é considerado o mensageiro de 0§un
e E$ú é considerado aquele que a persegue.
— O b i faz parte de todo o ritual.
116
— um coco
co co
— 18
1 8 ataare
— 1 kg de açùcar
açù car
— 1 bucha
buc ha
— sabao-da-costa
sabao-d a-costa
— orí e ïyèrèosun
Procedí ment
mentóó
117
— O o fic
fi c ian
ia n te ajoelha-se e m enta
en taliz
lizaa urna coro
co roaa de
luz na cabega da pessoa. Quando esta aparecer nitida
mente,
seu com
hálito o coco obem
e quebra firme
coco ñasurna
contra maos, soltaOo resulta
pedra. q de
ásq
ás
do pode ser observado na hora: quando o coco se parte
em dois é si nal de que o eho foi bem aceito.
— Faga
Faga urna pasta com
co m sabao-da-costa e íy?réosun,
e ponha na bucha. De para a pesso pessoaa to
tomm a r banho,
banho , co-
megando pela cabega. Após o banho, passe o r i na nuca,
cabega, tórax e nos pulsos.
Observagao: com o coco fazem-se cocadas e dá-se
a outras pessoas para comerem.
— um algu
al guid
idar
ar mèdi
mè dioo
— um coragao
cora gao de boi
— um inha
in hame
me grande
grand e (co
(c o zid
zi d o e com o nome
no me d o ca
sal dentro)
— azeite-de
azeit e-de-den
-dendédé
— taliscas
talisc as de dend
de ndez
ezei
eiro
ro
Procedimento
— C o rt
rtee o, coragao,
corag ao, na v e rt
rtic
icaa l, em q ua tr troo partes
par tes e
coloque-o dentro do alguidar.
— Crave no inhaminh amee 4 2 p alito
al ito s (taliscas)
(talisc as) de dende
den de
zeiro e coloque-o no centro do alguidar.
— Regue
Regue tu d o com co m mel e oferega
ofere ga à Ogún íkgiá.
Acompanhado com mu ito vinho branco e 7 obí.
Observagao: os nomes sao escritos com grafite (là
pis).
Materia!
Procedimento
—Oferepa os ac
—Oferepa acapapàà {¿kg) com um pouco de azeite-
de-dendé.
— Seguran
Seg urando fi rm e m e n te o ògo vá fazendo evoca-
do firm
pao e despejando gim sobre o assentamento de Esù.
Quando sentir a sua presenta, passe um acapà no ggg, n o
sentido de baixo para cima, e pepa-lhe dinheiro.
— Em seguida, abra os o b f e e divida-os em duzentas
partes. Jogue-os sobre o assentamento de È$ù.
P ar
ar a Es ú T r a z e r D i n f i e i r o
Procedimento
— Ant
A ntes
es de se d e ita passar 6 o b i vermelhos n o c o r
it a r, passar
po e colocá-los sob o travesseiro.
— No
N o dia segseguin
uinte,
te, co locc a r 1 ataare na boca eofe-
colo
recer os o b i (dividi-los em seis partes) em cima de folhas
de mamona a Èsù.
Pegar
Pegar se
seis
is no
notas
tas de um c ru
ruzz e iriroo rea! pas
passar
sar na ca
bepa e impregná-las
amarre-as no ògg decom áse meio-dia
Èfù.o Ao de seu hálito. Em em
jogá-fas seguida,
umn
encruzilhada de tres pontas.
— Um ac
acag
agáá {$ko) com água e mel, no portao para
Egún.
Observagao:
Observa gao: esta é urna
urn a das mu ¡tas jungo
jun goes
es que
q ue se
faz da estrutura com o movimento, ou seja, da estábili-
dade com ¡nstabilidade que gera o movimento.
— 10 cocos
co cos verdes
v erdes
— 10 espigas de m llh ll h o verde
verd e
— 3 litr
li troo s de vin
v in h o
— 7 obi
— 7 orógbó
— 1 ¡nhame (assa (assado do))
— agúcar e sal sal
Procedimento
— T ira
ir a r os graos do m ililhh o e cozi
co zinh
nhá-
á-lo
loss na água do
coco. Temperá-los com agucr^r e sal, deixando-os com
sabor de lágrima.
— Fazer as evocagòes e of ofer
erec
ecer
er para Ogún. Derra
mar parte do vinho em cima do assentamento, e em vol
ta deste oferecer o b i e orógbó.
— Fazer os ped
p edido
idoss e, em seguida,
seguid a, com
c omer
er um p ouco
ou co
do milho.
— O inha
in hame
me c o rte
rt e em q u a tr
troo partes
parte s e oferega
ofere ga à
Ogún.
— Com
Co m os cocos
coc os prepa
pre parar
rar um doce e of ofere
erece
cerr urna
urn a
porgao a todas as pessoas que vierem à casa de culto.
Isto determina a comunicagao do Orisà com o meio
social.
— Trè
Trèss dias de
depo
pois
is pass
passar
ar ddoi
oiss pom
po m bo
boss brancos no
corpo e soltà-los para Ogún.
Para Engravidar
Material
— 1 o b i ve
vermrmee lho
lh o (ra
(rala
lado
do))
— erva-de-sao-caeta
erva -de-sao-caetano no
— ch
chap
apéu
éu-d-de-
e-co
coururoo
— malva
m alva branca
— a m or
or-d
-do-
o-ca
camm po
— esp
espinh
inheir
eira-s
a-san
antata
— b uch
uc h inh
in h a do m a to
Procedimento
— J u n te todto d o s os ingre
ing redi
dien
entetess e colo
co loqq u e d e n tr
troo de
um litro
lit ro de v in inhh o branco. Enterre ppor or urna se semmana
ana em
lugar umu m ido
ido.. Desent
Desenterre
erre e tom
tomee um cálice, antes antes de dor do r
mir.
— Quan
Qu ando do acab
acabarar o líq
lí q u id o , c o m p lete
le te novam
no vamen ente
te
com mais ais 1 litr
litroo de vinho
vin ho , enterre-
enterre-oo e torne torn e a tomá-lo.
— Oferega urna bacia de fr fruu ta
tass (meno
(me noss abacaxi
abaca xi e
tangerina) para Ibéji, em urna praga. Em volta da bacia
coloque bastante doces (menos de chocolate) eum litro
de leite. Faga as evocagoes e pega um filho para Ibéji e
terá a alegría
ter dois deurna
filhos de ter Edjunjobí,
só vez. ou seja, a satísfagao de
121
Para se D e f e n d e r d e F e i f i c e i r o s
Procedí
Procedí mentó
men tó
— Pegue
Pegue 2 pr
prat
atos
os branco
bra ncoss e que
quebre
bre-os
-os ña
ñass bordas.
borda s.
Faga com eles urna casinha em forma de triángulo. Colo
que embaixo excremento de cavalo, com o nome do fei-
ticeiro dentro. Regue tudo com cachapa. P5e-se urna
bandeirinha dentro da garrafa e acende-se urna vela.
Procedimento
— Pegu
Peguee 7 galbos de amor
am orei
eira
ra.. Q ua
uand
ndoo a pe
pesso
ssoaa
sair de sua casa varra o seu rastro e jogue os galhos na di-
regao em que a pessoa seguiu.
— Em seguida, oferepa
ofer epa um acacag
agáá [eko) para Egún
no porteo de sua casa.
Pó Para Casa C o m e r c i a l
Procedimiento
—
— Pegue
Pe gue 1 o b i que tenha sido oferecido a £sü.
Efun
— dandá-da
dand á-da-cos
-costata
— Noz
No z moscada
— F olha
ol ha-d
-da-
a-fo
fort
rtun
unaa (seca
(seca))
— Rale tu d o e fapa um pó. pó . Sopre
So pre d e n tro
tr o da casa
casa
comercial e pepa prosperidade, vitória, etc.
Para Amarrar o S e u A m a d o
Procedimiento
car os —corapoes
S acrif
ac rific
icar
ardas2 aves
pom
po m ebos
bocolocar
s branco
bra ncos
ossnomes
para Ogúrt. Arran
do casal den
tro, com eles ainda quentes.
122
— Co
Colo
locá
cá-lo
-loss em urna pa pann elin
el inha
ha de feferr ro . Por do
doisis
acagá (èko) em cima e cobri-los com mel.
— D e ixa
ix a r a rr
rria
iadd o até o dia segseguint
uinte.
e.
— Levar ao fog fo g o para to r r a r e fa faze
zerr um pó pó,, m is
istu
tu
rando canela e obí.
— Fazer um pa patutuáá de c o u ro p re
reto
to,, p o r o pó d e n tro
tr o
deste e usá-lo sempre.
— Pega
Pegarr bif
bifes
es e pass
passar
ar no c o rp
rpoo . Em seguida, te
tem
m-
perá-los com
c om sa
sal,l, ce
cebóla
bóla e pi men
menta-da-costa,
ta-da-costa, e oferec
oferece-
e-
los para o marido comer.
— Da
Darr um je itoit o de so
sobr
brar
ar um p ou ouco
co de co
comm ida no
prato dele. Esta sobra deverà ser enterrada sob o batente
da porta da cozinha.