Você está na página 1de 32

Rede

genoma
SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDUSTRIA
DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Professora :

Ms. Karine Rubia de M. M. Silva

Graduada em Engenharia Metalúrgica

Especialização em:

Minas e Metalurgia

Segurança do Trabalho
ABORDAGEM E ANÁLISE DAS
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
ACIDENTES TÍPICOS NAS ATIVIDADES DA IC
Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo
exercício de uma atividade, a serviço da empresa ou
como trabalhador autônomo, provocando:

 Morte;
 Lesão corporal;
 Perturbação funcional;
 Perda da capacidade de trabalhar, temporária ou
permanente, e
 Redução da capacidade de trabalhar, temporária
ou permanente.

Equiparam-se aos acidentes de trabalho as doenças


profissionais, doenças do trabalho e os acidentes de
percurso (“in itinere”)
ACIDENTES TÍPICOS NAS ATIVIDADES DA IC
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Na IC os acidentes típicos devido a quedas de diferença de nível abrangem:

 Queda do trabalhador;
 Queda de materiais sobre trabalhadores/terceiros;
 Queda de grandes equipamentos sobre trabalhadores/terceiros, e
 Queda de equipamentos com trabalhadores.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Quedas em periferias de pavimentos

Essas ocorrências apresentam alto índice de fatalidade e têm como causas


principais a ausência total ou parcial da necessária proteção coletiva.

A origem da queda geralmente é devida a um movimento brusco do trabalhador,


provocado por ferragens salientes na superfície; fôrmas de madeira
escorregadias; movimento corporal mais forte, por exemplo para desforma;
escadas inseguras e/ou inadequadas; choque elétrico com vibrador, e superfície
de trabalho instável, entre outros.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Quedas em aberturas no piso e shafts

São causadas principalmente por ausência


ou má execução do fechamento sobre
essas aberturas. Falta projeto, por ser
considerada uma proteção muito simples, e
é mal executada por motivos os mais
variados. Em vários acidentes fatais o
trabalhador caiu ao pisar sobre uma folha
de madeirite mal posicionada ou com
superfície pouco maior que o vão, sem
nenhum travamento no piso.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda em vãos das caixas de elevadores e em escadas situadas na periferia
de pavimentos
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda em escadas, rampas e passarelas

Devido às superfícies (pisos) de trabalho dos locais de um canteiro de obras, nos quais podem estar presentes diferentes
características, como, por exemplo: terra solta, terra batida, terra úmida, madeira seca e/ou molhada, lajes concretadas sem
acabamento e outras, a probabilidade de um trabalhador descuidar-se e escorregar em uma dessas superfícies está sempre
presente.

Como causas principais de acidentes por quedas nessas superfícies podem ser elencadas:

 Desatenção do trabalhador ao transitar por essas armações;


 Contato escorregadio entre o calçado de trabalho e a superfície (degrau/piso);
 Irregularidades estruturais, principalmente quando constituídas com madeiras, em qualquer uma de suas partes: piso,
degraus e/ou corrimão;
 Utilização de escada portátil com extensão inadequada para atingir/executar determinada tarefa, a altura desejada;
 Posicionamento da escada sobre superfície irregular fora de nível ou escorregadia;
 Tarefa executada sobre escada, qualquer que seja o tipo, portando ferramentas e/ou materiais (exemplo: lata de tinta) sem
utilizar dispositivos adequados de sustentação para tais materiais;
 Utilizar escada portátil em tarefa que seria melhor e mais seguramente efetuada sobre outro tipo de superfície temporária
(exemplos: andaime tubular, andaime simplesmente apoiado, PTA);
 Local de trabalho mal iluminado e/ou com grande movimentação de outros obreiros;
 Falta ou ineficaz análise de risco para tarefas a serem desempenhadas sobre escadas.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Quedas de telhados e coberturas

Ocorrem mais em pequenas empresas e


com trabalhadores autônomos em atividades
de reparação ou demolição, apresentando
altos índices de fatalidade.

Causas principais: inexistência de qualquer


tipo de proteção coletiva ou individual e
improvisação nessas atividades, não
levando em conta a resistência do material
dessas coberturas – habitualmente telhas de
fibrocimento.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda de materiais sobre trabalhadores e/ou terceiros

Podem ocorrer por:

 Falha / rompimento no conjunto / elemento de sustentação na


movimentação de carga suspensa;
 Queda de ferramentas e/ou materiais durante atividade em altura, e
 Ação do vento em pavimentos altos
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL:
ACIDENTES POR QUEDAS DE CARGAS SUSPENSAS

 Choque da carga, quando em operação de movimentação ou


içamento contra algum obstáculo ou contra a estrutura da construção;
Causa: falta de orientação segura ao operador da movimentação.

 Movimentação sob fortes ventos, principalmente com peças de grande


superfície; Causa: falha de planejamento e/ou da Análise de Risco
requerida pelo Plano de Cargas, e desrespeito às regras de segurança
por um dos três intervenientes na operação: sinaleiro amarrador de
cargas, quando existente, operador do equipamento de guindar e
supervisão.

 Mal acondicionamento dos materiais içados, sem utilizar contenedores


apropriados para uma retenção e movimentação segura; Causa: falha
de planejamento e/ou da Análise de Risco requerida pelo Plano de
Cargas, e desrespeito às regras de segurança por um dos três
intervenientes na operação: sinaleiro amarrador de cargas, quando
existente, operador do equipamento de guindar e supervisão.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL:
ACIDENTES POR QUEDAS DE CARGAS SUSPENSAS

 Elevação de cargas com peso acima do limite de algum dos componentes


do conjunto de elevação; Causa: falha de planejamento e/ou da Análise
de Risco requerida pelo Plano de cargas, e desrespeito às regras de
segurança por um dos dois intervenientes na operação: sinaleiro
amarrador de cargas, quando existente, e supervisão

 Emprego de cintas sintéticas inapropriadas ou seriamente desgastadas ou


apresentando danos na alma; Causa: falha ou falta de inspeção periódica
nos componentes de içamento sob responsabilidade do
sinaleiro/amarrador de cargas.

 Emprego de cabos de aço sobre roldanas de pequeno diâmetro ou


obrigando o cabo a se movimentar diretamente sobre a superfície do
gancho; Causa: falha de planejamento e/ou da Análise de Risco requerida
pelo Plano de Cargas, e desrespeito às regras de segurança por um dos
dois intervenientes na operação: sinaleiro amarrador de cargas, quando
existente, e supervisão.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL:
ACIDENTES POR QUEDAS DE CARGAS SUSPENSAS

Emprego de cabos de aço seriamente danificados


(amassamentos, deformações como “gaiola de
passarinho”), rompimentos de arames e até de pernas;
Causa: falha ou falta de inspeção periódica nos
componentes de içamento sob responsabilidade do
sinaleiro/amarrador de cargas.

Emprego de ganchos sem trava de segurança ou com


a mesma inoperante ou construídos de forma
improvisada. Causa: falha ou falta de inspeção
periódica nos componentes de içamento sob
responsabilidade do sinaleiro/amarrador de cargas.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda de ferramentas e/ou materiais durante atividade em altura

É uma ocorrência frequente em montagens industriais e em atividades sobre torres de


telefonia, redes elétricas, telecomunicações e sobre torres de elevadores e gruas e ainda em
muitas outras situações assemelhadas. Causa: utilizar ferramentas que não estão presas em
pontos fixos da estrutura ou no próprio cinturão do trabalhador. Porém, outros materiais que
não podem ser amarrados também podem causar grandes danos na queda.
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda de grandes equipamentos sobre trabalhadores/terceiros

 Tombamento do equipamento, do tipo móvel, por falta de estabilidade do terreno, ou seja,


irregular e/ou não resistente à carga (peso do equipamento mais a carga içada); Causa:
falha técnica no projeto inicial e na Análise de Risco.

 Tombamento do equipamento por içamento de carga acima do limite, conjugado à falha do


limitador de carga e/ou de momento; Causa: falha na Análise de Risco do Plano de Cargas
e/ou possível falha na inspeção dos limites de segurança e/ou possível falha na ordem e
supervisão para a execução da tarefa.

 Queda parcial ou total de uma grua, por incidente operacional, durante ações de montagem,
ou desmontagem do equipamento; Causa: a causa mais frequente pode ser falha
operacional da equipe de mecânicos, atuando na operação e/ou falha na Análise de Risco
ou ainda por colapso de material componente da estrutura do equipamento
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda de grandes equipamentos sobre trabalhadores/terceiros

 Falhas humanas na operação de grandes equipamentos, mesmo quando


presentes trabalhadores muito bem treinados e/ou capacitados;
 Falhas mecânicas em componentes estruturais nos equipamentos, não
detectáveis em ações de manutenções preventivas;
 Falhas em projetos do conjunto da obra, elaborados para as fases anteriores à
operacionalização dos equipamentos de guindar e do Plano de Cargas, como
por exemplo na preparação do solo ou base sobre a qual o equipamento será
estacionado
QUEDAS DE DIFERENÇA DE NÍVEL
Queda de equipamentos com trabalhadores

Acidente típico mais recorrente em elevadores e atividades sobre superfícies de


trabalho suspensas e em menor número em outras atividades, como: cadeira
suspensas, cestos aéreos acoplados e andaimes tubulares móveis
SOTERRAMENTOS
Esses acidentes ocorrem pela instabilidade dos terrenos
alterados, seja por escavações, por cortes em planos
inclinados, ou, ainda, no acúmulo de materiais junto às suas
bordas. Em todas essas situações, as alterações são
propícias a movimentos bruscos de reacomodação do
terreno, provocando o desmoronamento instantâneo com alta
probabilidade de graves danos.

Causa principal: nas escavações, para abertura de poços e


valas, a maior incidência de acidentes ocorre em obras de
pequeno porte e duração. Justamente por esses dois
aspectos é muito comum não ser realizada nenhuma análise
de risco e, tampouco, o respectivo projeto de instalação de
escoramentos.
SOTERRAMENTOS
ACIDENTES COM ELETRICIDADE
Eletroplessão: acidente típico com altíssimo índice de fatalidade, que pode
ocorrer tanto com trabalhadores qualificados nas atividades com exposição a
riscos de eletricidade quanto com os demais trabalhadores, em contatos
imprevistos com partes vivas de instalações elétricas ou componentes
metálicos acidentalmente energizados.
ACIDENTES COM ELETRICIDADE
 Falhas nos treinamentos e/ou falta de reciclagens periódicas, com especificidade para riscos
elétricos;
 Não impedir que trabalhador não qualificado e/ou não autorizado inicie qualquer tarefa com
riscos de choque elétrico;
 Não dispor de adequada rede de aterramento elétrico em componentes metálicos passíveis
de energização acidental ou não complementá-la à medida que novos equipamentos elétricos
vão sendo instalados no canteiro;
 Apresentar partes energizadas expostas em emendas de cabos sem proteção isolante
adequada;
 Não dispor de adequada sinalização e/ou bloqueio em comandos elétricos;
 Não dispor de proteção adequada em quadros de distribuição;
 Não impedir que sejam feitas conexões elétricas irregulares de todos os tipos, inclusive as
famosas “gambiarras;”
 Tocar em rede de alta tensão ao movimentar manualmente peça metálica longa, e
 Não dispor de ferramentas com isolamento especial contra choque elétrico.
ACIDENTES COM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

Serra circular para madeira:

Equipamento presente em praticamente


todos os canteiros de obras da IC
apresenta graves riscos de acidentes,
podendo causar amputações de dedos e
ferimentos muito graves nas mãos, devido
ao contato com a serra circular em
movimento.
ACIDENTES COM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Partes móveis de máquinas
ACIDENTES COM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Acidentes com máquinas e equipamentos autopropelidos

Você também pode gostar