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genoma
SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDUSTRIA
DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Professora :

Ms. Karine Rubia de M. M. Silva

Graduada em Engenharia Metalúrgica

Especialização em:

Minas e Metalurgia

Segurança do Trabalho
IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE DA OBEDIÊNCIA ÀS
POSTURAS LEGAIS SOBRE SST:
CONCEITOS IMPORTANTES
Programa e Cronograma

Programa é um conjunto de ações esperadas e desejadas,


adequadamente expressas e ordenadas num relatório, a fim de alcançar
o objetivo principal, a meta.

Quando essas ações estão programadas em função de prazos ou datas


tem-se um cronograma. Portanto, um “programa” só está completo
quando contém o respectivo “cronograma”.
CONCEITOS IMPORTANTES
Projeto

Um projeto pode ser expresso por um desenho, um relatório, ou ambos, de tal forma claro que não possibilite
dúvidas quanto a medidas, materiais, localização, quantidade, forma, elementos de fixação e demais atributos
pertinentes.

Deve servir de documento tanto para a execução quanto para as ações de inspeções e auditoria.

Portanto, um projeto de proteção coletiva, por exemplo, não pode ser elaborado apenas com a repetição do texto da
norma ou com um apanhado de figurinhas do tipo “isto pode”, “isto não pode”.

Observações:

 Todo projeto deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado.


 Mesmo quando não mencionado no texto legal, a fiscalização pode exigir a apresentação da Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART).
CONCEITOS IMPORTANTES
Trabalhadores e Empregados

A palavra trabalhadores, quando constante de uma norma, indica que a


exigência abrange todos os empregados no local, independentemente de
estarem subordinados e registrados por diferentes empregadores, o que é
o mais frequente em canteiros de obras.

Quando a palavra utilizada é empregados, a exigência é dirigida a cada


um dos empregadores que têm atividades nesse local.
CONCEITOS IMPORTANTES
Estabelecimento

Para a aplicação das normas regulamentadoras na IC, a NR-1 considera


como “estabelecimento” cada uma das unidades da empresa funcionando
em lugares diferentes, tais como: escritório (sede da empresa) e obras de
engenharia, compreendendo ou não canteiros de obra ou frentes de
trabalho.
RESPONSABILIDADES
A simples exposição de qualquer pessoa a uma situação de perigo, seja
empregado ou não, é considerado como crime pelo art. 132 do Código
Penal.

Relativamente à saúde e integridade física e mental dos seus


empregados, o empregador poderá, na eventualidade da ocorrência de
uma situação em que algum deles tenha sido atingido ou prejudicado, ser
cobrado em diversas instâncias e formas legais, a saber:

 Administrativa:
 Acidentária:
RESPONSABILIDADES
Administrativa:

Pelas ações decorrentes da fiscalização do MTE que, baseadas na


Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e combinada com as Normas
Regulamentadoras, podem gerar, além de interdições e embargos,
multas e encaminhamento do processo ao Ministério Público do Trabalho
para ações mais severas
RESPONSABILIDADES
Acidentária:

Há três possíveis encargos para o empregador:

 Ação Regressiva – movida pelo INSS para ressarcimento de todo o ônus que
lhe coube no tocante ao atendimento e tratamento do acidentado, pensões e
demais benefícios relacionados ao acidente. Será cabível quando for
comprovado que o acidente foi causado por negligência do empregador no
cumprimento das normas regulamentares sobre SST.
 Ação Civil – pela qual o empregador deverá indenizar o empregado acidentado
sempre que haja dolo ou culpa, mesmo que não se configure culpa grave8.
 Ação Criminal – pela qual a simples exposição ao perigo já constitui crime,
capitulado no art. 132 do Código Penal, que diz:
COMO ENTENDER E ADMINISTRAR AS
EXIGÊNCIAS REFERENTES À GESTÃO DO
CANTEIRO: SESMT, PGR, PCMSO E CIPA
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE
SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA
DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO
TRABALHO – SESMT - VANTAGENS
 Organização do canteiro de obras seguindo os preceitos para instalação,
dimensionamento e manutenção de áreas de vivência;
 Organização e controle do acesso e permanência de pessoas e veículos
no local;
 Supervisão do cumprimento das exigências legais, referentes à segurança
e medicina do trabalho, por parte de empreiteiros e subcontratados:
PCMSO e exames médicos, PGR e outros procedimentos legais
obrigatórios;
 Realização de treinamentos de integração e periódicos;
 Organização e supervisão de todas as atividades referentes à CIPA,
treinamento de combate a incêndio e outros exigíveis para os
trabalhadores do canteiro;
 Verificação e controle do credenciamento em atividades* e funções que
devam ser exercidas por trabalhadores qualificados e/ou habilitados,
inclusive das permissões de trabalho e autorizações, quando couber;
*especialmente para trabalhos em altura, com eletricidade e sob pressões
hiperbáricas
 Controle do uso, manutenção, reposição e higienização corretas de
equipamentos de proteção individual, e
 Monitoramento e inspeção das condições de proteção coletiva.
GESTÃO DE SST
 Estabelecer uma política de SST contendo metas, estratégias para obtê-las, planos com
periódicas avaliações e correções de rumo, se necessárias, dando amplo conhecimento desses
procedimentos a todos os empregados da empresa;
 Designar responsáveis pelas ações: executores e avaliadores, os quais necessariamente
deverão ter conhecimento sobre SST e poder de decisão;
 Dar transparência e divulgação a todas as ações, como resultado de avaliações ambientais,
cronogramas de ações, alterações em convenções e acordos coletivos e, especialmente, do
PGR;
 Garantir a participação de todos os trabalhadores da empresa, especialmente os membros da
CIPA, quando estiverem previstas alterações em arranjo físico, processos, máquinas e
equipamentos, materiais ou outras mudanças significativas no desempenho das atividades
laborais do canteiro;
 Manter organizadamente os registros de todas as ações, atas de reuniões e demais documentos
pertinentes à SST.
GESTÃO COMPORTAMENTAL
 Falha de comando, por:

 Ordens não dadas ou mal dadas;

 Ordens não entendidas e/ou mal entendidas, e

 Ordens não cumpridas.

 Falha de relativização do risco, por:

 Análise prévia de risco (ou da tarefa) não efetuada ou mal feita;

 Análise de risco não divulgada, e

 Conclusões da análise de risco não implementadas.


DINÂMICA DA GESTÃO
UNIDADES
INDEPENDENTES E
INSTALAÇÕES DE
APOIO DO
CANTEIRO
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

3.1 A organização responsável pela obra deve constituir a CIPA por canteiro de obras quando o número de
empregados se enquadrar no dimensionamento previsto no Quadro I da NR05, observadas as disposições
gerais dessa Norma.

3.1.1 Quando o canteiro de obras não se enquadrar no dimensionamento previsto no Quadro I da NR-05, a
organização responsável pela obra deverá nomear entre seus empregados do local, no mínimo, um
representante para cumprir os objetivos da NR-05.

3.1.2 A organização responsável pela obra está dispensada de constituir CIPA por frente de trabalho.

3.1.3 Quando existir frente de trabalho, independentemente da quantidade de empregados próprios no local, a
organização responsável pela obra deverá nomear, entre seus empregados, no mínimo, um representante, que
exerça suas atividades na frente de trabalho ou no canteiro de obras, para cumprir os objetivos da NR-05.

3.1.3.1 O representante nomeado da NR-05 da organização responsável pela obra pode ser nomeado como
representante para mais de uma frente de trabalho.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

3.2 Havendo no canteiro de obras ou na frente de trabalho organização prestadora de serviços a terceiros, essa deve nomear, no
mínimo, um representante da NR-05, quando possuir cinco ou mais empregados próprios no local.

3.2.1 A nomeação do representante da NR-05 da organização prestadora de serviços a terceiros, no canteiro de obras ou na frente de
trabalho, deve ser feita entre os empregados que obrigatoriamente exercem suas atividades no local.

3.2.2 A organização responsável pela obra deve exigir da organização prestadora de serviços a terceiros que presta serviços no
canteiro de obras ou na frente de trabalho a nomeação do representante da NR-05, quando essa alcançar o mínimo previsto no item
3.2.

3.2.3 A organização que presta serviços a terceiros nos canteiros de obras ou frentes de trabalho, quando o dimensionamento se
enquadrar no Quadro I da NR-05, considerando o número total de empregados nos diferentes locais de trabalho, deve constituir uma
CIPA centralizada.

3.2.3.1 O dimensionamento da CIPA centralizada da organização prestadora de serviços a terceiros nos canteiros de obras ou frentes
de trabalho deve levar em consideração o número de empregados da organização distribuídos nos diferentes locais de trabalho onde
presta serviços, tendo como limite territorial, para o dimensionamento da CIPA Centralizada, a Unidade da Federação.

3.2.3.1.1 A organização deve garantir que a CIPA centralizada mantenha interação entre os canteiros de obras e frentes de trabalho
onde atua na Unidade da Federação.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

3.3 Obras com até 180 (cento e oitenta) dias de duração estão dispensadas da constituição da
CIPA, devendo a Comunicação Prévia de Obra ser enviada ao sindicato dos trabalhadores da
categoria preponderante do local, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a partir de seu registro
eletrônico no Sistema de Comunicação Prévia de Obras - SCPO.

3.3.1 Para obras com até 180 (cento e oitenta) dias de duração, a organização responsável pela
obra deverá nomear, no mínimo, um representante da NR-05, aplicando-se o disposto no
subitem 3.1.2 quando existir frente de trabalho.

3.3.2 Para obras com até 180 (cento e oitenta) dias de duração, havendo no canteiro de obras
ou na frente de trabalho organização prestadora de serviços a terceiros, essa deverá nomear,
no mínimo, um representante da NR-05, quando possuir cinco ou mais empregados próprios no
local.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

3.5 Os membros da CIPA do canteiro de obras devem participar de treinamento, conforme


estabelecido nessa Norma.

3.5.1 O representante nomeado da NR-05 deve participar de treinamento com carga horária
mínima de oito horas, considerando o disposto no item 1.7 da NR-01 e observadas as
disposições gerais dessa Norma, com o seguinte conteúdo:

a) noções de prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;


b) estudo do ambiente e das condições de trabalho, dos riscos originados no processo
produtivo e das medidas de prevenção, de acordo com a etapa da obra; e
c) noções sobre a legislação trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no
trabalho; e
d) prevenção e combate ao assédio sexual e a outras formas de violência no trabalho.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

3.7 A CIPA do canteiro de obras será considerada encerrada, para todos os efeitos,
quando as atividades da obra forem finalizadas.

3.7.1 Consideram-se finalizadas as atividades da obra, para os efeitos de aplicação


do disposto nessa Norma, quando todas as suas etapas previstas em projetos
estiverem concluídas.

3.7.2 A conclusão da obra deverá ser formalizada em documento próprio pelo


responsável técnico da obra e cuja cópia deve ser encaminhada - física ou
eletronicamente - ao sindicato da categoria dos trabalhadores predominante no
estabelecimento.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

Principais atribuições da CIPA

 Elaborar e implementar um plano de trabalho para cada gestão;


 Verificar e identificar as condições dos locais de trabalho quanto aos riscos presentes nos processos de
trabalho, assim como à falta ou inadequação de organização e/ou de higiene; iluminação; falta de sinais,
placas de avisos, e outras desconformidades;
 Organizar o processo eleitoral da gestão seguinte;
 Reunir-se mensalmente para tratar de assuntos gerais da CIPA;
 Reunir-se extraordinariamente quando ocorrer acidente de trabalho grave ou fatal. É recomendável até 48
horas após a sua ocorrência e, sempre que possível, contando com a participação dos empregados
envolvidos no acidente, e
 Analisar todos os acidentes, com ou sem afastamento de trabalhadores, procurando identificar suas causas
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

Documentação mínima exigível no canteiro

 Atas de eleição e posse, quando exigido o processo eleitoral;


 Calendário de reuniões e Plano de Trabalho para o período;
 Atas de todas as reuniões ordinárias;
 Cópias de CAT e atas de reuniões extraordinárias se tiver ocorrido algum acidente;
 Certificados de treinamentos para membros da CIPA, junto com folhas de presenças
assinadas pelos participantes, material didático fornecido aos treinados e qualificação dos
respectivos instrutores;
 Indicação formal, com o respectivo aceite do empregado Designado para assuntos da NR-5,
se não estiver obrigada a compor a CIPA mediante processo eleitoral, e
 Elaboração dos Mapas de Riscos.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIPA NUM CANTEIRO DE OBRAS

Itens mais visados pela fiscalização

 Falta de algum dos documentos relacionados no item precedente;


 Inexistência da CIPA;
 Organização e funcionamento com falhas quanto à participação dos seus
membros e registros dos assuntos tratados;
 Atas desprovidas de melhor conteúdo prático;
 Falta de articulação tanto com o empregador quanto com os demais
empregados, e
 Inexistência de análises de acidentes e/ou de incidente

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