SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

SEGURANÇA
CÓDIGO: REF. NORMATIVA: NR 18

DATA: 16/04/2014 REVISÃO 00

PROCEDIMENTO ESCAVAÇÃO DE VALAS

1. OBJETIVO

Este procedimento fixa condições básicas para escavação de valas e montagem de escoramento,
de forma a atingir resultados aceitáveis de qualidade, preservando o meio ambiente, garantindo a
segurança e a saúde dos trabalhadores.

2. APLICAÇÃO

Esta Instrução de trabalho aplica-se a todas as obras, independente da execução ser realizada por
colaboradores próprios ou terceiros.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

• NBR ISO 9001 – Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos

• NBR ISO 14001 – Sistemas de gestão ambiental – Especificação e diretrizes para uso
• BS OHSAS 18001 – Sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional – Requisitos
• NBR 12266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água,
esgoto ou drenagem urbana;
• SiAC – Nível A – Saneamento Básico e Drenagem
• NBR- 9061 (segurança em escavações a céu aberto);
• NR- 18 (segurança na indústria de construção).

4. DEFINIÇÕES

Escavação: Remoção de solo, desde a superfície natural do terreno até a cota especificada no
projeto.

Escoramento: Toda estrutura destinada a manter estáveis os taludes das escavações.

5. RESPONSABILIDADES

• COLABORADORES

Cumprir as determinações contidas nesta Instrução de Trabalho, após receberem o devido

Treinamento.

• GERENTE DA OBRA E/OU ENGENHEIRO RESPONSÁVEL DA OBRA

Cumprir, e fazer cumprir, as determinações previstas nesta Instrução de Trabalho.

Disponibilizar recursos de pessoal, instalações, equipamentos e financeiros para a
operacionalização desta Instrução de Trabalho.

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Determinar a imediata intervenção nas atividades que estiverem em desacordo com as

determinações aqui contidas, readequando-as.

• ENCARREGADO OU SUPERVISOR DE OBRA

Cumprir, e fazer cumprir, as determinações previstas nesta Instrução de Trabalho.
Aplicar a Lista de verificação diariamente quando ocorrer trabalhos de escavação ou dentro da
mesma.

• EQUIPE DE QSMS LOCAL OU CORPORATIVA

Inspecionar as atividades relativas a esta Instrução de Trabalho;

Realizar Treinamentos, orientando a todos os colaboradores envolvidos (da CasaAlta ou suas
Subcontratadas) sobre os procedimentos aqui estabelecidos.

6. EQUIPAMENTOS

Equipamentos mínimos para execução das escavações e posicionamento de escoramentos:

Serviços Mecanizados Serviços Manuais

Retro escavadeira, escavadeira ou similar; Pá, Picareta, Vancas, Marreta, Martelete;
Caminhão Basculante; Carrinho de Mão;
Escoramento, quando aplicável;
Equipamentos topográficos de apoio e
controle; Bate estacas, quando aplicável;

7. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

7.1 CONDIÇÕES DE INÍCIO

A abertura das valas e travessias em vias ou logradouros públicos só poderá ser iniciada após
comunicação ao órgão municipal;
As escavações sob ferrovias, rodovias ou em faixa de domínio de concessionárias de serviços
públicos só poderão iniciadas depois de cumpridas as exigências feitas por elas;
A área de trabalho deve ser devidamente isolada e sinalizada;
Pesquisa de interferência (sondagem) concluída;
Definição da largura da vala conforme projeto ou em função do diâmetro do tubo;
Conclusão do serviço de locação e nivelamento pela equipe de topografia;
Utilizar escoramento conforme especificações técnicas ou projeto técnico, definido por
profissional habilitado;
Deve ser colocada sinalização e barreiras ao redor do local da obra, placas com a identificação da
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empresa e, casos onde o tráfego é liberado, devem ser colocados passadiços metálicos, se
aplicável;
Placas de sinalização devem ser instaladas para alertar sobre a existência de obras antes da
escavação a 50 e 100 metros ou conforme determinado em projeto específico de tráfego;
Deverá ser previsto local para disposição dos resíduos oriundos da escavação, mesmo que
provisório, obtendo as devidas autorizações;
Os serviços de escavação terão como responsável técnico aquele legalmente habilitado através da
ART da obra;
A cada 30m ou conforme definido em projeto, deve ser executada uma sondagem, a fim de checar
possíveis interferências;
Aplicar diariamente a PT (Permissão de Trabalho);

7.2. MÉTODO EXECUTIVO - ESCAVAÇÃO

7.2.1 ESCAVAÇÕES

Para locais onde existe pavimento deve-se cortar o revestimento usando a serra clipper,
martelete ou marreta;
A escavação deve ser executada acompanhando o traçado e profundidades definidos pela
topografia com base nos projetos;
A escavação deve ser executada conforme especificações técnicas, memoriais descritivos e/ou
projetos técnicos;
Se a escavação vier colocar em risco galerias de águas pluviais, canalizações de água, gás e outras,
devem ser executados um escoramento adequado para sustentação desta;
Muros, edificações vizinhas e outras estruturas serão devidamente escoradas caso possam ser
afetados;
As escavações disporão de escadas ou rampas, próximas aos locais de trabalho, a fim de permitir
fácil rápida saída dos trabalhadores;
Os materiais retirados das escavações serão depositados a uma distância
maior que a metade da profundidade, medida a partir de sua borda;
Prever sinalização noturna (iluminação ou faixas refletivas) em caso de em vias escavação públicas;
Deverão ser previstas passarelas resistentes, com rodapé e guarda corpo a distâncias adequadas
para que os funcionários e transeuntes (área urbana) possam atravessar com segurança. A largura
mínima deve ser de 0,80 m;

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Escavação em rocha pode ser:

a) A frio, quando se tratar de rocha fraturada, ou branda, quando colocar em risco as

edificações e serviços existentes nas proximidades ou quando for desaconselhável ou
inconveniente o uso de explosivos por razões construtivas ou de segurança;
b) Á fogo, quando se tratar de rocha sã, maciça, e desde que não apresente riscos às
construções vizinhas.

Executar lastro no caso de presença de água, rebaixando o fundo da vala, utilizando material
previsto em projeto.

7.2.2 DISPOSIÇÃO DO MATERIAL ESCAVADO

O material extraído deve ser armazenado ao longo da vala ou outro local próximo mediante
aprovação, ou removido do local caso contrário;
Depositar o material a uma distância superior a metade profundidade da vala a partir da borda da
vala; Outros materiais devem ser dispostos
separadamente ao material de escavação, materiais
contaminados (odor e visual característico) devem ser
dispostos em locais impermeáveis, como caçambas,
containeres ou áreas providas de piso impermeável,
locais estes devidamente identificados através de
placas de sinalização.
Caso não haja lugar para armazenamento do material
extraído, próximo ao local de trabalho, o mesmo deve
ser removido.
O material que não puder ser reaproveitado deve ser
transportado através de um meio licenciado (caminhão basculante, caçamba, containner, caixa-
brooks) para aterro devidamente licenciado pelo órgão municipal, estadual e federal.

7.3. MÉTODO EXECUTIVO - ESCORAMENTOS

Escoramento pode ser descontínuo ou contínuo, de madeira, metálico ou madeira e metálico. O

uso do escoramento adequado deve ser especificado em projeto e, na falta deste, deve ser
determinado pelo responsável da obra.
Para escavações abaixo do lençol freático, em solos que apresentam dificuldades quanto à fixação,
estanqueidade e equilíbrio do fundo de vala, o escoramento deve ter uma profundidade adicional
no fundo da vala.
Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, no local, deve ser devidamente
ventilado e monitorado.

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Caso na localidade em que será executado o escoramento, as bitolas comerciais de tábuas,

pranchas e vigas não coincidam com as indicadas, deverão ser utilizadas peças com módulo de
resistência equivalente ou com dimensões imediatamente superiores.

7.3.1. Escoramento descontínuo em madeira - pontaleteamento

Este tipo de escoramento geralmente é usado em solos coesivos, acima do lençol freático, em
profundidade de até 1,50m;

A superfície lateral da vala deve ser contida por tábuas verticais, espaçadas de 1,35m, travadas
horizontalmente por estroncas de madeira, espaçadas horizontalmente de 1,00m;

7.3.2. Escoramento descontínuo em madeira

Este tipo de escoramento deve ser usado em solos coesivos acima do lençol freático, em
profundidades maiores que 1,50m;
A superfície lateral da vala deve ser contida por tábuas verticais espaçadas de 0,30m, travadas
horizontalmente por longarinas em toda sua extensão, espaçadas verticalmente de 1,00m, com
estroncas de madeira, sendo que a primeira deve ser colocada a 0,40m da extremidade da
longarina;

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7.3.3. Escoramento contínuo em madeira

Este tipo de escoramento deve ser usado em solos arenosos, com baixa coesão, sem presença de
nível d’ água e com profundidade de até 3,00m;
A superfície lateral da vala deve ser contida por tábuas verticais encostadas umas nas outras,
travadas horizontalmente por longarinas em toda a sua extensão, espaçadas verticalmente de
1,00m, com estroncas de madeira, sendo que a primeira estronca deve ser colocada a 0,40m da
extremidade da longarina e as demais espaçadas de 1,35m.

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7.3.4 Escoramento com estaca prancha (Especial)

Este tipo de escoramento deve ser usado em escavações com profundidade acima de 1,50m;
A superfície lateral da vala deve ser contida por estacas pranchas metálicas cravadas, travada
horizontalmente por longarina em toda sua extensão, espaçadas verticalmente de 1,00m, com
estroncas de madeira, sendo que a primeira estronca deve ser colocada a 0,40m da extremidade
da longarina e as demais espaçadas de 1,35m;
A cravação das estacas deve ser feita por bate-estacas, martelo vibratório, pré-furo ou retro
escavadeira; Sistema de cravação a ser adotado não deve oferecer danos à estabilidade do solo

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e edificações vizinhas.

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7.4. Remoção de escoramento

A remoção do escoramento deve ser executada a medida que avance o aterro e a compactação.
Ao atingir o nível inferior da última camada de estroncas, devem ser removidas as peças de
contraventamento (estroncas e longarinas), bem como os elementos auxiliares de fixação
(cunhas, travamentos e etc.), desta forma devem ser retiradas as demais camadas de
contraventamento;
Os furos deixados no terreno pela retirada de montantes ou pontaletes devem ser preenchidos e
compactados.

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Se houver a necessidade de deixar o escoramento definitivamente na vala, a cortina de

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escoramento deve ser retirada numa faixa de 0,90m abaixo do nível do pavimento ou da
superfície existente.
Só devem ser reutilizadas as peças que não comprometem a estabilidade das paredes laterais da
escavação.

8. CONSIDERAÇÕES DE MEIO AMBIENTE

Os resíduos gerados nas atividades produtivas devem ser gerenciados conforme Plano Diretor de

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Resíduos e Efluentes (PDRE) das Unidades/Obras;

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São consideradas boas prática ambientais a substituição de materiais usuais pelos alternativos e
ecologicamente corretos;
Devem ser considerados os Aspectos e Impactos das atividades a fim de prevenir e otimizar os
processos produtivos, prevenindo a poluição, reduzindo o consumo de recursos e evitando a
geração de resíduos. Antes do início dos trabalhos de escavação, deve ser verificada
disponibilidade de aterro para descarte ou local de armazenamento temporário da terra.
As madeiras para escoramento devem ser adquiridas somente através de comprovação de
procedência pelo DOF – Documento de Origem Florestal, fornecido pelo IBAMA.

9. CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

• Antes de começar a escavação ou formação de bancadas, O SMS local deverá ser informado.
O trabalho somente poderá ser iniciado após a autorização prévia. Também devem ser
levados em consideração os riscos em potencial vindos de níveis superiores.
• As escavações, trincheiras e áreas adjacentes deverão ser inspecionadas após cada chuva e à
medida que as condições do solo se modificam, e à medida do necessário pela duração do
serviço. Se houver algum sinal de risco, precauções deverão ser tomadas antes que seja
retomada a tarefa, realizando um novo laudo de estabilidade.
• Poderá existir necessidade de esgotamento de valas com uso de bombas.
• Os funcionários não poderão trabalhar em escavações onde estiver ocorrendo acúmulo de

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água, a não ser que tenham sido tomadas as devidas precauções para proteger os
funcionários contra o risco criado pelo acúmulo de água que consiste em drenagem da vala.
• As escavações que estiverem próximas a vibrações provenientes de trânsito de veículos ou
de trens, ou máquinas em operação (como, por exemplo, guindastes, etc.), deverão receber
um sistema de apoio ou proteção (escorado, contraventado, etc).
• Para a validação do laudo de estabilidade é necessária a presença do responsável técnico da
área (Engº Civil ) com ART para este fim.
• Os sistemas protetores deverão ter condições de suportar todas as cargas que são
pretendidas para o sistema ou que possam razoavelmente ser esperada.

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• As paredes laterais, taludes e faces de todas as escavações serão protegidos por algum meio

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eficaz para manter a estabilidade, seja a construção de bancadas, uso de malha de arame,
cortinas escoradas, etc. Escoramentos deslizantes de trincheira poderão ser usados em vez
de escoras ou formação de rampas.
• O sistema de proteção contra desmoronamento deverá seguir as recomendações da NBR-
9061 (segurança em escavações a céu aberto), caso o talude da escavação ultrapasse altura
de 1,25 m.
• Os funcionários deverão ser protegidos contra materiais escavados ou outros materiais ou
equipamentos que possam representar um perigo ao cair ou rolar para dentro da escavação.

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Essa proteção será representada pela colocação e manutenção destes materiais ou
equipamentos a pelo menos metade da profundidade escavada, da borda da escavação, ou
pelo uso de dispositivos de retenção que sejam suficientes para evitar que os materiais ou
equipamentos caiam ou rolem dentro da escavação, ou pela combinação de ambos. Se
adentar qualquer funcionário dentro das valas o mesmo deve estar preso a um cinto tipo
paraquedista com cordas e as mesmas amarradas a um ponto de ancoragem a fim de puxa-lo
em caso de acidentes dentro da escavação.
• Quando forem utilizados equipamentos móveis de qualquer espécie perto de escavações ou
trincheiras, serão providenciados barreiras ou postes de parada. Todas as fossas, cisternas,
poços, trincheiras ou outras depressões que apresentam risco de queda deverão ser
bloqueadas ou cobertas.
• A poeira deverá ser controlada por meio do uso de água ou outros métodos seguros para
manter seu nível o mais baixo possível.
• Os sistemas de rampas e/ou bancadas para escavações que tenham entre 1,25m e 6m de
profundidade deverão ser selecionados e implantados pela empresa em conformidade com
as normas adequadas de engenharia.
• Todo material proveniente da escavação deverá ser depositado no mínimo a uma distância
de 1/2 vezes a profundidade prevista da escavação.
• Após a locação da escavação a ser realizada, esta deverá ser protegida por tela ou guarda
corpo, quando esta ultrapassar a profundidade de 0,40m.

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10. CONTROLE DE REGISTROS

Os registros gerados neste processo são:

Ficha de liberação de serviços de escavação de vala (PERMISSÃO DE TRABALHO)

Nota: Organizar arquivo técnico da obra conforme diretrizes previstas

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ANEXO – I

CROQUIS - CONFIGURAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO NA FAIXA

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