Você está na página 1de 9

Lei Paulo Gustavo

CARTILHA RESUMIDA PARA


GESTORES
O que é a Lei Paulo Gustavo?

Autoriza a utilização dos recursos originalmente arrecadados e


destinados ao setor cultural identificados como superávit
financeiro apurado em balanço das fontes de receita vinculadas
ao Fundo Nacional da Cultura (FNC) e Fundo Setorial do
Audiovisual (FSA).

Destina R$3,862 bilhões para aplicação em ações emergenciais


que visem a combater e mitigar os efeitos da pandemia da covid-
19 sobre o setor cultural.

As ações executadas serão realizadas em consonância com o


Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de
colaboração, de forma descentralizada e participativa.

E por que cerca de 70% dos recursos são


destinados para o audiovisual?

Devido ao fato de que estes quase


R$3 bilhões estão alocados no
Fundo Setorial do Audiovisual,
provenientes de diferentes fontes do
setor (como o CONDECINE), e não
podem ser transferidos para outros
setores.

Entretanto, é importante destacar


que o audiovisual é uma linguagem
que interage com diferentes
linguagens em seu processo de
criação e produção (literatura, artes
cênicas, música, artes visuais etc).
Como será a participação social e a governança na
implementação da LPG?

A Lei obriga a promoção de


discussão e consulta à
comunidade cultural e aos demais
atores da sociedade civil sobre
parâmetros de regulamentos,
editais, chamamentos públicos,
prêmios ou quaisquer outras
formas de seleção pública
relativos aos recursos.

A participação deve se dar por


meio de conselhos de cultura, de
fóruns direcionados às diferentes
linguagens artísticas, de
audiências públicas ou de reuniões
técnicas com potenciais
interessados em participar de
chamamento público, sessões
públicas presenciais e consultas
públicas, desde que adotadas
medidas de transparência e
impessoalidade, cujos resultados
deverão ser observados na
elaboração dos instrumentos de
seleção de que trata este
parágrafo.
Como deverá ser o Plano de Ação?

Os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios poderão manifestar o
interesse em receber os recursos
destinados ao audiovisual (e quais
incisos) e/ou os recursos destinados
às multilinguagens.

As ações emergenciais previstas no


plano de ação poderão ser
remanejadas ao longo de sua
execução.

Qual será o papel da sociedade civil?

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão promover a


discussão e a consulta junto à comunidade cultural e aos demais
atores da sociedade civil sobre parâmetros de regulamentos,
editais, chamamentos públicos, prêmios ou quaisquer outras
formas de seleção pública relativa aos recursos da lei, seja por
meio de conselhos de cultura, de fóruns direcionados às
diferentes linguagens artísticas, de audiências públicas ou
reuniões técnicas com potenciais interessados em participar do
chamamento público, sessões públicas presenciais e consultas
públicas, desde que adotadas medidas de transparência e
impessoalidade.
PREPARAÇÃO DO ENTE FEDERATIVO
Passo-a-passo:

1-Preparação do ente federativo


2-Manifestação de interesse
3-Adequação Orçamentária e Regulamentação
4-Elaboração dos instrumentos para repasse de recursos

Nesse momento é importante que os gestores entendam que,


mesmo sendo uma ação da pasta da cultura, é importante o
diálogo direto e constante com os setores jurídicos e contábeis do
poder público, bem como a participação da sociedade civil, seja
por meio do Conselho de Cultura ou um Comitê criado
especificamente para esse fim. E a partir desse diálogo será
possível seguir para os próximos passos.

Acesso ao recurso pelos Estados e Municípios:

Para ter acesso ao recurso, Estado e Municípios deverão


manifestar interesse em receber sua parcela prevista nos artigos
5º e 8º desta Lei Complementar, ou somente os valore previstos no
artigo 5º ou no artigo 8º, junto à Plataforma TransfereGov (antiga
plataforma + Brasil), quando esta abrir o acesso para a
solicitação.

Após a abertura de acesso pela Plataforma TransfereGov,


Estados, o Distrito Federal e os Municípios apresentarão, em até 60
dias, o plano de ação para solicitar os recursos previstos no art. 5º
e no art. 8º, conforme a escolha de que trata o § 3º deste artigo.
O Plano de Ação deverá ser preenchido na Plataforma
TransfereGov, indicando os seguintes campos:

- Dados Básicos: Informações do Município, Dados Bancários,


Justificativa, Objetivo, Valor, Vigência e Fundo Vinculado.
- Metas: Informações sobre metas e ações que serão executadas
pelo ente federativo bem como o valor correspondente de cada.
- Destinação de Recursos: Identificação dos itens de despesas
previstos, ex. Premiação, Serviços de Pessoa Física, Jurídica, bem
como os valores de cada.

Não é obrigatório que o Plano de Ação contenha todos os incisos


do Art. 5º e Art. 8º, ou seja, o ente federativo pode optar entre eles
e, inclusive, entre os artigos, não sendo obrigatória a execução de
ambos. Vale lembrar que, abrindo mão da execução de um dos
artigos, se abre mão também do recurso destinado para essa
execução.

Após o envio do Plano de Ação o ente federativo


deve acompanhar o status de análise do mesmo,
dentro da Plataforma TransfereGov. Como
resposta da plataforma, o plano pode ser
autorizado ou devolvido para complementação.
Para os planos autorizados, o repasse do recurso
deve acontecer em até 90 dias.
Mas e a Regulamentação da Lei, quando sai?

Segundo as últimas informações oficiais, extraídas das Plenárias já


realizadas em alguns Estados, o cronograma atual prevê o
seguinte:

- A regulamentação federal deverá sair no início do mês de abril;

- Abre a Plataforma TransfereGov em abril (novo nome da antiga


Plataforma Brasil);

- Estados e Munícipios terão prazo de 60 dias para apresentarem


seus Planos de Ação de uso dos recursos (quanto antes
apresentarem, mais rápido recebem o recurso);

- A partir do recebimento do recurso, começam a contar os prazos


da Lei PG, que são:
▫️ 60 dias pra adequação e ajuste aos Planos de Ação (caso
necessite)
▫️ 120 pra Estados e 180 dias para municípios realizarem
adequação orçamentária.

Alguns links importantes sobre a lei:


Comitê Paulo Gustavo no Instagram


Lei Paulo Gustavo - LEI Nº 195 DE 08/07/22


Tabela de Repasses por Município


07
O QUE JÁ PODEMOS FAZER ANTES DA
REGULAMENTAÇÃO?

Municípios e os Estados, assim como o


Distrito Federal, já podem adiantar:

A - Processos de escutas, e/ou criar


mecanismos que garantam a
participação efetiva da sociedade civil
em toda implementação e na execução
da LPG (a Lei exige essa escuta);

B - Atualizar seus cadastros na


Plataforma TransfereGov;

C - Entregar a prestação de contas da


Lei Aldir Blanc 1 e/ou justificar
devidamente sua
ausência/impossibilidade desta
entrega;

D - Iniciar, após as oitivas, a elaboração


das minutas do Plano de Ação e dos
Editais.

Os Fazedores/as de Cultura já podem


adiantar:

A - Contribuir para a implementação da


LPG na sua cidade, estado ou região
propondo e/ou participando das oitivas;

B - Realizar cursos gratuitos, no youtube


por exemplo (assim como
eventualmente contratar especialistas
de confiança), sobre a elaboração,
execução e toda gestão de projetos
culturais.
Contatos

AMULETO PRODUTORA
CULTURAL E CRIATIVA

Whatsapp: (31) 97239-8757


amuletoprodutora@gmail.com
Instagram: @amuletoprodutora

Você também pode gostar