O caso Araceli se trata sobre o assassinato, com indícios de violência
sexual, de uma garota de 8 anos chamada Araceli Cabrera Sánchez Crespo no
dia 18 de maio de 1973, na qual seus acusados saíram impunes, em um dos casos mais horríveis da história nacional. Araceli teria saído mais cedo a pedido de sua mãe, no entanto nunca mais voltou. Seis dias depois de seu desaparecimento, seu corpo foi encontrado desfigurado pelo uso de ácido, e uma perícia feita na época constou que Araceli havia sido drogada, abusada sexualmente e assassinada, e o que a causou sua morte foi decorrente de uma intoxicação por barbitúricos. Esse caso teve como principais suspeitos Paulo Constanteen Helal e Dante Michelini, que eram pessoas de famílias muito influentes no Espírito Santo.
O caso acabou ganhando grande notoriedade nacional, não apenas
pela brutalidade do crime, mas também pelas controvérsias que o circundam. Entre os mistérios, está a morte de testemunhas antes de depor em tribunal, boatos de que as diligências processuais foram dificultadas pela influência das famílias do réus e a morte do Sargento responsável pelas investigações com tiros nas costas. Nenhuma dessas acusações foram provadas.
Em 1980, “Paulinho e Dantinho” foram condenados a pena de 18 anos
de reclusão pelo juiz Hilton Sily, entretanto, os réus recorreram do processo e novas investigações foram abertas. Em 1991, o juiz Paulo Copolilo anulou a sentença alegando falta de provas.