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O CDV pode invader o SNC pela via anterógrada → utilizando o bulbo olfatório como o
principal órgão-alvo viral.
Uma vez que o vírus invade o sistema nervosa → os sintomas neurológicos manifestam-se
predominantemente como:
A desmielinização→ uma alteração patológica típica causada pela infecção por CDV no
cérebro → coincide com a infecção por CDV dos astrócitos→ SLAM e nectina-4 não foram
detectados em astrócitos (sustentação e a nutrição dos neurônios)
O CDV pode infectar uma variedade de células nervosas no SNC por meio de receptores
neurais ainda não identificados, como o GliaR, que está relacionado à infecção de células
gliais.
A identificação dos alvos do gene hospedeiro necessários para a infecção viral pode fornecer
candidatos promissores para a inibição farmacológica.
Um curso rápido e fatal da doença está correlacionado com viremia persistente e falta de
anticorpos neutralizantes de vírus no soro -→ Resposta imune antiviral robusta pode permitir
que o indivíduo infectado elimine o vírus, resultando em recuperação.
Cães jovens são mais propensos a desenvolver doença aguda do que cães adultos.
Quais espécies
são
acometidas?
Três mustelídeos e um canídeo (raposa vermelha) apresentaram sinais clínicos ➔
consistentes com o surgimento de uma cepa viral altamente patogênica ➔ antígeno
CDV localizado principalmente no sistema nervoso central, pulmões, baço e nódulos
linfáticos.
A análise foi conduzida em dados de vigilância passiva de casos de cinomose canina
(CDV) -positivos de mamíferos selvagens entre janeiro de 1975 e dezembro de 2019.
Estas descobertas demonstram que os pandas gigantes são susceptíveis ao CDV e sugerem que a
vigilância e vacinação entre todos os pandas gigantes em cativeiro são necessárias para apoiar os
esforços de conservação desta espécie ameaçada.
População de leões do Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia, no início de 1994, resultando
em doença neurológica fatal caracterizada por convulsões e mioclonia ➔ os leões que morreram
tiveram encefalite e pneumonia.
Como o MeV (vírus do sarampo) apresenta imunidade de proteção cruzada com o CDV,
apenas a população não imunizada para o MeV pode ser suscetível ao novo CDV
Como é
transmitido?
A transmissão do vírus ocorre por
meio de aerossóis e gotículas
infectantes provenientes das
excreções e secreções corpóreas
dos animais infectados.
• Em tecidos e secreções, ele sobrevive por 1 hora a 37°C, por 3 horas em 20°C e
por semanas entre 0°C e 4°C.
→ O animal no início da infecção pode apresentar sinais clínicos leves como: anorexia,
desidratação, depressão, além do pico febril de 39,5 a 41°C.
→ Seus sinais clínicos não seguem uma ordem especifica e podem apresentar-se
isoladamente ou de forma continua.
Um segundo pico febril pode acontecer, fazendo com que esses sinais sejam percebidos de
forma mais intensa → Outros sinais podem surgir como: a secreção nasal, ocular e a
febre pode continuar intermitente no decorrer dos dias.
SINAIS CLÍNICOS
A doença após a fase aguda pode desenvolver-se em quatro fases manifestando os
sinais clínicos de acordo com o local acometido, sendo elas:
• Respiratória,
• Gastrointestinal,
• Cutânea e
• Nervosa
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Rinite;
• Conjuntivite;
• Descarga oculonasal serosa a
mucopurulenta;
• Tosse produtiva com taquipneia,
• Dispneia e
• Ausculta pulmonar anormal
(crepitações), sendo que estes são
induzidos pela pneumonite intersticial
(efeito viral primário) evoluindo para
uma broncopneumonia generalizada
por infecção bacteriana secundária.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
• Vômito,
• Diarreia sanguinolenta ou sem a presença de
sangue,
• Febre, anorexia, desidratação, consequentes
das infecções secundarias.
FORMA CUTÂNEA
• Hiperqueratose de coxins e focinho,
• Dermatite com pústulas abdominais,
• Descamação abdominal
• Além disso, as manifestações oculares
também são bastante comuns como a
ceratoconjuntivite seca e uveíte que se não
tratadas podem acarretar cegueira
SISTEMA NERVOSO
• Mioclonia,
• Nistagmo,
• Ataxia,
• Tetraparesia ou plegia
SINAIS CLÍNICOS
A primeira evidência da presença da infecção é sugerida na fase respiratória pelo sinal
clínico de secreção ocular ou nasal, serosa a mucopurulenta, seguidas dos
demais sintomas observados nessa fase.
Na fase cutânea, são mais observados hiperqueratose dos coxins plantares e no nariz.
ANAMNESE
+
EXAMES LABORATORIAIS
DIAGNÓSTICO
Rotineiramente a maioria dos diagnósticos presuntivos são baseados em:
• anamnese,
• sinais clínicos e
• achados hematológicos consistentes como a observação de corpúsculos de
Lentz podendo ser visualizado em hemácias e/ou leucócitos normalmente
na fase virêmica da infecção.
EXAMES LABORATORIAIS
• ISOLAMENTO VIRAL → células de rim de furão, cultura de macrófagos alveolares
de cães e células Vero.
EXAMES LABORATORIAIS
• DETECÇÃO DE ANTICORPOS
Embora o teste de neutralização de vírus seja o padrão ouro é demorado e requer habilidades de
virologia convencionais para realizar o teste e o manuseio de vírus vivos → Isso o torna menos
preferível em relação a outros ensaios imunológicos como ELISA.
EXAMES LABORATORIAIS
• DETECÇÃO DE ANTICORPOS
O ELISA é amplamente utilizado para detectar anticorpos IgM e IgG até três meses de infecção em
cães e hospedeiros não caninos, além de fornecer especificidade e sensibilidade consistentes como
teste de neutralização do soro.
A detecção do ácido nucleico não requer o vírus vivo nas amostras, conforme exigido no isolamento
do vírus.
RESPOSTAS VARIÁVEIS
• A ribavirina na dose de 30mg/kg ao dia, por via oral, vem sendo associada com o
dimetil-sulfóxido (DMSO) na dose de 20mg/kg ao dia de forma intravenosa, diluído em
solução 10 a 20% de cloreto de sódio (NaCl) a 0,9% ambos por 15 dias (FREIRE e
MORAES, 2019)
• Essa interação pode servir como uma maneira de transportar o fármaco por
membranas celulares → O DMSO é um antinflamatório com propriedades solventes,
e ajuda o medicamento a ultrapassar as barreiras da célula.
TRATAMENTO
• O tratamento dos distúrbios neurológicos na cinomose são menos compensatórios →
a encefalite multifocal progressiva → pode resultar em tetraplegia e até situações em
que a eutanásia é recomendada.
• Não é uma opção inicial sacrificar os cães, a não ser que os distúrbios neurológicos
evoluam ou sejam incompatíveis com a vida.
https://www.youtube.com/watch?v=cBbkpQ2tono
TRATAMENTO
VACINAÇÃO
As cepas de vacinas de vírus inativados com formalina foram usadas anteriormente para fornecer
imunidade ativa aos cães → A vacina inativada induz menos títulos de anticorpos e é menos eficaz.
As cepas vivas atenuadas por cultura de células, Ondersteepoort, Synder Hill, Lederle, Convac e
Rockborn são amplamente utilizadas como vacinas vivas atenuadas. Essas cepas de vacina fornecem
imunidade efetiva até 4,4 anos em cães.
VACINAÇÃO
As cepas vacinais amplamente utilizadas pertencem à linhagem America-1, que possui variação
genética significativa das cepas circulantes de CDV.
Verificou-se que a cepa Rockborn possui a virulência residual que causa encefalite pós-vacinação,
portanto seu uso foi retirado em meados da década de 1990.
VACINAÇÃO
As vacinas existentes no mercado são vivas atenuadas ou recombinantes.
As vacinas vivas atenuadas possuem o vírus enfraquecido após processo de atenuação de sua
virulência, enquanto que, a vacina recombinante utiliza um vetor onde se insere parte do genoma
do Morbillivirus, responsável pela expressão dos epítopos imunogênicos (H e F) que conferem a
proteção → Portanto, a reversão de virulência não é possível acontecer com essa tecnologia,
conferindo extrema segurança.
VACINAÇÃO
• Inomune®, Nobivac®, Duramune®, Eurican® e Vanguard® ➔
Vacinas com vírus atenuado.
Recomenda-se aplicação de dose em filhotes após o declínio dos anticorpos maternos → 6/8
semanas.
O intervalo preconizado entre as doses deve ser em torno de três a quatro semanas, sendo que a
última dose deve ser realizada por volta da décima sexta semana de vida e, depois, com um ano
de idade, para se transpor a interferência dos anticorpos maternos.
Conservação adequada!
VACINAÇÃO
RELATOS DE ENCEFALITE PÓS VACINAL: