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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENSINO

DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Colbert Martins da Silva Filho


Prefeito de Feira de Santana

Anaci Bispo Paim


Secretária Municipal de Educação

Antônio Carlos Martins Argolo


Chefe de Gabinete

Jozelia Araujo Oliveira


Diretora do Departamento de Ensino

Ana Maria Alves dos Santos e Silva


Chefe da Divisão de Educação Infantil

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Realização: Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana


Coordenação Geral: Divisão de Educação Infantil
Organização do Documento:
Candice Teles Dantas Diniz
Darlene da Silva Miranda Lima
Elisa Carneiro Santos de Almeida
Fabiana Castelo Branco
Maria José Araújo Meireles
Elaboração da versão preliminar do Caderno de Objetivos de Aprendizagem (COA): Candice Teles Dantas Diniz, Darlene da
Silva Miranda Lima, Elisa Carneiro Santos de Almeida, Fabiana Castelo Branco de Santana, Maria José Araújo Meireles.

Revisão da versão final do Caderno de Objetivos de Aprendizagem (COA): Candice Teles Dantas Diniz, Darlene da Silva
Miranda Lima, Elisa Carneiro Santos de Almeida, Fabiana Castelo Branco de Santana, Maria José Araújo Meireles.

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Elaboração da versão final (Professoras autoras):


Adenilza Maria J. C. Silva Beatriz de S. Santos Déborah G. F. Souza
Afrânia J. dos Santos Bruna Karine P. Souza Denise de A. M. Santos
Ailena R. Barbosa Carla D. de Figueiredo Edilene M. Souza
Aline dos S. Souza Carolina A. S. de Queiroz Edineia L. da Silva
Aline L.Vitória Célia Regina dos S. Ferreira Eliana A. de Oliveira
Alix Vanessa M. L. Soares Celidalva Maria da S.Castelo Elicleide P. da S. Lima
Ana Alice R. dos Santos Cirleide S. dos S. Santiago Elienai S. Galvão
Ana Charle C. Costa Claudia l. da Silva Eliete C. Sales
Ana Cristina P. Lima Claudia R. Trindade Elione A. dos Santos
Ana Kelly R. de Freitas Clediane de O. Silva Elisama de J. S. Reis
Ana Maria B. Vitoria Conceição S. M. de Carvalho Elisangela L. C. Souza
Ana Meire C. Ferreira Cristiane da S. Assunção Elys Regina S. B. D. Gouveia
Ana Paula B. dos Santos Cristiane L. de A. Bastos Emille F. M. Oliveira
Ana Paula dos S. Bastos Cristiane S. C. Lôbo Eudete S. L. de Almeida
Anaíres S. de Oliveira Cristiane V. T. dos Santos Eugenia S. Lima
Andrea B. de Oliveira Daiane O. de Jesus Fabiana S. S dos Santos
Andréia C. da Encarnação Daniela Nascimento de J. Silva Fernanda G. de S. Neves
Andrêza C. da Cunha Daniela S. Santos Fernanda N. dos S. França
Ane Camili S. Nascimento Danielle B. C. Machado Fernanda R. Santiago
Anete Maciel da Cruz Danielle B. C. Marchado Francineide T. Quadro
Antonia Maria B. C. Jesus Danielle dos S. C. Oliveira Francisca A. dos S. Monteiro
Ariana L. Alves Daniely dos S. S. Vieira Francisca de A. F. Mota
Ariane S. Cerqueira Dayse Dayane S. Barreto Francisca Juliene de M. Sales

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Gilsa Rita da S. Oliveira Joice L. F. S. dos Santos Ludimila Maria A. dos Santos
Gilvane da S. Cerqueira Joilda L. de A. Silva Luz Marina S. Santos
Giovanna O. C. de Cerqueira Joseane da S. E. Santo Luzinete A. Santos
Gisele Adriana S. A. Pinheiro Josenilda Débora S. Silva Luzinete O. Souza de Oliveira
Gisele B. N. Ramos [Josevania M. de A. Barbosa Magali C. Santos
Gisele G. P. Barbosa Josiane S. P. Pereira Márcia da S. Alves
Helena Maria F. da S. e Silva Juliana M. G. Rios Márcia Maria D. P. dos Santos
Iara F. P. Belmonte Jussara F. Pereira Maria Auxiliadora P. de Jesus
Ida Lyna de J. A. Neta Juvenice P. P. Coelho Maria da Conceição C. dos
Ideojane m. Conceição Kadija de J. M. Nunes Santos
Iracilda Reis dos S. Nascimento Karine A. de Melo Maria da Glória Soares
Iraildes P. de Almeida Karine C. de O. de Azevedo Maria da P. A. X. Santos
Íris de Lourdes da S. Dultra Karine S. S. Mercês Maria das Graças S. Gomes
Izabel da S. S. Soares Laise R. de J. A. Pires Maria de Fátima L. Santana
Jacimeire M. Borges Laiza S. de Menezes Maria do Carmo de A. Alves
Jacivane M. Andrade Laizza C. Santos Maria do Carvalho
Jairan G. R. Ledoux Leide Ane G. P. de Jesus Maria Helena l. N. Santos
Jamile C. Amaral Leide Daiana S. V. Soledade Maria Israelita R. Pereira
Janaice L. Santos Lorena P. do Nascimento Maria José B. de Barros
Jaqueline S. Oliveira Luana S. da S Carvalho Maria José da S. Lobo
Jassi de J. Bispo Lubia A. Santos Maria Marleide B. T de Miranda
Jéssica S. Santos Luciene A. Dias Maria Selma N. Oliveira
Joelma dos S. Ferraz Lúcimar C. Moreira Maricelia B. Andrade
Joelma S. de M. Almeida Lucivete S. M. de Freitas Mariclea F. S. e Silva

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Mariluzia S. da Silva Regiane S. de S. Souza Silvanilda D. Lobo


Mariza O. Silva Regina Lucia S. Oliveira Simone B. de Almeida
Marleide T. Quadro Rejane C. B. Santana Sirleide S. Santos
Milena M. Amorim Rejane C. B. Santana Sthefany da Silva
Milena Vitorio de C de Carvalho Renata S. M. Lima Suzane S. Alborgaria
Milla l. Souza Rita de Cássia da S. dos S. e Tamires B. Rocha
Monaliza C. da Silva Santos Tania Mara M.S. Cerqueira
Mônica R. Santos Rita de Cássia f. Ataide Tânia Suely Q. Pinheiro
Narlucy S. Silva Rita de Cássia L. Tigre Tanimar R. P. Coutinho
Nelba F. de O. C. Almeida Rita Lucia S de Jesus Tatiane P. de Jesus
Neuza Maria dos A. Silva Roberta N. S. Andrade Telma dos S. Moreira
Nialine N. M. Oliveira Rode M. Oliveira Valdelice L. dos Santos
Nilda B. C. de Moura Rogelma R. dos S. B. Miranda Valdenize B. Santos
Nilmara A. P. P. de Almeida Rosemeire P. da S. Ramos Valentina G. da S. T. Ramos
Nina de C. C. Lima Roza Angelica Q. Ribeiro Vanessa M. da Silva
Patrícia C. da Silva Sabrina de J. Silva Vânia dos S. S. Nogueira
Paula Tanira N. de Santana Salete R. O. Mota Vera Lúcia F. e Franco
Polyanna R. Ataide Sara C. de A. Silva Vilane S. Lima
Priscila S. Magalhães Séfora W. B. Pinho Vilma S. da Silva
Quétila Ione B. Gama Sheila de L. Almeida Virgínia Lúcia S. Ferreira
Rafaela R. Dias Sheila Magaly de Jesus Vieira

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Comissão de revisão: Adenilza Maria de Jesus Carneiro da Silva, Candice Teles Dantas Diniz, Dalila Pires Lima Evangelista de
Almeida, Darlene da Silva Miranda Lima, Elisa Carneiro Santos de Almeida, Fabiana Castelo Branco de Santana, Maria José
Araújo Meireles.

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Apresentação

Colegas professores, coordenadores e gestores!

Este documento apresenta os Objetivos de Aprendizagem para a educação infantil da rede pública municipal de educação
de Feira de Santana. Trata-se de um documento engajado no movimento de construção coletiva da nossa Proposta Curricular,
quando foram ouvidas/os professoras/es, gestoras/es, coordenadoras/es, funcionárias/os, crianças, mães e pais. Esta Proposta,
fundamentada em concepções teórico-metodológicas de orientação para o desenvolvimento do currículo nas escolas de educação
infantil da rede pública municipal, foi base para a escrita do Caderno de Objetivos de Aprendizagem (COA), juntamente com as
Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (BRASIL, 2009), com a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) e
o Documento Curricular Referencial da Bahia (BRASIL, 2019).
Entre 2018 a 2020, os diálogos com as/os professoras/es e equipe gestora continuaram! Utilizamo-nos de espaços
formativos intra e extraescolares com o foco na ampliação e reformulação destes objetivos de aprendizagem de acordo com cada
realidade escolar. Por conceber o currículo em seus movimentos de construção e reconstrução do conhecimento, não podemos
deixar de considerar as vozes, consonantes e dissonantes das/os professoras/es e crianças que o configuram em suas salas de
aula.

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Os Objetivos de Aprendizagem referem-se aos saberes e as dimensões (pessoal, socioemocional, cognitiva, físico-motora,
artística) que a criança precisa desenvolver de forma progressiva no decorrer da sua vida nos diversos campos de experiência,
tomando como base as interações e as brincadeiras como eixos estruturantes.

Para fins de organização pedagógica, o documento foi estruturado da seguinte forma:


● Cada Campo de Experiência apresenta a concepção que norteia seu ensino baseado na Proposta Curricular de Educação
Infantil de Feira de Santana;

● A temática Educação para Relações Entnicoraciais com base nas legislações federais, estaduais e municipais a efeito das
Leis nº10.639/03 e nº11.645/07, que incluem no currículo da Educação Básica a obrigatoriedade do ensino da História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena, foram trazidas no COA como tema transversal em todos os Campos de Experiência
através de práticas e interações que garantam a pluralidade e diversidade cultural;
● A temática de Educação Ambiental está contemplada nos COA, também de forma transversal, conforme as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica (2013) e demais legislações nos âmbitos federal, estadual e municipal;
● As concepções de cada Campo de Experiência se encontram fundamentadas na Proposta Curricular de Educação Infantil da
rede pública municipal de Feira de Santana
● Os objetivos de aprendizagem estão organizados de forma sequencial em grupos por faixa etária;
● A ideia de progressão do conhecimento foi a base metodológica do COA;
● Os objetivos estão organizados de forma a articular as vivências e saberes das crianças com os conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, estimulando o desenvolvimento integral da criança.

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● Há uma interlocução entre os campos de experiência que devem ser articulados em torno dos princípios éticos, estéticos e
políticos previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e dos direitos de aprendizagem
apresentados pela Base Nacional Comum Curricular (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se;
● O documento apresenta, ao final, uma relação de sugestões de experiências significativas que devem ser vivenciadas na
educação infantil.

Para leitura e estudo do documento


Tomando como ponto de partida a ideia de progressão dos conhecimentos, traçamos os objetivos de aprendizagem da
educação infantil. Nesta compilação dos objetivos a progressão foi representada em grupo, considerando as especificidades e
necessidades de cada faixa etária. Destacamos que a ação de retomar a construção dos conhecimentos devem transversalizar
todo o processo, ou seja, mesmo quando se tratar de conceitos, saberes e experiências já vivenciadas e desenvolvidas em
períodos/anos anteriores os conhecimentos devem ser retomados em um movimento progressivo.
Evidenciamos que esse processo de construção colaborativa e coletiva não se encerra neste documento, visto que as
escolas na discussão e construção de suas Propostas Curriculares a partir de suas realidades locais, podem e devem suscitar
novas contribuições e “novos olhares” para este documento que não se esgota em si mesmo.
Bom trabalho!

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Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos.


E é como sujeito e somente enquanto sujeito,
que o homem pode realmente conhecer.

(FREIRE, 1997, p.15)

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SUMÁRIO

1 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para a educação infantil da rede pública municipal de Feira 8
de Santana
2 Campos de Experiência: 8
2.1 Campo de experiência: O eu, o outro e o nós
2.2 Campo de experiência: Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações 12
2.3 Campo de experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação 15
2.4 Campo de experiência: Traços, sons, cores e formas 17
2.5 Experiências Significativas para as Crianças da Educação Infantil 19
Referências 21

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

A demarcação dos Objetivos de Aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil, considerando a faixa etária
selecionada não deve ser entendida de uma forma fechada, já que cada criança possui ritmo e níveis de desenvolvimento
diferentes. Tendo em vista a distribuição do tempo e as diversas formas como a criança aprendem, é importante trabalhar com os
mesmos saberes em diferentes oportunidades e perspectivas diversas, cumprindo assim diferentes objetivos de aprendizagem.
Os Objetivos de Aprendizagem e desenvolvimento estão organizados em cinco Campos de Experiência, os quais fazem
parte dos saberes e conhecimentos produzidos pelas crianças no seu dia a dia, articulados com o repertório cultural das famílias e
da comunidade qual está inserida.
Segue abaixo a organização dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da educação infantil da rede pública
municipal de Feira de Santana. A forma de articular esses objetivos de aprendizagem é o que vai distinguir uma instituição de
outra, o que fará um trabalho singular e adequado para atender uma comunidade específica.

Campo de Experiência: O eu, o outro e o nós

Na interação com os pares e com adultos nos diferentes ambientes da qual participa é que a criança vai constituindo um
modo próprio de agir, sentir e pensar. Descobrindo a si mesma, se torna capaz de perceber o outro, compreendendo que existem
outros modos de vida, pessoas diferentes, com pontos de vista diversos, percepções indispensáveis para a construção do “nós”,
realizando, assim, sua inserção no mundo como um sujeito social, político e cultural imerso numa rede de relações coletivas.
O processo de constituição da identidade infantil ocorre por meio das interações estabelecidas por bebês e crianças com o
seu meio social, interações estas que ocorrem primeiramente no âmbito familiar e se ampliam na escola. Sua construção enquanto
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sujeito, bem como a construção de seus conhecimentos se dão a partir destas trocas com as pessoas e com o mundo em que
vive.

Um ambiente farto de interações que acolha as individualidades das crianças pequenas e que promova o reconhecimento e
respeito às diversidades favorece a constituição da sua identidade. É a partir das interações, que as crianças pequenas têm
oportunidades de fazer escolhas sobre seu jeito de ser e estar no mundo, experimentando diferentes papéis e utilizando as
diferentes referências que possui para realizar movimentos de identificação ou diferenciação destas referências, a caminho da
construção de uma percepção enquanto ser individual e social.

As experiências educativas neste campo precisam ocorrer em um ambiente rico em interações, que permita não só a
tomada de consciência de si e valorização de sua identidade sociocultural, como também a percepção de que a criança é distinta
do outro, oferecendo oportunidades de convivência ética e respeito à diversidade para sua constituição enquanto ser individual que
é parte de uma coletividade, numa relação de reciprocidade e interdependência com o meio em que vive.

Objetivos de Aprendizagem Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo


1 2 3 4 5
1-Deslocar, observar e explorar o espaço físico da escola com o apoio do adulto; X X X

2-Explorar o espaço da escola com autonomia; X X

X X X
3-Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar
dificuldades e desafios;

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4-Interagir no meio social escolar, reconhecendo a função e a importância de todos X X X


que convivem com ela na escola;

X X X X
5-Começar a reconhecer seus sentimentos e emoções, tais como: medo, alegria,
tristeza, raiva, nojo, vergonha, amor;

X X
6-Nomear progressivamente seus sentimentos e emoções, tais como: medo, alegria,
tristeza, raiva, nojo, vergonha, amor;

7-Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, choro, X X X


entre outras formas de expressão;

8-Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando não só gestos, balbucios, X X


choro, entre outras formas de expressão, como também a fala;

9-Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, ampliando X X X X X


gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;

10-Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e X X X


adultos;

11-Compreender e responder a entonações de voz, expressões faciais, corporais, X X X X


sorrisos e choros;

12-Reconhecer situações de perigo, identificando elementos que oferecem risco e X X X


buscando ajuda no cuidado consigo e com o outro;

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13-Conhecer progressivamente seu próprio corpo, desenvolvendo hábitos de X X X X X


cuidado com o próprio bem-estar em momentos de alimentação, higiene, brincadeira,
descanso, entre outros;

14-Perceber a vontade de ir ao banheiro e ter controle progressivo de esfíncteres; X X

15-Realizar ações cotidianas (lavar as mãos, escovar os dentes, ir ao banheiro, X X X X X


alimentar-se, vestir ou tirar suas próprias roupas, colocar e tirar os sapatos, entre
outras), de forma progressiva e de acordo com sua idade, demonstrando interesse,
curiosidade e prazer em suas conquistas;

16-Demonstrar interesse e curiosidade na realização das experiências propostas na X X X X X


rotina, de acordo com sua idade;

17-Reconhecer seu material pessoal entre outros materiais e organizá-los de X X X


maneira cada vez mais autônoma;

X X X
18-Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e
adultos;

19-Cooperar com colegas e professoras nas atividades e na organização do X X X X


ambiente coletivo de acordo com as possibilidades da faixa etária;

20-Participar de estratégias baseadas no diálogo, com ajuda do(a) professor(a), para X X


resolver conflitos no cotidiano;

21-Desenvolver progressivamente estratégias de resolução de conflitos baseadas no X X X

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diálogo e respeito mútuo, ainda que com apoio de um adulto;

22-Construir, compreender e respeitar os combinados de convivência da turma X X

23-Degustar novos sabores e diferentes alimentos (frutas, verduras e outros) para X X X X X


conhecer e definir o que gosta e o que não gosta;

24-Estabelecer relações entre suas características e as dos colegas (física e X X X


pessoal), valorizando e respeitando as diferenças;

25-Relatar fatos importantes sobre o seu nascimento e desenvolvimento, a história X X


da sua família e comunidade;

X X
26-Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes
sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir;

X X
27-Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades,
reconhecendo suas conquistas e limitações;

28-Compreender a importância da preservação do meio ambiente a partir da X X X


sustentabilidade para a qualidade da vida humana;

29-Vivenciar experiências de semear, plantar e colher os frutos da terra, permitindo a X X X X X


construção de uma relação de identidade, conservação e respeito para com a
natureza;

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30-Participar de experiências envolvendo os estímulos visuais, auditivos, olfativos X X X X X


gustativos e táteis;

31-Participar de experiências que valorizem as diferentes culturas presentes em X X X X X


nossa sociedade, como: afro-brasileira, africana, indígenas, quilombola, ciganas,
camponesa, imigrantes;

32-Conhecer algumas características culturais, raciais e étnicas dos povos X X X


estudados;

33-Formular perguntas, sugerir soluções e emitir opiniões, numa postura X X


investigativa pela busca de informações pelo mundo social e natural;

X X

Campo de experiência: Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações

O trabalho com este campo de experiência propõe conduzir o olhar da criança e sua percepção para o estabelecimento de
relações entre os espaços que a cercam, os tempos e sua interferência neste espaço, os saberes matemáticos que dali surgem e
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a ajuda na compreensão da realidade, realidade esta que está em constante transformação, resultando numa compreensão
integrada do mundo. Dessa forma, a professora ou o professor da educação infantil da rede pública de educação de Feira de
Santana deve promover experiências para contribuir para a formação de crianças autônomas, capazes de pensar por conta
própria, sabendo resolver problemas e situações do seu cotidiano.
Assim, na organização das aprendizagens nesse campo de experiência, a professora ou o professor deve inserir de forma
planejada e intencional experiências em um contexto de interlocução, favorecendo a construção de saberes relacionados ao
espaço, ao tempo, as quantidades, relações e transformações em situações de observação, problematização e de investigação.

Objetivos de Aprendizagem Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo


1 2 3 4 5
1-Participar de situações lúdicas que envolvam deslocamentos e observação de seus X X X
trajetos;

2-Registrar trajetos com a mediação do professor ou professora; X X

3-Participar de situações lúdicas que envolvam noções e conceitos matemáticos como: X X X


perto/longe, força e altura; dia/noite, manhã/tarde; comprido/curto, muito/pouco,
quente/frio;

4-Utilizar vocabulário de acordo com as linguagens espaciais (perto, longe, fora, dentro, X X
direita, esquerda, pequeno, grande, frente, atrás, em cima, embaixo,
presente/passado/futuro, antes/agora/depois, entre outros);

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5-Participar de situações lúdicas que envolva instrumentos de medida não convencionais X X X


(palma, pé, passo);

6-Utilizar instrumentos de medida não convencionais (palma, pé, passo) em experiências X X


que se faça necessário;

7-Participar de situações lúdicas que utilize diferentes instrumentos de medida X X X


convencional (relógio, calendário, balança, fita métrica, termômetro, etc.);

8-Reconhecer a função social de alguns instrumentos de medida convencionais (relógio, X X


calendário, balança, fita métrica, termômetro, etc.);

9-Vivenciar através de situações lúdicas, como músicas, parlendas e brincadeiras de X X X X X


diferentes culturas e materiais concretos, situações de contagem que envolvam
sequência oral numérica;

10-Utilizar a contagem oral através de situações lúdicas, como músicas, parlendas e X X


brincadeiras de diferentes culturas e com diversos tipos de materiais concretos,
respeitando a sequência numérica de acordo com as possibilidades de cada grupo;

11- Reconhecer a função social do número em suportes diversos (n° do calçado e roupa, X X
placa, rótulos, senhas, nº da casa, etc.);

12-Vivenciar situações significativas de manipulação de objetos que permita juntar, tirar e X X X X X


repartir quantidades, sugeridas pelo professor (a) em brincadeiras e jogos;

13-Comparar a escrita dos numerais, identificando as regularidades do sistema numérico X X


com a mediação do professor (a);

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14-Reconhecer a posição de um objeto numa série, especificando o que vem antes e o X X


que vem depois;

15-Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças X X X


entre eles;

16-Comparar quantidades utilizando determinados conceitos como: maior que, menor X X


que, igual;

17-Reconhecer os numerais de acordo com o campo numérico vivenciado; X X

18-Relacionar o numeral a quantidade de acordo com o campo numérico vivenciado; X X

19-Participar de situações lúdicas que envolvam quantidades como jogos, brincadeiras e X X X


votações, utilizando suas próprias estratégias;

20-Reconhecer e registrar a sequência numérica trabalhada de maneira convencional em X X


situações significativas;

21-Estimar quantidades em situações lúdicas; X X

22-Participar de experiências lúdicas que envolvam situações de problema não X X X


convencionais;

23-Resolver problemas de situações do cotidiano, apresentando e discutindo soluções; X X

24-Participar de situações que envolvam o sistema monetário (como brincadeiras de X X X


salão de beleza, cinema, etc.);

25-Reconhecer a função social do sistema monetário em momentos lúdicos ou visitas de X X

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campo (mercadinho, farmácia, etc.);

26-Explorar formas a partir dos sólidos geométricos em experiências lúdicas, realizando X X X


construções, empilhamentos, encaixes, entre outros;

27-Observar algumas propriedades dos sólidos geométricos, estabelecendo semelhanças X X


e diferenças entre eles;

28-Participar de situações de construção coletiva de gráficos e tabelas em situações X X X


significativas;

29-Construir coletivamente gráficos e tabelas pictóricas com a ajuda do professor (a), a X X


partir de situações contextuais ou pesquisadas;

30-Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover, X X X


etc.) na interação com o mundo físico;

31-Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais (luz, solar, X X


vento, chuva etc);

32-Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre X X


eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais;

33-Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo X X


descobertas;

34-Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais nos X X X


espaços da instituição e fora dela;

35- Selecionar fontes de informações e buscar respostas para as suas curiosidades com X X
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apoio da professora ou professor;

36-Experimentar diferentes situações envolvendo elementos da natureza, como: grãos, X X X


folhas, água, terra e outros;

37-Demonstrar interesse, curiosidade e cuidado pelo mundo natural e sua conservação X X


de acordo com a temática escolhida pelo grupo (flora, fauna e fenômenos da natureza);

Campo de Experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação

A aprendizagem da linguagem é condição necessária para a criança inserir-se nas diversas situações sociais de convívio
com o outro. Através de experiências de interação e comunicação da criança com as pessoas com quem convive, ela consegue
desenvolver seu pensamento na busca da construção do conhecimento. Por isso, a importância de estimulá-la diariamente,
através do diálogo durante as brincadeiras, nos momentos do banho, alimentação, troca de fraldas, entre outras.

As instituições de educação infantil devem proporcionar às crianças experiências com as mais diversas linguagens de
forma contextualizada, inter-relacionadas a partir do contexto social em que vivem. Essas experiências devem promover diferentes
formas de expressão, como exploração de imagens, uso de canções, música, teatro e movimento, exploração da língua escrita e
falada, língua de sinais, entre outras, garantindo assim às crianças o direito de se expressar, participar, conviver, brincar, explorar
e conhecer-se (BRASIL, 2017). Para isso, deve-se assegurar uma rotina escolar com vivências que desenvolvam a capacidade

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comunicativa das crianças, de forma a proporcionar situações de aprendizagens significativas que envolvam a escuta, a fala, a
escrita, a imaginação e a criação, tornando-as construtoras da sua própria história.

Proporcionar à criança o contato com práticas sociais que envolvam as diversas linguagens em diferentes contextos e
circunstâncias permitirá a ela ampliar seus conhecimentos de mundo, criar novos repertórios, estimulando sua criação e
imaginação. Quanto mais a criança tem contato com os diversos tipos de textos como poesias, receitas, músicas, literaturas
infantis, entre outros, e são incentivadas a reconhecerem suas estruturas, mais vão atribuindo significado ao que leem e escrevem,
permitindo assim que façam antecipações diante dos momentos em que envolve o ato de ler, bem como construir repertório
necessário para produção de textos, permitindo sua participação na sociedade letrada.

Na educação infantil, o contato com a língua escrita deve acontecer a partir do que a criança já sabe e dos contextos
sociais, de forma que estimule a sua curiosidade. Manusear materiais escritos diversos e experimentar momentos em que ela
própria escreva, ainda que não seja de forma convencional, é condição necessária para a aquisição da escrita, mesmo que, em
alguns momentos, a professora ou o professor atuem como escribas e, em outros, como mediadores desse processo. Dessa
forma, interagir com a linguagem escrita desde cedo, ajudará a criança perceber sua função social, despertando assim, o interesse
e reflexão sobre o significado deste sistema no meio em que vive.

Objetivos de aprendizagem Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo


1 2 3 4 5
1-Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e X X
outras formas de expressão para solicitar atenção ou ajuda;

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2-Nomear e identificar objetos do cotidiano em situações de comunicação para atender X X


às suas necessidades;

3-Atender quando é chamado por seu nome; X X

4- Verbalizar os nomes dos colegas e professores (as) da turma; X X

5-Participar de situações de comunicação durante os momentos de roda, lanche, X X X


brincadeiras , entre outros;

6-Contribuir nas diversas situações de comunicação, formulando perguntas e X X


respostas, emitindo opiniões de acordo com os conhecimentos que dispõem;

7-Relatar experiências vividas e narrar fatos do cotidiano, aproximando-se da X X X


sequência temporal e causal de acordo com a faixa etária;

8- Participar de situações de leitura ou contação de história, demonstrando interesse, X X


observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar
o portador e de virar as páginas);

9-Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, X X


acompanhando com orientação do adulto -leitor, a direção da leitura (de cima para

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baixo, da esquerda para a direita);

10-Buscar a leitura como fonte de prazer e entretenimento; procurando orientar-se por X X


temas e ilustrações;

11- Ler de forma não convencional diferentes gêneros textuais (poemas, tirinhas, X X X X
parlenda, trava-língua, textos de tradição oral, entre outros);

12- Estabelecer relações entre diferentes gêneros textuais, lidos de forma coletiva com X X
o (a) professor (a);

13- Participar de contações de histórias, imitando as variações de entonação e X X X


gestos realizados pelos adultos;

14-Recontar histórias conhecidas obedecendo à sequência lógica de fatos; X X

15- Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do X X


adulto-leitor;

16- Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando X X X


cenários, personagens e principais acontecimentos;

17-Vivenciar situações significativas, envolvendo textos de tradição oral e suas X X X


manifestações culturais;

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18-.Reconhecer as manifestações culturais em situações significativas, envolvendo X X


textos de tradição oral;

19- Participar de situações coletivas extra classe (recitais, palestras, teatro, feiras, X X X X X
museu,festivais literários, entre outros) que envolva diferentes gêneros textuais;

20- Identificar a semelhança gráfica entre a letra inicial do próprio nome e a dos X X
colegas (com o auxílio do professor (a);

21- Identificar a semelhança gráfica entre a letra inicial do próprio nome e a dos X X
colegas (sem o auxílio do professor);

22- Identificar seu nome escrito entre outros nomes dos colegas da turma; X X

23- Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita para que possa X X
traçar suas marcas gráficas;

24- Manusear diferentes portadores textuais e participar de situações de práticas X X X


sociais de escrita coletiva (bilhete, receita, convites, cartazes etc.), demonstrando
reconhecer seus usos sociais;

25- Contribuir em situações de produção coletiva de textos, colaborando com ideias X X X


acerca do que deve ser escrito, acrescentado, retirado ou modificado, tendo o professor

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28

(a) como escriba;

26- Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de X X X


palavras e textos, por meio de escrita espontânea;

27- Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de X X


roda e textos poéticos;

28- Diferenciar o desenho da escrita; X X

29- Diferenciar as letras dos numerais; X X

30- Explorar as letras do alfabeto em situações comunicativas como no uso da ficha do X X


seu nome e dos colegas;

31- Localizar letras e ou palavras em textos conhecidos; X X

32-Traçar as letras do alfabeto em situações significativas utilizando a letra bastão; X X X

33- Reconhecer e nomear as letras do alfabeto em situações comunicativas e textuais; X X

34- Relacionar a escrita ao som da letra inicial e final nas palavras trabalhadas em X X

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29

diferentes contextos;

35- Escrever o primeiro nome com o auxílio da ficha e a intervenção do professor (a) X
(se necessário);

36- Escrever o nome completo com o auxílio da ficha; X

37- Escrever o nome completo sem o apoio da ficha; X

Campo de Experiências: Traços, sons, cores e formas

O campo de experiência “Traços, sons, cores e formas” deve ser concebido no currículo como forma de possibilitar a
aprendizagem da criança em todos os seus aspectos, ou seja, a arte deve contribuir para o desenvolvimento infantil. Dessa forma,
o principal objetivo deste campo de experiência na educação infantil é ampliar a sensibilidade e propiciar às crianças maior contato
com as múltiplas manifestações: artísticas (modelagem, fotografia, escultura, pintura, desenho, cinema, cerâmica, grafite, etc.);
culturais (dança, música, artesanato, poesia, oralidade, etc.) e científicas (reação, transformação, evolução, etc.). Essas
manifestações devem ser conhecidas, observadas, exploradas, interpretadas e ressignificadas pelas crianças.

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30

Tais experiências permitem o contato das crianças com um espaço para ousar e questionar suas próprias produções. A
riqueza desses momentos proporciona a criança a se perceber como autor do que produziu e das suas leituras em relação à
produção dos colegas.

Objetivos de Aprendizagem Grupo Grup Grup Grupo Grup


1 o2 3 4 o5

1-Explorar sons produzidos pelo próprio corpo, ambiente e de diferentes objetos, X X X


instrumentos de diferentes origens e suas possibilidades;

2-Utilizar sons produzidos por objetos, materiais e instrumentos musicais durante as X X


brincadeiras de faz de conta, dramatizações, danças, comemorações, entre outros;

3-Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as X X


em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons;

4-Explorar e conhecer canções, músicas, melodias e instrumentos musicais de origem X X X X X


diversa, como: africanos, indígenas, européia, entre outros;

5-Participar de brincadeiras cantadas, teatrais e gesticuladas de diferentes ritmos que X X X X X


contemplem as diferentes manifestações culturais com a participação do adulto;

6-Participar de dramatizações expressando-se livremente; X X X

7-Representar através de dramatização, diferentes papéis, criando movimentos, gestos , X X


olhares e mímicas;

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31

8- Dançar livremente, explorando os movimentos do corpo; X X X

9- Criar com o corpo a expressão de sentimentos através da dança; X X

10-Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e X X


tintas;

11-.Atribuir sentido aos seus grafismos; X X X

12-Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de X X X


modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar
objetos tridimensionais;

13-Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e X X


escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais;

14-Fazer registro com desenho a partir da interpretação de textos orais e /ou escritos X X X
coletivamente;

15-.Desenhar respeitando o limite dos suportes gráficos; X X

16-Representar a figura humana ampliando gradativamente os detalhes (cabeça, corpo, X X X


membros);

17-Representar a figura humana com detalhes (cabeça, corpo, membros, vestimenta, X X


acessórios);

18-Vivenciar situações que apresentem a diversidade de produções artísticas como: X X X X X


desenhos, pinturas, esculturas, fotografias, cinemas, dança, teatro, etc.;

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32

19-Fazer leitura de obras de arte, com a ajuda do professor (a), a partir da observação, X X X
narração, descrição e interpretação de imagens e objetos de acordo com a faixa etária;

Campo de Experiência: Corpo, gestos e movimentos

As crianças se expressam por meio dos movimentos do seu corpo, pulam, correm, brincam, sobem, escorregam,
produzindo assim conhecimento sobre si, o outro e o ambiente que o rodeia. Pelo movimento, as crianças percebem suas
potencialidades, suas preferências, seus limites, tomando consciência e confiança do que pode já fazer sozinho (a) ou com a ajuda
do adulto. Nesse sentido, o corpo deve ser visto como um espaço de vida e comunicação do ser humano, onde se abriga a sua
história. Assim, as instituições de educação infantil devem considerar a criança em sua totalidade, proporcionando espaço para
movimentarem-se dentro da rotina. O movimento deve transformar-se numa parte construtiva da aprendizagem e da vivência das
crianças em todos os momentos, seja durante a roda, uma brincadeira, um passeio, banho, lanche, etc. permitindo que o
movimento se transforme em parte construtiva da aprendizagem e da vivência das crianças na educação infantil. Ao escolher a
experiência que irá ser realizada com a turma os professores precisam levar em consideração a idade e os aspectos psicomotores
do grupo de crianças com que atua, mediando a aprendizagem a partir dos desafios oferecidos. Nesse sentido, as experiências
com o corpo devem também favorecer à criança a construção da identidade a partir da interação com a cultura, a qual está
inserida. Com isso, deve-se conhecer, valorizar e vivenciar junto com as crianças momentos que revelam a pluralidade cultural
dentro e fora da sua comunidade, sempre buscando contextualizar as atividades desenvolvidas.

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Objetivos de aprendizagem Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo


1 2 3 4 5
1- Participar de situações que envolvam o movimento do corpo na expressão de X X X
sentimentos, imitações, gestos, necessidades e desejos;

2-Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e X X


emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro,
música;

3-Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em X X X


ambientes acolhedores e desafiantes, orientando-se por noções como em frente,
atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc;

4-Estabelecer relação do controle do próprio corpo e o corpo do outro em X X


brincadeiras, jogos, atividades artísticas, entre outras possibilidades;

5-Utilizar recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade, X X


resistência, flexibilidade e equilíbrio nos jogos e nas brincadeiras;

6-Utilizar os movimentos de preensão, encaixe , lançamento, montagem e desmontar X X X


desmontagem, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e
objetos;

7-Coordenar progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para X X


desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros;

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8- Explorar formas de deslocamento no espaço em trilhas e percursos (pular, saltar, X X X


correr, rolar ), combinando movimentos e seguindo orientações;

9- Percorrer diferentes trilhas ou percursos criando estratégias para resolver os X X


desafios;

10-Envolver-se em situações lúdicas relacionadas a experiências corporais de acordo X X X


com suas possibilidades (engatinhar, andar, correr, rolar, levantar, pular, etc.)

11- Desenvolver com segurança experiências com o corpo (saltar, pendurar, X X


escorregar, equilibrar , balançar, etc.);

12-Desenvolver a coordenação motora fina através de experiências de recorte com os X X


dedos (rasgar papel), pintura, desenhos e manipulação de objetos de texturas
variadas( massinha, argila, lixas, sementes, entre outros) e brinquedos;

13-Desenvolver a coordenação motora fina através de experiências com tesoura, X X X


pintura, desenho e atividades com experiências do dia a dia ( abotoar, tirar e botar
sapatos, abrir e fechar zíper, entre outros);

14-Expressar corporalmente, de forma livre, por meio da dança, brincadeiras, e de X X X


outros movimentos;

15-Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades X X


artísticas como dança, teatro e música;

16-movimentos, sons, ruídos, gestos e expressões corporais e faciais solicitados pelo X X


professor (a) e em situações de brincadeiras;

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17-Criar movimentos, sons e gestos a partir da observação de outras crianças, adultos X X X


e animais;

18- Envolver-se em experiências relacionadas a brincadeiras tradicionais, de origem X X X X X


africana, indígena e outras que valorizem a diversidade cultural;

19-Envolver-se na exploração dos brinquedos diversos, de origem africana, indígena, X X X X X


européia, entre outros;

20-Brincar livremente explorando brinquedos estruturados e não estruturados X X X X X


(elementos da natureza, objetos do dia a dia, sucatas, entre outros) desenvolvendo o
jogo simbólico/ faz de conta;

21-Participar de brincadeiras dirigidas começando a perceber e fazer o uso das regras X X


e procedimentos;

Experiências significativas para as crianças da educação infantil

As experiências citadas abaixo devem ter uma intencionalidade educativa nas práticas pedagógicas da educação infantil.
Essa intencionalidade faz parte da organização e planejamento da professora ou do professor em proporcionar às crianças o
conhecimento de si, do outro e das relações sociais, naturais, culturais, científicas e tecnológicos, sem que, para isso, tenham que
ficar copiando ou memorizando conteúdos sem sentido e sem relação direta com suas necessidades. Desta forma é importante
que a professora ou o professor ao planejar os momentos de experiências tenham o olhar sensível e a percepção do que
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realmente é adequado para cada faixa etária e de que objetivos de aprendizagem a criança precisa alcançar. Segue abaixo
algumas sugestões de experiências significativas para a educação infantil da rede pública municipal de Feira de Santana.

● Experiências ao ar livre;

● Experiências que desenvolvam a autonomia;

● Experiências com imitação de movimentos, gestos, sons e ruídos;

● Experiências de movimento (saltar, pendurar, escorregar, equilibrar, balançar);

● Experiências com o corpo como forma de expressão corporal (dança, dramatização, imitação, etc.);

● Experiências de relações afetivas positivas manifestadas pelo adulto e pelas crianças da mesma idade ou outra faixa etária;

● Experiências de interação com crianças do mesmo grupo, de idades diferentes e adultos;

● Experiências coletivas (feiras, roda, comemorações, assembleias e conselhos);

● Experiências de manipulação de diferentes objetos disponíveis na turma;

● Experiências de empilhar, encaixar, montar e desmontar objetos de diferentes naturezas;

● Experiências de observação e exploração do espaço físico interno e externo da escola;

● Experiências de estímulos visuais, auditivos, gustativos e táteis;

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● Experiências de faz de conta, envolvendo diversas temáticas, materiais e ambientes;

● Experiências de brincadeiras livres e dirigidas;

● Experiências que trabalhem com os nomes dos colegas e professores (as) da turma;

● Experiências com manipulação de livros, revistas e outros suportes de leitura;

● Experiências que promovam a apreciação de músicas de diferentes ritmos;

● Experiências musicais (cantadas e gesticuladas);

● Experiências de contação e reconto de histórias;

● Experiências plásticas (colagem, pintura, modelagem, recorte e desenho);

● Experiências de leitura de diferentes gêneros textuais;

● Experiências com oficinas interativas e cantinhos;

● Experiências que envolvam diferentes percursos, circuitos e trilhas;

● Experiências com materiais da natureza (como água, folhas areia, barro e terra) ;

● Experiências que explorem diferentes texturas (macio, áspero, liso etc.).

● Experiências de apreciação e releitura de obras de artes (pintura, escultura, grafite, etc.);

● Experiências que envolvam a função social da escrita;

● Experiências que envolvam a função social da leitura:

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● Experiências que envolvam situações de pesquisa de forma coletiva, utilizando diferentes fontes de informações (revistas,
jornais, livros, enciclopédias e internet);

● Experiências de observação, experimentação e registros (alfabetização científica);

● Experiências envolvendo a alfabetização histórica;

● Experiências envolvendo a cultura local;

● Experiências envolvendo diferentes estilos, épocas e culturas;

● Experiências que respeite a diversidade de gênero, etnia e religião;

● Experiências envolvendo a narração, descrição e interpretação de imagens;

● Experiências gráficas;

● Experiências que envolvam a fotografia;

● Experiências que envolvam conceitos matemáticos;

● Experiências da vida prática (amarrar o cadarço, escovar os dentes e outros);

● Experiências que envolvam a identidade;

● Experiências de valorização do meio ambiente;

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● Experiências que envolvam a sustentabilidade;

● Experiências de exploração do meio natural e social;

● Experiências que envolvam recursos tecnológicos (lousa digital, chromebook, etc).

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Referências

BAHIA. Documento Curricular Referencial da Bahia/DCRB. Bahia, 2019


BRASIL. Lei 10.639/03, de 10 de marco de 2008. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.639.htm>
Acesso em: 10 dez. 2018.
BRASIL. Lei 11.645, de 10 de marco de 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007
2010/2008/lei/l11645.htm> Acesso em: 10 dez. 2018.
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. /Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular/BNCC. Ministério da Educação/MEC. Governo Federal, Brasília, 2017
FEIRA DE SANTANA. Proposta Curricular de Educação Infantil da Rede Pública Municipal de Feira de Santana. Secretaria
Municipal de Educação, 2018.

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