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INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

REDES E SISTEMAS
INFORMÁTICOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Marco Cruz
Nº 2637

ORIENTADORES:
Karolina Baras

LOCAL DE ESTÁGIO:
NOS Madeira

19 de Setembro de 2014
Índice
Agradecimentos ..................................................................................................... 2

Resumo .................................................................................................................. 4

1. Introdução ....................................................................................................... 5
1.1. Enquadramento................................................................................................................................................ 5
1.2. Apresentação do Estágio .................................................................................................................................. 5
1.3. História do Começo da TV por Cabo e Tecnologia DOCSIS em Portugal ........................................................... 7
1.4. O que é o Protocolo DOCSIS ............................................................................................................................. 8
1.5. Tecnologia - Arquitectura HFC (Hybrid Fiber Coax) .......................................................................................... 9

2. Trabalhos Realizados no Estágio ..................................................................... 11


2.1. Gestão Equipamentos e Etiquetagem ............................................................................................................ 11
2.2. Montagens de Equipamentos nos Bastidores ................................................................................................ 14
2.3. Montagem dos Equipamentos do Projecto nos Bastidores ............................................................................ 20
2.4. Baldeações e Testes de Conectividade............................................................................................................ 24
2.5. Outros trabalhos realizados ........................................................................................................................... 27

3. Conclusão ...................................................................................................... 30

4. Índice de Ilustrações ...................................................................................... 31

5. Bibliografia .................................................................................................... 33

1
Agradecimentos
Á minha esposa e família que sempre me incentivaram a obter mais conhecimento e
terminar este curso.

A todos os colegas de curso que me acompanharam neste trajecto e, em especial, aqueles


que partilharam e ajudaram nas várias tarefas e trabalhos de grupo.

Aos docentes do CET pelo apoio e disponibilidade ao longo desta caminhada, tanto nas
aulas como fora delas.

Um agradecimento especial à empresa NOS Madeira, sua administração e ao Departamento


de Engenharia e tutor de estágio, Eng. Nélio Vieira, pela disponibilidade e meios para que este
estágio fosse uma realidade.

2
"A disciplina é mãe do sucesso."
Ésquilo - Dramaturgo Grécia Antiga

3
Resumo
O presente relatório visa apresentar o estágio de final de curso, para a obtenção do
certificado de Técnico Especialista Nível V, integrado na formação em contexto de trabalho e da
qual fez parte o estágio realizado na empresa NOS Madeira.

Este estágio foi uma excelente preparação para o mundo do trabalho, pois, embora já tenha
trabalhado nesta área em funções de gestão e de responsabilidade, não tinha os conhecimentos
adequados para poder desempenhar essas mesma tarefas. A equipa de trabalho do departamento
onde realizei o estágio rapidamente me integraram na equipa, o que facilitou imenso a realização
do estágio. Os trabalhos realizados foram de acordo com os planos da empresa, os mesmos
propostos na reunião de apresentação realizada meses antes na sede da empresa e visavam a
reorganização do datacenter, como remoção de bastidores e equipamentos obsoletos, substituição
de alguns equipamentos com vista a melhorar o desempenho e qualidade do serviço prestados aos
clientes da empresa. Em informática nunca se deve dizer que determinado equipamento é o
melhor ou o mais actualizado, pois todos os dias as necessidades dos clientes e capacidades dos
equipamentos aumentam e melhoram.

O conteúdo presente neste relatório respeita ao máximo a privacidade dos clientes e


pretende dar uma panorâmica dos procedimentos necessários à concretização dos trabalhos em
causa.

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1. Introdução
1.1. Enquadramento

O relatório que a seguir se apresenta surge no âmbito do estágio curricular do CET -


Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos, o qual teve duração de 5 meses, tendo
sido iniciado a 19 de Agosto de 2013 e terminado a 31 de Janeiro de 2014.

O estágio veio permitir a consolidação e aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o


curso, tanto nas aulas como nos trabalhos propostos. Dada à importância e sensibilidade dos
equipamentos e tarefas diárias realizadas, permitiu aperfeiçoar e adquirir novas competências
sobre redes, tecnologias e equipamentos de telecomunicações.

1.2. Apresentação do Estágio

O estágio é uma oportunidade para que o aluno coloque em prática os conhecimentos


adquiridos durante o curso, de modo a aplicar no dia a dia a teoria adquirida nas aulas, absorvendo
melhor os conhecimentos, podendo assim reflectir e confirmar sobre as suas escolhas. Tem a
função de proporcionar ao estagiário uma aprendizagem social, profissional e cultural, tendo como
resultado uma reflexão real e futurista dos novos cenários socioeconómicos.

O estágio decorreu na empresa NOS Madeira, no Departamento de Engenharia - IP e teve


com base os princípios orientadores que foram concertados e definidos inicialmente, tendo em
conta os conteúdos leccionados durante o curso e actividade da empresa. Para além dos objectivos
de estágio definidos, foram também realizadas outras tarefas de apoio à actividade da empresa e
departamento onde o estágio foi realizado.

Figura 1 - Organograma NOS Madeira

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Algumas das tarefas realizadas foram:

• Organização e registo de bastidores no datacenter;


• Substituição, remoção e registo de equipamentos obsoletos;
• Programação de vários equipamentos;
• Actualização, remoção e registo de cablagem;
• Alterações de gama de ips e ips fixo de clientes;
• Teste da qualidade à ligação internet dos clientes;

Figura 2 - NOS Madeira

A sede da NOS na Ilha da Madeira fica situada na Rua dos Estados Unidos da América 49,
Funchal. O estágio decorreu no edifício adjacente, onde fica localizado o datacenter.

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1.3. História do Começo da TV por Cabo e Tecnologia DOCSIS em Portugal

A Televisão por cabo foi introduzida em Portugal em 1992 pela Tv Cabo Madeirense na
Região Autónoma da Madeira, hoje pertencente à NOS, e foi a primeira a fornecer o serviço de
Televisão por cabo em Portugal. Chega a Portugal continental em 1994 com o nome TV Cabo. Em
1995, surge em Palmela e Setúbal a Cabovisão. Existiram outros pequenos operadores, como a
TVtel, PluriCanal, Coimbratel e a Bragatel. Este último foi o primeiro operador a disponibilizar
Internet por cabo, em Banda média/Larga, em Portugal, para clientes particulares. Foi em 1998,
com uma tecnologia proprietária, que mais tarde passou à tecnologia DOCSIS. A Bragatel foi um
operador privado de capitais exclusivamente nacionais. A ZON TV Cabo, com uma oferta de
serviços de Televisão, Internet de banda larga por cabo e fibra óptica e telefone fixo e ainda
telemóvel, é o maior operador de televisão por subscrição em Portugal e um dos maiores da
Europa.

Em 2005, a TVCabo iniciou a transição dos seus canais para a televisão digital.

Com o aparecimento da televisão digital, a ANACOM (Autoridade Nacional de


Comunicações em Portugal), obriga todos os operadores de TV paga, a utilizarem esta tecnologia.
Sem recursos para o investimento elevado exigível, os operadores Coimbratel, Bragatel, Pluricanal
e TVtel, não vêem renovadas as suas licenças para operar em Portugal. Com vista a manter os
clientes com serviços destes operadores, a ZON TV Cabo efectua a compra dos 4 operadores entre
Julho e Novembro de 2008, depois de autorizada pela Autoridade da Concorrência que lhe impõe
algumas condições. Efectuou-se a migração de clientes para os seus serviços.

Em 2012, a ZON TV Cabo anunciou, que iria adquirir o serviço da Optimus e passaria a
chamar-se ZON-Optimus. A reunião de accionistas das 2 empresas, em Março de 2013, aprovou a
proposta de fusão e a Anacom deu a luz verde em Abril, depois de as 2 entidades acordaram os
valores. A fusão foi concluída a 1 de Outubro e eleito Miguel Almeida para presidente do grupo,
que afirmou: uma "posição competitiva" e com objetivo de crescer dentro e fora do mercado
português. A ZON-Optimus torna-se na 2ª maior empresa de telecomunicações nacional. O
número de quadros na empresa, teve, como esperado, reduções. Como resultado desta fusão e
para simplificar os vários serviços prestados, a ZON-Optimus chama-se NOS desde 16 de Maio de
2014.

Hoje em dia a versão DOCSIS usada é a versão 3.0.

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1.4. O que é o Protocolo DOCSIS

O DOCSIS (Data Over Cable Service Interface Specifications) é um padrão


técnicointernacional desenvolvido por CableLabs em conjunto com empresas fornecedoras do
sector e define os requisitos de interface dos cable modems para a transferência de dados a alto
débito sobre redes de TV por cabo.

As diversas versões do DOCSIS encontram na seguinte tabela:

Figura 3 - Comparativo velocidade/versão e DOCSIS/EuroDOCSIS

Como a alocação dos planos de frequência difere entre sistemas de TV por cabo nos
Estados Unidos e na Europa, as normas DOCSIS tiveram que ser modificados para uso na Europa.
Estas modificações foram publicadas com a denominação "EuroDOCSIS".

O plano de espectro de frequências para a transmissão de dados e sinal TV no cabo é


constituído por dois grupos, upstream (sentido Terminal-Headend) e downstream (sentido
Headend -Terminal), sendo este último constituído por sinal de TV analógica, sinal de dados e
vídeo digital. A gama de frequências para a transmissão upstream situa-se entre os 5MHz e os 25 a
65MHz, dependendo da implementação. Para a transmissão downstream é usada a gama de
frequência tem como valor mínimo 47MHz, indo até 862 MHz, sendo que a partir dos 136 MHz é
para o envio de dados e vídeo digital para serviços de televisão interactiva e outros. A ocupação de
banda de canais analógicos de televisão, e no caso europeu, varia entre 7 e 8 MHz por canal, sendo
que para dados este valor é de 8 MHz. Nos EUA a ocupação de espectro por parte dos canais de TV
analógica é de 6 MHz.

Figura 4 - Frequências DOCSIS e EuroDOCSIS

8
A versão 3 da norma DOCSIS permite a combinação de vários canais para possibilitar
velocidades de acesso banda larga acima de 100 Mbit/s.

Conforme os utilizadores de TV por cabo recebem um número maior de canais


personalizados, utilizam serviços como vídeo a pedido (VOD) e serviço de acesso banda larga, o
número de utilizadores que podem compartilhar o mesmo tronco coaxial se reduz. Isto faz com
que o cabo tronco tenha que ser dividido em partes que são interligadas a outros nós ópticos
(referido por ‘node-splitting’ ou ‘cell-splitting’) resultando que os nós ópticos que podiam servir
milhares de alojamentos cablados passem a servir centenas destes alojamentos.

As redes híbridas bidireccionais disponibilizam diversos serviços interactivos:


• Video on demand (Video-a-pedido)
• Telefonia digital
• Telefonia sobre IP
• Acesso à internet a alta velocidade

1.5. Tecnologia - Arquitectura HFC (Hybrid Fiber Coax)

A rede de acesso da NOS é baseada em tecnologia de acesso híbrida fibra – cabo coaxial
(HFC). A NOS também possui recursos de acesso via satélite.

Sendo os cabos de fibra óptica, os transmissores e receptores ópticos dispositivos caros e


com a disponibilização de fibra óptica até casa do cliente, não é uma solução economicamente
viável, apesar de tecnicamente possível. De modo a haver partilha dos custos, que se traduz numa
solução de compromisso: utilização mista de cabos de fibra óptica (nos troços mais longos da rede)
e cabos coaxiais nas zonas de distribuição.

É a este tipo de redes que se dá a designação genérica de “Redes Híbridas -HFC

Figura 5 - Esquema ligação Rede Híbrida - HFC

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Esta arquitectura segmenta a rede de televisão por cabo em células de dimensão variável
(consoante o grau de penetração da fibra óptica e o número de clientes potenciais), com cascatas
de amplificadores limitadas a 4-6 amplificadores. Cada uma destas células está ligada à “Cabeça de
Rede” ou "Headend" por fibra óptica, numa topologia em estrela. Compromissos tecno-
económicos ditam que o tamanho das células individualizadas varie de 500 a 2000 casas passadas.
A arquitectura HFC tornou assim possível aumentar a largura de banda do sistema, a sua
fiabilidade e a qualidade do sinal de TV; por outro lado, permitiu reduzir os custos de manutenção
(redução do número de amplificadores) mantendo as características de flexibilidade, na parte de
distribuição, dos sistemas em árvore.

Tornou, também, possível suportar comunicações bidireccionais. A largura de banda do


cabo coaxial não apresenta cortes abruptos, é a cascata de amplificadores que restringe a largura
de banda do sistema. A instalação de cabos de fibra óptica elimina a cascata de amplificadores e
problemas de interferências radioeléctricas.

Como há perdas de potência no cabo coaxial, uma série de amplificadores de sinal são
necessárias entre o nó óptico e as instalações do cliente, estes amplificadores necessitam
alimentação eléctrica. Os sinais de televisão são enviados no cabo coaxial de maneira similar ao
modo como seriam enviados no ar, em canais de rádio frequência específicos (com largura de 8
MHz cada na norma Europeia). O canal de retorno (upstream) utiliza uma faixa mais reduzida de
espectro e a largura dos canais é optimizada para atender à procura. Na residência do assinante o
‘set-top box’ filtra os canais dedicados ao assinante.

Figura 6 - Comparativo entre canais upstream e downstream

Parte importante das redes de televisão por cabo diz respeito à capacidade de oferta de
serviços actuais ou futuros, sendo condição fulcral que os sistemas implementados (ou a
implementar) sejam evolutivos em relação aos serviços suportados.

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2. Trabalhos Realizados no Estágio
2.1. Gestão Equipamentos e Etiquetagem

Antes da instalação dos novos equipamentos foi necessário verificar se o local onde iriam
ser instalados os novos bastidores estava preparado para os receber. A instalação dos bastidores é
feita por uma empresa contratada. A instalação de fontes de energia redundantes e tudo o que a
isso se refere, também é tratado por uma empresa contratada. A organização do material de apoio
(cabos alimentação, coaxiais, ópticos, etc.) é muito importante, pois facilita o trabalho de quem
vier a necessitar deles, e isto acontece praticamente todos os dias.

Qualquer equipamento, cabo de alimentação, rede ou óptico, está registado numa base de
dados onde é registado o tipo de equipamento, fabricante, software, portas de alimentação, portas
de comunicação, etc. Estes registos servem para guiar e facilitar quem trabalha no datacenter, pois
quando se procura, por exemplo, como e por onde um determinado equipamento comunica com o
outro, saberá ir directamente ao corredor, bastidor, porta e cabo correspondente.

Figura 7 - Disposição dos bastidores no datacenter

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Figura 8 - Estrutura do Bastidor 22

O registo segue uma nomenclatura previamente definida, por isso, todo e qualquer
equipamento que esteja localizado nas instalações da NOS - Funchal, começa com "FUN", como
podemos constatar no exemplo anterior. Outros exemplos:

• "CMTS" - Cable Modem Termination Systems


• "SRIP" - Switch ligado em Srip
• "ODF" - Patch Panel de Fibras Ópticas
• "DTIS" - Sincronizadores/Relógios
• "SWG" - Switch Gestão

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Figura 9 - Sumário de características, portas e ligações

Podemos constatar na Figura 10 e 11 uma das possibilidades do software que faz controlo
dos equipamentos, cabos, redes, etc. Nestas imagens vemos em que bastidor está situado o
equipamento, mas também qual é o tipo de equipamento, portas disponíveis e portas com
conexões para outros equipamentos.

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2.2. Montagens de Equipamentos nos Bastidores

Para a empresa poder proceder com os upgrades de equipamentos e serviço prestado, foi
necessário libertar alguns equipamentos em uso e até mesmo novos equipamentos. Entre ele, 5
bastidores, 5 Cisco CMTS uBR 10012 , 9 Cisco RF Gateway Universal Edge QAM, Switches para
gestão interna e ligações de clientes, Réguas de Alimentação, etc.

Figura 10 - Frente CTMS uBR10012 Figura 11 - Traseira CTMS uBR10012

O Cisco Ubr10012 é CMTS totalmente redundante e tem a capacidade de alocar até 64.000
clientes (o equipamento com mais capacidade no mercado e também bastante caro, quando
lançado custava cerca de 980.000 USD), trabalha com todas a normas DOCSIS, permite fazer
balanceamento de carga e QoS (Qualidade de Serviço). E sobre a aplicação de QoS, existem
especialistas que recomendam, quando este equipamento também serve serviço de voz (telefone),
que o numero máximo de clientes conectados ao equipamento não ultrapasse os 45.000. Este
equipamento é o coração das redes que trabalham com o protocolo DOCSIS. Este equipamento é
constituído por vários módulos, todos eles com funções específicas.

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O equipamento permite alocar 8 módulos BPE (Broadband Processing Engine), mas apenas 7
podem funcionar em simultâneo, pois o 8º módulo apenas é usado em redundância ou caso de
falha de um dos restantes. A sua programação é bastante complexa, por isso, apenas tive a
possibilidade de carregar as configurações feitas pelo responsável de programação CISCO da NOS
Madeira, Eng. Filipe Azevedo. Através da subsituação e upgrade de placa controladoras na parte
traseira, pode-se aumentar a capacidade de processamento de informação, largura de banda e
velocidade.

Figura 13 - Cisco uBR-MC20X20V BPE


Figura 12 - Cisco uBR-MC3GX60V BPE

Figura 14 - Cisco 5-Port Gigabit Ethernet SPA Figura 15 - Cisco 2-Port Gigabit Ethernet SPA

Figura 16 - Docsis Timing, Communication, and Control Card

Figura 17 - Cisco CMTS uBR10k Power Supply

Alguns exemplos de módulos, entre eles módulos BPE e de adaptadores com partilha de
portas Gigabit (Port Gigabit Ethernet Shared Port Adapters), placa de controlo de tempos e fonte
de alimentação que tanto pode ser AC como DC. Com a adição de um módulo igual ao da figura
12, Cisco uBR-MC3GX60V BPE, a plataforma Cisco UBR10012 aumenta a capacidade para 576
canais para download e 480 canais para upload, ou aproximadamente 24Gbps de download bruto
e 14.4 Gbps de upload bruto, isto, por cada módulo carregado no chassis.

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Figura 18 - Symmetricom Network Server - TimeCreator 1000 DTI

O Symmetricom ® TimeCreator ® 1000 é um Server Interface DOCSIS Timing (DTI) para


cabeça-de-rede ou hub de rede de um operador por cabo - Projectado para entregar alta
confiabilidade, o tempo preciso e frequência de sincronização necessários para uma rede de cabo
avançada.

Com uma arquitectura modular e opções de software para aumentar a capacidade, o


TimeCreator 1000 permite que os operadores possam implementar com flexibilidade para
equilibrar economia, escalabilidade, funcionalidade e resiliência. TimeCreator 1000 segue a
normas da CableLabs para servidores DTI e tem disponível rastreabilidade GPS opcional, relógio
redundante, cartões, fontes de alimentação redundantes e opção do servidor NTP. TimeCreator
1000 é parte fundamental para a cabeça-de-rede (headend) ou rede hub de um operador por cabo
e implementa M-CMTS, DOCSIS 3.0 ou Serviços Corporativos sobre DOCSIS.

Os diversos servidores DTI também estão ligados entre si, para sincronização dos mesmos.

Está previsto a substituição destes por um único e com mais capacidade. As configurações
deste aparelho também ficaram a cargo dos responsáveis do Departamento de Engenharia.

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Figura 19 - Frente Cisco RF Gateway 1

Figura 20 - Traseira Cisco RF Gateway 1

O Cisco RF Gateway 1 é um Edge QAM universal(U-EQAM), converge alta velocidade e alta


capacidade de dados e distribuição de vídeo na borda de acesso da rede por cabo. The Cisco RF
Gateway 1 oferece densidade de vanguarda, modularidade, e flexibilidade com suporte para
Switched Digital Video (SDV), VoD, Broadcast Video e DOCSIS® 3.0/Modular CMTS (M-CMTS)™
tudo numa única plataforma QAM.

Figura 21 - Modelação de Ordem Superior

O Cisco RF Gateway 1 disponibiliza uma grande densidade (até 96 QAMs por RU),
fiabilidade melhorada, performance RF superior, 1 GHz RF de saída, e capacidade DOCSIS 3.0/M-
CMTS. Está completamente integrado e testado com parte do Cisco Digital Broadband Delivery
System (DBDS) e da solução Cisco uBR10012 M-CMTS, acelerando o desenvolvimento e gestão de
serviços de video e serviços DOCSIS.

A configuração destes equipamentos, em especial a potência de transmissão ficou a cargo


do responsável do departamento de Engenharia, excepto a configuração inicial que consiste em
atribuir um endereço ip ao equipamento e ligação ao switch de gestão. A partir deste momento, o
equipamento pode ser acedido remotamente.

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Figura 22 - Cisco WS-C3750G-12S-S

Foram montados 4 switch layer 3 Cisco WS-C3750G-12S-S em SRIP iguais aos da Figura 20.
Está previsto substituir estes equipamentos, pois estes não permitem ter 2 fontes de alimentação
redundantes.

Figura 23 - Switched Rack PDU AP7921

Foram montados 4 equipamentos em 2 dos 5 bastidores atribuídos para este projecto.


Estes PDUs permitem acesso remoto, inclusive, ligar e desligar portas, o que foi preciso fazer para
um determinado equipamento reiniciar com novas configurações. Cada par de PDUs é alimentado
por UPS distintas

Figura 24 - Cisco WS-C3550-48-EMI

Foi instalado um switch WS-C3550-48-EMI igual ao da Figura 21 com 2 portas GBIC Gigabit
para gestão de todos os equipamentos deste projecto. Todos os equipamentos referidos
anteriormente tem uma porta ethernet para gestão e foram todos conectados a este switch.

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Figura 25 - Interfaces SFP

Os Small Form-Factor Pluggable (SFP) Gigabit Interface Converter são dispositivos de


entrada/saída que se podem ser subsituídos com a máquina em funcionamento (hot-swappable) e
podem ser usados numa porta ou slot Gigabit Ethernet, que liga a porta com a rede (como os
visiveis nas figuras 14, 15 ou 21). SFPs podem ser utilizados e trocados numa vasta e ampla
variedade de produtos da Cisco e podem ser misturados em combinações de 1000BASE-T,
1000BASE-SX, 1000BASE-LX / LH, 1000BASE-EX, 1000BASE-ZX, ou 1000BASE-BX10-D / U numa base
porta-a-porta. O custo destes interfaces pode ir 50€ a maus de 5000€, atendendo às suas
características (velocidade, distância, etc.). Alguns aparelhos têm slots tipo GBIC, mas, maior parte
dos equipamentos da atualidade trazes slots tipo SFP pois são mais pequenos e práticos.

Figura 26 - Conectores Fibra Óptica

A maior parte dos equipamentos foram conectados com cabos de fibra óptica com
conectores simples ou duplos SC, mas, esporadicamente, foram usados cabos de fibra óptica com
conectores SC. Os SFPs da figura 25 servem para ligar fibras monomodo ou multimodo com
conectores LC.

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2.3. Montagem dos Equipamentos do Projecto nos Bastidores

O projecto prevê a montagem de 5 novos bastidores no datacenter na sede da NOS


Madeira. Durante a realização do estágio apenas foram necessários montar e configura 3 deles,
pois para a migração/actualização de clientes e redes onde estavam inseridos 3 CMTS em
funcionamento seriam suficientes (bastidores 22, 23 e 24). Os restantes 2 bastidores não ficaram
operacionais, mas ficaram com parte do equipamento instalado. Estes 5 bastidores ficaram
situados na Fila A, mesmo no final, depois do bastidor 13.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 20 21 22 23 24
Figura 27 - Esquema da localização dos bastidores

Bastidor 20 Bastidor 21 Bastidor 22


Frente Interior Traseira Frente Interior Traseira Frente Interior Traseira
42 42 FUN1EQEN005 42 ODF-NAZ01-22-01
41 41 FUN1EQEN006 41
40 40 40
39 39 39
38 38 38
37 37 37 FUN1SWGEO22
36 36 36
35 35 35
34 34 34
33 33 33 FUN1DTIS004
32 FUN1DQAM012 32 FUN1DQAM009 32 FUN1DTIS003
31 31 31 FUN1DTIS002
30 30 30 FUN1DTIS001
29 29 29
28 FUN1DQAM011 28 FUN1DQAM008 28
27 27 27
26 26 26
25 25 25
24 FUN1DQAM010 24 FUN1DQAM007 24
FUN1 SRIP006
23 23 23
22 22 22
21 21 21
20 20 20
19 19 19
18 18 18
17 17 17
16 16 16
15 15 15
14 14 14
13 13 13
12 12 12
FUN1CMTS005 FUN1CMTS004 FUN1CMTS003
11 11 11
10 10 10
9 9 9
8 8 8
7 7 7
6 6 6
5 5 5
4 4 4
3 3 3
2 2 2
1 1 1

Figura 28 - Esquema do conteúdos dos bastidores 20, 21 e 22


20
Bastidor 23 Bastidor 24
Frente Interior Traseira Frente Interior Traseira
42 FUN1EQEN007 42
41 FUN1EQEN008 41
40 40
39 39
38 38
37 37
36 36
35 35
34 34
33 33
32 FUN1DQAM006 32 FUN1DQAM003
31 31
30 30
29 29
28 FUN1DQAM005 28 FUN1DQAM002
27 27
26 26
25 25
24 FUN1DQAM004 24 FUN1DQAM001
23 23
22 22
21 21
20 20
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
FUN1CMTS002 FUN1CMTS001
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1

Figura 29 - Esquema do conteúdos dos bastidores 23 e 24

Todos os equipamentos presentes nestes bastidores estão ligados entre si de acordo com
configurações específicas, mas também, ligados por fibra óptica ao coração da rede da NOS
Madeira, FUN1ERIP1 e FUN1ERIP2 (Cisco ASR 9000 Series Aggregation Services Router), que depois
permite comunicação para o exterior da Ilha da Madeira pelo anel de fibra óptica.

Código Tipo de Equipamento


FUN1CMTS(XXX) CMTS uBR10012
FUN1DQAM(XXX) Cisco RF Gateway 1
FUN1EQEN(XXX) Switched Rack PDU AP7921
FUN1SRIP(XXX) Cisco WS-C3750G-12S-S
FUN1SSWGE(XXX) Cisco WS-C3550-48-EMI
FUN1DTIS(XXX) TimeCreator 1000 DTI
ODF-NAZ01-(XX)-(XX) Patch Panel Óptico
FUN1ERIP(X) Cisco ASR 9000 Series Aggregation Services Router

Figura 30 - Relação código/equipamento


21
Algumas imagens sobre a montagem dos equipamentos nos bastidores.

Figura 31 - Baldeações 1 Figura 32 - Baldeações 2 Figura 33 - Baldeações 3

Figura 34 - Baldeações 4 Figura 35 - Baldeações 5 Figura 36 - Baldeações 6


As figuras 31 à 36 mostram a evolução na montagem dos equipamentos, desde da
instalação dos equipamentos até á conexão entre eles mesmos e rede ZON Madeira. Na ultima
figura vemos 2 ligações em fibra óptica que servem para conectar o CMTS à rede local e cabos
coaxiais que irão permitir a ligação dos clientes à rede NOS tanto para prestação de serviços de
dados, voz ou vídeo.
22
Futuras ligações, como as previstas para baldeação, foram preparadas antecipadamente, e
para isso, foram colocados novos cabos coaxiais relativos à células de clientes a baldear. Na figura
36 podemos verificar a ligação dos cabos coaxiais. Cada cabo contêm 5 pequenos cabos, estes
últimos é que irão ser ligados aos módulos BPE. Uma determinada zona pode ser servida por uma
ou mais células, tudo depende da densidade de clientes nessa área. Todos os cabos usados são
numerados e registados na plataforma IPAM.

Figura 38 - Registo ligação, portas saída e entrada e cabo


Figura 37 - Numeração dos
cabos

Todos os equipamentos foram testados após montagem dos mesmos, tanto a nível de
hardware, teste de funcionamento das portas de comunicação, e também, teste à ligações entre
eles. Por exemplo, o Servidor DTI está ligado tanto aos CMTS uBR10012 como aos Cisco RF
Gateway 1 Universal Edge QAM.

23
2.4. Baldeações e Testes de Conectividade

Baldeações é o termo usado pelos técnicos do Departamento de Engenharia quando se


referem às transferências de clientes de um determinado equipamento ou rede para outro(a).
Estas ocorreram a horas de menos volume de tráfego e uso dos clientes, ou seja, ocorreu de
madrugada, e em dias separados, para permitir corrigir os problemas que ocorrem na rede quando
se realizam este tipo de tarefas.

Antes de realizar a baldeação de uma determinada célula, é necessário verificar e apontar


quais são os clientes que contrataram endereço ip fixo para a sua ligação. Para estes casos é
necessário fazer a baldeação manualmente, ou seja, eliminar o seu registo na rede e equipamento
antigo, e depois, registar o cliente na nova rede e equipamento. No inicio era um processamento
totalmente manual, onde era necessário aceder ao equipamento através da consola de comandos
e executar determinados comandos. No final estágio foi criada uma funcionalidade pelo Eng. David
Silva na aplicação Ferramentas para realizar essa tarefa de uma forma bem mais simples e rápida.

IP CMTS Porta ID Célula ID Cliente ID Rede Resultado


x.x.x.x FUN1CMTS015 C3/0/U0 HFCGAU0001 HFCGAU0001-1290 (D) #1407287 3 OK

x.x.x.x FUN1CMTS012 C5/1/2/U0 HFCGAU0001 HFCGAU0001-1290 (WA) #1969666 3 OK - sem OSPF info

x.x.x.x FUN1CMTS012 C5/1/2/U3 HFCGAU0002 HFCGAU0002-1270 (WB) #1970235 3 OK - sem OSPF info

x.x.x.x FUN1CMTS008 C4/0/U3 HFCCNO0001 HFCCNO0001-1270 (D) #1407287 5 OK

x.x.x.x FUN1CMTS012 C8/0/3/U2 HFCCNO0001 HFCCNO0001-1270 (WC) #1874742l 5 OK

x.x.x.x FUN1CMTS008 C4/0/U0 HFCCNO0001 HFCCNO0001-1270 (A) #710004 5 OK

x.x.x.x FUN1CMTS012 C7/0/1/U2 HFCCVM0001 HFCCVM0001-1310 (A) #1693837 7 OK - sem OSPF info

x.x.x.x FUN1CMTS012 C5/1/1/U0 HFCCVM0001 HFCCVM0001-1310 (WA) #1108091 7 OK - sem OSPF info

x.x.x.x FUN1CMTS012 C5/1/1/U2 HFCCVM0001 HFCCVM0001-1310 (WC) #753681 7 OK - sem OSPF info

x.x.x.x FUN1CMTS012 C5/1/1/U2 HFCCVM0001 HFCCVM0001-1310 (WC) #753681 7 OK - sem OSPF info

Figura 39 - Clientes com endereço IP fixo


No exemplo anterior (figura 39) o endereço e nome dos clientes foi retirado ou alterado
para manter a sua privacidade. Esta lista, já é uma verificação se o baldeamento destes clientes foi
bem sucedido. A verificação é feita endereço ip a endereço ip na plataforma Ferramentas, menu
Geral.

Figura 40 - Plataforma Ferramentas

24
Figura 41- Cabos coaxiais preparados para a baldeação
Na figura 41, embora seja um trabalho em progresso, servirá para receber os cabos coaxiais
dos novos equipamentos. Depois, os diversos cabos relativos a uma determinada célula são
combinados num só. Daqui, a transmissão segue até às instalações do cliente.

Figura 42 - Intensidade do sinal de downstream


Na figura 42, recorrendo a Analisador de Espectro, podemos verificar a intensidade do sinal
de downstream emitido pelos Cisco RF Gateway 1 Universal Edge QAM. Neste caso, todos estão a
um nível óptimo, mas, caso se verificasse um canal com maior ou menor intensidade, teria de se
ajustar no Cisco RF Gateway 1 Universal Edge QAM que estivesse a emitir esse canal, prevenindo
problemas como falhas na transmissão, não registo do modem do cliente na rede, etc.
25
Através da plataforma Ferramentas também é possível verificar a qualidade e intensidade
do upstream e downstream de um determinado cliente, como podemos verificar na figura
seguinte.

Figura 43 - Dados técnicos - Plataforma Ferramentas


Na área marcada a vermelho é possível verificar a intensidade com que o cliente recebe ou
envia as transmissões. Também se pode verificar os endereços ip que usa (um cliente pode ter
mais de que um endereço ip, por exemplo, quando tem outro equipamento na sua rede com um
endereço ip fixo contratado), servidor dhcp e gateway.

Este foi o trabalho que motivou a realização do estágio. Foi mais complexo do que aparenta
e necessitou do trabalho de várias equipas de departamentos diferentes, diversas reuniões e
muitas horas de planeamento para minimizar problemas. Fazer este tipo de operações de
madrugada tem a grande vantagem de poder voltar atrás, repor as configurações iniciais.
Felizmente, nunca foi necessário.

26
2.5. Outros trabalhos realizados

Durante o estágio tive oportunidade de realizar outras tarefas, pequenos projectos, etc.
Todas os trabalhos são importantes, até mesmo as tarefas mais simples são muitos importantes.
Houve a oportunidade de conhecer o armazém da empresa e seus responsáveis, acompanhar o
agendamento e entrega de equipamentos no datacenter.

Tarefas como limpeza, organização e inventário de cabos ethernet, cabos de alimentação,


fibras ópticas de diversos comprimentos e diferentes conectores, peças suplentes, etc. Saber quais
o cabos que estão ligados o um determinado equipamento e saber com quem esse cabo comunica,
saber que se têm o numero suficiente de interfaces e cabos necessários para a realização de um
trabalho, faz com que se ganhe tempo para outros trabalhos e se poupe dinheiro com a não
compra de material em stock.

Ligação e registo de ligações de fibra óptica de clientes com linhas dedicadas. Após técnicos
certificados terem soldado as fibras e as disporem em patch panes ópticos no bastidor reservado a
esse efeito, procedi com a colocação dos interfaces adequados à ligações contratadas e respectiva
ligação fibra óptica desde do bastidor reservado para ligações vindas do exterior até ao FUN1ERIP1
ou FUN1ERIP2 (Cisco ASR 9000 Series Aggregation Services Router), de acordo com o planeamento
da empresa.

Figura 44 - Pach panel óptico de ligações externas 1

Figura 46 - Pach panel óptico de ligações externas 2


Figura 45 - Cisco ASR 900

27
O equipamento na figura 45, Cisco ASR 9000 Series Aggregation Services Router, é o
equipamento mais importante no datacenter, é responsável por agregar e gerir todas as ligações
internas e externas. Ligações dedicas e de extrema importância e sensibilidade são ligadas
directamente a este router, como bancos, grandes empresas na área da distribuição, etc. Por isso, o
manuseio do mesmo deve ser feita com extrema precaução e certeza de que não estamos a
desligar um ligação errada. Cada falha de comunicação desde equipamento com o cliente obriga a
NOS a fazer um relatório sobre o ocorrido.

Figura 47 - UPS Datacenter1 Figura 48 - UPS Edifício Principal 1

Figura 49 - UPS Datacenter 2 Figura 50 - UPS Edifício Principal 2

28
Outros dos trabalhos realizados foi a configuração do endereço ip da UPS do datacenter
(figuras 47 e 49), configuração de temperatura máxima e activação/configuração do serviço SNMP
(Simple Network Management Protocol) para envio automático de alertas e outro tipo de
informação para o responsável pela supervisão deste tipo de alertas, Eng. Miguel Carvalho.
Também foi necessário fazer um upgrade das UPS que servem o edifício principal, pois parte delas
eram muito antigas e já com problemas de baterias. Para acompanhar o desgaste desses
equipamentos, foi instalado um switch para permitir a ligação à rede, para activação/configuração
do serviço SNMP. Porque estes equipamentos por norma aquecem bastante e as baterias sofrem
um desgaste superior quando submetidas a temperaturas altas, tentamos instalá-los na parte
inferior do bastidor, pois, o ar quente sobe.

29
3. Conclusão
O estágio permitiu obter novos conhecimentos e aprofundar os conhecimentos adquiridos
durante as aulas e, permitindo, dentro do possível e considerando a importância e sensibilidade
dos equipamentos do datacenter, colocar em prática alguns dos conceitos em ambiente laboral.

Também devo fazer uma menção honrosa ao facto de a NOS Madeira actualizar
regularmente os seus equipamentos e serviço prestado aos clientes empresariais e particulares
elevando a satisfação destes em relação á empresa.

Dado á sensibilidade dos equipamentos, como anteriormente foi referido, não foi possível a
aplicação no dia-a-dia de muitas das matérias leccionadas no curso. Houve programação de
equipamentos Cisco em que apenas pude constatar o nível de segurança e complexidade no
acesso aos mesmo, e, onde apenas pude carregar configurações previamente programadas pelos
responsáveis máximos do departamento. Não refiro estes ponto como crítica, pois o mínimo erro,
por mais simples que possa parecer, pode afectar os clientes e também, credibilidade da empresa.

Errar é humano...mas o datacenter é um daqueles locais onde se deve verificar e certificar


quais as consequências de uma operação, seja ela a nível de software ou hardware, pois um
pequeno erro pode afectar milhares de clientes e a correcção desse mesmo erro pode levar
minutos ou até mesmo várias horas para que tudo fique normalizado na parte da empresa, mas,
no caso dos clientes, pode afectar a vários níveis. Os clientes empresariais como bancos, grandes
empresas na área da distribuição, etc, exigem que o serviço prestado não sofra interrupções, pois,
essas mesmas interrupções podem levar a grandes percas financeiras.

Sobre os trabalhos em que o estágio iria incidir, nomeadamente a actualização dos CMTS e
migração de clientes para os novos equipamentos e redes, foi concluído com sucesso, embora
tenham existido clientes em que foi necessário realizar assistência, pois os equipamentos não
responderam de forma positiva às alterações a que foram sujeitos. Uma pequena percentagem de
clientes foi afectada por problemas devido à baldeação, menos de 5%, o que foi muito positivo.
Este trabalho foi realizado de forma faseada, e, durante os tempos livres dessa tarefa pude
colaborar na realização de outras tarefas que foram realizadas pelo Departamento de Engenharia,
o que contribuiu bastante para o enriquecimento dos conhecimentos adquiridos durante a
realização do estágio.

A formação foi bastante completa, mesmo tendo em conta que nesta área, tem de ser o
próprio formando a buscar regularmente actualizações, mas, foi necessária para poder realizar o
estágio com o conhecimento suficiente para ser integrado com sucesso no Departamento de
Engenharia e realizar as tarefas que me foram incumbidas de realizar.

No cômputo geral o conjunto curso e realização de estágio dotaram-me de ferramentas de


raciocínio e conhecimentos teóricos que permitiram começar uma carreira profissional dentro na
área de Instalação e Manutenção de Sistema e Redes Informáticas

30
4. Índice de Ilustrações
Figura 1 - Organograma NOS Madeira .............................................................................. 5
Figura 2 - NOS Madeira ................................................................................................. 6
Figura 3 - Comparativo velocidade/versão e DOCSIS/EuroDOCSIS ..................................... 8
Figura 4 - Frequências DOCSIS e EuroDOCSIS ................................................................. 8
Figura 5 - Esquema ligação Rede Híbrida - HFC ................................................................ 9
Figura 6 - Comparativo entre canais upstream e downstream .............................................10
Figura 7 - Disposição dos bastidores no datacenter ...........................................................11
Figura 8 - Estrutura do Bastidor 22 ................................................................................12
Figura 9 - Sumário de características, portas e ligações .....................................................13
Figura 10 - Frente CTMS uBR10012 ...............................................................................14
Figura 11 - Traseira CTMS uBR10012 .............................................................................14
Figura 12 - Cisco uBR-MC3GX60V BPE .........................................................................15
Figura 13 - Cisco uBR-MC20X20V BPE ..........................................................................15
Figura 14 - Cisco 5-Port Gigabit Ethernet SPA ................................................................15
Figura 15 - Cisco 2-Port Gigabit Ethernet SPA ................................................................15
Figura 16 - Docsis Timing, Communication, and Control Card ............................................15
Figura 17 - Cisco CMTS uBR10k Power Supply ................................................................15
Figura 18 - Symmetricom Network Server - TimeCreator 1000 DTI .....................................16
Figura 19 - Frente Cisco RF Gateway 1 ...........................................................................17
Figura 20 - Traseira Cisco RF Gateway 1 ........................................................................17
Figura 21 - Modelação de Ordem Superior .......................................................................17
Figura 22 - Cisco WS-C3750G-12S-S.............................................................................18
Figura 23 - Switched Rack PDU AP7921 ..........................................................................18
Figura 24 - Cisco WS-C3550-48-EMI .............................................................................18
Figura 25 - Interfaces SFP .............................................................................................19
Figura 26 - Conectores Fibra Óptica ...............................................................................19
Figura 27 - Esquema da localização dos bastidores ............................................................20
Figura 28 - Esquema do conteúdos dos bastidores 20, 21 e 22 ............................................20
Figura 29 - Esquema do conteúdos dos bastidores 23 e 24 .................................................21
Figura 30 - Relação código/equipamento ..........................................................................21
Figura 31 - Baldeações 1 ...............................................................................................22
Figura 32 - Baldeações 2 ...............................................................................................22
Figura 33 - Baldeações 3 ...............................................................................................22
Figura 34 - Baldeações 4 ...............................................................................................22
Figura 35 - Baldeações 5 ...............................................................................................22
Figura 36 - Baldeações 6 ...............................................................................................22
Figura 37 - Numeração dos cabos ...................................................................................23
Figura 38 - Registo ligação, portas saída e entrada e cabo ..................................................23
31
Figura 39 - Clientes com endereço IP fixo ........................................................................24
Figura 40 - Plataforma Ferramentas ................................................................................24
Figura 41- Cabos coaxiais preparados para a baldeação ......................................................25
Figura 42 - Intensidade do sinal de downstream ................................................................25
Figura 43 - Dados técnicos - Plataforma Ferramentas ........................................................26
Figura 44 - Pach panel óptico de ligações externas 1 .........................................................27
Figura 45 - Cisco ASR 900 ............................................................................................27
Figura 46 - Pach panel óptico de ligações externas 2 .........................................................27
Figura 47 - UPS Datacenter1 .........................................................................................28
Figura 48 - UPS Edifício Principal 1 ................................................................................28
Figura 49 - UPS Datacenter 2 ........................................................................................28
Figura 50 - UPS Edifício Principal 2 ................................................................................28

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5. Bibliografia
Cisco. (s.d.). Obtido em 15 de 09 de 2014, de http://www.cisco.com
Reese, B. (2007 de Outubro de 17). Brad Reese on Cisco. Obtido em 2014 de Setembro de 15,
de http://www.networkworld.com/: http://www.networkworld.com/article/2349269/cisco-
subnet/what-do-you-get-when-spending--1-million-for-a-single-cisco-router-.html
Symmetricom. (s.d.). Obtido em 2014 de Agosto de 30, de
http://www.microsemi.com/document-portal/doc_download/133322-timecreator-1000
Wikipédia. (s.d.). Obtido em 10 de Setembro de 2014, de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão_em_Portugal

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