Arrependimento

O que as Escrituras dizem?

Arthur Pink
Introdução
Uma das características divinamente previstas dos
"tempos perigosos" em que agora vivemos é a de que
"os homens maus e os sedutores serão cada vez piores,
enganando e sendo enganados" ( 2 Timóteo 3:13 ). A
referência mais profunda dessas palavras é a sedutores
e enganadores espirituais. Homens com
personalidades cativantes, homens que ocupam um
lugar proeminente na cristandade, homens com uma
reverência aparentemente profunda pelas Escrituras
Sagradas, enganam as almas com erro fatal. Não
apenas os evolucionistas, os críticos superiores e os
modernistas estão iludindo multidões de nossos jovens
com suas mentiras cobertas de açúcar, mas alguns que
se apresentam como defensores da ortodoxia e se
orgulham de sua capacidade de "dividir corretamente
a Palavra da verdade".
Tal encargo, como acabamos de fazer, é de fato sério,
e um que não deve ser prontamente recebido sem
prova. Mas a prova é facilmente fornecida. A Palavra
de Deus ensina claramente que nesta dispensação,
igualmente com os precedentes, Deus requer um
profundo e sincero arrependimento antes que Ele
perdoe qualquer pecador. O arrependimento é
absolutamente necessário para a salvação, tão
necessário quanto a fé no Senhor Jesus Cristo. "A
menos que você se arrependa, todos vocês também
perecerão" ( Lucas 13: 3 ). "Então Deus também deu
aos gentios o arrependimento para a vida" ( Atos
11:18 ). "Para tristeza piedosa, arrependimento de
obras, para não se arrepender de" ( 2 Coríntios 7:10). É
impossível enquadrar a linguagem mais explícito do
que isso. Portanto, em vista desses versículos, e outros
ainda a serem citados, não podemos deixar de
considerar tristemente aqueles que agora estão
afirmando que o arrependimento não é, nesta
dispensação, essencial para a salvação, como sendo
enganadores de almas, líderes cegos de cegos.
Uma comparação cuidadosa do lugar proeminente que
é dado ao arrependimento no Novo Testamento com o
lugar muito pequeno que tem no ensino atual, mesmo
nos chamados púlpitos "ortodoxos", traz à luz um dos
mais significativos e solenes " sinais dos tempos
". Alguns dos mais proeminentes dos que se agradam
em se intitular "professores da verdade
dispensacionalista" insistem que o arrependimento
pertence a um período passado, sendo "judeu" e
negam que, nesta era, Deus exige arrependimento do
pecador antes dele. pode ser salvo, repudiando
assim Atos 17:30: "Mas agora comanda todos os
homens em todos os lugares para se
arrependerem." Quando se tem em mente que esses
homens são os mais diligentes estudantes das
Escrituras, podemos ver com tristeza neles o
cumprimento dessas palavras "aprendendo sempre e
nunca sendo capazes de chegar ao conhecimento da
verdade" ( 2 Timóteo 3: 7 ). .
Outros, em seu recuo da salvação pela reforma,
falharam em preservar devidamente o equilíbrio da
verdade e dar o devido lugar a tais Escrituras como
"Aquele que cobre os seus pecados não prosperará;
mas quem confessar e abandoná-los terá misericórdia"
( Provérbios 28:13 ), e "Deixe o ímpio o seu caminho, e
o homem maligno os seus pensamentos, e se converta
ao Senhor, que se compadecerá Dele" ( Isaías 55:
7). Não é que haja algo meritório na obediência de um
pecador a esta justa exigência de Deus, mas que as
reivindicações do Santo devem ser pressionadas contra
aqueles que transgrediram contra ele. No entanto, isso
é exatamente o que o soberbo rebelde mais deseja
ouvir, e o mais triste é que muitos estão agora,
intencional ou involuntariamente, retendo aquilo que
é intragável para os homens, mas que está honrando a
Deus. O quão difundida é essa retenção, pode ser
rapidamente descoberta por um exame de tratos
atuais que pretendem explicar como um pecador pode
ser salvo: na maioria deles nem uma palavra é dita
sobre o arrependimento.
Mesmo onde se sustenta que o arrependimento é
necessário antes que um pecador possa ser salvo,
muitas vezes as visões mais superficiais e superficiais
são consideradas do que realmente é o
arrependimento. Em muitos círculos, presume-se que,
se uma pessoa derramar lágrimas ou parecer estar com
o coração partido por causa do mau caminho que
seguiu, isso é uma prova clara de que uma obra
salvadora da graça divina começou no coração daquela
pessoa. Mas isso não segue de forma alguma. As
picadas de uma consciência inquieta não são as
mesmas que a convicção do pecado que é produzida
pelo Espírito Santo. Esaú chorou e chorou
amargamente, mas ele não foi regenerado. Félix
tremeu sob a pregação de Paulo, mas não há indício
nas Escrituras de que ele foi para o céu. Multidões
estão enganadas neste exato momento, e há muito
pouco no ministério atual que é calculado para
desenganá-los. Cada um de nós que valoriza sua alma
e está preocupado com seu destino eterno, fará bem Agora observando cuidadosamente a definição desta
em examinar cuidadosamente seu arrependimento à palavra em Gênesis 6: 6 e observando atentamente o
luz das Escrituras e verificar se é do homem ou de Deus, que se segue, descobrimos: primeiro, que a ocasião do
natural ou sobrenatural. arrependimento é pecado, pois em Gênesis 6: 5 lemos
que "Deus viu que a maldade do homem foi grande na
A primeira ocorrência da palavra "arrepender-se"
terra ": assim o arrependimento é uma percepção da
fornece a chave para seu significado e
excessiva pecaminosidade do pecado. Segundo, que a
escopo. Em Gênesis 6: 6 , lemos: "E se arrependeu do
natureza do arrependimento consiste em uma
Senhor que Ele havia feito o homem na terra". A
mudança de mentalidade: uma nova decisão é formada
linguagem é figurativa, pois Aquele que é infinito em
em vista das condições deploráveis existentes -
sabedoria e imutável em conselho nunca muda de
"arrependeu-se do Senhor que Ele havia feito o
opinião. Isto é claro de "Deus não é um homem que Ele
homem". Terceiro, esse genuíno arrependimento é
deveria mentir, nem o filho do homem que ele deveria
acompanhado por uma verdadeira dor pelo pecado,
se arrepender" ( Num.23: 19 ), e "A força de Israel não
por aquilo que exigiu a mudança da mente: "e isso o
mentirá nem se arrependerá, pois Ele não é um homem
entristeceu em seu coração" - cf. 2 Coríntios
que Ele deveria se arrepender "( I Samuel 15:29 ); e
7:10. Quarto, que o fruto ou a conseqüência do
novamente, "com quem não há mudança, nem sombra
arrependimento aparece na determinação de desfazer
de mudança" ( Tiago 1:17 ). Portanto,Gênesis 6: 6 (e
(abandonar e retificar, tanto quanto possível) aquilo
passagens semelhantes) o Todo-Poderoso
que está aflito: "e o Senhor disse: Eu destruirei o
condescende a acomodar-se ao nosso modo de falar, e
homem" (versículo 7). Todos esses elementos são
a expressar-se a si mesmo depois de uma maneira
encontrados em um arrependimento que foi produzido
humana - como ele faz no Salmo 78:65 ; 87: 6 ; Isaías
no coração pela operação graciosa e sobrenatural do
59:16 , etc.
Espírito Santo. Vamos agora considerar:
 1. Sua necessidade

Isto é descoberto por uma contemplação da lei, pois nós mesmos n'Ele ( Salmo 37.4) e um desejo e uma
"pela lei está o conhecimento do pecado" ( Romanos determinação para agradá-lo. Como o amor-próprio
3:20 ). Onde não há exposição e aplicação da santa lei naturalmente nos leva a magnificar-se e a procurar
de Deus, não pode haver conhecimento verdadeiro e promover nossos próprios interesses, um verdadeiro
profundo do pecado. Como o apóstolo Paulo tão amor a Deus nos faz colocá-lo em primeiro lugar e
claramente afirma: "Eu não conheci o pecado senão buscar Seus interesses.
pela lei" ( Romanos 7: 7 ). A excessiva pecaminosidade
Em arrependimento, o pecado é a coisa da qual se
do pecado ( Romanos 7:13) só é exposto quando o
arrepender, e o pecado é uma transgressão da lei ( I
Espírito transforma a luz da lei de Deus em nossa
João 3: 4 ). E a primeira e principal coisa exigida pela lei
consciência e coração. Mas isso é principalmente uma
é supremo amor a Deus. Portanto, a falta de supremo
era de ilegalidade, e isso em todos os aspectos. E não
amor a Deus, o desinteresse do coração por Seu caráter
pode ser de outro modo: onde a lei de Deus é
e rebelião contra Ele ( Romanos 8: 7) é a nossa grande
desrespeitada, onde milhares de pregadores declaram
maldade da qual devemos nos arrepender. Mas nunca
que a lei não tem lugar nesta dispensação da graça, não
será em nossos corações se arrepender, a menos que
podemos esperar que as pessoas tenham muito
realmente possamos ver nossa culpa. E nunca
respeito pela lei humana. Deus fez com que o povo
podemos verdadeiramente ver a nossa culpa até
ceifasse o que plantaram: semeando o vento, agora
percebermos aquilo que principalmente nos leva a
estão colhendo o redemoinho. O bolchevismo e a
culpar. É a excelência de Deus, as infinitas perfeições
anarquia são a inevitável repercussão de ter
do Seu ser glorioso, que o tornam digno e tem direito
desprezado e rejeitado os Dez Mandamentos!
ao nosso amor supremo e à mais plena obediência; e
A piedade prática consiste na conformidade do coração isto é o que principalmente nos leva a culpar, por não
e da vida com a Lei de Deus e no cumprimento sincero tê-lo amado e servido. Não amar tão amável um objeto
do Evangelho de Cristo. Mas é somente quando como o Deus do amor é o crime de crimes.
entendemos corretamente a Lei e o Evangelho que
O mal do pecado O que é pecado? O pecado está
podemos discernir onde a conformidade com o um e a
dizendo, eu renuncio ao Deus que me fez; Eu
conformidade com o outro realmente consiste. Agora,
desaprovo seu direito de me governar. Não me
os requisitos da Lei são resumidos nessa palavra:
importo com o que Ele diz para mim, com os
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e
mandamentos que Ele deu, nem com como Ele expõe:
com toda a tua alma, e com toda a tua força"
prefiro a auto-indulgência à Sua aprovação. Eu sou
( Deuteronômio 6: 5 , e cf. Mateus 22: 37). Observe
indiferente a tudo o que Ele fez para e por mim; Suas
cuidadosamente as três coisas aqui especificadas:
bênçãos e presentes não me movem: eu vou ser senhor
Primeiro, o dever requerido, ou seja, amor a Deus. Em
de mim mesmo. O pecado é uma rebelião contra a
segundo lugar, a base ou razão para isso, ou seja,
Majestade do Céu. É tratar o Todo-Poderoso com
porque Ele é o Senhor nosso Deus. Terceiro, a medida
desprezo. Quão tão diferente é o pecado do que o
ou extensão desse dever, ou seja, amá-lo com todo o
mundo supõe! Quão insensíveis são os não
coração. Nada além disso, nada menos que isso, jamais
regenerados para a glória de Deus e aquilo que é
encontrará as justas reivindicações de Deus sobre nós.
devido a Ele de nós!
Agora, aquilo que está implícito e requerido para um
O homem natural supõe que o grande mal do pecado
verdadeiro amor a Deus é, primeiro, um verdadeiro
consiste em ser tão injurioso para nós. Para uma
conhecimento dEle. Se nossas apreensões de Deus
criatura que é absolutamente dependente para
estão erradas, se elas não são formadas pelas
assumir uma atitude de independência arrogante, é o
Escrituras, então é óbvio que temos apenas uma
pecado dos pecados. Desprezar Alguém que é
imagem falsa Dele, emoldurada por nossa própria
infinitamente glorioso e infinitamente digno de honra,
fantasia. Por um verdadeiro conhecimento de Deus
amor e obediência, é uma terrível abominação. Estar
( João 17: 3 ; 1 João 5:20 ) queremos dizer muito mais
mais preocupado em agradar os companheiros
do que uma noção teórica correta de Suas perfeições:
rebeldes do que em buscar o favor de Deus é a torpeza
deve haver uma sincera compreensão de Sua
do corante mais negro. Ó leitor, se você nunca viu o
amabilidade pessoal, Sua glória inefável. E onde essa
grande mal do pecado, então você é um estranho para
verdade verdadeiramente existe, haverá um prazer de
Deus e cego para Sua beleza suprema; você está sob o
poder ofuscante do pecado.
Pese bem o que está sendo apresentado agora se você
valoriza sua alma, querido amigo. A "falsidade do
pecado" ( Hebreus 3:13pode até agora ter fechado os
olhos para a condição terrível em que você está. Se sim,
você está agora disposto a ser descuidado? Você está
disposto a realmente se ver? Então não se engane
sobre este ponto: nunca foi nenhum pecador perdoado
enquanto ele era impenitente; e nunca foi uma alma
verdadeiramente penitente enquanto insensível ao
grande mal do pecado; e nunca um pecador percebeu
o grande mal do pecado até que ele conhecesse o Deus
infinitamente grande e glorioso contra quem ele
pecou. Você pode realmente ter se arrependido do
pecado em outros relatos - expondo você a vergonha
diante dos homens, como tendo ferido sua reputação,
ou porque derrubou a mão disciplinadora de Deus
sobre seu corpo ou assuntos temporais.
"Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal
aos teus olhos" ( Salmo 51.4). Um sentido do grande
mal do pecado é essencial para o verdadeiro
arrependimento. Não podemos ser adequadamente
afetados pelas coisas, a menos que os vejamos como
são. Não importa quão adorável uma coisa ou pessoa
possa ser, se a sua excelência não for percebida, o
coração está intocado. Mesmo a infinita glória de Deus
não excitará nossa estima e amor se não tivermos
noção disso. Assim, por outro lado, que o pecado
nunca seja tão maligno, mas se isso não for realizado,
não seremos adequadamente afetados por
ele. Embora mereça ser odiado com ódio perfeito, e
embora haja toda a razão pela qual devemos ficar
horrorizados por causa disso e nos humilharmos diante
de Deus, lamentando-o em amargura de coração,
temendo-o, vendo-o como o maior de todos os males
todavia, nunca faremos isso até vermos o pecado em
sua verdadeira hediondez.
O mal do pecado surge de nossas obrigações de fazer o
contrário, a saber, estarmos obrigados a amar e servir
a Ele que é infinitamente glorioso. Mas a menos que eu
veja claramente isto, não haverá, não pode haver
arrependimento profundo. A linguagem do coração
sempre pecador é, eu não me importo com o que Deus
requer. Eu vou ter o meu próprio caminho. Eu não me
importo com qual é a reivindicação de Deus sobre mim,
eu me recuso a me submeter à Sua autoridade. Eu não
me importo com o que ele ameaçou fazer àqueles que
O desafiam, eu não serei intimidado. Seus olhos podem
estar sobre mim, mas eu não vou ser contido assim; Eu
não me importo com o que ele ama e o que ele odeia,
eu devo agradar a mim mesmo. Mas quando o Espírito
Santo ilumina e convence uma alma, sua linguagem é:
"Contra Ti, somente tu, pequei, e fiz o mal à tua vista".
O arrependimento é Assim, o verdadeiro
arrependimento resulta de uma percepção no coração,
operada pelo Espírito Santo, da pecaminosidade do
pecado, do horror de ignorar as reivindicações de Deus
e de desafiar Sua autoridade. É, portanto, um santo
horror e ódio ao pecado, uma tristeza profunda por ele,
um reconhecimento dele diante de Deus e um
completo desbaratamento do coração. Não até que
isso seja feito, Deus nos perdoará. Quem quer que se
dê ao trabalho de pesquisar nas Escrituras sobre este
ponto, descobrirá que é claramente e uniformemente
ensinado por Moisés e pelos Profetas, por Cristo e Seus
apóstolos. Comece com o que Deus exigiu no dia da
Expiação: "seja qual for a alma que não seja afligida no
mesmo dia", tão longe do sacrifício que removeu seus
pecados ".Levítico 23:29 ).
Pese bem o ensino desses versículos: "Se eles se
entregarem à terra onde foram levados cativos, e se
arrependerem, e fizerem súplicas a Ti na terra dos que
os levaram cativos, dizendo: Pecamos e fizemos
perversamente, cometemos maldade, e retornamos a
vós de todo o coração e com toda a sua alma, na terra
de seus inimigos, que os levaram cativos, e oramos a
vós ... Então ouçam sua oração e sua súplica ... e perdoa
ao teu povo que pecou contra ti "( I Reis 8: 47-
50 ). Nenhuma mudança na dispensação produziu
qualquer mudança no caráter do Deus santo três
vezes. Suas reivindicações são sempre as mesmas.
Para os ensinamentos dos profetas, ver Salmos 32: 3-
5 ; Provérbios 28:13 ; Jeremias 4: 4 ; Ezequiel 18: 30-
32 ; Oséias 5:15 ; Joel 2: 12-18 . João Batista, o
precursor de Cristo, pregou dizendo: "Arrepende-te,
pois o reino dos céus está próximo" ( Mateus 3: 2 ). Isto
foi como se ele dissesse: "Tal é a natureza do reino do
Messias, tão sagrado é, que nenhum pecador
impenitente, enquanto tal, pode ser um membro dele
e compartilhar suas bênçãos. O Prometido está na
véspera de fazer Sua aparência: portanto, arrependa-
se e, assim, esteja preparado para recebê-Lo ". Assim
João pregou, e muitos ele tornou o Senhor seu
Deus:Lucas 1:16 , 17 .
O Senhor Jesus ensinou e constantemente pressionou
a mesma verdade. Seu chamado foi: "Arrependei-vos e
crede no Evangelho" ( Marcos 1:15 ): o Evangelho não
pode ser salvo em sua crença até que haja genuíno
arrependimento - como o solo deve ser lavrado antes
que seja capaz de receber a semente; deve ser
derretido antes de receber o Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Por isso, Ele declarou: “Bem-aventurados os
que choram, porque serão consolados” ( Mateus 5: 4 )
e anunciarão que Ele havia sido enviado “para curar os
de coração partido” ( Lucas 4:18 ). Ele veio aqui para
"chamar os pecadores ao arrependimento" ( Lucas
5:32 ), e insistiu que "a menos que você se arrependa,
todos vocês também perecerão", 5 ). Ele ilustrou esta
verdade longamente na parábola do filho pródigo, que
"veio a si mesmo", arrependeu-se, deixou o "país
distante" e voltou para o Pai, e assim obteve seu
perdão ( Lucas 15: 17-20 ).
Quando ressuscitou dos mortos, Cristo comissionou
Seus servos "Que o arrependimento e a remissão de
pecados devem ser pregados em Seu nome entre todas
as nações" ( Lucas 24:47 ), e Atos 5:31 nos diz que Ele
foi exaltado ao alto para se comunicar essas bênçãos
na mesma ordem, a saber, dar arrependimento ao
Israel (espiritual) e perdão dos pecados. "Assim
encontramos os Apóstolos, que foram cheios do
Espírito Santo, cumprindo assim Seu mandamento. No
dia de Pentecostes, quando muitos foram "picados em
seus corações" e perguntaram "o que faremos?",
Pedro não disse: "Não faça nada senão descansar sobre
a obra consumada de Cristo. Em vez disso, ele disse:"
Arrependa-se,e seja batizado cada um de vocês em
nome de Jesus Cristo para a remissão dos pecados
"(Atos 2:38 ). Novamente, em Atos 3:19 nós o
encontramos dizendo: "Arrependei-vos, pois, e
convertareis-vos, para que os vossos pecados sejam
apagados!"
Quando Paulo foi convertido e enviado para pregar o
Evangelho aos gentios, foi para "abrir os olhos e
transformá-los das trevas para a luz e do poder de
Satanás para Deus, para que eles pudessem receber o
perdão dos pecados" ( Atos 26: 18 ); por isso
descobrimos que ele foi a toda parte e pregou aos
homens que eles deveriam "arrepender-se e voltar-se
para Deus e fazer obras para arrependimento" ( Atos
26:20 ), "testemunhando aos judeus e também aos
gregos, arrependimento para com Deus e fé nosso
Senhor Jesus Cristo "( Atos 20:21 ). Quanto àqueles
que fecharam os olhos, pararam os ouvidos,
endureceram o coração e foram entregues à
destruição nos dias dos Profetas ( Isaías 6:10 ), de
Cristo ( Mateus 13:), e dos apóstolos ( Atos 28:27 ), a
sentença deles dizia: "Para que não vejam com os
olhos, não ouçam com os ouvidos, entendam com o
coração e se convertam, e eu os cure", o que
comparado com Marcos 4:12 significa "e seus pecados
devem ser perdoados".
Contra esses testemunhos claros e consistentes das
Sagradas Escrituras, certos homens têm insistido que o
chamado Divino ao arrependimento nunca foi feito a
ninguém, exceto àqueles que estavam em aliança com
Deus. Mas, como mostramos, Atos
17:30e 26:20 expõem claramente esse erro. Alguns
salientaram que a palavra "arrepender-se" não é
encontrada em todo o Evangelho de João e, em vista
de 20:31, eles raciocinaram que não é necessário para
a salvação. Mas o Evangelho de João é claramente
endereçado àqueles que são salvos (ver 1.16). É esse
Evangelho que estabelece o Filho em relação aos filhos
de Deus. João 20:31obviamente significa que este
Evangelho é escrito para fortalecer a fé dos
crentes; como eu João 5:13(endereçado àqueles que já
sabiam que foram salvos: veja 2: 3 etc.) significa que o
propósito dessa epístola era aprofundar a
segurança. Outros extraíram uma falsa inferência da
menção muito rara de arrependimento nas epístolas,
mas eles também são dirigidos aos santos; ainda 2
Coríntios 7:10 ; 2 Timóteo 2:25 ; 2 Pedro 3: 9 confirma
manifestamente o fato de que o arrependimento é
requerido ao longo desta dispensação.
"Não há coisa nova debaixo do sol" ( Eclesiastes 1: 9),
nem a negação atual da necessidade de
arrependimento para a salvação qualquer novidade do
século XX. Na prova desta declaração, poderíamos
preencher página após página com citações de
Antinomianos e outros que viveram muito antes de a
"verdade dispensacionalista" ser ouvida pela primeira
vez. Não, é um dispositivo antigo de Satanás ainda sob
um novo vestido. Mas ai daqueles que aceitam sua
mentira. Deus deve deixar de existir antes que abaixe
suas reivindicações e pare de exigir arrependimento de
todos os que se rebelaram contra ele. Não se engane
sobre este ponto, caro leitor: é revirar ou queimar -
abandonar seu curso de vontade própria e agradar a si
mesmo; transforma-se em coração partido para Deus,
buscando Sua misericórdia em Cristo; vire com todo o
propósito para agradá-lo e servi-lo,
 2. Sua natureza
"A menos que você se arrependa, todos vocês também
perecerão" ( Lucas 13: 3 ). Em vista dessas palavras
solenes, é tremendamente importante que cada um de
nós busque e obtenha de Deus o arrependimento que
Ele requer, não contentando-se com nada menos do
que isso. Portanto, é necessário que haja o exame mais
diligente e orante quanto ao caráter de nosso
arrependimento. Multidões são enganadas. Muitos
ficam perplexos com os ensinamentos conflitantes dos
homens sobre o assunto; mas, em vez de desencorajar,
deve suscitar uma busca mais séria das
Escrituras. Antes de nos voltarmos para o lado positivo
deste ramo do nosso tema, vamos primeiro apontar
algumas das características de um arrependimento
não-salvador.
1. Tremer sob a pregação da Palavra de Deus não é
arrependimento. É verdade que há milhares de
pessoas que ouviram impassíveis os sermões mais
inspiradores e até mesmo descrições dos tormentos
dos condenados que não atingiram terror em seus
corações. No entanto, por outro lado, muitos que
foram profundamente agitados, cheios de alarme, e
começaram a chorar, estão agora no inferno. Eu vi os
rostos de homens fortes empalidecerem sob uma
mensagem de busca, mas no dia seguinte todos os seus
efeitos os deixaram. Félix "tremeu" ( Atos 24:25 ) sob a
pregação de Paulo!
2. Ser "quase persuadido" não é se e, ainda assim, permanecer impenitente. Um
arrependimento. Agripa ( Atos 26:28 ) é um exemplo
disso. Uma pessoa pode dar plena concordância com
as mensagens dos servos de Deus, admirar o
Evangelho, sim, "receber a Palavra com alegria" e,
afinal de contas, ser apenas um ouvinte de pedregais
( Mateus 13:20 , 21 ). Não só isso, ele pode estar
consciente de seu mal e reconhecer o mesmo. Faraó
possuía "eu pequei contra o Senhor teu Deus" ( Êxodo
10:16 ). Um homem pode perceber que deve entregar-
se às reivindicações de Deus e tornar-se cristão, mas
nunca ser mais do que "quase persuadido".
3. Humilhar-se sob a poderosa mão de Deus não é
arrependimento. As pessoas podem ficar
profundamente comovidas, chorar, ir para casa e
decidir reformar suas vidas e, ainda assim, voltar a seus
pecados. Um exemplo solene disso é encontrado em
Acabe. Aquele perverso rei de Israel cobiçou a vinha de
Nabote, conspirou para assegurá-la e conseguiu seu
fim fazendo com que ele fosse assassinado. Então o
servo de Deus o encontrou e disse: "Você matou e
também se apossou?" E nos é dito que ele "rasgou as
suas vestes, e pôs saco sobre a sua carne, e jejuou ... e
foi brandamente" ( 1 Reis 21: 27-29).). No entanto, no
próprio capítulo do ninho, nós o encontramos
novamente se rebelando contra Deus, e que ele foi
cortado pelo julgamento divino. Ah, meu leitor, você
pode ter se humilhado diante de Deus por um tempo,
e ainda permanecer escravo de suas luxúrias. Você
pode ter medo do Inferno e, ainda assim, não de
pecar. Se o inferno fosse extinto, assim seria o
arrependimento de muitos membros da igreja. Ó erro,
não temer a ira que virá por ódio sagrado e horror ao
pecado.
4. Confessar os pecados não é
arrependimento. Milhares avançaram para o "altar" ou
"banco dos enlutados" e disseram a Deus que vil
criaturas eram, enumerando uma longa lista de
transgressões, mas sem qualquer percepção profunda
do indescritível horror dos seus pecados, ou uma
centelha de santidade. ódio deles. A sequela mostrou
isso, pois agora eles ignoram os mandamentos de Deus
tanto quanto antes. Ó meu leitor, se você não, na força
de Deus, resiste ao pecado, se você não se afastar dele,
então seu arrependimento imaginado é apenas branco
- pintura que decora, mas não a graça que se
transforma em ouro.
5. Você pode até mesmo fazer obras para arrepender-
pecador pode ser convencido do mal de seus
caminhos, afastar-se deles e ir tão longe a ponto de
fazer restituição pelo dano que causou, e ainda assim
perecer, apesar de tudo. Uma prova clara disso é
fornecida no Novo Testamento. Judas confessou seus
pecados aos sacerdotes, e devolveu seu dinheiro
( Mateus 27: 3-5 ), e então ele saiu da presença desses
homens maus. Ele foi salvo? Não, ele foi e se
enforcou! Como isso deve fazer cada um de nós tremer
e revistar nossos corações.
A palavra grega "metanoeo", que ocorre com mais
frequência quando a palavra traduzida
"arrependimento", significa uma mudança de
mentalidade: Mateus 21:29 ilustra e confirma essa
definição. No entanto, deixe-se dizer muito
enfaticamente que salvar o arrependimento significa
muito mais do que uma mera mudança de opinião: é
uma mente mudada que leva à ação. Agora, essa
mente mudada não é produzida por nenhum processo
intelectual, mas é o resultado do entendimento que
está sendo realizado pela consciência, e que, como a
consciência foi sobrenaturalmente arada pelo Espírito
Santo. Em conseqüência disso, há um julgamento ou
condenação de si mesmo, uma tomada de lado com
Deus contra mim mesmo.
O homem caído não está sendo julgado, mas é um
criminoso já sentenciado ( João 3:18 ). "Não há
nenhum justo, não, nem um: não há ninguém que
entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos
eles saem do caminho, e juntos se tornam inúteis; não
há quem faça o bem, não, não um "( Romanos 3: 10-
12 ). Essa é a acusação de Deus contra cada um de
nós. Nenhuma alegação valerá, nenhuma desculpa
será aceita. A questão atual entre Deus e o pecador é:
o homem se inclinará ou endossará com seu coração o
veredicto justo de Deus?
É exatamente aqui que o evangelho nos encontra. Vem
para nós como aqueles que já estão perdidos, como
aqueles que são "ímpios" "sem força", "inimizade
contra Deus". Quando o Evangelho chega primeiro ao
pecador, ele o encontra em um estado de apostasia de
Deus, tanto como soberano soberano e nosso supremo
Bem, nem obedecendo e glorificando-O, nem
desfrutando e encontrando satisfação Nele. Daí a
exigência de "arrependimento para com Deus" antes
da "fé em nosso Senhor Jesus Cristo" ( At 20:21).). O
verdadeiro arrependimento para com Deus remove
esse desapego de nossas mentes e corações para com
Ele, sob esses dois caracteres. Ao salvar o
arrependimento, toda a alma se volta para Ele e diz: Eu
fui uma criatura desleal e rebelde: desprezei Sua alta
autoridade e a mais correta lei. Eu não viverei mais
assim. Agora desejo e determino com todas as minhas
forças para servir e obedecer a Você como meu único
Senhor. Sujeito-me a ti, para submeter-me à tua
vontade.
Nem é acima de tudo que uma alma verdadeiramente
penitente diz a Deus. Ele prossegue: Até agora tenho
sido uma criatura miserável e desesperada, desprovida
de qualquer coisa que pudesse me satisfazer ou me
fazer feliz de verdade. Meu coração foi colocado sobre
um mundo vão que não poderia satisfazer minhas reais
necessidades; lisonjeou-me e zombou de mim com
frequência, mas nunca me satisfez; ela me "atravessou
com muitas tristezas". Eu deixei a Fonte das águas vivas
e me voltei para cisternas quebradas, que não
possuíam nenhuma. Eu possuo e lamento minha
loucura: eu me condeno de maneira imperiosa por
minha loucura. Eu agora me chamo a ti como minha
presente e eterna porção.
O Evangelho proclama a maravilhosa graça de Deus,
que é a única esperança do pecador culpado e
condenado. No entanto, essa graça nunca será
realmente bem-vinda até que o pecador realmente se
curve diante da sentença de Deus contra ele. É por isso
que tanto arrependimento quanto fé são exigidos de
nós. Os dois nunca devem ser separados. Quando
nosso Senhor estava falando com os principais dos
sacerdotes e anciãos sobre a rejeição da mensagem de
João, a acusação preferida contra eles era: "você não
se arrependeu depois, para que pudesse acreditar
nele" ( Mateus 21:32).). O arrependimento é o
reconhecimento do coração da justiça da sentença de
condenação de Deus; a fé é a alegre aceitação do
coração da graça e da misericórdia que nos são
concedidas através de Cristo. O arrependimento não é
simplesmente o virar de uma nova folha e prometer
que vou consertar meus caminhos: ao contrário, é um
cenário para o meu selo que Deus é verdadeiro quando
declara que estou "sem forças"; que em mim mesmo
meu caso é sem esperança; que eu não sou mais capaz
de "fazer melhor" do que de criar um mundo. Não até
que isto seja acreditado na autoridade da Palavra de
Deus, eu realmente me voltarei para Cristo e O
receberei - não como Auxiliar, mas como um Salvador!
O arrependimento é mais do que a convicção do
pecado ou o terror da ira vindoura. Isso fica claro
em Atos 2:37 , 38 . Sob a mensagem de Pedro, os
judeus foram levados a perceber sua terrível culpa
diante de Deus: eles se tornaram conscientes do
terrível fato de que haviam assassinado o Príncipe da
vida e, portanto, estavam com terrível medo de serem
lançados no inferno. No entanto, embora já "picado
em seus corações", quando eles gritaram "O que
devemos fazer?" Pedro disse: "Arrependa-se". Para
uma mente superficial, tal demanda poderia parecer
desnecessária, ainda que fosse um conselho
sazonal. Seu ser "picado em seus corações" era terror
legal, enquanto salvar "arrependimento" é um
julgamento evangélico de si mesmo, lamentando o
pecado por um sentimento de Deus '
Uma reflexão cuidadosa e orante de Atos 2:37 , 38deve
corrigir mais de um erro que agora é atual em vários
círculos. Quando os ouvintes de Pedro ficaram
atemorizados com o terrível crime e com medo da ira
vindoura, espetados em seus corações - como se uma
espada tivesse atravessado seus órgãos vitais -, eles
gritaram angustiados: "O que faremos?" O apóstolo
não disse: "Seja passivo, não há nada que você possa
fazer", encorajando assim a inércia fatal dos hiper-
calvinistas. Nem ele disse "Acredite que seus pecados
foram apagados", o que é o conselho de muitos
"médicos sem valor" em nossos dias. Não, a sua
resposta foi muito diferente, em substância, no sentido
de que: Tome toda a culpa que lhe pertence. Possui
toda a verdade para Deus. Não encobrir, mas confessar
sua terrível maldade; deixai que os vossos corações
incircuncisos sejam verdadeiramente humilhados
perante ele. E então, busque pela fé a graça de Deus
através do sangue de Cristo para o perdão, e em sinal
de que toda a sua dependência está em Sua meditação
e méritos, seja batizado em Seu nome, e isso será para
você um sinal eterno do remissão de seus pecados.
s expiação infinita e perfeita justiça. E assim 'o
arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor
Jesus Cristo' estarão naturalmente implícitos um no
outro.
"Aquele que se arrepende em vista da glória de Deus,
da glória da lei e da expiação, em seu arrependimento
somente verá a graça livre através de Jesus Cristo por
misericórdia, em vista da glória de Deus, lei, expiação
e, ao fazê-lo, levará toda a culpa de seu
descontentamento ao caráter Divino, conforme
exposto na lei e na cruz de Cristo, a si mesmo, julgando-
se e condenando a si mesmo e, no próprio ato de fé,
arrepender-se-á e Quando, portanto, é dito: "Crê no
Senhor Jesus Cristo e serás salvo" ( Atos 16:31 ), a
mesma coisa (inclusiva) significa quando se diz:
"Arrependei-vos, pois, e converti-vos" para que os
vossos pecados sejam apagados '( Actos 3:19). Pois a fé
apostólica implica arrependimento e, às vezes, ambos
juntos; mas a mesma coisa é sempre intencional. Pois,
na visão dos apóstolos, arrependimento e fé foram
mutuamente implicados uns nos outros "(Jos. Bellamy,
1750).
Uma definição completa e formal de arrependimento
Dando uma definição mais completa e formal de
arrependimento, diríamos: O arrependimento é uma
revelação sobrenatural e interior de Deus, dando uma
consciência profunda do que eu sou à sua vista, o que
me faz odiar e me condenar, resultando em amarga
tristeza. para o pecado, um santo horror e ódio pelo
pecado, um afastamento ou abandono do pecado. É a
descoberta das altas e justas reivindicações de Deus
sobre mim e do meu fracasso ao longo da vida para
cumprir essas reivindicações. É o reconhecimento da
santidade e bondade da Sua lei, e a minha
insubordinação desafiadora para com ela. É a
percepção de que Deus tem o direito de governar e
governar a mim e da minha recusa em me submeter a
ele. É a apreensão que Ele tem feito em bondade e
bondade comigo, e que eu paguei a Deus devotamente
por não ter interesse em Sua honra e glória. É a
realização de Sua graciosa paciência comigo, e como
isso, em vez de derreter meu coração e me fazer render
obediência amorosa a Ele, abusei de Sua tolerância
continuando um proceder de vontade própria.
O arrependimento evangélico é uma apreensão do
coração da excessiva pecaminosidade do pecado. É o
reconhecimento da coisa principal em que sou
censurável, a saber, por ter tão miseravelmente
falhado em dar a Deus aquilo que é Seu devido
direito. Como o Espírito Santo coloca diante de mim a
beleza do caráter divino, como sou capaz de discernir a
exaltada excelência de Deus, então começo a perceber
aquilo ao qual Ele tem direito, ou seja, a homenagem
do meu coração, o amor irrestrito. da minha alma, a
completa entrega de todo o meu ser a ele. Quando
percebo que, desde o momento em que respirei pela
primeira vez, Deus buscou somente o meu bem, que
Aquele que me deu, tem constantemente ministrado a
todas as minhas necessidades de criaturas, e que o
mínimo que posso fazer em troca é reconhecer Suas
abundantes misericórdias fazendo aquilo que é
agradável à Sua vista; Agora estou sobrecarregado de
angústia e horror quando percebo que o tratei mais
vilmente do que meu pior inimigo.
Muitas vezes, o exemplo é melhor que a definição mais
precisa. O NT fornece um grande número de casos
concretos, mesmo quando o próprio termo não é
encontrado. Quando o "publicano" ficou longe e não
levantou os olhos para o céu, mas feriu o peito,
dizendo: "Deus seja misericordioso comigo, pecador"
( Lucas 18:13).), observamos o arrependimento em
ação. Ele reconheceu aquela terrível distância moral
que o pecado havia tirado de Deus; ele estava
profundamente consciente de sua total indignidade de
contemplar o Santo; ele julgou a si mesmo de forma
insensível; ele percebeu que sua única esperança
estava na soberana misericórdia de Deus. Assim
também o ladrão na cruz: em suas palavras para seu
companheiro endurecido: "Você não teme a Deus,
vendo que você está na mesma condenação, e nós
realmente justamente; porque recebemos a devida
recompensa de nossos atos" ( Lucas 23: 40 , 41 ). Não
houve auto-exame, mas a posse de seu pecador e seu
deserto foram punidos.
Marque cuidadosamente as expressões de penitência
usadas por Davi no Salmo 51. Ele não fala de seus
"fracassos", "erros" ou enfermidades, mas em vez de
"minhas transgressões" (verso 1), "meu pecado"
(versículo 2), "seu mal" (verso 4), "minha iniquidade" (
verso 9), e menciona expressamente a pior
característica de seu crime, a saber, sua "culpa do
sangue" (verso 14). O verdadeiro arrependimento
abomina os nomes gentis do pecado, nem procura
encobrir a maldade. Aquilo que, embora sendo
tentado, não é considerado grande ofensa, quando
(mais tarde) é verdadeiramente arrependido, é
reconhecido como hediondo. O pecado antes de sua
comissão freqüentemente aparece para a mente como
um mal muito pequeno, mas quando a graça age em
um meio de arrependimento por ela, então o falso
glamour desaparece e é visto em sua horrível
malignidade e repugnado de acordo.
O acompanhamento do verdadeiro arrependimento
O verdadeiro arrependimento é sempre acompanhado
por um profundo desejo e uma sincera determinação
de abandonar esse proceder que desagrada a
Deus. Com que honestidade alguém poderia buscar o
perdão de Deus enquanto continuava a desafiá-lo e
não se separaria daquilo que Ele proíbe? Algum rei
perdoaria um traidor, embora ele nunca parecesse tão
humilde, se visse que ainda seria um traidor? É verdade
que Deus é infinitamente mais misericordioso do que
qualquer rei humano, mas na mesma passagem em
que Ele primeiro proclamou formalmente Sua
misericórdia, Ele imediatamente acrescentou que "de
maneira alguma limpará o culpado" ( Êxodo 34: 5-7),
isto é, culpados de coração, aqueles com corações
falsos e desleais para com Si mesmo, que não se
sujeitariam a Ele em todas as coisas, e se recusassem a
ter todos os seus pensamentos levados em cativeiro à
obediência a Ele (2 Coríntios 10: 5) .
O que acaba de ser dito precisa ser fortemente
enfatizado neste dia de iniquidade, quando, por todos
os lados, a própria "graça de Deus" está sendo
"transformada em lascívia" ( Judas 4 ). Muitas são as
escrituras que estabelecem a verdade, que deve haver
um abandono do pecado antes que Deus perdoe os
ofensores. "Há perdão contigo, para que possas ser
temido." ( Salmo 130: 4). Se Deus concedesse perdão
àqueles em quem não houvesse mudança de coração
para temer e obedecer a Ele, então haveria
misericórdia com Ele de que Ele poderia ser insultado
e desonrado ainda mais. A misericórdia de Deus nunca
é exercida às custas da Sua santidade! Deus nunca
exibe um dos Seus atributos para desonrar o outro. Ter
piedade de um ladrão, continuando um ladrão, seria
loucura, não sabedoria. Bem, o puritano Thomas
Goodwin disse: "Resolva ou deixe todos os pecados
conhecidos e se submeta a todos os deveres
conhecidos, ou nunca procure encontrar misericórdia
e favor com Deus".
Antigamente era anunciado que qualquer um
"abençoaria a si mesmo em seu coração, dizendo: terei
paz, embora ande na imaginação de meu coração para
acrescentar a embriaguez à sede [isto é, um pecado
para outro]: o Senhor não poupa-o "( Deuteronômio
29:19 , 20 ). Então, por outro lado, foi declarado: "Se o
meu povo, que é chamado pelo meu nome, se
humilhar e orar, e buscar a minha face, e se converter
dos seus caminhos perversos, então eu ouvirei do céu,
e perdoarei o seu pecado, e curará a sua terra "( 2
Crônicas 7:14).e cf. 2 Cron, 6:26). E os princípios do
julgamento de Deus não mudaram! A morte de Cristo
não fez com que Deus baixasse seu padrão - quão
indescritivelmente horrível e terrível que alguém
suponha que tenha! Não, o que Deus exigiu de
antigamente, Ele exige agora.
Assim, o arrependimento é o lado negativo da
conversão. A conversão é um coração sincero
voltando-se para Deus, mas não pode haver uma virada
para a qual não se pode desviar. O pecado deve ser
abandonado antes que possamos nos aproximar do
Santo. Como está escrito: "você se voltou para Deus
dos ídolos para servir (viver para) o Deus vivo e
verdadeiro" ( 1 Tessalonicenses 1: 9 ). Assim, o
arrependimento é o pecador que faz a paz com
Deus. Não nos esquecemos do fato de que essa
expressão é ridicularizada por muitos, mas é
escriturística: "tome posse da Minha força, para que
Ele possa fazer as pazes comigo" ( Isaías 27: 5 ). É bem
verdade que Cristo "fez a paz pelo sangue da sua cruz"
( Colossenses 1:20).), mas é igualmente verdade que
nenhum pecador entra no bem salvador do sangue de
Cristo até que ele faça as pazes com Deus; em outras
palavras, até que ele abaixe as armas de sua guerra e
pare de lutar contra Deus. O próprio Senhor Jesus
mesmo ensinou isso em Lucas 14 : que o leitor
ponderasse cuidadosamente os versículos 28-33,
prestando atenção especial ao verso 32 e "da mesma
forma" do verso 33!
 3. Suas Implicações
abrir nossos olhos e começar a olhar para Deus como
Ele é, um Ser absolutamente perfeito, infinitamente
glorioso e amável, infinitamente digno de supremo
amor e honra e de obediência universal; e à luz dessa
glória, começar a ver nosso descontentamento e
rebelião como totalmente indesculpáveis e
infinitamente criminosos, e, na visão, levar
cordialmente toda a culpa a nós mesmos que Deus
coloca sobre nós e sermos afetados de acordo.
"O arrependimento é um ditado, 'justo és tu, ó Senhor,
quando falas e claro quando julgas.' Se a justiça
acontecer, nenhuma iniqüidade deve ser imputada a
Você. Não seria um defeito, mas uma beleza em Seu
caráter, e todo o Céu deveria amar e adorar sempre
Sua gloriosa majestade, se eu recebesse meus justos
desertos e morresse para sempre. Mas você pode ter
misericórdia de quem você quiser, através de Jesus
Cristo, a sua infinita graça e bondade que se move
através dele, eu olho: 'Deus seja misericordioso
comigo, pecador'. O arrependimento permanece
então em oposição a todos os nossos antigos
preconceitos contra o caráter Divino, e em oposição
àquela disposição que extingue o pecado, auto-
justifica, odeia a lei e blasfema Deus, que reina em toda
alma impenitente, Deus é visto em Sua beleza; a lei
divina, como um ministério de condenação e morte,
parece glorioso, nossa insatisfação e rebelião
infinitamente criminosa. Justificamos a Deus,
aprovamos Sua lei, condenamos a nós mesmos,
aceitamos a punição de nossa iniquidade como digna
de Deus; e assim confessamos, arrependemo-nos e
voltamo-nos para o Senhor, buscando somente a graça
gratuita por meio de Jesus Cristo para o perdão "(J.
Bellamy, 1750).
O arrependimento, então, pressupõe, primeiro , um
reconhecimento e reconhecimento das reivindicações
de Deus sobre nós como nosso Criador, Governador,
Provedor e Protetor. Porque Deus é quem e o que Ele
é, a saber, a soma e a fonte de toda excelência moral e
espiritual, e por causa de nossa relação com Ele como
criaturas completamente dependentes Dele, Ele é
infinitamente autorizado a ser amado de todo o
coração, adorado com adoração plena, e servido com
obediência alegre, perfeita e ininterrupta. Até que haja
pelo menos alguma medida de um claro e definido (não
dizemos completo) reconhecimento disso, a mente
ainda está sob o poder ofuscante de Satanás ( 2
Coríntios 4: 4 ) e o coração ainda está alienado de Deus
( Efésios). 4:18). Assim, o arrependimento pressupõe
necessariamente a regeneração, em que a alma
favorecida é "dada a compreensão de que podemos
conhecer o que é verdadeiro" ( 1 João 5:20 ). A
primeira evidência que essa iluminação sobrenatural
foi dada, é a apreensão interior da excelência e
supremacia de Deus, acompanhada por uma
consciência horrorizada de quão terrivelmente eu
falhei, durante toda a minha vida, para dar-Lhe o seu
lugar de direito em meu coração e vida.
Em segundo lugar, o verdadeiro arrependimento
pressupõe uma aprovação sincera da lei de Deus e um
pleno consentimento aos seus requisitos justos. "A lei
é santa, e o mandamento é santo e justo e bom"
( Romanos 7:12): não pode ser de outra forma, pois
Deus é o seu Autor, e nada profano, injusto ou mal
poderia proceder Dele. Daí resulta que tal lei nunca
pode ser alterada ou revogada. Aqueles que afirmam
que a lei de Deus foi abolida, lançam a maior
reprovação sobre todas as perfeições do caráter
Divino. Sobre Sua santidade, por meio do qual Ele ama
o direito e odeia o errado: pois uma revogação da lei
suporia que Deus libertou Suas criaturas de fazer o que
é certo e permitir que cometessem erros. Sobre a Sua
justiça, pela qual Ele dá a cada um a sua dívida:
supondo que Ele rescinda as Suas justas
reivindicações. Sobre a sua imutabilidade; supondo
que ele estivesse em uma mente no passado e outra no
presente. Sobre a bondade dele:
A lei de Deus nunca revogada
Se o leitor fizer apenas um esforço determinado para
compreender o fato de que as exigências da lei de Deus
são todas resumidas em "amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração", etc. (Duet. 6: 5), ele deve não ter
dificuldade em perceber quão assustador é o ensino
que a lei foi revogada. Os homens devem, de fato, ter
estranhas concepções da graça divina e do evangelho,
se supuserem que Deus está exigindo agora algo que é
algo outro ou menor que o lugar supremo nas afeições
e vidas dos homens. Eles pensam por um momento
que nos tempos do AT Deus estava pedindo mais amor
do que o devido? Eles imaginam que Deus não merece
tanto amor como Ele já fez? Tal pensamento seria a
mais terrível blasfêmia. Ou, Eles supõem que Deus
abandonou Seus direitos e agora permite livremente
que Suas criaturas O desprezem? Que Ele fez uma
concessão para seus corações malignos, diminuindo
seu padrão? Não é a verdadeira fonte de oposição à lei
de Deus a "inimizade da mente carnal" (Romanos 8: 7 )!
Talvez o leitor esteja inclinado a responder: Mas Cristo
não veio aqui para cumprir a lei para nós, e a
obediência de Deus não nos livra de suas
exigências? Pausa, querido amigo, e pese bem essa
pergunta, e esforce-se para ver o que tal conceito
claramente envolve. Certamente você não quer dizer
que o Filho de Deus se torne encarnado com o
propósito de obter um abatimento da lei, ou comprar
liberdade sem lei para Seus súditos rebeldes. O
que! Ele poderia estimar o interesse e a glória de Seu
Pai, a honra de Sua lei e governo tão levemente? Ele
derramou Seu sangue precioso para persuadir o grande
governador do mundo a afrouxar as rédeas do governo
e conceder uma licença ímpia à ilegalidade? Pereça o
pensamento.
Tão longe do Filho vindo à terra para tal propósito, Ele
declarou expressamente: "Não pense que vim destruir
a lei, ou os profetas: não vim destruir, mas cumprir.
Porque, na verdade, eu vos digo Até que o céu e a terra
passem, nem um jota ou um título passará da lei, até
que tudo seja cumprido ”( Mateus 5:17 , 18).). Se os
versos que seguem esta citação forem
cuidadosamente ponderados, veremos que nosso
Senhor denunciou os fariseus porque eles tinham, por
suas próprias tradições e invenções, anulado a lei de
Deus: embora permitissem que ela condenasse alguns
atos externos e grosseiros de pecado, eles negou que
repreendesse os primeiros esforços de corrupção no
coração. Por isso, Cristo disse: "Se a tua justiça não
exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum
entrareis no reino dos céus" ( Mateus 5:20 ).
Que a lei de Deus nunca deveria ser revogada é
ensinada uma e outra vez no Salmo 119 : "A tua justiça
é uma justiça eterna e a tua lei é a verdade ... A justiça
dos teus testemunhos é eterna ... Quanto aos teus
testemunhos, Já conhecestes que os fundaste para
sempre ... a tua palavra é verdadeira desde o princípio,
e cada um dos teus justos juízos dura para sempre
"(verso 142, 144, 152, 160). Era como se o salmista
dissesse: O dever exigido por Sua lei é correto e bom,
eternamente correto e bom e, portanto, como
governador do mundo. Você tem por lei estabelecido
para sempre e estabeleceu-o como dever e lei para
nunca ser alterado, mas persevera para sempre e para
sempre: portanto, ele irá perdurar.
Assim, longe de Cristo ter morrido para anular a lei, de
modo que agora ela deixa completamente de ser uma
regra de vida para os crentes, o grande e declarado
desígnio de Sua vinda ao mundo era para recuperar Seu
povo em conformidade com o mesmo: ver Tito 2 : 11-
13 . Oh, como os homens amam suas corrupções e
odeiam a lei de Deus, desejando tê-la em caixa para
que possam viver como quiserem e, ainda assim,
escapar das censuras de suas consciências aqui e do
castigo eterno daqui em diante. Mas "Deus se assenta
como rei para sempre" ( Salmos 29:10e afirmará os
direitos de Sua coroa, manterá a honra de Sua
majestade e a glória de Seu grande nome e vindicará
Sua lei prejudicada. Ele ainda dirá: "Mas aqueles meus
inimigos, que não querem que eu reine sobre eles,
trazem aqui e matam antes de mim" ( Lucas 19:27 ).
Aqui podemos ver claramente a necessidade
imperativa e absoluta de regeneração, se alguma vez
uma criatura decaída for conquistada para Deus, e um
rebelde desafiador transformado em um sujeito
amoroso. "Porque a mente carnal é inimizade contra
Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo
pode ser" ( Romanos 8: 7 ) - tal é a terrível condição de
cada homem e mulher por natureza. Nada além da
operação sobrenatural do todo-poderoso Espírito de
Deus pode produzir uma mudança de coração, de
modo que alguém pode verdadeiramente dizer "Eu me
deleito na lei de Deus, depois do homem interior"
( Romanos 7:22).). Mas tal ensinamento como este
nunca foi e nunca será popular no mundo. Os falsos
profetas que carregam "paz, paz" serão amados, mas
aqueles que pressionam as altas e imutáveis
reivindicações de um Deus justo serão odiados e
denunciados como "legalistas", etc.
Cristo veio a este mundo e morreu para responder a
todas as exigências da lei, e isso, não apenas para que
os pecadores pudessem ser salvos, mas para que a
própria lei pudesse ser mais firmemente
"estabelecida", isto é, nas consciências e corações da
lei. os redimidos. Portanto, o apóstolo escreveu:
"Anulamos a lei por meio da fé? Deus nos livre; sim,
estabelecemos a lei" ( Romanos 3:31 ). Nesta mesma
epístola aos Romanos, o apóstolo, movido pelo Espírito
Santo, estabelece como primeiro princípio que "a ira de
Deus é revelada do céu contra toda impiedade e
injustiça dos homens que detêm a verdade em
injustiça" ( Romanos 1:18). A partir dessa premissa, ele
prossegue, provando que: "Agora sabemos que,
qualquer que seja a lei, diz aos que estão debaixo da
lei: para que toda boca seja detida e todo o mundo se
torne culpado diante de Deus" (3 : 19). Mas não é claro
como um raio de sol que se a lei tivesse sido revogada
na Cruz, que ninguém poderia ficar "culpado" diante de
Deus, pois o pecado não é imputado quando não há lei
"( Romanos 5:13 )!
Se a lei fosse revogada, que necessidade haveria para
um trem de argumentos tão longo para provar que
"pelas obras da lei não há carne justa diante de seus
olhos" (3:20)? Em tal caso, bastava dizer que uma lei
revogada não poderia justificar nem condenar
ninguém. Em vez disso, o apóstolo mostra que a lei
requer uma "persistência paciente em fazer bem" e
ameaça "tribulação e angústia a toda alma do homem
que faz o mal" ( Romanos 2: 5 , 7).). Isso mostra que
tanto os judeus como os gentios pecaram e, portanto,
são condenados pela lei - trazidos culpados - e assim o
apóstolo tira a conclusão inevitável de que ninguém
pode ser inocentado ou justificado pela lei. Não é óbvio
então que todo esse raciocínio inspirado supõe que a
lei é tão reforçada como sempre! Assim, ele prossegue
mostrando que a morte de Cristo respondeu às
exigências da lei, e não para torná-la nula, mas para
"estabelecê-la".
Por isso é que encontramos as Escrituras do Novo
Testamento falando uniformemente daqueles que não
têm interesse salvador na justiça de Cristo pela fé como
estando sob a ira de Deus e a maldição da lei como se
Ele nunca tivesse morrido. Como vimos, Romanos
1:18 declara: "A cólera de Deus é (não 'foi') revelada do
Céu contra toda impiedade e injustiça dos
homens." Novamente, em Gálatas 3:10 nos é dito:
"Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo
da maldição: porque está escrito: Maldito todo aquele
que não continua em todas as coisas que estão escritas
no livro de a lei para fazê-las ": cf. 2 Tessalonicenses 1:
7-9. Mas se a lei tivesse sido revogada pela morte de
Cristo, então todo o mundo teria sido libertado da
maldição, pois uma lei revogada não pode abençoar os
justos nem amaldiçoar os iníquos!
Portanto, descobrimos que quando os pecadores sem
Cristo são realmente despertados pelo Espírito Santo
para ver e sentir em que estado terrível eles estão, eles
estão sempre convencidos de que estão debaixo da ira
de Deus e da maldição de Sua lei: veja Romanos 7. : 9-
11 , e assim eles são feitos para entender sua extrema
necessidade de um Salvador. Mas como poderia o
Espírito Santo usar a lei se ela tivesse sido revogada? E
aqueles que nunca são despertados e condenados pelo
Espírito, e que continuam a desprezar as reivindicações
de Deus e desobedecer Sua lei santa? Ah, eles acharão
que, depois de sua dureza e coração impenitente, eles
guardaram para si mesmos "a ira contra o Dia da ira e
a revelação do justo julgamento de Deus" ( Romanos 2:
5).
Deus o Pai, como o governador do mundo, deu a
lei. Deus o Filho ampliou ( Isaías 42:21 ), expondo sua
pureza, obedecendo a seus preceitos, suportando sua
penalidade. Deus, o Espírito Santo, honra a lei
pressionando o pecador em suas santas demandas, e
usando-o como um "professor" para trazê-lo a Cristo
( Gálatas 3:24 ). É o trabalho especial da terceira
pessoa da Trindade comunicar a cada um dos eleitos
um sentido da infinita glória de Deus, a eqüidade de
Sua lei e a justiça de Suas reivindicações sobre eles. Ele
gera dentro deles uma disposição que os conforma ao
cumprimento de seus deveres, e isso ele faz colocando
a lei em suas mentes e escrevendo-a em seus corações
( Hebreus 8:10).). Desta forma, torna-se sua própria
natureza amar a Deus com todo o seu coração, para
que possam "servir a Ele sem (servil) temor em
santidade e justiça perante Ele, todos os dias de nossa
vida" ( Lucas 1:74 , 75 ). Assim, tanto o Filho como o
Espírito honram o Pai como Governador Supremo, e
unem-se no mesmo desígnio para desprezar o pecado,
humilhar o pecador, magnificar a lei e glorificar a graça.
Mas esta imposição da infinita glória de Deus, de Sua
supremacia governamental, de Sua santa lei, de Suas
justas reivindicações, de Sua exigência de obediência
amorosa e cumprimento implícito de todas as Suas
exigências, é o que é deixado de fora de toda religião
falsa em o mundo. E hoje existem, talvez, tantas
religiões falsas dentro da cristandade como existem
fora - negações da verdade, perversões da verdade,
meias verdades retorcidas e mutiladas, anarquia
proclamada sob o pretexto de exaltar a
graça. "Pretensão" dizemos, porque a graça de Deus
nunca reina à custa da justiça, mas "pela justiça"
( Romanos 5:21 ). A graça divina nos ensina que
"negando a impiedade e as concupiscências mundanas,
vivemos sobriamente, justamente,Tito 2:12 ). São os
ministros de Satanás, "obreiros fraudulentos" ( 2
Coríntios 11:13 ) que agora estão, por seu ensino
unilateral, fazendo com que muitos "convertam a graça
de nosso Deus em lascívia" ( Judas 4 ).
Aqui, então, está a explicação porque o verdadeiro
arrependimento é tão pouco pregado hoje. O senso da
supremacia governamental de Deus foi perdido, as
reivindicações de Sua justiça são ignoradas, as
exigências imutáveis de Sua santa lei não são mais
reconhecidas, portanto, o não regenerado, não
conhecendo a Deus, não tendo nenhum senso de Sua
glória infinita, e sendo Praticamente nada na pregação
de hoje para instruí-los nisso, segue-se que toda a sua
reverência imaginada e devoção a Deus se origina de
considerações meramente egoístas, nada além de
amor próprio (o instinto natural de auto-preservação)
que está no fundo da moderna "Cristandade." Como é
natural que os homens não regenerados suponham
que merecem algo por seus deveres, Por isso, é natural
que eles sejam insensíveis ao mal infinito dos seus
pecados. E é por isso que novos evangelhos são
inventados, novas noções de "O caminho da salvação"
são planejadas, para se adequarem ao gosto
depravado de pecadores desamparados e uma desconsideração de Sua autoridade. Assim, foi
impenitentes, que estão preocupados com seus
próprios interesses e cuidados e não com o que é da
glória de Deus.
No terceirolugar, o verdadeiro arrependimento
pressupõe um reconhecimento franco e de coração
partido do nosso malvado fracasso em guardar a lei
justa de Deus. Quando o Espírito Santo abre os olhos
de um pecador para ver, em certa medida, a suprema
excelência e amabilidade do caráter divino, e mostra-
lhe quão infinitamente digno Deus é de nossa sincera
adoração: quando Ele nos assegura da justiça e
bondade de Deus. A lei de Deus e quão justamente Ele
tem o direito de ser amado por nós de todo o
coração; e quando Ele nos convence de nossa falha
miserável e duradoura em responder às Suas mais
justas reivindicações sobre nós; quando Ele nos faz
sentir que tão longe de termos nos deleitado neste
Deus infinitamente glorioso, procuramos afastá-lo de
nossos pensamentos e colocar nossos corações nas
coisas que perecem no tempo e nos sentidos.
O que acabamos de tentar apresentar é tão diferente
daquilo que os esforços de uma consciência inquieta
produzem como a luz é das trevas. Aquele que nunca
foi sujeito das operações sobrenaturais e graciosas do
Espírito pode se culpar pelo rompimento do Sábado,
tomando o nome do Senhor em vão, mentindo,
embriagado, que nunca se sentiu culpado por ser
insatisfeito com o caráter Divino. Até mesmo o
perverso rei Saul certa vez reconheceu: "Pequei, tenho
feito o tolo e errei muito" ( I Samuel 26:21).). Assim
tem muitos outros desde então, que era totalmente
cego para a principal coisa em que ele era o
culpado. Enquanto os homens ignoram a beleza do
caráter de Deus, de quão absolutamente digno Ele é de
ser amado; enquanto eles não percebem a eqüidade e
bem-aventurança de Sua lei, de quão absolutamente
autorizado é a implícita, incessante e alegre
obediência; é impossível que eles se arrependam por
causa de sua incapacidade de entregar isso a ele.
Assim como a ausência de amor a Deus, juntamente
com a insatisfação com Seu caráter santo, está na raiz
e influencia todo o curso de iniqüidades em que a
humanidade geralmente vive, assim quando a Escritura
convida os homens a se arrependerem de pecados
particulares e se voltarem para Deus é a sua falta de
amor a Deus e a sua inimizade contra a Sua lei, como
se manifesta nos e pelos seus pecados particulares, de
que é necessário que se arrependam. Não há pecado a
respeito do qual qualquer homem é culpado, mas o
que procede de um desrespeito ao caráter de Deus e
dito do pecado de Davi que ele não apenas "desprezou
o mandamento do Senhor", mas "desprezou-me", o
Senhor ( 2 Samuel 12: 9 , 10).). Portanto, em
arrependimento, somos obrigados não apenas a julgar
nossos pecados particulares, mas também aquela
insubordinação a Deus que os produziu: devemos nos
condenar amargamente e amargamente porque
tratamos com desprezo o Senhor da glória, o Rei do
universo. Esse é o crime pelo qual somos, acima de
tudo, culpados. Não até que tenhamos percebido que
nossa rebelião contra Deus era tal que nada além da
morte de Cristo poderia expiar isso, nos arrependemos
verdadeiramente.
O desenho do arrependimento
Assim, o arrependimento genuíno e salvífico é tomar
partido de Deus contra mim mesmo. Não é que nosso
arrependimento extire nossos pecados, pois não há
nada de meritório nisso. Não corrige a nossa conduta
vil do passado, nem move a misericórdia para Deus. No
entanto, é necessário arrependimento, sim exigido de
nós, e a misericórdia divina não é mostrada onde não
há arrependimento. Não, o arrependimento é feito
para fazer o coração abominar o pecado, e isso através
de um profundo senso de sua infinita enormidade e
terrível poluição: é para nos fazer temer o pecado
através da realização do coração de sua terrível
culpa. Só assim a teimosa vontade será quebrantada e
o coração arrependido e preparado para se voltar para
o Senhor Jesus e buscar a salvação por Ele somente
pela graça.
Três tipos de arrependimento mencionados nas
Escrituras
Acreditamos que já foi dito o suficiente nas seções
anteriores para capacitar qualquer leitor exercitado e
orante a distinguir entre um falso e um verdadeiro
arrependimento, entre um não salvador e um
salvador. Existem três tipos de arrependimento
mencionados nas Escrituras. Primeiro, o do desespero:
Esaú, Faraó, Aitofel e Judas são ilustrações. Segundo, o
da reforma: o de Acabe e o que foi trazido sob a
pregação de Jonas, são ilustrações. Terceiro: aquilo
que é para a salvação: Atos 11:18 ; 2 Coríntios 7:10. É
muito importante que aprendamos a discriminar entre
a convicção legal e o arrependimento
evangélico. Multidões são enganadas neste ponto: elas
supõem que, por terem sido aterrorizadas pela
contemplação da ira vindoura e por terem abandonado
muitos de seus maus caminhos, elas se
arrependeram. Isso não segue de forma alguma. Uma
convicção legal teme o Inferno, o arrependimento
evangélico reverencia a Deus: o que teme o castigo, o
outro odeia o pecado; aquele informa a mente, o outro
derrete o coração. O arrependimento evangélico não
faz desculpas e não tem reservas, mas grita: "Eu
desonrei o Teu nome, afligi o Teu Espírito, abusei da
Tua paciência."
Quando um pecador é levado a perceber
verdadeiramente que ele está em grande perigo, ele
sinceramente deseja e diligentemente busca a
libertação, mas isso é do instinto natural de
autopreservação, e não por causa da graça
sobrenatural em ação em seu coração. Diga-lhe que
nada é exigido dele, exceto crer em Cristo, descansar
em Sua obra consumada e, como um ouvinte de
pedras, ele recebe a Palavra com alegria, e nenhum
humano pode fazê-lo duvidar de sua salvação. No
entanto, seu coração nunca foi quebrado diante de
Deus, nem ele tem amor verdadeiro por ele. Tais
pessoas consertam seus caminhos e se tornam
religiosas zelosas. Eles oram fervorosamente, lêem a
Bíblia com frequência e, às vezes, tornam-se obreiros
ativos, advertindo seus companheiros. Mas diga tal
que, apesar de suas lágrimas, zelo,
Milhares de almas enganadas na cristandade, iludidas
pelos falsos evangelistas da época, amam um Deus que
não tem existência senão em sua própria imaginação
desordenada. E terrível além das palavras será sua
desilusão no mundo vindouro. "Quão triste e terrível
será para esses pobres pecadores quando eles vierem
a morrer, e entrarem no mundo dos espíritos, para
descobrir que o Deus que eles um dia amaram e
confiaram não era nada além de uma imagem
emoldurada em sua própria fantasia. Eles odiavam o
Deus da Escritura e odiavam a Sua Lei e, portanto, não
acreditavam que Deus ou a Sua Lei eram de fato o que
eles eram. Eles estavam decididos a ter um Deus e uma
lei mais para suas próprias mentes. decepção, quão
terrível é a surpresa deles! Eles nunca reconheceriam
que eram inimigos de Deus; agora eles verão que sua
inimizade foi tão grande a ponto de fazê-los
resolutamente - apesar da evidência mais clara - até
mesmo negá-Lo ser o que Ele era. E quão justos os
caminhos do Senhor parecem ser para eles, então, em
que Ele deu tal ilusão para crer numa mentira, porque
eles não amariam nem creriam na verdade, mas teriam
prazer na injustiça. " Bellamy)
Embora Deus seja considerado meramente como
Credor e pecadores como devedores e Cristo seja
considerado como pagador de toda a dívida de todos
os que crêem, não pode deixar de ser que as almas
serão fatalmente enganadas. Porque Cristo obedeceu
a lei assim como sofreu sua penalidade, de modo
algum segue-se que estamos dispensados de cumprir
nosso dever. No entanto, agora está sendo ensinado
por todos os lados que Cristo fez tudo, e que não há
nada a fazer senão firmemente acreditar Nele, que os
cristãos não têm nada a ver com a Lei, não, não como
regra de vida; que eles foram libertados de todas as
obrigações para com qualquer dever. Mas a Escritura
afirma que Cristo morreu para "purificar para Si um
povo peculiar, zeloso de boas obras" ( Tito 2:14), e que
tão longe do cristão ser dispensado do dever, suas
obrigações são imensamente aumentadas pela graça
do Evangelho: Romanos 12: 1 . Mas tudo é visto em
uma falsa luz hoje e, em vez de Cristo ser considerado
o Amigo da santidade, Ele é feito ministro do pecado.
Spurgeon no arrependimento
caso contrário, Ele nunca poderá aceitar seu
arrependimento como sendo real. Ele diz: 'Guild você
como quiser, ó pecador, eu te detesto! Sim, faça-se
vistoso, como a serpente em suas escamas azuis, eu
ainda te odeio, pois conheço seu veneno e fugirei de
você quando você vier a Mim em seu traje mais
especioso. Todo pecado deve ser abandonado, ou
então você nunca terá a Cristo. Toda transgressão deve
ser renunciada, ou então os portões do Céu devem ser
barrados contra você. Lembremo-nos disto: que o
arrependimento é sincero, deve ser inteiro. e fugir-te-
ei de ti quando vieres a Mim em teu traje mais
especioso. Todo pecado deve ser abandonado, ou
então você nunca terá a Cristo. Toda transgressão deve
ser renunciada, ou então os portões do Céu devem ser
barrados contra você. Lembremo-nos disto: que o
arrependimento é sincero, deve ser inteiro. e fugir-te-
ei de ti quando vieres a Mim em teu traje mais
especioso. Todo pecado deve ser abandonado, ou
então você nunca terá a Cristo. Toda transgressão deve
ser renunciada, ou então os portões do Céu devem ser
barrados contra você. Lembremo-nos disto: que o
arrependimento é sincero, deve ser inteiro.
"O verdadeiro arrependimento é uma reviravolta do
coração, assim como a vida; é a renúncia de toda a
alma a Deus para ser Sua para todo o sempre; é uma
renúncia dos pecados do coração, bem como da crimes
da vida Ah, caros ouvintes, nenhum de nós imagina que
nos arrependemos quando temos apenas um
arrependimento falso e fictício, que nenhum de nós
considere que seja a obra do Espírito que é apenas a
obra da natureza humana pobre não sonhemos que
nos tornamos salvadores para Deus, quando talvez
tenhamos nos voltado para nós mesmos, não
pensemos que é suficiente ter mudado do vício para a
virtude, lembremo-nos de que deve ser uma
reviravolta de toda a alma Deus, de modo a ser feito de
novo em Cristo Jesus, caso contrário, não cumprimos
os requisitos do texto.
"Finalmente, neste ponto, o verdadeiro
arrependimento deve ser perpétuo. Não é meu retorno
a Deus durante o dia de hoje que será uma prova de
que eu sou um verdadeiro convertido; está
abandonando meus pecados durante todo o curso da
minha vida, até eu dormir Você não deve imaginar que
ficar em pé por uma semana será uma prova de que
você está salvo, é uma aversão perpétua ao mal.A
mudança que Deus opera não é nem transitória nem
superficial; topo da erva, mas uma erradicação dela,
não a varrida do pó de um dia, mas a remoção daquilo
que é a causa do pó.Você pode hoje ir para casa e fingir
orar, você pode hoje ser sério, amanhã honesto, e no
dia seguinte você pode fingir ser devoto, mas ainda
assim, se você retornar - como a Escritura o tem,como
o cão ao seu vômito e como a porca ao seu
esmigalhamento na lama - seu arrependimento
afundará você mais profundamente no Inferno, em vez
de ser uma prova da graça Divina em seu coração "(do
Sermão de Spurgeon emSalmo 7:12 ). Será que tais
sermões fiéis estavam sendo pregados nos chamados
púlpitos ortodoxos e "fundamentalistas" hoje.
O verdadeiro arrependimento faz os homens se
humilharem? O mesmo acontece com o falso
arrependimento, pois Acabe se humilhou diante de
Deus e, no entanto, pereceu. Há uma linha de distinção
tão fina que o olho de uma águia não a viu; e somente
o próprio Deus, e a alma que é iluminada pelo Seu
Espírito, pode dizer se nosso arrependimento é real ou
não "(Spurgeon onLucas 13:24 ).
Para ajudar o leitor exercitado a identificar o
verdadeiro arrependimento, considere:
4. Seus frutos

Primeiro, um verdadeiro ódio do pecado como pecado, pranto e luto, e rasgará os vossos corações e não as
não apenas suas conseqüências. Um ódio não só deste vossas vestes, e voltar-te-ás ao Senhor vosso Deus:Joel
ou daquele pecado, mas de todo pecado, e 2:12 , 13 ). Só que a tristeza pelo pecado é genuína, o
particularmente da própria raiz; auto-vontade. "Assim que nos leva a crucificar "a carne com as afeições e
diz o Senhor Deus: Arrependei-vos e deixai os vossos luxúrias" ( Gálatas 5:24 ).
ídolos, e desviai os vossos rostos de todas as vossas
Terceiro, confessar o pecado. "Aquele que cobre os
abominações" ( Ezequiel 14: 6 ). Aquele que não odeia
seus pecados não prosperará" ( Provérbios 28:13 ). É
o pecado ama isso. A exigência de Deus é: "Abominar-
"segunda natureza" para o pecador "negar seus
vos-eis à tua própria vista por todos os vossos males
pecados, direta ou indiretamente, para minimizar, ou
que cometeste" ( Ezequiel 20:43 ). Aquele que
dar desculpas para eles. Foi assim com Adão e Eva no
realmente se arrependeu pode verdadeiramente dizer:
princípio. Mas quando o Espírito Santo opera em
"Eu odeio todo caminho falso" ( Salmos 119:
qualquer alma, os pecados são trazidos à luz, e ele, por
104).). Aquele que uma vez pensou que um curso de
sua vez, os reconhece a Deus. Não há alívio para o
vida santa era uma coisa sombria, tem outro
coração ferido até que ele o faça: "Quando eu mantive
julgamento agora. Aquele que uma vez considerou um
silêncio meus ossos envelheceram através do meu
curso de auto-satisfação tão atraente, agora o detesta
rugido durante todo o dia, por dia e noite a tua mão
e tem a intenção de abandonar todo pecado para
pesou sobre mim; a minha humidade se transformou
sempre. Essa é a mudança de mentalidade que Deus
na seca do verão "( Salmo 32: 3 , 4). A posse franca e
requer.
quebrantada de nossos pecados é imperativa para que
Em segundo lugar, uma profunda tristeza pelo a paz de consciência seja mantida. Essa é a mudança de
pecado. O arrependimento não salvífico de muitos é atitude que Deus requer.
principalmente uma angústia ocasionada por
Quarto, um retorno real do pecado. "Certamente não
presságios da ira divina; mas o arrependimento
há ninguém aqui tão estupefato com o laudanismo da
evangélico produz uma tristeza profunda pela
indiferença infernal a ponto de imaginar que ele pode
sensação de ter ofendido um Ser infinitamente
deleitar-se com suas concupiscências e depois vestir as
excelente e glorioso como Deus. Um é o efeito do
vestes brancas dos remidos no Paraíso. Se você
medo, o outro do amor; o único é apenas por um breve
imagina que pode ser participante do sangue de Cristo,
período, o outro é a prática habitual para a
e ainda beber a taça de Belial, se você imagina que
vida. Muitos homens estão cheios de remorso e
pode ser membro de Satanás e membros de Cristo ao
remorso por uma vida desperdiçada, mas não sentem
mesmo tempo, você tem menos senso do que alguém
tristeza pungente por sua ingratidão e rebelião contra
lhe daria crédito. Não, você sabe que as mãos certas
Deus. Mas uma alma regenerada é cortada
devem ser cortadas e olhos direitos arrancados - que
rapidamente por ter desconsiderado e se oposto ao
os mais queridos pecados devem ser renunciados - se
seu grande Benfeitor e Soberano legítimo. Esta é a
você entrar no reino de Deus "(de Spurgeon em Lucas
mudança de coração que Deus requer.
13:24 ).
"Você se arrependeu do arrependimento: pois você se
Três palavras gregas são usadas no Novo Testamento,
arrependeu de maneira piedosa ... porque a tristeza
que representam diferentes fases de
segundo Deus opera o arrependimento para a
arrependimento. Primeiro, "metanoeo", que significa
salvação" (2 Coríntios 7: 9,10). Tal tristeza é produzida
uma mudança de mentalidade: Mateus 3: 2 ; Marcos
no coração pelo Espírito Santo e tem Deus como
1:15 , etc. Segundo, "metamelomai", que significa uma
objeto. É uma dor por ter desprezado tal Deus, se
mudança de coração: Mateus 21:29 , 32 ; Hebreus
rebelado contra a Sua autoridade e indiferente à Sua
7:21 , etc. Terceiro, "metanoia", que significa uma
glória. É isso que nos faz "chorar amargamente"
mudança de rumo da vida: Mateus 3: 8 ; 9:13 ; Atos
( Mateus 26:75 ). Aquele que não se afligiu pelo pecado
20:21. Estes três devem ir juntos para um genuíno
sente prazer nisso. Deus requer que "aflija" nossas
arrependimento. Muitos experimentam uma mudança
almas ( Levítico 16:29 ). Seu chamado é: "Torna-te
de mentalidade: são instruídos e sabem melhor, mas
ainda a Mim de todo o teu coração, e com jejum e com
continuam a desafiar a Deus. Alguns até se exercitam
em coração e consciência, mas continuam em
pecado. Alguns corrigem seus caminhos, mas não de
amor a Deus e ódio ao pecado. Alguns são informados
em mente e inquietos de coração, que nunca
reformam suas vidas. Estes três devem ir juntos.
"Aquele que cobre os seus pecados não prosperará,
mas quem confessar e abandoná-los terá misericórdia"
( Provérbios 28:13 ). Aquele que não deseja totalmente
o desejo de seus corações, e cada vez mais em sua vida,
se desvia de seus maus caminhos, não se
arrependeu. Se eu realmente odeio o pecado e a
tristeza por isso, não devo abandoná-lo? Observe
atentamente o "em que no tempo passado" de Efésios
2: 2 e "eram às vezes" de Tito 3: 3 ! "Deixe o ímpio o
seu caminho, e o homem maligno os seus
pensamentos, e se converta ao Senhor, que se
compadecerá dele" ( Isaías 55: 7 ). Esta é a mudança de
curso que Deus requer.
Em quinto lugar, acompanhado de restituição, quando
isso é necessário e possível. Nenhum arrependimento
pode ser verdadeiro que não seja acompanhado por
uma emenda completa da vida. A oração de uma alma
genuinamente arrependida é: "Cria em mim um
coração puro, ó Deus, e renova em mim um espírito
reto" ( Salmos 51:10 ). E onde alguém realmente
deseja estar certo com Deus, ele também o faz com
seus semelhantes. Aquele que, em sua vida passada,
prejudicou outro, e agora não faz nenhum esforço
determinado para fazer tudo em seu poder para
corrigir esse erro certamente não se arrependeu! John
G. Paton conta como depois que um certo criado foi
convertido, a primeira coisa que ele fez foi restaurar ao
seu mestre todos os artigos que ele havia roubado
dele!
Em sexto lugar, essas frutas são permanentes. Porque
o verdadeiro arrependimento é precedido por uma
compreensão da beleza e excelência do caráter Divino
e uma apreensão da excessiva pecaminosidade do
pecado por ter tratado com desprezo um Ser
infinitamente glorioso, a contrição e o ódio de todo o
mal é permanente. À medida que crescemos na graça
e no conhecimento do Senhor, do nosso
endividamento e obrigações para com Ele, nosso
arrependimento se aprofunda, nos julgamos mais
profundamente e assumimos um lugar inferior e
inferior diante Dele. Quanto mais o coração calça
depois de uma caminhada mais próxima com Deus,
mais ele guardará tudo o que o impede.
Em sétimo lugar, o arrependimento nunca é perfeito
nesta vida. Nossa fé nunca é tão completa que
chegamos ao lugar onde o coração não é mais
assediado com dúvidas. E nosso arrependimento
nunca é tão puro que é totalmente livre de dureza de
coração. O arrependimento é um ato para toda a
vida. Precisamos orar diariamente por um
arrependimento mais profundo.
Em vista de tudo o que foi dito, confiamos que agora é
abundantemente claro para todo leitor imparcial que
aqueles pregadores que repudiam o arrependimento
são para pobres almas perdidas, "médicos sem
valor". Aqueles que deixam de fora o arrependimento
estão pregando “outro evangelho” ( Gálatas 1: 6 ) do
que Cristo ( Marcos 1:15 , 6:12 ) e Seus apóstolos ( Atos
17:30 ; 20:21 ) proclamados. O arrependimento é um
dever evangélico, embora não seja para descansar,
pois não contribui para a salvação. Aqueles que nunca
se arrependeram ainda estão no laço do Diabo ( 2
Timóteo 2:25 , 26 ) e estão "guardando para si mesmos
a ira contra o Dia da ira" (Romanos 2: 4 , 5 ).
"Se, portanto, os pecadores tomariam o caminho mais
sábio para ser melhor pelo uso dos meios da graça, eles
deveriam tentar se encaixar no desígnio de Deus e nas
influências do Espírito, e trabalhar para ver e sentir seu
estado pecaminoso, culpado, desfeito. Para este fim,
eles devem renunciar à vã companhia, abandonar suas
atividades mundanas desordenadas, abandonar tudo o
que tenda a mantê-los seguros no pecado e extinguir
os movimentos do Espírito, e para tanto devem ler,
meditar e orar, comparando-se com a vontade de
Deus. santa lei, tentando ver-se na mesma luz que
Deus, e passar o mesmo julgamento sobre si mesmos,
para que possam estar no caminho para aprovar a Lei
e admirar a graça do Evangelho;julgar a si mesmos e
humildemente aplicar à livre graça de Deus através de
Jesus Cristo para todas as coisas, e retornar através
Dele a Deus "(Jos. Bellamy).
Resumo
Um resumo do que foi antes de nós pode ser útil para
alguns.
1. O arrependimento é um dever evangélico, e nenhum
pregador tem o direito de ser considerado como um
servo de Cristo, se ele estiver em silêncio ( Lucas
24:47 ).
2. O arrependimento é requerido por Deus nesta
dispensação ( Atos 17:30 ), como em todos os
precedentes.
3. O arrependimento é, de maneira geral, meritório,
mas sem ele o evangelho não pode ser salvadoramente
acreditado ( Mateus 21:32 ; Marcos 1:15 ).
4. O arrependimento é uma percepção dada pelo
Espírito da excessiva pecaminosidade do pecado e de
tomar partido de Deus contra mim mesmo.
5. O arrependimento pressupõe uma aprovação do
coração da lei de Deus e um pleno consentimento aos
seus requisitos justos, que são todos resumidos em
"amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração", etc.
7. O arrependimento é evidenciado por um abandono
do pecado.
8. O arrependimento é conhecido por sua
permanência: deve haver um afastamento contínuo do
pecado e o luto por cada queda até o fim.
9. O arrependimento, embora permanente, nunca é
completo ou perfeito nesta vida.
10. O arrependimento deve ser buscado como um
presente de Cristo.

6. O arrependimento é acompanhado por um genuíno

ódio e tristeza pelo pecado.