Pesquisa

sobre o
Sector
Bancário
Banking Survey
FINANCIAL SERVICES
Mozambique

Dezembro | December 2021

IN

years
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

Conteúdo
Table of Contents

A.
B..
C..
D..
1
 IN
years

Introdução [Introduction] 01
1. Introdução_Introduction

2. Metodologia_Methodology
3. Conjuntura Sectorial_Sector Review

Análises [Analysis] 02
4. Macroeconómica _Macroeconomic Analysis

5. Agregada_Aggregate Analysis of the Banking Sector

6. Ranking do Sector Bancário_Banking Sector Ranking

Indicadores [Indicators]
07. Descrição dos Indicadores _Description of the Indicators
03
08. Solidez e Qualidade de Crédito_Strength and Loan Quality Indicators

09. Indicadores Operacionais_Operating Indicators

10. Crescimento_Growth

11. Dimensão e Rentabilidade_Size and Profitability

Artigo & Perfis [Article & Profiles ] 04

12. Impactos da Covid-19 no relato financeiro_Covid -19 impacts

14. Direcção da AMB _AMB Board Members

15. Sócios da KPMG_KPMG Partnership

 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
Prefácio
Preface
É com enorme satisfação que apresentamos a edição 2021 da Pesquisa
Sobre o Sector Bancário, estudo produzido numa parceria entre a
Associação Moçambicana de Bancos (AMB) e a KPMG Auditores e
Consultores (KPMG), que já é uma referência e contributo sólido para
informação e reflexão sobre os principais indicadores agregados do sector
bancário. Esta publicação, foca-se exclusivamente no desempenho do
sector bancário no horizonte temporal de 2020, tendo como destinatário
as instituições financeiras filiadas à AMB e todos agentes económicos
interessados.
No ano de 2020, o desempenho da actividade económica foi
negativamente afectado pela crise sanitária decorrente da pandemia
da Covid-19, que resultou na contracção da procura externa, redução
das exportações e investimentos, queda do consumo privado e menor
dinâmica de sectores produtivos.
No entanto, o Banco de Moçambique, ciente dos efeitos nefastos da
pandemia na procura agregada e na desaceleração da economia,
instituiu um conjunto de medidas visando amortecer os impactos
adversos ,a saber:
• Medidas Monetárias que consistiram na redução da taxa de reservas
obrigatórias em moeda nacional e moeda estrangeira e diminuição
da taxa de referência da política monetárias (MIMO);
• Medidas Prudenciais que permitiram a renegociações dos termos
de empréstimos dos Clientes afectados pela pandemia, sem
custos, e isenção da obrigatoriedade de constituição de provisões
específicas em caso de concessão de moeda estrangeira a entidades
não geradoras de divisas;
• A nível do Sistema de Pagamentos foram reduzidas as comissões
nas transacções por canais electrónicos e bem como a redução
para metade das comissões e encargos nas transferências de contas
bancárias para contas nas Instituições de Moeda Electrónicas.
Estas medidas tiveram impacto positivo como libertação de liquidez
para economia, diminuição de prestações dos mutuários, redução de
volatilidade cambial, flexibilização de algumas operações cambiais,
estimulo de uso de meios electrónicos de pagamento e redução de
custos de transacções para os Clientes bancários.
Não obstante, o sector bancário enfrentou desafios relevantes, resultantes
em larga escala da situação macroeconómica que o país enfrenta, e pela
aceleração do processo de transformação digital induzido pela resposta
à situação de pandemia da Covid-19, assim como pelas acrescidas
exigências regulamentares.
Neste panorama, a visão estratégica das Instituições Bancárias assentou-
se na diversificação e inovação da oferta, dinamização dos processos
de digitalização das suas actividades, promoção da inclusão financeira,
consciencialização dos Clientes para uso de canais remotos, e diversas
acções prevenção dos colaboradores e Clientes num cenário de acelerada
propagação do vírus da Covid-19.
Foram registadas alterações na legislação e regulamentação destacando-
se a entrada em vigor da Lei nº 2020, de 31 de Dezembro, sobre a Lei das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (ICSF); do Aviso nº 09/
GBM/2020, de 17 de Dezembro,
3
It is with great satisfaction that we present the 2021 edition of the Banking
Survey, a study carried out in partnership between the Mozambican
Banking Association (AMB) and KPMG Auditores e Consultores,SA (KPMG),
which is already a benchmark and a solid contributor to information and
reflection on the main aggregate indicators of the banking sector. This
publication focuses exclusively on the performance of the banking sector
for 2020 and is aimed at financial institutions affiliated to AMB and all
interested economic agents.
In 2020, the performance of economic activity was negatively affected by
the health crisis resulting from the Covid-19 pandemic, which resulted in
a contraction of external demand, reduced exports and investments, a
drop in private consumption and less dynamic production sectors.
Nonetheless, the Central Bank, aware of the harmful effects of the
pandemic on aggregate demand and the slowing down of the economy,
instituted a set of measures to cushion the adverse impacts, namely:
• onetary measures that consisted of reducing the rate of
M
obligatory reserves in local and foreign currency and lowering
the monetary policy reference rate (MIMO);
• rudential Measures that allowed the renegotiation of the
P
terms of loans of customers affected by the pandemic, without
costs, and exemption from the obligation to set aside specific
provisions in the case of granting foreign currency to entities that
do not generate foreign exchange;
• t the level of the Payment System, commissions on transactions
A
through electronic channels were reduced and commissions
and charges on transfers from bank accounts to accounts at
Electronic Money Institutions were halved.
These measures had a positive impact such as freeing up liquidity
for the economy, reducing borrower instalments, reducing exchange
rate volatility, making some exchange rate operations more flexible,
stimulating the use of electronic means of payment and reducing
transaction costs for bank customers.
Nevertheless, the banking sector faced relevant challenges, resulting
largely from the macroeconomic situation affecting the economy, and
by the acceleration of the digital transformation process induced by the
response to the Covid-19 pandemic situation, as well as by the increased
regulatory requirements.
In this context, the strategic vision of the Banking Institutions was based
on the diversification and innovation of the offer, the dynamism of the
digitalisation processes of their activities, the promotion of financial
inclusion, raising the awareness of customers for the use of remote
channels, and several actions for the prevention of employees and
customers in a scenario of accelerated spread of the Covid-19 virus.
There were changes in legislation and regulations, of which the most
important were the entry into force of Law no. 2020 of 31 December,
sobre o Regulamento de Tratamento de Reclamações; do Aviso nº 01/GBM/2020, de 3 de Janeiro,
sobre Titulares de Cargos Relevantes de Gestão; Circular nº 2/EFI/2020, de 23 de Março sobre
Restruturação do Crédito no âmbito da Pandemia da Covid-19; e Circular nº 4/EFI/2020, de 9 de
Junho sobre a Obrigatoriedade de Cumprimento integral das medidas de prevenção e contenção
de propagação da pandemia da Covid-19.

Durante o período que constituiu objecto de análise, apesar das adversidades, registou-se:

• Crescimento dos Activos do sistema bancário na ordem de 17%, para 758.206 milhões de
meticais;
• Incremento do volume de Depósitos em 22%, atingindo 567.668 milhões de meticais;
• Aumento de financiamento em 10%, para um nível de 274.154 milhões de meticais.
• Expansão de número de balcões ao nível nacional, para 719, correspondente a um
crescimento de 2%;

O sector bancário continua bem capitalizado, robusto e com nível elevado de solvabilidade,
demonstrando resiliência para absorver possíveis choques decorrentes de riscos sistémicos, e
consolidando deste modo a estabilidade financeira. Este facto, foi resultado do esforço e dedicação
de todos intervenientes no mercado, tanto do lado da oferta e da procura, assim como pelas acções
do regulador e fiscalizador do sistema financeiro.

A finanlizar endereçamos o nosso especial agradecimento a todos nossos associados pela Teotónio Comiche
colaboração na disponibilização de informação para Pesquisa, à KPMG pela coordenação, e
elaboração desta publicação, e ao Banco de Moçambique pelos acesso concedido à sua base de Presidente
dados e suas publicações. Associação Moçambicana de Bancos (AMB)
Maputo, Dezembro de 2021
Votos de uma boa leitura da Pesquisa sobre o Sector Bancário !

************************

on the Credit Institutions and Financial Companies Act (ICSF); Notice no. 09/GBM/2020 of 17
December on the Regulation of Complaints Handling; Circular no. 2/EFI/2020 of 23 March on Credit
Restructuring in the Context of the Covid-19 Pandemic; and Circular no. 4/EFI/2020 of 9 June on the
Duty to Fully Comply with the Measures for Preventing and Containing the Spread of the Covid-19
Pandemic.
During the period under review, despite the adversities, there was:

• Growth in banking system Assets of around 17% to 758.206 million meticais

• Increase in the volume of Deposits by 22% to 567.668 million meticais;
• Increase in financing by 10% to 274.154 million meticais.
• Expansion in the number of branches nationwide to 719, corresponding to a growth of 2%;

The banking sector continues well capitalised, robust and with a high level of solvency,
demonstrating resilience to absorb possible shocks arising from systemic risks, and thus
consolidating financial stability. This fact was the result of the effort and dedication of all market
players, both on the supply and demand sides, as well as the actions of the financial system
regulator and supervisor.

We would like to express our special gratitude to all our associates for their collaboration in making
information available for the Survey, to KPMG for coordinating and preparing this publication, and
to the Bank of Mozambique for access to its database and publications.

We hope you enjoy reading the Banking Survey !

 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
01.
Estado da Economia
Introdução
Introduction
Tal como no resto do mundo, o ano 2020 foi marcado pelo impacto da
Covid-19. O primeiro caso em Moçambique foi reportado pelo Ministro da
Saúde em 22 de Março de 2020. Depois disso, o número de casos aumentou
exponencialmente, fechando o ano em 18 650 casos com um total de 165
mortes.
Para conter a propagação da pandemia fatal, o Presidente Filipe Nyusi
decretou o estado de emergência no dia 30 de Março de 2020. Em consonância
com as respostas regionais e internacionais à Covid-19, o efeito do estado
de emergência foi de limitar a circulação de pessoas, bem como impor o
distanciamento social. Isto teve um efeito nos negócios, uma vez que foram
impostas restrições aos horários de abertura e encerramento das empresas,
bem como à proporção de empregados autorizados a estar fisicamente
presentes nas instalações das empresas.
A maioria dos sectores empresariais foram negativamente afectados pelas
restrições da Covid-19, sendo os mais afectados o sector do turismo, o
sector dos transportes e da logística, os serviços e, os sectores de indústria
transformadora, bem como o sector da indústria extractiva. O sector da
indústria extractiva (nomeadamente a indústria do carvão) registou uma
redução acentuada na produção. O sector da indústria extractiva está a
enfrentar dificuldades face aos baixos preços das matérias-primas, à baixa
procura mundial e à produção deprimida. O sector já se debatia, mesmo antes
da Covid-19, com à redução da capacidade de produção na principal fábrica
de carvão devido a dificuldades operacionais. Esta situação foi agravada
pelas rupturas nas cadeias de abastecimento mundiais e pelos preços mais
baixos das matérias-primas, levando a um declínio acentuado da produção de
carvão em Moçambique. A produção de carvão caiu 40% no terceiro trimestre
de 2020 (de ano para ano). Com os inventários acumulados devido a vendas
reduzidas, a Vale Moçambique, o operador da maior mina de carvão do país,
suspendeu temporariamente a produção em Junho de 2020. Como resultado,
a indústria extractiva contraiu cerca de 12% em 2020, havendo registado
um crescimento negativo de 1% em 2019. O carvão é uma das principais
exportações do país.
O estado de emergência foi suspenso em Setembro de 2020 e foi substituído
pelo estado de calamidade no mesmo mês. O estado de calamidade
permaneceu em vigor durante o resto do ano. Sob o estado de calamidade,
houve um relaxamento de algumas das restrições da Covid-19, num esforço
do Governo para salvar a economia.
À semelhança do que aconteceu no ano anterior, em 2020 o País foi
igualmente afectado pelo ciclone Eloise que afectou a cidade da Beira e
partes da Província de Sofala. O ciclone Eloise danificou edifícios e resultou na
perda de vidas humanas. O país foi afectado pelos ciclones nos últimos três
anos. A Covid-19 atingiu a economia numa altura que esta tentava recuperar
do abrandamento desencadeado pela crise das dívidas não declaradas e
pelos ciclones tropicais que assolaram o país em 2019.
Para tentar estimular a economia, o Banco Central aprovou uma linha
de crédito de 500 milhões de dólares para o sector bancário e também
dispensou à exigência de reforçar as provisões regulamentares de perdas de
crédito em exposições que teriam entrado em situação de incumprimento
devido a Covid-19. O Banco Central e o governo ajudaram a aliviar os
constrangimentos de liquidez das empresas em dificuldades financeiras. O
governo e o Instituto Nacional de Segurança Social financiaram uma linha
de crédito de 22,9 milhões de dólares (1,6 mil milhões MT ) para fornecer
apoio directo à liquidez das empresas. A linha de crédito é gerida pelo Banco
Nacional de Investimento (BNI) a uma taxa de juro descontada de entre 8 e
12 por cento.
8 5
State of the Economy
Like the rest of the world, the year 2020 was marked by the impact of Covid-19.
The first case in Mozambique was reported by the Minister of Health on 22
March 2020. After that the number of cases increased exponentially, closing
the year at 18 650 cases with a total of 165 Deaths.
To contain the spread of the deadly pandemic, President Filipe Nyusi declared
a state of emergency on 30 March 2020. In line with regional and international
Covid-19 responses, the effect of the state of emergency was to limit the
movement of people as well as enforce social distancing. This had an effect
on business as restrictions were imposed on the opening and closing times of
businesses as well as the ratio of employees allowed to be physically present
at company premises.
Most business sectors were negatively affected by the Covid-19 restrictions
with the most affected ones being the tourism sector, the transport and
logistics sector, the services and, manufacturing sectors as well as the
extractive sector. The extractive sector (notably the coal industry) has seen
a sharp drop in production. The extractives sector is struggling in the face
of low commodity prices, muted global demand and depressed production.
The sector was already struggling even before Covid-19 because of reduced
production capacity at the main coal plant due to operational difficulties.
This has been worsened by the disruptions in global supply chains and
lower commodity prices, leading to a sharp decline in Mozambique’s coal
production. Coal production fell by 40 percent in the third quarter of 2020
(year on year). As inventories accumulated due to subdued sales, Vale
Mozambique, the operator of the country’s largest coal mine, temporarily
suspended production in June 2020. As a result, the extractive industry
contracted by about 12 percent in 2020, having already seen negative growth
of 1 percent in 2019. Coal is one of the country’s major exports.
The state of emergency was lifted in September 2020 and was replaced by the
state of calamity in the same month. The state of calamity remained in force
for the remainder of the year. Under the state of calamity, there was relaxing
of some of the Covid-19 restrictions in an effort by the Government to rescue
the economy.
Similar to what happened in the prior year, in 2020 the Country was also
affected by Cyclone Eloise that affected Beira and parts of Sofala Province.
Cyclone Eloise damaged buildings and resulted in loss of life. The country has
been affected by cyclones over the past three years. Covid-19 hit the economy
as it was attempting to recover from the slowdown triggered by the hidden
debt crisis and the tropical cyclones that ravaged the country in 2019.
To try and stimulate the economy, the Central Bank approved a USD 500
million credit line to the banking sector and also waived the requirement to
raise regulatory credit loss provisions on exposures that would have gone
into non performing status because of Covid-19. The Central Bank and the
government helped to alleviate the liquidity constraints of firms under
financial distress. The government and the Social Security Institute financed a
US$ 22.9 million (MT 1.6 billion) credit line to provide direct liquidity support
to firms. The credit line is managed by Banco Nacional de Investimento (BNI)
at a discounted interest rate of between 8 and 12 percent.

O Banco Central também influenciou os bancos do país a suspender ou
reduzir uma série de taxas de transacção e comissões num esforço para aliviar
o impacto financeiro da Covid-19 sobre a população em geral. As comissões
de transacção sobre dinheiro móvel foram removidas, enquanto que o limite
diário de levantamento foi aumentado. Os limites de transacção de dinheiro
electrónico duplicaram para 757,50 dólares, enquanto as taxas de comissão
para transacções em carteiras móveis caíram 50%. O governo também
proporcionou alívio através da suspensão do IVA (Imposto sobre o Valor
Acrescentado) sobre produtos de higiene, entre outras medidas adoptadas
para gerir os efeitos financeiros negativos da pandemia da Covid 19.
Para além do acima referido, o Governo moçambicano implementou uma
série de medidas para fazer face ao impacto a curto prazo da pandemia da
Covid-19 e para apoiar reformas que irão ajudar à recuperação económica:
• Adiamento dos pagamentos antecipados do imposto sobre o
rendimento e imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas para
pequenas empresas (volume de negócios inferior a 2,5 milhões de MT)
até 2021;
• Autorização de compensação de créditos fiscais de IVA com outros
impostos devidos até 31 de Dezembro de 2020;
• Redução de 10% das tarifas de electricidade para empresas;
• Perdão de multas de contribuição social e redução das taxas de juro
para pagamentos em atraso;
• Linha de crédito de 14,5 milhões de dólares para apoiar as pequenas
e médias empresas (PMEs) afectadas pela crise para a tesouraria e
aquisição de equipamento;
• Linha de crédito de 8,7 milhões de dólares a uma taxa de juro de 4%.
Em 2020, Moçambique continuou a ser afectado pelas actividades de
insurgência militar nas regiões norte e central do país. Os ataques mais
proeminentes foram, no entanto, no Norte. Houve relatos de militares que
tomaram conta de cidades e distritos na província de Cabo Delgado. Isto
resultou na saída de pessoas das suas casas por razões de segurança. O
progresso dos projectos de GNL, cruciais para a recuperação do crescimento
económico, tem sido afectado à medida que têm ocorrido ataques em áreas
mais próximas dos locais de operação dos projectos.
Uma decisão final de investimento (FID) no projecto de GNL da Área 1 foi
alcançada em Junho de 2019 (e financiamento acordado com um consórcio
bancário em Julho de 2020), continuando o investimento à medida que as
instalações são desenvolvidas. Na sequência da decisão final de investimento,
a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), a empresa estatal de petróleo
e gás de Moçambique, planeou angariar os 1,5 mil milhões de dólares
necessários para financiar a sua participação de 15% no projecto (gerido pela
Total de França), mas o aperto das condições de liquidez global provocado
pelo coronavírus exigiu um atraso. O consórcio recebeu uma garantia de 2,25
mil milhões de dólares do governo em vez de uma contribuição imediata de
capital da ENH, confirmando que pagará a quota de capital da companhia
petrolífera estatal, se necessário. Espera-se que a ENH angarie os fundos em
2021, com o projecto a ser então lançado.
Do mesmo modo, a Decisão Final de Investimento para o projecto Área 4 LNG
da ExxonMobil, uma companhia petrolífera dos Estados Unidos da América
(EUA), tinha sido agendada para o primeiro semestre de 2020, tendo sido
adiada anteriormente devido a insurgência militar em Cabo Delgado e pelo
aumento dos custos operacionais. No entanto, a ExxonMobil anunciou em
Março de 2020 que decisão seria adiada ainda mais enquanto a economia
global estiver contraida. Espera-se que a Decisão Final de Investimento seja
alcançada em 2021. Além disso, a Eni (Itália) está a construir um sítio offshore
mais pequeno no campo de gás Coral.
IN
years
The Central Bank also influenced banks in the country to waiver or reduce a
number of transactional fee and commission charges in an effort to alleviate
the financial impact of Covid–19 on the general populace. Transaction fees on
mobile money were removed, whilst the daily withdrawal limit was increased.
E-money transaction limits doubled to US$ 757.50, whilst commission fees
for transactions to mobile wallets fell by 50 percent. The government also
provided relief by waiving of VAT (Value Added Tax) on hygiene products,
among other measures adopted to manage the negative financial effects of
the Covid 19 pandemic.
In addition to the above, the Mozambican Government has implemented a
range of measures to address the short-term impact of the Covid-19 pandemic
and to support reforms that will aid economic recovery:
• Postponement of income and corporate tax advance payments for
small firms (turnover less than MZN 2.5 million) until 2021.
• Authorization of VAT tax credits compensation with other taxes
owed until 31 December 2020.
• 10% reduction of electricity tariffs for businesses.
• Forgiveness of social contribution fines and reduction of interest
rates for payments in arrears.
• US$ 14.5 million credit line to support small and medium-sized
enterprises (SMEs) affected by the crisis for treasury and equipment
acquisition.
• US$ 8.7 million credit line at an interest rate of 4 percent.
In 2020, the Mozambique continued to be affected by the military insurgency
activities in the north and central parts of the country. The most prominent
attacks have however been in north. There were reports of the militants
taking over towns and districts in the Cabo Delgado province. This resulted
in people leaving their homes for safety reasons. . The progress of the LNG
projects, crucial to the recovery of economic growth, has been affected as
attacks have occurred in areas closer to the projects’ operations sites.
A final investment decision (FID) on the Area 1 LNG project was reached in
June 2019 (and financing agreed with a banking consortium in July 2020),
with investment continuing as facilities are developed. Following the FID,
Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Mozambique’s state-owned
oil and gas company, planned to raise US$1.5 billion required to finance its
15% stake in the project (run by France’s Total), but the coronavirus-driven
tightening of global liquidity conditions necessitated a delay. The consortium
has received a US$2.25 billion guarantee from the government in lieu of an
immediate equity contribution from ENH, confirming that it will pay the state
oil company’s equity share if required. It is expected that ENH will raise the
money in 2021, with the project then being launched.
Similarly, the FID for the Area 4 LNG project by ExxonMobil, a United States
of America (USA) oil company, had been scheduled for the first half of 2020,
having been delayed previously by the insurgency in Cabo Delgado and rising
operational costs. However, ExxonMobil announced in March 2020 that this
would be delayed further while the global economy contracts. It is expected
that the FID will reached in 2021. In addition, Eni (Italy) is constructing a
smaller offshore site on the Coral gas field.
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
Moçambique precisa de encontrar uma solução duradoura para a paz e
estabilidade da província de Cabo Delgado, a fim de recuperar a confiança
dos investidores. Após o ano 2020, a região de Palma em Cabo Delgado foi
atacada por militantes, o que resultou na suspensão total das operações e na
evacuação do seu pessoal da região, invocando preocupações de segurança.
Devido ao estado de emergência que se seguiu a Covid-19 e aos ciclones
vividos em 2020 e 2019, vimos fundos de doadores continuarem a fluir para
o país. No entanto, continua a não haver apoio financeiro de doadores ao
orçamento do estado. Os doadores continuaram a não financiar o orçamento
nacional devido à lentidão na resolução das questões relacionadas com
dívidas não declaradas no valor de 2,2 mil milhões de dólares que foram
inicialmente divulgadas em 2016.
Política de Expansão Monetária
Em 2020, o Banco Central continuou com a sua política expansionista,
numa tentativa de estimular a economia. A política está a ser adoptada na
sequência de restrições que foram impostas à economia à medida que o país
tentava conter as infecções por Covid-19. Vimos o Banco de Moçambique
reduzir a maioria das taxas da política monetária, numa tentativa de estimular
a procura e de colocar a economia num impulso de expansão. O Banco
Central reduziu a taxa FPC - Facilidade Permanente de Cedência para 13,25%
em 31 de Dezembro de 2020, de 15,75% em 31 de Dezembro de 2019 e a FPD
- Facilidade Permanente de Depósito de 9,25% em 31 de Dezembro de 2019
para 7,25% em 31 de Dezembro de 2020. O Banco Central também reduziu a
sua taxa do Mercado Monetário Interbancário (MIMO) de 12,75% em 31 de
Dezembro de 2019 para 10,75% em 31 de Dezembro de 2020. Da mesma
forma, a taxa de referência para empréstimos (prime lending rate) para o
sector financeiro em Moçambique foi reduzida de 18% em 31 de Dezembro
de 2019 para 15,5% em 31 de Dezembro de 2020.
Embora tenha havido uma tentativa deliberada das autoridades para reduzir
os custos de empréstimos a particulares e empresas, a diferença entre as taxas
de depósito e as taxas de empréstimo continuam a aumentar. A taxa média de
depósito para um período de um ano foi de 7,5% (8,5% em 2019), enquanto
que o custo de um empréstimo de um ano foi em média de 20% (20,9% em
2019). Ao que parece, quando as taxas de política monetária caem, o impacto
é imediatamente sentido nas taxas de depósitos, mas os banqueiros parecem
demorar mais tempo a passar o benefício da descida das taxas de política
monetária para os mutuários. Os banqueiros têm lamentado constantemente
os elevados custos de financiamento, operações e risco como os principais
responsáveis pelas elevadas taxas de empréstimo e pela grande diferença
entre as taxas de empréstimo e as taxas de depósito. Alguns analistas
afirmaram que não há qualquer movimento nas taxas de empréstimo, uma
vez que os bancos normalmente colocam um prémio de risco para além
da taxa de referência para empréstimos (prime lending rate) para chegar às
taxas de empréstimo. Os prémios de risco parecem aumentar na sequência
da deterioração da saúde financeira das empresas provocada pela Covid-19.
Os decréscimos nas taxas de política monetária viram a carteira de
empréstimos do sector bancário aumentar 10%, de 250 mil milhões de MT
em 31 de Dezembro de 2019 para 274 mil milhões de MT em 31 de Dezembro
de 2020. Este crescimento poderia ter sido maior, não fosse o facto de as
empresas e os particulares terem demonstrado um apetite reduzido pelo
crédito devido às contínuas dificuldades na economia e ao elevado custo dos
empréstimos.
As taxas de juro dos bilhetes do tesouro também decresceram de acordo com
a diminuição das taxas de política monetária. As taxas dos bilhetes do Tesouro
para 91, 182 e 365 dias eram de 7,57%, 7,50% e 7,29% respectivamente em
31 de Dezembro de 2020, em comparação com 11,16%, 11,54% e 11,64% em
31 de Dezembro de 2019. Apesar desta diminuição, o montante de bilhetes
do tesouro e obrigações do Tesouro detidos pelo sector bancário manteve-se
constante entre 2019 e 2020. Isto pode ser uma indicação de que existe agora
um apetite renovado por empréstimos e adiantamentos na economia.
Na Bolsa de Valores de Moçambique, a capitalização do mercado atingiu MT
114 mil milhões em 31 de Dezembro de 2020 em comparação com MT 102
mil milhões em 31 de Dezembro de 2019. O aumento deveu-se à emissão de
novas obrigações de tesouro no valor de 39 mill milhões de MT. Obrigações
de tesouro no valor de MT 27 mil milhões venceram em 2020. O prazo para
estas novos obrigações variou entre 3 e 10 anos. As taxas de juro sobre as
obrigações são tanto fixas como variáveis. Normalmente, as taxas são
fixas para os dois primeiros pagamentos semestrais de cupões, tornando-
se variáveis a partir daí, até ao vencimento. A taxa de juro média sobre as
obrigações foi de 7,5%, uma diminuição de 11% em 2019.
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Mozambique needs to find a lasting solution to the peace and stability of
Cabo Delgado province to recover investor confidence. Subsequent to the
2020 year, the Palma region in Cabo Delgado was attacked by militants, which
resulted in Total suspending operations and evacuating its staff from the
region citing security concerns.
Due to the emergency situation that arose following Covid-19 and the
Cyclones experienced in 2020 and 2019, we have seen donor funds continuing
to flow into the country. However, there continues to be no donor funding
support to the government budget. The donors have continued to stay away
from funding the national budget due to the slow resolution of the matters to
do with hidden debts amounting to USD2.2 billion that were initially reported
in 2016.
Expansionary Monetary Policy
In 2020, the Central Bank continued with its expansionary policy in a bid to
stimulate the economy. The policy is being taken in the wake of restrictions
that were made to the economy as the country attempted to contain
Covid-19 infections. We saw the Bank of Mozambique reducing the majority
of the policy rates, in an attempt to stimulate demand and set the economy
on an expansion drive. The Central Bank reduced the FPC - Facilidade
Permanente de Cedência rate to 13.25% at 31 December 2020 from 15.75%
at 31 December 2019 and the FPD - Facilidade Permanente de Depósito from
9.25% at 31 December 2019 to 7.25% at 31 December 2020. The Central
Bank also reduced its Interbank Money Market rate (MIMO) from 12.75%
at 31 December 2019 to 10.75% at 31 December 2020. Similarly, the prime
lending rate for the financial sector in Mozambique reduced from 18% at 31
December 2019 to 15.5% at 31 December 2020.
Although there has been a deliberate attempt by the authorities to reduce the
costs of credit to individuals and companies, the gap between deposit rates
and loan rates continues to widen. The average deposit rate for a one-year
term was 7.5% (8.5% in 2019) whereas the cost of a one-year loan averaged
20% (20.9% in 2019). It appears as if when the policy rates fall, the impact is
immediately felt in the deposits rates but the bankers appear to take longer
to pass the benefit of falling policy rates to the borrowers. The bankers have
consistently bemoaned the high costs of funding, operations and risk as the
major culprits for the high lending rates and the large gap between lending
rates and deposit rates. Some analysts have said that there is no movement
in the lending rates as banks typically put a risk premium on top of the prime
lending rates to arrive at the lending rates. The risk premiums seem to increase
in the wake of the deterioration in the financial health of companies brought
about by Covid-19.
The decreases in the policy rates saw the Banking sector’s loan book increasing
by 10% from MT 250 billion at 31 December 2019 to MT 274 billion at 31
December 2020. This growth could have been more, had it not been for the
fact that companies and individuals exhibited reduced appetite for credit due
to the continued difficulties in the economy and the high cost of borrowing.
The interest rates on the treasury bills also declined in line with the decrease
in the policy rates. The Treasury bill rates for the 91 , 182 and 365 days were
7,57%, 7,50% and 7,29% respectively as at 31 December 2020 as compared to
11.16%, 11.54% and 11.64% as at 31 December 2019. Despite this decrease,
the amount of treasury bills and government bonds held by the Banking
sector remained constant between 2019 and 2020. This might be an indication
that there is now renewed appetite for loans and advances in the economy.
On the Mozambique Stock Exchange, the market capitalisation reached
MT 114 billion as at 31 December 2020 compared to MT 102 billion at 31
December 2019. The increase was due to the issuing of new MT 39 billion
worth of government bonds. MT 27 billion worth of government bonds
matured in 2020. The tenor for these new securities ranged between 3 and 10
years. The interest rates on the securities are both fixed and variable. Typically
the rates are fixed for the first two biannual coupon payments, becoming
variable thereafter, until maturity. The average interest rate on the securities
was 7.5%, a decrease from 11% in 2019.

Taxas de câmbio,
taxas de juro e crescimento económico
O Metical depreciou-se significativamente em relação às principais moedas
em 2020. O Metical depreciou de 1 USD a 61,47 MT em 31 de Dezembro de
2019 para fechar o ano em 1 USD a 74,90 MT. Depreciou 17% em relação ao
Rand sul-africano de 1 ZAR para 4,32 MT em 31 de Dezembro de 2019 para 1
ZAR para 5,11 MT em 31 de Dezembro de 2020. Do mesmo modo, o Metical
depreciou 33% face ao euro de 1 EUR para 68,89 MT em 31 de Dezembro
de 2019 para 1 EUR para 92,04 MT em 31 de Dezembro de 2020. Esta é uma
mudança face a estabilidade do Metical vivida nos dois anos anteriores a
2020.
A depreciação do Metical deveu-se ao fraco desempenho das exportações em
2020 que foi principalmente influenciado pelos desafios logísticos trazidos
pela Covid-19 e também pela queda dos preços de matérias primas nos
mercados internacionais. Isto afectou particularmente Moçambique, já que
o carvão é uma das principais exportações do país. As actividades do Banco
Central nos mercados de moeda estrangeira foram limitadas durante o ano.
O Banco Central vendeu cerca de 440 milhões de USD no mercado. A maior
parte deste montante foi destinada ao financiamento de importações de
combustíveis.
Devido à depreciação do Metical face as principais moedas, às restrições
impostas devido à Covid-19, e ao fraco desempenho das exportações devido
à queda de preços, a inflação aumentou de 3,50% em 31 de Dezembro de
2019 para 3,52% em 31 de Dezembro de 2020. O crescimento económico
anual, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu para -0,5% em 31 de
Dezembro de 2020, em comparação com uma taxa de crescimento de 2,2%
registada em 2019. O crescimento negativo da economia foi o pior registado
no país em mais de 25 anos.
No que diz respeito ao rácio da reserva mínima de depósitos em moeda local,
o Banco Central reviu a taxa de 13% em 31 de Dezembro de 2019 para 11,5%
em 31 de Dezembro de 2020, enquanto que a reserva de divisas foi reduzida
de 36% em 31 de Dezembro de 2019 para 34,5% em 31 de Dezembro de 2020.
Actividades do Banco Central no mercado
Apesar das restrições da Covid-19, vimos o Banco Central prosseguir com as
suas inspecções com um movimento no sentido de inspecções remotas do
sector bancário.
O Banco Central também emitiu várias peças legislativas relativas aos
procedimentos dos mercados cambiais, bem como ao tratamento de
reclamações de clientes e também nova legislação no sentido de que certas
posições nos bancos comerciais terão de ser aprovadas pelo Banco Central.
IN
years
Exchange rates,
interest rates and economic growth
The Metical depreciated significantly against major currencies in 2020. The
Metical depreciated from USD 1 at MT61.47 at 31 December 2019 to close the
year at 1 USD to MT74.90. It depreciated 16.93% against the South African
Rand from 1 ZAR to MT4.32 at 31 December 2019 to 1ZAR to MT5.11 at 31
December 2020. Similarly the Metical depreciated 33% against the Euro from
1 Euro to MT 68.89 at 31 December 2019 to 1 Euro to MT92.04 at 31 December
2020. This is a change to the Metical’s stability that was experienced in the two
years preceding 2020.
The depreciation of the Metical was due to the poor performance of exports
in 2020 which was mainly influenced by logistical challenges brought about
by Covid-19 and also the fall in the prices of commodities in the international
markets. This particularly affected Mozambique as coal is one of the Country’s
major exports. The activities of the Central Bank in the foreign currency
markets was limited during the year. The Central Bank sold about USD440
million in the market. The bulk of this amount went towards funding fuel
imports.
Due to depreciation of the Metical against major currencies, the restrictions
that were imposed due to Covid-19, and poor performance of the exports
on account of falling prices, inflation increased from 3.50% at 31 December
2019 to 3.52% at 31 December 2020. Annual economic growth, as measured
by the Gross Domestic Product (GDP) reduced to -0.5% at 31 December 2020
as compared to a growth rate of 2.2% recorded in 2019. The negative growth
of the economy was the worst experienced in the country in over 25 years.
With regards to the local currency minimum deposit reserve ratio, the
Central Bank reviewed the rate from 13% at 31 December 2019 to 11.5% at
31 December 2020 whereas the foreign currency reserve requirement was
decreased from 36% at 31 December 2019 to 34.5% at 31 December 2020.
Central Bank activities in the market
Inspite of the Covid-19 restrictions, we saw the Central bank continuing its
inspection with a move towards offsite inspections of the banking sector.
The Central Bank also issued several pieces of legislation relating to foreign
currency markets procedures as well as the handling of customer complaints
and also new legislation to the effect that certain positions in the commercial
banks will need to be approved by the central bank.
8
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

02.
Metodologia
Metodologia
Methodology

Os dados e as análises apresentadas nesta pesquisa, resultam de res-

postas a um questionário enviado aos bancos comerciais a operar em
Moçambique, em 31 de Dezembro de 2020 e informações consultadas
no website do Banco de Moçambique, entre outras fontes de informação.
Segue abaixo a lista dos bancos comerciais aos quais o questionário
foi enviado:
Methodology
The data and the analysis presented in this survey were sourced from the
responses to a questionnaire that was sent by KPMG to commercial banks
operating in Mozambique as at 31 December 2020 and from information
on the Bank of Mozambique website, among other sources.
The following is the list of commercial banks to which the
questionnaire was sent:

Tabela 1: Lista de bancos comercias em Moçambique Table 1: The list of commercial banks in Mozambique

Nome do Banco Comercial Ano do início Acionista Maioritário

Name of commercial Bank Initial year Majority shareholder

1 Standard Bank, SA 1967 Stanbic Africa Holdings Limited

2 Absa Bank Moçambique, SA 1977 Absa Africa Group limited - South Africa

3 BIM - Banco Internacional de Moçambique, SA 1995 Millennium BCP - Portugal

4 Banco Comercial e de Investimentos, SA 1996 Caixa Geral de Depósitos Group - Portugal

Accion Africa Asia Investment company-

5 Socremo Banco de Microfinanças, SA 1998
Mauritius | Arise- Europe

Société Générale Moçambique, SA (formerly The

6 1999 Société Générale - France
Mauritius Commercial Bank SA)

7 African Banking Corporation( Moçambique) SA 1999 African Banking Corporation Holdings - Botswana

8 Ecobank Moçambique, SA 2000 Ecobank Transnational International - Togo

9 MyBucks Banking Corporation, SA 2005 MyBucks Group - Luxemburg

10 FNB Moçambique, SA 2007 First Rand Group - South Africa

Kuhanha - Sociedade Gestora de Fundo de

11 Moza Banco, SA 2008
Pensões, SA

12 United Bank for Africa Moçambique SA 2010 UBA - Nigeria

13 Banco Letshego SA 2011 Letshego Holdings Limited - Botswana

14 Banco Nacional de Investimento SA 2011 IGEPE - Mozambique

15 Banco Único, SA. 2011 Nedbank Group Limited - South Africa

16 Bayport Financial Services Mozambique S.A* 2012 Bayport Management Ltd

17 First Capital Bank SA 2013 FMB Capital Holdings plc- Mauritius

Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos

18 2014 Bison Capital Holding Company Limited –Hong Kong
Investimentos S.A

19 BIG - Banco de Investimento Global SA 2016 Banco De investmento Global SA - Portugual

20 Access Bank Mozambique SA 2019 Access Bank Plc- Nigeria

* Bayport is not listed as a commercial Bank on the Central Bank website.

* * Banco Unico SA rebranded to Nedbank Mozambique SA subsequent to 31 December 2020
129
Objetivo
O presente estudo tem como objectivo apresentar uma análise qualitativa e
quantitativa sobre a dimensão do sector bancário moçambicano, baseando-se,
entre outros indicadores, nos seguintes:
• Indicadores de Dimensão e rentabilidade;
• Indicadores de solidez e qualidade da carteira de crédito;
• Indicadores operacionais; e
• Indicadores de Crescimento.

Neste estudo, as informações financeiras dos bancos comerciais são referenciadas

e comparadas por meio de vários indicadores.
Recebeu-se respostas de todos os 20 bancos comerciais respeitantes ao exercício
de 2020.
Nos casos em que os bancos apresentaram números de 2019 diferentes dos
recebidos no ano anterior, foram utilizados os números recebidos no exercício
em curso.

Objective
This study aims to provide a qualitative and quantitative analysis on the size of
the Mozambican banking sector based on the indicators below (among others):
• Size and profitability indicators;
• Strength and loan quality indicators;
• Operating indicators; and
• Growth indicators.
The study aims to be a depository of commercial banks’ financial information. In
the study, the financial information for commercial banks is benchmarked and
compared using various indicators.

We received responses from 20 out of the 20 banks to which the questionnaires

were sent for the year 2020.
In cases where the banks submitted 2019 numbers which are different from
those received in 2020, the numbers received this year were used.
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
03.
Respostas a Covid-19
Conjuntura Sectorial
Sector Review
Os bancos comerciais foram incentivados a satisfazer as necessidades de
liquidez dos seus clientes do sector privado através da redução do rácio
de reservas do Banco Central. Esta medida ajudou a libertar liquidez na
ordem dos 90 milhões de dólares para os bancos comerciais. Além disso,
o Banco Central flexibilizou as condições para a reestruturação do crédito
dos clientes dos bancos comerciais até 500 milhões de USD durante
seis meses, com base na avaliação da capacidade de pagamento dos
mutuários nos termos das novas condições.
Os custos pouco atractivos e a incerteza em torno das condições de
reembolso travaram a adopção da linha de crédito de 500 milhões de
USD do Banco Central para os comerciantes de importação pelos bancos
comerciais. O objectivo era financiar as transacções comerciais dos
clientes ligadas à importação de bens de consumo essenciais, matérias-
primas e equipamento. As empresas consideraram esta medida pouco
atractiva por ter acrescentado 5,6% em custos ao prémio Libor de seis
meses, e porque as condições de reembolso eram incertas. A medida
também não era atractiva para os bancos, devido aos baixos rácios de
eficiência (empréstimo/depósito) em moeda estrangeira.
A linha de crédito gerida pelo BNI, tal como discutido na secção
de introdução, era demasiado limitada para aliviar as empresas de
dificuldades financeiras e até Setembro, seis meses após a introdução
de medidas de distanciamento social, não tinha sido efectuado qualquer
desembolso. Cerca de 1.031 empresas candidataram-se à linha de crédito
BNI, com pedidos num total de 152 milhões de USD - 587 por cento
mais do que os fundos disponíveis. A apresentação de novas propostas
foi interrompida em Setembro devido ao excesso de procura. Foram
também tomadas medidas pelos bancos comerciais para reestruturar
os empréstimos existentes, alargando os prazos de vencimento e
oferecendo períodos de carência sobre o capital do empréstimo.
Estrutura dos intervenientes do sector bancário
O sector bancário em Moçambique é actualmente constituído por 19
bancos comerciais, um número que se manteve inalterado desde 2019.
O sector bancário em Moçambique continua a atrair a atenção de
investidores de fora de Moçambique. No ano 2020, o Access Bank Plc
da Nigéria anunciou que o Access Bank Moçambique SA, estava em
conversações com a Atlas Mara (a empresa-mãe definitiva da African
Banking Corporation Moçambique) sobre a aquisição da African Banking
Corporation Mozambique SA. Afirmou-se que o negócio estava à espera
de aprovação regulamentar. Também no final de 2020, a Xtenda Financial
Services comunicou que estava em discussão com a Mybucks Banking
Corporation SA para a aquisição desta última.
A exigência de novo capital mínimo para os Bancos entrou em vigor em
2020, e como resultado vimos alguns bancos comerciais descerem para
nível inferior (Micro banco) enquanto outros trouxeram novo capital. A
partir de 2020, todos os bancos comerciais deverão ter um capital social
e fundos próprio mínimos de MT1,7 bilhões. Embora exista um mundo
de diferença entre um banco comercial e um microbanco, a distinção
entre os dois está a tornar-se difusa no sector financeiro de Moçambique.
Em alguns casos, um microbanco pode ter uma carteira de empréstimos
maior do que um banco comercial. É por esta razão que incluímos tanto
os bancos comerciais como os microbancos nesta análise. O website
do banco central também parece ter tanto bancos comerciais como
micro-bancos sob o título de “Bancos”. A pequena dimensão do mercado
significa que qualquer estratificação feita para distinguir entre estas
categorias não acrescentaria muito valor.
11
Responses to Covid-19
Commercial banks were incentivized to meet their private sector clients’
need for liquidity by the reduction of the Central Bank’s reserve ratio.
This measure helped free up liquidity in the order of USD 90 million for
commercial banks. Additionally, the Central Bank relaxed conditions
for credit restructuring of commercial banks’ clients for up to USD 500
million for six months, based on the assessment of borrowers’ capacity to
pay under the new terms.
Unattractive costs and uncertainty surrounding repayment conditions
halted the adoption of the Central Bank’s USD 500 million credit line
for import traders by commercial banks. The aim was to finance clients’
commercial transactions linked to the imports of essential consumer
goods, raw materials and equipment. Companies found this measure
unattractive as it added 5.6 percent in costs to the six-month Libor
premium, and because the conditions for repayment were uncertain. The
measure was not attractive to banks either, due to low loan-to-deposit
ratios in foreign currency.
The line of credit managed by BNI as discussed in the introduction
section, was too limited to relieve firms of financial distress and up
to September, six months after the introduction of social distancing
measures, no disbursement had been made. About 1,031 companies
applied to the BNI credit line, with requests amounting to a total of USD
152 million – 587 percent more than the funds available. Submissions of
new proposals were halted in September due to excess demand. Steps
were also taken by commercial banks to restructure existing loans by
extending maturities and offering grace periods on loan principal.
Structure of the Banking sector players
The banking sector in Mozambique is currently made up of 19 commercial
banks, a number that has remained unchanged from 2019.
The banking sector in Mozambique continues to attract the attention
of investors from outside Mozambique. In the year 2020, Access Bank
Plc from Nigeria announced that Access Bank Mozambique SA, was in
talks with Atlas Mara (Ultimate parent for African Banking Corporation
Mozambique) over the acquisition of African Banking Corporation
Mozambique SA. The deal was said to be waiting for regulatory approval.
Also towards the end of 2020, Xtenda Financial services communicated
that it was in discussion with Mybucks Banking Corporation SA for the
acquisition of the latter.
The new minimum capital requirement for Banks came into force in 2020,
and as a result we have seen some commercial banks downgrading to
a lower tier banks (Micro bank) whilst others brought in new capital.
Starting from 2020, all commercial banks should have a minimum capital
and equity of MT1.7 billion. Although there is a world of difference
between a commercial bank and a micro bank, the distinction between
the two is becoming blurred in the Mozambique financial sector. In a few
cases, a micro bank can have a larger loan book than a commercial bank.
It is for this reason that we have included both commercial banks and
micro banks in this analysis. The central bank website also appears to have
both commercial banks and microbanks under the title of “Banks”. The
small size of the market means that any stratification done to distinguish
between these categories would not add much value.
O sector bancário continua a ser dominado pelos três principais bancos
que são o Banco Comercial e de Investimentos SA, o Banco Internacional
de Moçambique SA e o Standard Bank SA. Em conjunto, os três maiores
bancos representam mais de 60% dos activos totais, do total de
depósitos e do total de empréstimos e adiantamentos para o sector. No
que diz respeito aos três maiores bancos, em termos de empréstimos e
adiantamentos, dois dos três maiores bancos conseguiram um aumento,
sendo o Banco Internacional de Moçambique SA o único com uma
carteira de empréstimos que diminuiu em MT 2 mil milhões. A carteira
de empréstimos do Banco Internacional de Moçambique tem vindo a
decrescer nos últimos três anos.
O nosso estudo revelou que a maioria dos bancos que operam no
mercado moçambicano são detidos por estrangeiros. Apenas dois
bancos no mercado têm uma participação maioritária de Moçambique e
estes são o Moza Banco SA e o Banco Nacional de Investmento SA, ambos
detidos por entidades estatais/governamentais.
Actividades do Banco Central no mercado
Para assegurar que os bancos comerciais sejam amortecidos dos efeitos
nocivos da pandemia, o Banco Central anunciou as seguintes medidas:
• disponibilidade duma linha de crédito de 500 milhões de
A • The availing of a USD500 million credit line to banks to be given
dólares a ser concedida pelo Banco Central; e
• O Banco Central também anunciou que não havia necessidade
de aumentar as provisões regulamentares para perdas de crédito
por causa da Covid-19.
Para aliviar a população em geral contra a Covid-19, o Banco Central
renunciou a comissões sobre certos serviços electrónicos oferecidos
pelos Bancos durante um período de 6 meses.
O sector bancário reportou que houve um controlo acrescido por parte
do Banco Central para assegurar o cumprimento das leis e regulamentos.
O tratamento das reclamações dos Clientes, o cumprimento da
regulamentação sobre moeda estrangeira, Conheça o Seu Cliente
(KYC), o Anti-Lavagem de Dinheiro e a Governação foram elementos
chave na agenda das auditorias do Banco Central realizadas em 2020.
Os intervenientes do sector bancário também confirmaram que houve
um aumento dos pedidos de informação numa base ad hoc por parte
do regulador. O Banco Central está a implementar uma mistura de
inspecções no local e fora do local, ao desempenhar o seu papel de
controlo das instituições financeiras.
Desempenho financeiro do sector bancário
Os lucros do sector bancário diminuíram 14% de 16,8 mil milhões de
MT em 31 de Dezembro de 2019 para 14,5 mil milhões de MT em 31 de
Dezembro de 2020. A diminuição ocorre numa altura em que a carteira
de empréstimos aumentou 9,5%, de 250 mil milhões de Meticais em 31
de Dezembro de 2019 para 274 mil milhões no final de 2020. No ano
anterior, a carteira de empréstimos cresceu 1,8%.
Analisando ainda os resultados, dois dos principais bancos,
nomeadamente o Banco Internacional de Moçambique SA e o Banco
Comercial de Investimentos, reportaram uma diminuição dos lucros
superior a 20%. O Standard Bank SA aumentou os seus lucros em 10% em
comparação com o ano anterior. Globalmente, a diminuição dos lucros
dos três maiores bancos do país foi de 12%.
O fraco desempenho do sector bancário em termos de rentabilidade
deve-se ao aumento das imparidades devido às dificuldades económicas
vividas no país, à redução das taxas e comissões devido à legislação do
Banco Central que suspendeu as taxas e comissões sobre determinados
serviços durante um período de seis meses.
The banking sector continues to be dominated by the top three banks
which are Banco Comercial e de Investimentos SA, Banco Internacional
de Moçambique SA and Standard Bank SA. Together, the top three banks
account for more than 60% of the total assets, total deposits and total
loans and advances for the sector. With regards to the top three banks, as
far as loans and advances are concerned, the two of the top three banks
achieved an increase with Banco Internacional de Moçambique SA being
the only one with a loan book which reduced by MT2 billion. The loan
book for Banco Internacional de Moçambique has been declining for the
past three years.
Our study revealed that most of the banks operating in the Mozambican
market are foreign owned. Only two banks in the market have majority
shareholding from Mozambique and these are Moza Banco SA and Banco
Nacional de Investmento SA which are both owned by state/government
entities.
Central bank activities in the market
To ensure that commercial banks are cushioned from the harmful effects
of the pandemic, the Central bank announced the following measures:
by the Central Bank; and
• The Central Bank also announced that there was no need to
raise regulatory credit loss provisions for credit downgrades on
account of Covid-19.
To provide relief to the general populace against Covid-19, the Central
Bank waived commissions on certain electronic services offered by Banks
for a period of 6 months.
The Banking sector has reported that there has been increased
monitoring by the Central Bank to ensure compliance with laws and
regulations. The handling of Customers complains, , compliance with
foreign currency regulation, Know Your Client (KYC) , Anti-Money
Laundering and governance were key on the agenda of the Central
Bank audits carried out in 2020. The Banking sector players have also
confirmed that there has been increased information requests on ad
hoc basis from the regulator. The Central Bank is implementing a mix of
onsite and offsite inspections as it discharges its role of monitoring the
financial institutions.
Financial performance of the banking sector
The banking sector profits have reduced by 14% from MT16.8 billion at
31 December 2019 to MT14.5 billion at 31 December 2020. The decrease
comes at a time when the loan book has increased by 9.5% from MT250
billion at 31 December 2019 to MT274 billion at the end of 2020. In the
prior year the loan book grew by 1.8%.
Looking at the results further, two of the major banks, namely Banco
Internacional de Mozambique SA and Banco Commercial de Investments
reported a decrease in profits in excess of 20%. Standard Bank SA
increased its profits by 10% compared to the prior year. Overall, the
decrease on the profits for the top three banks in the country amounted
to 12%.
The poor performance of the banking sector in terms of profitability
is due to the increases in impairment due to the economic hardship
experienced in the country, reduction of fees and commissions due to
the Central Bank legislation that suspended fees and commissions on
certain services for a period of six months.
10
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

Houve também um aumento dos custos devido à necessidade de os
bancos investirem em desinfectantes e materiais de limpeza devido
à Covid-19. Os bancos também aceleraram as suas ofertas de canais
digitais por conta da Covid-19. O sector registou um aumento das receitas
comerciais superior a 1,3 mil milhões, devido ao aumento dos volumes e
também à depreciação do Metical em relação às principais moedas. Os
bancos comerciais parecem fazer mais resultados de operações financeiras
quando o Metical se deprecia.
There was also an increase in costs due to the need for banks to invest
in sanitizers and cleaning materials on account of Covid-19. Banks also
accelerated their digital channels offerings on account of Covid-19. The
sector recorded an increase in trading income in excess of MT1.3 billion
due to increases in volumes and also depreciation of the Metical against
major currencies. The commercial banks appear to make more trading
income when the Metical depreciates.

O total dos activos do sector bancário cresceu em 112 mil milhões de MT
ou 17% de 646 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2019 para 758
mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2020. O aumento é atribuível a
um aumento correspondente dos empréstimos e adiantamentos, apesar
do ambiente económico difícil. Os investimentos do sector bancário em
bilhetes do tesouro e obrigações do tesouro permaneceram os mesmos.
Também contribui para o aumento dos activos totais o aumento da
propriedade e do equipamento dos Bancos.
The total assets for the banking sector grew by MT 112 billion or 17% from
MT 646 billion at 31 December 2019 to MT 758 billion at 31 December 2020.
The increase is attributable to a corresponding increase in the loans and
advances, despite the difficult economic environment. The banking sector’s
investments in treasury bills and government bonds have remained the
same. Also contributing to the increase on total assets is the increase in the
property and equipment of Banks.

A aversão ao risco por parte dos bancos, combinada com a redução da
procura de crédito, baixou ainda mais o rácio de eficiência (empréstimo/
depósito), que já era baixo antes da pandemia. A introdução de um único
número de identificação bancária ajudará em parte a resolver os problemas
de assimetria de informação no sector, bem como o lançamento previsto
de um registo de garantias móveis em 2021. Um instrumento fundamental
que falta em Moçambique é um esquema parcial de garantia de crédito
para ajudar a aumentar a apetência das instituições financeiras pelo risco.
Risk aversion by banks, combined with reduced demand for credit, have
further lowered the loan-to-deposit ratio, which was already low before
the pandemic. The introduction of a single bank identification number
will partly help address information asymmetry issues in the sector as
well as the planned launch of a movable collateral registry in 2021. A key
instrument lacking in Mozambique is a partial credit guarantee scheme to
help increase the risk appetite of financial institutions.

Nova legislação seleccionada para o sector Selected new legislation for the sector
Seguem-se os aditamentos significativos à legislação que tiveram um The following are the significant additions to the legislation that had an
impacto nas operações dos bancos no país. impact on the operations of banks in the country.
• Aviso nº 01/GBM/2020 - Titulares de Posições Relevantes, que estabelece
os critérios e procedimentos para a identificação dos titulares de posições
• Notice No. 01/GBM/2020 - Holders of Relevant Positions, which
de gestão relevantes, cujo desempenho das respectivas funções está
establishes the criteria and procedures for identifying the holders of
sujeito a registo especial no Banco Central.
relevant management positions, whose performance of the respective
• Aviso n.º 02/GBM/2020, que estabelece os procedimentos para a
functions is subject to special registration at the Central bank.
selecção das notas e moedas do Metical em circulação, bem como para a
• Notice No. 02/GBM/2020, which establishes the procedures for the
realização das operações inerentes.
selection of Metical bank notes and coins in circulation, as well as for
• Aviso nº 03/GBM/2020, que estabelece o capital mínimo para as
carrying out the inherent operations.
empresas de serviços de pagamento nas categorias de agregadores de
• Notice No. 03/GBM/2020, which establishes the minimum capital for
pagamentos e instituições de transferência de dinheiro.
payment service companies in the categories of payment aggregators
• Aviso n.º. 04/GBM/2020, que estabelece as condições de envio ao Banco
and money transfer institutions.
Central das informações necessárias para a compilação de estatísticas
• Notice no. 04/GBM/2020, which establishes the terms for sending to the
sobre emissões, transacções e posições de títulos, distribuição da rede
Central Bank the information necessary for the compilation of statistics
de agências das instituições de crédito e sociedades financeiras, taxas
on issues, transactions and securities positions, distribution of the
de juro no sistema, créditos e depósitos, o sector externo e o Sistema
branch network of credit institutions and financial companies, interest
Nacional de Pagamentos.
rates in the system, credits and deposits, the external sector and the
• Aviso nº. 05/GBM/2020 - Registo e envio obrigatório das coordenadas
National Payment System.
geográficas dos Pontos de Acesso aos serviços financeiros, que estabelece
• Notice no. 05/GBM/2020 - Compulsory capture and sending of
os procedimentos para o registo, envio, validação, armazenamento e
geographical coordinates of Points of Access to financial services, which
arquivo electrónico das coordenadas geográficas dos pontos de acesso
establishes the procedures for the capture, sending, validation, storage
and electronic archiving of geographical coordinates of points of access
aos serviços financeiros.
to financial services.
• Aviso nº. 06/GBM/2020 - Emenda ao Aviso n.º 20/GBM/2017 de 27 de
• Notice no. 06/GBM/2020 - Amendment to Notice no. 20/GBM/2017
Dezembro, artigos 8º e 28º, que estabelece as regras e procedimentos a
of 27 December, Articles 8 and 28, which establishes the rules and
observar na realização de transacções cambiais, com vista a proporcionar
procedures to be observed in the conduct of foreign exchange
maior flexibilidade e eficiência na realização de algumas transacções,
transactions, with a view to providing greater flexibility and efficiency in
no contexto actual, caracterizado pela emergência da pandemia de
the conduct of some transactions, in the current context, characterised
Covid-19, que determina a necessidade de impor medidas de carácter
by the emergence of the Covid-19 pandemic, which determines the
transitório e urgente que permitam mitigar os impactos negativos na
need to impose measures of a transitory and urgent nature that allow
actividade económica, principalmente através de instrumentos de
mitigating the negative impacts on economic activity, mainly through
gestão cambial.
foreign exchange management instruments.
• Aviso n.º. 07/GBM/2020, que aprova o Regulamento sobre a Taxa de
• Notice no. 07/GBM/2020, which approves the Regulation on the
Câmbio de Referência do Mercado Cambial e revoga o Aviso n.º. 4/
Foreign Exchange Market Reference Exchange Rate and revokes Notice
GBM/2017, de 20 de Abril. Este documento estabelece a taxa de câmbio
no. 4/GBM/2017, of 20 April. This document establishes the reference
de referência do mercado de divisas e a metodologia para o seu cálculo.
exchange rate of the foreign exchange market and the methodology
• Aviso n.º. 08/GBM/2020, que estabelece as regras e procedimentos
for its calculation.
para a apresentação e tratamento de reclamações de consumidores
• Notice no. 08/GBM/2020 which sets out the rules and procedures for
financeiros contra instituições de crédito, empresas financeiras e outras
the presentation and handling of complaints from financial consumers
entidades sujeitas à supervisão ou controlo do Banco Central, as regras
at credit institutions, financial companies and other entities subject
e procedimentos para a apresentação e tratamento de reclamações
to the supervision or monitoring of the Central Bank, the rules and
de consumidores financeiros contra instituições de crédito, empresas
procedures for the presentation and handling of complaints from
financeiras e outras entidades do Banco Central.
financial consumers against credit institutions, financial companies and
• Aviso nº. 10/GBM/2020 - Regulamento para o exercício da actividade
other entities at the Central Bank.
de agente bancário, que estabelece os termos e condições em que os
• Notice no. 10/GBM/2020 - Regulation for the exercise of banking agent
bancos, micro-bancos e cooperativas de crédito podem prestar as suas
activities, which establishes the terms and conditions under which
actividades através de agentes bancários.
banks, micro-banks and credit cooperatives may provide their activities
• Circular n.º. 01/EFI/2020, que estabelece os Procedimentos para o envio
through banking agents.
de informações sobre operações cambiais.
• Circular no. 01/EFI/2020, which establishes the Procedures for the
• Circular n.º. 02/EFI/2020, relativa à reestruturação dos créditos no
contexto da pandemia de Covid-19. sending of Information on Foreign Exchange Transactions.
• Circular nº 02/EFI/2020, relativa à reestruturação dos créditos no contexto • Circular no. 02/EFI/2020, regarding the Restructuring of Credits in the
da pandemia de Covid-19. context of the Covid-19 pandemic.

1613

• Circular n.º 02/OEFI/2020, sobre os Procedimentos de Instrução dos
Bancos no Estrangeiro.
• Circular nº 03/EFI/DSC/2020, que emite directrizes sobre o cumprimento
do dever de regularização de débitos indevidos de montantes em conta
bancária ou de dinheiro electrónico.
• Circular n.º 04/EFI/2020, relativa à obrigação de cumprimento integral
das medidas de Prevenção e Contenção da propagação da pandemia de
Covid-19.
• Circular n.º 01/EMO/2020, relativa aos Modelos de Comunicação de
Estatísticas sobre Questões, Transacções e Posições de Títulos.
• Circular n.º. 02/EMO/2020, relativa às estatísticas sobre meios de
pagamento e instrumentos de pagamento, tendo em vista a aplicação
do nº 3 do artigo 3º do Aviso nº. 04/GBM/2020, de 23 de Abril.
• Circular n.º 06/EFI/2020, sobre o Programa de Redução Gradual de
Empréstimos Subordinados de acções preferenciais resgatáveis e outros
títulos em Fundos Próprios.
• Circular nº 5/EFI/2020, relativa à obrigação de cumprimento integral das
medidas de prevenção e contenção da propagação da pandemia de
Covid-19, revogando a Circular n.º 04/EFI/2020.
Desafios Enfrentados pelo Sector Bancário em
Moçambique
Apesar da rentabilidade do sector como um todo, os seguintes são os
desafios enfrentados pelos bancos:
• Risco cibernético • Cyber risk
A Covid-19 viu os bancos acelerarem a sua oferta digital e viu-os também a
promover o trabalho a partir de casa. Da mesma forma, o cliente bancário
parece estar a abraçar estes canais digitais. Isto abriu os bancos aos riscos
que estão associados aos riscos informáticos. Os bancos têm vindo a
aumentar a sua resiliência e aumentar as suas competências nesta área.
• Deterioração da qualidade da carteira de empréstimos
O sector bancário em Moçambique tem assistido a aumentos nos
empréstimos em incumprimento e, em última análise, no nível das
provisões. A economia foi largamente afectada pelo estado de emergência
e estado de calamidade que foi declarado pelo presidente da República
devido a Covid -19, o que afectou os sectores da Hotelaria e Turismo,
Serviços e Logística, e sectores transformadores. Os conflitos militares
em curso nas regiões norte e centro de Moçambique afectou também as
empresas que operam na área.
• Falta de protecção do crédito
Moçambique também carece de uma linha de crédito de garantia
parcial (PCG), utilizada por outros países para fornecer garantias para
empréstimos mais afectados pela deterioração do crédito em tempos de
crise. A rede global de segurança financeira e os quadros de gestão de
crises apresentam importantes lacunas. O seguro de depósitos é limitado
com reservas equivalentes a menos de 1% dos depósitos segurados, e a
cobertura é baixa sendo 20.000 Meticais (USD 275). O Parlamento está a
considerar uma alteração à legislação do sector financeiro que introduziria
uma autoridade e instrumentos de resolução em conformidade com os
Principais Atributos dos Regimes de Resolução Eficazes do Conselho de
Estabilidade Financeira.
• Aumento do custo do cumprimento da legislação do Banco
Central
Ao longo dos últimos anos, o Banco Central tem vindo a aplicar sanções
aos bancos por violações de políticas de lavagem de dinheiro e conheça
o seu cliente “know your client” . O Banco Central tem, na maioria das
vezes, tem anunciado publicamente estas violações e multas. Para evitar
as multas e a má publicidade que acompanham o anúncio público, os
bancos têm vindo a reforçar os seus departamentos de conformidade. Em
alguns casos, tais esforços envolvem a utilização de consultores, bem como
a compra de novos sistemas. Os requisitos de conhecimento do cliente
para a abertura de contas e transacções financeiras resultam em elevados
níveis de exclusão, uma vez que uma grande parte da população carece de
documentos de identificação.
• Aumento dos custos da realização de negócios
O custo para realizar negócios no sector bancário é elevado. Os principais
custos incorridos pelos bancos incluem os custos da tecnologia, bem como
os custos de pessoal. A maior parte da tecnologia informática é importada
do exterior de Moçambique. Uma parte significativa dos custos bancários
vai para o pagamento dos salários do pessoal. Isto deve-se ao facto de
que nos casos em que as competências não estão disponíveis localmente,
os bancos normalmente empregam pessoal expatriado. Quando as
competências estão disponíveis localmente, é típico ver os bons recursos
movimentarem-se de um banco para o outro, o que resulta no pagamento
de salários mais elevados no esforço de os reter.
IN
years
• Circular no. 02/OEF/2020, on Procedures for Instruction of Banks on
Overseas Supply.
• Circular no. 03/EFI/DSC/2020, which issues guidelines on compliance
with the duty of Regularisation of Undue Debits of amounts in Bank or
Electronic Money Account.
• Circular no. 04/EFI/2020, concerning the obligation of full compliance
with the measures for the Prevention and Containment of the spread of
the Covid-19 pandemic.
• Circular no. 01/EMO/2020, concerning the Reporting Models for
Statistics on Issues, Transactions and Securities Positions.
• Circular no. 02/EMO/2020, concerning the statistics on Means of
Payment and Payment Instruments, with a view to the implementation
of Article 3(3) of Notice no. 04/GBM/2020 of 23 April.
• Circular no. 06/EFI/2020, on the Gradual Reduction Programme
of Subordinated Loans of redeemable preferred shares and other
securities in Own Funds.
• Circular no. 5/EFI/2020, concerning the obligation of full compliance
with the measures for Prevention and Containment of the spread of the
Covid-19 pandemic, revoking Circular no. 04/EFI/2020.
Challenges faced by the banking sector in
Mozambique
Despite the profitability of the sector as a whole, the following are the
challenges faced by banks:
The Covid-19 has seen banks accelerating their digital offering and have
seen them also promoting working from home. Equally, the banking
customer appear to be embracing these digital channels. This has opened
up the banks to the risks that is associated with the cyber risks. Banks have
been building up resilience as well as beefing up their skills in this area.
• Deteriorating quality of loan book
The banking sector in Mozambique has seen increases in non-performing
loans and ultimately the level of provisions. The economy was largely
affected by the state of emergency and state of calamity that was declared
by the president of the Republic on account of Covid -19. This affected
the Hospitality and Tourism sector, Services and Logistics sectors, and
manufacturing sectors. The ongoing military conflicts in the north and
central parts of Mozambique has also affected businesses operating in the
area.
• Lack of credit protection
Mozambique also lacks a partial credit guarantee (PCG) facility, used by
other countries to provide guarantees for loans most affected by credit
deterioration in times of crisis. The overall financial safety-net and crisis
management frameworks have important gaps. Deposit insurance is
limited with reserves equivalent to less than 1 percent of insured deposits,
and coverage is low at MZN 20,000 (USD 275). Parliament is considering
an amendment to financial sector legislation that would introduce a
resolution authority and tools in line with the Financial Stability Board’s Key
Attributes of Effective Resolution Regimes.
• Increased cost of compliance with
Central Bank legislation
Over the last few years, the Central Bank has been levying penalties to banks
for violations of anti-money laundering and know your client requirements.
The Central Bank has on most occasions publicly announced these
violations and fines. To avoid the fines and bad publicity that comes with
the public announcement, Banks have been beefing up their compliance
departments. In some cases, such efforts involve using consultants as
well as purchasing new systems. The know-your-customer requirements
for opening accounts and financial transactions result in high levels of
exclusion as a large share of the population lacks identification documents.
• Increased costs of doing business
The cost of doing business in the banking sector is high. The major costs
incurred by the banks include the costs of technology as well as staff costs.
Most IT technology is imported from outside Mozambique. A significant
part of the bank costs goes towards paying staff salaries. This is due to
the fact that in cases where skills are not available locally typically banks
employ expatriate staff. Where the skills are available locally, it is typical to
see the good resources moving from one bank to the other, which results
in higher salaries being paid in efforts to retain them.
14
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

IN

years

Análise Macroeconómica
[_Macroeconomic Analysis] 15

Análise Agregada do Sector Bancário

[_Aggregate Analysis of the

Banking Sector] 25

15
 B.
Análises
Analysis

Secção | Section
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
04.
O contexto económico das economias
desenvolvidas e emergentes
Análise Macroeconómica
e Monetária
Macro-economic and Monetary Analysis
No ano de 2020 o mundo enfrentou uma crise económica jamais vista, os
governos mundiais tomaram medidas para salvar vidas e conter a queda
da economia mundial com cerca de USD 12 trilhões em ações na área
fiscal e cerca de USD 7,5 trilhões em medidas de política Monetária.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento
da economia mundial recuou em -4,4% em 2020, sendo que, no ano de
2019 foi de 3%, devido ao surgimento da pandemia da Covid-19, uma
desaceleração de 7,4 pontos percentuais (p.p). Esta recessão deveu-se
as paralisações económicas devido a Pandemia. Contudo, o consumo e
o investimento fortaleceram-se gradualmente em 2020 e o FMI estimou
uma recuperação da economia mundial após a recessão 2020, prevendo
um crescimento na ordem de 5,4% para 2021.
O Crescimento dos países desenvolvidos situou-se em -8,0% em 2020
e deverá variar para 4,8% em 2021. Segundo o Banco Mundial esta
recuperação será devido a implementação inicial da vacina contra
COVID-19 que se prevê ser generalizada durante o ano, e a recuperação,
no entanto, será provavelmente moderada.
Para as Economias Emergentes o FMI situou o crescimento económico
em -3,0% no ano de 2020 e uma previsão de um crescimento de 5,9%
para 2021.
Crescimento do PIB nas economias
desenvolvidas e nas economias
emergentes
Segundo o BEA o PIB dos EUA foi de -3,5% no ano de 2020, o que
superou a queda prevista pelo FMI de -4,3%, ainda assim abaixo
crescimento do PIB de 2019 que foi de 2,4%. Esta queda do PIB em 2020
nos EUA deveu-se a recuos em gastos dos consumidores, exportações,
investimentos privados, e gastos de governos locais. A queda nos gastos
dos consumidores veio principalmente dos serviços, em especial os de
alimentação e acomodação, serviços de saúde e de recreação.
O PIB do Reino Unido registou uma contração de -10,2% em 2020,
comparando com o crescimento do PIB de 2019 que foi de 1,3%. De
acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), foi a maior
retração anual do Produto Interno Bruto (PIB) já registada desde o início
das estatísticas sobre a economia Britânica. A queda do PIB de 2020 foi
mais que o dobro da contração de 2009, provocada pela crise financeira,
e a maior desde o início dos registros oficiais modernos após a Segunda
Guerra Mundial.
A zona Euro segundo o FMI, o PIB teve um decréscimo de -10,2% em
2020, em comparação com o crescimento do PIB de 2019 de 1,2%. A
maior economia da Zona Euro, a Alemanha, caiu 7,8% em 2020. Por
outro lado, países como França, Itália e Espanha tiveram quedas acima
da média Europeia.
1
Kristalina Georgieva- Directora Geral do FMI- Relatorio Annual 2020;
2
World Economic Outlook (WEO)-2020;
3
Banco Mundial- Global Economic Prospect 2021;
4
Escritório oficial de estatísticas EUA (BEA);
17
5
African Economic Outlook;
Economic context of the developed
and emerging economies
In the year 2020 the world faced an economic crisis never seen before,
the world governments took measures to save lives and contain the fall of
the world economy with about USD 12 trillion in actions in the fiscal area
and about USD 7.5 trillion in monetary policy measures.
According to the International Monetary Fund (IMF), the growth of the
world economy receded by -4.4% in 2020, and in the year 2019 was
3%, due to the emergence of the Covid-19 pandemic, a deceleration
of 7.4 percentage points (p.p). This recession was due to the economic
standstills due to the Pandemic. However, consumption and investment
gradually strengthened in 2020, and the IMF estimated a recovery of the
world economy after the 2020 recession, forecasting growth of around
5.4% for 2021.
Growth in developed countries stood at -8.0% in 2020 and is expected
to vary to 4.8% in 2021. According to the World Bank this recovery will
be due to the initial implementation of the COVID-19 vaccine which is
expected to be widespread during the year, and the recovery, however,
will likely be moderate.
For the Emerging Economies, the IMF placed economic growth at -3.0%
for 2020 and a forecast of 5.9% for 2021.
GDP growth in developed
economies and emerging
economies
According to the US Bureau of Economic Analysis (BEA) GDP was -3.5% in
the year 2020, which exceeded the IMF’s forecast decrease of -4.3%, still
below 2019 GDP growth which was 2.4%. This fall in 2020 GDP in the US
was due to setbacks in consumer spending, exports, private investment,
and local government spending. The fall in consumer spending came
mainly from services, particularly food and accommodation, health and
recreation services.
The UK’s GDP recorded a contraction of -10.2% in 2020, compared to
2019 GDP growth which was 1.3%. According to the Office for National
Statistics (ONS), it was the largest annual contraction in Gross Domestic
Product (GDP) ever recorded since statistics on the British economy
began. The fall in 2020 GDP was more than double the 2009 contraction
caused by the financial crisis, and the largest since modern official records
began after the Second World War.
The Eurozone according to the IMF, GDP declined by -10.2% in 2020,
compared to 2019 GDP growth of 1.2%. The Eurozone’s largest economy,
Germany, fell by 7.8% in 2020. On the other hand, countries like France,
Italy and Spain had declines above the European average.

No que refere ao PIB das economias emergentes e Desenvolvidas
também teve um decréscimo de -3,0% em 2020, uma queda quase a
100% comparando com o PIB de 2019 que cresceu 3,7%. Segundo o
FMI, a China no ano de 2020 encerrou com o PIB a crescer 2,3%, sendo
que a China foi o único país entre as maiores economias do mundo que
conseguiu evitar uma retração em ano de pandemia global. Porém, em
comparação ao ano de 2019 teve uma queda de cerca de 3,8 pp, onde
o crescimento do PIB foi de 6,1% . Enquanto muitas nações lutam para
conter o avanço do coronavírus, espera-se que a China continue à frente
de seus pares em 2021, com o PIB crescendo numa previsão de 8,2%.
Evolução do Crescimento Economico
em Africa
A pandemia da COVID-19 e o seu impacto socioeconómico, reverteram
profundamente as projeções de crescimento económico anteriormente
previstas para África, o que exigiu a revisão das mesmas para 2020 e
2021. As incertezas quanto a propagação do Coronavírus e as medidas
adoptadas pelos governos africanos para conter a pandemia limitam as
projeções de crescimento.
Conforme o previsto, crescimento em África desacelerou em -3,2 % no
ano de 2020, e no ano de 2019 foi de 3,4%. Esta contração deveu-se a
perturbações na actividade económica provocadas pela pandemia da
Covid-19, e os bloqueios associados. Devido a este facto, o rendimento
per capita diminuiu cerca de 6,1% em 2020, fazendo retroceder em
pelo menos uma década os padrões de vida médios num quarto das
economias da Africa subsariana. Os países mais afetados foram os com
grandes surtos domésticos, os fortemente dependentes das viagens
e do turismo, e os exportadores de matérias-primas, em especial os
exportadores de petróleo.
Na Nigéria e na Africa do Sul, a produção caiu muito em cerca de 4,1%
em 2020, uma vez que os efeitos da pandemia afetaram a actividade
económica em todos os sectores. Na Africa do Sul, onde a actividade
económica já era fraca antes da Covid-19, (em comparação aos outros
países da Africa subsariana), estima-se que a produção sofreu uma
redução de 7,8% nesse ano. O país sofreu o surto mais grave da pandemia
na região e enfrentou lockdowns rigorosos que paralisaram a economia,
e o crescimento do PIB em 2019 foi de 4,9% . Os países exportadores de
petróleo da região enfrentaram preços nitidamente mais baixos (Angola,
Guine Equatorial, República do Congo, Sudão do Sul), enquanto os países
com grandes sectores de viagens e turismo suportaram uma ausência
quase completa da actividade de turismo como foi o caso de Cabo-
verde, Etiópia, Maurícias e Seychelles. As contrações nos exportadores
de matéria-prima, foram menos acentuadas, como foi o caso de Benim,
Costa do Marfim, Malawi e Uganda, afirma o Global Prospect-2021.
IN
years
With regard to the GDP of emerging and developed economies, it also
had a decrease of -3.0% in 2020, a drop of almost 100% compared to
the GDP of 2019, which grew by 3.7%. According to the IMF, China in the
year 2020 closed with GDP growing by 2.3%, China was the only country
among the world’s largest economies that managed to avoid a downturn
in a year of global pandemic. However, compared to the year 2019 had a
drop of about 3.8 pp, where GDP growth was 6.1% . While many nations
struggle to contain the advance of the coronavirus, China is expected to
remain ahead of its peers in 2021, with GDP growing at a forecast 8.2%.
Evolution of Economic Growth in
Africa
The pandemic of COVID-19 and its socioeconomic impact have
profoundly reversed the economic growth projections previously
forecast for Africa, requiring the revision of these projections for 2020
and 2021. Uncertainties regarding the spread of the Coronavirus and the
measures taken by African governments to contain the pandemic limit
growth projections .
As expected, growth in Africa decelerated by -3.2 % in the year 2020, and
in the year 2019 was 3.4%. This contraction was due to disruptions in
economic activity caused by the Covid-19 pandemic, and the associated
blockades. As a result, per capita income fell by about 6.1% in 2020,
pushing back average living standards by at least a decade in a quarter of
sub-Saharan Africa’s economies. The countries most affected were those
with large domestic surpluses, those heavily dependent on travel and
tourism, and commodity exporters, particularly oil exporters.
In Nigeria and South Africa, production fell sharply by about 4.1% in
2020, as the effects of the pandemic affected economic activity in all
sectors. In South Africa, where economic activity was already weak before
Covid-19, (compared to other sub-Saharan African countries), output is
estimated to have declined by 7.8% in that year. The country suffered the
most severe outbreak of the pandemic in the region and faced severe
lockdowns that crippled the economy, and GDP growth in 2019 was 4.9%.
Oil-exporting countries in the region faced sharply lower prices (Angola,
Equatorial Guinea, Republic of Congo, South Sudan), while countries with
large travel and tourism sectors endured an almost complete absence of
tourism activity as was the case of Cape Verde, Ethiopia, Mauritius and
Seychelles. Contractions in commodity exporters, were less pronounced,
as was the case in Benin, Ivory Coast, Malawi and Uganda, says Global
Prospect-2021.
18
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
Análise Macroeconómica | Macro-economic Analysis
De acordo com o FMI a perspetiva de recuperação do crescimento
económico é de 3,4% para 2021, para África Subsaariana, o que está
abaixo do previsto para a economia mundial, devido aos pacotes
de políticas implementados pelos países da África Subsaariana para
facilitar a recuperação das economias, que são consideravelmente
menos robustos dos que vêm sendo implementados pelas economias
avançadas e emergentes. A análise a grupo de países, mostra que os
países de rendimento médio e os países exportadores de petróleo são
os que vão se recuperar rapidamente da recessão, esperando-se 3,5% e
2,7% em 2021, o que representa incrementos de 8,7 p.p. e 7,6 p.p. em
relação a situação referida acima de 2020, respetivamente. No grupo
das Regiões Económicas da África Subsaariana, as estimativas indicam
que a Zona franco e a Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental são as que vão obter maior crescimento em 2021, em torno de
4,7% e 3,8%, sendo que em 2020 tiveram um decréscimo de -0,4%. Esta
recuperação mais rápida pós recessão será nas regiões económicas da
União Aduaneira da África Austral com um crescimento previsto de 3,7%
e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) com 3,6%
para 2021 comparando com a recessão de 2020 de cerca de -5,3%, que
corresponde a um incremento de 11,6 p.p. e 8,9 p.p.
Inflação nas Economias
Desenvolvidas e Emergentes
Conforme o gabinete estatístico Europeu, a taxa de inflação anual em
Janeiro de 2021 foi de 0,9% comparando-se com 0,3% registada em
Dezembro de 2020, contra 0,2% no mês de Novembro comparada a de
1.6% de Novembro de 2019.
Em Março de 2020 a subida dos preços no consumidor (medida pelo
Índice Harmonizado de preços no consumidor) atingiu 1,3% no espaço
da moeda única quando comparado com 0,9% em Fevereiro. Os produtos
energéticos tiveram maior influência na subida dos preços no campo da
moeda única. De acordo com os principais componentes da inflação é
esperado que a energia tenha tido a taxa anual com maior incidência em
Março em 4,3% comparado a -1,7% em Fevereiro.
Os alimentos, o álcool, e o tabaco deverão ter tido a maior taxa em
Janeiro (1,5%, contra 1,3% em Dezembro) seguida dos serviços (1,4%
contra 0,7% em Dezembro), dos bens industriais excluindo a energia
(1,4% contra 0,5% em Dezembro ) e da energia (-4,1% contra -6,9% em
Dezembro) de 2020.
A inflação medida pelo crescimento harmonizado de preços no
consumidor (IHPC) deverá registrar uma subida forte, passando de 0,3%
em 2020 para 1,5% em 2021, atingindo um máximo de 2% no último
trimestre de 2021.
No que tange a zona Euro, o FMI analisa que as novas restrições
consequentes do aumento nas infeções e variantes do SARS/Ccov/2
apontam para um crescimento mais fraco. Da economia dos países
apresentados no relatório do FMI, Espanha deverá apresentar o maior
crescimento na zona do euro, em 2021, com a economia a aumentar
5,9%, acima dos 5,5% de França ou os 4,2% da Alemanha, mas o maior
crescimento, a nível mundial estará reservado para India, que poderá ver
o seu PIB aumentar 11,5%, depois de ter crescido 4,2% em 2020.
O FMI antecipa que a China venha a crescer 8,1%, este ano, enquanto que
os EUA deverão ter um crescimento económico de 5,1%.
1
Kristalina Georgieva- Directora Geral do FMI- Relatorio Annual 2020;
2
World Economic Outlook (WEO)-2020;
3
Banco Mundial- Global Economic Prospect 2021;
4
Escritório oficial de estatísticas EUA (BEA);
19
5
African Economic Outlook;
According to the IMF, the outlook for economic growth recovery is
3.4% for 2021 for sub-Saharan Africa, which is below the forecast for
the world economy, due to the policy packages implemented by sub-
Saharan African countries to facilitate economic recovery, which are
considerably less robust than those being implemented by advanced
and emerging economies. The analysis by group of countries shows
that middle-income countries and oil-exporting countries are the ones
that will recover quickly from the recession, with an expected 3.5% and
2.7% in 2021, representing increases of 8.7 p.p. and 7.6 p.p. compared to
the above situation in 2020, respectively. Within the group of Economic
Regions of Sub-Saharan Africa, estimates indicate that the Franc Zone
and the Economic Community of West African States will achieve the
highest growth in 2021, around 4.7% and 3.8%, whereas in 2020 they
had a decrease of -0.4%. This faster post-recession recovery will be in
the economic regions of the Southern African Customs Union with
an expected growth of 3.7% and the Southern African Development
Community (SADC) with 3.6% for 2021 compared to the 2020 recession
of about -5.3%, which corresponds to an increase of 11.6 p.p. and 8.9 p.p.
Inflation in Developed and
Emerging Economies
According to the European statistics office, the annual inflation rate in
January 2021 was 0.9% compared to 0.3% recorded in December 2020,
compared to 0.2% in November compared to 1.6% in November 2019.
In March 2020 the rise in consumer prices (measured by the Harmonised
Index of Consumer Prices) reached 1.3% in the single currency area
when compared to 0.9% in February. Energy products had the greatest
influence on the rise in prices in the single currency field. According to the
main components of inflation it is expected that energy had the highest
annual rate of incidence in March at 4.3% compared to -1.7% in February.
Food, alcohol, and tobacco are expected to have had the highest rate in
January (1.5%, up from 1.3% in December) followed by services (1.4%
up from 0.7% in December), industrial goods excluding energy (1.4%
up from 0.5% in December ) and energy (-4.1% down from -6.9% in
December) 2020.
Inflation measured by the harmonised growth in consumer prices (HICP)
should register a strong increase, rising from 0.3% in 2020 to 1.5% in
2021, peaking at 2% in the last quarter of 2021.
With regard to the Euro Zone, the IMF analyses that the new restrictions
resulting from the increase in infections and variants of SARS/Ccov/2
point to weaker growth. Of the economies of the countries featured in
the IMF report, Spain is expected to show the highest growth in the euro
zone in 2021, with its economy increasing by 5.9%, above France’s 5.5%
or Germany’s 4.2%, but the highest growth worldwide will be reserved for
India, which may see its GDP increase by 11.5%, after having grown 4.2%
in 2020. The IMF anticipates that China will grow 8.1% this year, while the
US is expected to see economic growth of 5.1%.

Preço das commodities nas
economias desenvolvidas e emergentes
O choque na economia mundial em decorrência da pandemia da
COVID-19 provocou uma queda dos preços da maioria das commodities
o que influenciaria substancialmente na redução de preços no decorrer
de 2020, afirma o Banco Mundial na edição de Abril de seu relatório
Commodity Markets Outlook, sobre o panorama dos mercados de
commodities.
As commodities associadas aos transportes, como o petróleo, vêm
sofrendo as quedas mais acentuadas. Apesar do impacto apenas
moderado sobre as perspectivas para a maioria das commodities
agrícolas, as interrupções nas cadeias produtivas e as medidas dos
governos para restringir as exportações ou estocar produtos motivam
a preocupação de que a segurança alimentar possa estar em risco em
alguns lugares.
Os preços médios mensais do petróleo bruto despencaram 50% entre
Janeiro e Março e atingiram um mínimo histórico em Abril. A previsão foi
de um preço médio de USD 35 por barril em 2020, em uma forte correção
para baixo frente ao prognóstico de Outubro e uma queda de 43% em
relação à média de USD 61 por barril de 2019. Essa correção reflete
uma queda historicamente grande da demanda. O recuo dos preços do
petróleo bruto tem sido agravado pela incerteza em torno dos acordos
de produção entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) e outros produtores de petróleo. Os preços da energia de modo
geral (que também abrangem o gás natural e o carvão) deveriam ser,
em média, 40% mais baixos em 2020, mas a expectativa é de uma forte
recuperação em 2021.
Os preços dos metais também caíram no início deste ano. As maiores
quedas foram do cobre e do zinco e estão especialmente associadas à
actividade económica mundial. Os preços dos metais deveriam cair 13%
em 2020 no geral, pois a desaceleração da demanda e a paralisação dos
principais sectores exerceu grande pressão sobre o mercado. Os metais
industriais seriam os mais afetados pela desaceleração da economia
mundial, em especial da China, que responde por mais da metade da
demanda mundial por metais.
Os preços agrícolas estão menos ligados ao crescimento econômico e
sofreram apenas pequenas perdas no primeiro trimestre de 2020, com a
excepção da borracha, usada no sector de transportes. A previsão é que
os preços permaneçam de modo geral estáveis em 2020, pois os níveis de
produção e os estoques da maioria dos alimentos básicos estão em níveis
recordes. Contudo, a produção de commodities agrícolas poderia sofrer
interrupções no comércio e distribuição de insumos, como fertilizantes
e pesticidas, e na disponibilidade de mão de obra. As perturbações nas
cadeias produtivas já começaram a afetar as exportações por países em
desenvolvimento e de mercados emergentes de produtos perecíveis,
como flores, frutas, verduras e legumes.
O impacto económico é ainda mais grave para as economias de mercados
emergentes por causa dos choques múltiplos que as atingiram. O declínio
da demanda externa amplia os efeitos das medidas de contenção interna.
Os países dependentes do turismo e os exportadores de petróleo foram
particularmente atingidos devido ao declínio das viagens e ao colapso dos
preços das commodities. Com a expectativa de que o comércio mundial
e os preços dos petróleo recuem mais de 10% e 40%, respectivamente,
as economias de mercados emergentes provavelmente terão uma dura
batalha pela frente, mesmo tendo em conta a estabilização das saídas de
capital e a redução dos spreads soberanos em comparação às condições
de mercado altamente voláteis observadas em Março.
IN
years
Commodity prices in developed and
emerging economies
The shock to the world economy due to the pandemic of COVID-19 has
led to a fall in the prices of most commodities which would substantially
influence price reductions over the course of 2020, says the World Bank in
the April edition of its Commodity Markets Outlook report.
Commodities associated with transport, such as oil, have suffered the
sharpest declines. Despite only a moderate impact on the outlook
for most agricultural commodities, disruptions in supply chains and
government measures to restrict exports or stockpile products have
raised concerns that food security may be at risk in some places.
Average monthly crude oil prices plummeted by 50% between January
and March and reached an all-time low in April. The forecast was for an
average price of USD 35 per barrel in 2020, in a sharp downward correction
from the October forecast and a 43% drop from the 2019 average of USD
61 per barrel. This correction reflects a historically large drop in demand.
The pullback in crude oil prices has been compounded by uncertainty
surrounding production agreements between the Organization of the
Petroleum Exporting Countries (OPEC) and other oil producers. Energy
prices generally (which also encompass natural gas and coal) should
be on average 40% lower in 2020, but the expectation is for a strong
rebound in 2021.
Metal prices also fell at the beginning of this year. The biggest falls were
for copper and zinc and are especially linked to global economic activity.
Metal prices were expected to fall by 13% in 2020 overall as the slowdown
in demand and the downturn in major sectors put great pressure on the
market. Industrial metals would be the most affected by the slowdown in
the world economy, especially China, which accounts for more than half
of the world’s demand for metals.
Agricultural prices are less linked to economic growth and suffered only
small losses in the first quarter of 2020, with the exception of rubber,
used in the transport sector. Prices are forecast to remain broadly stable
in 2020 as production levels and stocks of most staple foods are at record
levels. However, the production of agricultural commodities could suffer
disruptions in the trade and distribution of inputs, such as fertilisers and
pesticides, and the availability of labour. Disruptions in supply chains
have already begun to affect exports by developing countries and
emerging markets of perishable products such as flowers, fruits, greens
and vegetables.
The economic impact is even more severe for emerging market
economies because of the multiple shocks that have hit them. The decline
in external demand magnifies the effects of domestic containment
measures. Tourism-dependent countries and oil exporters have been
particularly hard hit due to declining travel and collapsing commodity
prices. With world trade and oil prices expected to retreat by more than
10% and 40% respectively, emerging market economies are likely to have
a tough battle ahead, even taking into account the stabilisation of capital
outflows and the narrowing of sovereign spreads compared to the highly
volatile market conditions seen in March.
20
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

Análise Macroeconómica | Macro-economic Analysis

O contexto económico Economic context

em Moçambique
Inquestionavelmente 2020 foi um ano atípico para a maior parte das
economias a nivel global, sem dúvida, tendo a pandemia da COVID-19
como factor de forte influência. Neste contexto, Moçambique, a nível da
conjuntura macroeconómica assistiu a uma desaceleração da actividade
económica e social, por um lado, influenciado pelos efeitos da pandemia
como referenciado acima, e por outro, pela instabilidade militar nas zonas
Centro e Norte, redução dos Fluxos do Investimento Directo Estrangeiro
e redução do volume de importações e exportações.
in Mozambique
Unquestionably, 2020 was an atypical year for most of the economies
at global level, undoubtedly with the COVID-19 pandemic as a strong
influencing factor. In this context, Mozambique, in terms of the
macroeconomic environment, saw a slowdown in economic and social
activity, on the one hand, influenced by the effects of the pandemic as
mentioned above, and on the other, by military instability in the central
and northern areas, reduction of Foreign Direct Investment Flows and
reduction of the volume of imports and exports.

Conforme o Instituto Nacional de Estatística (INE), no 1° e 2° trimestre
a economia registou crescimentos em torno de 1,7% e -3,3%,
respectivamente, o que representa um decréscimo de 2,0 e 5,6 p.p.
comparativamente a igual período do ano transacto. Na conjugação dos
2 trimestres, pressupõe uma média ponderada negativa do crescimento
real da economia de 0,8%, no 1° Semestre de 2020.
O crescimento real negativo, reflecte os efeitos negativos da COVID-19
na actividade económica durante o segundo trimestre, sendo os sectores
que foram mais afectados os de serviços de hotelaria e restauração
(-35,8%), indústria extractiva (-25,6%), comércio (-5,7%), indústria
transformadora (-5,3%), transportes e comunicações (-4,7%).
Este desempenho conjugado a fraca procura a nível global devido a
continuidade da propagação da COVID-19 e a instabilidade verificada
nas regiões Centro e Norte do País, levaram a uma revisão em baixa das
perpectivas do crescimento económico inicialmente previstas para 2020.
Com efeito, a previsão para o ano de 2020, passa dos 2,2% previstos na
Lei Orçamental, para 0,8%, o que significa um decréscimo de 1,4 p.p. face
a projecção inicial. Dados do INE, indicam que as previsões actuais do PIB,
apontam para uma retoma gradual do crescimento do Produto Interno
Bruto real em 2,1%, em 2021. Porém ainda se vive num ambiente de
muita incerteza devido a propagação da COVID-19. 1
According to the National Statistics Institute (INE), the economy grew by
1.7% and -3.3% in the first and second quarters respectively, down 2.0
and 5.6 percentage points over the same period last year. The combined
effect of the two quarters together implies a negative weighted average
real economic growth of 0.8% in the first half year of 2020.
The negative real growth reflects the negative effects of COVID-19 on
economic activity during the second quarter, with hotel and restaurant
services (-35.8%), mining and quarrying (-25.6%), trade (-5.7%),
manufacturing (-5.3%) and transport and communications (-4.7%) being
the most affected sectors.
This performance, combined with weak global demand due to the
continued spread of COVID-19 and the instability in the central and
northern regions of the country, led to a downward revision of the
economic growth prospects initially forecast for 2020.
Accordingly, the forecast for 2020 falls from the 2.2% foreseen in the
Budgetary Law to 0.8%, which means a decrease of 1.4 p.p. relative to the
initial projection. Data from INE (Statistics Portugal) indicate that current
GDP forecasts indicate a gradual recovery of real Gross Domestic Product
growth to 2.1% in 2021. However, the environment is still very uncertain
due to the spread of COVID-19 . 1

Inflação Inflation
Diferentemente de 2019, a inflação em 2020 manteve-se em redor dos Unlike 2019, inflation in 2020 remained around 2.8% (1% less than the
2,8% (menos 1% do valor registado em 2019). Este comportamento dos value recorded in 2019). This behaviour of prices results mainly, from
preços resulta principalmente, da redução da procura nas cidades de the reduction of demand in the cities of Maputo, Beira and Nampula
Maputo, Beira e Nampula (cidades consideradas chaves para o cálculo (cities considered key for the calculation of inflation by INE) in which it
da inflação pelo INE) na qual se constata que, a cidade de Maputo regista
is noted that, the city of Maputo registers a loss of income of 28% in the
uma perda de rendimento de 28% na zona urbana e 46% na periurbana,
quanto as despesas das famílias rigistou-se, 28% nas zonas periurbanas urban area and 46% in the peri-urban area, as for household expenses
e 59% na urbana, também um aumento do desemprego de cerca de rigistered, 28% in peri-urban areas and 59% in urban, also an increase
28% nas zonas suburbanas e 5% na periurbana. Os outros factores in unemployment of about 28% in suburban areas and 5% in peri-
que poderiam provocar inflação não indicam um possível efeito de urban. Other factors that could cause inflation do not indicate a possible
agravamento, na medida em que os gastos públicos pouco aumentaram, worsening effect, as public spending increased little, interest rates were
as taxas de juro reduziram em cerca de 1,3% e o crédito à economia reduced by 1.3% and credit to the economy increased by 2,3%.
aumentou em cerca de 2,3%. Crescimento da Produção e Inflação / Production and Inflation Growth

30.00 25.27
25.00
20.00
15.00 5.65 3.00
%

10.55
10.00 3.91
3.80 3.20
5.00
6.30 2.20 -1.30
3.70 3.30
0.00
-5.00
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Taxa de Crescimento do PIB (real) / GDP growth rate (real) Taxa de inflação / Inflation rate

21
 IN
years

Taxa de Câmbio Exchange Rate

No ano de 2020, assiste-se a uma importante depreciação do Metical
devido aos seguintes factores: (1) redução das entradas de capital
de investimento e da cooperação; e, (2) redução de exportações dos
principais bens (alumínio e carvão, tanto por diminuição das quantidades
como dos preços internacionais), assim como do algodão e do tabaco.
Pode-se ainda considerar as variações entre as moedas de referência
do Metical (principalmente o rand e o dólar americano), que tiveram
perdas face a outras moedas, sobretudo em relação ao Euro. As reservas
externas são superiores às de 2019 e suficientes para a importação de
bens (excepto bens de capital) para cerca de 6 a 7 meses, o que pode ser
considerado de cauteloso face a eventuais cenários negativos no curto
prazo.
TAXAS DE CÂMBIO (MÉDIAS ANUAIS)/ EXCHANGE RATES (ANNUAL
AVERAGES)
The year 2020 shows a significant depreciation of the Metical due to
the following factors: (1) reduction in investment capital inflows and
cooperation; and, (2) reduction in exports of the main goods (aluminium
and coal, both due to a decrease in quantities and international prices),
as well as cotton and tobacco. One can also consider the variations
between the Metical’s reference currencies (mainly the rand and the
US dollar), which had losses against other currencies, especially against
the Euro. Foreign reserves are higher than in 2019 and sufficient for the
import of goods (except capital goods) for about 6 to 7 months, which
can be considered cautious in the face of possible negative scenarios in
the short term .

70.42
63.6
62.6

62.5
61.4
38.3
33.0

30.7
30.0
28.2
27.1
26.7
25.5
25.5
25.1
23.8
23.7

23.0
22.3
21.0

4.8
4.7

4.7
4.3

4.3

4.3
3.7

3.6
3.6
3.5

3.4
3.4
3.3
3.2

3.0
3.0

2.8

2.8
2.5

2.4

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

MTn/USD MTn/ZAR

Balança Comercial Trade Balance

A balança comercial apresenta a sua situação tradicional: saldo negativo
com períodos de menores ou maiores défices. No caso do período em
análise, constata-se: (1) redução das importações em cerca de 3% e
das exportações em aproximadamente 28%. (2) em termos absolutos,
verificou-se uma maior redução das exportações, reflectindo-se num
aumento do défice.
The trade balance presents its traditional situation: negative balance
with periods of smaller or larger deficits. In the case of the period under
review, there is: (1) reduction in imports by about 3% and in exports by
approximately 28%. (2) in absolute terms, there was a greater reduction
in exports, reflected in an increase in the deficit.

Em 2020, as principais importações por sector, em percentagem do total
de importações, foram: bens intermédios, 35,5%, bens de consumo em
26% e bens de capital em 18,4%. Por produto, os que mais pesaram na
balança comercial foram: maquinaria 17%, 12% em combustíveis, 9%
de materiais de construção (excepto cimento), 5% de alumina (matéria-
prima) e arroz, e 4% em energia.
As principais exportações foram: indústria extractiva (37%), indústria
transformadora (32%), energia eléctrica (13,8%) e produtos agrícolas
(7%). As principais importações por sector, em percentagem do total de
importações foram: alumínio (30%), carvão mineral (21%), gás natural
(8%) e areias pesadas (7%). De entre os produtos agrícolas, os mais
exportados em proporção do total das exportações são: tabaco (2%),
legumes (onde se incluem os feijões), hortícolas e o algodão com cerca
de entre 0,7% e 0,5%, respectivamente.
In 2020, the main imports by sector, as a percentage of total imports,
were: intermediate goods, 35.5%, consumer goods at 26% and capital
goods at 18.4%. By product, those that weighed most heavily on the
trade balance were: machinery 17%, fuel 12%, construction materials
(except cement) 9%, alumina (raw material) 5% and rice, and energy 4%.
The main exports were: mining (37%), manufacturing (32%), electricity
(13.8%) and agricultural products (7%). The main imports by sector, as a
percentage of total imports were: aluminium (30%), mineral coal (21%),
natural gas (8%) and heavy sands (7%). The most exported agricultural
products as a proportion of total exports are: tobacco (2%), vegetables
(including beans), horticultural products and cotton with 0.7% to 0.5%,
respectively .

1
INE- Síntese da Conjuntura Económica, I, II,III e IV Trimestre-2020;
2
INE- Summary of the Economic Outlook, I, II,III and IV Quarter-2020;
3
OMR-98-Análise-da-conjuntura-económica-de-Moçambique;
4
OMR-98-Analysis of the Economic Environment of Mozambique;
22
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

Análise Macroeconómica | Macro-economic Analysis

Mercado monetário e cambial Interbank money and

interbancário foreign exchange market
O Boletim do Banco de Moçambique (BM) reporta a evolução The Bulletin of the Central Bank of Mozambique (BM) reports on the
dos Mercados Monetário Interbancário (MMI) e Mercado Cambial evolution of the Interbank Monetary Market (MMI) and Interbank Foreign
Interbancário (MCI) no decurso do ano de 2020. Exchange Market (MCI) during the year 2020.

No ano em alusão, não obstante a manutenção da taxa de juros de In the year under reference, despite the maintenance of the policy
política (MIMO), as taxas dos diversos instrumentos do mercado interest rate (MIMO), the rates of the various money market instruments
monetário continuaram a evoluir no sentido de queda. continued to move downwards.

Evolução das Taxas de Juros Evolution of Interest Rates

No decurso do ano 2020, o Comité de Política Monetária (CPMO) do
BM observou redução das taxas de juro médio de política monetária
(MIMO) em 11,00%, da FPC em 12.69% e da FPD em 6,63%. Ainda assim,
em termos cumulativos, em 2020, o BM reduziu as taxas directoras em
200 pb cada, tendo a MIMO atingido o nível mais baixo desde a sua
introdução em Abril de 2017.
No segmento interbancário, a taxa de juro média ponderada mensal
de permutas overnight (sem garantias) sofreu alterações (11,08%),
mantendo-se dentro do corredor de taxas definido pela FPC e FPD.
No período em análise, as taxas de juros observadas dos demais
instrumentos do MMI evoluíram no sentido de queda comparativamente
aos níveis registados no ano anterior. As taxas de juros dos bilhetes de
tesouro reduziram em, 10.21% (91 dias); 7.86% (182 dias) e 7.63% (364
dias). De igual modo, houve redução das taxas de juro nas operações
compras reversas (reverse repo) de longa maturidade, tendo sido de 89
pb para o prazo de 7 dias, 64 pb para o prazo de 21 dias, 68 pb para 28
dias e 64 pb para 63 dias.
Over the course of 2020, the Monetary Policy Committee of the Bank of
Mozambique noted reduction in the average monetary policy interest
rates (MIMO) by 11.00%, the Standing Lending Facility (FPC) by 12.69%
and the Standing Deposit Facility (FPD) by 6.63%. Still, on a cumulative
basis, in 2020, the central bank reduced key rates by 200 bp each, with
the Monetary Policy Rate reaching the lowest level since its introduction
in April 2017.
In the interbank segment, the monthly weighted average interest rate
on overnight swaps (unsecured) was unchanged (11.08%), remaining
within the rate corridor defined by the Standing Assignment Facility and
Standing Deposit Facility.
During the period under review, the interest rates observed on the other
instruments of the Interbank Money Market moved in a downward
direction compared to the levels recorded in the previous year. The
interest rates on treasury bills fell by 10.21% (91 days); 7.86% (182 days)
and 7.63% (364 days). Similarly, there was a reduction in interest rates on
long maturity reverse repo operations, which were 89 bp for 7 days, 64 bp
for 21 days, 68 bp for 28 days and 64 bp for 63 days.

Evolução da Taxa de Câmbio Evolution of the Reference Exchange

de Referência Rate
No ano de 2020, a taxa de câmbio médio de referência USD/MZN fixou-se In 2020, the USD/MZN average reference exchange rate was set at
em 70.02 USD/MZN, uma depreciação de 13.87 % (8.65 MZN) em relação 70.02 USD/MZN, a depreciation of 13.87 % (8.65 MZN) compared to
à taxa observada em 2019 (62,55 USD/MZN). the rate observed in 2019 (62.55 USD/MZN).
Em termos acumulados, a moeda nacional registou uma depreciação de In cumulative terms, the national currency recorded a depreciation
20.35% (13,43 MZN) face ao ano de 2019 (62,36 USD/MZN). of 20.35 % (13.43 MZN) compared to 2019 (62.36 USD/MZN).
TAXAS DE CÂMBIO (MÉDIAS ANUAIS)/ EXCHANGE RATES (ANNUAL
AVERAGES)
70.42
63.6
62.6

62.5
61.4
38.3
33.0

30.7
30.0
28.2
27.1
26.7
25.5
25.5
25.1
23.8
23.7

23.0
22.3
21.0

4.8
4.7

4.7
4.3

4.3

4.3
3.7

3.6
3.6
3.5

3.4
3.4
3.3
3.2

3.0
3.0

2.8

2.8
2.5

2.4

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

MTn/USD MTn/ZAR

1
INE- Síntese da Conjuntura Económica, I, II,III e IV Trimestre-2020;
2
INE- Summary of the Economic Outlook, I, II,III and IV Quarter-2020;
3
OMR-98-Análise-da-conjuntura-económica-de-Moçambique;
4
OMR-98-Analysis of the Economic Environment of Mozambique;

23
 IN
years

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33
26
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
05.
5.1 Inclusão financeira
Análise Agregada do
Sector Bancário
Aggregate Analysis of the Banking Sector
O número de agências aumentou em 17, de 702 em 2019 para 719 em 2020.
No ano anterior, o número de agências tinha aumentado em 16, de 686 em
2018 para 702 em 2019. A taxa de crescimento de agências tem vindo a
diminuir nos últimos anos, uma vez que os intervenientes do sector bancário
parecem estar a favorecer a melhoria e o desenvolvimento de canais digitais,
em oposição a alcançar as massas através de agências tradicionais. No ano
corrente, a pandemia da Covid-19 acelerou os canais digitais em detrimento
das estruturas físicas tradicionais. Alguns bancos encerraram agências em
Cabo Delgado na sequência do aumento da insurgência militar, enquanto
outros reduziram algumas agências como resultado da análise custo-
benefício. O mantra “trabalho a partir de casa” introduzido devido a Covid-19,
obrigou os bancos a repensar a sua estratégia quando se trata de investir em
balcões físicos.
Por favor, consulte abaixo a representação gráfica do número de agências
durante os últimos três anos:
Number of branches
Figura 1: Evolução do número de agências nos últimos três anos
FIgure 1: Evolution of the number of branches over the last three years
730
719
720
710
702
700
690 686
680
670
660
2018 2019 2020
Fonte | Source:
Análise da KPMG sobre a informação dos questionários recebidos | KPMG Analysis
A nossa análise revelou que um número significativo de agências está
concentrado na Cidade de Maputo e na Província de Maputo. Notámos
também que, em geral, a maioria das agências está concentrada nas
principais cidades e vilas. Há ainda muito a ser feito para garantir que as
agências também alcancem as áreas remotas do país, que também enfrentam
os maiores desafios tecnológicos e estariam mais inclinadas a depender de
infra-estruturas físicas. Nos últimos anos, o Banco Central decretou legislação
para permitir a expansão dos serviços bancários para áreas anteriormente
não bancarizadas, num esforço para assegurar a inclusão financeira. Em
alguns casos, o Banco Central permitiu que certos serviços fossem isentos de
comissões, numa tentativa de assegurar que a massa crítica não fosse excluída
dos serviços bancários.
Com o advento da Covid-19, as pessoas parecem favorecer a actividade
bancária no conforto das suas casas. Como resultado, temos notado um
aumento do investimento na banca pela Internet e em aplicações móveis,
uma vez que os bancos comerciais procuram chegar às massas através da
tecnologia e não dos balcões físicos. De facto, o ano 2020 viu as ofertas digitais
dos bancos acelerarem. O sector bancário relatou um aumento de mais de
50% nas transacções que estão a ser executadas através de canais digitais. Ao
longo dos últimos anos, temos visto indivíduos poderem depositar fundos
directamente nos bancos a partir das suas carteiras móveis de dinheiro. O
número de bancos que são capazes de oferecer tais facilidades aumentou
no último ano. Temos visto empresas de dinheiro móvel em parceria com
bancos comerciais serem capazes de oferecer pequenos empréstimos
aos seus assinantes. As empresas de telecomunicações do país parecem
partilhar o fardo da inclusão financeira oferecendo alguns serviços que eram
tradicionalmente oferecidos pelos bancos comerciais. Está a tornar-se cada
vez mais claro que a agenda da inclusão financeira não pode ser completa
sem o envolvimento das empresas de telecomunicações. Como resultado
do importante papel desempenhado pelas empresas de telefonia móvel na
inclusão financeira, tem havido muitas parcerias entre estas empresas e os
bancos comerciais para facilitar as transacções aos clientes.
25
5.1 Financial inclusion
The number of branches increased by 17 from 702 in 2019 to 719 in 2020.
In the prior year the number of branches had increased by 16 from 686 in
2018 to 702 in 2019. The growth rate of branches has been reducing in the
past few years as the Banking sector players appear to be favouring improving
and developing digital channels as opposed to reaching the masses through
brick and mortar branches. In the current year, the Covid-19 pandemic has
accelerated the digital channels at the expense of physical brick and mortar
structures. Some Banks have closed branches in Cabo Delgado following the
increase in military insurgency, while others have reduced some branches as
a result of cost benefit analysis. The “work from home” mantra brought about
by Covid-19, has forced banks to rethink their strategy when it comes to
investing in physical branches.
Please see graphical representation of the number of branches over the past
three years below:
Figura 2: Evolução do número de ATMs nos últimos três anos
Number
Figure 2: Evolution of ATMs
of the number of ATMs over the last three years
1800 1790
1786
1790
1780
1770
1760
1750 1742
1740
1730
1720
1710
2018 2019 2020
Our analysis revealed that a significant number of the branches is concentrated
in Maputo City and Maputo Province. We also noted that in general the
majority of the branches are clustered in the major towns and cities. A lot still
needs to be done to ensure that the branch footprint also reaches the remote
areas of the country, which also happen to face the biggest technology
challenges and would be more inclined to rely on physical infrastructure. In
the last couple of years, the Central Bank has enacted legislation to enable
expansion of banking services to previously unbanked areas in an effort to
ensure financial inclusion. In some cases, the Central Bank has allowed certain
services to be exempt from commissions in a bid to ensure that the critical
mass is not excluded from banking services.
With the advent of Covid-19, people seem to favour doing banking in the
comfort of their homes. As a result, we have noted increased investment in
internet banking and mobile apps as commercial banks seek to reach the
masses through technology rather than the physical branches. In fact, the
year 2020 has seen the digital offerings from banks accelerate. The banking
sector has reported more than a 50% increase in the transactions being
executed through digital channels. Over the last few years, we have seen
individuals being able to deposit funds directly into banks from their mobile
money wallets. The number of banks that are able to offer such facilities
has increased in the past year. We have seen mobile money companies in
partnership with commercial banks being able to offer small loans to their
subscribers. The telecommunications companies in the country appear to
be sharing the burden of financial inclusion by offering some services that
were traditionally offered by commercial banks. It is increasingly becoming
clear that the financial inclusion agenda cannot be complete without the
involvement of telecommunications companies. As a result of the important
role played by mobile telephone companies in financial inclusion, there have
been many partnerships between these companies and commercial banks to
facilitate transactions for customers.
 IN
years

Caixas de Pagamento Automático (ATMs) Automated Teller Machines (ATMs)

O número de ATMs decresceu em 44, de 1 786 em 31 de Dezembro de 2019
para 1742 em 31 de Dezembro de 2020. A rede de ATMs esteve disponível
durante todo o ano.
O número de ATMs diminuiu em comparação com o ano passado,
principalmente devido ao facto de os Bancos removerem ATMs em áreas
consideradas remotas e/ou inseguras. A maior parte deste decréscimo nos
ATMs é do Banco Internacional de Moçambique, S.A que reduziu o seu
número de ATMs em 16 e do Banco Comercial e de Investimentos, SA que
reduziu o seu número de ATMs em 30. Os ATMS estão também a ser retirados
em áreas onde há insurgência militar, particularmente em Cabo Delgado.
Número de Máquinas de Ponto de Venda (POS)
O número de POS’s aumentou em 418 POS’s para 35 839 POS’s em 31 de
Dezembro de 2020, de 35 421 em 31 de Dezembro de 2019. Este aumento
deve-se aos bancos que procuram alargar as suas receitas não provenientes
de juros. O rendimento proveniente dos POS’s foi limitado pelas leis do Banco
Central que reduziram as comissões cobradas durante um período de seis
meses durante o estado de emergência por causa da Covid-19.
Numberdo
Figura 3: Evolução of número
POSs de POS
Figure 3: Market share for total assets per bank
Letshego
35900 35,839
The number of ATMs has decreased by 44 from 1 786 at 31 December 2019
to 1742 at 31 December 2020. The ATM network was available for generally
the entire year.
The number of ATMs has declined when compared to last year mainly due to
Banks removing ATMs in areas that are deemed to be remote and/or insecure.
The bulk of this decrease in ATMs is by Banco Internacional de Moçambique,
SA that has reduced its number of ATMs by 16 and Banco Comercial e de
Investimentos, SA that reduced its number of ATMs by 30. The ATMS are also
being removed in areas where there is military insurgency particularly in Cabo
Delgado.
Number of Point of Sale Machines (POSs)
The number of POS machines has increased by 418 POSs to 35 839 POSs at
31 December 2020 from 35 421 at 31 December 2019. This increase is due to
banks moving in to broaden their non-interest income. The income coming
from POSs was limited by the Central Bank laws that reduced commission
charged for a period of six months during the state of emergency on account
of Covid-19.
Total assets 2020
Figura 4: Quota de Mercado por Total de Activos para cada banco
Figure 4: Market share for total assets per bank
Other
5.4%
1.4%

Bayport
35800 1.8%
Societe Generale
35700 2.0% BIM
BancABC 23.7%
2.0% Top three BCI
35600 67.9% 25.2%
FNB
2.7%
35500 Nedbank Standard
35,421 Bank
4.2%
18.9%
35400 Mozabanco
6.3%

35300 Absa
6.3%

35200
2019 2020 BCI BIM Standard Bank Absa Mozabanco Nedbank
FNB BancABC Societe Generale Bayport Letshego Other

5.2 Activos totais 5.2 Total assets

O total agregado de activos para o sector bancário aumentou em 112 mil
milhões de MT ou 17% de 645,8 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de
2019 para 758,2 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2020. No ano
anterior, o total de activos aumentou 10% para 646 mil milhões de MT. O
aumento do activo total ocorre numa altura em que a carteira de empréstimos
aumentou 10% para 274,1 mil milhões de MT e caixa e equivalentes de caixa
aumentaram de 124 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2019 para
141,2 mil milhões de MT. Também contribui para o aumento do activo total
a depreciação da moeda local em relação às principais moedas. O Metical
desvalorizou de 1 USD para 61,47 MT em 31 de Dezembro de 2019 para 1 USD
para 74,90 MT em 31 de Dezembro de 2020.
O investimento total do sector bancário em bilhetes do tesouro e obrigações
de Tesouro manteve-se estável em 144 mil milhões de MT. Isto parece ser
uma prova de que o sector bancário está a começar a transferir o excesso
de liquidez para empréstimos e adiantamentos. O nível de rendimento das
obrigações do Tesouro e dos bilhetes do Tesouro diminuiu de 11,3% em 31 de
Dezembro de 2019 para 7,2% em 31 de Dezembro de 2020.
O aumento do activo total em relação ao ano passado ocorreu numa altura em
que a economia estava a encolher. A economia contraiu-se em -0,5% durante
2020, em comparação com 2,2% em 2019. As perspectivas económicas do
país foram afectadas pelas medidas restritivas que foram instituídas para
controlar a mortífera Covid-19 e também pelos fracos preços da matéria
prima no mercado mundial.
Os três maiores bancos do país controlam 68% (2019: 69%) do total dos
activos do sector bancário. A quota de mercado detida pelos três maiores
bancos tem estado sob ameaça, como demonstrado por ligeiras reduções ao
longo dos últimos três anos. Olhando para os outros bancos, MyBucks Banking
Corporation, S.A, Societe Generale Moçambique, S.A e Banco Nacional de
Investimento, S.A registaram crescimentos de activos impressionantes de
78%, 64% e 51% respectivamente. Dentro dos três maiores bancos do país,
os activos totais do Standard bank, S.A cresceram 20% entre o ano de 2020
e 2019.
The aggregate total assets for the banking sector increased by MT 112
billion or 17% from MT 645.8 billion at 31 December 2019 to MT 758.2
billion at 31 December 2020. In the prior year, the total assets increased by
10% to MT646 billion. The increase in total assets comes at a time when the
loan book has increased by 10% to MT274.1 billion and the cash and cash
equivalents increased from MT124 billion at 31 December 2019 to MT141.2
billion. Also contributing to the increase in total assets is the depreciation
of the local currency against the major currencies. The Meticais depreciated
from 1 USD to MT61.47 at 31 December 2019 to 1 USD to MT74.9 at 31
December 2020.
The total investment of the banking sector in treasury bills and government
bonds has remained flat at MT144 billion. This appears to be evidence that
the banking sector is beginning to shift excess liquidity into loans and
advances. The level of return on government bonds and treasury bills has
decreased from 11.3% at 31 December 2019 to 7.2% at 31 December 2020.
The increase in the total assets when compared to last year came at a
time when the economy was shrinking. The economy contracted by -0.5%
during 2020, as compared to 2.2% in 2019. The economic prospects of the
country were impacted by the restrictive measures that were instituted to
control the deadly Covid-19 and also the weak commodity prices in the
world market.
The top three banks in the country control 68% (2019: 69%) of the total
banking sector assets. The market share held by the top three bank has
been under threat as shown by slight reductions over the last three
years. Looking at the other banks, MyBucks Banking Corporation SA,
Societe Generale Moçambique SA and Banco Nacional de Investimento
SA recorded impressive asset growths of 78%, 64% and 51% respectively.
Within the top three banks in the country, Standard bank, SA’s total assets
grew by 20% between the year 2020 and 2019.

26
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
O total dos empréstimos e adiantamentos em percentagem do total dos
activos diminuiu de 38,76% em 2019 para 36,16% em 2020. Os maiores
intervenientes do sector parecem estar a aumentar as suas participações
em investimentos em bilhetes de tesouro e obrigações de tesouro. Notámos
também que alguns dos maiores bancos têm uma carteira de investimentos
em bilhetes do tesouro e obrigações de tesouro que é igual e, em alguns
casos, maior do que a sua respectiva carteira de crédito. Os rendimentos em
bilhetes do tesouro e obrigações de tesouro são inferiores aos rendimentos
em empréstimos e adiantamentos, contudo o risco é muito menor. Isto pode
confirmar que, devido à contracção da economia, medida pelo crescimento
do Produto Interno Bruto, houve escassez de crédito com qualidade no
mercado. O investimento total do sector em bilhetes do tesouro e obrigações
de tesouro manteve-se constante em 144 mil milhões de MT.
5.3 Empréstimos e Adiantamentos
Os empréstimos e adiantamentos agregados para o sector bancário
aumentaram em 23,8 mil milhões de MT ou 9,5%, passando de 250 mil milhões
de MT em 31 de Dezembro de 2019 para 274 mil milhões de MT em 31 de
Dezembro de 2020. A carteira de empréstimos para o sector tinha aumentado
1,8% no período de 2018 a 2019. O aumento da carteira de empréstimos do
sector bancário para o ano 2020 ficou a dever-se aos seguintes factores:
• A ligeira redução das taxas de referência de empréstimos para
o sector de 18,9% para 15,9% durante o ano em curso pode ter
melhorado o apetite do sector empresarial por empréstimos.
• As interrupções de negócios provocadas pela Covid-19 podem ter
causado um aumento da apetência por empréstimos e as empresas
procuraram apoio da tesouraria.
• A taxa para bilhetes do tesouro e obrigações do tesouro diminuiu de
11% no ano anterior para 7,2% no ano corrente e os bancos tiveram
de deslocar a sua liquidez para empréstimos e adiantamentos. Os
empréstimos e adiantamentos têm um rendimento mais elevado em
comparação com os bilhetes do tesouro e as obrigações do tesouro.
• O aumento dos empréstimos foi financiado a partir de um aumento
dos depósitos. Durante o ano corrente, os depósitos para o sector
aumentaram 22% de 463,7 mil milhões de MT para 567,8 mil milhões
de MT. Isto é uma indicação clara de que o aumento dos depósitos
foi o que financiou o crescimento dos empréstimos e adiantamentos.
• O aumento dos empréstimos e adiantamentos é influenciado pela
depreciação do Metical em relação às principais moedas. O Metical
depreciou-se de 1USD para 61,47 MT para 1USD para 74,90 MT em
31 de Dezembro de 2020. Cerca de 25% da carteira de empréstimos
para o sector bancário são denominados em moedas estrangeiras.
O aumento da carteira de empréstimos chegou também numa altura em
que se verificou uma diminuição das taxas de politica monetária e, em última
análise, das taxas de empréstimo durante o período em análise. O Banco
Central reduziu a taxa do mercado monetário interbancário (MIMO) de 12,75%
para 10,75%. A taxa de referência de empréstimos para o sistema financeiro
em Moçambique também reduziu de 18.9% em 31 de Dezembro de 2019 para
15,9% em 31 de Dezembro de 2020. Embora as taxas de política monetária
tenham diminuído, as taxas de empréstimo continuam a manter-se dentro
dos níveis do ano passado. Isto deve-se ao facto de, devido a contracções
económicas e perturbações comerciais provocadas pela Covid-19, os
bancos continuarem a aumentar os prémios de risco acrescidos às taxas de
referência de empréstimos . O público em geral tem lamentado que sempre
que há uma diminuição das taxas de política monetária, o impacto é sentido
imediatamente nas taxas de depósitos a prazo, mas não é imediatamente
sentido nas taxas de empréstimo.
O rácio médio de empréstimos para depósitos diminuiu de 54% em 2019
para 48,2% em 2020. Isto demonstra a redução do apetite do sector bancário
para acelerar o crescimento dos seus balanços. O sector bancário continua a
lamentar a escassez de crédito de qualidade no mercado. O stock bancário
de bilhetes do tesouro e obrigações do tesouro tem permanecido constante
apesar da diminuição da taxa de 11% para 7% no ano em curso.
Ao analisar o desempenho do sector, é interessante notar que o Banco
Internacional de Moçambique, S.A, FNB Moçambique, S.A, Nedbank
Mozambique, S.A, African Banking Corporation (Moçambique), S.A e Socremo
Banco de Microfinanças, SA reduziram as suas carteiras de empréstimos
em 2,2 mil milhões de MT (4%), 87 milhões de MT (2%), 878 milhões de MT
(8%), 131 milhões de MT (2%) e MT 62 million (2%) respectivamente. Outros
intervenientes do sector registaram um crescimento modesto na carteira de
empréstimos.
A diminuição de 4% na carteira de empréstimos do Banco Internacional
de Moçambique, SA, (2019: diminuição de 11%), poderá ser uma questão
de saída do banco em sectores considerados de alto risco ou de correcto
dimensionamento da carteira de empréstimos de acordo com a sua apetência
pelo risco.
27
The total loans and advances as a percentage of total assets have decreased
from 38.76% in 2019 to 36.16% in 2020. Bigger players in the sector appear to
be increasing their holdings in investments in treasury bills and government
bonds. We have also noted that some of the bigger banks have a portfolio
of investment in treasury bills and government bonds that equals and in
some cases is bigger than their respective credit book. The yields on treasury
bills and government bonds are inferior to the yields on loans and advances,
however the risk is much lower. This may confirm that due to the contraction
of the economy as measured by the growth in the Gross Domestic Product,
there was shortage of good credit in the market. The total sector investment
in treasury bills and government bonds has remained constant at MT144
billion.
5.3 Loans and advances
The aggregate loans and advances for the banking sector increased by MT
23.8 billion or 9.5% from MT 250 billion at 31 December 2019 to MT 274 billion
at 31 December 2020. The loan book for the sector had increased by 1.8% in
the period 2018 to 2019. The increase in the banking sector loan book for the
year 2020 was due to the following factors:
• The slight reduction in the prime lending rates for the sector from
18.9% to 15.9% during the current year may have improved the
business sector appetite for loans.
• The business disruptions brought about by Covid-19 may have
brought about increased appetite for loans and companies sought
treasury support.
• The rate for treasury bills and government bonds declined from 11%
in the prior year to 7.2% in the current year and banks had to shift
their liquidity to loans and advances. Loans and advances have a
higher yield compared to treasury bills and government bonds.
• The increase in the loans was funded from an increase in the deposits.
During the current year, the deposits for the sector increased by 22%
from MT 463.7 billion to MT 567.8 billion. This is a clear indication that
the increase in deposits is the one that funded the growth in loans
and advances.
• The increase in the loans and advances is influenced by the
depreciation of the meticais against major currencies. The Metical
depreciated from 1USD to MT61.47 to 1USD to MT74.90 at 31
December 2020. About 25% of the loan book for the banking sector
is denominated in foreign currencies.
The increase in the loan book is also coming at a time when there has been
a decrease in the policy rates and ultimately the lending rates during the
period under review. The Central Bank reduced the Interbank Money Market
Rate (MIMO) from 12.75 to 10.75%. The prime lending rate for the financial
system in Mozambique also reduced from 18.9% at 31 December 2019 to
15.9% at 31 December 2020. Even though the policy rates have declined, the
lending rates continue to remain within last year levels. This is because due to
economic contractions and business disruptions brought about by Covid-19
,the banks continue to increase the risk premiums added on to the prime
lending rates. The general public has moaned that whenever there are policy
rates decreases, the impact is felt immediately in the term deposit rates but is
not immediately felt in the lending rates.
The average loans to deposits ratio has decreased from 54% in 2019 to 48.2%
in 2020. This demonstrates reduced appetite by the banking sector to gear up
their balance sheets. The banking sector continues to moan the shortage of
good credit in the market. The banking stock of treasury bills and government
bonds has remained constant despite the decrease in the yield from 11% to
7% in the current year.
When looking at the performance of the sector , it is interesting to note that
Banco Internacional de Moçambique, SA, FNB Mozambique SA, Nedbank
Mozambique SA, African Banking Corporation (Moçambique) SA and
Socremo Banco de Microfinanças, SA have reduced their loan book sizes by
MT 2.2 billion (4%), MT 87 million (2%), MT 878 million (8%), MT 131million
(2%) and MT 62 million (2%) respectively. Other sector players have recorded
modest growths in the loan portfolio.
The 4% decrease in the loan book for Banco Internacional de Moçambique,
SA, (2019: decrease of 11%), could be a question of the bank exiting in sectors
that are perceived to be of high risk or right sizing the loan book in line with
its risk appetite.
 IN
years

A classificação do sector bancário por empréstimos e adiantamentos
permaneceu em grande parte inalterada, com algumas alterações apenas
nos bancos de nível inferior. O banco na primeira posição para empréstimos
e adiantamentos é o Banco Comercial e de Investimentos, S.A, seguido pelo
Banco Internacional de Moçambique, S.A na segunda posição. O Standard
Bank, S.A continua a ser o terceiro maior banco em termos de dimensão da
carteira de empréstimos.
The banking sector ranking by loans and advances has largely remained
unchanged with some changes only in the lower tier banks. The bank in the
first position for loans and advances is Banco Comercial e de Investimentos,
SA, followed by Banco Internacional de Moçambique, SA in second place.
Standard Bank SA remains the third largest bank in terms of loan book size.

Figura 5: Figure 5:
Quota de mercado de empréstimos e adiantamentos por banco
Loans & advances Market share for loans and advance per bank

80,000,000
70,000,000
60,000,000
50,000,000
40,000,000
30,000,000
20,000,000
10,000,000
-
BCI BIM Standard Moza Banco Nedbank Absa Bank Bayport FNB BancABC Banco BNI Société Others
Bank Letshego Générale
Fonte | Source : KPMG
2020 2019

5.4 Qualidade do crédito 5.4 Credit Quality

A carteira de crédito em incumprimento diminuiu ligeiramente de 28,111 mil
milhões de Meticais em 31 de Dezembro de 2019 para 28,018 mil milhões
em 31 de Dezembro de 2020. O decréscimo na carteira de empréstimos
em incumprimento ocorre numa altura em que a carteira de empréstimos
aumentou em 10%. Isto poderia ser explicado através do saneamento da
carteira de empréstimos de empréstimos que estavam anteiormente em
incumprimento ou pelo impacto de empréstimos que foram reestruturados.
O rácio de crédito em incumprimento (NPL) para o sector melhorou de
11,3% em 31 de Dezembro de 2019 para 10,2% em 31 de Dezembro de
2020. Assistimos também a um aumento das perdas de crédito esperadas
nas demonstrações de resultados para o ano 2020, quando comparado com
o ano 2019. O nível total de imparidade registado nas demonstrações de
resultados aumentou de 4,8 mil milhões de MT para 6,3 mil milhões de MT
no período de 2019 a 2020. As perdas de crédito esperadas que foram para
as demonstrações de resultados em 2020 foram influenciadas pelo aumento
da carteiras de crédito, pela contracção da economia provocada pelo ciclone
Eloise que atingiu a província de Sofala no início do ano e também pelo
impacto da Covid-19.
The nonperforming book for the sector has slightly declined from MT28.111
billion at 31 December 2019 to MT28.018 at 31 December 2020. The decrease
in the NPL stock comes at a time when the loan book has increased by
10%. This could be explained by write offs from the book of loans that were
previously in the NPL or by the impact of loans that were restructured.
The NPL ratio for the sector has improved from 11.3% at 31 December
2019 to 10.2% at 31 December 2020. We have also seen an increase in the
expected credit losses going into the income statement for the year 2020
when compared to the year 2019. The total level of impairment going into the
income statement increased from MT 4.8 billion to MT 6.3 billion for the period
2019 to 2020. The expected credit losses that went to the income statement in
2020 was influenced by the increase in the credit book, the contraction of the
economy brought about by Cyclone Eloise that hit the Sofala Province at the
beginning of the year and also the impact of the Covid-19.
Looking at the performance of the sector as a whole, the NPL ratio has
worsened for 7 of the 18 banks, as represented below:

Figura 6:
NPLFigure 6:
40.0% de vencido e duvidoso por cada interveniente no mercado
Rácios NPL ratios per each player in the market
35.0%

30.0%

25.0%

20.0%

15.0%

10.0%

5.0%

0.0%

2020 2019

Fonte | Source :
Análise da KPMG sobre a informação dos questionários recebidos

28
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

5.5 Depósitos 5.5 Deposits

O total de depósitos para o sector bancário aumentou em 104,1 mil milhões
de MT ou 22%, de 463,7 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2019 para
567,8 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2020. No período de 2018
a 2019, a carteira total de depósitos tinha crescido 11%, passando de 463,7
mil milhões de MT. Todos os intervenientes do sector bancário registaram um
crescimento positivo dos depósitos, com excepção do Banco BIG que teve
uma redução na sua carteira de depósitos. O aumento da carteira de depósitos
pode ser atribuído ao crescimento da oferta de dinheiro e do financiamento de
doadores no país para ajudar as vítimas do ciclone Eloise e Covid-19. Também
contribui para o aumento do nível de depósitos a depreciação do Metical em
relação às principais moedas. O Metical depreciou-se de 1USD para 61,47 MT
em 31 de Dezembro de 2019 para 1USD para 74,90 MT em 31 de Dezembro
de 2020. Verificou-se uma diminuição dos fluxos de exportação na sequência
da queda dos preços de matérias-primas nos mercados mundiais, bem como
dos desafios logísticos que foram trazidos pelo governo, que impôs restrições
à Covid-19.
The total deposits for the banking sector have increased by MT 104.1 billion
or 22% from MT 463.7 billion at 31 December 2019 to MT 567.8 billion at 31
December 2020. In the period 2018 to 2019, the total deposit book had grown
by 11% to MT 463.7 billion. All the banking sector players experienced positive
growth in deposits with the exception of Banco BIG that had a reduction in
its deposit book. The increase in the deposit book can be attributable to the
growth in the money supply and donor funding into the country to assist
the victims of Cyclone Eloise and Covid-19. Also contributing to the increase
in the level of deposits is the depreciation of the Metical against the major
currencies. The Metical depreciated from 1USD to MT61.47 at 31 December
2019 to 1USD to MT74.90 at 31 December 2020. There were reduced inflows
from exports following the fall in the prices of commodities on the world
markets as well as the logistical challenges that were brought about by the
government imposed Covid-19 restrictions.

O sector bancário continua a combater o risco de concentração, uma vez que
os depósitos significativos são detidos apenas por alguns poucos actores no
molde dos departamentos governamentais e das empresas multinacionais.
Estas entidades estão, por vezes, em alta quando exigem taxas de remuneração
mais elevadas pelos seus depósitos.
No total dos depósitos para todo o sector está incluído um montante de
204,9 mil milhões de MT (31 de Dezembro de 2019: 171 mil milhões de MT)
relativo a depósitos à prazo. Os depósitos à prazo em percentagem do total
de depósitos diminuiu ligeiramente de 37% em 31 de Dezembro de 2019 para
36% em 31 de Dezembro de 2020. A taxa de juro dos depósitos à prazo oscilou
entre 5% e 10%.
Os três maiores bancos, nomeadamente o Banco Comercial e de Investimentos,
S.A, Banco Internacional de Moçambique, S.A e Standard Bank, S.A continuam
a dominar o mercado detendo 70,7% (2019: 71,4%) do total dos depósitos
do sector.
A quota de mercado detida por cada banco mostra sinais de perturbações,
especialmente nos bancos dos escalões inferiores. Consulte abaixo a
distribuição do mercado dos depósitos:
The banking sector continues to battle concentration risk given that
significant deposits are held by only a few players in the mould of government
departments and multinational companies. These entities are at times bullish
when demanding higher remuneration rates for their deposits.
Included in the total deposits for the whole sector is an amount of MT 204.9
billion (31 December 2019: MT 171 billion) relating to fixed deposits. Fixed
deposits as a percentage of total deposits has declined slightly from 37% at 31
December 2019 to 36% at 31 December 2020. The fixed deposit interest rate
hovered between 5% and 10%.
The top three banks, namely Banco Commercial e de Investimentos SA,
Banco Internacional de Moçambique, SA and Standard Bank SA continue to
dominate the market holding 70.7% (2019: 71.4%) of the total sector deposits.
The market share held by each bank shows signs of disturbances especially
in the lower tier banks. Please refer to the market distribution of the deposits
below:

Figura 7: Figure 7:
Evolução dos depósitos por diferentes intervenientes no mercado Evolution of the deposits per the difference player in the market

Other
MBC 2.8% Deposits 2020
0.6%
First Capital Bank
1.0%

BancABC
2.2%
Societe Generale BIM
2.3% 24.3%
FNB BCI
3.1% Top three 26.7%
Nedbank 70.7%
4.7%
Standard Bank
Mozabanco 19.7%
6.2%

Absa
6.4%

BCI BIM Standard Bank Absa Mozabanco Nedbank

FNB Societe Generale BancABC First Capital Bank MBC Other

29

5.6 Rentabilidade
Os lucros do sector bancário diminuíram 14%, de 16,89 mil milhões de MT em
31 de Dezembro de 2019 para 14,52 mil milhões de MT em 31 de Dezembro
de 2020. No ano anterior, os lucros do sector bancário tinham diminuído
2%, de 17,23 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2018 para 16,9 mil
milhões de MT em 31 de Dezembro de 2019. O desempenho do sector foi
afectado pelos seguintes factores:
• umento do nível de imparidades no ano em curso. O sector viu as
A • I ncreased level of impairment in the current year. The sector has seen
imparidades registadas na demonstrações de resultados aumentar
de 4,8 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2019 para 6,3 mil
milhões de MT em 31 de Dezembro de 2020. O aumento do nível
de imparidade deve-se ao aumento da carteira em 10% para 274 mil
milhões de MT, bem como às degradações devidas à contracção da
economia por causa da Covid-19.
• Os rendimentos e comissões foram afectadas pela intervenção do
Banco Central que reduziu ou isentou certos serviços, por exemplo,
serviços de cartões, transferências de dinheiro e taxas bancárias via
Internet. A intervenção do Banco Central destinava-se a amortecer o
público em geral dos efeitos da Covid-19.
• Houve uma redução dos juros e rendimentos similares na sequência
da redução das taxas de política monetária, bem como uma redução
das taxas de referência para empréstimos (PLR). A taxa de de
referência para empéstimos diminuiu de 18% para 15,5% durante o
ano. A carteira de empréstimos aumentou 10% para 274 mil milhões
de MT durante o ano.
• Alguns bancos tiveram de incorrer em enormes custos de reabilitação
de agências na sequência de destruições que ocorreram como
resultado do ciclone Eloise que afectou a cidade da Beira e outras
partes da província de Sofala durante o ano, aumentando assim os
custos.
• Os Bancos tiveram de incorrer em custos de redesenhar as suas
agências, uma vez que tiveram de enfrentar a nova realidade trazida
pela Covid-19. Os bancos comerciais tiveram de colocar algumas telas
de protecção nas secretárias dos caixas e também investir em algum
equipamento de higienização dos caixas automáticos e agências dos
bancos. Foram também incorridos custos adicionais à medida que o
sector bancário melhorava as suas plataformas bancárias na Internet,
bem como as aplicações móveis. A digitalização dos serviços
bancários foi acelerada por causa da Covid-19.
• O sector registou um aumento dos resultados em operações
financeiras em relação ao ano passado. Os resultados em operações
financeiras do sector aumentaram em mais de 1,6 mil milhões
durante o ano corrente devido a aumento nos volumes e depreciação
do Metical em relação às principais moedas. Os bancos tendem a
fazer mais resultados em operações financeiras quando o Metical
encontra-se instável.
• Tem havido um aumento no nível de custos, particularmente os que
estão indexados às principais moedas. Alguns salários do pessoal
expatriado e custos relacionados com a tecnologia daeinformação
são indexados ao USD e quando o Metical se deprecia, o montante
destes custos em Meticais tende a aumentar.
Uma análise minuciosa do desempenho do sector bancário em termos
de rentabilidade indica que seis bancos registaram perdas em 2020
comparativamente a sete bancos que registaram perdas no ano anterior. Os
bancos em prejuízos são African Banking Corporation Moçambique, S.A, FNB
Moçambique, S.A, Mybucks Banking Corporation, S.A, Ecobank Moçambique,
S.A, United Bank for Africa Mozambique, S.A e Nedbank Mozambique, S.A. O
novo participante na lista é o Nedbank Mozambique, S.A.
O Access Bank Mozambique, S.A e o Moza Banco SA foram lucrativos no ano
corrente. É encorajador notar que o total das perdas dos bancos em prejuízos
diminuiu de 1,4 mil milhões de MT em 2019 para 0,9 mil milhões de MT em
2020, uma tendência também observada no ano passado. Importa igualmente
salientar que o Standard Bank, S.A ultrapassou o Banco Internacional de
Moçambique, S.A como o banco mais rentável do país. Os lucros do Standard
Bank, S.A aumentaram de 4,9 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2019
para 5,5 mil milhões de MT, enquanto que os lucros do Banco Internacional de
Moçambique, S.A diminuíram de 6,7 mil milhões de MT em 31 de Dezembro
de 2019 para 5,1 mil milhões de MT em 31 de Dezembro de 2020.
Por favor, consulte abaixo o desempenho financeiro de cada interveniente no
mercado:
Figura 8: 8,000,000
Evolução do7,000,000
lucro anual
6,000,000
5,000,000
4,000,000
Axis Title
3,000,000
2,000,000
1,000,000
-
(1,000,000)
(2,000,000)
2020 2019
IN
years
5.6 Profitability
The banking sector profits have decreased by 14% from MT 16.89 billion at
31 December 2019 to MT14.52 billion at 31 December 2020. In the prior year,
the banking sector profits had decreased by 2% from MT 17.23 billion at 31
December 2018 to MT 16.9 billion at 31 December 2019. The performance of
the sector has been impacted by the following:
impairment booked into the income statement increasing from MT
4.8 billion at 31 December 2019 to MT 6.3 billion at 31 December
2020. The increases in the level of impairment is due to the increase
in the book by 10% to MT 274 billion as well as the downgrades due
to the contraction of the economy on account of Covid-19.
• The fees and commission line has been impacted by the Central
Bank intervention that reduced or exempted certain services eg card
services, money transfers and internet banking fees. The intervention
by the Central Bank were meant to cushion the general public from
the effects of Covid-19.
• There has been reduced interest income following the reduction on
the policy rates as well as reduction of the prime lending rates. The
prime interest rate has declined from 18% to 15.5 % during the year.
The loan book has increased 10% to MT 274 billion during the year.
• Some Banks had to incur huge costs of rehabilitation of branches
following destructions that happened as a result Cyclone Eloise that
affected Beira and other parts of Sofala province during the year,
thereby increasing costs.
• The Banks have had to incur costs in redesigning their branches as
they had to confront the new reality brought about by Covid-19.
The commercial banks had to put some shields on tellers’ desks and
also invest in some sanitizing equipment for the banks’ ATMs and
branches. Additional costs were also incurred as the banking sector
improved their internet banking platforms as well as mobile apps.
The digitalisation of banking services was accelerated on account of
Covid-19.
• The sector experienced an increase in trading income comes when
compared to last year. The trading income for the sector grew by
more than MT1.6 billion during the current year due to increases in
volumes and depreciation of the Metical against major currencies.
The banks tend to make more trading income when the Metical is
unstable.
• There has been an increase in the level of costs particularly those that
are indexed to the major currencies. Some expatriate staff salaries
and costs relating to information technology are indexed to the
USD and when the Metical depreciates, the amount of these costs in
Meticais tends to increase.
A closer look at the performance of the banking sector in terms of profitability
indicates that six banks made losses in 2020 compared to seven banks
that were loss making in the prior year. The loss making banks are African
Banking Corporation Mozambique SA, FNB Moçambique SA , Mybucks
Banking Corporation SA, Ecobank Mozambique SA, United Bank for Africa
Mozambique SA and Nedbank Mozambique SA. The new comers to the list is
Nedbank Mozambique SA.
Access Bank Mozambique SA and Moza Banco SA are profit making in the
current year. It is encouraging to note that the total losses for the loss making
banks have reduced from MT 1.4 billion in 2019 to MT 0.9 billion in 2020, a
trend also observed last year. It is also noteworthy that Standard Bank SA over
took Banco Internacional de Moçambique, SA as the most profitable bank in
the country. The profits for Standard Bank SA increased from MT 4.9 Billion at
31 December 2019 to MT 5.5 billion while the profits for Banco Internacional
de Moçambique, SA decreased from MT 6.7 billon at 31 December 2019 to MT
5.1 billion at 31 December 2020.
Please see the financial performance of each player in the market below:
Figure 8:
Profit of the year analysis
Fonte | Source : KPMG
30
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
5.7 Eficiência
As mensurações de eficiência são amplas e diversificadas. Para efeitos desta
análise, iremos nos concentrar nos principais rácios custo/rendimento,
rentabilidade do capital próprio médio (ROAE) e rentabilidade do activo
médio (ROAA). O desempenho nestas três mensurações diferenciou-se com
cada interveniente durante o ano.
Os três rácios diminuíram em comparação com o ano passado devido
principalmente à diminuição da rentabilidade, tal como explicado acima.
O rácio custo/rendimento melhorou ligeiramente para o sector bancário de
61% em 31 de Dezembro de 2019 para 58,97% em 31 de Dezembro de 2020.
No ano anterior, este indicador deteriorou-se.
A rentabilidade do capital próprio médio decresceu no ano corrente de
15,22% para 10,82%. No ano anterior, a rentabilidade do capital próprio
médio deteriorou-se de 18,81% para 15,22% entre 2018 e 2019.
Finalmente, e tal como aconteceu com a rentabilidade do capital próprio
médio (ROAE), a rentabilidade dos activos médios também diminuiu de
2.75% para 2,09% no ano em curso.
Figura 8:
Rentabilidade dos fundos próprios médios
Chart Title
25.00%
20.00%
15.00%
10.00%
5.00%
0.00%
-5.00%
-10.00%
-15.00%
-20.00%
-25.00%
6.8 Solvabilidade
Afigura-se que a maioria dos intervenientes do sector cumpriu o anúncio de
Abril de 2017 feito pelo Banco Central que obrigou todos os bancos comerciais
a terem um capital mínimo de 1,7 mil milhões e um rácio de adequação
de capital de 12%. O Banco Central introduziu requisitos adicionais aos
bancos que são considerados sistematicamente importantes para o sector.
Dependendo da dimensão, o Banco Central mandatou estes bancos para
terem uma adequação de capital de 1-2% acima da adequação mínima de
capital de 12%.
Todos os bancos que foram inquiridos no sector parecem estar a operar
dentro dos requisitos mínimos de 12% de adequação de capital, com
excepção de alguns que se candidataram a um grau inferior de microbancos
ou que estavam em processo de angariação de capital.
O rácio médio de adequação de capital para o sector bancário foi de 26%,
um valor que diminuiu quando comparado com a média do ano passado
de 29%. A média para o sector está muito acima do limiar mínimo exigido
pelo Banco Central de 12% em 31 de Dezembro de 2020. Isto indica que os
activos ponderados pelo risco detidos pelos bancos aumentaram quando
comparados com o aumento do capital. O crescimento da carteira de
empréstimos no ano corrente pode ser um factor para este decréscimo do
rácio de adequação de capital.
Um rácio de adequação de capital demasiado elevado pode indicar que o
banco em particular não está a assumir o risco ao nível adequado e um rácio
de adequação de capital mais baixo indica a tomada de risco pelos bancos e
normalmente recompensa os accionistas através de uma mobilização eficaz
de capital.
O rácio médio de adequação de capital para os três maiores bancos foi de
31% no ano em análise, tendo diminuído em relação à média do ano passado
de 33%. O aumento da carteira de empréstimos dos três maiores bancos, no
montante de 9,8 mil milhões de MT no ano em curso, foi o principal factor
nesta diminuição do rácio de adequação de capital para os três maiores
bancos e para o sector como um todo.
31
5.7 Efficiency
The measures of efficiency are wide and diverse. For the purposes of this
analysis we are going to concentrate on the key ratios of cost to income,
return on average equity and return on average assets. The performance in
these three measures differed with each Bank during the year.
All three ratios have decreased compared to last year due mainly to the
decrease in profitability as explained above.
The cost to income ratio has slightly improved for the banking sector from
61% at 31 December 2019 to 58.97% at 31 December 2020. In the previous
year this indicator had deteriorated.
The return on average equity has declined in the current year from 15.22%
to 10.82%. In the prior year, the return of average equity deteriorated from
18.81% to 15.22% between 2018 and 2019.
Finally, and just as happened with the return in average equity, the return
on average assets has also declined from 2.75% to 2.09% in the current year.
Figure 8:
Return On Average Equity
2020 2019
Fonte | Source : KPMG
6.8 Solvency
It appears the majority of the sector players complied with the announcement
of April 2017 by the Central Bank that mandated all commercial banks to
have minimum capital of MT1.7 billion and a capital adequacy ratio of 12%.
The Central bank has introduced additional requirements to banks that are
deemed to be systematically important to the sector. Depending on size, the
Central Bank has mandated these banks to have a capital adequacy of 1-2%
above the minimum capital adequacy of 12%.
All the banks that were surveyed in the sector appear to be operating within
the minimum requirements of 12% for capital adequacy with the exception
of a few that have applied for a down grade to micro bank level or were in the
process of raising capital.
The average capital adequacy ratio for the banking sector was 26%, a figure
that decreased when compared to last year’s average of 29%. The average for
the sector is well above the minimum threshold required by the Central Bank
of 12% at 31 December 2020. This indicates that the risk weighted assets held
by the banks have been on the increased when compared to the increase in
capital. The growth of the loan book in the current year can be a factor for this
decrease in capital adequacy ratio.
A capital adequacy ratio that is too high may indicate that the particular bank
is not taking risk at the appropriate level and a lower capital adequacy ratio
indicates risk taking by the banks and normally rewards the shareholders by
effectively deploying capital.
The average capital adequacy ratio for the top three banks was 31% in the year
under review, having decreased from last year’s average of 33%. The increase
in the loan book in the top three banks amounting to MT9.8 billion in the
current year, has been the major factor in this decrease in capital adequacy
ratio for the top three banks and for the sector as a whole.
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33
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

Activos Totais [_Total assets]

Empréstimos e Adiantamentos
[_Loans and advances]

Depósitos [_Deposits]

Lucro/(Prejuízo) [_Net profit/(loss)]

Rentabilidade dos Fundos Próprios Médios

[_Return On Average Equity (%)]

Rácio de Eficiência
[_Costs to income]

Rácio de Solvabilidade
[_Capital Adequacy Ratio]

Rácio de Crédito Vencido e Duvidoso / Crédito Total

[_Non-Performing Loans / Total loans Ratio]

33
Rankings
Banking
Sector Ranking

c.
Secção | Section
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

06.2020 2019
Ranking do Sector Bancário
Banking Sector Ranking

Instituição financeira | Financial institution

Activos Totais | Total assets

2020
MZN'000
2019

1 1 Banco Comercial e de Investimentos, SA 191 436 455 163 242 760

2 2 Banco Internacional de Moçambique, SA 179 937 350 160 259 469

3 3 Standard Bank SA 143 419 007 119 299 996
4 5 Absa Bank Moçambique SA 47 991 486 41 166 915
5 4 Moza Banco SA 47 533 516 41 817 315
6 6 Nedbank Moçambique, SA 32 157 426 27 745 949
7 7 FNB Moçambique, SA 20 601 335 16 401 401
8 8 African Banking Corporation (Moçambique) SA 15 529 797 14 932 953
9 11 Société Générale Moçambique, SA 14 889 442 9 084 170
10 9 Bayport Financial Services Mozambique, SA 13 585 407 10 943 419
11 10 Banco Letshego, SA 10 317 371 9 765 177
12 12 Banco Nacional de Investimento, SA 9 154 228 6 056 383
13 13 First Capital Bank, SA 7 714 692 5 259 126
14 17 MyBucks Banking Corporation, SA 4 772 131 2 682 672
15 15 United Bank for Africa Moçambique, SA 4 306 535 3 234 508
16 14 Ecobank Moçambique, SA 3 949 846 4 057 541
17 18 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 3 528 657 2 613 054
18 19 Access Bank Mozambique, SA 2 788 966 2 441 784
19 16 BIG - Banco de Investimento Global, SA 2 710 749 2 974 605
20 20 Socremo Banco de Microfinanças, SA 1 881 926 1 868 536
Total 758 206 322 645 847 733

Instituição financeira | Financial institution MZN'000

2020 2019 2020 2019
Empréstimos e adiantamentos | Loans and advances
1 1 Banco Comercial e de Investimentos, SA 75 672 656 72 471 638
2 2 Banco Internacional de Moçambique, SA 48 053 179 50 257 833
3 3 Standard Bank, SA 38 906 204 30 126 962
4 4 Moza Banco, SA 28 940 477 28 596 423
5 5 Absa Bank Moçambique, SA 23 816 523 17 042 537
6 7 Bayport Financial Services Mozambique, SA 11 162 676 9 305 273
7 6 Nedbank Moçambique, SA 10 525 442 11 404 264
8 8 Banco Letshego, SA 8 937 112 7 832 378
9 9 African Banking Corporation (Moçambique) SA 6 010 244 6 141 277
10 10 Société Générale Moçambique, SA 5 727 400 4 675 812
11 12 Banco Nacional de Investimento, SA 4 247 654 2 262 696
12 11 FNB Moçambique, SA 3 509 929 3 597 017
13 15 First Capital Bank, SA 2 327 868 1 574 372
14 13 Mybucks Banking Corporation, SA 2 325 570 1 792 833
15 14 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos, S.A 1 769 383 1 651 179
16 16 Socremo Banco de Microfinanças, SA 1 054 421 1 117 070
17 17 Ecobank Moçambique, SA 817 824 403 796
18 18 United Bank for Africa Moçambique, SA 308 817 68 274
19 19 Access Bank Mozambique, SA 41 073 -
20 20 BIG - Banco de Investimento Global, SA - -
Total 274 154 452 250 321 6334

35
 IN
years

Instituição financeira | Financial institution MZN'000

2020 2019 2020 2019
Depósitos | Deposits
1 1 Banco Comercial e de Investimentos, SA 151 857 027 125 378 628
2 2 Banco Internacional de Moçambique, SA 137 772 716 117 309 141
3 3 Standard Bank, SA 111 663 528 88 479 260
4 4 Absa Bank Moçambique, SA 36 370 457 31 507 927
5 5 Moza Banco, SA 35 150 178 29 346 124
6 6 Nedbank Moçambique, SA 26 732 476 22 515 462
7 7 FNB Moçambique, SA 17 791 755 14 313 152
8 9 Société Générale Moçambique, SA 12 796 990 7 256 779
9 8 African Banking Corporation (Moçambique) SA 12 751 681 10 907 236
10 10 First Capital Bank, SA 5 732 405 3 377 290
11 16 Mybucks Banking Corporation, SA 3 297 835 1 291 506
12 12 Bayport financial Services Mozambique, SA 2 767 711 2 129 338
13 13 Banco Letshego, SA 2 515 819 1 654 313
14 11 Ecobank Moçambique, SA 2 424 302 2 379 188
15 15 United Bank for Africa Moçambique, SA 2 312 904 1 354 901
16 14 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 2 260 555 1 404 414
17 19 Banco Nacional de Investimento, SA 1 784 296 789 025
18 18 Socremo Banco de Microfinanças, SA 1 092 786 1 083 508
19 17 BIG - Banco de Investimento Global, SA 592 973 1 252 616
20 20 Access Bank Mozambique, SA 144 415 -
Total 567 812 809 463 729 808

Instituição financeira | Financial institution MZN'000

2020 2019 2020 2019
Lucro/(prejuízo) | Profit /(loss) for the year
1 2 Standard Bank, SA 5 452 777 4 946 325
2 1 Banco Internacional de Moçambique, SA 5 124 899 6 708 307
3 3 Banco Comercial e de Investimentos, SA 2 671 692 3 454 119
4 5 Banco Letshego, SA 721 829 611 155
5 7 Bayport Financial Services Mozambique, SA 392 618 434 377
6 4 Absa Bank Moçambique, SA 259 054 1 048 185
7 8 BIG - Banco de Investimento Global, SA 244 403 240 956
8 20 Moza Banco, SA 145 547 (775 633)
9 12 Banco Nacional de Investimento, SA 137 512 64 454
10 11 First Capital Bank, SA 127 558 67 720
11 9 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 87 865 146 667
12 13 Société Générale Moçambique, SA 31 910 739
13 10 Socremo Banco de Microfinanças, SA 5 975 81 940
14 17 Access Bank Mozambique, SA 1 207 (112 305)
15 16 MyBucks Banking Corporation, SA (68 257) (70 806)
16 14 Ecobank Moçambique, SA (72 181) (25 026)
17 18 African Banking Corporation (Moçambique) SA (91 986) (144 964)
18 15 United Bank for Africa Moçambique, SA (96 529) (50 888)
19 19 FNB Moçambique, SA (162 529) (285 466)
20 6 Nedbank Moçambique, SA (396 297) 505 644
Total 14 517 0667 16 845 500

36
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

06.2020 2019
Ranking do Sector Bancário
Banking Sector Ranking

Instituição financeira | Financial institution

Rentabilidade dos fundos próprios médios | Return on average equity (%)

2020
%
2019

1 2 Standard Bank, SA 20,44% 21,48%

2 7 Banco Letshego, SA 16,51% 19,00%
3 1 Bayport Financial Services Mozambique, SA 16,27% 22,62%
4 4 Banco Internacional de Moçambique, SA 14,92% 20,60%
5 3 BIG - Banco de Investimento Global SA 13,27% 20,62%
6 6 Banco Comercial e de Investimentos, SA 13,18% 19,21%
7 5 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 9,25% 20,22%
8 11 First Capital Bank, SA 7,53% 5,18%
9 12 Banco Nacional de Investimento, SA 4,09% 1,90%
10 9 Absa Bank Moçambique, SA 3,40% 14,70%
11 18 Moza Banco, SA 1,85% -9,19%
12 13 Société Générale Moçambique, SA 1,82% 0,01%
13 10 Socremo Banco de Microfinanças, SA 0,88% 12,71%
14 16 Access Bank Mozambique, SA 0,05% -4,82%
15 14 United Bank for Africa Moçambique, SA -3,90% -1,94%
16 17 African Banking Corporation (Moçambique) SA -5,13% -6,81%
17 15 Ecobank Moçambique, SA -6,12% -2,66%
18 19 FNB Moçambique, SA -7,41% -17,75%
19 8 Nedbank Moçambique, SA -12,47% 16,45%
20 20 Mybucks Banking Corporation, SA -21,00% -20,00%
Average 10,82% 15,22%

Instituição financeira | Financial institution %

2020 2019 2020 2019
Rácio de eficiência | Cost to income
1 1 Banco Letshego, SA 23,22% 24,85%
2 2 BIG - Banco de Investimento Global, SA 32,46% 36,36%

3 3 Banco Internacional de Moçambique, SA 44,90% 40,43%

4 4 Standard Bank, SA 47,33% 47,30%
5 5 Banco Comercial e de Investimentos, SA 51,45% 51,11%
6 7 Bayport Financial Services Mozambique, SA 57,18% 62,32%
7 6 Banco Nacional de Investimento, SA 61,66% 51,27%
8 15 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 64,39% 89,15%
9 10 Socremo Banco de Microfinanças, SA 65,20% 71,57%
10 13 First Capital Bank, SA 67,84% 83,03%
11 8 United Bank for Africa Moçambique, SA 71,93% 64,46%
12 9 Nedbank Moçambique, SA 74,35% 64,48%
13 14 Société Générale Moçambique, SA 81,10% 87,48%
14 12 Absa Bank Moçambique, SA 86,70% 75,03%
15 16 Ecobank Moçambique, SA 91,24% 92,44%
16 19 African Banking Corporation (Moçambique) SA 95,95% 130,59%
17 18 FNB Moçambique, SA 97,45% 105,27%
18 20 Mybucks Banking Corporation, SA 98,91% 74,16%
19 17 Access Bank Mozambique, SA 99,50% 1212,39%
20 11 Moza Banco, SA 100,52% 98,00%
Average 58,97% 61,18%

37
 IN
years

Instituição financeira | Financial institution %

2020 2019 2020 2019
Rácio de crédito vencido e duvidoso / crédito total | Non-Performing Loans / Total loans Ratio
N/a N/a BIG - Banco de Investimento Global, SA 0,00% 0,00%
1 1 Access Bank Mozambique, SA 0,00% 0,00%
2 17 United Bank for Africa Moçambique, SA 1,40% 28,22%
3 5 Bayport Financial Services Mozambique, SA 1,72% 2,89%
4 2 Ecobank Moçambique, SA 1,91% 0,68%
5 16 Banco Nacional de Investimento, SA 2,50% 19,20%
6 3 Standard Bank, SA 2,62% 1,47%
7 9 Nedbank Moçambique, SA 4,12% 28,27%
8 7 Absa Bank Moçambique, SA 4,26% 4,51%
9 8 Banco Letshego, SA 4,44% 4,70%
10 6 First Capital Bank, SA 5,13% 3,58%
11 11 Banco Internacional de Moçambique, SA 6,31% 8,42%
12 4 Socremo Banco de Microfinanças, SA 6,78% 2,60%
13 15 FNB Moçambique, SA 7,05% 16,56%
14 10 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 11,28% 8,36%
15 12 Banco Comercial e de Investimentos, SA 12,27% 11,74%
16 13 African Banking Corporation (Moçambique) SA 12,36% 12,36%
17 14 Société Générale Moçambique, SA 20,63% 30,53%
18 18 Mybucks Banking Corporation, SA 20,77% 15,94%
19 19 Moza Banco, SA 34,56% 32,92%
Average 8,94% 10,64%

Instituição financeira | Financial institution %

2020 2019 2020 2019
Rácio de solvabilidade / Capital adequacy ratio
1 1 BIG - Banco de Investimento Global, SA 178,05% 194,68%
2 3 Access Bank Mozambique, SA 112,01% 116,13%
3 5 Socremo Banco de Microfinanças, SA 61,66% 51,38%
4 7 Banco Letshego, SA 58,52% 45,44%
5 2 United Bank for Africa Moçambique, SA 57,00% 138,00%
6 6 Banco Internacional de Moçambique, SA 43,88% 45,80%
7 4 Ecobank Moçambique, SA 40,67% 81,73%
8 8 Banco Nacional de Investimento, SA 40,43% 44,46%
9 9 Banco Mais - Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos S.A 37,32% 38,69%
10 10 First Capital Bank, SA 33,31% 36,84%
11 11 Standard Bank, SA 24,80% 29,31%
12 12 Banco Comercial e de Investimentos, SA 24,54% 24,98%
13 16 FNB Moçambique, SA 21,80% 19,43%
14 14 Absa Bank Moçambique, SA 18,30% 20,03%
15 18 Nedbank Moçambique, SA 15,55% 16,71%
16 13 Moza Banco, SA 14,83% 23,84%
17 17 Société Générale Moçambique, SA 13,00% 17,74%
18 15 African Banking Corporation (Moçambique) SA 12,06% 19,57%
19 20 Bayport Financial Services Mozambique, SA 11,98% 10,89%
20 19 Mybucks Banking Corporation, SA 3,51% 11,41%
Average 26,4% 28,8%

38
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
SWIFT
Customer Security Program
All you need to know about SWIFT customer security controls framework (CSCF)
O sector financeiro continua a ser um alvo principal para ciberataques
altamente sofisticados e personalizados. A rede de mensagens
interbancárias da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras
Interbancárias (SWIFT) tem sido atacada, resultando em perdas de
milhões de dólares para as instituições financeiras membro. Em resposta,
a SWIFT introduziu em 2016 um Programa de Segurança do Cliente (CSP)
com o objectivo de reforçar a postura de segurança cibernética da rede
de pagamentos da SWIFT, aumentando a maturidade cibernética dos
seus membros.
O CSP da SWIFT é constituído em torno de três pilares: (1) proteger o
ambiente local, (2) prevenir e detectar fraudes nas relações comerciais,
e (3) partilhar continuamente informação e preparar para defender-
se contra futuras ameaças cibernéticas. Como parte do CSP, a SWIFT
desenvolveu a Framework de Controlo de Segurança do Cliente (CSCF)
- um conjunto de orientações de controlo para os membros da SWIFT
sobre como operar em segurança o seu ambiente SWIFT. Todas as suas
organizações membros que utilizam a rede interbancária de mensagens
devem atestar com o Framework de Controlo de Segurança do Cliente
(CSCF) da SWIFT numa base anual.
O que é o Programa de Segurança do Cliente SWIFT?
A SWIFT vai adaptando o framework à evolução das ameaças, bem como à
maturidade dos seus membros. O SWIFT CSP exige que cada organização
defina, documente, implemente e ateste independentemente que o seu
ambiente SWIFT está em conformidade com os objectivos, princípios
e controlos da CSCF SWIFT. O Framework de Controlo de Segurança
do Cliente SWIFT versão 2021 (v2021) – compreende 22 controlos
obrigatórios e 9 controlos recomendados aos quais os membros devem
atestar obrigatoriamente de forma independente.
} Know & Limit Access
Com a introdução da CSCF v.2021, a SWIFT também publicou um
cronograma para os membros que fornece um calendário para a
introdução de alterações à estrutura e aos requisitos de reporte. Espera-
se que as organizações membros da SWIFT avaliem e implementem estas
alterações de acordo com o calendário publicado.
39
The financial sector continues to be a prime target for highly
sophisticated, customized cyber-attacks. The Society for Worldwide
Interbank Financial Telecommunications (SWIFT) interbank messaging
network has come under attack resulting in millions of dollars in losses
for member financial institutions. In response, SWIFT has introduced a
Customer Security Program (CSP) in 2016 with a goal to strengthen the
cyber security posture of the SWIFT payment network by increasing the
cyber maturity of its members.
The SWIFT CSP is built around three pillars: (1) securing your local
environment, (2) preventing and detecting fraud in your commercial
relationships, and (3) continuously sharing information and preparing to
defend against future cyber threats. As part of the CSP, SWIFT developed
the Customer Security Controls Framework (CSCF) – a set of control
guidelines for SWIFT members on how to securely operate their SWIFT
environment. All its member organizations who use the interbank
messaging network must attest with SWIFT’s customer security controls
framework (CSCF) on an annual basis.
What is the SWIFT Customer Security Program?
SWIFT adapts the framework to the changing threats as well as to the
maturity of their membership. The SWIFT CSP requires each organization
to define, document, implement and independently attest that their
SWIFT environment is compliant with SWIFT’s CSCF objectives, principles
and controls. The version 2021 (v2021) of the SWIFT CSCF comprises of
22 mandatory controls and 9 advisory controls to which members must
perform mandatory independent assessments.
Secure your Environment
Detect & Respond
With the introduction of v.2021 of the CSCF, SWIFT has also published
a timeline for members which provides a schedule for the introduction
of changes to the framework and the reporting requirements. SWIFT
member organizations will be expected to assess and implement these
changes in accordance with the published timeline.
 Noémia Mendonça
Nhantumbo
Senior Manager
KPMG Mozambique
M: +258 21 355 200
E: nmendonca@kpmg.com

Cert: CISA CGEIT CERM

Como alcançar a conformidade com o programa CSP da SWIFT?

Avaliação independente:
Uma alteração importante introduzida pela SWIFT é que já não é uma opção a auto-avaliação. Os
membros da SWIFT são obrigados a fazer uma avaliação independente do estado de certificação
de conformidade da sua organização. O tipo de avaliação pode ser uma revisão ou uma auditoria.
56+
Número de países com recursos
Estes podem ser fornecidos internamente ou externamente, desde que possam ser demonstradas
disponíveis da KPMG (Cibernética,
evidências suficientes de independência. As avaliações internas podem ser conduzidas por funções
de gestão de risco ou de auditoria interna - estas podem ser complementadas com recursos Auditoria, SWIFT) Number of countries
especializados de empresas como a KPMG. As avaliações externas podem proporcionar uma with available KPMG resources (Cyber,
clara independência na avaliação e demonstrar confiança adicional tanto às partes interessadas Audit, SWIFT)
(Stakeholders) internas como externas.

Âmbito da Avaliação:
Rever a sua arquitetura e avaliar se a implementação precisa de ser re-categorizada, por exemplo
180+
Número de avaliações de certificação
(arquitetura A4 em vez de B)
de conformidade realizados nos EUA e a
Calendarização da Avaliação: nível global desde o início do Programa
Os clientes do Swift são obrigados a enviar anualmente o certificado de conformidade de Segurança SWIFT.
independente até 31 de Dezembro. Idealmente, uma avaliação gap pode ser conduzda de forma Number of SWIFT CSP assessments and
a identificar correções em tempo oportuno para que os resultados da avaliação independente
attestations performed in the US and
estejam em conformidade.
globally since SWIFT CSP inception
Em resumo:
A KPMG pode ajudar as organizações na preparação e execução de certificação de conformidade
de acordo com os critérios SWIFT CSCF.
Embora o SWIFT CSP seja extremamente relevante para as instituições melhorarem seu nível de
180+
Número de profissionais do Programa
segurança cibernética, manter-se em conformidade com o padrão, é mandatório devido aos novos
CSP SWIFT na rede global da KPMG.
requisitos introduzidos em 2021. Os clientes do SWIFT devem tomar medidas oportunas para
implementar as alterações do CSCF v2021 e obter uma avaliação independente. Number of SWIFT CSP practitioners and
SWIFT SMEs in KPMG’s global network.
************************

What you need to keep in mind to achieve SWIFT CSP Compliance? 3200+
Profissionais de Segurança Cibernética
Independent assessment: An important change SWIFT introduced is that self- assessment disponíveis na nossa equipa Cibernética
is no longer an option for attestation. SWIFT members are required to have an independent global.
assessment of the attestation status of their organization. The type of assessment can either be a
Cyber Security professionals available
review or an audit. These can be provided internally or externally, as long as sufficient evidence and
from our global Cyber team.
independence can be demonstrated. Internal assessments can be conducted by risk management
or internal audit functions – these can be supplemented with expert resources from companies
such as KPMG. External assessments can provide clear independence in the assessment and A nossa prática de segurança
provide additional confidence to both internal and external stakeholders. cibernética inclui uma ampla gama
de profissionais qualificados, todos os
Scope of the assessment: Review your architecture and evaluate whether your implementation nossos especialistas em segurança da
needs to be categorized e.g (architecture A4 instead of B) informação normalmente possuem
credenciais profissionais, como OSCP,
Calendar of the assessment: Swift users are required to submit the independent attestation on CEH, CISSP, CISM, CISA e são membros
an annual basis be the 31st of December. Ideally, a gap assessment can be conducted to perform a das respectivas associações profissionais
timely remediation for the independent assessment results to be compliant. Our Cyber Security practice includes
a wide range of skilled professionals,
In summary: all our information security specialists
KPMG can assist an organization in preparing for and performing an attestation examination in typically hold professional credentials
accordance with the SWIFT CSCF criteria. such as OSCP, CEH, CISSP, CISM, CISA and
are members or fellows of respective
While SWIFT CSP is extremely relevant for institutions to enhance their cybersecurity level, professional bodies.
remaining compliant with the standard is becoming remains demanding due to the new
requirements introduced in 2021. SWIFT customers should take timely action to implement CSCF A KPMG é reconhecida como parceiro
v2021 changes and obtain an independent assessment.
global da SWIFT. KPMG is a recognized
Global Consultancy Partner for SWIFT.
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

IN

years

Indicadores de Solidez e Qualidade de Crédito

[_Strength and Loan Quality Indicators]

Indicadores Operacionais
[_Operating Indicators]

Crescimento
[_Growth]

Dimensão e Rentabilidade
[_Size and Profitability]

41
 D.
Indicadores
Indicators

Secção | Section
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

07. Descrição dos Indicadores

Description of the Indicators

Rentabilidade dos fundos próprios

médios (ROAE)
Resultado líquido após impostos do exercício de 2019 e 2020, dividido pelos fundos próprios médios
(nota 41), (expresso em percentagem.)
1
Profit after tax for the financial year 2019 and 2020, divided by the average shareholders’ funds (see
Return on Average Equity (ROAE)
note 41), (expressed as a percentage.)

Resultado líquido após impostos do exercício de 2019 e 2020, dividido pelos activos totais médios
Rentabilidade dos activos médios
(vide nota 4), (expresso em percentagem.)
(ROAA)
2
Profit after tax for the financial year 2019 and 2020, divided by the average total assets (see note 4),
Return On Average Assets (ROAA)
expressed as a percentage.

Resultado líquido após impostos do exercício de 2019 e 2020, dividido pelos activos totais ponderados
Rentabilidade dos activos
por risco (vide nota 37), (expresso em percentagem.)
ponderados por risco
3
Profit after tax for the financial year 2019 and 2020, divided by the average risk weighted assets (see
Return on risk weighted assets
note 37), (expressed as a percentage.)

Activos totais médios
4
Average total assets
Activo total (vide nota 11) para o exercício de 2019 mais o activo total para o exercício 2020 (2019 e
2020), dividido por dois.
Total assets (see note 11) for the financial year 2019 plus total assets for the financial year 2020 (2019
and 2020), divided by two.

Receitas líquidas de juros (Margem Juros e proveitos equiparados (vide nota 33) menos juros e custos equiparados (vide nota 34).
5 líquida de juros)
Net interest income Interest income (see note 33) less interest cost (see not 34). Net interest income (Net interest margin)

Outras receitas líquidas Total de proveitos líquidos (depois de deduzidos os respectivos custos) não incluídos nos proveitos
6 líquidos de juros.
Other net income Total net income (after deduction of respective costs) not included under net interest income

Proveitos totais Juros e proveitos equiparados (vide nota 5) mais outros proveitos (vide nota 6)
7 Total income Net interest income (see note 5) plus other income (see note 6).

Resultados antes de impostos Resultados líquidos antes de impostos após rendimento das associadas.
8
Profit before taxes Profit before taxes but after income from associated companies.

Imposto Total de imposto sobre o rendimento de acordo com a demonstração de resultados.

9
Tax Total income tax expense charged as per income statement.

Lucro/(prejuízo) líquido Resultados líquidos após imposto.

10 Net Profit /(Loss) Profit after tax.

Activo total Inclui aceites e acordos de recompra excluindo garantias e outras contas extra patrimoniais.
11
Total assets Includes acceptances and repurchase agreements but excludes guarantees and other off balance
sheet accounts

Número de trabalhadores Número de trabalhadores a tempo inteiro.

12
Number of employees Number of full time employees.

Número de balcões Total de sucursais utilizadas para a captação de depósitos, excluíndo-se as ATM’s, mas incluíndo
agências.
13
Number of branches Total number of branches used for accepting deposits, excluding ATM’s, but including agencies.

43
 IN
years

Número de ATM’s Número de máquinas de levantamento automático.

14
Number of ATM’s Number of automated teller machines.

Fundos próprios Capital social e prémios de emissão mais reservas distribuíveis e não-distribuíveis.
15
Shareholders’ funds Share capital and share premium plus distributable and non-distributable reserves.

Racio de solvabilidade Calculado de acordo com as normas do Banco Central no final do exercício.
16
Capital adequacy ratio Calculated in accordance with the Central Bank regulations at the end of the financial year.

Crédito Total O crédito inclui devedores e aceites mas exclui provisões gerais e específicas.
17
Total Loans Loans includes debtors and acceptances but excludes general and specific provisions.

Crédito Médio Total de crédito (vide nota 17) do ano corrente mais o do ano anterior, dividido por dois.
18
Average Loans Total loans (see note 17) for the current year plus the prior year, divided by two.

Custos com provisões de Provisões para crédito vencido e de cobrança duvidosa do exercício, dividido pelo crédito médio (vide
19 crédito/crédito médio nota 18).
loan impairment / average loans loan impairment for the financial year, divided by average loans (see note 18).

Provisões gerais/ crédito total Provisões gerais de crédito pelo balanço dividido pelo crédito total (vide nota 17).
20
General provisions /total loans General provisions for loans per balance sheet divided by total loans (see note 17).

Provisões específicas/ crédito Provisões específicas de crédito pelo balanço dividido pelo crédito total.
21 total
Specific provisions / total loans Specific provisions for loans per balance sheet divided by total loans

Variação nos activos totais Percentagem de variação do activo total (Vide nota 11) do exercício findo em 2020 relativamente ao
22 exercício anterior.
Change in total assets Percentage of assets variance (see note 11) for the year 2020 in relation to the prior year.

Variação do crédito total
23
Change in loans and advances
Percentagem de variação do crédito total (nota 17) do exercício findo em 2019 e 2020, relativamente ao
ano anterior.
Percentage of total loans variance (see note 17) for the financial year 2019 and 2020 in relation to the
prior year.

Variação da margem de juros
24
change interest margin
Percentagem de variação dos proveitos líquidos de juros (Vide nota 5) do exercício findo em 2019,
relativamente ao 2020.
Percentage of variance of net income from interest (see note 5) for the financial year 2020, in relation to
the prior year.

Variação nos lucros/(prejuízos)
antes do imposto
25
change of profit before tax
Percentagem de variação do lucro, antes de impostos (Vide nota 8) do exercício findo em 2019 e 2020,
relativamente ao exercício económico anterior.
Percentage of variance of profit before taxes (see note 8) for the financial year 2019 and 2020 in relation
to the prior year.

Variação nos lucros/(prejuízos)
26
Change in net profit/(loss)
Percentagem de variação do lucro líquido (Vide nota 10) do exercício findo em 2020 relativamente ao
exercício economico anterior.
Percentage of the variance of net profit (see note 10) for the financial year 2020, in relation to the prior
year.

Custos operacionais Total de custos, excluíndo custo de juros e provisões para crédito.
27
Operating costs Total costs, excluding interest costs and loan impairment losses

44
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

Descrição dos Indicadores (Cont)

Description of the Indicators

Lucro antes de imposto e de provisões

para crédito do exercício Lucro antes de imposto e de imparidade do crédito do exercício.
28
Profit before taxes and provisions for Profit before taxes and before loan impairment for the financial year.
loans in the financial year

Activos remunerados Total de activos que rendem juros.

29
Total assets earning interest Total interest earing assets

Passivo oneroso Total de passivo que paga juros.

30
Total interest bearing liabilities Total interest bearing liabilities.

Activo médio remunerado Total de activo remunerado do ano corrente mais o do ano anterior, dividido por dois.
31
Average interest earing assets Total interest earning assets in the current year plus the prior year, divided by two.

Passivo médio oneroso Total de passivo oneroso do ano corrente mais o do ano anterior, dividido por dois
32
Average interest bearing liabilities Total interest bearing liabilities for the current year plus those of the prior year, divided by two.

Total de proveito de juros obtidos em crédito e outros investimentos remunerados em forma

Juros e proveitos equiparados
33 de juro.
Interest income Total income earned from loans and other interest earned on investments.

Juros e custos equiparados Total de custo de juros suportados em depósitos e crédito obtidos
34
Interest cost Total interest cost on deposits and loans obtained.

Diferença entre a taxa de juro dos activos médios remunerados (receita de juros/activos médios
remunerados) e a taxa de juro paga sobre os passivos onerosos (custo de juros/passivo oneroso).
Spread de juro
35 Difference between the interest rate earned on average interest earing assets (interest income/
Interest spread average interest earning assets) and the interest rate paid over interest bearing liabilities (interest
cost/interest bearing liabilities).

Activo total ponderado por níveis de risco, de acordo com as normas definidas pelo Banco de
Activos ponderados por risco
36 Moçambique.
Risk weighted assets Total risk weighted assets by level of risk, according to the Bank of Mozambique regulations.

Total de Activos ponderados por risco (vide nota 36) do ano corrente mais os do ano anterior,
Activos médios ponderados por risco
37 dividido por dois.
Average risks weighted assets Total risk weighted assets (see note 36) for the current year plus the prior year, divided by two.

Crédito vencido e duvidoso
38
Overdue and doubtful loans
Total de crédito e empréstimos para os quais não é prudente creditar proveitos na demonstração
de resultados.
Total overdue and doubtful loans for which it is not prudent to recognise interest in the income
statement.

Crédito vencido e duvidoso/crédito total Crédito vencido e duvidoso dividido pelo crédito total.
39
Overdue and doubtful loans / total loans Overdue and doubtful loans divided by total loans.

Provisões específicas / crédito vencido e

duvidoso Provisões específicas dividido pelo crédito vencido e duvidoso.
40
Specific provisions / overdue and Specific provisions divided by loans past due and doubtful.
doubtful loans

Fundos próprios médios
41
Average shareholder’s funds
Fundos próprios médios (vide nota 15) do exercício corrente mais os do exercício anterior,
dividido por dois.
Average shareholder’s equity (see note 15) for the current financial year plus the prior year,
divided by two.

45
08. Nome do Banco comercial
Name of commercial Bank
Ano
Year
Indicadores de Solidez e Qualidade de Crédito
Strength and Loan quality Indicators

Activos Totais /
Fundos Próprios
Total assets/
Shareholders’
funds
Fundos Próprios/
Passivos
Shareholders’
funds/Liabilities
Crédito
Líquido/
Depósitos
Net loans and
advances/
Deposits
Rácio de
Solvabilidade
Capital adequacy
ratio
Provisões gerais
/ Crédito total
General
provision/
Total loans and
advances
Provisões
específicas/
Crédito total
Specific
provision/
Total loans and
Provisões totais /
Crédito total
Total Provisions/
Total loans and
advances
Crédito vencido
e duvidoso/
Crédito total Non
performing loans/
Total loans
Provisões
específicas /
Crédito vencido e
duvidoso
Specific provisions/
Non performing
advances loans

Unit % % % % % % % % %

1 ABSA Bank 2020 624,81% 19,05% 63,1% 18,30% 1,84% 1,80% 3,64% 4,26% 42%
Moçambique) SA 2019 553,77% 22,04% 51,7% 20,03% 2,14% 2,37% 4,51% 4,51% 53%

2 Access Bank 2020 120% 508% 28% 112% 0% 0% 0% 0% 0%

Mozambique, SA 2019 105% 2061% N/A 116% 0% 0% 0% 0% 0%

3 African Banking 2020 782% 14,47% 42,67% 12% 4% 3% 7% 12,36% 23%

Corporation(
Moçambique) SA 2019 751,49% 15,52% 50,64% 20% 4,40% 3,6% 8% 12,36% 29%

4 Banco Comercial e de 2020 1095% 10% 44,3% 24,5% 3,63% 7,5% 11,08% 12,27% 61%
Investimentos, SA 2019 1056% 11% 53,0% 25,0% 2,12% 5,4% 7,48% 11,74% 46%

5 Banco Internacional de 2020 523% 25% 32% 43,9% 1,02% 7,4% 8,4% 6,31% 117%
Moçambique, SA 2019 467% 27% 38% 46% 0,74% 12% 12,6% 8,42% 141%

6 2020 206% 95% 347% 59% 1,16% 1% 2% 4,44% 16%

Banco Letshego, SA
2019 262% 62% 469% 45% 0,57% 1% 2% 4,70% 21%

7 Banco Mais - Banco 2020 355,0% 39,2% 66,0% 37% 0,60% 15% 15,41% 11,28% 97%
Moçambicano de Apoio
aos Investimentos S.A 2019 288,4% 53,1% 102,2% 39% 1,36% 11,71% 13,07% 8,36% 84%

8 Banco Nacional de 2020 268,79% 59,25% 230,71% 40,43% 2,59% 0,03% 2,62% 2,50% 1,23%
Investimento SA 2019 182,68% 120,95% 256,83% 44,46% 0,50% 9,54% 10,04% 19,20% 50%

9 Bayport Financial 2020 520,75% 23,77% 393,90% 12,0% 2,11% 0,23% 2,34% 1,72% 13%
Services, SA 2019 493,80% 25,39% 425,51% 10,9% 1,20% 1,43% 2,63% 2,89% 50%

10 BIG - Banco de 2020 132,10% 311,51% 0,00% 178% 0,00% 0% 0% 0,00% 0%

Investimento Global, SA 2019 182,35% 121,44% 0,00% 195% 0,00% 0% 0% 0,00% 0%

11 Ecobank 2020 344,40% 40,92% 33,67% 41% 0,00% 1% 1% 1,91% 558%

Moçambique SA 2019 335,00% 42,51% 16,97% 82% 0,00% 6,00% 6% 0,68% 56%

12 First Capital Bank 2020 431% 29% 39% 33% 0,69% 3% 4% 5,13% 62%
Mozambique, SA 2019 330% 40% 45% 37% 1,18% 3% 4% 3,58% 72%

13 2020 938,8% 11,92% 14,7% 21,8% 18,43% 7,0% 25,5% 7,05% 100%
FNB Moçambique, SA
2019 1020,0% 10,87% 17,3% 19,4% 16,23% 15,1% 31,3% 16,56% 91%

14 2020 599,7% 20,01% 69,4% 14,8% 2,12% 13,5% 15,7% 34,56% 39%
Moza Banco, SA
2019 537,5% 22,86% 81,4% 23,8% 4,31% 12,2% 16,5% 32,92% 37%

15 MyBucks Banking 2020 1622% 7% 71% 4% 5% 11% 16% 21% 52%

Corporation, SA 2019 834% 14% 139% 11% 6% 2% 8% 16% 12%

16 Nedbank 2020 866,20% 13,05% 36,58% 15,55% 3,54% 3,55% 7,09% 4,12% 86%
Moçambique, SA 2019 675,29% 17,38% 46,53% 16,71% 2,01% 6,12% 8,13% 28,27% 87%

17 Société Générale 2020 784% 15% 45% 13% 4% 6% 10% 21% 29%
Moçambique, SA 2019 562% 22% 64% 18% 4% 7% 11% 31% 22%

18 Socremo 2020 270,5% 58,7% 87,4% 61,7% 1,68% 7,70% 9,4% 6,78% 113,5%
Microbanco, SA 2019 270,9% 58,5% 99,2% 51,4% 1,84% 3,38% 5,2% 2,6% 129,9%

19 2020 505% 25% 34% 25% 3,30% 2,0% 5,4% 2,62% 74,18%
Standard Bank, SA
2019 479% 26% 32% 29% 4,48% 1% 6% 1,47% 75%

20 2020 362% 38% 13% 57% 1,79% 1% 3% 1,40% 100%

United Bank for Africa
Moçambique, SA
2019 251% 66% 5% 138% 1,14% 27% 28% 28,22% 100%

2020 704% 24% 48% 26% 2% 6% 9% 8,94% 76%

Average
2019 646% 31% 54% 29% 2% 7% 9% 10,64% 91%

46
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

09.
Nome do Banco comercial
Name of commercial Bank
Ano
Year
Indicadores Operacionais
Operating Indicators
Rentabilidade
dos fundos
próprios médios
Return On
Average Equity
Rentabilidade dos
activos médios
Return On
Average Assets
Receita
líquida de
juros/Activo
total médio
Net interest
income/
Average total
Outras receitas
operacionais/
Activos totais
médios
Other operating
income/ Average
total assets
Custos
operacionais/
Receitas totais
Operating costs/
Total income
Spread de
Juros /
Interest
spread
Outras receitas
operacionais/
Receitas totais
Other operating
income/ Total
income
Custos
operacionais/
Activos totais
médios
Operating costs/
Average total
assets
Receitas totais
/ Activos totais
médios
Total income/
Average total
assets

assets

Unit % % % % % % % % %

1 2020 3,4% 0,60% 7,75% 2,90% 86,70% 28,2% 1,25% 9,23% 10,64%
ABSA Bank
Moçambique) SA 2019 14,7% 2,65% 8,32% 3,26% 75,03% 25,7% 1,24% 8,68% 11,57%

2 Access Bank 2020 0,1% 0,0% 0,2% 12,8% 100% 7% 97% 13% 13%
Mozambique, SA 2019 -4,8% -4,6% 0,5% 0,4% 1212% 0% 0% 5% 0%

3 African Banking 2020 -5,1% -0,6% 5,1% 3,9% 96% 9% 43% 8,6% 9%
Corporation(
Moçambique) SA 2019 -6,8% -1,0% 5,3% 3,7% 131% 9% 41% 11,8% 9%

4 Banco Comercial e de 2020 13% 1% 6% 2% 51% 9,2% 28,7% 4,4% 8,6%

Investimentos, SA 2019 19% 2% 7% 3% 51% 9,0% 29,9% 4,7% 9,3%

5 Banco Internacional de 2020 15% 3% 3% 2% 45% 6,70% 25,58% 4,04% 9,00%

Moçambique, SA 2019 21% 4% 8% 3% 40% 7,92% 25,94% 4,32% 10,70%

6 2020 17% 7% 18% 1% 23% 13% 2% 7% 29%

Banco Letshego, SA
2019 19,0% 6,8% 18,1% 0,4% 25% 16% 1% 8% 31%

7 Banco Mais - Banco 2020 9% 3% 14% 2% 64% 17% 16% 9% 14%

Moçambicano de Apoio
aos Investimentos S.A 2019 20% 5% 12% 3% 89% 21% 24% 12% 13%

8 2020 4,1% 1,8% 5,46% 1,23% 61,7% 6,00% 15% 5% 8%

Banco Nacional de
Investimento SA 2019 2% 1% 6% 0% 51% 12,03% 0% 8% 10%

9 Bayport Financial 2020 16% 3% 17% 15% 57% 16,09% 194% 9% 15%
Services, SA 2019 23% 5% 17% 17% 62% 16,99% 100% 11% 17%

10 BIG - Banco de 2020 13% 9% 10% 7% 32% 10,83% 43% 5% 17%

Investimento Global, SA 2019 21% 11% 11% 11% 36% 12,43% 50% 8% 23%

11 2020 -6% -2% 7% 11% 91% 33,55% 33% 9% 10%

Ecobank
Moçambique SA 2019 -3% -1% 5% 4% 92% 34,28% 40% 8% 9%

12 First Capital Bank 2020 7,53% 1,97% 4,79% 6,05% 68% 5% 55% 7% 11%
Mozambique, SA 2019 5,18% 1,63% 6,68% 6,90% 83% 8% 50,7% 11,3% 13,6%

13 2020 -7,4% -0,79% 5,97% 0,3% 97,5% 2,5% 38,1% 9,6% 9,9%
FNB Moçambique, SA
2019 -17,8% -1,7% 7,1% 0,2% 105% 2,5% 35,7% 12,0% 11,4%

14 2020 1,9% 0,33% 5,27% 1,4% 100,5% 0,6% 21,3% 6,7% 6,7%
Moza Banco, SA
2019 -9,2% -1,98% 5,95% 2,1% 98,0% 2,0% 25,8% 7,9% 8,0%

15 MyBucks Banking 2020 -21,000% 1,430% 13% 1% 99% 25% 15% -15% 16%
Corporation, SA 2019 -20% 3% 21% 3% 74% 42% 12,87% -18% 24%

16 Nedbank 2020 -12% -1% 5% 0% 74% 8,59% 1% 6% 7%

Moçambique, SA 2019 16% 2% 6% 0% 64% 7,92% 1% 6% 9%

17 Société Générale 2020 1,816% 0,266% 5% 3% 81% 5% 40% 6% 8%

Moçambique, SA 2019 0% 0% 5% 4% 87% 6% 3,86% 9% 10%

18 Socremo 2020 0,9% 0,3% 19% 3,9% 65,2% 17,1% 13,9% 18,4% 28,2%
Microbanco, SA 2019 12,7% 4,6% 30% 4,2% 71,6% 19,9% 15,5% 19,2% 26,9%

19 2020 20,4% 4,2% 6,8% 3,9% 47,3% 11,7% 36,2% 5,0% 10,6%
Standard Bank, SA
2019 21,5% 4,5% 7,9% 4,0% 47% 14,3% 33,4% 5,6% 11,9%

20 United Bank for Africa 2020 -3,9% -2,6% 5,1% 2,2% 72% 6% 38% 7% 6%
Moçambique, SA 2019 -1,9% -1,6% 6,5% 2,2% 64% 5% 29% 7% 8%

2020 11% 2,09% 6% 3% 59% 10% 26% 5% 9%

Average
2019 15% 2,75% 7% 3% 61% 10% 25% 6% 11%

47
10.
Nome do Banco
comercial
Name of commercial Bank
Crescimento
Growth
Ano
Year
Variação nos
activos totais
Change in total
assets
Variação no
crédito total
Change in loans
and advances
Variação nos
depósitos
Change in
deposits
Variação nos resultados
operacionais antes do
imposto Change in profit/
(loss) before tax
Variação nos lucros/
(prejuízos) líquidos
totais
Change in net profit/(loss)

Unit % % % % %

1 2020 16,58% 39,75% 15,43% -72,42% -75,29%

ABSA Bank
Moçambique) SA 2019 8,18% 31,77% 14,67% -34,94% -24,06%

2 Access Bank Mozambique, 2020 14% N/A N/A -101% -101%

SA 2019 N/A N/A N/A N/A N/A

3 African Banking 2020 4% -2% 17% -93% -37%

Corporation(
Moçambique) SA 2019 18% 25% 21% -215% -179%

4 Banco Comercial e de 2020 17,3% 4,4% 21,1% -18,1% -22,7%

Investimentos, SA 2019 6,2% 0,5% 8,3% -17,3% -14,2%

5 Banco Internacional de 2020 12,3% -4,4% 17,4% -29,4% -23,6%

Moçambique, SA 2019 7,6% -11,1% 6,4% 9,0% 5,4%

6 2020 6% 6% 52% 16% 18%

Banco Letshego, SA
2019 19% 32% 41% 61% 71%

7 Banco Mais - Banco 2020 35% 7% 61% -38% -40%

Moçambicano de Apoio
aos Investimentos S.A 2019 -15% 22% -41% 164% 154%

8 2020 51% 87,7% 126,14% 60,94% 113,35%

Banco Nacional de
Investimento SA 2019 -12% 14,75% 40,33% -49,25% -64,65%

9 2020 24. 14% 19,96% 29 .98% -8,00% -9,61%

Bayport Financial
Services, SA 2019 44% 38,59% 106,29% 55,78% 56,27%

10 2020 -9% 0,00% -52,66% 2,72% 1,43%

BIG - Banco de
Investimento Global, SA 2019 108% 0,00% 86,15% 52,15% 49,58%

11 2020 -3% 102,53% 1,90% -99,54% 188,42%

Ecobank
Moçambique, SA 2019 1% -63,76% 16,85% 918,31% 628,42%

12 First Capital Bank 2020 46,7% 48% 70% 4% 88%

Mozambique, SA 2019 73,2% 99% 48% 718% 771%

13 2020 25,6% -2,4% 24,3% 145,7% 43,1%

FNB Moçambique, SA
2019 6,2% -39% 13% -434% 11%

14 2020 13,7% 1,20% 19,8% 139,5% 118,8%

Moza Banco, SA
2019 14,8% 30,8% 17,9% -4,5% -0,9%

15 MyBucks Banking 2020 273% 73% 155% 170% 133%

Corporation, SA 2019 211% 2% 28% 237% 230%

16 2020 16% -7,71% 18,73% -99,99% -178,37%

Nedbank Moçambique, SA
2019 7% -11,92% 3,02% 9,24% 15,60%

17 Société Générale 2020 64% 23% 76% 138% 4220%

Moçambique, SA 2019 29% 25% 26% -146% -101%

18 Socremo 2020 1% -5,6% 0,9% -97,4% -92,7%

Microbanco, SA 2019 21,4% 8,4% 19,9% -3,7% 2,8%

19 2020 20% 33% 26% 7,2% 10,2%

Standard Bank, SA
2019 19% -1% 20% -8% -12%

20 United Bank for Africa 2020 33% 352% 71% -438% 90%
Moçambique, SA 2019 -1% 15% -16% -74% -25%

2020 17% -16% 6% -12% 233%

Average
2019 475% -16% 6% -924% 233%

48
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

11. Nome do Banco

comercial
Name of commercial
Bank
Dimensão e Rentabilidade
Size and profitability
Ano
Year
Activo total
Total assets

MZN'000
Activos totais médios
Average total assets

MZN'000
Activo
ponderado
Weighted assets

MZN'000
Crédito total
Total loans

MZN'000
Depósitos
Deposits

MZN'000
Fundos
Próprios
Shareholders’
funds

MZN'000

1 2020 47 991 486 44 579 201 35 614 811 23 816 523 36 370 457 7 680 977

ABSA Bank
Moçambique,SA 2019 41 166 915 39 609 888 30 112 622 17 042 537 31 507 927 7 433 989

2 2020 2 788 966 2 610 840 1 909 919 41 073 144 415 2 330 018

Access Bank
Mozambique, SA 2019 2 441 784 2 441 784 2 068 035 - - 2 328 811

3 African Banking 2020 15 529 797 15 231 375 9 211 377 6 010 244 12 751 681 1 793 716

Corporation(
Moçambique) SA 2019 14 932 953 13 777 086 7 856 648 6 141 277 10 907 236 2 129 937

4 2020 191 436 455 177 339 608 66 620 037 75 672 656 151 857 027 17 478 650

Banco Comercial e de
Investimentos, SA 2019 163 242 760 158 442 120 57 906 320 72 471 638 125 378 628 15 452 199

5 2020 179 937 350 170 098 410 50 750 912 48 053 179 137 772 716 34 384 105

Banco Internacional de
Moçambique, SA 2019 160 259 469 154 571 292 44 101 240 50 257 833 117 309 141 34 293 758

6 2020 10 317 371 10 041 274 7 771 654 8 937 112 2 515 819 5 013 602

Banco Letshego, SA
2019 9 765 177 8 978 282 6 943 666 7 832 378 1 654 313 3 728 615

7 Banco Mais - Banco 2020 3 528 657 3 070 855 2 359 544 1 769 383 2 260 555 993 889
Moçambicano de Apoio
aos Investimentos S.A 2019 2 613 054 2 851 020 2 093 425 1 651 179 1 404 414 906 024

8 2020 9 154 228 7 605 305 7 753 844 4 247 654 1 784 296 3 405 765

Banco Nacional de
Investimento SA 2019 6 056 383 6 470 945 6 332 508 2 262 696 789 025 3 315 267

9 2020 13 585 407 12 264 413 9 763 624 11 162 676 2 767 711 2 608 802

Bayport Financial
Services, SA 2019 10 943 419 9 259 036 8 721 293 9 305 273 2 129 338 2 216 183

10 2020 2 710 749 2 842 677 1 007 998 - 592 973 2 052 012

BIG - Banco de
Investimento Global, SA 2019 2 974 605 2 202 229 621 017 - 1 252 616 1 631 294

11 2020 3 949 846 4 003 693 2 447 973 817 824 2 424 302 1 146 862

Ecobank Moçambique
SA 2019 4 057 541 4 042 024 1 380 265 403 796 2 379 188 1 210 303

12 2020 7 714 692 6 486 909 3 667 106 2 327 868 5 732 405 1 790 538

First Capital Bank
Mozambique, SA 2019 5 259 126 4 147 878 2 638 923 1 574 372 3 377 290 1 595 380

13 2020 20 601 335 18 501 368 9 259 544 3 509 929 17 791 755 2 194 388

FNB Moçambique, SA
2019 16 401 401 15 920 847 7 316 743 3 597 017 14 313 152 1 607 929

14 2020 47 533 516 44 675 416 25 002 000 28 940 477 35 150 178 7 925 840

Moza Banco, SA
2019 41 817 315 39 114 304 26 950 405 28 596 423 29 346 124 7 780 293

15 2020 4 772 131 3 761 683 2 338 325 2 325 570 3 297 836 294 176

MyBucks Banking
Corporation, SA 2019 2 682 672 2 549 343 2 204 777 1 792 833 1 291 506 321 835

16 Nedbank 2020 32 157 426 29 951 688 18 698 464 10 525 442 26 732 476 3 712 477

Moçambique, SA 2019 27 745 949 26 849 344 17 219 461 11 404 264 22 515 462 4 108 774

17 2020 14 889 442 11 986 806 13 265 732 5 727 400 12 796 990 1 898 268

Société Générale
Moçambique, SA 2019 9 084 170 8 060 615 6 751 486 4 675 812 7 256 779 1 616 359

18 2020 1 881 926 1 875 231 1 069 350 1 054 421 1 092 786 695 796

Socremo
Microbanco, SA 2019 1 868 536 1 703 703 1 118 364 1 117 070 1 083 508 689 821

19 2020 143 419 007 131 359 501 83 967 555 38 906 204 111 663 528 28 423 042

Standard Bank, SA
2019 119 299 996 109 619 090 65 475 003 30 126 962 88 479 260 24 922 295

20 2020 4 306 535 3 770 522 2 057 541 308 817 2 312 904 1 190 713

United Bank for Africa
Moçambique, SA 2019 3 234 508 3 248 281 925 263 68 274 1 354 901 1 287 242

2020 758 206 324 702 056 775 354 537 311 274 154 454 567 812 808 127 013 635

TOTAL
2019 645 847 733 613 859 110 298 737 464 250 321 633 463 729 809 118 576 307

49
Nome do Banco comercial Ano No de No de Balcões No de ATMs Resultados operacionais Lucro/(prejuízo)
Name of commercial Bank Year Trabalhadores No. of branches No. de ATMs Antes do imposto líquido
No. of employees Profit before tax Net profit/(loss)

MZN'000 MZN'000
1 2020 705 50 110 313 843 259 054
ABSA Bank
Moçambique,SA 2019 756 44 118 1 138 139 1 048 185

2 2020 70 1 - 1 677 1 207

Access Bank
Mozambique, SA 2019 39 - - (112 305) (112 305)

3 African Banking 2020 277 10 23 (15 581) (91 986)

Corporation
(Moçambique) SA 2019 286 10 22 (233 890) (144 964)

4 2020 2 770 211 587 3 813 026 2 671 692

Banco Comercial e de
Investimentos, SA 2019 2 841 208 617 4 656 463 3 454 119

5 2020 2 439 199 507 5 888 151 5 124 899

Banco Internacional de
Moçambique, SA 2019 2 524 200 523 8 340 580 6 708 307

6 2020 171 13 - 1 100 376 721 829

Banco Letshego, SA
2019 175 13 - 948 214 611 155

7 Banco Mais - Banco 2020 77 7 5 99 578 87 865

Moçambicano de Apoio
aos Investimentos, S.A 2019 86 7 5 161 409 146 667

8 2020 65 1 - 216 609 137 512

Banco Nacional de
Investimento SA 2019 59 1 - 134 588 64 454

9 2020 201 18 - 583 838 392 618

Bayport Financial
Services, SA 2019 240 18 - 634 600 434 377

10 2020 37 1 - 324 280 244 403

BIG - Banco de
Investimento Global, SA 2019 38 1 - 315 683 240 956

11 2020 70 4 19 248 (72 181)

Ecobank
Moçambique, SA 2019 70 4 20 54 154 (25 026)

12 2020 118 5 9 91 328 127 558

First Capital Bank
Mozambique, SA 2019 107 5 9 87 802 67 720

13 2020 328 15 45 45 044 (162 529)

FNB Moçambique, SA
2019 298 15 43 (98 625) (285 466)

14 2020 927 70 118 225 214 145 547

Moza Banco, SA
2019 919 62 123 (570 318) (775 633)

15 2020 175 13 4 (87 121) (68 257)

MyBucks Banking
Corporation, SA 2019 236 13 4 (93 189) (70 806)

16 Nedbank 2020 615 22 49 91 (396 297)

Moçambique, SA 2019 620 23 35 608 092 505 644

17 2020 139 6 10 77 128 31 910

Société Générale
Moçambique, SA
2019 144 5 6 32 437 739

18 2020 306 18 - 2 850 5 975

Socremo
Microbanco, SA 2019 316 15 - 110 295 81 940

19 2020 1 196 51 251 7 191 133 5 452 777

Standard Bank, SA
2019 1 198 55 256 6 433 487 4 946 325

20 2020 93 4 5 (48 949) (96 529)

United Bank for Africa
Moçambique, SA 2019 95 3 5 14 498 (50 888)

2020 10 779 719 1 742 19 822 763 14 517 066

TOTAL
2019 11 047 702 1 786 22 562 114 16 845 500

50
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
12.
Introdução
Covid-19 impact on
O susto da Covid-19 é real. Começa-se a ver o seu impacto nos
Lenders
Impactos da Covid-19 no relato financeiro
agentes económicos, para além do impacto imediato nas pessoas. Os
governos, para além das várias restrições, têm igualmente começado
a pôr em prática medidas económicas a fim de controlar a situação. O
apoio governamental tem assumido diferentes formas em diferentes
jurisdições. Em alguns casos, os governos mandataram suspensões
temporárias do pagamento de prestações aos mutuários, embora na
maioria dos casos esses acordos sejam uma negociação directa entre o
credor e o mutuário sem intervenção governamental.
Governos e Bancos Centrais estão a tomar medidas no sentido de
mitigar os impactos económicos adversos da pandemia do Covid-19. As
iniciativas variam entre países, mas geralmente incluem:
pagamentos por transferência directa ou abates/reduções fiscais a
agregados familiares e negócios;
• reduções ou renúncia aos pagamentos de locações;
• moratórias ou suspensões temporárias do pagamento de
prestações sobre empréstimos de instituições financeiras a
agregados familiares e negócios;
• programas para conceder empréstimos adicionais ou facilidades
de empréstimo aos agregados familiares e negócios; e
• garantias governamentais de empréstimos a famílias e negócios.
As instituições financeiras podem também estar a fornecer medidas
aos mutuários no âmbito dos seus próprios programas pré-existentes
ou novos no contexto da Covid-19, tais como renegociações de dívidas
ou reagendamento dos fluxos de caixa. A seguir analisaremos a NIRF 9:
Implicações dos instrumentos financeiros das medidas da COVID-19.
2) Perdas de crédito esperadas
- considerações gerais
A NIRF 9 requer a aplicação de julgamento e exige que as entidades
ajustem as suas abordagens para determinar as perdas de crédito
esperadas em diferentes circunstâncias. Uma série de pressupostos e
ligações subjacentes à forma como as entidades implementaram os
requisitos da perda de crédito esperada da NIRF 9 até à data podem já
não se verificar no ambiente actual. Uma entidade não deve continuar a
aplicar mecanicamente a sua metodologia de perda de crédito esperada
existente, mas, em vez disso, precisa de considerar que mudanças de
abordagem são necessárias para representar fielmente as perdas de
crédito esperadas no contexto da Covid-19. [Declaração do IASB NIRF
9 e covid-19]. O impacto da Covid-19 e as medidas de apoio que estão
a ser implementadas variam consoante o país. Ao aplicar a NIRF 9, uma
entidade terá de avaliar os factos e circunstâncias relevantes.
2.1 Efeito das medidas de apoio governamental nas
condições e previsões económicas
As perdas de crédito esperadas são uma estimativa imparcial de
probabilidades que reflecte informação razoável e sustentável que está
disponível sem custos e esforços indevidos na data do relato. Isto inclui
informação sobre eventos passados, condições atuais e previsões das
condições económicas futuras. [IFRS 9.5.5.17]
5451
Introduction
Covid-19 scare is real. We have started to see its impact on the economic
players in addition to the immediate impact on people. Governments,
in addition to the various restrictions, have also started to put in place
economic measures to manage the situation. Government support
has taken different forms in different jurisdictions. In some cases,
governments have mandated payment holidays for borrowers, though
in most cases payment holidays are a direct negotiation between lender
and borrower without government intervention.
Governments and Central Banks are launching measures to mitigate the
adverse economic impacts of the Covid-19 pandemic.
The initiatives vary between countries but generally include:
• reductions in or waiver of lease payments;
• moratoria or payment exemptions on loans from financial
institutions to households and businesses; direct transfer
payments or tax rebates or relief to households and businesses;
• programmes to provide additional loans or borrowing facilities to
households and businesses; and
• government guarantees of loans to households and businesses.
Financial institutions might also be providing measures to borrowers
under their own pre-existing or new programmes in the context of
Covid-19, such as debt renegotiations or cash-flow rescheduling. Below
we are going to look at the IFRS 9: Financial Instruments implications of
the COVID-19 measures.
2) Expected credit losses
– general considerations
IFRS 9 requires the application of judgement and requires entities to
adjust their approaches to determining expected credit losses (ECLs)
in different circumstances. A number of assumptions and linkages
underlying the way entities have implemented the ECL requirements
of IFRS 9 to date may no longer hold in the current environment. An
entity should not continue to apply their existing ECL methodology
mechanically but instead needs to consider what changes in approach
are necessary to faithfully represent ECLs in the context of Covid-19. [IASB
statement IFRS 9 and covid-19]. The impact of Covid-19 and the support
measures being implemented vary by country. In applying IFRS 9, an
entity will need to evaluate the relevant facts and circumstances.
2.1 Effect of government support measures on economic
conditions and forecasts
ECLs are an unbiased probability-weighted estimate that reflects
reasonable and supportable information that is available without undue
cost and effort at the reporting date. This includes information about past
events, current conditions and forecasts of future economic conditions.
[IFRS 9.5.5.17]

Por conseguinte, ao avaliar as condições económicas, uma entidade tem
em consideração ambos:
• efeitos directos da Covid-19 e das medidas governamentais para
contê-la, que conduziram a grandes restrições na actividade
económica, do emprego e da confiança empresarial com um
impacto negativo nas condições de crédito; e
• medidas significativas de apoio governamentais e outras
medidas de apoio que estão a ser fornecidas – as quais se
destinam a mitigar o impacto negativo.
Quando os governos ou outros terceiros fornecem ou fornecerão caixa
ou outros recursos directamente a um mutuário, isto pode levar a
uma redução tanto do risco de incumprimento por parte do mutuário
sobre a sua exposição a um credor como do montante das perdas que
podem surgir sobre essa exposição se ocorrer um incumprimento.
Portanto, tais medidas são directamente relevantes para a estimativa das
probabilidades de incumprimento e das perdas esperadas resultantes de
incumprimentos e podem servir para reduzir a incidência de exposições
que sofrem um aumento significativo do risco de crédito.
Quando um governo ou outro terceiro fornece ao credor uma garantia
sobre um empréstimo a um mutuário, a garantia não tem impacto directo
na Probabilidade de Incumprimento do empréstimo para efeitos da NIRF
9 e, portanto, não mitiga directamente a incidência de exposições que
sofrem um aumento significativo do risco de crédito. No entanto, se a
garantia for parte integrante dos termos do empréstimo, as recuperações
esperadas ao abrigo da garantia são incluídas na mensuração das perdas
de crédito esperadas. Se a garantia não for integral, então a garantia é
contabilizada separadamente. Apesar desta análise técnica em relação às
garantias governamentais recebidas pelo credor, a prestação de garantias
governamentais a classes ou segmentos de mutuários pode contribuir
positivamente para as condições macroeconómicas globais, melhorando
a confiança empresarial e reduzindo as liquidações forçadas de negócios.
O efeito da prestação de apoio pelos governos ao sector privado
nas projeções económicas dependerá da natureza das medidas e da
informação razoável e sustentável, incluindo informação prospectiva que
esteja disponível sobre as mesmas, como por exemplo:
• a natureza e extensão do apoio a ser prestado;
• quando será iniciado o apoio e durante quanto tempo este será
prestado;
• os tipos e o número de mutuários que serão elegíveis;
• os critérios de elegibilidade, incluindo as circunstâncias em que o
apoio poderá ser retirado;
• se a prestação do apoio fica ao critério de uma autoridade
emissora;
• os detalhes publicados dos programas decretados e as propostas
para futuros programas;
• limites do montante total ou do montante do apoio por mutuário;
• capacidade operacional para prestar apoio em tempo útil (por
exemplo, o efeito de atrasos administrativos); e
• disponibilidade de fundos públicos para prestar apoio. [NIRF
9.5.5.17].
Wilfred Zvarevashe
Senior Manager
Therefore, in assessing economic conditions, an entity gives consideration
both to:
• the direct effects of Covid-19 and government measures
to contain it, which have led to big decreases in economic
activity, employment and business confidence with a negative
impact on credit conditions; and
• the significant government and other support measures
being provided – which are intended to mitigate the negative
impact.
When governments or other third parties do or will provide cash or other
resources directly to a borrower, this may lead to a reduction in both
the risk of the borrower defaulting on its exposure to a lender and the
amount of losses that may arise on that exposure if a default does occur.
Therefore, such measures are directly relevant for estimating probabilities
of default (PDs) and expected losses arising from defaults and may serve
to reduce the incidence of exposures suffering a significant increase in
credit risk (SICR).
When a government or other third party provides the lender with a
guarantee over a loan to a borrower, the guarantee does not directly
impact the PD of the loan for IFRS 9 purposes and therefore does not
directly mitigate against the incidence of exposures suffering a SICR.
However, if the guarantee is integral to the terms of the loan, expected
recoveries under the guarantee are included in measuring ECLs. If the
guarantee is not integral, then the guarantee is accounted for separately.
Notwithstanding this technical analysis in respect of government
guarantees received by the lender, the provision of government
guarantees to classes or segments of borrowers may contribute positively
to overall macroeconomic conditions by improving business confidence
and reducing forced liquidations of businesses.
The effect of the provision of support by governments to the private
sector on economic projections will depend on the nature of the
measures and the reasonable and supportable information, including
forward-looking information that is available about them such as:
• the nature and extent of support to be provided;
• when support will be initiated and for how long it will be
provided;
• the types and numbers of borrowers who will be eligible;
• qualifying criteria, including circumstances under which support
may be withdrawn;
• whether the provision of support is at the discretion of an
authorising authority;
• published details of enacted programmes and proposals for
future programmes;
• limits on the total amount or per-borrower amount of support;
• operational ability to deliver support on a timely basis (e.g. the
effect of administrative delays); and
• availability of public funds to deliver support. [IFRS 9.5.5.17]
52
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
2.2 Presunção ilidível há mais de 30 dias
Há uma presunção elidível de que ocorreu um aumento significativo do
risco de crédito quando os pagamentos contratuais estão vencidos há
mais de 30 dias. Uma entidade pode refutar esta presunção se possuir
informações razoáveis e suportáveis que demonstrem que o risco de
crédito não aumentou significativamente desde o reconhecimento
inicial, apesar de os pagamentos contratuais estarem vencidos há mais
de 30 dias. [NIRF 9.5.5.11, B5.5.20].
É possível que tal caso possa surgir quando um mutuário enfrenta
restrições de liquidez a curto prazo em resultado da pandemia do
Covid-19 e o credor tenha informações razoáveis e suportáveis de que o
mutuário receberá assistência do governo ou de um terceiro que resolverá
essas restrições e não há outras indicações de aumento significativo do
risco de crédito em relação ao mutuário individual.
2.3 Orientação dos supervisores prudenciais
Alguns supervisores internacionais e nacionais emitiram recentemente
orientações relacionadas com as medidas de apoio à Covid-19. Isto está
principalmente relacionado com os requisitos de relato regulamentar e
de solvência, mas alguns deles também comentam a contabilidade ao
abrigo das normas NIRF. Os supervisores podem igualmente comunicar
os seus pontos de vista sobre relatos financeiros a credores fora dos
documentos de orientação publicados formalmente.
As Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) têm encorajado
as empresas a “considerar a orientação fornecida pelos reguladores
prudenciais e de valores mobiliários”. Este é um conselho apropriado. Não
significa que a aplicação de qualquer orientação de um supervisor possa
ser considerada consistente com as normas NIRF - antes, as empresas
terão de avaliar se a sua aplicação seria consistente com as normas NIRF.
[Declaração do IASB NIRF 9 e covid-19].
3. Suspensões temporárias do pagamento
de prestações e outras alterações aos
fluxos de caixa contratuais -modificações
de activos financeiros
3.1 Determinar se há uma modificação
Quando uma mensuração tem impacto nos fluxos de caixa de um
activo financeiro ou compromisso, o credor terá de avaliar se existe uma
modificação dos fluxos de caixa contratuais do activo financeiro:
• Se o credor e o mutuário concordarem com uma alteração nos fluxos
de caixa contratuais de um instrumento financeiro, por exemplo,
quando se acorda uma suspensão temporária do pagamento de
prestações ou uma extensão de crédito, então há uma modificação.
• As orientações da NIRF 9 sobre activos financeiros modificados
também seriam aplicáveis se a lei impuser uma alteração no
montante ou no momento em que os fluxos de caixa são exigidos
nos termos do contrato - por exemplo, se o governo impuser
suspensão temporária do pagamento de prestações obrigatória.
Em alguns casos, um governo poderia impor medidas administrativas
gerais que poderiam indirectamente afectar os fluxos de caixa que o
credor espera receber, mas que não representam uma modificação do
contrato. Por exemplo, o governo poderia colocar restrições temporárias
à capacidade de tomar medidas legais contra mutuários em falta ou à
execução de garantias; neste caso, o credor teria de considerar se essas
medidas teriam impacto no montante das perdas de crédito esperadas
que reconhece - por exemplo, alterando o montante ou o prazo dos
fluxos de caixa que se espera recuperar em caso de incumprimento. Tal
medida poderia também alterar a capacidade de vender um empréstimo
na sequência de incumprimento ou o preço esperado que poderia ser
obtido com a venda. As medidas governamentais podem também
afectar indirectamente os fluxos de caixa, afectando as taxas de pré-
pagamento esperadas.
5653
2.2 More than 30 days past due rebuttable presumption
There is a rebuttable presumption that a SICR has arisen when contractual
payments are more than 30 days past due. An entity can rebut this
presumption if it has reasonable and supportable information that
demonstrates that the credit risk has not increased significantly since
initial recognition even though the contractual payments are more than
30 days past due. [IFRS 9.5.5.11, B5.5.20]
It is possible that such a case might arise where a borrower faces short-
term liquidity constraints as a result of the Covid-19 pandemic and the
lender has reasonable and supportable information that the borrower
will receive assistance from the government or another third party
that will resolve these constraints and there are no other indications of
significant increase in credit risk in respect of the individual borrower.
2.3 Guidance from prudential supervisors
Some international and national supervisors have recently issued
guidance related to Covid-19 support measures. This mostly relates
to regulatory reporting and solvency requirements but some of it also
comments on accounting under IFRS Standards. Supervisors might also
communicate their views on financial reporting to lenders outside of
formal published guidance documents.
The IASB has encouraged companies to “consider guidance provided by
prudential and securities regulators.” This is appropriate advice. It does
not mean that applying any guidance from a supervisor can be assumed
to be consistent with IFRS Standards - rather companies will need to
evaluate whether applying it would be consistent with IFRS Standards.
[IASB statement IFRS 9 and covid-19].
3. Payment holidays and other changes to
contractual cash flows
– modifications of financial assets
3.1 Determining whether there is a modification
When a measure impacts the cash flows from a financial asset or
commitment, the lender will need to evaluate whether there is a
modification of the contractual cash flows of the financial asset:
• If the lender and the borrower agree to a change in the
contractual cash flows of a financial instrument, for example
when a payment holiday or a credit extension is agreed, then
there is a modification.
• The guidance in IFRS 9 on modified financial assets also would
be expected to apply if the law imposes a change in the amount
or timing of cash flows that are required under the contract – e.g.
if the government imposes a mandatory payment holiday.
In some cases, a government might impose general administrative
measures that could indirectly impact the cash flows that the lender
expects to receive but which do not represent a modification of
the contract. For example, the government might place temporary
restrictions on the ability to take legal action against defaulting
borrowers or on the enforcement of collateral; in this case, the lender
would need to consider whether those measures impact the amount
of ECLs that it recognises - e.g. by changing the amount or timing
of cash flows expected to be recovered on default. Such a measure
might also change the ability to sell a loan following default or the
expected price that might be realised from selling. Government
measures might also indirectly affect cash flows by impacting
expected prepayment rates.

3.2 Determinar se uma modificação resulta em
desreconhecimento
A NIRF 9 exige que um activo financeiro (ou parte de um activo financeiro)
seja desreconhecido quando expiram os direitos contratuais aos seus
fluxos de caixa. Além disso, uma entidade anula uma parte de um activo
financeiro quando a entidade não tem expectativas razoáveis de recuperar
os fluxos de caixa contratuais NIRF 9.3.2.2-3, 5.4.4, B3.2.16 (o)].
O credor deve efectuar uma avaliação quantitativa e qualitativa para
determinar se a modificação é substancial - ou seja, se os fluxos de
caixa do activo financeiro original e do activo financeiro modificado
são substancialmente diferentes. Se os fluxos de caixa forem
substancialmente distintos, então acreditamos que os fluxos de caixa
contratuais do activo financeiro original devem ser considerados como
expirados e que o activo financeiro original é desreconhecido.
No entanto, se uma modificação diz simplesmente respeito ao perdão de
uma parte dos fluxos de caixa (ou seja, fluxos de caixa especificamente
identificados ou uma proporção estritamente proporcional), então a
modificação seria reflectida pelo desreconhecimento dessa parte e pelo
reconhecimento de uma perda correspondente. A NIRF 9 não fornece
orientações sobre quando uma modificação de um activo financeiro
deve ser considerada substancial. Por conseguinte, a avaliação para
determinar se uma modificação é substancial dependerá das políticas
contabilísticas desenvolvidas pelo credor e poderá exigir o exercício
de julgamento. Nos casos em que o credor concede uma suspensão
temporária do pagamento e o valor económico líquido do empréstimo
não é significativamente afectado, é pouco provável que a modificação
seja considerada substancial.
Se o mutuário já se encontrar em dificuldades financeiras significativas
e o empréstimo estiver em imparidade de crédito, então, na nossa
experiência, é também menos provável que um credor possa considerar
que uma modificação seja substancial, uma vez que a natureza e
objectivo da modificação é geralmente maximizar a recuperação dos
fluxos de caixa originais em vez de originar um novo activo em termos de
mercado. Além disso, se o mutuário estiver em dificuldades financeiras
significativas e a modificação não reflectir nenhuma expectativa razoável
de recuperação de uma parte do activo financeiro original, então, na nossa
experiência, o credor anula essa parte do montante bruto escriturado
do activo financeiro. Isto pode adequar o montante bruto escriturado
aos fluxos de caixa contratuais modificados e, portanto, pode também
indicar que o efeito quantitativo da modificação não é substancial.
4. Determinação das fases dos activos
financeiros modificados que não foram
desreconhecidos
Fase 3?
O credor terá primeiro de considerar se um activo financeiro modificado
está em imparidade de crédito (ou seja, a Fase 3). Este será geralmente o
caso em que:
• o mutuário encontrava-se em dificuldades financeiras ou
económicas significativas (ou havia outras evidências de imparidade
de crédito) antes da modificação e essas dificuldades tiveram um
impacto prejudicial sobre os fluxos de caixa futuros estimados; e
• não é razoável concluir que a modificação dissipa imediatamente
qualquer impacto prejudicial em relação aos fluxos de caixa
modificados.
Se a modificação resultar em concessão particularmente significativa
a um mutuário, especialmente se esta exceder o alívio dado a outros
mutuários ao abrigo de um programa de assistência, isto pode ser um
indicador de que existe uma imparidade de crédito persistente.
IN
years
3.2 Determining whether a modification results in
derecognition
IFRS 9 requires that a financial asset (or part of a financial asset) be
derecognised when the contractual rights to its cash flows expire. Also,
an entity writes off a portion of a financial asset when the entity has no
reasonable expectations of recovering the contractual cash flows [IFRS
9.3.2.2-3, 5.4.4, B3.2.16 (o)].
The lender should perform a quantitative and qualitative evaluation of
whether the modification is substantial – i.e. whether the cash flows of the
original financial asset and the modified financial asset are substantially
different. If the cash flows are substantially different, then we believe that
the contractual cash flows from the original financial asset should be
deemed to have expired and the original financial asset is derecognised.
However, if a modification relates simply to forgiving a part of the cash
flows (i.e. specifically identified cash flows or a strictly pro rata proportion),
then the modification would be reflected by derecognising that part and
recognising a corresponding loss. IFRS 9 does not provide guidance on
when a modification of a financial asset should be considered substantial.
Therefore, the assessment of whether a modification is substantial will
depend on the lender’s developed accounting policies and may require
the exercise of judgement. Where the lender provides temporary
payment relief and the net economic value of the loan is not significantly
affected, the modification would be unlikely to be considered substantial.
If the borrower is already in significant financial difficulties and the loan
is credit-impaired, then, in our experience, it is also less likely for a lender
to be able to consider that a modification is substantial as the nature
and objective of the modification is usually to maximise recovery of
the original cash flows rather than to originate a new asset on market
terms. Also, if the borrower is in significant financial difficulties and the
modification reflects no reasonable expectation of recovering a portion
of the original financial asset, then, in our, experience the lender writes
off that portion of the gross carrying amount of the financial asset. This
may align the gross carrying amount with the modified contractual
cash flows and thus also may indicate that the quantitative effect of the
modification is not substantial.
4. Determining the staging of modified
financial assets that were not
derecognised
Stage 3?
The lender will first need to consider whether a modified financial asset is
credit-impaired (i.e. Stage 3). This will generally be the case where:
• the borrower was in significant financial or economic difficulties
(or there was other evidence of credit-impairment) prior to the
modification and those difficulties had a detrimental impact on the
estimated future cash flows; and
• it is not reasonable to conclude that the modification immediately
dispels any such detrimental impact in relation to the modified cash
flows.
If the modification results in a particularly significant concession to a
borrower, especially if this exceeds the relief given to other borrowers
54
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
Fase 1 ou Fase 2?
Se a modificação não resultar no desreconhecimento do activo financeiro
original, então o credor avalia se houve um aumento significativo do
risco de crédito comparando:
• o risco de incumprimento na data do relato com base nos termos
contratuais modificados; com
• o risco de incumprimento no reconhecimento inicial com
base nos termos contratuais originais, não modificados.
[NIRF 9.5.5.12, B5.5.27].
O credor pode ter anteriormente adoptado uma abordagem de estimar
que todas as suspensões temporárias do pagamento de prestações
e conceções semelhantes constituíam um indicador qualitativo que
automaticamente exigia uma exposição a ser transferida para a Etapa 2
(ou Etapa 3). Contudo, conforme o IASB declarou no contexto da Covid-19,
a extensão da suspensão temporária do pagamento de prestações a
todos os mutuários em determinadas classes de instrumentos financeiros
não deveria resultar automaticamente em que todos esses instrumentos
fossem considerados como tendo sofrido um Aumento Significativo
do Risco de Crédito. Do mesmo modo, um credor não pode assumir
que todas as exposições sujeitas ao agendamento devem ser incluídas
na Etapa 1. [Perspetivas 7.8.130.30, declaração IASB NIRF 9 e covid-19].
Os seguintes pontos devem ser considerados para determinar até que
ponto os empréstimos modificados devem ser incluídos na Etapa 2:
• A avaliação do risco de crédito é um processo holístico que
considera a informação disponível razoável e sustentável, tanto
quantitativa como qualitativa e incluindo informação prospectiva.
[NIRF 9.B5.5.49].
• Ao determinar em que medida a participação num programa
de suspensões temporárias do pagamento de prestações é um
indicador de um aumento do risco de crédito, o credor considera
as características específicas do programa e quaisquer evidências
que este forneça relativamente à credibilidade dos mutuários
participantes, tais como:
- se a participação for automática (por exemplo, o governo impõe um
pagamento obrigatório de feriado) ou se o mutuário tiver de fazer um
pedido para participar;
- as condições de qualificação para o programa; e
- informação que o mutuário fornece ao credor. [NIRF 9.B5.5.15-17].
• O aumento significativo na avaliação do risco de crédito considera
as alterações no risco de incumprimento que ocorrem ao longo
da vida do instrumento2. Por conseguinte, embora a Covid-19
represente geralmente uma deterioração do crédito que afecta
muitos mutuários, uma questão-chave será a distinção entre
os casos em que as suspensões temporárias do pagamento de
prestações proporcionam alívio das restrições de liquidez a curto
prazo que afectam o mutuário e que não representam um aumento
significativo do risco de crédito, considerando toda a vida do
instrumento, e os casos em que há um aumento significativo do risco
de incumprimento durante toda a vida restante do instrumento
(por exemplo, devido a problemas de liquidez ou de solvência a
mais longo prazo). Esta é uma distinção extremamente desafiante
a fazer e dependerá geralmente da visão mais ampla do credor
sobre o impacto macroeconómico da Covid-19 - por exemplo,
quão profundos e longos serão os problemas macroeconómicos,
quando e com que rapidez poderá haver um regresso a tendências
económicas “normais” a longo prazo e a natureza, extensão e
duração do apoio directo do governo aos mutuários. [IFRS 9.5.5.9]
• Em alguns países, um esquema inicial de suspensões temporárias
do pagamento de prestações pode ser prolongado por um
período adicional, uma vez que as economias continuam a ser
afectadas por medidas de bloqueio. Um credor terá de avaliar os
termos e condições de qualquer prorrogação e as circunstâncias
que os rodeiam. Ao fazer a avaliação do Aumento Significativo do
Risco de Crédito em relação a empréstimos em que foi solicitada
uma segunda ou outra prorrogação, aplicam-se considerações
semelhantes às acima delineadas. Tal como no caso das suspensões
temporárias do pagamento de prestações inicial, não há presunção
automática de que a solicitação de um segundo adiamento significa
que houve um Aumento Significativo do Risco de Crédito. No
entanto, pode ser menos provável que tais mutuários continuem a
enfrentar apenas problemas de liquidez a curto prazo que não se
5855
under an assistance programme, this may be an indicator that there is
persisting credit impairment.
Stage 1 or Stage 2?
If the modification does not result in derecognition of the original
financial asset, then the lender assesses whether there has been a
significant increase in credit risk (SICR) by comparing:
• the risk of default at the reporting date based on the modified
contractual terms; with
• the risk of default on initial recognition based on the original,
unmodified contractual terms. [IFRS 9.5.5.12, B5.5.27].
The lender may previously have adopted an approach of estimating
that all payment holidays and similar reliefs were a qualitative
indicator that automatically required an exposure to be transferred
to Stage 2 (or Stage 3). However, as the IASB has stated in the context
of Covid-19, the extension of payment holidays to all borrowers in
particular classes of financial instruments should not automatically
result in all those instruments being considered to have suffered
an SICR. Equally, a lender cannot assume that all exposures subject
to rescheduling should be included in Stage 1. [Insights 7.8.130.30,
IASB statement IFRS 9 and covid-19]. The following points should be
considered in determining to what extent modified loans should be
included in Stage 2:
• The assessment of credit risk is a holistic process that considers
available reasonable and supportable information, both quantitative
and qualitative and including forward-looking information. [IFRS
9.B5.5.49]
• In determining to what extent participation in a payment holiday
programme is an indicator of an increase in credit risk, the lender
considers the specific features of the programme and any evidence
that it provides regarding the creditworthiness of participating
borrowers, such as:
- whether participation is automatic (e.g., the government imposes a
mandatory payment holiday) or the borrower has to make an application
to participate;
- qualifying conditions for the programme; and information that - the
borrower provides to the lender. [IFRS 9.B5.5.15-17]
• The SICR assessment considers changes in the risk of default
occurring over the lifetime of the instrument2. Therefore, although
Covid-19 generally represents a credit deterioration affecting many
borrowers, a key issue will be distinguishing between cases where
the payment holiday provides relief from short-term liquidity
constraints impacting the borrower that do not amount to a SICR
considering the entire life of the instrument vs. cases where there is
a significant increase in the risk of default over the entire remaining
life of the instrument (for example, because of longer-term liquidity
or solvency problems). This is an extremely challenging distinction
to make and will generally be dependent on the lender’s broader
views on the macroeconomic impact of Covid-19 – e.g. how deep
and long the macroeconomic problems will be, when and how
quickly there may be a return to longer-term “normal” economic
trends and the nature, extent and duration of direct government
support to borrowers. [IFRS 9.5.5.9]
• In some countries, an initial payment holiday scheme may be
extended for an additional period as economies continue to be
impacted by lockdown measures. A lender will need to evaluate
the terms and conditions of any extension and the circumstances
surrounding them. In making the SICR assessment in respect of
loans where a second or further extension has been requested,
similar considerations to the ones outlined above apply. As with
the initial payment holiday, there is no automatic presumption
that requesting a second deferral means that there has been a
SICR. However, it may be less likely that such borrowers continue
to face only short-term liquidity problems that do not amount
 traduzam num Aumento Significativo do Risco de Crédito.
Além disso, o credor pode ter informações mais actualizadas
específicas sobre um mutuário que solicite mais suspensões
temporárias do pagamento de prestações. Da mesma forma, Da
mesma forma, uma vez regredidas as condições temporárias da
Covid-19, um pedido de adiamento de pagamento adicional é mais
susceptível de indicar um Aumento Significativo do Risco de Crédito
ou imparidade de crédito.
• O rápido início da pandemia da Covid-19, o grande número de
mutuários afectados, a diferença extrema entre os seus impactos
económicos e outros choques financeiros recentes e o elevado
nível de incerteza quanto aos seus efeitos económicos futuros
significa que é pouco provável que o credor seja capaz de realizar
uma avaliação definitiva abrangente, incluindo informação
prospectiva, para cada exposição individual. Quando este é o caso,
as perdas de crédito esperadas ao longo da vida são reconhecidas
numa base colectiva que considera informação abrangente sobre
o risco de crédito, incluindo informação prospectiva, a fim de
aproximar o resultado que teria sido numa base individual [NIRF
9.B5.5.1-6, IE29-39]: Isto pode envolver a segmentação das carteiras
por características relevantes de risco de crédito partilhadas,
considerando como diferentes grupos podem ser afectados pela
Covid-19 - por exemplo, tipo de mutuário/instrumento, ocupação
ou indústria, localização geográfica e/ou prazo remanescente até
ao vencimento - e determinar se as exposições com características
particulares devem ser transferidas para a Fase 2.
• Mesmo dentro destes grupos, o risco de crédito vitalício de
diferentes mutuários será afectado de forma diferente pela
Covid-19. Se um credor não for capaz de agrupar instrumentos
financeiros para os quais se considera que o risco de crédito
aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial com
base em características de risco de crédito partilhadas, o credor
deve reconhecer perdas de crédito esperadas durante a vida útil
de uma parte ou proporção dos activos financeiros para os quais
se considera que o risco de crédito aumentou significativamente. A
determinação da (pro)porção em cada caso considerará as diferentes
características de risco de cada segmento e exigirá um julgamento
de crédito experiente. Poderá ser útil prestar especial atenção aos
mutuários que mostravam sinais de alguma deterioração do crédito
ou risco elevado mesmo antes do início da Covid-19. Ao efectuar a
avaliação colectiva, pode ser apropriado distinguir os mutuários que
tomam uma segunda ou subsequentes suspensões temporárias
do pagamento de prestações, refletindo o maior potencial de
deterioração significativa ao longo da vida útil do instrumento
ligado a esses grupos de exposições. [NIRF 9.B5.5.6, IE39].
• Se uma exposição tiver sido identificada como na Fase 2 (ou Fase 3)
antes da consideração dos efeitos da Covid-19, então, dependendo
das circunstâncias, é provável que a exposição permaneceria lá pelo
menos a curto prazo até que houvesse provas - tais como um bom
comportamento consistente de acordo com os termos modificados
- de que o risco de crédito tinha diminuído. [NIRF 9.B5.5.27, Insights
7.8.130.30].
Em conlusão, é evidente que não há necessidade de uma mudança nas
normas contabilísticas para dar conta dos impactos da COVID-19. O facto
de a IFRS 9 já conter princípios que irão auxiliar os contabilistas no registo
e apresentação dos impactos da COVID-19, embora esta pandemia não
tenha sido imaginação de ninguém quando a norma foi redigida, é uma
evidência de que uma estrutura de relato baseada em princípios triunfa
sobre uma estrutura baseada em regras.
Haverá orientações, acordos ou mesmo legislação que visem mitigar
os impactos da COVID-19 na economia, incluindo na esfera das perdas
de crédito. Deve ter-se o cuidado de assegurar que, quando os relatos
financeiros são preparados com base nas Normas Internacionais do Relato
Financeiro (NIRF), os requisitos da NIRF 19 prevalecem sobre quaisquer
orientações, acordos ou legislação dessa natureza. A administração deve,
portanto, assegurar que os princípios de relato financeiro das NIRF sejam
cumpridos.
to a SICR.
Additionally, the lender may have more up-to-date borrower-specific
information about a borrower that requests a further payment
holiday. Similarly, once the temporary conditions of Covid-19 have
receded, a request for a further payment deferral is more likely to
indicate SICR or credit impairment.
• The rapid onset of the Covid-19 outbreak, the large number of
borrowers affected, the extreme difference between its economic
impacts and other recent financial shocks and the high level of
uncertainty regarding its future economic effects means that it
is unlikely that the lender is able to perform a comprehensive
definitive assessment, including forward-looking information, for
each individual exposure. When this is the case, lifetime expected
credit losses are recognised on a collective basis that considers
comprehensive credit risk information, including forward-looking
information, in order to approximate what the result would have
been on an individual basis [IFRS 9.B5.5.1-6, IE29-39]: This may
involve segmenting portfolios by relevant shared credit risk
characteristics considering how different groups might be impacted
by Covid-19 – e.g. type of borrower/instrument, occupation or
industry, geographic location and/or remaining term to maturity –
and determining whether exposures with particular characteristics
should be transferred to Stage 2.
• Even within these groups, the lifetime credit risk of different
borrowers will be impacted differently by Covid-19. If a lender
is not able to group financial instruments for which the credit
risk is considered to have increased significantly since initial
recognition based on shared credit risk characteristics, the lender
should recognise lifetime expected credit losses on a portion or
proportion of the financial assets for which credit risk is deemed to
have increased significantly. Determining the (pro)portion in each
case will consider the different risk characteristics of each segment
and will require experienced credit judgement. It may be useful
to pay particular attention to borrowers who were showing signs
of some credit deterioration or elevated risk even before the onset
of Covid-19. In performing the collective assessment, it may be
appropriate to distinguish borrowers taking a second or subsequent
payment holiday, reflecting the greater potential for significant
deterioration over the lifetime of the instrument attaching to those
groups of exposures. [IFRS 9.B5.5.6, IE39]
• If an exposure had already been identified as in Stage 2 (or Stage 3)
prior to consideration of Covid-19 effects, then depending on the
circumstances, it is likely that the exposure would remain there at
least in the short term until there was evidence – such as consistent
good behaviour in accordance with the modified terms – that the
credit risk had decreased. [IFRS 9.B5.5.27, Insights 7.8.130.30].
In conclusion, it is evident that there is no need for a change to accounting
standards to account for the impacts of COVID-19. The fact that IFRS 9
already contain principles that will assist accountants in recording and
presenting the impacts of COVID-19, although this pandemic was in
noones imagination when the standard was written is evidence that
a principles based reporting framework triumphs over a rules based
framework.
There will be guidance, agreements or even legislation seeking to
mitigate the impacts of COVID-19 in the economy, including in the
sphere of credit losses. Care should be taken to ensure that where
financial reporting is done based on IFRS, IFRS 19 requirements
take precedence over any such guidance, agreements or legislation.
Management should therefore ensure that the financial reporting
principles in IFRS are upheld.
56
Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

IN

years

Direcção da AMB
[_AMB Board Members ]

Os Sócios da KPMG
[_KPMG Partners]

Ficha técnica
[_Technical Team]
 E.
Perfis &
Ficha Técnica
Profiles & Technical Team

Secção | Section
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

12.
Perfil Institucional
Direcção da AMB
AMB Board Members

A Associação Moçambicana de Bancos (abreviamente
designada por AMB) é uma entidade sem fins lucrativos,
com sede em Maputo, constituída em Dezembro de 1998
ao abrigo da Lei n.° 27/91 de 31 de Dezembro e demais
legislação aplicável.
O mandato institucional da AMB tem por objecto a pro-
moção e prática de todos os actos que possam contribuir
para o progresso técnico, económico e social da actividade
própria dos associados e para a prossecução e defesa dos
interesses destes perante quaisquer entidades públicas
ou privadas, nacionais ou estrangeiras.
Presentemente a AMB agrega no seu seio 21 (vinte e
uma) instituições financeiras registados e que operam em
Moçambique, sendo a gestão e acompanhamento dos
assuntos assegurada pelo Conselho Directivo composto
pelos seguintes membros:
Institutional Profile
The Mozambican Bankers Association (AMB) is a non-prof-
it making entity, based in Maputo, incorporated in Decem-
ber 1998 under Law number. 27/91 of 31 December and
other applicable legislation.
The institutional mandate of AMB is to promote and
practice all acts that may contribute to the technical,
economic and social progress of the activities of its
members and the pursuit and defense of their interests
before any public or private entities, national or foreign
At present, AMB consists of 21 (twenty one) registered
financial institutions operating in Mozambique. The man-
agement and monitoring of association’s activities is under
the responsibility of the Governing Board composed of the
following members:

Presidente da AMB
Teotónio Comiche, Presidente da Associação Moçambicana de Bancos (AMB), em
representação do Banco Internacional de Moçambique, S.A (BIM), onde é Presidente do
Conselho Fiscal e Presidente da Mesa da Assembleia da participada, Seguradora Internacional
de Moçambique, S.A. Possui experiência bancária de mais de quarenta anos, dos quais vinte
e seis anos como Membro do Conselho de Administração do Banco de Moçambique e no
BIM. Tem Mestrado em Economia Financeira pela Universidade de Londres.
Teotónio Comiche, President of the Mozambican Bankers Association, representing Banco Interna-
cional de Moçambique, S.A (BIM), where he occupies the positions of Fiscal Council President and
Board Chairman of Seguradora Internacional de Moçambique, S.A. He has more than fourty years of
experience within the banking sector, of which twenty six as executive board member of the Central Dr. Teotónio Comiche
Bank as well as BIM. He holds a Masters degree in Financial Economics awarded by the University
of London.

59
 Membros da Direcção
Associação Moçambicana de Bancos

Vitor Brazão é Membro da Comissão Executiva Alfredo Lemos é Director de Operaçoes e

Dr. Vitor Brazão
do Moza Banco desde 2016 Tem cerca de
50 anos de experiência no sector bancário
e financeiro, nas praças de Lisboa, Maputo,
Madrid e Paris. Formou-se em Lisboa na
Universidade Lusófona, na vertente de Gestão
de Turismo Estratégica, com Mestrado em
Estratégias de Desenvolvimento Turístico na
Região do Alentejo Litoral. Ocupou vários
cargos ao longo da sua carreira sendo de
destacar os atuais, nas Direcções de Banca de
Investimento e Internacional, Gestão de Risco e
Administrativa e Património.
membro da Comissão Executiva do Standard
Bank, tendo anteriormente ocupado o cargo
de Director de Auditoria Interna. Formado
em Economia pela Universidade Eduardo
Mondlane, possui 14 anos de experiencia na
industria financeira. Antes de se juntar ao
Standard Bank, trabalhou igualmente na British
American Tobacco e na KPMG Mocambique,
onde iniciou a sua carreira. E igualmente
Admnistrador não Executivo da Standard
Insurance Corretores de Seguros   e da SIMO –
Sociedade Interbancaria de Mocambique. Dr. Alfredo Lemos

Executive Committee of Moza Banco since 2016. He has about 50 years of
experience in the banking and financial sector, in Lisbon, Maputo, Madrid and
Paris markets. He graduated in Lisbon at Universidade Lusófona, in Strategic
Tourism Management, with a Master’s in Tourism Development Strategies in
the Alentejo Litoral Region. He has held various positions over the course of his
career, with emphasis on the current ones, in the Investment and International
Banking, Risk and Administrative and Property Management.
Director of Operations and a member of the Executive Committee of
Standard Bank, having previously held the position of Director of Internal
Audit. He holds a degree in Economics from Eduardo Mondlane University
and 13 years of experience in the financial sector. Before joining Standard
Bank, he also worked at British American Tobacco and KPMG Mozambique,
where he began his career. He is also a non-executive director of Standard
Insurance Brokers and SIMO - Sociedade Interbancaria de Mocambique.

Sérgio Martins, co-fundador do Banco Luís Aguiar exerce as funções de Administrador

Único SA em 2000, é actualmente CIO e
Membro da Comissão Executiva do Nedbank
(Moçambique) desde 2021. Tem mais de 29
anos de experiência na Banca, dos quais os
últimos 10 como Board Member e Assessor
com responsabilidades diversas entre IT, Meios
de Pagamento Digitais e Logística. No passado
ocupou cargos executivos como Director de
IT, Banca Eletrónica e Serviços Partilhados,
acumulou igualmente por vários anos como
Share Person da VISA em Moçambique.
Iniciou a sua carreira na Banca em Portugal
tendo passado por diferen tes programas de
Dr. Sérgio Martins
formação Técnica Especifica na Europa e nos
Estados Unidos.
Sérgio Martins, Co-founder of Banco Único SA in 2000, is currently the Chief
Information Officer (CIO) and Member of the Executive Committee, of NedBank
(Moçambique), since 2021. He has over 29 years of experience in Banking, the
last 10 of which as Board Member and Advisor with various responsibilities
among IT, Digital Means of Payment and Logistics. In the past he held executive
positions such as IT Director, Electronic Banking and Shared Services, he also
accumulated for several years as VISA Share Person in Mozambique. He started
his career in Banking in Portugal having passed through different Specific
Technical training programmes in Europe and the United States.
Executivo do BCI - Banco Comercial e
de Investimentos SA, sendo atualmente
responsável pelos pelouros de Marketing,
Canais Eletrónicos e Private Banking . Tem
mais de 33 anos de experiência no sector
bancário, incluindo 7 anos em permanência
em Moçambique. Exerceu vários cargos de
liderança em dois Bancos de matriz Portuguesa
- Millennium BCP e Banco Português de
Investimento SA, e num Banco de matriz inglesa
– Barclays Bank Plc. Licenciado em Direito em
Portugal, participou em vários programas para
executivos ministrados pela Porto Business
Dr. Luís Aguiar
School – Escola de Negócios.
BCI - Banco Comercial e de Investimentos SA, Executive Director and is currently
responsible for Marketing, Electronic Channels and Private Banking. He has over
33 years of experience in the banking sector, including 7 years in Mozambique.
He has held several leadership positions in two Portuguese parent banks -
Millennium BCP and Banco Português de Investimento SA, and one English
parent bank - Barclays Bank Plc. He holds a degree in Law from Portugal and has
participated in several programs for executives taught by Porto Business School.

Bernardo Aparício é actualmente o Chefe da Banca Corporativa e de Investimento no Absa Bank Mozambique, onde é
responsável pelos negócios da Banca Corporativa, de Investimento e Negócios de Mercado. É igualmente membro do Comité
Executivo do Absa Bank Mozambique. Foi nomeado para o cargo em Junho de 2013 com mais de 14 anos de experiência
bancária, principalmente no sector de Financiamento de Projetos e Infra-estruturas. Após juntar-se ao Barclays em 2009,
trabalhou no sector de Financiamento de Projetos, com foco em Portugal. Bernardo foi então nomeado Chefe Adjunto da
equipa Internacional de Financiamento da Dívida no Barclays, com sede em Londres, responsável por toda a originação de
dívida empresarial na região da Europa, Médio Oriente e África. Antes do Absa, foi director de Finanças de Infra-estruturas no
Banesto (Grupo Santander) em Madrid e vice-presidente da equipa de Financiamento de Projetos da CaixaBI (Caixa Geral) em
Lisboa, com foco na Europa, EUA e América Latina. Bernardo é licenciado em Economia pela Universidade Nova em Lisboa.
Head of Corporate and Investment Banking at Absa Bank Mozambique, where he is responsible for the Corporate Banking,
Investment Banking and Markets businesses. He is also a member of the Executive Committee of Absa Bank Moçambique. He
was appointed to the position in June 2013 with over 14 years of banking experience primarily in the Project and Infrastructure
Finance sector. After joining Barclays in 2009 he has worked in the Project Finance sector with a focus on Portugal. Bernardo was
then appointed the Co-Head of the International Debt Finance team at Barclays, based in London, responsible for all corporate
debt origination in the EMEA region. Prior to Absa, he was the director for Infrastructure Finance in Banesto (Santander Group) in Dr. Bernardo Aparício
Madrid and VP of the Project Finance team of CaixaBI (Caixa Geral) in Lisbon, with a focus on Europe, the US and Latin America.
Bernardo has a degree in Economics from the Universidade Nova in Lisbon.

60
 Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021

13. Os Sócios da KPMG

KPMG Partners

Quintino has an Honours Degree in Business Management and

more than 30 years of experience with KPMG gained in Portugal and
Mozambique. He specialises in providing tax advice and compliance
services to clients from several business sectors including, mining,
oil & gas, transport, logistics, financial services and agriculture.
Quintino é licenciado em Gestão de Empresas com mais de 30 anos de
experiência com a KPMG, adquirida em Portugal e Moçambique. Ele é
especialista na prestação de serviços de consultoria fiscal e tramitação
fiscal para clientes de vários sectores de actividade, incluindo, mineração,
petróleo e gás, transporte, logística, serviços financeiros e agricultura.
qcotao@kpmg.com
Quintino Cotão
Senior Partner | Tax

Miguel Alvim
Managing Partner | Advisory
Abel Guaiaguaia
Managing Partner | Audit

Miguel has an Honours Degree in Economics and a Master in Business
Administration. He has more than 25 years of experience gained in Portugal
and Mozambique. His areas of expertise include Internal Audit, Risk and
Compliance Services, Corporate Governance and Internal Control System
improvements, Enterprise Risk Assessments, financial management, IT
advisory, HR services including capacity building, situational assessments
and needs assessments.
Miguel é licenciado em Economia e detentor do grau de Mestrado
em Administração e Gestão de Empresas. Ele possui mais de 25 anos
de experiência adquirida em Portugal e Moçambique. Suas áreas de
especialização incluem Auditoria Interna, Risco e Tramitação Fiscal,
Governação Empresarial e melhorias de Sistemas de Controlo Interno,
Avaliação de Risco de Empresas, Gestão Financeira, Consultoria em TI,
Serviços de Consultoria em RH, incluindo, capacitação institucional,
avaliações de situação e de necessidades. malvim@kpmg.com
Abel is a member of the Association of Chartered Certified Accountants
(ACCA) with over 22 years of audit and consulting experience gained
in Mozambique and Angola. His audit experience covers sectors such
as banking, insurance, industrial markets, consumer markets as well as
Government and donor funded projects. He is an accredited trainer within
KPMG Africa and has trained extensively in Mozambique and Angola
including, at Universities.
Abel é membro da ACCA - Association of Chartered Certified Accountants
com mais de 22 anos de experiência na prestação de serviços de auditoria
e consultoria adquirida em Moçambique e Angola. Suas áreas de
especialização compreendem os sectores da banca, seguros, mercados
industriais, mercados de consumo assim como projetos financiados
pelo Governo e por doadores. Ele é formador acreditado ao nível da
KPMG África tendo formado extensivamente em Moçambique e Angola,
incluindo, cursos ministrados em Universidades. aguaiaguaia@kpmg.com

61

Miesh-al has more than 25 years of audit and consulting
experience gained in South Africa, Australia, New Zealand,
the United Arab Emirates (UAE) and Mozambique. Miesh-al
is the holder of a Bachelor of Accounting Science degree
and is also a qualified Chartered Accountant from the South
African, Australian and New Zealand Institutes of Chartered
Accountants. His audit and consulting experience is varied
but, key areas of specialisation would be in the areas
of Commercial Aviation, Healthcare Industry, Financial
Services entities, consumer markets and consulting in
respect of Initial Public Offerings (IPOs) readiness. Miesh-al
is the KPMG Africa Head of Aviation.
Miesh-Al Gasant
Partner | Audit
Yussuf Mahomed
Partner | Tax
Yussuf has an Honours Degree in Tax and a Bachelor in Accounting and
Administration with more than 16 years of experience gained in Portugal
and Mozambique. Yussuf specialises in tax structuring of investments in
Mozambique, Double Tax Treaty analysis, tax due diligence assistance,
transactions on interests in Mining and Oil & Gas, expatriates taxation (GMS)
and the application of exchange controls in transactions with non-resident
entities, transfer pricing among other regulatory services. Yussuf is a KPMG
accredited trainer and regularly participates in international conferences as
a speaker with regards to the tax implications of investing in Mozambique.
Yussuf é licenciado em Fiscalidade e Bacharel em Contabilidade e
Administração com mais de 16 anos de experiência adquirida em Portugal
e Moçambique. Suas áreas de especialização incluem a estruturação fiscal de
investimentos em Moçambique, aplicação dos Acordos para evitar a Dupla
Tributação, Serviços de due diligence fiscal, transacções nas área dos recursos
naturais (Minas e Petróleos e Gás), tributação de expatriados (IES), preços de
trasferência e aplicação da Lei Cambial nas transacções com entidades não
residentes e serviços na área regulat ória. Yussuf é formador acreditado da
KPMG e participa regularmente em conferências internacionais como orador,
particularmente na temática de implicações fiscais de investimentos em
Moçambique. yussufmahomed@kpmg.com
IN
years
Miesh-al tem 25 anos de experiência em auditoria e consultoria
adquirida na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Emirados
Árabes Unidos (UAE) e Moçambique. Miesh-al é detentor do grau de
Licenciatura em Ciências de Contabilidade e é igualmente Revisor
Oficial de Contas qualificado pelos Institutos de Contabilistas
Certificados da África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. A sua
experiência em auditoria e consultoria é diversificada, mas, as
principais áreas de especialização são: Aviação Comercial, Sector de
Saúde, Entidades de Serviços Financeiros, Mercados de Consumo
e consultoria em matéria de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs). Miesh-
al é sócio responsável pela área de aviação a nível da KPMG África.
miesh-algasant@kpmg.com
Hem Joshi
Partner | Audit
Hem is the holder of a Bachelor of Commerce with Honours degree from the
University of Delhi, India. He is also a qualified Chartered Accountant from
India and a member of OCAM (registered body of auditors in Mozambique).
He has more than 22 years of audit and consulting experience gained in India
and Mozambique. His audit and consulting experience covers sectors such as
mining, oil & gas, consumer & retail markets, transport, logistics, agriculture,
industrial markets as well as Government and donor funded projects.
Hem é titular do grau de Bacharel e Licenciatura em Comércio pela
Universidade de Delhi, na Índia. Hem é igualmente um Revisor Oficial de
Contas acreditado da Índia e membro da Ordem dos Contabilistas e Auditores
de Moçambique (OCAM). Hem possui mais de 22 anos de experiência
em auditoria e consultoria na Índia e Moçambique. A sua experiência em
auditoria e consultoria compreende os sectores de mineração, petróleo e gás,
mercados de consumo e retalho, transporte, logística, agricultura, mercados
industriais, e, igualmente projetos financiados pelo Governo e doadores.
hemjoshi@kpmg.com
58
Pesquisa sobre o Sector Bancário | Banking Survey 2021
Contacts & Imprint Data

Participação nesta Edição | Participation in this edition

Sócio Responsável / Project Partner:

Abel Guaiaguaia

Gerente do Projecto / Project Manager:

Wilfred Zvarevashe

Analistas Técnicos / Technical Analysis

Luis Mhula, Denilson Silva, Francisco Gome & Dércio Maumana

Coordenação e Imagem / Coordination and Image

Praise Karuma - KPMG

Tradução / Translation
Arcénio Mahumana

Colaboração & Revisão Técnica / Technical Review

Elísio Langa - AMB
Alfredo Magaia - AMB
Praise Karuma - KPMG

Projecto Gráfico & Edição de Arte | Art & Graphic Conception

Praise Karuma - KPMG

Tiragem | Circulation
1000 Exemplares

Propriedade / Ownership
KPMG | Associação Moçambicana de Bancos

KPMG Auditores e Consultores, SA

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Caixa Postal 2451
T.: +258 21 355 200
E.: mz-fminformation@kpmg.com
Maputo, Moçambique

Associação Moçambicana de Bancos

Rua da Imprensa, 265
Prédio 33 andares, 4o Andar, porta 415
T.: +258 21 310 818
E.: amb@amb.co.mz
Maputo, Moçambique

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