A HIPOVITAMINOSE D ASSOCIADA À FOTOPROTEÇÃO
THE HYPOVITAMINOSIS D ASSOCIATED WITH PHOTOPROTECTION
JÉSSICA DE ASSIS SOFIATTI1
1. Graduada em Farmácia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Discente do curso de Pós-graduação MBA Cosmetologia do
ICosmetologia Campinas.
* Endereço de correspondência com Rua Olga Furtado Pedro, 50, Jardim Itapuã, Valinhos-SP, Brasil. CEP: 13273-104. jesofiatti@gmail.com
RESUMO
A luz solar emite espectros de radiação eletromagnética
divididos de acordo com o intervalo de comprimento de
onda (λ): radiação ultravioleta (UV) (100-400 nm), que
por sua vez é subdividida em UVA, UVB e UVC, a
radiação visível (400-780 nm) e infravermelho (>780 nm).
Sendo a radiação UVA quando penetrada na pele, chega à
derme onde induz a produção de espécies reativas de
oxigênio (ROS), resultando no fotoenvelhecimento e lesões
pigmentadas. A radiação UVB é absorvida pela epiderme
atingindo o DNA celular causando danos no mesmo,
inflamação, desregulação nas vias de sinalização celular e
fotocarcinogênese. Já a radiação UVC, é absorvido
totalmente na camada de ozônio na atmosfera. Por essa
razão, o uso de fotoproteção aumentou nos últimos anos
para prevenir o desenvolvimento de eritema, câncer,
fotoenvelhecimento e doenças decorrentes ou agravadas
pela exposição ao sol. Existem vários tipos de fotoproteção
que podem ser usados para evitar esses danos à saúde
como a fotoproteção ambiental, a fotoproteção por por
vestimentas e acessórios, os fatores naturais de proteção
da pele contra a radiação e os fotoprotetores, sendo o
principal meio na área cosmética contra os efeitos nocivos
da radiação UV. Entretanto, há estudos que têm sugerido
que com o uso de fotoprotetores, está havendo uma
deficiência de vitamina D no organismo, já que a síntese
dessa vitamina é estimulada pela exposição cutânea à
radiação UVB. A falta de vitamina D está associada à
alterações de mineralização óssea, podendo acarretar
vários problemas de saúde e também ao risco de
desenvolvimento de várias formas de câncer. Por sua
síntese ser dependente de fatores externo, isso faz com que
seja necessários pensar sobre a suplementação da
vitamina D para evitar uma hipovitaminose.
PALAVRAS-CHAVE: hipovitaminose D; exposição
solar; vitamina D; fotoproteção.
ABSTRACT
Sunlight emits electromagnetic radiation spectra divided
according to the wavelength range (λ): ultraviolet (UV)
radiation (100-400 nm), which in turn is subdivided into
UVA, UVB and UVC, visible radiation (400-780 nm) and
infrared (> 780 nm). Since UVA radiation penetrates the skin,
it reaches the dermis where it induces the production of
reactive oxygen species (ROS), resulting in photoaging and
pigmented lesions. UVB radiation is absorbed by the
epidermis, reaching cellular DNA causing damage,
inflammation, dysregulation in cell signaling pathways and
photocarcinogenesis. UVC radiation is absorbed entirely in
the ozone layer in the atmosphere. For this reason, the use of
photoprotection has increased in recent years to prevent the
development of erythema, cancer, photoaging and diseases
arising or aggravated by exposure to the sun. There are
several types of photoprotection that can be used to prevent
these health damages such as environmental photoprotection,
photoprotection by clothing and accessories, the natural
factors of skin protection against radiation and
photoprotectors, being the main means in the cosmetic area
against the harmful effects of UV radiation. However, there
are studies that have suggested that with the use of
photoprotectors, there is a deficiency of vitamin D in the
body, since the synthesis of this vitamin is stimulated by skin
exposure to UVB radiation. The lack of vitamin D is
associated with changes in bone mineralization, which can
cause several health problems and also the risk of developing
various forms of cancer. Because its synthesis is dependent
on external factors, it makes it necessary to think about
vitamin D supplementation to avoid hypovitaminosis.
KEYWORDS: hypovitaminosis D; sun exposure;
vitamin D; photoprotection.
1. INTRODUÇÃO
A luz solar emite espectros de radiação eletromagnética
divididos de acordo com o intervalo de comprimento
de onda (λ): radiação ultravioleta (UV) (100-400 nm),
visível (400-780 nm) e infravermelho (>780 nm).
Sendo que a radiação UV é subdividida em UVC
(100-290 nm), UVB (290-320 nm) e UVA (320-400
nm). E a radiação UVA, por sua vez, é subdividida em
UVA1 (340-400 nm) e UVA2 (320-340 nm). Por sua
vez, é a onda mais longa e aproximadamente 95% da
radiação UV, quando penetrada na pele, chega à derme
onde induz a produção de espécies reativas de oxigênio
(ROS). Como resultado, contribuído para o
fotoenvelhecimento e lesões pigmentadas, como a
queratose actínica que é considerada uma lesão
pré-cancerosa. A radiação UVB é apenas 5% da
radiação UV. É absorvida pela epiderme atingindo o
DNA celular causando danos no mesmo, inflamação,
desregulação nas vias de sinalização celular e
fotocarcinogênese. Já a radiação UVC, é absorvido
totalmente na camada de ozônio na atmosfera¹’²’³.
Por essa razão, o uso de fotoproteção aumentou nos
últimos anos, sendo ela um conjuntos de medidas
adotadas para diminuir a exposição ao sol e prevenir o
desenvolvimento de eritema, câncer de pele não
melanoma, melanoma cutâneo, fotoenvelhecimento e
doenças decorrentes ou agravadas pela exposição ao
sol. Existem vários tipos de fotoproteção que podem
ser usados para evitar esses danos à saúde. A
fotoproteção ambiental, é uma dessas maneiras, sendo
influenciada por diversos fatores, como intensidade da
radiação que atinge a superfície da Terra dependendo
dos níveis de ozônio na camada atmosférica, altura e
cobertura das nuvens, poluentes ambientais e estação
do ano. Outro tipo de fotoproteção é por vestimentas e
acessórios, tais como vestimentas, óculos e chapéus.
Há também os fatores naturais de proteção da pele
contra a radiação como a camada córnea que reflete a
radiação UV e infravermelho pelos filamentos de
queratina e absorção de UVB pelos lípidos de
superfície sendo parte dos componentes do sebo, como
o ácido urocânico. Além de haver a melanina presente
na pele que absorve a luz solar, protegendo a pele. E
por último, os fotoprotetores, são o principal meio na
área cosmética contra os efeitos nocivos da radiação
UV¹’³’⁴.
Os fotoprotetores, citados por último no parágrafo
acima, são preparações de uso tópico, especialmente
para a aplicação cutânea. Podendo aparecer em
diversas formas de apresentação e formulação, tendo
como componentes moléculas ou complexos
moleculares que podem absorver, refletir ou dispersar a
radiação UV, resultando uma redução dos efeitos
prejudiciais a pele. Essas substâncias podem ser
classificadas como filtros inorgânico ou orgânicos. Em
geral, os inorgânicos tem como mecânismo de ação a
reflexão da radiação UV e os orgânicos a absorção e
seguida da dispersão dos raios UV. Os fotoprotetores
orgânicos são divididos em filtros UVA e filtros UVB,
dependendo da região de proteção UV, sendo que
algumas substâncias podem ou não tem um amplo
espectro de proteção⁴’⁵.
A ação protetora de um filtro solar é medida através do
fator de proteção solar (FPS). O FPS estabelece o
tempo de exposição solar com o produto fotoprotetor
aplicado sem o surgimento do eritema. Isto é, quanto
maior o FPS, maior será o tempo permitido de
exposição solar segura. Esse tipo de avaliação é
exclusivamente aplicada para a radiação UVB, pois é a
causadora de eritemas na pele. Já o fator de proteção
UVA (FP-UVA) é calculada pela razão entre a dose
mínima pigmentária (DMP) numa pele fotoprotegida e
a pele fotodesprotegida, considerando que a radiação
UVA é a responsável pela pigmentação cutãnea⁵.
O uso de fotoprotetores se tornou uma prática muito
comum nos dias atuais como forma de prevenção de
doenças relacionadas à exposição solar ou
fotoenvelhecimento. Contudo, estudos têm sugerido
que com o uso de fotoprotetores, está havendo uma
deficiência de vitamina D no organismo. Essa
hipovitaminose D está relacionada com a proteção dos
raios solares, já que a síntese dessa vitamina é
estimulada pela exposição cutânea à radiação UVB. A
falta de vitamina D está associada à
hiperparatireoidismo secundário, raquitismo por conta
de alterações na mineralização óssea, também está
ligada ao risco de aumentado de deformidades e
fraturas. Além de que há estudos que evidenciam a
quantidade certa dessa vitamina a prevenção de várias
formas de câncer. Por sua síntese ser dependente de
fatores externo, isso faz com que seja necessários
pensar sobre a suplementação da vitamina D para evitar
uma hipovitaminose⁶.
2. MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia proposta foi baseada na pesquisa de
informações científicas sobre fotoproteção e sua
relação a deficiência da vitamina D, tendo como fontes
o uso de livros e sites de bases de dados, como: Scielo,
Pubmed e Portal Capes. E assim, reunir informações
para a realização desta revisão bibliográfica com
objetivo de evidenciar uma possível relação entre a
hipovitaminose D e fotoproteção, seus efeitos e uma
possível solução.
3. DESENVOLVIMENTO
A vitamina D é um hormônio esteroide, tendo a função
principal de regular o metabolismo ósseo. Ela é
produzida no organismo no tecido cutâneo através da
exposição solar, ou pode ser obtida por a ingestão de
alimento específicos e suplementação. Através do
estímulo dos raios solares UV na faixa de 290 a 315
nm, isto é, a radiação UVB, induz à produção de
vitamina D na membrana plasmática de queratinócitos
e fibroblastos localizados na epiderme. Por volta de 24
horas, formam homodímeros, que se transformam em
vitamina D.
A vitamina D é formada a partir da conversão de
7-deidrocolesterol (7-DHC ou pró-vitamina D) e por
ação da luz UV e calor, isomeriza-se em colecalciferol
na camada da epiderme. Depois é transportada para o
fígado, onde sofre ação enzimática da 25-hidroxilase,
tornando-se em 25-hidroxivitamina D 25(OH)-D. Na
sequência, essa molécula chega aos rins e é
transformada em forma ativa ou inativa desse
hormônio, através das enzimas 1-alfa-hidroxilase ou
24,25-hidroxilase, respectivamente. Há também a
possibilidade de obtenção da vitamina D através da
ingestão de alimentos como peixes com alto teor de
gordura, gema de ovo e óleo de peixe ou é também
produzida por plantas, como nos cogumelos. Quando
vinda da dieta, é absorvida no intestino delgado, em
seguida é incorporada aos quilomicrons e transportada
até o fígado. Após a chegada ao fígado, o metabolismo
é o mesmo da vitamina D sintetizada na pele já
explicado anteriormente⁷.
A principal função da vitamina D é a manutenção de
níveis de séricos e extracelular de cálcio. Entre suas
ações, a mais conhecida é a estimulação de transporte
do cálcio encontrado no duodeno, proveniente da
ingestão, para o sangue, através de canais de cálcio e
bombas trocadores de prótons. Outra função dessa
vitamina é o aumento da absorção de fósforo pelo
intestino, quando há uma diminuição de fósforo sérico
há um aumento na síntese de calcitriol, aumentando a
absorção dessa substância. Já na manutenção óssea,
essa substância permite a mineralização óssea dentro
do que é esperado para um organismo saudável e
mobilizando o cálcio do osso para a circulação
sanguínea. A vitamina D também participa da
maturação do colágeno e da matriz celular. Ainda na
pele, ela impede a proliferação de queratinócitos e
fibroblastos e estimula a diferenciação dos
queratinócitos. Além de várias outras funções que
ainda estão sendo estudadas, como por exemplo no
sistema imunológico, liberação de insulina, na
musculatura e outros lugares⁸.
Quando há uma diminuição de vitamina D no
organismo, não há mais absorção de cálcio e fosfato no
intestino, resultando em uma hipocalcemia. Essa falta
de cálcio é breve, pois aparece um
hiperparatireoidismo compensatório, aumentando a
mobilização do cálcio ósseo e junto com a diminuição
da excreção de cálcio e fosfato pelos rins. Dependendo
da gravidade e tempo de duração dessa hipocalcemia e
hipofosfatemia, esse mecânismo compensatório pode
parar de funcionar. Com a perda de massa óssea
aumenta o risco de fraturas, sendo a dor óssea um
sintoma importante. A contração e o relaxamento dos
músculos são prejudicados na deficiência de vitamina
D, aumentando o risco de de quedas e
consequentemente de fraturas. E por último e entre
outros, esse hormônio é importante na regulação do
sistema imunológico, assim em uma falta do mesmo no
organismo, o indivíduo fica mais predisposto a
infecções⁸.
É inquestionável a importância da vitamina D para o
organismo, por isso é importante investigar as causas
de suas ocorrências. Há pessoas mais sucessíveis que
outras à deficiência de vitamina D, como por exemplo
com fototipos mais elevados, crianças, idosos e
gestantes. Com o envelhecimento, há a atrofia cutânea
que reduz a capacidade da pele de sintetizar o precursor
da vitamina D. Além de, com o passar dos anos, a
exposição solar vai diminuindo por causa de mudanças
no estilo de vida, uso de roupas mais fechadas e
redução de atividade ao ar livre, por causa da perda da
mobilidade. Existem também fatores dietéticos, como
menos variedade e quantidade de alimentos ricos em
vitamina D ou algum problema gastrointestinal que
interfira na sua absorção. Em relação a pessoas com
fototipos mais altos, a melanina, uma substância
entrada na pele responsável pela coloração da mesma,
acaba limitando a penetração de raios UV e
consequentemente diminuindo a produção de
colecalciferol. Há também fatores que diminuem a
quantidade de da radiação Uv que chega na superfície
da Terra, como o ângulo do eixo do nosso planeta em
relação ao sol, a latitude e altitude. Alguns estudos,
ainda sugerem que o uso de fotoprotetores pode inibir
de 95 a 99% a produção cutânea de vitamina D⁷.
Sendo a fotoproteção umas das possíveis causas da
hipovitaminose D, ela acabou sendo uma aliada para se
proteger da radiação solar, pois está associada ao
envelhecimento precoce, da pele, danos ao DNA,
geração de inflamação e a carcinogênese. A radiação
solar emite espectros de radiação eletromagnética
divididos de acordo com o intervalo de comprimento
de onda (λ): radiação ultravioleta (UV) (100-400 nm),
visível (400-780 nm) e infravermelho (>780 nm).
Sendo que a radiação UV é subdividida em UVC
(100-290 nm), UVB (290-320 nm) e UVA (320-400
nm). E a radiação UVA, por sua vez, é subdividida em
UVA1 (340-400 nm) e UVA2 (320-340 nm). A
radiação UV é absorvida por diversos cromóforos na
pele, como por exemplo a melanina, DNA, RNA,
proteínas, aminoácidos aromáticos, ácido urocânico e
entre outros. A sua absorção por essas substâncias gera
diferentes reações fotoquímicas e interações
secundárias que envolve espécies reativas do oxigênio,
resultando assim em efeitos danosos quando há uma
exposição excessiva. A radiação UVA é a onda mais
longa e aproximadamente 95% da radiação UV, quando
penetrada na pele, chega à derme onde induz a
produção de espécies reativas de oxigênio (ROS),
contribuído para o fotoenvelhecimento e lesões
pigmentadas, como a queratose actínica que é
considerada uma lesão pré-cancerosa. Já a radiação
UVB é apenas 5% da radiação UV, quando absorvida
pela epiderme atingindo o DNA celular causa danos no
mesmo, inflamação, desregulação nas vias de
sinalização celular e fotocarcinogênese. Já a radiação
UVC, é absorvido totalmente na camada de ozônio na
atmosfera¹’⁷.
O uso de fotoprotetores é a principal abordagem
cosmética contra os efeitos da radiação UV. Sendo eles
preparações de uso tópico, podendo aparecer em
diversas formas de apresentação e formulação, como
soluções, cremes, gel-cremes, pomadas, bastões entre
outros. As moléculas ativas são separadas em filtros
orgânicos e inorgânicos, onde os filtros inorgânicos
refletem e dispersam os raios solares. Por outro lado os
orgânicos absorvem radiação UV e por fim, devolvem
em forma de calor ou luz e são divididos em filtros
UVA e filtros UVB, dependendo da região de proteção
UV, podendo ou não ter um amplo espectro de
proteção. Assim, os filtros reduzem os efeitos da
radiação solar prejudiciais na pele. Alguns exemplos de
substâncias que atuam como fotoprotetores são: óxido
de zinco (ZnO) e dióxido de titânio (TiO2), sendo
filtros inorgânicos, e as moléculas de
Octilmetoxicinamato e Benzofenona-3, consideradas
filtros orgânicos. Normalmente os protetores solares
são compostos por mais de um desses filtros UV:
orgânico, inorgânico ou uma mistura de ambos,
resultando em um amplo espectro de proteção. A ação
protetora de um filtro solar é avaliada através do fator
de proteção solar (FPS). O FPS estabelece o tempo de
exposição solar com o produto cosmético fotoprotetor
aplicado sem o surgimento do eritema. Isto é, quanto
maior o FPS, maior será o tempo permitido de
exposição solar segura. Esse tipo de avaliação é
exclusivamente aplicada para a radiação UVB, pois é a
causadora de eritemas na pele. Já o fator de proteção
UVA (FP-UVA) é calculada pela razão entre a dose
mínima pigmentária (DMP) numa pele fotoprotegida e
a pele fotodesprotegida, considerando que a radiação
UVA é a responsável pela pigmentação cutãnea²’⁴’⁵.
O uso de fotoprotetores aumentou muito nos dias atuais
como forma de prevenção de doenças relacionadas à
exposição solar ou fotoenvelhecimento. Entretanto a
população têm recebido informações antagônicas: a
fotoproteção para prevenção ao câncer da pele e, ao
mesmo tempo, a necessidade de exposição solar para
garantir um boas concentrações de vitamina D.
Entretanto há estudos que mostram que quando
comparado um grupo de indivíduos com exposição
solar sem proteção e outro usando fotoprotetor há uma
diferença significativa na concentração da vitamina D,
mas não o suficientes para causar uma deficiência séria
no organismo, isto é os valores permanecem dentro da
normalidade. Ressaltando que esse estudo foi feito no
Brasil, um país tropical com alta incidência de radiação
solar. É evidente que o bloqueio total da radiação solar,
causaria uma diminuição significante dessa vitamina.
Porém a fotoproteção no sentindo teórico e a sua
prática no dia-a-dia são diferentes, pois podem haver
pequenas exposições ao UVB, explicando a situação
citada acima, levando em consideração a região onde o
estudo foi feito. Os resultados mostraram que a
capacidade de produzir a vitamina D pode vir de
pequenas exposições, não sendo necessário uma grande
exposição, o indivíduo diminui os risco de
desenvolvimento de problemas relacionados aos raios
solares. Ressaltando que tudo depende de várias
variáveis como o modo de uso do fotoprotetor,
localidade geográfica, estação do ano, idade do
indivíduo, estado de saúde, tempo de exposição,
insolação da região e entre outros fatores que
influenciam na exposição do organismo a uma
quantidade adequada para a produção da vitamina D.
Assim mostrando que com a pouca exposição solar
podemos obter níveis saudáveis de produção de
vitamina D pelo tecido cutâneo, no caso essa exposição
não seja possível ou suficiente para sua obtenção, há
alternativas como a suplementação oral da vitamina,
através da recomendação de um profissional
capacitado⁶’⁹.
4. CONCLUSÃO
[06] Maia Marcus, Maeda Sergio Setsuo, Marçon
A síntese cutânea de vitamina D pelo organismo é Carolina. Correlação entre fotoproteção e concentrações de
muito eficaz, necessitando somente de alguns minutos 25 hidroxi-vitamina D e paratormônio. An. Bras. Dermatol.
[Internet]. 2007 June [cited 2020 May 28] ; 82( 3 ):
de exposição solar de pequenas áreas da pele para
233-237. Available from:
atingir concentrações desejadas. Os fotoprotetores
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S036
diminuem substancialmente a síntese cutânea de
5-05962007000300004&lng=en.
vitamina D, entretanto dependendo de vários fatores já
https://doi.org/10.1590/S0365-05962007000300004.
citados acima que influenciam nos índices de radiação
UVB, quando essa radiação se encontra alta, mesmo [07] Galvão Letícia Oba, Galvão Malthus Fonseca, Reis
com o uso de fotoprotetores há síntese de vitamina D Carmélia Matos Santiago, Batista Carolina Mayana de Ávila,
em níveis adequados. Sendo que não há um valor Casulari Luiz Augusto. Considerações atuais sobre a vitamina
cientificamente determinado de da radiação UVB que D. Brasília Med. 2013 Dec 10;50(4):324-332.
há a síntese máxima de vitamina D sem o risco de
doenças cutâneas relacionadas à radiação, não é [08] Premaor Melissa Orlandin, Furlanetto Tania Weber.
aconselhado a exposição solar para esse objetivo, por Hipovitaminose D em Adultos: Entendendo Melhor a
isso há outras formas seguras e eficazes para a Apresentação de Uma Velha Doença. Arq Bras Endocrinol
obtenção da vitamina D como a suplementação oral, Metab. 2006 Fev;50(1)
quando necessária.
[09] Catarino Alexandre Miroux, Claro Cristina, Viana
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S036
5-05962011000400016&lng=en.
https://doi.org/10.1590/S0365-05962011000400016.

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