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CURSO DE HIGIENE OCUPACIONAL

TEORIA E PRATICA
DE INSTRUMENTOS
THIAGO DE SOUSA ALVES PEREIRA

MÓDULO – AGENTES FISICOS – CALOR E FRIO

UBERLÂNDIA – MG
AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
CALOR

O índice utilizado no Brasil para avaliar


Sobrecarga Térmica / Calor é o
IBUTG

Índice de Bulbo Úmido – Termômetro


de Globo

Thiago de S. A. Pereira – Modulo – Agentes Físicos – Calor/Frio – H.O


AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Definições
 Ciclo de exposição (térmica) – conjunto de
situações térmicas ao qual o trabalhador é submetido,
conjugado às atividades físicas por ele desenvolvidas,
em uma sequência definida, e que se repete de forma
contínua no decorrer da jornada de trabalho.
Os ciclos de trabalho são compostos por tempo que devem
ser considerados para o cálculo

Tempo de trabalho Tempo de trabalho


+
Tempo de descanso Tempo de descanso
Ciclo de trabalho
em HORA

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Definições

 IBUTG médio – média ponderada no tempo dos


valores de IBUTG obtidos em um intervalo de 60
minutos.

 Taxa Metabólica média – média ponderada no tempo


das taxas metabólicas, obtidas em um intervalo de 60
minutos corridos.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Definições

 Ponto de Medição – ponto físico escolhido para o


posicionamento do dispositivo de medição onde serão
obtidas as leituras representativas da situação térmica
objeto de avaliação.

 Situação térmica – cada parte do ciclo de exposição


onde as condições do ambiente que interferem na
carga térmica a que o trabalhador está exposto
podem ser consideradas estáveis.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Definições

 Grupo Homogêneo – Corresponde a um grupo de


trabalhadores que experimentam exposição
semelhante, de forma que o resultado fornecido pela
avaliação da exposição de parte do grupo seja
representativo da exposição de todos os
trabalhadores que compõem o mesmo grupo.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Definições

 Limite de Exposição – valor maximo de IBUTG,


relacionado à M que representa as condições sob as
quais se acredita que a maioria dos trabalhadores
possa estar exposta, repetidamente, durante toda a
sua vida de trabalho, sem sofre efeitos adversos à
saúde.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO

DOS PROCEDIMENTOS DA
AVALIAÇÃO DE
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL DO
CALOR

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
PROCEDIMENTO PARA MEDIÇÃO
A medição deverá ser realizada por meio de MEDIDOR
DE STRESS TÉRMICO, que deverá ser composto de
três termômetro ou sensores:
Globo, Seco e Úmido ou Natural.

Deverá ser realizada a leitura das temperaturas dos bulbos:


TG – Temperatura de Globo;
TBS – Temperatura de Bulbo Seco;
TBN – Temperatura de Bulbo Natural.

A avaliação não esta voltada para a caracterização de conforto térmico.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
PROCEDIMENTO PARA MEDIÇÃO
Devem ser realizadas medições em cada situação
térmica que compõe o ciclo de exposição.

As leitura devem ser iniciadas após a estabilização* do


Medidor de Stress Térmico e repetidas a cada minuto.
* O tempo necessário para estabilização pode ser de até 25 minutos
variando de aparelho para aparelho.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
PROCEDIMENTO PARA MEDIÇÃO
As temperaturas medidas são a temperatura de bulbo úmido (tbn),
a temperatura de globo (tg) e a temperatura de bulbo seco (tbs).
Quando não houver a presença de carga solar direta não e
necessário a medição de bulbo seco.

Deverá ser feitas no mínimo três leituras, ou tantas quanto forem


necessárias:
TG 43,2 43,1 43,0

TBS 38,7 38,8 38,8

TBN 26,0 26,1 25,9

até que a variação entre elas estejam dentro de um intervalo de + ou – 0,2°C.

Item 5.3.3 NHO-06

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO

DAS METODOLOGIAS DE
AVALIAÇÃO DE
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL DO
CALOR

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
DA AVALIAÇÃO

A exposição ocupacional ao calor pode ser avaliada em dois ambientes:

1) O IBUTG Para ambientes internos ou externos sem carga solar é


calculado a partir de duas temperaturas: Tbn e Tg

IBUTG = 0,7tbn + 0,3tg

2) Para ambientes externos com carga solar, o IBUTG é calculado a


partir de três temperaturas: Tbs, Tbn e Tg

IBUTG = 0,7tbn + 0,2tg + 0,1tbs

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
O IBUTG leva ainda em consideração o tipo de
atividade desenvolvida (LEVE, MODERADA e
PESADA), que pode ser avaliada por classe ou por
tarefa (quantificando a tarefa em kcal/h).

A legislação prevê um regime de trabalho


(Trabalho/Descanso) em função do valor do IBUTG e
do tipo de atividade para duas situações: regime de
trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local e regime de trabalho intermitente com
descanso em outro local.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Para regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local de prestação de serviço é definido no Quadro nº1. NR-15

Quadro nº1

- Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.
- Para determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o
Quadro n.º 3.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Para em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local
(local de descanso).
- Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente
mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.
- Os limites de tolerância são dados no Quadro 2 NR-15

Quadro nº2

- Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora.

__
M = Mt x Tt + Md x Td ..........+Mn x tn
60
Sendo:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
______
IBUTG : é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora,
determinado pela seguinte fórmula:
______
IBUTG = IBUTGt x T1 + IBUTGd x Td ......+IBUTGn x tn
60
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.

Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável


do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3.

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

QUADRO N.º 3
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE
ATIVIDADE

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO

Uma vez determinado o IBUTG e o M, o limite de exposição ao CALOR


será considerado ultrapassado quando o IBUTG exceder o IBUTGmáx
correspondente ao M obtido, conforme definido no quadro 2.

Para os valores encontrados de taxa metabólica média ponderada – M,


intermediários aos valores de constantes no quadro 2, será considerado
o IBUTGmáx relativo à taxa metabólica média ponderada – M
imediatamente mais elevada.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Diâmetro globo: 152,4 mm
TERMÔMETROS DE GLOBO

Estabilização
Item 5.2.3 da NHO - 06

Tempo mínimo: 25 minutos


Item 5.3.3 da NHO - 06

Protemp
TGD-400

Diâmetro globo: 75 mm Diâmetro globo: 40 mm

Polegada: 2,95 Polegada: 1,57 TGD-200

HT-30
WBGT-8778

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
TERMÔMETRO DE GLOBO
Estabilização

Tempo mínimo: 25 minutos


Item 5.3.3 da NHO - 06

ESFERA
- Deve ser oca de cobre de aproximadamente 1mm de espessura e diâmetro de 152,4mm,
pintada externamente de preto fosco.
- NH0-06 item 5.2.1.1
152,4 = 6
Milímetro Polegada

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Verificação/Preparação do Equipamento
1. Verificar se o equipamento está calibrado;
2. Verificar a integridade do instrumento;
3. Verificar se a suficiência de carga na bateria;
4. Verificar a necessidade da utilização de cabo de
extensão;
5. Proceder à umidificação prévia do pavio;
6. Verificar o ciclo de trabalho;
7. Instalar o equipamento próximo a parte do corpo
mais atingida, quando não for possível colocar na
altura do tórax.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
CONDUTA DO AVALIADOR

1. Evitar que seu posicionamento e conduta interfiram


na condição exposição sob avaliação;
2. Adotar medidas necessárias para que o usuário ou
qualquer terceiro, possa fazer alterações no
equipamento, comprometendo os resultados
obtidos;
3. Informar o trabalhador avaliado;
4. Acompanhar a medição.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
INVALIDAÇÃO DOS DADOS

1. houver prejuízo à integridade do equipamento;

2. Houver indicação de insuficiência de carga na


bateria;

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO

Exercícios

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Exercícios
1) Observando-se um operador de forno de uma empresa,
verifica-se que o mesmo gasta 3 minutos carregando o forno,
aguarda 4 minutos para que a carga atinja a temperatura
esperada sem, no entanto, sair do local e, em seguida, gasta
outros 3 minutos para descarregar o forno. Este ciclo de
trabalho é continuamente repetido durante toda jornada de
trabalho.
Resultados da avaliação do ambiente:
tg = 35ºC
tbn = 25ºC
Verificar se o limite de tolerância foi excedido.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Exercícios - resolução ex. 1
TIPO DE ATIVIDADE: Moderada (Quadro Nº3)
CICLO DE TRABALHO: Carrega – 3 min / Aguarda – 4 / Descarga – 3
Total do ciclo: 10 minutos
Em 1 hora de trabalho, o ciclo se repete 6 vezes, assim: 36 minutos de
trabalho e 24 minutos de aguardando
Temperaturas medidas:= 25°C tbn e 35°C
ANÁLISE DO REGIME DE TRABALHO: Trabalho continuo.
Vamos fazer o cálculo do IBUTG
IBUTG = 0,7tbn + 0,3tg IBUTG = 0,7 * 25 + 0,3 * 35
IBUTG = 28°C

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Exercícios - resolução ex. 1
AGORA VAMOS COMPARAR ESSE RESULTADO COM O QUADRO
QUADRO 1 – ANEXO 3 ATIVIDADE MODERADA
36 min de trabalho
24 min de aguardando

NÃO ACEITÁVEL
IBUTG 28°C

LIMITE DE TOLERÂNCIA: Pelas condições ambientais e pelo Quadro Nº1, o


regime recomendado é: 45 minutos de trabalho e 15 minutos de descanso.
CONCLUSÃO: O ciclo de trabalho não está adequado para o tipo de atividade
e condições térmicas do ambiente analisado.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Exercícios - resolução ex. 2
Atividade com descanso em outro local
2) Observando-se um operador de forno de uma empresa, verifica-se que o
mesmo gasta 3 minutos carregando o forno, aguarda 4 minutos para que a
carga atinja a temperatura esperada e, em seguida, gasta outros 3 minutos
para descarregar o forno. Durante o tempo em que aguarda a elevação da
temperatura da carga (4 minutos), o operador do forno fica fazendo anotações,
sentado a uma mesa que está afastada do forno. Este ciclo de trabalho é
continuamente repetido durante toda jornada de trabalho.
Resultados da avaliação do ambiente:

LOCAL 1 - tg = 54ºC tbn = 25ºC


LOCAL 2 - tg = 32ºC tbn = 24ºC

Verificar se o limite de tolerância foi excedido.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
ANÁLISE DO REGIME DE TRABALHO:
Regime de trabalho-descanso, com descanso em outro local
TAXA DE METABOLISMO:
TRABALHO = 300 Kcal/h DESCANSO = 125 Kcal/h
CICLO DE TRABALHO:
Em 1 hora de trabalho, o ciclo se repete 6 vezes, assim: 36 minutos de trabalho e
24 minutos de descanso
1- ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO:
IBUTG = 0,7 * 25 + 0,3 *54 = 33,7ºc
M = 300 Kcal/h (Quadro Nº3)
Tempo de Permanência: 6 * 6 = 36 minutos
2- ANÁLISE DO LOCAL DE DESCANSO:
IBUTG = 0,7 *24 + 0,3*32 = 26,4ºC
M = 125 Kcal/h (Quadro Nº3)
Tempo de permanência: 6 * 4 = 24 minutos

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
CÁLCULOS:
M médio = (Mtrab*TEMPOtrab + Mdesc*TEMPOdesc)/60 min
M médio = (300*36 +125*24)/60 = 230 kCal/h

IBUTG médio = (IBUTGtrab*TEMPOtrb + IBUTGdesc*TEMPOdesc )/60 min


IBUTG médio = (33,7*36 + 26,4*24)/60 = 30,8ºC
LIMITE DE TOLERÂNCIA: Para M = 230 kcal/h, o IBUTG máximo = 28,5ºC

CONCLUSÃO: para as condições ambientais e atividade física, o LT foi


ultrapassado.
QUAL DEVERIA SER O CICLO DE TRABALHO PARA QUE O LIMITE DE
TOLERÂNCIA NÂO SEJA ULTRAPASSADO?

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Exercícios - resolução ex. 3
CICLO DE TRABALHO

3) Observando-se um operador de máquina de uma empresa, o


trabalhador durante o ciclo de 60 minutos permanece durante
30 min no ponto 1, 15 min no ponto 2 e 15 min no ponto 3. Este
ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda jornada
de trabalho.
Medições realizadas:
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Verificar se o limite de tolerância foi excedido.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
ANÁLISE DO REGIME DE TRABALHO: LIMITE DE TOLERÂNCIA: Até 26,7
Regime de trabalho-continuo
CICLO DE TRABALHO:
Em 1 hora de trabalho, o ciclo se repete 3 vezes, assim: 60 minutos de trabalho
contínuos, com 30min no L1, 15min L2 e 15min L3.
ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO1: ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO2: ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO1:
IBUTG = 0,7 * 23,3 + 0,3 *38,6 = 27,9ºc IBUTG = 0,7 * 22 + 0,3 *37,5 = 26,7ºc IBUTG = 0,7 * 23,2 + 0,3 *39 = 28ºc
M = 220 kCal/h (Quadro Nº3) M = 220 kCal/h (Quadro Nº3) M = 220 kCal/h (Quadro Nº3)
IBUTGt: 27,9 * 30 = 837,7 IBUTGt: 26,7 * 15 = 400,25 IBUTGt: 28 * 15 = 419,45

IBUTG ºC MÉDIO:
IBUTGm = IBUTG1*T1 + IBUTG2*T2 + IBUTG3*T3 / 60

IBUTGm = 27,9 * 30 + 26,7 * 15 + 28 * 15 / 60

IBUTGm: 837,7 + 400,25 + 419,45 / 60

IBUTGm: 27,6

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Exercícios - resolução ex. 4
TRABALHO EXTERNO COM CARGA SOLAR
4) Um técnico de segurança do trabalho executou algumas
medições em uma indústria cerâmica, no setor Secagem, e
obteve as seguintes medições: temperatura de bulbo seco igual
a 34,6 °C, temperatura de bulbo úmido natural igual a 23,3 °C e
temperatura globo igual a 40,7 °C.

Sabendo-se que é um ambiente externo com carga solar, qual o


IBUTG do setor?

Ambientes externos COM carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Verificar se o limite de tolerância foi excedido.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
ANÁLISE DO REGIME DE TRABALHO: LIMITE DE TOLERÂNCIA: Até 26,7
Regime de trabalho-continuo
TM = 300 kCal/h (Quadro Nº3)
CICLO DE TRABALHO:
Continuo

Dados:
temperatura de bulbo úmido natural = 23,3 °C
temperatura de bulbo seco = 34,6 °C
temperatura globo = 40,7 °C

Dica: Neste caso, usa-se a fórmula completa. Ou seja, IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO:


IBUTG = 0,7 * 23,3 + 0,1 *34,6 + 0,2*40,7
IBUTG: 32,0ºC

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TEMPERATURA EFETIVA - TE
A NR-17 no item 4 (DAS CONDIÇÕES
AMBIENTAIS DE TRABALHO), estabelece como parâmetro
mínimo, índice de temperatura efetiva entre 20º e 23ºC

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TEMPERATURA EFETIVA - TE
a A temperatura efetiva é calculada em função da temperatura de
bulbo seco, temperatura de bulbo úmido (umidade relativa do ar) e
velocidade do ar.

Seu valor é obtido através de ábacos (diferentes) para


trabalhadores com o dorso desnudo ou vestidos.

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TEMPERATURA EFETIVA - TE
a Exemplo:

Tbs = 34º C
Tbn = 24º C
Vel. do ar = 1,5 m/s

aSENSAÇÃO TÉRMICA RESULTANTE = 26,89º C

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO

Aula Prática

Thiago de S. A. Pereira – Modulo – Agentes Físicos – Calor/Frio – H.O


AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO

DA AVALIAÇÃO DE
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
FRIO

NR-15 ANEXO 9 / CLT / NR-29 / NR-36

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
NR-15 - ATIVIDADES OU OPERAÇÕES INSALUBRES
Anexo 9
FRIO
As atividades ou operações executadas no interior
de câmaras frigoríficas, ou em locais que
apresentem condições similares.............

que exponham os trabalhadores ao frio, sem a


proteção adequada, serão consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem
condições similares......
CONDIÇÕES SIMILARES

que exponham os trabalhadores ao frio, sem a


proteção adequada...........EPI.....serão insalubres.....

Laudo de inspeção realizado no local de trabalho.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
FRIO
CLT – Título III - Cap I – Seção VII
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das
câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias
do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa,

depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho


contínuo,

será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de


repouso,

computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
FRIO
CLT – Título III - Cap I – Seção VII
QUANDO O AMBIENTE É CONSIDERA FRIO?

QUAIS OS PARÂMETROS?

QUAIS AS TEMPERATURAS?

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
FRIO
CLT – Título III - Cap I – Seção VII

Art. 253 CLT


Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do
presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira
zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e
Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e
nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
FRIO

“Define o mapa oficial do Ministério do Trabalho para atender o


disposto no art. 253 da CLT”.

Art. 1º O mapa oficial do Ministério do Trabalho, a que se refere o art.


253 da CLT, a ser considerado, é o mapa “Brasil Climas” – da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Art. 2º .....define-se como primeira, segunda e terceira zonas climáticas


do mapa oficial do MTb, a zona climática quente, a quarta zona, como a
zona climática subquente, e a quinta, sexta e sétima zonas, como a
zona climática mesotérmica (branda ou mediana).)

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
MAPA IBGE – BRASIL – Zonas Climáticas

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
ZONAS CLIMÁTICAS – EXPOSIÇÃO PERMITIDA

ZONAS CLIMÁTICAS TIPO DE CLIMA TEMPERATURAS – MÍNIMAS


PIMEIRA-SEGUNDA-TERCEIRA ZONA CLIMÁTICA
QUENTE
MENOR DE 15° (Quinze graus)
NORTE
NORDESTE
QUARTA
SUB-QUENTE MENOR DE 12° (Doze
SUDESTE graus)
QUINTA-SEXTA-SÉTIMA MESOTÉRMICA
(BRANDA OU MENOR DE 10° (Quinze graus)
SUL MEDIANA)

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
FRIO
NR 29 item 29.3.16 – Locais frigorificados

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
FRIO
NR 36 item 36.13 – Organização temporal do trabalho
36.13.1 Para os trabalhadores que exercem suas atividades em
ambientes artificialmente frios e para os que movimentam mercadorias
do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma
hora e quarenta minutos de trabalho contínuo, será assegurado um
período mínimo de vinte minutos de repouso, nos termos do Art. 253 da
CLT.

36.13.1.1 Considera-se artificialmente frio, o que for inferior, na primeira,


segunda e terceira zonas climáticas a 15º C, na quarta zona a 12º C, e
nas zonas quinta, sexta e sétima, a 10º C, conforme mapa oficial do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO

Adicional de Insalubridade

Ambiente Artificialmente Frio

Neutralização pelo uso de EPI e Intervalo para Recuperação Térmica

ENTENDIMENTOS DIVERGENTES

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Entendimento 1
Que a eliminação do agente insalubre FRIO está condicionado à
existência concomitante de dois requisitos:

- Uso satisfatório de EPI’s; e


- A concessão efetiva dos intervalos de 20 minutos a cada 1
horas e 40 minutos de trabalho (Art. 253 da CLT).

Caso na atenda um destes dois requisitos, é devido o adicional de


insalubridade.

JUSTIFICATIVA
1. Necessita de ambos os requisitos pois o EPI satisfatório reduz apenas as
consequência maléfica do frio sobre a pele do trabalhador.
2. Já a concessão do intervalo impede a inalação do ar frio de forma
intermitente, evitando, com isso a redução da temperatura corporal do
trabalhador a níveis que compromete a higidez do trabalhador.

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AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
Entendimento 2

Que a eliminação do agente insalubre FRIO está condicionada somente


ao satisfatório de EPI’s e independente da análise da concessão do
intervalo para recuperação térmica.

Razão das conjecturas fáticas e jurídicas desses institutos serem


independentes, leva a necessidade de examiná-los separadamente, sem
vincular a caracterização de um à incidência do outro.

Pois inexistem previsão no ordenamento jurídico pátrio de que a


ausência do intervalo para recuperação térmica, previsto no Art.
253 da CLT, gere a concessão do adicional.

Thiago de S. A. Pereira – Modulo – Agentes Físicos – Calor/Frio – H.O


AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
DETALHES NA HORA DA CARACTERIZAÇÃO

A caracterização da insalubridade por exposição ao FRIO deve se levar


somente o exposto no anexo 9 da NR-15.

É correto ou não a aplicação do Art. 253 da CLT para definir a


insalubridade.

Devemos levar em consideração apenas o fornecimento e o uso


adequado dos EPI’s ou devemos considerar os intervalos do Art. 253 da
CLT.

A temperatura de exposição para caracterizar o direito ao adicional


possuem variação de acordo com as zonas climáticas do Mapa do IBGE.

Thiago de S. A. Pereira – Modulo – Agentes Físicos – Calor/Frio – H.O


AGENTES FISICOS – CALOR/FRIO
OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE DE ESTAR COM VOCÊS!
THIAGO DE SOUSA ALVES PEREIRA
TECNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
ASSISTENTE TECNICO EM PERICIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO
SOCIO PROPRIETARIO DA ENG LABOR
DIRETOR TECNICO
CURSANDO H.O NA POLI-USP-LACASEMIN
0XX62 – 9 8129 – 0751
0XX62 – 3609 – 0447
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Thiago de S. A. Pereira – Modulo – Agentes Físicos – Calor/Frio – H.O

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