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Caso
Avaliação de Sobrecarga
Térmica e Iluminação
Professora
Me. Ana Paula Micali Figueiredo
Unicesumar
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estudo de
caso
estudo de
caso
Entretanto, todos os trabalhadores confirmaram que, para realização das suas atividades
diárias, sempre utilizaram os EPIs fornecidos pela empresa, conforme fichas de controle de
entrega deles, tais como: botina de segurança, óculos de proteção, uniforme, boné e filtro
solar. Todos os Equipamentos de Proteção Individual recebidos foram adequados para o de-
senvolvimento diário das atividades.
Conforme os limites de tolerância (Tabela 1) estabelecidos pela NR-15 para os traba-
lhadores expostos ao calor, é definido que as medições do IBUTG sejam realizadas no local
onde o trabalhador executa suas atividades. Quando o IBUTG ultrapassa valores de 30ºC (ati-
vidade leve), 26,7ºC (atividade moderada) ou 25ºC (atividade pesada), tornam-se necessárias
medidas preventivas no trabalho para evitar doenças ocupacionais. Acima desses valores
(linhas 2, 3 e 4 da Tabela 1), os intervalos de IBUTG correspondem a períodos maiores de
descanso, podendo alcançar 15, 30 ou 45 minutos de descanso a cada hora trabalhada. Nas
situações mais extremas, quando o IBUTG ultrapassa os limites de 32,2ºC, 31,1ºC e 30ºC, para
atividades leve, moderada e pesada, respectivamente, a condição deve ser entendida como
de risco grave e eminente. Para essa condição, não é permitido o trabalho sem adoção de
medidas especiais de controle. Ressalta-se, ainda, que os trabalhadores da cultura de euca-
lipto geralmente trabalham em regime contínuo, por períodos maiores que uma hora, sem
gozar de descanso térmico necessário para o resfriamento do corpo.
Com base nas informações levantadas nas etapas anteriores, nos critérios estabelecidos
pela NR-15 e seus anexos, e da Portaria n. 3.214/78, foram realizadas três medições nos locais
de trabalho. Cada medição teve uma duração de 20 (vinte) minutos, totalizando o tempo de
medição em 1 (uma) hora, conforme reza o Anexo 3 da NR-15. A medição foi realizada no
horário em que o sol possui grande intensidade de calor, ou seja, na pior hora. O cálculo do
IBUTG para ambientes externos é:
estudo de
caso
1ª MEDIÇÃO:
Temperatura de bulbo úmido natural (tbn) = 22,8 °C
Temperatura de bulbo seco (tbs) = 29,6 °C
Temperatura de globo (tg) = 33,1 °C
Calor metabólico (M) = 220 kcal/h
2ª MEDIÇÃO
Temperatura de bulbo úmido natural (tbn) = 25,5 °C
Temperatura de bulbo seco (tbs) = 33,0 °C
Temperatura de globo (tg) = 45,5 °C
Calor metabólico (M) = 250 kcal/h
3ª MEDIÇÃO:
Temperatura de bulbo úmido natural (tbn) = 24,5 °C
Temperatura de bulbo seco (tbs) = 30,9 °C
Temperatura de globo (tg) = 32,1 °C
Calor metabólico (M) = 240 kcal/h
Com base nas informações levantadas nas etapas anteriores, nos critérios estabelecidos pela
NR-15 e seus anexos, e da Portaria n. 3.214/78, não foram identificados riscos de sobrecarga
térmica e, desse modo, a atividade não é caracterizada como insalubre.
REFERÊNCIA