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CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

CALOR

Cascavel - PR
2023
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1 IDENTIFICAÇÃO

ENDEREÇO: R. Heitor Stockler de França, 161 - Maria Luíza, Cascavel - PR,


85819-760

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Aberto ⋅ Fecha às 21:00

TELEFONE: (45) 3220-5400

SETOR: Cabine de solda

FUNÇÃO: Aprendizagem de solda

TURNO: Noturno com carga horário de 4 horas das 19:00 as 23:00hrs

Avaliado: Aluno soldador

AMBIENTE DE TRABALHO: O ambiente trabalhista,tem uma estrutura de alvenaria


e piso bruto, com duas saídas de ventilação própria, tem exaustores e repartição em
todas os biongos de solda e mede em torno de 10 m2.

DADOS DO AVALIADOR

Nome: Silvia Morais dos Santos


Logradouro: Rua Cáceres,1008 Bairro: Interlagos Complemento: casa
Cep: 85820034
Telefone: (45) 4439-2814

DATA DA MEDIÇÃO 01/11/2023

Equipamento Utilizado para medição: Medidor de stress térmico TGD-400

2 FUNDAMENTOS TÉCNICO

O calor muitas vezes referido como calor extremo ou onda de calor, ocorre quando as
condições climáticas criam um ambiente em que a temperatura e a umidade estão
significativamente elevadas, tornando-se perigosas para a saúde humana. Esse fenômeno pode
ser caracterizado por vários fatores, incluindo:
1. Altas temperaturas: O calor extremo é marcado por temperaturas muito altas, geralmente
acima de 30°C, mas pode variar dependendo da região e da sazonalidade.
2.Umidade: A umidade elevada pode tornar o calor ainda mais opressivo, uma vez que
dificulta a evaporação do suor, tornando mais difícil para o corpo se resfriar naturalmente.
3. Duração: O perigo de calor muitas vezes está associado a longos períodos de temperaturas
elevadas, que podem durar vários dias ou semanas.
4. Horas de pico de calor: Muitas vezes, o período mais perigoso durante uma onda de calor é
o meio do dia, quando as temperaturas atingem o pico. Durante a noite, a temperatura pode
cair, proporcionando algum alívio.
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5. Índice de calor: O índice de calor, ou sensação térmica, é uma medida que combina a
temperatura do ar com a umidade para fornecer uma estimativa de como o calor afeta o corpo
humano. Quando o índice de calor é alto, a exposição prolongada ao calor pode ser perigosa.
6. Condições climáticas locais: O perigo de calor pode variar de acordo com a localização
geográfica. Em algumas regiões, as altas temperaturas são mais comuns e as pessoas estão
mais acostumadas a lidar com elas, enquanto em outras, o calor extremo pode ser mais raro e,
portanto, mais perigoso.
Os perigos associados ao calor extremo incluem:
Insolação: Um aumento excessivo da temperatura corporal que pode levar a sintomas graves,
como confusão, desmaios e até mesmo morte.
Esgotamento pelo calor: Um estágio anterior da insolação, caracterizado por sintomas como
sudorese excessiva, fadiga, tonturas e náuseas.
Problemas de saúde preexistentes: O calor extremo pode agravar condições de saúde pré-
existentes, como doenças cardíacas, respiratórias e renais.
Desidratação: A perda de fluidos corporais devido à transpiração excessiva pode levar à
desidratação, que, se não for tratada, pode ser perigosa.
É importante estar ciente dos avisos de calor extremo emitidos pelas autoridades locais e
tomar medidas de precaução, como ficar hidratado, evitar atividades extenuantes ao ar livre
durante as horas mais quentes do dia, buscar locais com ar condicionado e verificar o bem-
estar de pessoas vulneráveis, como idosos e crianças. O perigo de calor é uma preocupação de
saúde pública, e é fundamental tomar medidas para se proteger em caso de temperaturas
extremamente elevadas.
A avaliação do perigo de calor é importante por várias razões, principalmente devido aos
impactos significativos que o calor extremo pode ter na saúde humana e na sociedade como
um todo. Aqui estão algumas razões pelas quais a avaliação do perigo de calor é crucial:
Riscos para a saúde humana: O calor extremo pode representar sérios riscos para a saúde das
pessoas. Isso inclui insolação, esgotamento pelo calor, desidratação e agravamento de
condições médicas pré-existentes. Em casos extremos, o calor pode ser fatal.
Vulnerabilidade de grupos específicos: Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas,
grávidas e outras populações vulneráveis têm maior probabilidade de sofrerem consequências
graves devido ao calor extremo. Portanto, avaliar o perigo de calor é crucial para proteger
esses grupos.
Impacto na qualidade de vida: O calor extremo pode tornar a vida diária desconfortável e
perigosa, afetando a qualidade de vida das pessoas. Pode limitar a capacidade de trabalho,
causar desconforto e tornar atividades ao ar livre impraticáveis.
Impactos econômicos: O calor extremo pode causar perdas econômicas significativas. Isso
inclui perdas na agricultura devido a secas, danos a infraestruturas devido a deformações e
falhas, e aumento nos custos de energia devido ao aumento na demanda por resfriamento.
Sobrecarga dos serviços de saúde: Períodos de calor extremo podem sobrecarregar os serviços
de saúde com um aumento nas internações hospitalares e visitas a pronto-socorros
relacionadas ao calor. Isso pode prejudicar a capacidade dos sistemas de saúde de atender a
outras emergências médicas.
Mudanças climáticas: Com o aumento das temperaturas globais devido às mudanças
climáticas, espera-se que eventos de calor extremo se tornem mais frequentes e intensos.
Portanto, a avaliação do perigo de calor é essencial para compreender e se adaptar a essas
mudanças climáticas.
Planejamento e resposta a emergências: A avaliação do perigo de calor desempenha um papel
fundamental no planejamento de emergências. Isso inclui a emissão de alertas de calor, a
abertura de abrigos de resfriamento, a coordenação de esforços de socorro e a implementação
de medidas de proteção civil.
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Portanto, é fundamental avaliar o perigo de calor para proteger a saúde pública, minimizar
danos econômicos e sociais e se adaptar às mudanças climáticas. Essa avaliação permite a
implementação de medidas preventivas e de resposta eficazes para proteger as comunidades
durante os episódios de calor extremo.
Parte superior do formulário
Normas regulatórias: A maioria dos países tem regulamentações específicas que estabelecem
os limites aceitáveis de exposição ao calor no local de trabalho. Essas normas podem incluir
temperaturas máximas permitidas, índices de calor ou valores de WBGT (Índice de
Temperatura de Globo e Umidade). O WBGT leva em consideração a temperatura do ar, a
umidade relativa e a radiação térmica.
Limiares de temperatura: Geralmente, as regulamentações estabelecem limites de temperatura
máxima que não devem ser excedidos. Por exemplo, em muitos países, o limite superior de
temperatura do ambiente de trabalho é de 35°C a 40°C, dependendo da atividade e da região.
Índice de calor: Em algumas regulamentações, o índice de calor (heat index) pode ser usado
para avaliar o risco de calor no local de trabalho. O índice de calor leva em consideração a
temperatura do ar e a umidade para calcular uma temperatura aparente, refletindo o efeito do
calor na saúde.
WBGT: O WBGT é frequentemente usado em ambientes industriais e militares para avaliar o
calor no local de trabalho. Ele considera fatores como a temperatura do ar, a temperatura de
um globo radiante e a umidade relativa. As regulamentações podem estabelecer limites
específicos do WBGT para diferentes tipos de atividades e exposições.
Monitoramento e avaliação: As empresas são frequentemente obrigadas a realizar avaliações
do ambiente de trabalho, incluindo a medição das condições de calor. Isso pode ser feito
usando dispositivos de medição de temperatura, umidade e radiação térmica. Os dados
coletados são então comparados com os limites estabelecidos pelas regulamentações.
Medidas de proteção: Com base nas avaliações, as empresas devem implementar medidas de
proteção adequadas para garantir a segurança dos trabalhadores. Isso pode incluir a
disponibilidade de água potável, pausas regulares em locais frescos, fornecimento de
equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamento de conscientização sobre o calor e
ajuste de horários de trabalho.
Consulta a profissionais de segurança e saúde: Em muitos casos, as empresas são
aconselhadas a consultar profissionais de segurança e saúde no trabalho para ajudar na
avaliação e controle dos riscos de calor.

3 PROCEDIMENTO AVALIATIVO
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Colocar água destilada no bulbo úmido natural.

Atenção, o bulbo só dará um resultado certo se for ajustado de maneira certa, não se
pode colocar água diretamente da torneira, pois a água da torneira possui sais
minerais, cloro dentre outras substâncias e isso alterariam as configurações do bulbo
mudando assim o resultado.

Aguardar O CORDÃO FICAR ÚMIDO

Aguardar o cordão de fano fica úmido. É importante conferir se ele está úmido tocando
manualmente no cordão do mesmo. Certifique-se de quê o cartão que será utilizado
está novo, pois se o cordão estiver sujo ou com uma tonalidade duvidosa afetará no
resultado coletado.

Orientação sobre TERMÔMETRO DE GLOBO

Depois de todos esses detalhes checados e seguidos é hora de colocar o termômetro


de globo na árvore de medição (se ainda não estiver lá).

A colocação tem que ser feita com muito cuidado. Como nossa mão tem oleosidade
pode acabar marcando o globo, então é recomendado manuseá-lo com luvas.

Se ficar digitais no globo a limpeza tem que ser feita com pano ou flanela levemente
umedecida.

Se o globo cair e amassar não poderá ser feita medição com ele.

Nesse caso o recomendável é fazer a substituição do globo, sabemos que substituir


é um negócio complicado, mas não há como fugir disso!

O próprio tripé com a movimentação do trabalhador pode provocar a queda. O cuidado


para evitar a queda é importante para evitar prejuízos e perda de tempo.

CUIDADOS COM O BULBO SECO

Depois da alteração da NHO 6 diz o bulbo seco ganhou uma proteção.

Por conta da tal alteração, o bulbo seco do IBUTG da Instrutherm ganhou uma
proteção que possui microfuros.

Esses microfuros permitem a livre passagem de ar por dentro dos furinhos, e também
bloqueia a radiação proveniente de qualquer fonte externa, radiação essa que poderia
alterar o resultado da avaliação.

ESPERAR ESTABILIZAR

Em no máximo 25 minutos o equipamento depois de montado estará pronto para uso.


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A estabilização é importante por vários motivos, um deles é que existe uma massa de
ar dentro do termômetro de globo que precisa de tempo para se homogeneizar.

Após os 25 minutos o operador (higienista ocupacional) já pode colher as leituras,


o IBUTG TGD 400 (da foto) é moderno e já dá os valores de medição em tempo real
no visor. Não precisando que o operador faça contas manuais.

Depois da avaliação você pode simplesmente descarregar os dados no seu


computador, e gerar um relatório completo com todos os dados e os horários que você
fez a medição.

O relatório é completo trazendo todos os parâmetros, IBUTG interno, externo, valores


do bulbo seco, úmido, globo, natural, etc.

CICLOS DE TRABALHO

A NR 15 no anexo 3 e quadro 1 fala sobre os ciclos de trabalho, e se houverem


ambientes de trabalho e de descanso diferentes um do outro, deve haver
quantificação (medição) em cada um desses ambientes.

QUANTIFICAÇÃO DE CALOR – FONTE NATURAL (SOL) – FAZ AVALIAÇÃO COM


IBUTG OU NÃO?

Pelo o que entendemos da legislação, tem que fazer!

Se a avaliação for em região como Manaus, Teresina e outras áreas quentes do país,
infelizmente quase sempre dará direito ao adicional de insalubridade.

Esse é um assunto polêmico e aconselho antes de tomar uma decisão final, estudar
mais à fundo esse assunto.

CUIDADOS COM A PARTE ELETRÔNICA DO EQUIPAMENTO

Há mais um detalhe importante que pessoal não se atenta muito, essa questão é o
calor excessivo e a possibilidade de danificar o equipamento.

Em um ambiente, por exemplo, com 58 graus e 65 graus é sempre bom manter a parte
de baixo do instrumento longe da fonte de calor. Isso porque todo o circuito dele está
na parte de baixo, e o calor elevado pode danificá-la.

Exatamente por causa dessas avaliações em ambientes de calor extremo que o


instrumento (apresentado nesse artigo) já é fornecido com extensão. Basta retirar a
parte eletrônica do instrumento e deixar perto da fonte apenas a base de sensores
(árvore de termômetros).

A avaliação de calor para segurança do trabalho sempre deve ser feita com IBUTG.
Isso é o que determina a NR 15 do Ministério do Trabalho e também a NHO 6 da
Fundacentro.
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4 DADOS OBTIDOS

Selecionar peças / equipamentos para a solda, transportar até a bancada e posiciona-

los. Peso das peças variam de 01 kilo a 30 kilos. Tempo de duracão estimada 05

minutos. Tbn-24,6°C Tbs - 28,1°C Tg -278°C

TAXA METABÓLICA = Se carega 30kl- W= 450

Atividade 02

Realizar a solda nás peças em bancada na pósição em pé. Tempo de duração

estimado 10 minutos TBN -27,2°C TBS -31,3°C TG34,7°C TAXA

METABÓLICA.Trabalho moderado com dois braços W= 279


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Atividade 03

Realização do acabamento das peças em bancada fora do biombo da solda. O

Acabamento é feito através de lixamento,polimento e corte de peça. As peças tem

pesos variáveis vai de 3 kg a 30kg e são deslocadas a mão . Acabamento realizado

na posição em pé com ferramenta manual. Duração de 10 minutos_ Tbn -24,8 °C

Tbs -27,9°C Tg -29,6°C

TAXA METABÓLICA = Trabalho leve com dois braços = W243

__

M =W transforte*10min+W solda*30min+W acabamento*20min/60min

__

M = 450*10+279*30+243*20/60

__

M = 4500+8370+4860/60

__

M = 17.730/60

__

M = 295,5

5 MEMORIAL DE CÁLCULOS

Local coberto

Transporte 10 min
IBUTG =0,7*24,6+0,3*27,8
10

IBUTG =17,22+8,34
IBUTG =25,56°C

SOLDA =30MIN
IBUTG =0,7*27,2+0,3*34,7
IBUTG =19,04+10,41
IBUTG =29,45

ACABAMENTO =20MIN
IBUTG= 0,7*24,8+0,3*29,6
IBUTG= 17,36+8,88
IBTUG= 26,24

____ 25,56 29,45 26,24


IBUTG= ibtug(transporte)*10min+ibtug(solda)*30min+ibutg(acabamento)*20min

____
IBUTG= 255,60+883,5+524,8

____
IBUTG= 27,73°C

6 PARECER TÉCNICO

De acordo com a nr15 anexo IV- Conclui-se que os limite de tolerância para o agente
CALOR está dentro dos padrões permitidos. Visto que o local tem estrutura adequada para a
função, ventilação e os alunos sem exceções fazem uso de equipamentos de proteção
individual tais como: Óculos, luvas , máscaras de solda e roupa adequada.

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