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risco físico calor ocupacional em qual anexo e tratado o assunto

O anexo 3 da NR 15 determina as condições da exposição do calor no ambiente de trabalho. O


calor é um fato que tornar o ambiente insalubre, prejudicando a saúde do trabalhador. Neste
texto, vamos observar o que é a NR 15, anexo 3, e quais soluções podem ser adotadas para
trabalhos em alta temperatura.

DEFINIÇÃ
O
O risco físico calor é um fator de risco para a saúde de profissionais expostos a ambientes de
trabalho com altas temperaturas, como em siderúrgicas, fundições, indústrias têxteis, padarias
e até trabalhadores que desempenham suas atividades a céu aberto, sob o sol.

Esse tipo de exposição pode levar o trabalhador a problemas de saúde leves a graves, indo
desde a desidratação e insolação até queimaduras, câncer de pele e problemas de visão.
TIPOS

O calor pode ser transmitido de 3 formas:

Por condução: quando o calor passa de um elemento sólido para o outro

Por convecção: só ocorre em materiais líquidos e gases quando as moléculas aquecidas trocam de lugar
com as mais frias

Por irradiação: quando o calor é transmitido por ondas eletromagnéticas

FONTES ACTIVIDADES EM QUE HÁ A EXPOSIÇÃO

As ocupações com maior risco de exposição ao calor incluem os cozinheiros, padeiros, fundidores de
metais, fabricantes de vidros, mineiros, entre outros.
EFEITOS DA EXPOSIÇÃO DE CALOR

A exposição ao calor gera reações diversas no corpo humano. Veja a seguir as principais e mais comuns
em ambientes de trabalho insalubres devido a alta temperatura.
Exaustão
Desidratação
Cãibra
Choque térmico
Tontura
Hipertermia
Quando esses mecanismos de defesa se tornam insuficientes e a perda de calor para de ocorrer, o
corpo pode começar a sofrer com fadiga fisiológica e desenvolver doenças como:

Câncer de pele
Distúrbios psiconeuróticos
Problemas de vista
Queimaduras
Problemas cardiocirculatórios
NIVEIS DA EXPOSIÇÃO DE CALOR
Exposição ao calor: previsão legal
Nesse sentido, o Decreto nº 53.831/64 previu que a sua avaliação deveria ser feita com base na
temperatura efetiva (TE), tendo como limite 28ºC: Dessa forma, para períodos anteriores a
05/03/1997, aplica-se o limite legal acima.
LIMITES DE TOLERANCIA E NIVEIS DE AÇÃO
AVALIAÇÃO

A exposição ao calor é avaliada pelo IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo), e pode ser
calculada usando as fórmulas a seguir:

Para ambientes internos ou externos sem incidência de carga solar

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg


Para ambientes externos com incidência de carga solar
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Nas fórmulas, as variáveis significam:

tbn = temperatura de bulbo úmido natural


tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco

A partir dos valores do IBUTG, medidas deverão ser tomadas tanto em relação à estrutura do ambiente de
trabalho quanto aos equipamentos de proteção utilizados pelos trabalhadores. Tudo conforme a
regulamentação da NR-15.
DEFINIÇÃO NHO 06
Esta NHO se aplica à exposição ocupacional ao calor em am- bientes internos ou externos, com ou
sem carga solar direta, em quais- quer situações de trabalho que possam trazer danos à saúde dos
tra- balhadores, não estando, no entanto, voltada para a caracterização de conforto térmico.

A NHO 06 -2ª Edição (2017)- estabelece critérios e procedimentos para a avaliação da exposição
ocupacional ao calor.

MEDIDAS PREVENTIVAS CORRECTIVAS E DE


CONTROLE
Medidas de Controle no Ambiente

É importante que o ambiente de trabalho esteja adequado, de acordo com as Normas


Regulamentadoras, para que o controle de temperatura seja feito e os fatores que influenciam
na sobrecarga térmica sejam reduzidos.

Entre as principais medidas que podem ser adotadas estão (SALIBA, 2011):

Insuflação de ar fresco no local


Revestimento adequado das tubulações condutoras de fluido térmico
Aumento da circulação de ar no ambiente
Exaustão dos vapores d’água
Uso de barreiras refletoras ou absorventes
Automatização de processos para reduzir o trabalho manual e a exposição dos trabalhadores
Medidas de Controle Administrativas
Também é possível tomar outras medidas para reduzir a sobrecarga térmica, como a realização de exames
médicos periódicos nos trabalhadores com o objetivo de identificar possíveis problemas gerados pela
exposição ao calor.
Uma outra medida muito importante é fazer a aclimatação do trabalhador, já que ao ser exposto a altas
temperaturas pela primeira vez há um aumento significativo da temperatura retal e frequência cardíaca.
Isso passa depois de uma semana, mas para evitar essas situações, a aclimatação é fundamental.
Manter o trabalhador exposto ao calor somente pelo tempo regulamentado também é uma medida de
controle bastante eficaz, assim como a substituição de água e isotônico, já que o profissional exposto a alta
temperatura deve beber mais água para compensar a perda de líquido pela transpiração.

EPIs para Altas Temperaturas


É importante saber que no caso da exposição a altas temperaturas, o uso de EPIs não minimiza os riscos do
trabalhador sofrer uma sobrecarga térmica. Eles ajudam principalmente a evitar queimaduras por respingos de
resíduos ou fagulhas.
Os tipos mais comuns de EPIs para trabalho em alta temperatura são:

Óculos de proteção: protegem os olhos contra o contato direto com fagulhas e resíduos
Vestimenta Aluminizada: isolam o corpo contra os fatores externos
Luvas térmicas: protegem as mãos contra o contato direto com materiais quentes
Capuz de segurança: protegem a região do rosto contra fagulhas e resíduos, além de ajudarem no controle de
temperatura da região
O risco físico calor é um dos mais complexos de lidar e proteger, por isso é importante seguir o que as Normas
Regulamentadoras recomendam e manter os trabalhadores em ambiente seguro e com os EPIs adequados.

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