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Na melhoria das condições de trabalho, bem como na qualidade de vida, o ambiente térmico no
trabalho desempenha um papel fundamental. As condições térmicas de um local de trabalho
influenciam de forma significativa o bem-estar dos trabalhadores e, consequentemente, a sua
produtividade e desempenho.
O ambiente térmico pode ser definido como o conjunto das variáveis térmicas do posto de trabalho que
influenciam o organismo do trabalhador, sendo assim um fator importante que intervém, de forma
direta ou indireta, na saúde e bem-estar do mesmo e na realização das tarefas que lhe estão atribuídas.
Stress térmico: Pode ser definido como o estado psicofisiológico a que está submetida uma pessoa,
quando exposta a situações ambientais extremas de frio ou calor.
Conforto térmico: Não envolvendo temperaturas extremas, relaciona a temperatura, humidade e
velocidade do ar existentes nos locais que, no seu conjunto, podem provocar desconforto.
conforto térmico
De acordo com a American Society of Heating Refrigeration and Air Conditions (ASHRAE), o conforto
térmico pode ser definido como “o estado de espírito em que o indivíduo expressa satisfação em
relação ao ambiente térmico”. A sensação de conforto térmico depende da conjunção e da influência de
vários fatores. Os principais são:
Fatores individuais:
Metabolismo
Vestuário.
Variáveis ambientais:
Temperatura do ar;
Velocidade do ar.
A Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que regulamenta o regime jurídico da promoção de segurança e
saúde no trabalho, refere no artigo 15.º relativo às obrigações gerais do empregador que este deve
“assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos
fatores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador”.
A Portaria n.º 987/93 estabelece que o caudal médio de ar fresco e puro deve ser de, pelo menos, 30 m3
por hora e por trabalhador, podendo ser aumentado até 50 m3 sempre que as condições ambientais o
exijam.
Relativamente à temperatura dos locais de trabalho, de acordo com o Decreto-Lei n.º 243/86 esta deve,
na medida do possível, oscilar entre 18ºC e 22ºC, excetuando em determinadas condições climatéricas,
em que poderá atingir os 25ºC.
O mesmo decreto estabelece também que a humidade da atmosfera de trabalho deverá oscilar entre
50% e 70%.
Dores de cabeça;
Náuseas;
Vertigens;
Sudação;
Fadiga cardíaca;
Patologias respiratórias.
Queimaduras;
Desequilíbrio mineral e hídrico;
Fadiga térmica;
Redução da sensibilidade;
Hipotermia.
A avaliação do ambiente térmico deve ter por base técnicas específicas descritas em normas ISO,
através do cálculo de índices que permitem retirar conclusões acerca das condições térmicas de um
local de trabalho:
Estes índices são calculados com base em medições de temperatura, humidade relativa, velocidade do
ar, calor radiante e em dados sobre o vestuário dos trabalhadores presentes no local e na sua atividade.
O equipamento a utilizar deve cumprir os requisitos especificados na norma ISO 7726. Para estas
medições são utilizados os seguintes equipamentos:
As informações aqui apresentadas não dispensam a consulta dos documentos originais (Ex: legislação,
normas, etc…). O artigo reflecte uma análise do tema abordado à data da sua publicação.
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Sobre o autor:
Filipe Ferreira
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