MATERIAL EXTRA — GEOGRAFIA - FRENTE 1
MOVIMENTOS DA TERRA - AULA 01
Professor Fábio
A TERRA
Formato real - Geoide.
Formato cartográfico - Esférico ou elipsoidal.
MOVIMENTOS DA TERRA - OUTROS EXEMPLOS:
Todos os corpos celestes do Universo estão em movimento,
sejam eles as estrelas, os cometas, os meteoritos, os planetas, os
asteroides, os satélites naturais e até os satélites artificiais enviados
ao espaço pela humanidade. O planeta Terra está em constante
movimento e realiza uma série de movimentos todos os dias, alguns
perceptíveis de curto prazo, outros de longa duração.
Os movimentos de rotação e translação são, indiscutivelmente,
os mais importantes por serem os mais perceptíveis e gerarem uma
série de desdobramentos que precisam ser estudados ao longo
desta aula, no entanto, vale pontuar o movimento de precessão,
na qual a Terra demora quase 26 mil anos para percorrer uma volta
do eixo de sua órbita em virtude da inclinação do eixo terrestre; esse
movimento se assemelha ao giro de um pião perdendo força, já
desequilibrado. Ao longo da órbita de precessão, a Terra sofre
pequenas vibrações ao longo do trajeto fazendo com que a Terra se
incline um pouco mais ou um pouco menos, essas oscilações são
denominadas de movimento de nutação.
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
É o movimento na qual a Terra demora aproximadamente 24
horas para dar a volta em torno do seu próprio eixo. A Terra
rotaciona, importante lembrar, de oeste para leste.
A rotação terrestre desencadeia uma série de implicações como
o movimento aparente do Sol, a definição dos pontos cardeais na
bússola, o sistema internacional de fusos horários e o
comportamento dos ventos e correntes marítimas.
A. Movimento aparente do Sol. É responsável pela alternância
entre os dias e as noites; a rotação terrestre causa a sensação de
nascer e pôr do Sol, quando na verdade a Terra, ao girar em torno
do seu próprio eixo provoca o despertar do Sol no horizonte a leste
e o adormecer do Sol, também no horizonte, mas a oeste.
Horizonte é a linha de contato entre a Terra e a abóboda celeste,
onde a Terra e o céu se tocam em nosso campo de visão.
Como o Sol aparentemente nasce a leste, os raios solares no
período da manhã são provenientes de leste e, portanto, a sombra
projetada dos objetos pela manhã se posiciona no sentido oposto,
ou seja, a oeste. O Sol poente é o Sol do período da tarde, a oeste,
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portanto as sombras dos objetos serão projetadas à tarde no sentido
contrário, a leste.
Esse período iluminado do dia, intervalo entre o nascer e o pôr
do Sol, denominamos de fotoperíodo; na prática veremos a seguir
que o fotoperíodo varia ao longo das estações do ano.
Outra observação importante é que o Sol nasce no Leste
verdadeiro e se põe no Oeste verdadeiro somente em duas datas ao
longo do ano: nos dois equinócios, nos demais 363 dias do ano, o
posicionamento do nascer e pôr do Sol é um pouco diferente;
também estudaremos esse assunto no próximo tópico, o movimento
de translação.
B. Sistema de Fusos Horários. Foi criado no final do século XIX
para padronizar a contagem das horas internacionais; essa
uniformização internacional das horas usou o movimento de rotação
como referência, isto é, são 24 fusos horários, cada fuso equivalente
a uma hora do dia.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO.
A Terra percorre uma órbita elíptica em torno do Sol, cujo trajeto
tem a duração de 365 dias e 6 horas, isso é o movimento de
translação; as comemorações de réveillon, portanto, sob o ponto de
vista científico, representam o término de um ciclo de translação e o
início de outro.
Para fins de ajustes no calendário, essas 6 horas “excedentes”
são somadas a cada quatro anos dando origem ao ano bissexto, isto
é, um dia extra no calendário, o 29 de fevereiro em anos com 366
dias.
Como o trajeto da Translação terrestre é elipsoidal, existem duas
datas em que a Terra atinge a sua distância máxima e mínima em
relação ao Sol: o afélio e o periélio respectivamente; essas duas
datas não guardam nenhuma relação com o verão ou inverno. O
periélio ocorre em janeiro, quando é verão para o hemisfério Sul,
porém inverno para o hemisfério Norte; o afélio ocorre em julho,
quando é inverno para o Sul, mas verão para o Norte, portanto não
associe afélio e periélio às estações do ano.
Em razão da inclinação do eixo terrestre, esfericidade da
estrutura (forma geoidal) e movimento de translação, a iluminação
da Terra pelos raios solares é variável, tanto em relação à latitude
quanto ao período do ano.
Sazonalidade. Faz referência às estações do ano (verão,
outono, inverno e primavera) e aos eventos específicos de cada
estação, como características do clima ou safras agrícolas; a
sazonalidade anual ou variação das estações do ano é justificada
pelos fatores elencados no parágrafo anterior.
A única região do planeta atingida de forma perpendicular (direta
através de um ângulo reto) ao longo do ano pela radiação solar é a
intertropical (entre Câncer e Capricórnio), por isso nesta faixa a
luminosidade é mais alta e constante ao longo do ano; a variação de
luz entre o verão e o inverno é menor (fotoperíodo anual constante).
Nas zonas temperadas e polares do planeta a incidência de radiação
solar apresenta maior inclinação. A esfericidade da Terra e a
inclinação do eixo promovem uma sazonalidade mais marcante
nestas regiões, isto é, há uma maior variação de exposição aos raios
solares ao longo do ano, o verão apresenta mais horas de iluminação
pelo Sol, enquanto no inverno a quantidade de horas iluminadas pelo
Sol é menor.

Também importante pontuar que as estações do ano entre os

hemisférios Norte e Sul são sempre invertidas (verão X inverno,
outono X primavera) e se iniciam a partir dos solstícios e equinócios.
Equinócios. Marcam o primeiro dia do outono e da primavera,
portanto são duas datas no ano (março e setembro). Nestas datas,
os raios solares às 12 horas do dia (meio-dia) incidem
perpendicularmente (ângulo reto - 90°) sobre a linha do Equador,
portanto, o Sol ilumina os hemisférios norte e sul pela mesma
quantidade de horas (12 horas cada), por isso dias e noites tem a
mesma duração somente nestas datas de equinócio. Somente nos
equinócios o Sol nasce exatamente a leste e se põe a oeste; nas
demais datas do ano, o Sol estará posicionado um pouco mais ao
norte (nordeste) ou um pouco mais ao sul (sudeste). Observar figura
a seguir.

Solstícios. Representam o primeiro dia do verão e do inverno,

portanto, são dois solstícios ao longo do ano; o solstício de verão
ocorre em dezembro para o Sul e em junho para o Norte, enquanto
o solstício de inverno se inicia em junho para o Sul e dezembro para
o Norte. Nestas duas datas, os raios solares (ao meio-dia) incidem
perpendicularmente aos trópicos (21 de junho no Trópico de Câncer
e 21 de dezembro no Trópico de Capricórnio).
O solstício de verão é o dia exposto a maior quantidade de horas
pelo Sol, por isso “dia mais longo do ano”; o solstício de inverno é a
data por menos horas exposta à radiação solar, por isso “dia mais
curto do ano”, ou data menos iluminada do ano pelo Sol. Vale
salientar que a quantidade de horas iluminadas pelo Sol varia entre
o verão e o inverno, assim como varia através das latitudes. No
verão, quanto maior a distância em relação à linha do Equador,
maiores serão os dias e menores serão as noites, chegando-se ao
máximo nos polos (24 horas de luz, ou “sol da meia noite”). No
inverno, quanto maior a distância em relação à linha do Equador,
menores serão os dias (período iluminado) e maiores serão as
noites, chegando-se ao máximo nos polos quando ocorrerá a noite
de 24 horas (“noite eterna”).

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