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Memórias Póstumas de Brás Cubas

(Esboço)

Espaço
Tempo
O tempo é um elemento de construção da narração e pode estar presente de
duas formas:
Uma é o tempo psicológico é o tempo individual relativo a cada pessoa
(personagem ou narrador). No caso de memorias póstumas, o defunto autor
conta sua vida de maneira arbitrária, sem seguir a ordem exata dos
acontecimentos. Por exemplo, começar pela morte e não pelo nascimento.
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo
fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.
Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações
me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou
propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa
foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais
novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas
no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”

*Na edição: trecho do filme.


Apesar do "começo pelo fim", o defunto autor apresenta alguns fatos que
configuram a sua vida seguindo uma sequência cronológica: infância,
adolescência, ida para Coimbra, volta ao Brasil e morte. Podemos então
constatar a presença do tempo cronológico.
Brás Cubas seleciona as memorias e as narra, em algumas de forma resumida,
dispensando alguns fatos, em outras de forma aprofundada, fazendo questão
de citar detalhes. Ele não se preocupa em tratar de modo igual todas as
passagens de sua vida e nem se quer tentar criar uma ilusão disso.
(FARIA, J.R.G. O tempo nas Memórias Póstumas de Brás Cubas. 1976)

Personagens
Brás Cubas
Bento Cubas
Vigília
Dutra
Lobos Neves
Sabina
Cotrim
Dona Plácida
Quincas Borba
Marcela

Foco narrativo
Enredo
Conflito (indicar tipo)
Linguagem
Fases: manipulação; competência; performance; sanção
Localização o livro em sua época de produção (estilo. Escola literária)

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