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Sistemas prediais, hidráulico-

sanitário e gás – 60h


Profº. Msc. Veronil Fernandes de Souza dos Santos
AULA 3
Rede de distribuição de água fria
REDE DE DISTRIBUIÇÃO – ÁGUA FRIA

A rede de distribuição de água fria é constituída pelo


conjunto de canalizações que interligam os pontos de
consumo ao reservatório da edificação.
Para traçar uma rede de distribuição, é sempre aconselhável
realizar uma divisão dos pontos de consumo. Dessa forma,
os pontos de consumo do banheiro devem ser alimentados
por uma canalização, e os pontos de consumo da cozinha e
da área de serviço por outra.

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Tal fato se justifica por dois motivos: canalização


mais econômica e uso não simultâneo.

Quanto menor for o número de pontos de consumo


de uma canalização, tanto menor será seu
diâmetro e, consequentemente, seu custo.

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Em qualquer tipo de edifício, o projetista deve prever


quantidades adequadas de aparelhos sanitários. Para isso,
deve consultar o Código de Obras do município, para saber
das exigências locais. Caso não consiga as orientações
necessárias, poderá consultar a seguinte tabela.

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Toda a instalação de água fria deverá ser projetada de


modo que as pressões estáticas e dinâmicas se situem
dentro dos limites estabelecidos pelas normas,
regulamentações, características e necessidades dos
equipamentos e materiais das tubulações especificadas em
projeto.

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Em virtude do fato de as tubulações serem dimensionadas


como condutos forçados é necessário que fiquem perfeitamente
definidos no projeto hidráulico, para cada trecho da
canalização, os quatro parâmetros hidráulicos do escoamento:

• Vazão
• Velocidade
• Perda de carga
• Pressão.

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Para a determinação dessas variáveis, utilizam-se as fórmulas


básicas da hidráulica, disponibilizadas em ábacos
convenientes para facilitar os cálculos.

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As tubulações suspensas deverão ser fixadas em suportes


específicos, posicionados e dimensionados de modo a não
permitir a sua deformação física.

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As tubulações suspensas deverão ser fixadas em suportes


específicos, posicionados e dimensionados de modo a não
permitir a sua deformação física. Devem ser observadas as
seguintes condições das tubulações:

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Devem ser observadas as seguintes condições das tubulações:

1. Dilatação térmica da tubulação: quando sujeita a


exposição de raios solares, ou quando embutida em
parede de alvenaria sujeita a raios solares de alta
intensidade.

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2. Resistência mecânica: quando a tubulação for


enterrada ou estiver sujeita a cargas externas
permanentes ou eventuais que possam danificá-la.
Podem ser projetados reforços para garantir a
integridade das tubulações.

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Cloreto de PoliVinila Clorado (CPVC) é um termoplástico,


excelentes propriedades térmicas e mecânicas

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Cloreto de PoliVinila Clorado (CPVC) é um termoplástico,


excelentes propriedades térmicas e mecânicas
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Cloreto de PoliVinila Clorado (CPVC) é um termoplástico,


excelentes propriedades térmicas e mecânicas
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3. Absorção de deformações: quando as tubulações


estiverem posicionadas em juntas estruturais.

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“A passagem de tubulações por vigas e lajes só poderá ser feita
após avaliação do projetista da estrutura. Não será permitida,
em hipótese alguma, a passagem de tubulações por pilares.”

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Tubo de ventilação para tubulações de água fria

A norma NBR 5626 recomenda que nos casos de instalações


que contenham válvulas de descarga, a coluna de distribuição
deverá ser ventilada. Entretanto, é recomendável a ventilação
da coluna independente de haver válvula de descarga na rede.

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Tubo de ventilação para tubulações de água fria

A ventilação é importante para evitar a possibilidade de


contaminação da instalação devido ao fenômeno chamado
Retrossifonagem.

Refluxo para o sistema de consumo de águas servidas,


poluídas ou contaminadas, em decorrência de pressões
negativas na rede.

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Retrossifonagem

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Outra razão para ventilar a coluna de distribuição é que nas


tubulações sempre ocorrem bolhas de ar, que normalmente
acompanham o fluxo de água, causando a diminuição das
vazões das tubulações. Com a ventilação da coluna essas
bolhas serão expelidas, melhorando o funcionamento das
peças de utilização. Também no caso de esvaziamento da rede
por falta de água e, quando volta a mesma a encher, o ar fica
“preso”, dificultando a passagem da água. Neste caso, a
ventilação permitirá a expulsão do ar acumulado.

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Reservatório

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Detalhes Isométricos
Para melhor visualização da rede de distribuição de água fria,
desenham-se os compartimentos sanitários em perspectiva
isométrica. Os detalhes isométricos, geralmente, são
elaborados nas escalas 1:20 ou 1:25. Desenham-se as
tubulações com traços finos e os elementos que o compõe. Os
diâmetros, de cada trecho de tubulação, são dispensáveis.

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Instalação de registros

A colocação de registros de pressão dentro do box deve estar


compreendida entre 100 e 110 cm em relação ao piso acabado.

Com relação ao registro de pressão para banheira de


hidromassagem, a altura é variável, pois depende das
dimensões especificadas pelo fabricante.

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Instalação de registros
A altura padrão do registro de gaveta é de 180 cm em relação
ao piso acabado. O seu posicionamento na parede depende do
detalhe isométrico de água fria e quente e das interfaces com o
layout do compartimento.

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Instalação de registros

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Altura dos pontos de água fria

O posicionamento dos pontos de saída de água e a posição de


registros e outros elementos pode variar em função de
determinados modelos de aparelhos. Porém, as alturas mais
utilizadas para diversos tipos de aparelhos são:

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Altura dos pontos de água fria

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Profº. Msc. Veronil Fernandes de Souza dos Santos Detalhe isométrico - Banheiro
Detalhe isométrico - Cozinha

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Detalhe isométrico - Lavanderia

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AF-5
AF-7

AF-8

AF-1

AF-6

AF-3
AF-2
AF-4 Detalhe isométrico - Reservatório
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626/98 – instalação predial de
água fria. Rio de Janeiro, 1998.
______. NBR 6118: 2003: Projeto de estruturas de concreto - procedimento. Rio de Janeiro:
ABNT, 2003.
______. NBR 9575: 2010: Impermeabilização - seleção e projeto. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
______. NBR 5626: 1998: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
CARVALHO Jr, Roberto. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo:
Blucher, 2013.
CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2006

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OBRIGADO!

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