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Biografia de Marquês de Pombal

Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido como Marquês de Pombal e Conde de


Oeiras, nasceu no dia 13 de maio de 1699 em Lisboa. Este era filho de Manuel de
Carvalho e Ataíde e de Teresa Luísa de Mendonça e Melo, os quais eram
ascendentes de uma família de desembargadores.
Carvalho e Melo realizou o curso de Direito na Universidade de Coimbra e,
posteriormente, dedicou-se ao estudo da história e política. Em 1723 casou-se com
Teresa de Noronha e Bourbon Mendonça e Almeida.

 Percurso político do marquês de Pombal


Em 1739, Sebastião José de Carvalho e Melo foi nomeado representante de Portugal
em Londres. Nesse mesmo ano, faleceu a sua esposa.
Em 1743, Carvalho e Melo regressou a Lisboa e, no ano seguinte,
foi nomeado embaixador de Portugal na corte de Viena, Áustria.
Chegou a Viena no dia 17 de abril de 1745. Ainda no mesmo ano,
casou-se com Maria Leonor Ernestina Daun, condessa de Daun.
No dia 31 de julho de 1750, o rei D. João V morreu e D. José I sobe
ao trono. Em agosto, Carvalho e Melo é nomeado Secretário de
Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.
As ações do Marquês de Pombal realizadas durante os cinco
primeiros anos da sua administração provocaram graves conflitos
por parte da nobreza, dos colonos do Brasil e dos jesuítas.
Carvalho e Melo foi o responsável pelo aumento na arrecadação D. José
dos impostos sobre o garimpo – esta era uma medida cada vez I
mais impopular.

 Ascensão política
A 1 de novembro de 1775, um terramoto seguido de maremotos, destruiu grande parte
da cidade de Lisboa e algumas localidades do centro e sul do reino. As decisões que
imediatamente a seguir foram tomadas por Carvalho e Melo – como, por exemplo,
“enterrar os mortos e cuidar dos vivos” - realçaram as suas qualidades de dirigente,
deram-lhe grande prestígio e contribuíram para que o rei lhe atribuísse o cargo de
Secretário de Estado dos Negócios do Reino.
Em 1756, Carvalho e Melo deixou a secretária anterior e assumiu a dos Negócios do
Reino, passando a ter maior importância na governação. Em 1759 foi nomeado conde
de Oeiras, porém, já se tinha tornado um governante absoluto.  Em 1769 recebeu o
Título de Marquês de Pombal.
Um atentado à vida do rei José, em 1758, deu a Pombal o pretexto para tirar poderes
da nobreza e expulsar os jesuítas, que tinham amizade com os conspiradores.

 Ação económica:
Enquanto secretário de Estado, retomou a política do mercantilismo (teoria adotada
pelos reis absolutos, nos séculos XVII e XVIII, que defendia a intervenção do Estado
na economia).
Para promover o desenvolvimento económico do reino, Pombal tomou algumas
medidas, tais como:
a fundação de grandes companhias de comércio, destacando-se a do Grão-
Pará e Maranhão, de Pernambuco e Paraíba,
cujo principal objetivo era comandar as
atividades econômicas e monopolizar os
negócios do reino;

a criação da Companhia Geral da


Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em
1756, a qual pretendia controlar a
comercialização e produção do vinho no
Porto. Esta prejudicou pequenos comerciantes
que deixaram de poder fazer comércio. O
marquês de Pombal considerou que o motim
era dirigido contra o rei, tendo estes sido
considerados criminosos.

1. 21 homens e 9 mulheres foram condenados à morte;


2. 155 homens e 33 mulheres foram condenadas
a outras penas;

a reorganização de faturas, como a Real Fábrica das


Sedas – passou a produzir chapéus. Criou ainda
manufaturas como a de objetos de vidro, a dos têxteis
de algodão e a de vernizes e lacas.

O desenvolvimento do comércio permitiu o surgimento de


uma nova burguesia, a qual beneficiou de uma lei que
abolia a distinção entre cristãos-velhos e cristãos-novos.
Dando os mesmos direitos a todos, Marquês de Pombal limitou a atuação da
Inquisição, oferecendo assim maior segurança aos cristãos-novos. Estes
contribuíram para o desenvolvimento económico do reino.
No final do século XVIII o comércio com Inglaterra atingiu um saldo positivo.
A escravatura foi abolida em Portugal e nas suas colónias na Índia, por iniciativa
do marquês de Pombal. O marquês criou também uma
rede de Escolas Menores (primárias) onde o objetivo
seria aprender a ler, escrever, contar, abrangendo as
principais povoações do reino. Deste modo, a Igreja
deixou de ser a principal responsável pelo ensino
primário, passando a ser o Estado. Durante o tempo
que foi  secretário de Estado, realizou inúmeras
reformas que ficaram conhecidas como Reformas
Pombalinas que visaram realizar a modernização de
Portugal.
Em 1777, D. José I faleceu e D. Maria I sobe ao trono,
afastando o marquês de Pombal da governação do
reino.

No dia 4 de março o Marquês de Pombal é demitido por decreto-régio. Foi


acusado de abuso de poder e peculato e foi processado por corrupção. Teve ainda
que responder a um inquérito e um processo que o julgou culpado. Foi obrigado a
abandonar Lisboa e passou os últimos anos de vida isolado na sua
residência, em Pombal D. Maria I

Sebastião José de Carvalho e Melo faleceu, em Pombal, no dia 8 de maio de


1782.

Trabalho realizado por:


Joana Cardoso, 8ºA

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