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Estrofe: agrupamento rítmico de dois ou mais versos. Verso ou metro: unidade rítmica
do discurso poético.
Classificação da estrofe por número de versos:
Dístico Menor estrofe, com dois versos que rimam “Filho meu, de nome escrito
entre si (AA-BB). Da minh’alma no Infinito.”
Terceto Estrofe de três versos, mais usada na “Um luar velho dói sobre o silêncio.
composição do soneto. As mãos furtivas despetalam mortes
E o coração se perde em nostalgia.”
Quadra Estrofe de quatro versos, que se apresentam “O pouco que Deus nos deu
geralmente em rima alternada (ABAB) ou Cabe numa mão fechada:
oposta (ABBA).
O pouco com Deus é muito,
O muito sem Deus é nada.”
Septilha ou de sete versos Estrofe de sete versos, geralmente no “Leva na cabeça o pote,
esquema ABBAACC. O testo nas mãos de prata,
Cinta fina escarlata,
Sainho de chamalote:
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que neve pura;
01
Vai fermosa, e não segura.”
Oitava Estrofe de oito versos. Oitava heroica: oito “De Formião, filósofo elegante,
decassílabos ABABABCC; oitava lírica: Vereis como Aníbal escarnecia,
variedade de combinações rímicas.
Quando das artes bélicas diante
Dele com larga voz tratava e lia.
A disciplina militar prestante
Não se aprende, senhor, na fantasia
Sonhando, imaginando ou estudando,
Senão vendo, tratando e pelejando.”
Nona ou de nove versos Estrofe de nove versos – pouco usada. “O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
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Heptassílabos Versos com sete sílabas poéticas;
ou redondilha
maior
Octossílabos Versos com oito sílabas poéticas;
Eneassílabos Versos com nove sílabas poéticas;
Decassílabos Versos com dez sílabas poéticas;
Hendecassílabos Versos com onze sílabas poéticas;
Dodecassílabos Versos com doze sílabas poéticas;
Verso bárbaro Versos com mais de doze sílabas poéticas.
Rima: igualdade ou semelhança de sons na terminação das palavras: asa, casa (rimas
consoantes); asa, cada (rimas toantes).
Classificação das rimas:
Outros termos:
Ritmo: sucessão de sílabas fortes (tônicas) e fracas (átonas).
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Ex.: com a = co’a.
Sinérese: passagem de hiato para ditongo.
Ex.: po-vo-a-do è po-voa-do.
Diérese: passagem de ditongo para hiato.
Ex.: sau-da-de è sa-u-da-de.
Aférese: Supressão de sons no início da palavra. Ex.: “’Sta|mos| em pleno mar.”
Síncope: Supressão de sons no meio da palavra. Ex.: “Es|p’ran|ças altas.”
Apócope: Supressão de sons no fim da palavra. Ex.: “Artista corta o már|mor.”
Enjambement (cavalgamento): Terminação do verso em discordância com a sintaxe,
separando palavras estritamente unidas.
RITMOS
Número de sílabas poéticas Sílabas acentuadas
Uma 1
Duas 2
Três 3;
1e3
Quatro 1 e 4;
2e4
Cinco 2 e 5;
3 e 5;
1, 3 e 5
Seis 3 e 6;
2 e 6;
2, 4 e 6;
1, 4 e 6
Sete 2, 4 e 7;
2, 5 e 7;
3, 5 e 7;
04
4 e 7;
3e7
Oito 4 e 8;
2, 6 e 8;
3, 5 e 8;
2, 5 e 8
Nove 4 e 9;
3, 6 e 9
Dez X, 6 e 10 (heroico);
4, 8 e 10 (sáfico)
Onze 5 e 11;
2, 5, 8 e 11;
2, 4, 6 e 11;
Doze 6 e 12;
4, 8 e 12;
4, 6, 8 e 12
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Meu| ser| e|va|po|rei| na| li|da in|sa|na 2, 6, 10
Do tropel de paixões que me arrastava...
Ah! Cego, eu cria! Ah! Mísero, eu sonhava
Em mim, quase imortal a essência humana.
Exercícios:
“Trépida batia
A gota no vidro,
Escorrendo logo,
E sem cair, trêmula.”
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“Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o covarde do forte:
Pois choraste, meu filho não és.”
07
“O frio lúgubre se entranha
Pela floresta que tirita;
O vento, com guerreira sanha,
As nuas árvores agita;
E a neve põe sobre a montanha
O seu branco burel de carmelita.”
08
“Ia-se pouco e pouco acrescentando
E mais que um largo mastro se engrossava;
Aqui se estreita, aqui se alarga, quando
Os golpes grandes de água em si chupava.
[...]
Fazendo-se maior, mais carregada,
Co’o cargo grande d’água em si tomada.”
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